sábado, 21 de agosto de 2010

DESVENDANDO A UFOLOGIA AOS POUCOS

Por Reinaldo Stabolito



Ao abordarmos uma tentativa de classificação dos supostos tripulantes dos UFOs, estamos entrando num campo minado. Sem dúvida, essa temática é uma das mais controversas na ufologia. Basicamente não há quaisquer provas concretas dos dados. Estamos lidando exclusivamente com os depoimentos de testemunhas que são, por definição, subjetivos e vulneráveis a uma série de variáveis e distorções (clique com seu mouse em A Testemunha – Fator Crítico da Investigação Ufológica). Isto nos leva incondicionalmente para premissas que podem ou não estar corretas com a realidade do fenômeno de fato.

Poucos pesquisadores de renome no circuito internacional ousaram tentar classificar os supostos tripulantes dos UFOs. Podemos citar um estudo sobre os extraterrestres realizados pelo doutor Jacques Vallée, em 1964. Segundo o estudo de Vallée, basicamente podem estabelecer-se três grupos de seres diferenciados. De 100 seres descritos em 80 incidentes compilados por Vallée, 04 eram "gigantes", 52 foram qualificados como iguais aos "homens" e 44 eram "anões". Outros trabalhos destacáveis pelos seus métodos científicos são os de Geneviece Vanquelef, dedicados à relação de aparência e comportamento; o de Edwards, relativo à fonética e linguagem dos supostos humanóides e do espanhol Vicente Olmos, que oferece o panorama dos encontros com "ocupantes de UFOs" que foram recopilados pelos investigadores ibéricos.

Mas, até hoje, o estudo científico mais completo é os 230 casos catalogados pelo brasileiro Jader Pereira. Embora apresente defeitos de método, Jader Pereira estabeleceu pautas para uma classificação básica dos diferentes humanóides obedecendo especialmente a características de forma. Segundo seu estudo, há 12 categorias básicas com 23 variações (clique com seu mouse em Tipologia Humanóide de Jader Pereira).

Conforme os critérios de Jader Pereira, cinco pontos distintos serviram como indicadores da credibilidade dos casos: número de testemunhas, conceito das testemunhas, outras testemunhas de avistamento somente do ufo (que se supõe que esteja relacionado com o avistamento do humanóide), evidências posteriores (marcas no solo, radiotividade, etc) e, finalmente, nível de investigação realizada. Com a classificação realizada seguindo esses critérios, Jader centrou sua atenção em pontos que ele considerou como "críticos" para determinar categorias: utilização de equipamentos protetores como escafandro, as características métricas dos seres, suas aparentes formas anatômicas e seus comportamentos.

Num primeiro momento, essa excessiva variedade de formas dos supostos tripulantes dos UFOs parece ser um indicador de que estamos diante de muitas civilizações diferentes entre si. Aimé Michel comentou, em certa oportunidade, que a diversificação de formas observadas na anatomia dos humanóides requeria uma multiplicidade de origens.

Porém, até certo ponto, temos um padrão: a constituição anatômica é, na maioria esmagadora das vezes, humanóide (cabeça, tronco e membros) com uma infinidade de variações em determinadas características anatômicas. Devemos nos perguntar se essa infinidade de variações anatômicas como, por exemplo, cor de pele e estaturas diversas, não passa de diversidades dentro de uma mesma espécie. Nós, os homo sapiens sapiens, também apresentamos uma infinidade de variações: somos brancos, negros, pardos, etc; também temos exemplares que são de estatura alta, outros de estatura baixa e até anões; temos exemplares que são magros e outros que são gordos. No entanto, todos somos seres humanos – é claro! Esse talvez seja um dos elementos de suma importância e que parece ignorado no estudo de Jader Pereira: a possível diversidade anatômica que pode existir em uma mesma forma de vida – sendo desnecessário classificá-los um a um. Essa questão, de uma certa forma, fez com que o estudo de Jader Pereira seja impraticável, uma vez que há uma infinidade de classificações tornando o seu uso nada pragmático e viável.

Também não há como não mencionar que existem critérios que são um tanto quanto duvidosas pelo estudo de Jader Pereira, como classificar um humanóide em uma nova categoria pelo simples fato deste estar usando cabelos cumpridos (Tipo 3, com três variações subseqüentes – Ver boxe no link acima). Esse elemento é realmente relevante? Um ser humano, por exemplo, que usa cabelos cumpridos merece estar em uma nova categoria num estudo voltado principalmente para as características anatômicas? No nosso caso, os terrestres, isso é uma mera questão de gosto de estética individual. Assim, algumas premissas usadas para realizar a classificação do estudo de Jader Pereira são bastante discutíveis.

Mas mesmo com alguns métodos questionáveis, ninguém pode negar que Jader Pereira foi um pioneiro e que serviu de referência até no circuito internacional. Eric Zurcher, com seu livro "Les apparitions d'humanoides" (As Aparições de Humanóides), baseando-se principalmente nos estudos de Jader Pereira, fez uma autópsia da gigantesca "onda UFO" internacional, ocorrida no ano de 1973. Conforme os estudos de Zurcher, os seres foram classificados da seguinte forma:

GRUPO 01 – (16%) Seres cuja morfologia é idêntica à humana.
GRUPO 02 – (34%) Seres de pequena altura.
GRUPO 03 – (05%) Seres com abundância de pêlos.
GRUPO 04 – (03%) Seres masculinos com longos cabelos.
GRUPO 05 – (29%) Seres com capacete ou escafandro.
GRUPO 06 – (01%) Ciclopes.
GRUPO 07 – (06%) Seres sem formas definidas.
GRUPO 08 – (07%) Reúne as formas não antropóides (geométricas, amorfas, etc).

Mas deixando de lado as possíveis diversidades anatômicas que uma forma de vida pode comportar, vamos buscar um parâmetro mais generalizado e, sem dúvida, mais pragmático e compatível atualmente com a classificação da casuística. Claudeir Covo e Paola Lucherini Covo realizaram a classificação de tipologia humanóide, no site INPU (www.inpubr.com.br) com uma freqüência estimada em porcentagens na casuística ufológica. Essa classificação determinou seis categorias distintas, sendo que a generalização é o conceito básico e que pressupõe a admissão de uma vasta variedade de formas em uma mesma categoria:



TIPO ALFA – Mais conhecidos como "grays" (cinzas), são seres de pequenas estaturas, variando entre 1,00 a 1,40 metros de altura, os quais normalmente fazem as abduções de seres humanos. Tem cabeça grande, desproporcional ao corpo. Normalmente não tem nenhum pêlo no corpo. Os olhos, de um modo geral, são grandes e negros, sem pupilas aparentes. Aparecem em 67% dos casos.

TIPO BETA – São seres relativamente parecidos com os seres humanos, com alturas variando aproximadamente entre 1,60 a 2,00 metros. Em outras palavras, se colocarem terno e gravata, irão passar desapercebidos no meio da multidão. Aparecem em 19% dos casos.

TIPO GAMA – São seres gigantescos, com alturas acima de 2,00 metros, chegando em alguns casos até 4,00 metros. Aparecem em 8% dos casos.

TIPO DELTA – Normalmente são descritos como sendo seres peludos (animais) ou simplesmente robôs. Aparecem em 3% dos casos.

TIPO ÔMEGA – São seres não físicos, normalmente descritos como seres energéticos. Aparecem em 2% dos casos.

TIPO SIGMA – Em poucos casos de ocorrência de avistamento de seres têm sido relatados pequenos seres com aproximadamente 15 centímetros de altura, os quais podem ter sido confundidos com animais. Aparecem em 1% dos casos. Na realidade, essa porcentagem é bem menor que 1% e aqui foi simplesmente arredondada para número inteiro.

É sempre importante mencionar que estamos trabalhando com elementos especulativos e dedutivos. Nada impede que existam alguns casos onde o ser humanóide não se enquadre em nenhuma das categorias da classificação acima – as exceções à regra. Mas, de um modo geral e assumindo a possibilidade de uma enorme diversidade anatômica de uma mesma forma de vida, a classificação descrita acima é, até agora, o instrumento mais compatível e aplicável. Por exemplo: na época da divulgação do Caso Varginha, Ubirajara Franco Rodrigues e Claudeir Covo classificaram os seres como sendo do tipo "DELTA" (clique com seu mouse em O Caso Varginha).

Um exemplo de exceção à regra é um caso clássico da casuística ufológica brasileira e que envolve um ser descrito como ciclope: O Caso Sagrada Família, ocorrido em 28 de agosto de 1963, no bairro Sagrada Família, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Neste caso os meninos Fernando, Ronaldo e José Marcos Gomes Vidal estavam no quintal de casa quando um UFO esférico transparente ficou flutuando sobre o local. Devido à sua transparência, ficou visível quatro seres alienígenas que eram bastante parecidos conosco se não fosse um detalhe curioso: ao invés de dois olhos, eles teriam um único olho no meio da testa, como um ciclope.

Subitamente, o objeto lançou dois feixes de luz amarela para baixo, formando duas colunas de luz. E eis que entre esses dois feixes de luz amarela desce um dos alienígenas flutuando lentamente para baixo. Houve uma tentativa de contato através de gestos e palavras inteligíveis e, ainda, uma dos meninos tentou jogar uma pedra no ser. No entanto, um feixe de luz projetado pela criatura impediu que esse ato de agressão fosse concluído. E o ser permaneceu lá, diante dos três meninos, falando sem parar em um idioma totalmente incompreensível. Foi neste momento que os meninos puderam reparar bem o alienígena. Ele tinha um único olho no meio da testa bem grande, escuro, sem esclerótica, na base do nariz. Havia um risco que parecia ser a pupila, que se destacava por ser mais escuro ainda e sobre o único olho uma mancha que parecia ser a sobrancelha. O rosto era todo vermelho. Foi possível perceber alguns dentes conforme o alienígena abria a boca enquanto falava. Ele usava uma espécie de escafandro e tinha a cabeça envolvida num capacete redondo e transparente, através do qual seu rosto era bem visível. Já a roupa que o alienígena estava usando era de cor marrom até a cintura, branca até os joelhos e depois preta (como se fosse uma espécie de bota). Suas vestimentas pareciam ser feitas de couro ou algo similar e tinha várias "rugas" nas partes correspondentes aos membros e tórax. Ainda, os meninos descreveram que havia uma caixa grudada nas costas de cor de "cobre". Depois de alguns instantes, o ser voltou para o interior do UFO e este, por sua vez, foi embora.

Mas os humanóides são como as testemunhas oculares afirmam que são ou estamos diante de uma interpretação limitada pelo nosso escasso conhecimento de um fenômeno que parece transcender tudo o que sabemos? Todas as tentativas de classificação buscam, antes de qualquer coisa, um padrão que possa servir de generalização. No entanto, a manifestação do aspecto físico parece sofrer uma série de variáveis. Talvez devêssemos transcender a classificação pelo aparente aspecto físico e buscar outras associações que possam nos apresentar novos indicadores.



SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO ALIENS-TESTEMUNHAS

Dentro da casuística envolvendo encontros com supostos tripulantes de UFOs há um elemento bastante perturbador para a testemunha. A tentativa de comunicação, por parte dos extraterrestres, valendo-se de diferentes métodos, sejam verbais, gesticulares ou de outra natureza – como, por exemplo, telepática. Se este fator é essencialmente perturbador, vê-se acrescentado ainda mais quando aporta uma "mensagem" que é recebida com clareza pelo observador: "Somos de Marte", "Quero água", "Voltaremos à tua procura", "Estamos efetuando uma missão na Terra" e assim por diante – num longo e desconcertante etceteras de proposições, conselhos, mensagens contraditórias e berrantes. Em outras ocasiões, há profundas plásticas nas quais se exorta à humanidade a proporcionar o caminho da paz, da luz e o perigo de uma guerra nuclear – quase sempre em discussões de tipo filosóficas – ou, ainda, nos adverte de alguma atividade humana que consideram inaceitável. E por fim vão embora.

Para ilustrar, podemos citar o Caso Palhano (investigado pelo CPU, presidido por Reginaldo de Athayde), envolvendo o policial militar Luiz de Oliveira e seu amigo Pedro da Silva, técnico em eletrônica. Em 05 de março de 1992, em Palhano, distante 140 quilômetros de Fortaleza (CE), os protagonistas tinham saído da cidade para caçar paturis – uma espécie de pato selvagem muito apreciado naquelas localidades. Por volta das 18:00 horas, ambos se encontravam "de tocaia de caça", à beira do Rio Palhano, observando o céu. Subitamente um UFO se aproximou. Pedro correu para o rio jogando-se na água e escondendo-se nos arbustos. Já Luis correu em direção da cidade e acabou por ser perseguido pelo objeto, que o atingiu com uma luz e acabou puxando-no para dentro.

Dentro do UFO, um dos humanóides passou uma mensagem desconcertante: "Não tenha medo, não vamos lhe fazer mal algum, somos catandorianos de Catandorius Decnius. Nossa civilização é descendente de outra mais evoluída – que habitou o Planeta Terra há 353 mil anos". E adverte sobre uma atividade que nós, os terrestres, supostamente estaríamos fazendo e que eles consideram inaceitável: "Por que o terrestre vem tentando penetrar em nosso planeta? Os seres de Catandorius não vão permitir que isso aconteça. Nós temos um templo montado aqui na Terra há milhares de anos". Nesse momento, o estranho alienígena apontou para uma pirâmide pequena, dizendo que ali era o modelo de seu templo.

O comportamento do fenômeno é sempre estranho – forçosamente repetido até a exaustão em toda a história contemporânea do fenômeno UFO, e o fim é quase sempre o mesmo. Na maior parte das vezes, depois de ter assombrado o humano ali presente com um suposto "diálogo", seja por telepatia, por alguma linguagem inteligível ou em nosso próprio idioma; tranqüilamente ascendem com um UFO luminoso e desaparecem no céu deixando os terrestres alucinados ante esta visão. E também, em alguns casos, deixando uma "mensagem" infantil ou imprópria para as testemunhas.

Com relação aos principais tipos de comunicação registrado na casuística, podemos classificar em cinco categorias distintas:

01 – COMUNICAÇÃO COM IDIOMA DA TESTEMUNHA: Casos onde houve uma comunicação plena, oral e no nosso idioma. A implicação desse tipo de comunicação é que se pressupõe que os humanóides são bastante similares conosco, pelo menos em parte de sua anatomia biológica. Para falar, o humanóide teria que ter uma língua semelhante, cordas vocais, dentes, certas cavidades em seu aparelho respiratório, das cordas vocais à boca, e produzir sinais vocálicos dentro da freqüência auditiva do humano.

No dia 16 de maio de 1979, na cidade de Baependi, Minas Gerais, o agricultor Arlindo Gabriel dos Santos saiu com uns amigos para caçar. Quando eles se encontravam a uns seis quilômetros de distância da sede de sua fazenda, decidiram se separarem. Sozinho, Arlindo viu três objetos voadores estranhos pousarem e sumirem inexplicavelmente. Logo em seguida, um quarto objeto – bem maior que os primeiros e de formato ovóide – pousou bem a sua frente. Uma porta se abriu e dois seres o capturaram e levaram-no para o interior da nave. Os seres eram bastante parecidos conosco.

