terça-feira, 9 de novembro de 2010

PERFIL DO PEDÓFILO

Perfil de um pedófilo
Escrito por Francisco Nunes Qualquer pessoa pode ser um pedófilo

Pode ser qualquer um: velho ou jovem, rico ou pobre, educado ou sem educação e de qualquer raça. Porém, pedófilos demonstram freqüentemente características semelhantes, mas isto são apenas indicadores e não deve ser assumido como algo em que os indivíduos com estas características são pedófilos. Mas, estas características aliadas a um comportamento questionável, podem ser um alerta que alguém é um pedófilo.

Características

. Freqüentemente o pedófilo é do sexo masculino e tem mais de 30 anos de idade.
. Possui poucos amigos na faixa etária dele, ou apenas um.
. Se casado, a relação é fundada no companheirismo, sem relações sexuais.

Gostam de atividades infantis

. Ele é fascinado por atividades de criança.
. Sempre descreve as crianças como puras e angelicais mas, na maioria das vezes, é impróprio e exagerado.
. Tem passatempos de criança, como colecionar brinquedos caros populares.

Têm preferência por crianças perto da puberdade

. Os pedófilos têm, freqüentemente, uma idade específica de criança que eles observam. Alguns preferem as crianças mais novas,outros, preferem as pré-adolescentes perto de puberdade, que são sexualmente sem experiência, mas têm curiosidade sobre sexo.

. Geralmente, o ambiente dele ou seu quarto é decorado com motivos infantis ou com algo que atrairá a criança ou adolescente que ele está tentando assediar.

Trabalho

Os pedófilos procuram trabalhar em atividades que envolvam contato diário com crianças.

Vítimas

. O pedófilo procura por crianças tímidas, pobres ou com poucos privilégios em casa. Ele as alicia com atenção, presentes, viagens para lugares desejáveis como parques de diversões, jardim zoológico, a praia, etc.

Manipulação do inocente

Os pedófilos possuem a habilidade de manipular suas vítimas tornando-se amigo delas. Em seguida, mostram-se interessados em ouví-las sobre seus problemas pessoais conquistando sua a estima. Então, as atrai com atividades adultas, que são freqüentemente sexuais, como filmes ou imagens. Oferece álcool ou drogas, impedindo com isso que suas vítimas resistam aos seus ataques.

Síndrome de Estocolmo

É comum a criança ou o adolescente desenvolver uma certa afetividade por seu predador e desejar sua aprovação. A vítima acaba por identificar-se emocionalmente com seu abusador, a princípio como mecanismo de defesa, por medo de retaliação e/ou violência. Lembrando que o processo da síndrome ocorre sem que a vítima tenha consciência disso.

Amizade com os pais

O pedófilo tentará desenvolver uma relação íntima com os pais da criança ficando, assim, mais próximo delas. Uma vez dentro da casa, eles têm muitas oportunidades para manipular as crianças– usando culpa, medo, e amor para confundir sua vítima.

Persistência

Os pedófilos são incansáveis em alcançar seus objetivos e trabalharão para desenvolver relações com suas vítimas, pacientemente. Não é incomum para eles estarem elaborando uma lista longa de vítimas potenciais. Muitos pedófilos acreditam que não está errado o que fazem e que tendo sexo com uma criança, é realmente “saudável” para ela.

Tradução “Brasil Contra a Pedofilia”

Abusados podem se tornar abusadores?
agosto 10, 2010 por Ana

*Por Bruno Ribeiro

Nem todo mundo que é roubado se torna necessariamente um ladrão. Ou toda pessoa que é agredida se torna um agressor violento, por exemplo. Nesses dois casos, o que leva uma pessoa a cometer esse tipo de violência é conjunto de fatores sociais, culturais ou neurais, que variam de acordo com cada caso.

“Cada ser humano internaliza suas experiências de vida de maneira diferente. Não existem indícios concretos de que a criança que foi abusada possa vir a se tornar um abusador. Isso vai depender muito de como cada pessoa individualmente vai lidar com essas questões” explicou o psicólogo Gutemberg Almeida. Por isso, a recuperação do pequeno depende da resposta que ela dará ao incidente.

Para a professora de Serviços Sociais da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Maria Socorro de Sousa, não existe relação da criança que foi abusada vir a se tornar um abusador no futuro. “Isso é uma questão que envolve vários outros fatores. Ainda existe uma cultural patriarcal. A maioria dos abusadores são pais ou padrastos. Mas isso também não quer dizer que todo pai ou padrasto é um abusador. Não podemos generalizar”, comentou.

Não existe perfil

Estudos do Ministério da Justiça revelam que 95,7% dos abusadores são homens. Além disso, as meninas são as principais vitimas de abuso sexual. “Se essa lógica fosse certa, as mulheres deveriam ser as principais abusadoras”, completa a professora.