Dentro do UFO, Arlindo foi abordado por uma "moça" loira e de rosto rosado. Segundo Arlindo, essa criatura aparentemente fêmea começou a explicar detalhes sobre sua civilização, a forma que eles conseguiam vencer as distâncias astronômicas e outras várias informações que, infelizmente, o pesquisador Ubirajara Rodrigues não conseguiu resgatar nada nos depoimentos de Arlindo devido à sua limitação cultural. Arlindo não entendeu nada e não se interessou em perguntar para a criatura o que não conseguia entender. Em seguida, Arlindo foi levado para fora da nave e os seres ainda lhe avisaram: "Proteja a vista, que o aparelho condena a vista". O interessante é que Arlindo não conseguiu olhar para trás, pois ele se sentia meio "preso".

02 – COMUNICAÇÃO COM IDIOMA DESCONHECIDO: Casos onde houve uma comunicação inteligível, oral e em aparente idioma desconhecido. A princípio, podemos pensar que a implicação é a mesma da categoria anterior. No entanto, sendo um idioma desconhecido e inteligível, não sabemos quais as qualidades e características dos fonemas que são usados e, assim, se os sons produzidos necessitariam da similaridade anatômica conosco.

No dia 27 de abril de 1998, por volta das 20:00 horas, o casal de agricultores Ursulina e Francisco Ferreira dos Santos, residentes na Fazenda Olho D'Água, cerca de sete quilômetros de distância do município de Aurora, Ceará, acordaram com um barulho que parecia ser de alguém tentando forçar o cercado, situado na parte de trás da casa. Imediatamente, o senhor Francisco tratou de sair para ver o que estava acontecendo enquanto que Ursulina, por sua vez, ficou ao pé da cama rezando.

De repente, Ursulina ouviu um som que parecia ser de rádio quando está fora de sintonia e, logo em seguida, uma luz extremamente intensa e de cor azulada invadiu o quarto. Chocada, Ursulina olhou em direção da porta e lá estava uma criatura desconhecida. O ser tinha cerca de um metro e meio de altura, cabeça enorme e desproporcional ao resto do corpo, ombros largos, cintura fina, braços largos, olhos grandes e negros, boca bem pequena e sem lábios, pequeninas marcas escuras que pareciam ser o nariz, queixo pequeno e nenhum tipo de cabelo ou pelo. Ainda, Ursulina descreveu que a criatura estava vestida com uma espécie de macacão de cor marrom, cinto e botas. Mas o que mais lhe chamou a atenção era o olhar: muito direto e penetrante. Apesar do estado de terror, Ursulina conseguiu perguntar para a criatura quem era e o que desejava. Inusitadamente, teve como resposta um som ininteligível – um idioma desconhecido. Não agüentado a situação, Ursulina gritou para o marido socorrê-la. O senhor Francisco entrou em casa correndo, mas o ser já havia desaparecido.

03 – COMUNICAÇÃO COM GRUNHIDOS: Casos onde houve uma comunicação inteligível, oral e com sons estranhos associáveis a grunhidos (sequer parecem ser um idioma propriamente dito). A implicação é idem à categoria anterior.

Na madrugada do dia 23 de julho de 1968, o vigilante da Companhia Elétrica do Estado de São Paulo, subestação de Bauru, o Sr. Daildo de Oliveira, percebeu que havia alguns "homens" próximos ao escritório técnico. Tentou se aproximar dos elementos sem que eles o percebam, no entanto, acabou ficando frente a frente com um ser estranho encapuzado. A criatura pronunciou uns "grunhidos" e, logo em seguida, entrou numa violenta briga corpo-a-corpo com Sr. Daildo. Em poucos instantes, mais duas criaturas se envolveram na luta e acabaram vencendo, deixando o Sr. Daildo sem resistência.

Após terem surrado o vigia, as criaturas o ajudaram a se levantar, dando-lhe tapinhas amistosas nas costas, e deixaram que ele fosse embora. O senhor Daildo ainda pôde observar um UFO com forma de furgão Volks, porém tendo cerca de 10 metros de base, recolhendo os seres e alçando vôo. O objeto disparou em direção à cidade vizinha, Lins. Na época, o senhor Daildo foi entrevistado até por autoridades militares de Bauru.

Antes de prosseguirmos, fica um questionamento: a partir do momento que estamos lidando com um tipo de comunicação inteligível e de procedência extraterrestre, temos realmente condições de discriminar o que poderia ser um tipo de dialeto estranho, porém inteligente, de algo que simplesmente parece grunhidos? É só um exemplo de como estamos lidando com elementos inseguros. Na verdade, sabemos que os grunhidos também são exemplos de comunicação, embora podres em conteúdo e fonemas se comparado com um dialeto dito inteligente. As baleias, por exemplo, se utilizam de diversos sons que têm um conteúdo de comunicação específico. Logo, mesmo com "grunhidos", há um nível de comunicação e não apenas uma emissão sonora aleatória.

04 – COMUNICAÇÃO POR GESTICULAÇÃO: Casos onde houve uma aparente comunicação por gestos. A implicação deste tipo de comunicação é que se subtende que os nossos sinais e "linguagens do corpo" são absolutamente compreensíveis para os extraterrestres e, como se não fosse o bastante, é usado por eles tal qual nós usamos. Isso nos remete a um universo de simbolismos comuns entre nós e os nossos misteriosos visitantes.

Por volta das 01:00 horas da madrugada, no dia 15 de outubro de 1957, o agricultor brasileiro Antônio Villas-Boas, mais tarde advogado e hoje falecido, estava arando as terras da fazenda de sua família, situada em São Francisco de Salles, no Estado de Minas Gerais. Subitamente um UFO oval pousou a poucos metros do trator que Villas-Boas usava para arar. Ele tentou escapar correndo, mas foi logo dominado por vários tripulantes do UFO e levado à força para bordo do objeto.

Suas roupas foram tiradas e os seres passaram um líquido oleoso em todo seu corpo. Logo em seguida, tiraram amostras de seu sangue através de um dispositivo colocado em seu queixo. Villas-boas foi deixado em uma sala sozinho e, poucos minutos depois, entrou o que parecia ser uma mulher nua, de cabelos loiros, com olhos finos e azuis – eles mantiveram relações sexuais. Por fim, a mulher apontou para sua própria barriga e depois para o céu, gesticulando quais eram as suas intenções: Villas-Boas iria ter um filho que nasceria em outro planeta. Antônio Villas-Boas foi deixado próximo do trator por volta das 05:30 horas daquele mesmo dia. O Caso Villas-Boas é um clássico da casuística brasileira e teve uma enorme repercussão a nível mundial.

05 – COMUNICAÇÃO TELEPÁTICA: Várias testemunhas confirmam diversas observações nas quais se ouvem os humanóides sem que seja mencionada palavra alguma ou sequer mexam a boca. É uma espécie de telepatia – algum tipo de comunicação mental. As testemunhas normalmente dizem que percebem sensações, palavras e imagens em sua cabeça sem que haja aparente esforço de sua parte e, obviamente, sem sua vontade pessoal. Este tipo de comunicação é muito comum nos casos das chamadas abduções alienígenas. Para saber maiores detalhes sobre as comunicações telepáticas, clique com seu mouse em A Comunicação Telepática nas Abduções Alienígenas.

No dia 16 de junho de 1956, o advogado João de Freitas Guimarães, foi para São Sebastião (SP) a serviço. No entanto, como o fórum estava fechado, ele se hospedou em um hotel. À noite, pôs-se a passear pela praia e avistou um UFO no mar que vinha na sua direção. O objeto pousou na praia e dois homens – iguais a nós – saíram dele. Estes humanóides eram altos, claros, cabelos louros, olhos claros e serenos. Usavam uma espécie de macacão verde, que se estreitava ao nível do pescoço, dos punhos e dos tornozelos. Através da telepatia, os seres humanóides convidaram o advogado para entrar na nave. João de Freitas Guimarães acabou viajando com os seres no UFO.

O advogado percebeu que havia água nas vigias e perguntou se era chuva. Um dos seres lhe respondeu telepaticamente que aquela água era proveniente da "rotação em sentido contrário das peças que compunham a nave". Os humanóides informaram que a nave "era conduzida no sentido da resultante da composição das forças magnéticas naquele lugar". Depois de um tempo que a testemunha estimou ser em torno de 30 a 40 minutos, o UFO pousou novamente na praia e deixou o advogado João de Freitas. Antes disso, um novo encontro foi marcado para o dia 12 de agosto do ano seguinte. Encontro esse que João de Freitas Guimarães preferiu não comparecer.

É possível perceber, até agora, o quanto há um sem número de variantes na fenomenologia ufológica. Se buscarmos associar a oralidade (comunicação) e as formas (anatomia), vemos que é impossível estabelecer um padrão preciso. Por exemplo: os seres do tipo "BETA", anatomicamente muito parecidos conosco, utilizam a comunicação oral (O Caso Bependi), assim como também há registros na casuística de uso da comunicação telepática (O Caso Doutor João de Freitas Guimarães). Da mesma forma que há registros dos seres tipo "ALFA", usando a comunicação telepática nas abduções alienígenas, assim como emitindo uma aparente linguagem oral em idioma desconhecido (O Caso Ursulina e Francisco Ferreira dos Santos). O fenômeno Ufo é, indiscutivelmente, uma gigantesca pluralidade de manifestações diversas que culminam num gigantesco quebra-cabeça.



SISTEMAS DE COMPORTAMENTO ALIENS-TESTEMUNHAS

Tal qual o fenômeno UFO como um todo, analisar o comportamento dos humanóides é algo bastante complicado – dada à estranheza e aparente ilógica da casuística. Se estamos realmente sendo visitados por uma ou mais civilizações extraterrestres, por que não há um contato oficial? No início do estudo da Força Aérea norte-americana sobre o fenômeno UFO, esta pergunta frustante – "Por que não há contato?" – foi feita por cientistas contratados pelos militares. Em primeiro lugar, supôs-se que os UFOs estivessem fazendo uma avaliação das capacidades de defesa da Terra. Mas, esta resposta tinha suas falhas:

"A falta e propósitos nos vários episódios é intrigante. Apenas um motivo pode ser determinado: que os homens do espaço estão testando nossas defesas sem querer ser beligerantes. Se for assim, eles devem ter ficado satisfeitos há muito tempo, pois não podemos agarrá-los. Parece infrutífero para eles continuar repetindo os mesmos experimentos" – J. F. Lipp, Relatório Técnico do Projeto Sign, nº F-TR-2274-IA.

À medida que o tempo passou, a Força Aérea propôs outras razões na tentativa de explicar o comportamento arredio do fenômeno. Em 1968, buscando uma perspectiva para a questão "Por que não há contato?", a Academia da Força Aérea dos Estados Unidos forneceu alguns parâmetros para seus cadetes, numa apostila chamada de "Objetos Voadores Não Identificados – Ciência Introdutória do Espaço", por Major Donald G. Carpeter, Departamento de Física, academia da USAF, 1968:

01 – Nós podemos ser objeto de estudo sociológico e psicológico intensivo. Em tais estudos, em geral se evita perturbar o ambiente do objeto de teste.
02 – Não se entra em contato com uma colônia de formigas, e os humanos podem parecer assim para qualquer alienígena.
03 – Tal contato já pode ter acontecido secretamente.
04 – Tal contato pode ter acontecido num plano diferente de consciência e ainda não somos sensíveis para comunicação em tal ponto.

Sejam quais foram as razões, a falta de contato formal resulta, num primeiro momento, numa característica desconcertante no fenômeno. Porque a inteligência por detrás dos UFOs opta pela clandestinidade? Não sabemos quem são, de onde vêem e, principalmente, quais os seus motivos. Sem que existam essas respostas básicas, nos deparamos com inúmeros contatos espalhados pelos quatro cantos de nosso planeta sem que seja perceptível qualquer ordem lógica. Podemos, a principio, tentar avaliar o comportamento dos supostos humanóides dentro do que conseguimos catalogar na pesquisa civil, e buscar associações que nos possam apresentar indicadores importantes. Com relação aos supostos comportamentos dos humanóides, podemos distinguir basicamente cinco categorias distintas:

01 – COMPORTAMENTO HOSTIL: Comportamento onde os humanóides perpetuam um possível confronto ou acarretam quaisquer danos à integridade física das testemunhas de forma aparentemente intencional.

No dia 13 de agosto de 1967, na cidade de Crixás, Estado de Goiás, O agricultor Inácio de Souza retornava para a sua fazenda, juntamente com sua esposa, quando percebeu um enorme objeto discóide pousado na pista de aterrissagem, perto da casa. Junto ao objeto havia três "crianças", que pareciam vestir uma malha colante ao corpo, de cor amarela, ou estavam nus. Inácio foi à direção das crianças e logo percebeu que não se tratava de seres humanos normais (possivelmente eram seres humanóides do tipo "ALFA"). Um dos seres percebeu o casal, apontou em sua direção e os três começaram a correr para as testemunhas. Assustado, Inácio mandou sua esposa correr para casa enquanto tirava sua Winchester 44, que carregava no ombro, desferindo um tiro preciso na cabeça do ser mais próximo que vinha em sua direção (a distância estimada era de uns 60 metros). A criatura caiu no chão no mesmo instante em que foi baleada.

No mesmo instante do tiro, o UFO lançou um feixe de luz verde, atingindo Inácio no ombro esquerdo. Este perdeu as forças e caiu no chão. Sua esposa voltou correndo com o intuito de proteger o marido desacordado. Ela pegou a arma, mas quando apontou para os seres, estes haviam parado, pegado o que tinha sido atingido por Inácio e estavam entrando no disco carregando o que fora baleado. O disco subiu verticalmente emitindo um zumbido. Não foram encontradas marcas de sangue no local. Inácio morreu 59 dias depois do incidente, com sintomas aparentes de leucemia aguda. O Caso Crixás é um clássico da ufologia nacional e é possível especular que o comportamento hostil dos humanóides tenha sido motivado pelo tiro disparado por Inácio.

Não podemos nos esquecer das abduções alienígenas. Esse fenômeno é sempre uma violência, pois captura as pessoas contra suas vontades próprias e as submetem a uma série de exames de caráter aparentemente médico. Independentemente dos motivos de tais procedimentos (sejam eles benéficos ou maléficos para a nossa humanidade – algo que a ufologia não tem resposta), o ato em si, de raptar, é uma violência. E normalmente ocorre deixando os abduzidos completamente aterrorizados, sendo que alguns acabam carregando traumas emocionais pelo resto de suas vidas como ônus das dramáticas experiências que viveram durante o processo de abdução.

02 – COMPORTAMENTO AMIGÁVEL: Comportamento onde os humanóides se aproximam das testemunhas e interagem com as mesmas mantendo uma situação amistosa e de respeito.

Em 23 de julho de 1947, na Colônia Goio-Bang, em Pitanga, Estado do Paraná, o agrônomo José C. Higgins realizava trabalhos de agrimensura no campo, quando um enorme objeto discóide aterrissou a uns 50 metros de distância. Os operários que o acompanhavam fugiram, porém Higgins resolveu ficar para ver o que acontecia. Aproximou-se para examinar melhor o objeto, quando saíram dele três indivíduos que se postaram à sua volta. Vestiam macacões transparentes que cobriam todo corpo, inclusive a cabeça. Nas costas, levavam uma mochila de metal. No entanto era perceptível que os seres tinham grandes olhos redondos e bastante estranhos. Suas cabeças eram grandes, redondas e calvas. As pernas eram mais compridas do que as proporções que conhecemos e teriam uns 2,1 metros de altura. Dentro do UFO havia um quarto humanóide observando. Todos pareciam gêmeos.

Os seres falavam entre si numa língua bonita e sonora. Moviam-se com incrível agilidade e leveza. Um deles, que trazia um pequeno tubo de metal apontado para José Higgins, fez gestos indicando que entrasse no aparelho. Por meio de palavras e gestos, Higgins perguntou para onde queriam leva-lo. Um deles fez sete círculos concêntricos no chão, mostrou o Sol e apontou para o sétimo círculo e, depois, para o aparelho. Espantado, Higgins pensou em sair dali. Nisso, tirou sua carteira do bolso e mostrou o retrato de sua esposa aos humanóides, dizendo-lhes por gestos e palavras que queria buscá-la. Eles permitiram e Higgins, afastando-se, escondeu-se num mato próximo para observar. Os seres brincavam como crianças, dando saltos e atirando longe pedras de enorme tamanho. Cerca de meia hora depois, olharam detidamente os arredores e, por fim, entraram no UFO, que alçou vôo verticalmente.

03 – COMPORTAMENTO BENEVOLENTE: Comportamento onde há uma clara interação entre os humanóides e as testemunhas resultando em algum tipo de benefício para a segunda.

Um relatório de acuidade visual, datado de 30 de agosto de 1976, não deixava dúvidas: a jovem Dirce (pseudônimo), então com nove anos de idade, era portadora de reumatismo infeccioso. Assustados, os pais da jovem menina a levaram para outra clínica. A conclusão foi que a visão de ambos os olhos tinha apenas 6% da visão normal. O exame de fundo de olho, fotografado em slides, indicava uma aparente degeneração da mácula, que poderia ser do tipo cística (inicial), ou distrofia viteliforme da mácula (doença de Best). Um dos médicos também falou em neurite trobulbar. O fato é que Dirce tinha sua capacidade visual altamente comprometida.

Numa determinada noite, às 19:00 horas, numa data que se estima ser pouco depois de 04/11/1976, Dirce foi levar comida para o cachorro no quintal. Subitamente entrou correndo em casa, muito pálida. Segundo Dirce, quando começou a tratar do cachorro, olhou para o fundo do quintal, que era muito escuro, e viu um ser de cerca de dois metros de altura, usando uma espécie de capacete e um macacão muito justo. Ele tinha olhos extremamente escuros, com dois buracos. Outro buraco ocupava o lugar da boca. Carregava uma arma apontada para ela e andava lentamente. Quando chegou à cerca de um metro de distância de Dirce, o alien acionou o botão que tinha no peito e, nesse instante, a visão de Dirce obscureceu. Quando recuperou a visão, o ser estava de costas, caminhando novamente para o fundo do quintal, de onde viera. O inusitado é que a visão de Dirce foi curada inexplicavelmente, conforme atesta o laudo do cirurgião oftalmologista doutor Tadeu Cvintal: "Angiofluoresceinografia Retiniana. Tempos principais AO (ambos os olhos), em 05 de agosto de 1982. Angiograma normal" – a visão de Dirce estava curada.

04 – COMPORTAMENTO INDIFERENTE: Comportamento onde a presença de testemunhas parece não ter qualquer importância para os humanóides e suas atividades.

Às margens de um afluente do Rio Negro, na Amazônia, a senhora Luzia Nascimento de Moraes teve um avistamento de um ser estranho no quintal e dentro de sua casa. Vale ressaltar que o famoso fenômeno Chupa-Chupa é bastante comum naquela região. A própria testemunha relata o evento: "Eram cerca de 23:00 horas. Eu estava na cozinha quando vi uma forte luz no mato, que se aproximava rapidamente. Tive muito medo! Em seguida surgiu inexplicavelmente um homem, que logo foi entrando em minha casa". O humanóide descrito por Luzia era baixo, magro, forte e aparentava uns 30 anos. O ser passou por ela rapidamente, aparentando não dar importância à sua presença.

Após passar pela senhora Luzia, a estranha criatura subiu pelo telhado de sua casa, de onde foi possível ouvir um barulho semelhante ao de uma máquina de costura. Nesse momento, Luzia e seu marido saíram da casa para observar o que estava acontecendo. E viram que o humanóide entrou num UFO branco e brilhante que estava acima de seu telhado. Aparentemente havia um outro "homem" dentro do objeto, pois Luzia e seu marido conseguiram observá-lo pelo que parecia ser uma janela. Logo em seguida, o OVNI desapareceu inexplicavelmente.

05 – COMPORTAMENTO ARREDIO: Comportamento onde a presença de testemunhas parece perturbar os humanóides, a ponto dos mesmos empreenderem uma atitude de aparente fuga.

Num certo dia do ano de 1983, por volta das 20:30 horas, em Minas Gerais, o lavrador Joaquim Antonio Luiz retornava à sua casa de bicicleta, que fica em uma fazenda fora da cidade. Em uma curva, avistou o que pensou ser uma moça toda vestida de branco, usando uma saia curta e blusa. Seus cabelos eram cheios e loiros, e tinha pele clara. Joaquim se sentiu atraído pela mulher, que tinha um corpo muito bonito, com pernas grossas, e resolveu parar a bicicleta para abordá-la. "E daí?" – foi o que Joaquim pronunciou ao parar em frente da "moça" (uma interpelação que, para o povo mineiro, expressa um convite à garota para uma aproximação mais íntima).

A jovem permaneceu em silêncio, virou-se de costas, inclinando o corpo para frente e levantando os braços para acima da cabeça. Em seguida, deu um salto, desprendendo-se do chão, e voou livremente. Sua saia ondulava como se estivesse sendo tocada pelo vento. Em poucos segundo, a enigmática garota tinha voado uma distância de mais de 500 metros, passando a ser somente um ponto branco na noite escura. Joaquim ficou tão apavorado que quando chegou na fazendo mal pôde dormir.



Ao que tudo indica, a contingência que determina o comportamento dos humanóides está ligada, basicamente, à atividade que ele esteja desempenhando no momento específico de cada contato individualmente. Atividade essa que ainda é um mistério. O fenômeno se manifesta com inúmeras nuances de difícil assimilação e que parece ilógico aos nossos padrões. Sem dúvida, tudo o que se relaciona à manifestação do fenômeno UFO transcende nossa capacidade de entendimento.

No entanto, há um aparente padrão na associação entre o comportamento e forma anatômica, e que já foi detectado há bastante tempo na ufologia: os seres tipo "ALFA", na maioria esmagadora das vezes, são relatados como sendo as principais criaturas envolvidas nas abduções. Mas também há registros de seres do tipo "BETA", como também a presença de várias entidades de anatomias diferenciadas envolvidas numa mesma abdução. De qualquer forma, o enorme registro dos seres de tipo "ALFA" nas abduções alienígenas fazem com que eles sejam reconhecidos como os principais protagonistas desse comportamento.

Uma característica do fenômeno que é digno de nota é a paralisação das testemunhas. É muito comum relatos de que as testemunhas ficaram absolutamente paralisadas diante do fenômeno, seja de humanóides ou dos UFOs. Mas é importante salientar que tal comportamento não representa necessariamente algo de cunho hostil ou agressor. Na verdade, levando-se em conta que todos os variados tipos de supostos "ocupantes de UFOs" evitam um contato mais efetivo conosco, a paralisação das testemunhas pode ser apenas uma medida de segurança para evitar qualquer ação que coloque em risco a segurança dos humanóides e – porque não ???? – das testemunhas. Assim como pode ser um instrumento de coação dos humanóides, como no caso das abduções: paralisada, a testemunha fica completamente passiva e sem condições de apresentar qualquer resistência aos seus raptores. O fato é que sabemos muito pouco ou quase nada sobre os humanóides e suas atividades. Outras abordagens podem trazer novos importantes indicadores...

NOVAS FORMAS DE CLASSIFICAÇÕES

O Centro de Investigação de UFOs (CUFOS), órgão norte-americano que já foi presidida pelo professor Allen Hynek, criou um sistema denominado "Humanoid Study Group", pela qual se pode classificar os humanóides em cinco categorias distintas, conforme sua associação com os UFOs:

01 – ASSOCIAÇÃO EXPLÍCITA: Entidade humanóide observado no interior de um UFO através de janelas, portas ou outras aberturas.

Na Serra da Beleza (RJ), num dia de maio, no final dos anos 60, o senhor Alípio Lauriano avistou, na porta de sua casa, por volta das 11:00 horas, um objeto em forma de disco, um pouco menor que um veículo tipo fusca, evoluindo a cerca de 400 metros de onde se encontrava, bem acima de uma plantação de milho. Segundo a testemunha, o objeto emitia um ruído semelhante ao produzido por uma moto, só que mais acelerado e baixo, por cerca de cinco minutos.

O senhor Alípio conseguiu divisar o que parecia ser janelas, por onde pôde reconhecer a presença de uma ou mais criaturas no interior do UFO. O objeto acabou desaparecendo em direção à localidade de são José do Turvo, deixando um aparente rastro de fumaça, que logo se dissipou.

02 – ASSOCIAÇÃO DIRETA: Observação de entidade humanóide que entram e saem de um UFO.

Durante a Operação Prato, o Coronel Uyrangê Soares Nogueira de Hollanda Lima obteve um relato de uma experiência bastante inusitada. Luis, um rapaz que trabalhava apanhando barro para uma olaria de propriedade de Paulo Keuffer, montou acampamento em cima de uma árvore, a beira do Rio Jarí (rio limítrofe do Estado do Pará e Território do Amapá – nasce na serra de Tumucumaque e deságua no Amazonas), com o intuito de caçar uma paca. Num dado momento, um OVNI parou sobre ele e abriu uma espécie de porta. Dessa abertura desceu um foco de luz intenso e dela surgiu um ser que parecia descer flutuando com os braços abertos.

Chocado, Luis pulou da árvore e se escondeu no meio da vegetação. A criatura tinha um dispositivo na mão que emitia uma luz vermelha e que, aparentemente, a usava para examinar o acampamento que Luis tinha feito na árvore. Logo em seguida, a criatura apontou a luz vermelha diretamente para Luis, deixando claro que sabia onde ele estava escondido. Luis ficou mais assustado ainda e saiu correndo pela margem do rio, tropeçando em troncos e raízes. O ser acabou voltando para dentro da nave e esta, por sua vez, voltou a se movimentar e foi embora.

03 – ASSOCIAÇÃO DEDUZIDA: Observação de entidade humanóide fora de um UFO.

Em uma noite enluarada, entre junho e julho de 1972, o lavrador João Alves Sobrinho, residente em Quebra-Perna, município de Jequitibá, a 10 quilômetros ao norte de Baldim (MG), observou um aparelho um pouco maior que uma Kombi, de altura desta e com as bordas "despontadas". Era branca, tinha um farol – então apagado – na frente e, visto de perfil, parecia um barco com dois pequenos vãos retangulares, lembrando janelinhas, próximos à sua base, que parecia tocar no solo.

À medida que se aproximava do objeto, percebeu dois seres humanóides de pequena estatura, agachados, de costas para ele e mexendo no solo. João Alves passou por eles, a uma distância de cinco metros, e não chegou ver suas faces. Eles vestiam uma espécie de capa larga, clara, sobre o qual sobressaía uma cabeleira escura que atingia a cintura. João Alves apressou o passo e chegou em sua casa. Logo depois, voltou para o local e não viu mais os seres e o objeto; no entanto, avistou, à baixa altura, o UFO voando horizontalmente, distanciando-se rumo a oeste.

04 – ASSOCIAÇÃO SUPOSTA: Observação de entidade humanóide que não está diretamente relacionada com a observação de UFO, mas se manifesta em local de reconhecida grande atividade ufológica.

Na noite do dia 21 de abril de 1996, no restaurante Paiquerê, instalado em meio ao horto do Jardim Zoológico de Varginha (MG), estava acontecendo uma festa de aniversário de um secretário municipal de Varginha. Nesta festa estava presente a senhora Terezinha Clept, que saiu para a varanda do restaurante e teve um encontro insólito. Era por volta das 21:00 horas e Terezinha avistou uma criatura no parapeito – o que só possibilitou observá-la do pescoço para cima.

O ser era marrom escuro, brilhante, tinha a pele oleosa, o rosto redondo, não tinha bochechas, nem barba e nem bigode ou nariz e, no lugar dos lábios, havia apenas o que parecia ser um pequeno corte. Apesar da escuridão, Terezinha pôde observar os detalhes porque os enormes olhos vermelhos da criatura emitiam luminescência "como se fossem faróis traseiros de carro". O sul de Minas Gerais é considerado uma zona de grande atividade ufológica e, só para exemplificar, quatro meses antes do avistamento de Terezinha Clept, em janeiro de 1996, aconteceu um dos mais famosos e importantes casos ocorridos em solo brasileiro: O Caso Varginha, pesquisado por Ubirajara Franco Rodrigues.

05 – NÃO ASSOCIADOS: Observação de entidade humanóide sem que exista qualquer atividade ou manifestação UFO aparente.

Na década de 50, em Santanésia, interior do Rio de Janeiro, a jovem Lucy Gallucci teve um encontro estranho com uma criatura humanóides. Lucy costumava sair após o almoço sempre carregando seus livros. Ela dedica suas tardes à leitura em uma das margens de um dos lagos criados pela barragem de uma usina hidroelétrica. E numa dessas tardes. Lucy acabou se deparando com um homem estranho.

Ele trajava vestimenta branca, bem ajustada ao corpo e emendada nos sapatos. Sua testa era muito ampla, mas não por calvície. O cabelo era liso, ralo e tendendo para o branco. As orelhas eram um pouco pontudas e sem lóbulos. O nariz era muito afilado, com orifícios um pouco para cima. Os olhos impressionavam pela cor indefinível – entre o amarelo e o castanho, parecendo refletir o verde da vegetação. Não tinha sobrancelhas e nem pestanas. Sua voz era grossa. A criatura humanóide deu várias informações para Lucy, entre os quais um relato de ter havido uma colonização na Terra por seres de outros mundos. Depois o humanóide se afastou de Lucy e desapareceu. Lucy Gallucci não avistou qualquer UFO, assim como demorou bastante tempo para concluir que se tratava de uma experiência possivelmente de cunho ufológico.

Como é perceptível, a pesquisa do "Humanoid Study Group" formula uma maneira não convencional de tentar estudar e classificar os humanóides. Diante de um fenômeno que parece transcender tudo o que conhecemos, mais pesquisadores deveriam se dedicar a estudar essa questão com novas e originais formas de classificação e associação – num esforço de tentar avançar nosso conhecimento em tão polêmico assunto. Afinal, o fenômeno humanóide, os supostos extraterrestres "ocupantes de UFOs", ainda é uma incógnita total. Quem são eles? De onde vêem? O que desejam? Talvez um dia nossos próprios visitantes misteriosos resolvam se revelar e, assim, teremos respostas para as nossas importantes perguntas.