Outro ponto importante ressaltado pelos especialistas é que não existe um perfil dos abusadores. “A única coisa que se pode afirmar é que a criança que foi vítima de abuso sexual não vai ter o seu desenvolvimento sexual saudável”, ressaltou o coordenador de programas do Instituto Childhood Brasil, Itamar Gonçalves.

“Não existe uma característica que diga o abusador é assim e assim. São cidadãos normais, que vão a fábrica, ao escritório, às compras, ao cinema, etc. Podem ser médicos, padres, advogados. Estão em todas as classes sociais.”

Estigmatização é erro

A estigmatização é outra coisa que pode ser preocupante. Relacionar o abuso sexual com pobreza é facilmente conectado no Brasil. Entretanto, tanto pedófilos quanto vitimas de violência sexual podem ser encontrados em todas as classes sociais. “É comum associar violência sexual a fatores isolados. Mas é uma série de acontecimentos que contribuem para alguém vir a cometer esse tipo de violência. Tem muitos mitos acerca desse assunto”, explicou Gutemberg.

“Eles são difíceis de identificar porque não existe um perfil único. Não tem como delimitar essas pessoas. Algumas características internas existem, como o relacionamento que ele tem com a criança. Os pequenos tem uma relação de confiança e afetividade com o abusador. Mas quando se vai pra questões externas, não existe características únicas. Por isso é difícil identificar esse tipo de pessoa”, completou Itamar.

Trauma pós-violência

Depois de ser abusada, elas contam a história várias vezes: primeiro para os pais ou para o profissional que descobriu a violência, depois para o conselho tutelar, o delegado, o psicólogo, o médico que faz o exame de corpo de delito e finalmente reconta perante um juiz, durante o processo judicial. A “revitimização”, como os especialistas chamam esse processo, pode ser tão traumatizante quanto a violência em si.

“A criança passa a vivenciar os danos que sofreu porque ela está relembrando e relatando tudo o que passou ao ser abusada sexualmente sem o devido tratamento. Isso faz com que ela se torne vitima novamente, mesmo só relatando os fatos”, explicou o psicólogo Gutemberg Almeida. “A principal conseqüência é que pode se aumentar mais as conseqüências do trauma na criança, dependendo do tipo de abordagem”, completou.

A criança que foi vitima de abuso ou exploração sexual chega a recontar sua história mais de três vezes. E dependendo do andamento do processo judicial contra o agressor, o último relato pode ocorrer anos depois do abuso ter ocorrido, forçando a criança a relembrar algo traumático e doloroso.

Processo mal feito pode aumentar o trauma

Para o advogado Renato Roseno, o processo de escutar o depoimento da criança tem problemas sérios. “O procedimento é mal feito e isso também causa violência e aprofunda o trauma. A criança tem que passar por muitos locais e o sistema inteiro é falho”, completou.

Um problema muito sério é que o depoimento da criança é relatado nas mesmas condições de quem recebe um depoimento de um adulto. “Geralmente, elas são ouvidas como qualquer adulto, às vezes, na frente do abusador ou da mãe que foi omissa. E isso é uma questão complicadíssima para a criança”, explicou a psicóloga e professora da Universidade Estácio de Sá (RJ), Beatrice Marinho.

“Muitas vezes não se leva em consideração as necessidades da criança. Não se faz um atendimento cuidadoso ou a longo prazo. A criança é apenas uma fonte da informação e não é como um sujeito de direito”, comentou Renato. Para o advogado, não basta apenas responsabilizar o agressor. “A rede de atendimento tem que restaurar a dignidade da vítima, fortalecê-la. Senão traumatiza a criança e ela desiste de dar o depoimento”, completa.

Formas de evitar a revitimização

Existem algumas saídas para evitar que o depoimento da criança a revitimize. “Ter um profissional especifico da psicologia ou de qualquer outra área que mexa com esse tipo tratamento é uma solução”, comentou Gutemberg.

“Eu acredito que é necessário repensar se todas as vezes que uma criança sofre violência sexual é necessária a presença dela no tribunal”, disse Renato. “Os laudos sociais, médicos e, psicológicos podem evitar que seja necessário que os pequenos tenham que ir ao tribunal”, completou.

Fazer um relatório único com o depoimento da criança, para que não se precise mais relatar o abuso é uma das saídas. Outro ponto que precisa ser pensado é a “humanização” de todo o sistema de atendimento. “É importante lembrar que o depoimento da criança tem que ser dada de forma humanizada, levando em conta principalmente ela, a vítima. E isso vale pra todo processo”, finalizou Renato.

Depoimento sem dano

Um dos projetos que visa minimizar os traumas causados em crianças e adolescentes que são levados a relatar os casos de abuso sofrido é o projeto “Depoimento sem Dano”. A metodologia da ação consiste em preparar uma sala especial, isolada e decorada com temas infantis, onde a criança, por intermédio de um psicólogo ou assistente social, daria o seu depoimento, que seria todo filmado. O profissional que estivesse conversando com a criança estaria com um ponto eletrônico ouvindo as perguntas solicitadas por um juiz que assistiria ao depoimento pelo vídeo do lado de fora da sala.