Por Reinaldo Stabolito



Baseando-nos no farto material recolhido em todo mundo por investigadores e grupos ufológicos, é possível afirmar que existe um núcleo no fenômeno UFO não explicado por causas naturais. Esta certeza, que representa um passo muito importante, conduz de imediato as seguintes perguntas: Qual é a origem certa de fenômeno? Quais as suas motivações? Para tentar se aproximar destas duas questões básicas, devemos limitar-nos aos fatos, buscando interpretar as diferentes pautas de comportamento do fenômeno. A casuística mundial catalogada apresenta um núcleo de evidências que se integram num conjunto único – o que pode ser o melhor dado para um estudo do fenômeno UFO ou simplesmente um resultado efetivo da deformação da investigação em si.

Na década de 70, diversos trabalhos coincidentes foram publicados e divulgados. Esses trabalhos assinalavam que a manifestação do fenômeno UFO era múltipla e, sendo assim, necessitavam de uma catalogação de todas as suas diversas nuances. "Uma árvore não é suficiente para determinarmos como é o bosque".

Mas ao examinar a casuística ufológica, comprovamos de forma contraditória a associação de acontecimentos muito variados: desde a presença de um artefato material, claramente definido, que sobrevoa os céus, até o surpreendente aparecimento de uma criatura com asas que aterroriza a população rural de um Estado norte-americano (O Caso Kelly). Poderíamos então sugerir que são diversos níveis de uma mesma realidade dinâmica e que ainda está longe de ser analisada e catalogada na sua totalidade. No entanto, uma das características do fenômeno possui um comportamento bem definido e, geralmente, são interpretados segundo a opção clássica: uma manifestação tecnológica exterior à espécie humana. Esta presunção poderia classificar, embora parcialmente, muitas das observações conhecidas. De forma quase constante, é possível assinalar certas atitudes de curiosidade frente ao desenvolvimento técnico-humano, logicamente muito condizente com uma manifestação artificial do que de um fenômeno natural. Basta notar como sempre houveram relatos assinalando, por exemplo, a constante manifestação UFO em áreas militares bélicas.

A partir da "Era Moderna dos Discos Voadores" (desde 1947), uma característica passou a ser notável e bastante significativa: em determinados períodos de tempo, as observações de UFOs aumentavam consideravelmente, para depois cair de forma brusca. Produziam-se quase a nível mundial perfilando-se especialmente sobre uma determinada região.

Essa característica do fenômeno passou a ser definida como "onda ufo". Assim uma "onda ufo" corresponde à manifestação do fenômeno, que se desenvolve num breve espaço de tempo (dias, meses, semanas), e se limita a uma área geográfica específica. Os estudos estatísticos que têm sido realizados em torno desta pauta têm catalogado as freqüências destas "ondas ufo" e demonstram seu óbvio caráter de aleatoriedade de manifestação.

Imediatamente, após a divulgação pela mídia de avistamentos ufológicos, freqüentemente tratada de forma sensacionalista e imprópria, a opinião pública costuma sensibilizar-se e surgem grandes quantidades de avistamentos "colaterais", como uma espécie de "contágio". Essa situação pode, inclusive, alcançar o caráter de "onda" ou "febre" de testemunhas, porém o interesse público decresce tão velozmente quanto o aparecimento da "onda ufo".

Neste ponto chegamos a um primeiro problema: o caráter e o significado no contexto geral do desenvolvimento de uma "onda ufo". Se por um lado pode realmente existir uma quantidade de manifestação do fenômeno UFO significativa e que está agrupada num determinado tempo e numa determinada área específica; por outro lado a difusão ufológica poderia estar gerando uma comoção pública e, assim, criando avistamentos que não existem, mas que são produtos da histeria coletiva acerca do assunto. Há várias hipóteses para tentar explicar a característica "onda" do fenômeno UFO:

HIPÓTESE PSICOLÓGICA – Diante da divulgação sensacionalista de um evento ufológico, as pessoas fazem "eco" (uma espécie de feedback gerado pela comoção) do fato e que é motivado por uma necessidade psíquica de identificação. Assim, o público observa uma grande quantidade de UFOs que, obviamente, correspondem a um sugestionamento mental e não à manifestação do fenômeno de fato.

HIPÓTESE SOCIOLÓGICA – Determinados fatos sociais repercutem diretamente em uma maior quantidade de observações de UFOs. Alguns momentos críticos para a humanidade, como guerras, desequilíbrio econômico e social, conflitos, crises, índices de suicídios, etc; inclusive fenômenos de grande transcendência na sociedade atual, como desemprego, influenciam numa maior quantidade de avistamentos que denunciam a presença de UFOs no nosso meio. Existem impagáveis estudos estatísticos onde se estabelece uma correlação entre estes fenômenos sociais e os UFOs.

HIPÓTESE FÍSICA – Existem períodos no tempo em que se pode apreciar uma maior atividade de UFOs, que é uma razão intrínseca à intencionalidade da manifestação ufológica.

A primeira hipótese foi utilizada com excessiva liberdade, tanto por pessoas que pretendiam revelar um "novo fenômeno psicológico", de grande transcendência para a humanidade, como por aqueles meios de comunicação que, depois de divulgar avistamentos de forma inadequada, criticam os mesmos alegando explicações simplistas, como histeria coletiva, loucura geral, etc. Na realidade, a dinâmica e motivações do "contágio ufológico coletivo" diferem da manifestação e presença do fenômeno UFO.

Carl Jung, um dos mais destacados psicólogos e discípulo de Freud, apresentou a teoria do Inconsciente Coletivo. A humanidade possui um legado psíquico comum, determinado no inconsciente. A forma da "mandala", o círculo luminoso mágico (semelhança clara a mais de 90% dos UFOs avistados), que todas as doutrinas religiosas assinalaram como de grande importância através de mitos, lendas e cerimônias, constituiria o fundamento básico para explicar o fenômeno UFO, à luz do "inconsciente coletivo". Esta imagem inconsciente afloraria em momentos de especial necessidade, crise coletiva, descontrole mundial, etc, na forma de UFOs. Jung definiria por isso o fenômeno UFO como "reflexo dos arquétipos inconscientes".

As dificuldades que apresentam a teoria do "reflexo dos arquétipos inconscientes" começam quando os UFOs produzem rastros físicos: marcas no solo, alterações biológicas nos seres vivos, são detectados com meios tecnológicos avançados, como o radar ou sonar (19 de maio de 1986 – A Noite Oficial dos UFOs), e são fotografados e filmados. Arquétipos tendo uma constituição física? A teoria de Jung é, sem dúvida, extremamente importante, tal qual o próprio Jung e o que suas teorias representaram para as Ciências Humanas, e efetivamente explica parte do fenômeno. Mas o próprio Jung assumiu, em vida, que há algumas provas do fenômeno UFO que não admitem quaisquer alternativas a não ser de se aceitar que pode haver alguma realidade física do fenômeno.

A possibilidade de uma resposta sociológica para o fenômeno UFO é realmente interessante. Existem dados comparativos e significativos: os anos de 1946, 1954, 1965 e 1968 assinalam um aumento significativo de demanda de empregos nos Estados Unidos, coincidindo justamente com datas de supostas "ondas ufo". Outros anos com grande quantidade de avistamentos ufológicos também registravam momentos extraordinariamente críticos na política, descontroles sociais e depressões econômicas agudas. Mas tudo isso esbarra, tal qual foi dito acima, nos rastros "físicos" do fenômeno.

A INFLUÊNCIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO

A influência dos meios de comunicações no nascimento e desenvolvimento de uma "onda ufo" pode ser crítica. Diante de um aumento de notícias de avistamentos ufológicos, as pessoas se sentem mais propensas para se exporem divulgando suas observações, já que a opinião pública está mais receptiva para tais notícias e podem ser aceitos de melhor forma, diminuindo bastante os riscos do ridículo e desconfiança que se produziriam num âmbito temporal diferente. Mas abusou-se desta hipótese para explicar as "ondas ufos", caindo numa autêntica "síndrome" psíquico-social, que tenta interpretar os UFOs como respostas sociais – que de fato assim o são, indiscutivelmente, em muitas ocasiões.

Foi um investigador espanhol, Eduardo Buelta, num trabalho publicado em outubro de 1962, que começou a interessar-se pela análise das "ondas ufo" e suas freqüências. No seu interessante trabalho, que engloba os avistamentos ufológicos durante um período de dez anos, de 1947 a 1957, ele detectou um aparente deslocamento progressivo dos UFOs para o oriente das zonas geográficas na qual se manifestavam. Buelta escreveu: "Parece que o fenômeno UFO dividiu o globo terrestre em setores alongados de pólo a pólo, como se quisessem cartografar o planeta de forma metódica e cuidadosa, sendo que as aparições numa determinada área geográfica são precedidas da outra ao lado no globo".

O doutor David Saunders estabeleceu uma classificação para o perfil gráfico das "ondas ufo": Um primeiro tipo seria aquele que cresce de forma gradativa até chegar a um nível máximo de atividade, para cair imediatamente. Um segundo tipo tem um perfil médio e simétrico a um eixo imaginário (não há crescimento ou diminuição, mas uma constante quantitativa num determinado período). O terceiro tipo assinalaria as "ondas ufo" que começam bruscamente até alcançar um rápido crescimento para decair progressivamente. Os dois primeiros casos, segundo Saunders, responderiam a verdadeiras "ondas ufo".

No entanto o terceiro, cujo perfil é de um início brusco e queda progressiva, corresponderia justamente a influência dos meios de comunicação sobre o público. Saunders se refere ao fato de que um avistamento isolado, possivelmente real, é divulgado na mídia e o público em geral, por sua vez, tomado pela comoção e uma necessidade psíquica de identificação, começa a ver UFOs em tudo quanto é lugar – é aí que entra a explicação psicológica já citada acima. Com o passar do tempo, a comoção e o interesse do público vai diminuindo (a notícia vai ficando "velha" e esquecida) – o que marca uma queda rápida, porém progressiva, da falsa "onda ufo". É importante salientar que uma falsa "onda ufo" não significa necessariamente que todos os casos catalogados sejam falsos. Podem haver avistamentos e incidentes reais isolados, mas que não constituiriam uma "onda ufo" de fato. Vale lembrar que no auge do "Chupacabras" no Brasil, até cachorro morto no meio da rua por atropelamento virou uma "nova vítima" do insólito predador divulgados em programas televisivos altamente questionáveis, como o Gugu, no SBT.

Ainda, o doutor Saunders selecionou 18.000 casos com informações suficientes da casuística ufológica mundial. Depois de analisá-los e depurá-los, estabeleceu o que considerou como as mais importantes "ondas ufo" a nível mundial (o mês apontado em cada uma das ondas são os "picos" – havendo vários casos em meses anteriores e posteriores):

JULHO DE 1947 – Oeste dos Estados Unidos.
AGOSTO DE 1952 – Leste dos Estados Unidos.
OUTUBRO DE 1954 – França e Europa.
AGOSTO DE 1957 – América do Sul (em outubro de 1957 ocorreu O Caso Villas-Boas e, em janeiro de 1958, O Caso Trindade, entre outros).
AGOSTO DE 1965 – Meio-Oeste dos Estados Unidos.
OUTUBRO DE 1967 – Inglaterra.
NOVEMBRO DE 1972 – África do Sul.

Mas o interessante é que nesta análise Saunders descobriu uma sugestiva correlação: as "ondas ufo" se deslocavam para o leste em períodos de cinco anos aproximadamente. Conclusão muito similar à desenvolvida por Eduardo Buelta, em 1962.

É difícil estabelecer uma cronologia das complexas "ondas ufo". O SOBEPS (Sociedade Belga para o Estudo de Fenômenos Espaciais) estabeleceu estatísticas que assinalam o número de observações ufológicas entre os séculos de 1800 e 1900, sendo o período de maior precisão nestas observações a partir de 1885. As "ondas ufo" que ocorriam justamente nos momentos de grande depressão econômica foram as seguintes: 1885, 1896, 1897, 1905, 1933 e 1934. A grande "onda ufo" de 1897 foi classificada como a mais importante de todo o século XIX. Segue abaixo uma listagem cronológica das "ondas ufo" desenvolvidas em todo o mundo, com suas respectivas características destacáveis:

1885 – Observações de objetos com formato de disco.

1896 a 1897 – Estranhas naves aéreas, similares às descritas nas novelas de Julio Verne, "Robur, O Conquistador" e "O Dono Do Mundo". Estas máquinas pareciam ter sistemas de propulsão contemporâneos para sua época: a vapor, por ar comprimido, etc. Também foram catalogadas presenças de seres que tripulavam os UFOs, os quais eram parecidos com os humanos e que pediam às testemunhas água, azeite, petróleo ou ferramentas.

1905 a 1909 – Observações de UFOs similares a dirigíveis ou zepelins, cujo comportamento estava muito afastado dos habituais terrestres: grande rapidez, manobrabilidade excessivas, estranhas luzes, etc.

1913 a 1914 – Estranhos aparelhos em forma de charuto.

1933 a 1934 – Aviões de características e comportamentos anômalos. Apareciam com freqüência sobre vias de comunicação e, com relativa facilidade, detinham seus motores de até oito hélices visíveis, sustentando-se no ar sem a maior dificuldade. Estes "aviões fantasmas" foram vistos até 1939, porém, a partir de 1934, deixaram de ser extremamente freqüentes.

1945 – O fenômeno dos Foo-fighters.

1946 – Naves cuja aparência se assemelha às armas secretas (bombas voadoras) alemãs tipo V-1 e V-2, observados principalmente sobre o norte da Europa, Grécia e Suíça.

De 1947 a 1972 aconteceram as "ondas ufo" já mencionadas pelo doutor Saunders. Na Espanha destacamos principalmente as produzidas em 1950, 1954, 1965/66, a abundante de 1968/69, 1974/75 e 1978/79, entre outras. Vale destacar que, desde o início da década de 90, há inúmeros registros ufológicos no México, Porto Rico e Equador. No Brasil, durante o incidente envolvendo o Caso Varginha, em 1996, o sul de Minas Gerais foi palco de inúmeros avistamentos.

A HIPÓTESE MARCIANA

No fim dos anos cinqüenta, surgiu a primeira teoria para tentar se explicar a origem dos UFOs. Essa teoria apontava para o fato que a posição astronômica do planeta Marte estava relacionada com a maior ou menor quantidade de avistamentos ufológicos no nosso planeta. Um dos principais investigadores que descobriu esta relação foi o desaparecido Oscar Rey Brea, meteorologista de Galícia.

Segundo Brea, as "ondas ufo" alternariam a cada dois anos, coincidindo justamente com a maior aproximação de Marte – já que Marte se aproxima da Terra a cada vinte e seis meses. Essa constatação foi a base da "teoria bianual do ciclo marciano", na qual posteriormente foi ampliada por Eduardo Buelta e os franceses Jacques Vallée e Aimé Michel. No entanto, os próprios defensores dessa teoria admitiam que nem sempre a aproximação marciana coincidia com uma "onda ufo". Por exemplo: a "onda ufo" de 1968, ocorrida na Espanha, não coincidiu. No entanto, a segunda parte desta "onda ufo", que correspondente ao ano de 1969, coincidiu com a posição marciana de 31 de maio. Este mês foi marcado por uma constante atividade ufológica. A "onda ufo" de outubro de 1973, que afetou quase toda a América do Norte e na qual foram registrados casos considerados clássicos da ufologia nos Estados Unidos, aconteceu justamente no período de aproximação astronômica de Marte.

Outros investigadores também se interessavam por essa possível relação. Em 1973, o investigador valenciano Miguel Guasp publicou um trabalho muito interessante intitulado "Teoria do Processo dos Ovnis". Nela, Guasp analisava e relacionava a aproximação astronômica de Marte e a incidência do fenômeno UFO.



Mas não se trata apenas de pressupor uma origem marciana para o fenômeno UFO diante de uma coincidente manifestação de "ondas ufo" em momentos que o planeta Marte estaria mais próximo da Terra. Houve registros na casuística ufológica que pareciam reforçar tal especulação.

No dia 24 de abril de 1964, em Tioga County, New York (EUA), o jovem fazendeiro Gary Wilcox, num pasto dentro de sua propriedade, teve um surpreendente encontro com um disco tripulado por seres baixinhos e estranhos. Estes seres, depois de recolherem amostras do solo e depositá-las cuidadosamente numa bandeja, disseram-lhe que vinham do planeta Marte e que estavam recolhendo alguns recursos naturais da Terra para pesquisas. Depois de pedir um pouco de fertilizante à testemunha, os seres entraram na nave e decolaram, desaparecendo no céu a grande velocidade.

Este caso parece corroborar com a "hipótese marciana"; porém, a verdade é que os UFOs se manifestam de forma confusa, esquiva e até aparentemente teatral. Tal como o planeta Marte, na casuística encontramos as mais diversas informações sobre o planeta de origem dos extraterrestres. De Marte a Vênus, os extraterrestres chegaram a citar corpos celestes até de fora de nosso sistema para se referirem ao seu local de origem. Talvez estejamos diante de diversas civilizações, ou talvez os próprios extraterrestres promovam esse tipo de confusão deliberadamente por motivos que desconhecemos. Parece ingênuo e absurdo considerar a uns supostos alienígenas "marcianos" nas suas espetaculares "naves discoidais" venham até a Terra, vencendo a distância de 74,5 milhões de quilômetros (posição mais próxima entre Marte e Terra), somente para pedir adubo e dar conselhos impróprios e infantis à humanidade (como alegam muitos "contatados").

A verdade é que não temos o menor conhecimento seguro de qualquer coisa sobre o fenômeno e só nos resta a terrível e abusiva presença dos UFOs e seus humanóides. Sua complexa manifestação parece ser inútil e ilógica. As intenções de nossos misteriosos visitantes não são claras, apesar das múltiplas estatísticas, fórmulas, teorias e intuições que os esforçados investigadores do fenômeno estão desenvolvendo. No entanto, as "ondas ufo" parecem demonstrar uma organização em algum nível, pois o fenômeno se concentra e centraliza suas atividades numa determinada área num determinado tempo.

Quando falamos de UFOs estamos referindo-nos a um fenômeno com características muito particulares, definido principalmente pela sua singularidade e aleatoriedade. A singularidade indica que o fenômeno não se ajusta a nenhum tipo de experiência provocada e não é mais que um fato histórico. A aleatoriedade indica que sua presença e atuação não são previsíveis e, por isso, torna-se praticamente impossível classificá-los dentro dos fenômenos estudados pela metodologia científica.

A manifestação UFO foge a todas tentativas de observações deliberadas, salvo em poucas exceções. Normalmente seus aparecimentos são repentinos e os conhecemos por declarações de testemunhas e alguns vestígios e registros (marcas nos solos, fotografias, etc). Para que o estudo do tema se converta em um fato científico, deve ser objeto de experimentação e compor um modelo previsível que responda a determinadas leis. Todos sabemos que, geralmente, as testemunhas humanas são discutíveis e, em muitas ocasiões, equivocadas com relação à realidade do fenômeno observado.

OS ESFORÇOS DE AIMÉ MICHEL

Desde a década de cinqüenta, em que apareceram os primeiros grupos e investigadores privados atraídos pelas testemunhas que apareciam nos meios de comunicação, surgiram diversas tentativas para superar os problemas já citados – entre os quais o fato do fenômeno UFO não se ajustar a nenhuma categoria científica. O grande objetivo da investigação é, em última análise, superar o estado compilador de informações para a formulação de leis que expliquem o conjunto do fenômeno. Para tanto, muitos pesquisadores buscaram – e ainda buscam – incansavelmente detectar a existência de alguma ordem lógica no fenômeno.

A aproximação mais notável a tal propósito foi realizada pelo investigador francês Aimé Michel, utilizando os dados da "onda ufo" de 1954. Poderíamos dizer que foi um primeiro passo para a estipulação de uma ordem lógica que objetivava encontrar soluções adequadas para o fenômeno UFO. Assim, a descoberta de Aimé Michel significou um passo importante na fixação da possível intencionalidade dos avistamentos ufológicos.

A história diz que foi o escritor Jean Cocteau, numa conversação mantida com Michel, quem lhe sugeriu a possibilidade de que, diante da aparente desordem apresentada pelo conjunto de observações ufológicas na "onda ufo" de 1954, tratasse de analisar as testemunhas correspondentes a um período curto, num dia ou, pelo menos, numa semana.

SURGE A TEORIA DAS ORTOTENIAS

Seguindo esta idéia, Aimé Michel, entre 1956 e 1957, começou a marcar num mapa muito detalhado do território francês, dia por dia, todas as informações de avistamentos ufológicos divulgados na imprensa e em outras fontes – sendo que teve o cuidado de "filtrar" as informações e somente dar relevância aos dados mais confiáveis.

Num primeiro momento, Aimé Michel percebeu que os diferentes lugares onde ocorriam os avistamentos não pareciam ser escolhidos pelo fenômeno ao acaso. Na verdade uma certa quantidade de avistamentos se alinhavam em retas de três, quatro e até seis pontos. Esta disposição surpreendeu Michel, que a denominou ortotenia (do grego "ortotenos", que significa "situado na linha reta"). Na superfície terrestre se formavam linhas de máxima curvatura, que na linguagem marinha se chama de ortodrómica: a distância mais curta entre dois pontos da superfície do globo. Os meridianos, por exemplo, são linhas ortodrómicas.

Além do possível caráter puramente casual de alguns alinhamentos, Michel constata um fato muito característico. As "ortotenias" têm uma duração de um só dia, cessando a meia-noite e dispondo-se de forma totalmente diferente no dia seguinte. É importante entender que a "ortotenia" traçada não corresponde à trajetória ininterrupta de um só UFO, nem estão situadas as observações de uma mesma linha seguindo uma ordem cronológica. Era como se o fenômeno escolhesse uma área específica para cada dia de manifestação.

As diversas formações ortotênicas compõem figuras estreladas, cujos pontos de união Michel denominou de "centros de dispersão". Em tais centros, sistematicamente, se informava a presença de um "charuto voador". Essa coincidência foi um grande indício de que Michel estava encontrando uma ordem lógica. Os UFOs conhecidos como "charuto voador", segundo a literatura especializada, são classificados como possíveis naves-mãe, em virtude de sua função de albergar outros corpos menores.

Um evento muito característico é o de Vernon. Na noite de 22 e 23 de agosto de 1954, o senhor Bernard Miserey, comerciante de Vernon, departamento do Eure, França, regressou a sua casa guardando o carro na garagem. Ao sair do veículo, surpreendeu-se com a visão de uma suave luz inundava todo o céu. Era uma espécie de massa luminosa, que permanecia imóvel e silenciosa e que parecia estar flutuando na vertical. Sua forma assemelhava-se a um gigantesco charuto. Enquanto contemplava aquele extraordinário fenômeno, surgiu um objeto em forma de disco que, a princípio, desceu em queda livre. Depois diminuiu a marcha e se dirigiu horizontalmente através do rio. O disco ficava cada vez mais luminoso e se dirigia para sua direção – o que permitiu Bernard contemplá-lo de frente. O objeto estava rodeado por uma espécie de auréola muito luminosa.

Por fim, o objeto desapareceu na direção sudeste em grande velocidade. E, neste momento, um segundo disco se desprendeu da parte inferior do charuto voador com idêntico movimento. Um terceiro e um quarto disco lhe seguiram e, pouco depois, um quinto disco caiu do charuto, que permanecia imóvel. Este último objeto desceu a menor altura que os anteriores, detendo-se um instante sobre uma ponte, enquanto oscilava levemente. Bernard Miserey contemplou com total clareza que a forma do disco era circular e estava rodeava de uma luminosidade vermelha, mais intensa no centro. Depois de uns instantes de imobilidade, o objeto se afastou rapidamente em direção ao Norte – tal qual os UFOs que haviam saído primeiro. A luminosidade do charuto voador tinha desaparecido e o imenso objeto se confundia com a escuridão da noite. A duração daquela singular observação foi de uns quarenta e cinco minutos. No dia seguinte, soube-se que dois agentes da polícia local também tinham contemplado o mesmo fenômeno, porém em horário diferente: 01:00 hora da madrugada.

A partir deste primeiro enfoque de Aimé Michel, que apareceu na sua obra "Os Misteriosos Discos Voadores", outros investigadores em todo o mundo começaram a aplicar a mesma teoria das ortotenias. São destacáveis os trabalhos do doutor Olavo Fontes, sobre a casuística brasileira, principalmente referente ao ano 1960. O estudo demonstra que a rede de alinhamento é similar à descoberta na França por Michel.

O lançamento da obra de Aimé nos Estados Unidos fez que muitos cientistas e investigadores se interessassem pela existência das ortotenias. O doutor David Saunders, antigo membro do Comitê Condon, realizou um estudo sobre a notabilidade do denominado alinhamento "BAVIC". Esse alinhamento foi formado por seis observações no território Francês, em disposição retilínea perfeita, indo da cidade de Baieux e Vichy. O doutor David Saunders estendeu esse alinhamento por todo o globo e chegou a conclusão de que a coincidência era bastante significativa. Na Espanha, Antonio Felix Ares de Blas e David Garcia López, entre outros, utilizaram a teoria de Michel aplicando-as na "ondas ufo" ibéricas de 1950, 1968 e 1969. Nas "ondas ufo" de 1968 e 1969, apesar de não existirem linhas por cima dos quatro pontos, distinguiu-se um "foco de dispersão" no Mediterrâneo que coincidia justamente nas observações de determinados países europeus.

Foram aplicados diversos argumentos para encontrar uma explicação natural à "concentração" de observações em certos períodos e, portanto, à hipótese ortotênica. Durante uma sessão da Academia de Medicina de Paris, em 16 de novembro de 1954, o doutor George Heuyer, professor de psiquiatria infantil, leu um comunicado que explica em extremos de psicose coletiva os avistamentos de UFOs daquele ano. Baseando seus argumentos principais no "duplo delírio", segundo o qual uma pessoa "indutora" (doente mental) influencia determinadas idéias sobre outro denominado "induzido" (alguém habitualmente sugestionável) e, com isso, criam-se fatos inexistentes que extrapolam aos diversos segmentos sociais: família, casa, bairro, e assim sucessivamente. Estas idéias sugestivas se propagaram progressivamente.

Segundo Heuyer, a psicose dos UFOs pode nascer de três elementos principais: uma idéia falsa, o medo que requer respostas e as condições do grupo e do meio. O grupo será composto pelos débeis mentais: segundo Heuyer, seriam uns 400.000 na França da época. Indubitavelmente, a teoria do "delírio dual" teve repercussão na época, apesar da sua aparente lógica, sem explicar satisfatoriamente todos os fatos. Dados como a manifestação ortotênica, as provas físicas recolhidas em alguns avistamentos de UFOs, as investigações dos governos motivadas por objetos detectados nos radares do Controle de Tráfego Aéreo, etc, são exemplos sólidos não explicáveis pela psiquiatria. No seu trabalho ortotênico, Aimé Michel pode ter feito um descobrimento capital que, apesar das múltiplas controvérsias, ainda é extremamente importante para a ufologia e deve ser seriamente considerado.

No seu livro "Os Fenômenos Insólitos do Espaço" ("Lês Phénomenes Insolites De L'espace", publicado por Edições "La Table Ronde", em 1967), Jacques Vallée escreve "resta saber se a possibilidade da sua aparição pelo acaso não foi consideravelmente subestimada". Vallée teve a idéia de simular num computador uma "onda UFO", semelhante a ocorrida em 1954. Utilizando um método totalmente automático, a fim de eliminar o que chamou de "variável psicológica do pesquisador", colocou pontos ao acaso sobre uma superfície esférica representando a França. Em seguida, procurou determinar se houveram alinhamentos. Resultado: Vallée obteve uma linha de cinco pontos, cinco linhas de quatro pontos e vinte linhas de três pontos. Este experimento de Jacques Vallée prova que os alinhamentos podem efetivamente ser frutos do simples acaso. Vale ressaltar que Vallée nunca conseguiu um alinhamento de seis pontos, como o "BAVIC". Seria o alinhamento "BAVIC" um indício de intencionalidade ou uma formação ao acaso que não ocorreu no estudo de Vallée?

A TEORIA DOS CORREDORES

Os investigadores franceses Charles Garreau e Raymond Lavier, afirmam que os UFOs aterrissam segundo um plano rigoroso: França e, sem dúvida, outras regiões parecem estar situadas abaixo de uma rede invisível, onda as malhas quadradas teriam 61.116 quilômetros de lado. Aproximadamente 80% das aterrissagens recolhidas durante vinte e oito anos, situam-se sobre o que podemos chamar de corredores de vôo permanente. Este trabalho começou a tomar corpo quando o investigador Raymond Lavier comparou três observações ufológicas de aterrissagem sucedidas em Poncey (1954), Marliens (1967) e Brazeyen-Morvam (1958). Estes locais são eqüidistantes de 43.200 quilômetros entre si. Além disso, estavam situados em duas perpendiculares. Os investigadores franceses quadricularam (lado de 43.200 quilômetros) um mapa do Instituto Geográfico. Incluíram-se todas as aterrissagens cadastradas até o momento e claramente apareceu a existência de corredores permanentes.

Posteriormente, comparou-se este trabalho com o realizado pelo investigador neozelandês Capitão Bruce Cathie, que tinha descoberto no seu país uma quadrícula de 61.116 quilômetros, à que denominou de "Harmonic 33". Este esquema se superpunha exatamente ao quadriculado dos investigadores franceses, que era o suporte principal, e tinha como diagonais dois corredores descobertos. A distância de uma semidiagonal de uma quadrícula de 61.116 quilômetros é igual a 43.200 quilômetros, que é a mesma para a distância medida no mapa de aterrissagem da França.

Poderia-se atribuir aleatoriedade a uma parte do aparecimento dos mencionados "corredores" e suas malhas, mas qualquer tentativa de interpretação lógica do fenômeno é digna de se ter em consideração. Dentro da casuística ufológica, recolhida desde 1947, destacamos significativos dados nos quais a intenção exploratória, suas amostras tecnológicas e recursos parecem evidentes. O doutor Olavo Fontes, a propósito das ortotenias sobre o Brasil, assinalava:

"As linhas ortotênicas incluíam a localização das maiores estradas, de artérias ferroviárias importantes, diques, represas, centrais elétricas, depósitos de água e, inclusive, destacados centros e bases militares, como Fortaleza, Natal e Recife".

Estas constatações podem ser válidas também em outros lugares do mundo. Não foram poucas vezes que aviões de caça, em missão de proteção de uma base militar, tiveram que interceptar UFOs, assim como o relato de militares sobre as constantes aparições de UFOs sobre depósitos nucleares. Mas afinal, qual é a verdade e a validade desses estudos? Já se especulou até que os UFOs se deslocam dentro de fluxos magnéticos específicos, na atmosfera terrestre, mas nada ficou comprovado até hoje. De fato, por enquanto o fenômeno UFO é uma incógnita total e todo o esforço que objetive encontrar uma ordem lógica é de suma importância.