“Eu sou juiz há 22 anos e desde a primeira semana notei que essa tarefa de ouvir crianças no sistema de justiça muitas e muitas vezes era inapropriado: o local onde elas falam é o mesmo onde os adultos prestam depoimentos, o ambiente é formal, não existia uma preparação nem uma capacitação dos profissionais”, contou o juiz e criador do projeto, Daltoé Cesar. “O processo de ficar recontando causava traumas na criança a ponto dela não mais contar o ocorrido e a pessoa que seria responsabilizada não era”, completou.

Implantado inicialmente na da 2ª Vara de Infância e Juventude de Porto Alegre, atualmente o projeto é aplicado em 26 comarcas do Estado, além de vários outros locais pelo Brasil. Um dos principais objetivos do projeto é diminuir o número de vezes que a criança precise relatar o abuso. Para isso, é criado um fluxo municipal onde a criança daria seu depoimento uma única vez e quem precisasse escutar depois, assistira apenas o vídeo.

“O fato de falar sobre o mesmo fato várias vezes, relembrando, não é um processo curativo. Ela esta relatando para que pessoas tomem decisões com base nesse relato. Com esse fluxo, ela não precisaria estar relatando várias vezes”, completa.

O juiz ainda lembrou a dificuldade de se produzir provas para responsabilizar o agressor. “Não da pra comprovar por exames médicos. O relato da vitima é muito importante para punir o agressor.”

O que diz a Convenção dos Direitos da Criança

O artigo 12 da Convenção dos Direitos da Criança formulada pelas Nações Unidas assegura que a criança tem o direito de falar e de ser ouvida. Por isso, cabe aos Tribunais de Justiça de cada estado se adequar e capacitar seus profissionais através do “Depoimento sem Dano”. “Este projeto está apenas tentando buscar uma forma menos danosa dessa criança ser ouvida, de forma mais tranqüila pra ela e menos traumática”, finalizou a psicóloga Beatrice Marinho.

FONTE: www.crianca.pb.gov.br

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Editar Artigo | Publicado em: 14/06/2008 |Comentário: 1 | Acessos: 8,477 | Share Re-publique este artigo Copiar

Pedofilia E Pedófilos


Por: Antonio Paiva Rodrigues



PEDOFILIA E PEDÓFILOS

Nome muito usado e conhecido nos dias de hoje. Quem pratica a pedofilia é alcunhado de pedófilo. Inúmeras indagações foram feitas acerca dos pedófilos. Seria um distúrbio da personalidade, um distúrbio mental ou uma cultura da exacerbação do sexo patrocinada de mídia e os meios de comunicações? Alguns estudiosos e curiosos a definem da maneira seguinte: “A pedofilia, atualmente, é definida simultaneamente como doença, distúrbio psicológico e desvio sexual (ou parafilia) pela Organização Mundial de Saúde. Nos manuais de classificação dos transtornos mentais e de comportamento encontramos essa categoria diagnóstica.

Caracteriza-se pelo ato e pelo fato da atração sexual de pessoas adultas ou adolescentes por crianças. O simples desejo sexual, independente da realização do ato sexual, já caracteriza a pedofilia. Não é preciso, portanto que ocorram relações sexuais para haver pedofilia. O fato de ser considerada um transtorno, não reduz a necessidade de campanhas de esclarecimento visando à proteção de nossas crianças e adolescentes e nem tira a responsabilidade do pedófilo pela transgressão das barreiras geracionais”. Perversão caracterizada pela atração sexual de adulto por criança, com prática de atos sexuais de adulto com criança que reflete uma atração erótica por crianças.

A palavra deriva do grego ped (o)- + -filia caracterizando-se por uma forte parafilia representada por desejo forte e repetida de práticas sexuais e de fantasias sexuais com crianças pré-púberes. A parafilia é caracterizada por cada um de um grupo de distúrbios psicossexuais em que o indivíduo sente necessidade imediata, repetida e imperiosa de ter atividades sexuais, em que se incluem, por vezes, fantasias com objeto não humano, auto-sofrimento ou auto-humilhação, ou sofrimento ou humilhação, consentidos ou não, de parceiro. Deste grupo fazem parte o exibicionismo, o fetichismo, a frottage, a pedofilia, o masoquismo sexual, o sadismo sexual e o voyeurismo.

A frottage é um tipo de parafilia em que um indivíduo se satisfaz sexualmente esfregando-se contra outra pessoa, como, por exemplo, em aglomerações, e não há ocorrência de contato genital especifico. Para determinadas culturas esse modelo de esfregação chama-se “ato de pinar”. A pornografia infantil pode
apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive rede mundial de computadores ou internet, fotografias, imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo crianças e pré-adolescentes. O atentado violento ao pudor é os dos casos de pedofilias mais conhecidos e praticados. O que seria atentado violento ao pudor? Embrenhando-se pelos caminhos tortuosos da internet, rede mundial de computadores, encontramos um site simples, mas muito proveitoso o http://www.mscontraapedofilia.ufms.br/. Ato violento ao pudor nada mais é do que a prática de atos libidinosos cometidos mediante violência ou grave ameaça. São considerados atos libidinosos aqueles que impliquem em contato da boca com o pênis, com a vagina, com os seios, com o ânus, ou a manipulação erótica destes órgãos com a mão ou dedo.

Também atos que impliquem na introdução do pênis no ânus, no contato do pênis com o seio ou na masturbação mútua. Só é considerada pedofilia os casos envolvendo praticados contra menores de 14 anos. O perfil do pedófilo já é bastante conhecido e um cuidado maior com suas crianças se faz necessário, os pais jamais podem ser omissos. Rastreamentos feitos pela polícia mostram que jovens de classe média com idade entre 17 e 24 anos são considerados os principais produtores de imagens de crianças violentadas. Suas vítimas, na grande maioria dos casos, são menores de sua própria família. Os compradores dessa produção têm um perfil diferente. Normalmente são solteiros, tem pouco mais de 40 anos e costumam ser profissionais liberais. A pedofilia na internet é alimentada de formas variadas. De um lado estão as pessoas que produzem, vendem ou disponibilizam gratuitamente as imagens de sexo envolvendo criança, e do outro estão aqueles internautas que consomem esse material.

Um aspecto assustador hoje são as associações ativistas “pró-pedofilia” que argumentam que a pedofilia não é uma doença, mas uma orientação sexual e que a sociedade deve reconhecer e legitimar isso. Esses ativistas defendem intransigentemente os intercursos sexuais entre adultos e crianças. Já existe a disposição dos pais uma cartilha bem elaborada e bem feita, que ensina aos pais ou responsáveis como se prevenir dos pedófilos. Vejam as artimanhas usadas pelos pedófilos brasileiros que além de abusarem crianças, estão numa posição não muito boa para o governo. De acordo com a Associação Italiana para a Defesa da Infância, o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial de sites dedicados à pornografia infantil (a entidade trabalha com informações do FBI, a Polícia Federal americana). Matéria publicada na revista “Isto É”, em março de 2006, mostra que no ano 2000 o mercado mafioso da pedofilia movimentou cinco bilhões de dólares em todo o mundo.

Em 2005 a estimativa é que esse mercado tenha movimentado 10 bilhões de dólares, ou seja, dobrou em apenas cinco anos. Nesses 10 bilhões está embutida a venda de fotografias e vídeos que mostram crianças sendo abusadas e fazendo sexo com adultos e até com animais. Pasmem: “Uma foto de criança sendo violentada chega a valer 100 dólares. Um vídeo de 5 minutos vale até 1000 dólares. Quanto menor a idade, maior o valor da foto ou vídeo”. A denúncia é de muita valia e você pode denunciar nos seguintes órgãos: Proteger as crianças é dever de todos nós. Quem denuncia salva! No Brasil o órgão responsável por fiscalizar e investigar a prática de pedofilia na internet é a Polícia Federal. Porém, as denúncias também podem ser encaminhadas a outras entidades, que rapidamente as repassam ao órgão competente. Outros órgãos estão na lista: no âmbito estadual CDDH e Ministério Público Estadual, a nível nacional Polícia Federal, Safernet Brasil, Ministério Público Federal/Site Censura e na área internacional a Interpol e a FBI e denúncias de Lan Houses - Polícia Militar: 181 (disque denúncia).





ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-A AOUVIR E ALOMERCE


Perfil do Autor


Jornalista, radialista, Membro da ACI, Alomerce, AOUVIR, Cel.PM......

(Artigonal SC #449738)


Fonte do Artigo - http://www.artigonal.com/desigualdades-sociais-artigos/pedofilia-e-pedofilos-449738.html


PEDOFILIA E PEDÓFILOS

Nome muito usado e conhecido nos dias de hoje. Quem pratica a pedofilia é alcunhado de pedófilo. Inúmeras indagações foram feitas acerca dos pedófilos. Seria um distúrbio da personalidade, um distúrbio mental ou uma cultura da exacerbação do sexo patrocinada de mídia e os meios de comunicações? Alguns estudiosos e curiosos a definem da maneira seguinte: “A pedofilia, atualmente, é definida simultaneamente como doença, distúrbio psicológico e desvio sexual (ou parafilia) pela Organização Mundial de Saúde. Nos manuais de classificação dos transtornos mentais e de comportamento encontramos essa categoria diagnóstica.

Caracteriza-se pelo ato e pelo fato da atração sexual de pessoas adultas ou adolescentes por crianças. O simples desejo sexual, independente da realização do ato sexual, já caracteriza a pedofilia. Não é preciso, portanto que ocorram relações sexuais para haver pedofilia. O fato de ser considerada um transtorno, não reduz a necessidade de campanhas de esclarecimento visando à proteção de nossas crianças e adolescentes e nem tira a responsabilidade do pedófilo pela transgressão das barreiras geracionais”. Perversão caracterizada pela atração sexual de adulto por criança, com prática de atos sexuais de adulto com criança que reflete uma atração erótica por crianças.