Por Reinaldo Stabolito



O fenômeno UFO é hostil? Tentar entender, interpretar e discorrer sobre um determinado comportamento do fenômeno UFO é uma das tarefas mais difíceis, já que todos os dados disponíveis vêem de testemunhas que podem ter interpretações diferenciadas pelo seu próprio conteúdo pessoal e não apenas pelas supostas diversidades que o fenômeno apresenta. Certamente muitas observações são autênticas alucinações e outras podem ser deformações da realidade por pessoas cujas motivações são inconscientes. Também há as fraudes, os exageros e as interpretações errôneas de fenômenos naturais e humanos. Mas existem efetivamente casos que não possuem quaisquer explicações satisfatórias, a não ser de admitir a existência física, material e autêntica de Objetos Voadores Não Identificados.

Os UFOs foram avistados por milhares de pessoas, entre pilotos, controladores, meteorologistas, e tantas outras pessoas altamente qualificadas no reconhecimento de fenômenos atmosféricos, astronômicos e físicos. Foram registrados nas telas dos radares pelo mundo. Foram fotografados, filmados e seus vestígios foram mensurados. Ninguém que esteja sequer mediamente informado duvida que, no mínimo, algo estranho existe. Mas é um paradoxo: reconhecido a existência do fenômeno, nós não entramos num caminho resolutivo esperado. Na verdade, quanto mais somos bem informados a respeito do fenômeno UFO, mais absurdo, ilógico e repleto de incógnitas ele se apresenta. Mas há uma razão fundamental para que isso esteja ocorrendo? Sim, há uma... E, por sinal, uma razão extremamente fundamental: os dados obtidos até parecem corretos, mas são incrivelmente contraditórios. As descrições de tamanhos, formatos e comportamentos desses objetos e seus supostos tripulantes são tão diferentes, que nem sequer permitem uma classificação realmente adequada.

Mas porque isso ocorre? Para alguns o principal desencadeador dessa situação é o próprio fenômeno UFO, uma vez que ele não atua de forma transparente, numa clara opção pela clandestinidade nas suas atividades. E a hipótese mais aceita para explicar essa característica é que a inteligência por trás dos UFOs talvez busque não interferir o máximo possível em nossa civilização. No entanto, eu lanço uma pergunta: tomando como base essa premissa baseada no comportamento "arredio" dos UFOs, realmente não há interferência e influência do fenômeno em nossa sociedade?

Num primeiro momento, a despeito da teoria de "não influência", é óbvio que o fenômeno UFO causou um enorme impacto na humanidade a partir da segunda metade do século XX. Seu rastro é tamanho que foi assimilado poderosamente na nossa cultura, passando a fazer parte dos motivos artísticos, comunicativos e semânticos do homem atual. Em nossa sociedade capitalista, os UFOs e seus tripulantes foram transformados em mercadorias de consumo.

Um exemplo típico é um comercial de televisão sobre o consórcio de imóveis da empresa Porto Seguro. Nesse comercial, um casal está dentro de seu carro num lugar desértico a noite. Eles estam parados no meio da estrada porque há uma vaca obstruindo sua passagem. Incrivelmente, a vaca se revela ser Elvis Presley disfarçado – o eterno jogo de atribuir ao fenômeno sua origem no reino da fantasia, do absurdo e do improvável. Subitamente um disco voador surge no céu lançando um cone de luz que faz Elvis levitar para a nave. Ele é capturado e o rapaz no carro questiona a mulher: "Nossa, você viu isso?". Ela responde: "É o apartamento que a gente queria" – ela não estava observando aquela cena insólita, mas um folheto com propaganda do consórcio da Porto Seguro. A mulher fecha com o comentário: "Se contar, ninguém acredita". Os profissionais de marketing foram diretos e claros: o plano de consórcio imobiliário da Porto Seguro é tão incrível e inacreditável quanto observar um disco voador abduzir Elvis. Os UFOs se transformaram em vendedores de consórcio de imóveis na nossa cultura moderna... Para ver o vídeo, gentilmente cedido pela NDU (Núcleo de Divulgação Ufólogica), presidido por Carlos Airton, clique no ícone abaixo:


Arquivo mpg – 4.374 kb

A verdade é que a simples presença de uma luz suspeita no céu já deflagra um processo de interferência e influência. Numa entrevista para a televisão americana, Jacques Vallée chegou a afirmar: "O que mais impressiona nos encontros com UFO é que as testemunhas descrevem uma mudança fundamental das suas idéias sobre um grande número de problemas. Por exemplo, as noções sobre a vida e a morte. Geralmente as testemunhas sofrem uma comoção. A observação é tão impressionante para eles, que acabam pondo em questão tudo o que pensavam nas suas reflexões sobre a existência". Fica claro que a simples observação do fenômeno já produz enormes seqüelas nas pessoas envolvidas, o que nos leva inevitavelmente a constatação de que o fenômeno UFO produz, de forma efetiva, influências extremamente profundas em nosso mundo. Além disso, há estudos demonstrando a presença UFO na antiguidade em textos antigos e até nos desenhos primitivos das paredes e tetos de algumas cavernas pré-históricas. E isso é um indicador de que essa influência extraterrena pode estar acontecendo há muito tempo.

Tendo em vista todas essas considerações, é fácil perceber que a teoria de "não influência" é ineficaz, embora tão aceita, para justificar a falta de transparência nas atividades do fenômeno UFO. O fato é que qualquer especulação sobre o comportamento do fenômeno nada mais é do que uma "humanização terrestre" para os motivos de algo que não temos a menor idéia do que se trata e, conseqüentemente, não sabemos sequer se é cabível tal projeção. Mas enfim, se não temos condições de atingir respostas para questões básicas referentes aos aspectos primordiais do comportamento do fenômeno, como poderíamos chegar em alguma concepção minimamente aceitável para a pergunta lançada no início do presente artigo: o fenômeno UFO é hostil? Vejamos o que a casuística nos revela, começando com uma ocorrência clássica: o Caso Crixás. Ocorrido no dia 13 de agosto de 1967, na cidade de Crixás, Goiás, o caso Crixás envolveu o capataz Inácio de Souza e sua esposa.

Na ocasião, Inácio de Souza voltava para casa, na fazenda Santa Maria, cidade de Crixás, por volta das 16:00 horas. Ao chegar, foi calorosamente recebido por sua mulher do lado de fora. Ambos ainda não haviam percebido nada de anormal, até dirigirem o olhar para o pasto próximo da casa, que é cortado por uma pista de pouso de aviões. No fim da pista de pouso havia um estranho objeto que foi descrito por Inácio como sendo uma bacia invertida. Mas, num primeiro momento, Inácio e sua esposa realmente não deram muita atenção. O fato é que o proprietário da fazenda, o senhor Ibiracy de Moraes, era um fazendeiro realmente rico e poderia estar testando algum tipo de veículo novo para o Exército brasileiro – o que, se fosse o caso, não seria a primeira vez. Só para se ter uma idéia, entre os cargos que o senhor Ibiracy de Moraes já ocupou está a presidência do Banco do Brasil. Mas logo o casal percebeu que algo estranho estava acontecendo.

Mesmo estando a uma distância razoável, o casal percebeu que havia "três crianças" aparentemente nuas em volta do objeto. Isso teria indignado Inácio que classificava tal ato como uma afronta para a sua esposa. Inácio passou a caminhar diretamente na direção daquelas "crianças". Mas, ao se aproximar um pouco mais, levou um susto: não estavam nuas, mas sim vestidas com uma roupa inteiriça colada no corpo e de cor amarela. Todas eram calvas e tinham uma aparência bastante incomum. Só que naquele momento as criaturas também perceberam o casal e um deles apontou diretamente para Inácio e sua esposa. Imediatamente, os três seres começaram a correr em suas direções, ficando claro que iriam abordá-los.

Quase que como uma ação reflexiva movida pelo terror, Inácio pegou sua espingarda, que sempre carregava no ombro, e se posicionou para disparar, mirando diretamente para a testa de uma das criaturas. Em seguida pediu para a sua mulher entrar correndo em casa e se trancar. Inácio dispara e acerta em cheio a cabeça de um dos seres que, segundo sua estimativa, deveria estar a um pouco mais de sessenta metros de distância. Inácio era conhecido na região por ser um atirador exímio. Ele acertava qualquer coisa com extrema precisão a uma distancia de até cem metros. O próprio proprietário da fazenda, o Sr. Ibiracy de Moraes, comentou que Inácio acertava uma pomba em pleno vôo a várias dezenas de metros de distância. No momento que Inácio atirou, o ser atingido caiu no chão. E naquele mesmo instante, o UFO disparou um raio de luz verde que atingiu o agricultor no ombro esquerdo. Inácio caiu imediatamente desacordado.

Desesperada com a cena do marido caído no chão, a esposa de Inácio, que acompanhava tudo pela janela da cozinha, saiu da casa correndo na direção do marido desmaiado. Ela pegou a arma e se colocou na frente de Inácio, para protegê-lo. Imediatamente apontou a arma na direção dos alienígenas. No entanto os seres haviam parado e pegado o que tinha sido atingido por Inácio, sendo que eles já estavam entrando no disco carregando o ser baleado. Logo em seguida, o disco começou a emitir um forte zumbido e ganhar altura lentamente em sentido vertical.

Inácio foi levado às pressas para o hospital. Ele passou a apresentar náuseas, formigamento e adormecimento por todo o corpo. Suas mãos sempre estavam trêmulas. Infelizmente, no dia 11 de outubro de 1967, cerca de cinqüenta e nove dias depois do incidente, Inácio veio a falecer. Ele tinha 41 anos e era pai de cinco filhos. No ombro esquerdo onde ele foi atingido tinha ficado uma espécie de mancha. Esta mancha evoluiu e acabou por se espalhar por todo o seu braço esquerdo e pescoço. No atestado de óbito, o médico colocou como causa da morte leucemia. Por recomendação do próprio Inácio ainda em vida, a sua esposa queimou todas as coisas dele após a sua morte, incluindo o colchão onde dormiam.

É interessante notar que nesse caso houve uma clara situação de confronto. No entanto, é difícil afirmar que se trate de uma hostilidade extraterrestre gratuita. Fica patente nesse caso que o raio que atingiu Inácio no ombro pode ter sido uma resposta imediata ao comportamento hostil de Inácio que, num primeiro momento, baleou uma das criaturas. Se por um lado é complicado tentar analisar o comportamento extraterrestre, por outro lado temos uma característica humana facilmente detectável: a nossa xenofobia.

Numa analogia rápida à questão, os primeiros contatos dos irmãos Villas Boas com os índios xavantes foi drástico e complicado, pois os xavantes atacaram o seu avião – um UFO para eles – com flechas, conforme foi fotografado e documentado na época. Infelizmente percebemos que o homem, independentemente de ser mais ou menos civilizado, tem uma tendência inata de atacar o desconhecido, pois teme tudo o que não compreende. Não é a toa que filmes como "Signs", "Independece Day" e "Alien – O Oitavo passageiro" proporcionam grandes bilheterias, pois atingem nossas causas emotivas básicas, como o medo do desconhecido. E essa característica pode ser um desencadeador de confrontos com o fenômeno.

A situação de agressão do caso Crixás também nos leva a uma outra constatação: os extraterrestres parecem não hesitar em responder com hostilidade quando são atacados. Grande parte da casuística ufológica demonstra que o fenômeno é esquivo, evitando um maior contato. Mas em algumas situações extremas, parecem realmente dispostos a responder uma agressão de forma também violenta. Um outro exemplo que reforça essa característica é o caso envolvendo o senhor Daildo de Oliveira, no dia 23 de julho de 1968, quando era funcionário da Companhia Elétrica do Estado de São Paulo, na sub-estação da cidade de Bauru.

Ocupando o cargo de vigia, seu horário noturno correspondia entre as 19:00 e 07:00 horas do dia seguinte. Por volta da 01:00 hora da madrugada, depois de marcar o relógio de controle no escritório técnico, Daildo resolveu dar uma volta ao redor da oficina e acabou por perceber um vulto ou uma sombra, que estava um pouco visível devido à precária iluminação pelas lâmpadas da vizinhança. Imediatamente, Daildo se abaixou para tentar observar melhor o vulto sem que este consiga vê-lo.

Naquele instante, Daildo percebeu um ligeiro ruído que parecia vir do lado do escritório. Ao virar-se para aquela direção, percebeu que havia um outro homem em uma das janelas, ao lado da porta. Este segundo homem foi melhor visualizado e Daildo pôde reparar que ele estava vestindo calça e camisa compridas e escuras. Raciocinando rapidamente, Daildo formou um plano para interceptar os invasores: entrou na oficina e pegou um conduíte que media um pouco mais que meio metro. Logo em seguida, Daildo começou a se dirigir para o vulto da janela que parecia estar de costas para ele, olhando em direção de dentro do escritório. Mas, acima de tudo, tomando o máximo de cuidado para não fazer qualquer barulho que viesse acusar a sua aproximação.


Quando estava numa distância menor que um metro, Daildo desferiu dois violentíssimos golpes no estranho e, para a sua surpresa, foram desviados com movimentos rápidos. Os golpes foram tão violentos que o segundo acabou por acertar uma madeira ao lado, que ficou marcada com o impacto do conduíte. E nesse momento Daildo percebeu que o vulto não estava de costas para ele, mas de frente. Talvez a confusão foi devido à iluminação precária e o estranho capuz que o vulto usava. Daildo também percebeu que não era um sujeito muito "normal". De qualquer forma, mal teve tempo de raciocinar, pois a criatura pronunciou uns "grunhidos" e agarrou o vigia. Começa então uma violentíssima briga corpo-a-corpo entre os dois e, em pouco mais que uns segundos, eles já se encontravam caídos e rolando no chão.

De repente, por uma das janelas do escritório saiu uma outra criatura correndo. Este ser parecia ser absolutamente igual ao que estava brigando com Daildo. Obviamente esta segunda criatura entrou na briga para ajudar o companheiro. Na época Daildo era um rapaz novo e bem forte e, mesmo estando em minoria numérica, continuou lutando bravamente contra aqueles seres estranhos. Só que a sorte de Daildo iria mudar, pois logo apareceu uma terceira criatura para intervir na briga – possivelmente era o primeiro que Daildo tinha visto no barranco.

Este terceiro ser era diferente dos outros dois, pois não usava capacete ou capuz e trajava uma vestimenta clara. Isso permitiu que Daildo reparasse bem na criatura: cabelos ruivos, cortados e de consistência mais dura do que o normal ao toque. Seu rosto parecia de pele alva. Com a chegada deste terceiro ser, a briga ficou desequilibrada. A criatura pegou Daildo pelos pés, arrancou-lhe os sapatos, depois lhe tirou a capa de frio e a camisa, da qual saltaram-se os botões e, finalmente, acertou-lhe um "tranco" na perna esquerda que fez com que Daildo perdesse parte de sua resistência. Não satisfeitos, as criaturas levantaram Daildo no ar e o socaram no chão pelas costas, minando mais ainda a sua força. Os alienígenas aplicaram este golpe umas cinco ou seis vezes, até Daildo não conseguir mais apresentar qualquer reação.