A palavra deriva do grego ped (o)- + -filia caracterizando-se por uma forte parafilia representada por desejo forte e repetida de práticas sexuais e de fantasias sexuais com crianças pré-púberes. A parafilia é caracterizada por cada um de um grupo de distúrbios psicossexuais em que o indivíduo sente necessidade imediata, repetida e imperiosa de ter atividades sexuais, em que se incluem, por vezes, fantasias com objeto não humano, auto-sofrimento ou auto-humilhação, ou sofrimento ou humilhação, consentidos ou não, de parceiro. Deste grupo fazem parte o exibicionismo, o fetichismo, a frottage, a pedofilia, o masoquismo sexual, o sadismo sexual e o voyeurismo.

A frottage é um tipo de parafilia em que um indivíduo se satisfaz sexualmente esfregando-se contra outra pessoa, como, por exemplo, em aglomerações, e não há ocorrência de contato genital especifico. Para determinadas culturas esse modelo de esfregação chama-se “ato de pinar”. A pornografia infantil pode
apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive rede mundial de computadores ou internet, fotografias, imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo crianças e pré-adolescentes. O atentado violento ao pudor é os dos casos de pedofilias mais conhecidos e praticados. O que seria atentado violento ao pudor? Embrenhando-se pelos caminhos tortuosos da internet, rede mundial de computadores, encontramos um site simples, mas muito proveitoso o http://www.mscontraapedofilia.ufms.br/. Ato violento ao pudor nada mais é do que a prática de atos libidinosos cometidos mediante violência ou grave ameaça. São considerados atos libidinosos aqueles que impliquem em contato da boca com o pênis, com a vagina, com os seios, com o ânus, ou a manipulação erótica destes órgãos com a mão ou dedo.

Também atos que impliquem na introdução do pênis no ânus, no contato do pênis com o seio ou na masturbação mútua. Só é considerada pedofilia os casos envolvendo praticados contra menores de 14 anos. O perfil do pedófilo já é bastante conhecido e um cuidado maior com suas crianças se faz necessário, os pais jamais podem ser omissos. Rastreamentos feitos pela polícia mostram que jovens de classe média com idade entre 17 e 24 anos são considerados os principais produtores de imagens de crianças violentadas. Suas vítimas, na grande maioria dos casos, são menores de sua própria família. Os compradores dessa produção têm um perfil diferente. Normalmente são solteiros, tem pouco mais de 40 anos e costumam ser profissionais liberais. A pedofilia na internet é alimentada de formas variadas. De um lado estão as pessoas que produzem, vendem ou disponibilizam gratuitamente as imagens de sexo envolvendo criança, e do outro estão aqueles internautas que consomem esse material.

Um aspecto assustador hoje são as associações ativistas “pró-pedofilia” que argumentam que a pedofilia não é uma doença, mas uma orientação sexual e que a sociedade deve reconhecer e legitimar isso. Esses ativistas defendem intransigentemente os intercursos sexuais entre adultos e crianças. Já existe a disposição dos pais uma cartilha bem elaborada e bem feita, que ensina aos pais ou responsáveis como se prevenir dos pedófilos. Vejam as artimanhas usadas pelos pedófilos brasileiros que além de abusarem crianças, estão numa posição não muito boa para o governo. De acordo com a Associação Italiana para a Defesa da Infância, o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial de sites dedicados à pornografia infantil (a entidade trabalha com informações do FBI, a Polícia Federal americana). Matéria publicada na revista “Isto É”, em março de 2006, mostra que no ano 2000 o mercado mafioso da pedofilia movimentou cinco bilhões de dólares em todo o mundo.

Em 2005 a estimativa é que esse mercado tenha movimentado 10 bilhões de dólares, ou seja, dobrou em apenas cinco anos. Nesses 10 bilhões está embutida a venda de fotografias e vídeos que mostram crianças sendo abusadas e fazendo sexo com adultos e até com animais. Pasmem: “Uma foto de criança sendo violentada chega a valer 100 dólares. Um vídeo de 5 minutos vale até 1000 dólares. Quanto menor a idade, maior o valor da foto ou vídeo”. A denúncia é de muita valia e você pode denunciar nos seguintes órgãos: Proteger as crianças é dever de todos nós. Quem denuncia salva! No Brasil o órgão responsável por fiscalizar e investigar a prática de pedofilia na internet é a Polícia Federal. Porém, as denúncias também podem ser encaminhadas a outras entidades, que rapidamente as repassam ao órgão competente. Outros órgãos estão na lista: no âmbito estadual CDDH e Ministério Público Estadual, a nível nacional Polícia Federal, Safernet Brasil, Ministério Público Federal/Site Censura e na área internacional a Interpol e a FBI e denúncias de Lan Houses - Polícia Militar: 181 (disque denúncia).


ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-A AOUVIR E ALOMERCE

03/05/2008 - 17h59
PF traça perfil de pedófilo na internet
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JOHANNA NUBLAT
SIMONE IGLESIAS
da Folha de S.Paulo, em Brasília

A Polícia Federal possui um perfil do pedófilo que age na internet, apesar de reiterar que, em casos de pedofilia, nem sempre há regra ou padrão bem definido. Na maioria dos casos apurados pela polícia, o perfil é de um homem entre 30 e 45 anos, solteiro, que mora sozinho, é reservado, inseguro, tem dificuldade de manter relações afetivas por muito tempo e, em alguns casos, cansou de consumir pornografia adulta, migrando para a pedofilia.

O perfil das crianças que aparecem nas fotos e nos vídeos utilizados por pedófilos no país também sofreu alteração, segundo o delegado Felipe Seixas, da divisão de direitos humanos da Polícia Federal.

"A maioria das imagens difundidas no Brasil ainda é de crianças estrangeiras, o que a gente sabe pelo cenário e pelas características físicas das crianças. Mas acreditamos que o número de crianças brasileiras expostas aumentou, por causa da popularização de câmeras e da internet", disse.

Código próprio

"Boylovers" e "7yo" são exemplos de códigos pouco conhecidos pela população em geral, mas que foram desenvolvidos para possibilitar que pedófilos se conheçam na internet e troquem material de pornografia infantil. Os códigos também dificultam que eles deixem rastros visíveis.

Essas identificações se disseminaram no Brasil pelo Orkut --serviço de relacionamentos mantido pela Google--, por chats e por alguns sites de pornografia adulta, que mantêm imagens pedófilas camufladas em seus arquivos.

Uma das siglas usadas pelos criminosos identifica, por exemplo, fotos e vídeos com cenas fortes de crianças ou adolescentes mantendo relações sexuais com adultos.

Há siglas com explicação ainda mais exata do material disponível: "7yo", "8yo" e assim por diante, que identificam sexo, nome e idade da criança --7yo significa, por exemplo, "7 years old" (sete anos).

Outras palavras servem de referência para preferências nas trocas de material e do conteúdo que têm armazenado em redes sociais. "Boylovers" significa que o pedófilo prefere meninos; "girlovers", só meninas. Quando há referência a "childlovers" o gosto é por ambos e, no caso de "babyshowers", por recém-nascidos.

Há ainda mais detalhamento nos sites ou arquivos com pornografia infantil, em que os usuários se deparam com subcategorias. Elas são praticamente as mesmas encontradas em páginas com pornografia adulta. Arquivos de uma determinada categoria são consideradas relíquias: fotos de crianças tiradas na década de 60.

Investigação

Além da verificação de denúncias recebidas da sociedade e da Interpol, a PF faz investigação espontânea de sites na internet. Um contato possível da polícia com suspeitos da prática de pedofilia é a troca de mensagens com o objetivo de entender o funcionamento dos esquemas de envio de imagens.

A PF não pode, porém, utilizar as mensagens ou a troca de imagens entre um agente e o suspeito como prova contra o segundo, diz o delegado Felipe Seixas, da divisão de direitos humanos. O delegado diz que a PF está investigando uma quadrilha suspeita de vender, via e-mail, imagens de pedofilia. Fotos e vídeos novos, de acordo com ele, são valiosos. Na Europa, chegam a custar 3.000.

O perfil de um pedófilo
09 abr 2010 postado em Notícias Comentar
Rebbeca Ricarte

A inocência em troca de doces, brinquedos, alimentos, celulares, dinheiro e gibis. Essas são algumas maneiras que os pedófilos encontram para atrair as crianças, conquistarem sua confiança e depois abusarem sexualmente delas. Velozes, discretos e estrategistas, os violadores deixaram apenas de agir através de contato físico e aliciam cada vez mais meninos e meninas também pela web. Acontece que as medidas preventivas para autuar esses agressores ainda são poucas; um reflexo demonstrado pela dificuldade verificada em identificar o perfil de um pedófilo.

O distúrbio comportamental desse indivíduo é refletido pelo desejo sexual que possui por crianças. Para obter o seu objeto de prazer, os pedófilos forçam que suas vítimas realizem o ato sexual ou a masturbação, usando diferentes artifícios para criar vínculos e calar a criança. “O pedófilo é um estrategista, e ele pode conquistar sua vítima com coisas pequenas, como uma simples bala, ou então vai precisar de presentes mais caros; tudo varia muito de acordo com interesses, classe social e etc. O certo, é que, por conta desses benefícios, a pessoa violentada fica seduzida, e não sabe se essas relações são certas ou erradas”, comenta a psicóloga especialista em violência sexual infanto-juvenil, Roseana Cunha.