As três criaturas perceberam que Daildo não ia nem tentar se levantar e, inusitadamente, trataram de ajudá-lo, dando uns tapinhas nas costas. E nisso, o ser de cabelo ruivo pronunciou algo que o Sr. Daildo não conseguiu entender muito bem o que era, mas julgou ser mais ou menos: "vá para lá vadio, que aqui voltamos ao término" (?). Os outros dois seres permaneceram silenciosos.

E assim Daildo se afastou lentamente e com cautela, indo na direção da escada e sempre olhando para trás para se certificar que as três criaturas não iriam tentar qualquer coisa contra ele. Naquele momento, ele ouviu um som semelhante ao bater de porta de um automóvel e, quando olhou na direção do som, viu o vulto que parecia ser de um objeto com forma de uma Kombi, porém tendo uma base em torno de pelo menos dez metros. As criaturas entraram no objeto e este, por sua vez, alçou vôo lentamente emitindo um ruído estranho. O UFO foi levitando vagarosamente até chegar no transformador de alta tensão, o que fez com que recuasse um pouco. Finalmente subiu um pouco mais, passou por cima da rede elétrica e disparou na direção da cidade vizinha, Lins.

Daildo chamou então por Antonio, o outro vigia que deveria estar no escritório administrativo. Os dois inspecionaram o local da luta e notaram que o cascalho estava revirado e espalhado pela grama. Encontraram a camisa, os botões que foram arrancados durante o confronto, a capa de inverno e uma lanterna caída do bolso da calça de Daildo. Os sapatos foram encontrados a cerca de vinte metros do local da briga. Havia duas janelas do escritório abertas e, pela manhã, quando os engenheiros chegaram, constataram que nada estava faltando, mas havia sinais estranhos de mãos em um dos arquivos. Por fim, o fato foi levado ao conhecimento de delegado de Polícia, Dr. Oswaldo Sena, e dois dias depois as autoridades militares de Bauru interviram na ocorrência e examinaram o local.

Mas nem sempre situações de confrontos foram marcadas por uma atitude agressora inicial dos seres humanos. Na verdade, há muitos casos que realmente parecem configurar uma investida hostil e gratuita pela inteligência por trás dos UFOs. No entanto, é importante entender que uma vez que não alcançamos as motivações e as contingências das atividades dos extraterrestres, somos obrigados a analisar simplesmente no contexto das ações e conseqüências dos fatos. E isso torna qualquer análise superficial e passível de um sem número de distorções.

De qualquer forma, um exemplo de investida aparentemente hostil e gratuíta ocorreu no Forte Itaipú, em São Vicente, litoral Sul de São Paulo, na noite do dia 04 de novembro de 1957 que, coincidência ou não, houve também um blackout na região. Por volta das 02:00 horas da madrugada, dois sentinelas que cumpriam a guarda no alto dos muros do Forte viram uma luz com brilho muito intenso no céu. Mas eles não deram muita atenção ao fato, pois pensaram tratar-se de uma estrela qualquer que estaria apresentando um brilho intenso por algum fenômeno astronômico.

De repente, para espanto dos dois, a "estrela brilhante" começou a aumentar de tamanho. Logo perceberam que se tratava de um objeto descendo em alta velocidade, diretamente sobre o Forte. Segundo a estimativa dos dois sentinelas, por volta de mil pés acima deles, o objeto reduziu drasticamente a sua velocidade, continuando a rota de descida na direção deles, porém bem lentamente e sem emitir qualquer ruído aparente. A esta altura dos acontecimentos, os sentinelas já se encontravam bastante apavorados e puderam ver perfeitamente o formato do UFO: circular, com um diâmetro de 100 pés, tendo ao seu redor um brilho alaranjado.

Subitamente o UFO parou e se posicionou de forma a ficar com um sentinela de cada lado. Já os sentinelas, por sua vez, ficaram espantados e sem reação. Apesar dos dois estarem portando cada um uma sub-metralhadora, não atiraram contra o objeto. Eles estavam literalmente paralisados com a cena insólita e também não acionaram o alarme. De repente o UFO começou a emitir um ruído parecido com o som do gerador. Logo em seguida, uma luz intensa acompanhada de uma forte onda de calor atingiu os dois soldados.

Os sentinelas começaram a gritar desesperadamente com a dor. Um deles, vencido pelo intenso calor, caiu de joelhos, desmaiando em seguida. O outro sentinela se atirou embaixo de um canhão para abrigar-se, tentando se proteger da luz intensa. Os gritos despertaram as tropas da guarnição, mas antes que qualquer um dos soldados pudessem esboçar alguma reação, todas as luzes se apagaram. Apenas um calor moderado penetrou o interior do Forte. Mas foi o suficiente para provocar pânico. Após um minuto aproximadamente, o calor cessou e instantes depois as luzes se acenderam. Alguns soldados saíram então correndo para seus postos e ainda puderam ver o UFO brilhante se afastando, subindo rumo ao infinito.

Os dois sentinelas atingidos pela intensa luminosidade do UFO sofreram queimaduras e foram levados para o interior do Forte, onde receberam tratamento médico. Mediante aos acontecimentos, o comandante do Forte Itaipú enviou uma mensagem urgente para o quartel-general do Exército Brasileiro. Logo depois, pilotos da Força Aérea Brasileira foram colocados em patrulhas aéreas especiais e realizaram várias rondas na região, porém sem detectarem quaisquer vestígios do UFO agressor.

O caso foi abafado no Forte Itaipú, apesar de que vários civis e militares chegaram a avistar o UFO naquela noite. Na época, as altas autoridades brasileiras pediram auxilio à Embaixada norte-americana em suas investigações. Rapidamente, os Estados Unidos enviaram pesquisadores que auxiliaram os oficiais do Exército brasileiro na apuração dos fatos. Os sentinelas chegaram até a serem interrogados, pois, apesar de estarem em estado grave, eram capazes de prestar seus depoimentos. Após ouvirem a descrição da ocorrência com detalhes sobre a aproximação do UFO e a estranha onda de calor da emissão luminosa de grande intensidade, os investigadores se puseram a debater por que os soldados teriam sido atacados, uma vez que eles não tinham demonstrado a menor hostilidade para com o objeto. Incidentes envolvendo o fenômeno UFO onde testemunhas sofrem queimaduras graves não são tão incomuns. Na verdade, talvez o caso mais dramático ocorreu no Maranhão, no dia 15 de abril de 1977.

Na ocasião, um grupo de homens formado pelos irmãos Apolinário, Firmino e José Corrêa, junto com o cunhado Aureliano Alves, seguiram viagem no barco "Maria Rosa" para a Ilha dos Caranguejos, no litoral do Maranhão. O objetivo da viagem era extrair caibros da vegetação existente nos mangues. Depois de um longo dia de trabalho, eles decidiram dormir no barco ancorado às margens da ilha e deixaram a viagem de retorno para a manhã do dia seguinte.

José Corrêa, seu irmão Firmino e seu cunhado Aureliano Alves foram dormir no porão da embarcação, cuja porta é feita por um pedaço de pano que impedia a penetração de mosquitos. Apolinário, por sua vez, dormiu na parte superior. Por volta das 05:00 horas do dia seguinte, um grito vindo do interior do barco acordou Apolinário. Rapidamente ele foi até o porão e se deparou com uma cena triste: seu irmão José estava morto com graves queimaduras no tórax e no braço. Já Firmino e Aureliano estavam deitados, gemendo e também com sinais de queimaduras graves. Mas o mais estranho é que não existiam quaisquer vestígios de incêndio no porão do barco. Apolinário subiu novamente para a parte superior, levantou a âncora, assumiu o controle do leme e tratou de levar o barco rapidamente para o porto de Itaqui, em São Luís, no qual chegou à tarde daquele mesmo dia.

Como Firmino aparentava estar em estado mais grave, em semiconsciência, Apolinário conduziu primeiramente ele ao Hospital do Pronto Socorro de São Luís. No barco permaneceram Aureliano deitado e corpo de José Corrêa. Logo em seguida, Apolinário foi até o Distrito Policial e relatou o incidente misterioso. O delegado de plantão José Argolo e o comissário Venceslau Vasconcelos foram com o Soldado Orlando até a embarcação para conferir o que havia acontecido.

"Na embarcação, vi o corpo do rapaz ferido, ao lado, o do seu irmão. Dava a impressão de alguém congestionado. O corpo do que veio a falecer apresentava uma espécie de queimadura bastante grande, principalmente no braço. Outra abaixo do braço tinha largado um pedaço, um pedaço enorme. Nunca tinha visto queimadura daquele jeito. Um ferimento estranho na boca. No que estava ferido, a gente notava que a queimadura era igual, muito parecida... Dava a impressão de queimadura provocada por um ferro em brasa, mas não era não... Era realmente estranha... Mas, eu não vi indício de fogo ou incêndio na embarcação. O ferido (Aureliano Alves) ainda podia falar. Parecia estar com medo de alguma coisa. Seu olhar era estranho...", afirmou o comissário Venceslau, em entrevista para o jornal "O ESTADO DO MARANHÃO".

Conforme os laudos expedidos pelo Instituto Médico Legal da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Maranhão, está definida como causa das queimaduras a eletricidade cósmica. Essa explicação gerou imediatamente uma enorme polêmica. Segundo o tio de Apolinário, o senhor Benedito Gonçalo Amarante, os sobreviventes descreveram que, em determinada hora da madrugada, viram uma estranha luminosidade que havia penetrado pela cortina do porão. E ali foi possível divisar algo que parecia ser um vulto enorme, estranho. Logo em seguida, todos perderam a consciência e, quando acordaram, estavam feridos e José Côrrea morto. Para muitos pesquisadores, esse incidente insólito na Ilha dos Caranguejos nada teria haver com fenômenos meteorológicos, mas correspondia a um dos primeiros episódios que culminariam com a famosa onda do "Chupa-Chupa" na Amazônia.

Considerada uma das mais impressionantes ondas ufológicas de nosso país, o fenômeno "Chupa-Chupa" corresponde a objetos luminosos aéreos que atacavam populares na Amazônia, principalmente no segundo semestre de 1977, atingindo-os com potentes feixes de luz que muitos afirmavam sugar o sangue. Esses UFOs sobrevoavam preferencialmente as pequenas comunidades litorâneas e rurais.

A onda foi de tal magnitude que o prefeito de Colares, que é uma ilha pertencente ao município de Vigia, no litoral do Pará, mandou um oficio para o comandante do COMAR (Comando Aéreo Regional) avisando que os UFOs estavam incomodando muito os pescadores, comprometendo inclusive suas atividades. A população local estava muito assustada e passava a noite em claro, pois o fenômeno era basicamente noturno. As pessoas acendiam fogueiras e soltavam fogos de artifícios para tentar afugentar os UFOs. No ofício, o prefeito pedia a FAB providências. Diante disso, o chefe da Segunda Seção do COMAR, Coronel Camilo Ferraz de Barros, incumbiu o então capitão Uyrangê Bolivar Soares Nogueira de Hollanda Lima que comandasse uma operação oficial para investigar o fenômeno. Essa comissão oficial de investigação ficou conhecida como Operação Prato (ver Operação Prato).


Depois de várias décadas de estudos e pesquisas do fenômeno UFO, pouco sabemos realmente. Desconhecemos completamente sua origem, sua entidade material e, principalmente, ignoramos gravemente as intenções por trás de suas misteriosas atividades em nosso planeta. Mas mesmo nesse contexto pouco revelador, as abduções alienígenas parecem ser o elemento mais terrível de toda casuística ufológica. Seres estranhos e desconhecidos invadem o nosso meio, raptam seres humanos anulando o seu livre arbítrio, e os submetem a toda sorte de exames clínicos misteriosos. Muitas vezes ocasionando dores e grandes desconfortos nos abduzidos, os extraterrestres realizam seu trabalho demonstrando uma completa indiferença e frieza diante de suas apavoradas vítimas. Mas o aspecto mais chocante é que, em alguns casos, os abduzidos ficam com terríveis seqüelas da experiência, existindo inclusive registros em que as conseqüências chegaram até a ser letais. Um bom exemplo é o caso Barroso.

Alguns minuto depois das 05:00 horas da manhã do dia 03 de abril de 1976, na cidade de Quixadá, o fazendeiro e comerciante Luiz Barroso Fernandes estava se deslocando de sua residência para a fazenda usando sua charrete. Subitamente, ele ouviu um ruído que lembrava zumbido de abelhas. Barroso olhou para os lados, mas nada viu. Despreocupadamente continuou sua trajetória. No entanto, o ruído aumentava cada vez mais de intensidade, parecendo vir do alto. E foi nesse exato momento que observou uma bola de luz passando sobre sua cabeça. Intrigado, mas sem medo, puxou as rédeas do animal e ficou observando o UFO que, diminuindo de velocidade, desceu na estrada a poucos metros à sua frente.

A bola de luz apagou-se e Barroso viu que se tratava de um objeto parecido com um carro Fusca, porém muito "mal acabado e que rodopiava". O objeto parou de girar e uma pequena porta abriu. Por ela saíram dois seres baixos de aspecto humano. Uma das criaturas tinha em suas mãos um equipamento que parecia uma lanterna quadrada e escura. O ser direcionou esse aparelho para Barroso e dele foi emitido um feixe de luz que atingiu o rosto do fazendeiro. Imediatamente Barroso sentiu um forte calor e não conseguia se mover. Logo em seguida, os seres se aproximaram mais dele e novamente atingiram-no com aquele raio de luz. Barroso perdeu os sentidos e veio a acordar algumas horas depois, num local que não era o mesmo quando aconteceu o incidente. O fazendeiro estava meio dormente, com sensação de febre, tinha dificuldades respiratórias, intensa dor de cabeça e o lado esquerdo do corpo queimado, como se tivesse sido exposto ao Sol por um tempo prolongado.

Barroso não conseguia locomover-se e pensou que fosse morrer, mas para sua sorte um vaqueiro conhecido seu que passava pelo lugar prestou-lhe auxílio, levando-o até sua fazenda. Barroso relatou o incidente insólito que tinha vivenciado e, em pouco tempo, a história se espalhou tornando-o atração da cidade. A imprensa, na época, fez uma ampla cobertura do seu caso. E foi assim que o CPU (Centro de Pesquisas Ufológicas) tomou conhecimento do incidente e passou a investigá-lo.

O caso foi pesquisado durante 17 anos. No transcorrer deste período, Barroso entrou numa regressão mental inexplicável até parecer, segundo o doutor Antônio Moreira Magalhães e mais 15 médicos que o acompanharam durante esses anos, uma criança de não mais que 9 meses de idade. Nesse estágio, ele apenas pronunciava as três palavras "Mamãe, dá medo" quando flashes de câmeras fotográficas ou luzes de filmadoras eram acionados. Por mais inacreditável que possa parecer, Barroso também começou a rejuvenescer fisicamente, desaparecendo as rugas do rosto e os músculos se enrijeceram. Infelizmente, em abril de 1993, Barroso acabou falecendo. Sem dúvida, a provável abdução que Barroso sofreu no dia 03 de abril de 1976 afetou toda a sua vida, comprometendo drasticamente a sua saúde, e terminou 17 anos depois, de forma extremamente trágica.