Quando os abusos sexuais já estão acontecendo, o comportamento desse agressor pode mudar em relação àquela pessoa que está sendo violentada. O mais comum, segundo a especialista, é que o agressor e o agredido se tornem mais próximos. “Raramente é o comportamento do agressor que vai mudar dentro de casa, e sim, o da vítima. Ele continua sendo do mesmo jeito, procura sempre agir de forma sutil e com muito cuidado para esconder isso. Geralmente vai procurar crianças ou adolescentes inocentes, fáceis de conquistar, novos, e, de preferência, com falta de informação sobre o assunto”, explica.

Nos casos apurados pela Delegacia de Repressão contra Violência à Criança a ao Adolescente na Paraíba, a delegada responsável, Joana D’arck, conta que dois extremos são verificados com frequência no perfil desse pedófilo com a vítima. “Ele passa a negligenciar essa pessoa, trata mal, diz que ela não presta e são pessoas que não se ‘bicam dentro de casa’. Mas também acontece com frequência o contrário. Ele pode dar uma de ‘superprotetor’, quando é adolescente, não deixar que namore e nem que saia com os amigos; o que engana muitas mães e faz com que elas cheguem até a delegacia sem acreditem no comportamento agressivo do companheiro”, conta.

Quando o aliciamento é feito pela internet, a dificuldade em descobrir aumenta. “É uma situação bem mais difícil de detectar, por que é algo escondido demais, e as crianças estão cada vez mais expostas nesses meios e conversando com pessoas que não conhecem. É preciso que os pais vigiem, pois qualquer pequeno detalhe pode ser um sinal de violência. É preciso tomar cuidado”, alerta a psicóloga.

Estudo mostra que pedófilos têm perfil parecido
Ato de violência sexual contra crianças. Esse é o conceito de pedofilia, um dos assuntos que sempre tem destaque nos meios de comunicação. Na última quinta-feira (18), a polícia tailandesa emitiu uma ordem de detenção contra o pedófilo Cristopher Paul Neil. O canadense de 32 anos foi acusado de ter pago dois adolescentes para praticarem sexo oral nele, num apartamento em Bangcoc. O fato ocorreu há quatro anos, quando os adolescentes tinham 13 e 14 anos. O abuso foi filmado pelo pedófilo e a polícia suspeita que esse material tenha sido publicado na Internet pelo acusado.


Ainda na quinta-feira, só que aqui no Brasil, um outro acusado de pedofilia foi preso na Zona Sul de São Paulo. O transgressor de 59 anos confessou ter mantido relações sexuais com o vizinho de 13 anos. O adolescente prestou queixa no 5º. Distrito Policial (DP) na Aclimação, e acrescentou que foi ameaçado de morte caso contasse para alguém o que tinha ocorrido.



Na Bahia, o padre Djalma Brito Motta, foi condenado na terça-feira (16) a 11 anos de prisão, em regime fechado. Morador do município de Ichu, interior da Bahia, o padre é acusado de abusar sexualmente de várias crianças e adolescentes na cidade, além de corromper menores. Houve uma reformulação da sentença, feita pela 1ª. Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia, a pedido do Ministério Público. A princípio, o padre foi condenado a sete anos e sete meses de prisão em regime semi-aberto. Além dos crimes que responde, outro motivo que contribuiu para a mudança da pena foi o fato do padre ser foragido da polícia.



Os pedófilos têm o perfil de uma pessoa comum e, muitas vezes, são vistos como exemplos positivos no meio em que vivem. Estudos mostram que pessoas consideradas pedófilas já sofreram agressões de parentes ou pessoas próximas em algum momento da vida. Numa forma de revanche, a pessoa agredida na infância torna-se agressora quando chega a vida adulta.



Segundo a revista Istoé, do dia 8 de março de 2006, a polícia já sabe identificar o perfil dos pedófilos brasileiros. Eles são os jovens de classe média, com faixa etária entre 17 e 24 anos. Normalmente produzem imagens de crianças sendo violentadas e costumam ter como personagens desses vídeos, crianças da própria família, como sobrinho e irmãos. Quem consome esse tipo de produto são pessoas solteiras, com pouco mais de 40 anos de idade, profissionais liberais e que também sofreram abusos sexuais durante a infância.



Produzir e comercializar imagens de pedofilia, segundo a lei brasileira é crime. Porém, o porte desse tipo de material não é considerado um ato criminoso, como na Europa, onde se responde por processo criminal qualquer pessoa que tenha mais de cinco fotos de pedofilia em seu computador ou cópias de papel.

09/ 12/ 2004 - pedofilia

Perigo dentro de casa

Segundo especialista, a maioria das crianças abusadas
é seduzida pela relação de confiança com os familiares

DIEGO AMORIM
Estagiário da Assessoria de Comunicação

Em 2003, 80% dos casos de abusos sexuais contra crianças e adolescentes no Distrito Federal aconteceram no âmbito familiar. Os dados da Delegacia de Proteção de Criança e do Adolescente servem para alertar que o pedófilo pode estar mais perto do que se imagina. O pesquisador da Universidade de Brasília (UnB) Vicente Faleiros – um dos elaboradores do texto do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – foi convidado pelo Programa de Educação Tutorial (PET) de Psicologia da UnB para fechar o III Ciclo Temático de Debates Pedofilia: sobre o que se cala, sobre o que se fala na quinta-feira, 9 de dezembro, no Anfiteatro 6.