O SÓRDIDO JOGO EXTRATERRESTRE

Além do fraco argumento de "não influência" de um fenômeno que efetivamente influência a nossa sociedade, para muitos a falta de transparência e de um contato aberto com a inteligência por trás dos UFOs pode ser resultado direto da atitude de seres superiores que nos observam com desprezo. Fazendo uma analogia: nós estudamos as formigas, mas não procuramos contatá-las. Essa idéia de "desprezo do contato" baseado à nossa posição de "seres inferiores" foi esboçada de forma bastante completa e inquietante pelo navegador solitário Donald Crowhurst, em 1969. Crowhurst teria desaparecido misteriosamente no mar e no diário de bordo de seu barco existiam conteúdos insólitos bastante sugestivos. Eles foram posteriormente publicados em jornais:

"As causas dos transtornos que sentimos devem-se a que os seres cósmicos se entregam a certas brincadeiras com as pessoas. Gosto de jogos divertidos e estou totalmente de acordo com o ponto de vista dos seres cósmicos. Mas, ao mesmo tempo, sou um homem e, quando reflito sobre os sofrimentos que os homens suportam por causa do jogo dos seres cósmicos, sinto-me cheio de raiva contra eles".

Seres cósmicos que brincam com os seres humanos, mantendo suas reais atividades e objetivos na mais completa revelia da humanidade. Realmente, nesse jogo quem comanda as peças são os extraterrestres e, como ditadores, nos manipulam, inclusive conduzindo ações em suas diversas manifestações que são absolutamente desconcertantes. Infelizmente temos registros na casuística ufológica que parecem reforçar pelo menos em parte as idéias de Crowhurst. Um exemplo típico foi divulgado pelo doutor Jacques Vallée, no dia 20 de maio de 1950, na planície de Loira, França. Vallée, em respeito ao direito de intimidade da testemunha, não publicou seu nome e nem o local exato do incidente, mas transcreveu a narração do caso com as próprias palavras da testemunha:

"Voltava rapidamente para minha casa para preparar o jantar. Sentia-me feliz e contente e cantava uma música popular. Tudo estava tranqüilo e em silêncio, sem uma brisa. Encontrava-me sozinha".

"De repente me achei rodeada completamente por uma luz brilhante e cegadora e vi aparecer na minha frente duas grandes mãos pretas. Cada uma delas tinha cinco dedos, de cor preta com um leve matiz amarelo, próximo à cor do cobre. Os dedos eram de aspecto rude, vibravam levemente ou tremiam. Estas mãos não apareceram por trás de mim, mas vinham do alto, como se tivessem estado suspensas sobre minha cabeça esperando que chegasse o momento de agarrar-me. Estas mãos não tinham braços visíveis".

"Ambas agarraram meu rosto com violência e me apertaram a cabeça, como as garras de uma ave de rapina faria com sua vítima. Puxaram minha cabeça para trás até pô-la em contato com um peito muito duro... tão duro, que parecia ferro. Senti o frio através do meu cabelo e no pescoço, mas nenhum contato perceptível com roupas. As mãos eram tão frias, que seu contato me fez pensar que não eram de carne. Tinha os olhos cobertos pelos grandes dedos e não podia ver nada; também cobriram meu nariz, impedindo-me de respirar, e a boca, impedindo-me de gritar".

A testemunha confessou que experimentou a sensação análoga a de uma descarga elétrica de grande intensidade quando essas misteriosas mãos lhe tocaram. "As mãos acabaram apertando meu pescoço, produzindo uma dor indescritível. Sentia-me como um brinquedo quebrado entre as mãos não humanas do meu agressor. Então ele começou a me sacudir para frente e para trás várias vezes, sem deixar de apertar fortemente minha cabeça contra seu peito gelado. Tive a impressão clara de que aquele ser levava uma armadura de aço ou de qualquer outro material muito duro e frio".

O desconhecido então riu: "Um estranho riso que no início parecia áspero e surdo, mas depois ficou forte. Fez com que eu estremecesse e quase me provocou uma dor física. Em poucos segundo o riso cessou rapidamente". A mulher sentiu um forte golpe, como se um joelho metálico tivesse atingido suas costas. Logo em seguida começou a ser arrastada a uma velocidade incrível, sendo que as mãos continuavam a apertar sua cabeça com bastante intensidade. Finalmente o seu misterioso agressor lhe soltou. No entanto, a testemunha não conseguiu vê-lo: "Os galhos das vegetações ao redor se mexeram. Vi como as plantas e a grama se afundavam sob os passos de um ser invisível". Ainda se recuperando da traumática experiência, a testemunha observou algumas árvores próximas balançando com força e, subitamente, uma luz branca bastante intensa riscou o ar numa velocidade vertiginosa. Após muito esforço, a mulher chegou na guarda florestal, onde pode ser atendida. Ela tinha muitos arranhões por ter sido arrastada. "Eles me disseram que eu tinha profundas e largas marcas vermelhas no meu rosto, que pareciam terem sido feitas por dedos".

Insólito? Inacreditável? Qual a realidade por trás do fenômeno UFO? Quando poderemos finalmente chegar numa resposta satisfatória para a presença alienígena? O fato é que quanto mais nos aprofundamos na pesquisa ufológica, mais o fenômeno nos parece desconcertante. E nesse jogo não somos nós que damos as cartas!

CONTRAPONTO: A SACRALIZAÇÃO DO FENÔMENO

Enquanto determinados grupos se negam veementemente aceitar a realidade do fenômeno UFO, outros não apenas os aceitam, mas também mobilizam ao seu redor seus sentimentos, inquietudes e esperanças. É um contexto perigoso, pois são terrenos férteis para que apareçam os mensageiros, os iluminados e os líderes do absurdo. Entre eles estam as comunidades que difundem várias mensagens supostamente extraterrestres provenientes de contatos improváveis e contendo a exortação fraudolenta e pueril para que sejamos bons e não brinquemos de guerra uns com os outros.

O que sustenta tal contexto é que milhares de pessoas olham para os céus na procura de anjos tecnológicos procedentes do cosmos que vêem nos salvar de nossos próprios erros. A incrível contradição está no fato que muito se especulou que os UFOs deveriam ser acobertados para impedir o pânico generalizado, sendo que hoje há uma parcela significativa da população que não os teme, mas os desejam atribuindo a eles a possibilidade de redenção divina.

Enquanto isso, avistamentos, abduções e tudo o mais vão enriquecendo a casuística ufológica, dando a entender que o fenômeno em si ignora todas essas nossas convicções humanas perante eles mesmos. No fundo, chega a dar a impressão que os UFOs são mais testemunhas do fenômeno de sacralização ufológica do que protagonistas. De fato, a casuística nos mostra seres estranhos, frios e indiferentes raptando humanos para extração de amostras de tecidos diversos de seus corpos. E muitas vezes produzindo seqüelas terríveis na vida dessas pessoas. Assim, parece óbvio que as milhares de pessoas que esperam ansiosamente pela clara demonstração de fraternidade espiritualizada do fenômeno, o fazem mais movidas por sua própria angústia do que apoiadas pela experiência. É quase que uma inquietante certeza que nós somos incapazes de sair do labirinto em que nos enfiamos. E talvez não sejamos mesmo! Mas não justifica projetar a esperança num fenômeno desconhecido que mais parece ser indiferente, frio, com suas próprias motivações e clara opção pela clandestinidade em sua atuação terrena.

Sim, tudo leva a crer que os extraterrestres estão mesmo aqui há muito mais tempo que nossa vã filosofia possa supor, mas é só. A responsabilidade dos erros cometidos sobre este planeta é só nossa e compete a nós remediá-los. E se não for possível, que aceitemos com dignidade o ônus de nossa estupidez. Mas infelizmente parece impossível impedir que o fenômeno UFO seja alvo de canalização de fantasias ou de frustrações humanas de uma parcela significativa da população.
RELATO DE EX-MILITAR SOBRE VARGINHA



Este e.mail abaixo recebido pelo grupo GPUA é deveras interessante e deixa algumas coisas no ar sobre o caso de Varginha.

Leiam com atenção a matéria e tirem suas próprias conclusões

Vicente Chagas


O Grupo GPUA recebeu recentemente, no 26/07/2004 às 11hs06min, um e-mail de um ex-soldado relatando passo-a-passo toda as movimentações militares acerca do incidente em Varginha. Abaixo segue o texto na integra e sem cortes.

No ano passado fui vitima de muitas ameaças por e-mail e por tentativas de conspiração devido a ter comentado certa vez com um militar da PM sobre o ocorrido naquele dia em Varginha, e sobre outros projetos que participei.

Vou falar um pouco sobre minha pessoa, tenho 25 anos, dos quais 8 servindo meu país (militarmente). Sou ex-integrante das Forças Especiais Brasileiras de um Grupamento altamente treinado chamado "Grupos de ações sigilosas – GAS”, que não existe oficialmente.

O próprio presidente da república não sabe da existência desse grupamento, todos os requisitados para esse grupamento, os melhores dos melhores, ou seja, soldados e oficiais de autoconfiança treinamento e disciplina.

Nossos uniformes eram de cor preta de uma designer e malhas espetaculares e até brincávamos falando que nossos uniformes eram de Ets, pois o tecido em que eles eram fabricados nos deixavam invisíveis a sondas de calor. Para vocês terem idéia, para sair desse grupo só morto seja no sentido carnal ou militar.

Estive nesse grupamento por 03 anos, onde participei de vários projetos entre eles Projeto Prato, Faixa de Gaza, Timor Leste, Projeto Sivam (que é uma farsa e uma grande conspiração dos Russos e da CIA americana para preservarem aquela área do norte do País em relação aos vamos definir como fenômenos voadores vou dizer assim.) se acham que estou blefando, vá até São Gabriel e veja com seus próprios olhos a presença de Marines americanos em todos os lados na área militar.

Fui requisitado para trabalhar na área de controle de população em massa e operações psico-liminares na ABIN em conjunto com o IE e DEPINS. Pude conhecer e presenciar coisas imagináveis e incríveis, e outra vez se achar que estou blefando leia a revista da FAB deste mês chamada Aéro-Visão, lá o major responsável pela comunicação social da FAB (secomsesaeer) fala sobre técnicas subliminares de controle da mente humana e de manipulação em relação à guerra.

Trabalhei nesse projeto a 02 anos atrás. Minha saída da ABIN e o desligamento da Agencia e dos projetos do Governo se deram por motivos de relacionamento bilateral com uma Tenente por minha parte. Os governos Brasileiros depois de investir muita grana em mim e em outros que aconteceram o mesmo que eu os lanço fora e nos coloca como loucos apagam nossas fichas e vidas militares, ou seja, podem consultar e verão que em registros oficiais não consta que estive ligado o Governo.

Outro dia fui visitar a sessão aonde eu trabalhava na ABIN e fiquei perplexo. Eles fingirão que eu nunca estive ali falei com o coronel que outra oura eu era homem de confiança dele e ele simplesmente me falou “- Não te conheço, tenho muito que fazer e você deve estar me confundindo ou com outra pessoa ou estar com problema psico, o nome desse coronel é D. S. P. (PM)” incrível, não me surpreendi quando vocês falarão que alguém disse pra vocês que eu não tinha credito no que falava, sei que é isso que sempre irão dizer não sei como não falarão que eu era doido ou um mentiroso maluco.

Relatarei coisas que sei e vi, por exemplo, naquele dia 20.01.96 - as 04:00h, onde fui acordado em casa por agentes do DENPINS e ABIN e me falarão que teríamos que ir para o interior de minas imediatamente por acontecerá um caso de "fator - 10" naquele mesmo dia por volta das 07:00 horas estávamos em campo fizemos todos os nossos procedimentos e eu estava com a missão de conter os meios de mídia e qualquer pessoa hostil ao acontecido, ou seja, de crianças a velhos quem for hostil, a ordem era o uso de armas letais estariam permitido e fomos orientados a fulminar qualquer um que fosse hostil lembrando que nos agentes da inteligência e do serviço secreto brasileiro estávamos usando ternos e gravatas, mais estávamos fortemente armados.

Por volta das 13:00h ouvimos muitos tiros de FAL vindo de atrás de alguns barracos que parecia mais à parte subúrbios da cidade sobre nossas ordens estavam fuzileiros navais (COMANFS) e mais 03 grupamentos elite. Também tinham soldados do Exercito (comandos) e da FAB, depois dos tiros avistamos soldados do exército com sacos nas costas e um bombeiro morto em outro gritei seus idiotas o que fizeram?

A principio tinha visto a bota e parte do uniforme do bombeiro saindo de dentro do saco, e no outro alguma coisa se debatia muito e fazia grunhido horrível. Perguntei ao tenente o que é isso ele me respondeu e o espécime, temos que leva-lo.

Era uma confusão geral depois de 20 minutos desse fato o grupamento o qual citei o "GRUPO DE AÇÕES SIGILOSAS - GAS" chegou na área junto com marines americanas e assumirão o caso retirando todos os militares ali em área e os deslocando apenas para cercarem a cidade só ficaram nos e o "GAS" junto com marines americanos e agentes da CIA e FBI.

Fui até o local da queda do objeto e pude ver uma coisa que nunca mais esqueci. Um monte de partes cromadas muito finas fuselagens por toda parte e dois corpos que quero ver quem conseguem ficar meio minuto frente a essa criatura horrível. Inalava um odor muito forte. E logo mais atrás tinha 03 corpos de militares do exercito e bombeiro e um PM. Todos muitos mutilados.

Caças sobrevoavam á área, e alguns agentes americanos filmavam tudo. Inclusive nos filmamos toda a operação mais infelizmente não tenho em minhas mãos essa fita, que pena. Não sei como um bombeiro militar tinha uma cópia dessas mais o pessoal do IE apagou ele.

Bem resumindo o fato a narrar é muito grande sei que acompanhamos os corpos de todos até Três Corações, Minas Gerais (ESA). Depois retornei para acompanhar o trabalho de remoção dos destroços os quais foram encaminhados ao CTA (Centro Técnico da Aeronáutica) fica na rodovia dos Tamoios, um no Km 6 e o outro no Km 12, outra parte veio para a Unicamp.

Era um metal muito estranho mais fino como uma lata de cerveja e muito cromado, existem 5 laboratórios, de acesso restrito e de uso somente militar, 2 na Unicamp e 2 no CTA. Os laboratórios são no subsolo. Poucos civis entram nesses laboratórios, somente credenciados.

Quando pensei que tudo tinha acabado ou esfriado mais um pouco, os maldito e-mail preparados da Policia Militar por voltas 23:00h passam um rádio dizendo que estavam com uma criatura estranha viva e machucada levando para um hospital, pois eles tinham achado, eles em outro lado da cidade (esse mesmo estava vivo e trabalhando na base secreta que existe em Brasília. QUERO DEIXAR BEM CLARO NÃO SOU UFOLOGISTA E nem acredito em ETS ou coisas desse tipo, mais que existe essas criaturas feias existe e que existe naves aqui no Brasil existe).

Bem, sei bem mais não posso falar por e-mail a outra coisa conheço uma pessoa AGENTE muito amigo meu que trabalhou na conspiração contra um ufólogo brasileiro chamado URANDO, e se for de importância para vocês, segue um conselho meu, vão as imprensas e passa para saber por onde anda ele, pois se ele já não estiver morto esta preso ou sumido. Sem mais...

assinatura restrita

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