Daniel Nek/UnB Agência

Faleiros lembra que, muitas vezes, crianças são ameaçadas pelos abusadores
“As vítimas confiam nos abusadores e têm neles uma idéia de proteção”, comentou. Na estratégia de sedução, a confiança geralmente se mistura a chantagens: “A criança é a ‘queridinha preferida’, mas recebe ameaças de morte para não contar nada a ninguém”. Faleiros explicou que abuso sexual não se resume ao ato da penetração. Contato inadequado com o corpo da criança, toques e carícias, palavras, tudo isso pode ser definido como crime sexual (ver lateral).

PACTO DO SILÊNCIO – A família que tem um abusador dentro de casa é, na maioria das vezes, estigmatizada como amaldiçoada. O medo dessa intolerância social justifica, para Faleiros, o segredo dos cúmplices da pedofilia intrafamiliar. “A pedofilia é inaceitável socialmente e, ao mesmo tempo, tolerável familiarmente”, diz. O pedófilo, quando descoberto, apresenta uma reação de pânico. Posteriormente, passa a negar firmemente toda a situação e a culpar a vítima pelos atos.

Mesmo não sendo regra geral, o pesquisador relatou ainda que os casos de abuso são repetidos e não ocorrem eventualmente. “Existem pais que abusam da primeira filha, da segunda, da terceira...”, contou. Os passeios, as horas do banho e de ver TV são normalmente ocasiões transformadas em ritos para a satisfação do pedófilo. “Ele é uma pessoa egoísta que corre atrás apenas de seu prazer”, comentou.

HOMEM NORMAL – Faleiros acredita na existência de uma atual epidemia da pedofilia. “O abusador está disseminado e é difícil identifica-lo externamente”, frisou, ao explicar que eles não estão inseridos em nenhuma classe social específica. Para o professor, o perfil do pedófilo é o mesmo de uma pessoa considerada comum. E mais: costumam ser vistos como exemplos no meio em que vivem.

Entretanto, estudos apontam que uma pessoa abusada quando criança, numa forma de revanche, tem maior possibilidade de ser pedófila. O uso de drogas ilícitas e o alcoolismo também podem incentivar abusos. “Em geral, é uma pessoa com a sexualidade mal resolvida, com um vazio interior profundo”, explicou.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009
O perfil do pedófilo: As mentiras do Sr. Delegado
Que Fritz Louderback se encaixe no "perfil do pedófilo" foi um dos argumentos dados pelo Delegado Juliano Brasil Ferreira no seu relatório final, acolhido pela MMa. Juíza Dra. Ângela Martini para manter Fritz, Barbara Anner, Dr. André Herdy e Cleci Ieggli da Silva presos durante treze meses.

Onde foi que Delgado Juliano encontrou este perfil? Ele dá seu "autoridade":

Consonante site WWW.PEDOFILIA-NÃO.INF.BR, pedófilo é, na maioria dos casos, um amigo da família, tem o conhecimento da família e, o que é pior, é amigo da criança. Partindo daí, a criança aceita o abuso, por mais chocante que isto pode parecer.
329 palavras de boas intenções
Conforme nosso hábito aqui, formos confirmar. O site - o URL é sem o tilde - tem um total de 329 palavras de informações, com o título grandioso de "Campanha Nacional Contra a Pedofilia". A autora da página, Alda Terezinha Inacio, não aparenta nenhuma qualificação profissional. Ela tem boas intenções, mas destas o caminho ao Inferno é pavimentado.

O site tem duas páginas. A página de índice disse:

Site de informação contra a pedofilia

Este site foi criado e mantido por Alda Inácio
e a única outra página, http://www.pedofilia-nao.inf.br/pedofilia.html reproduzimos integralmente abaixo.

Apesar da tentação de criticar as falhas de português do site, vou seguir o velho ditado que reze de que quem mora em casa de vidro não deve atirar pedras.

O texto exato do qual delegado Juliano baseou seu "perfil de pedófilo" é

O que sabemos é que o pedófilo não porta um perfil de pedófilo e na maioria dos casos o pedófil é um amigo da família, tem o concentimento da família e pior, é amigo da criança. Partindo daí, a criança aceita o abuso, por mais chocante que isto possa parecer.
Bruxas
De interesse especial é a afirmação da Dna. Alda de que:

O que sabemos é que o pedófilo não porta um perfil de pedófilo
De utilidade universal, esta frase. Lembre a velha teste para bruxas. Pega-se a bruxa suspeita, amarra-lhe, e jogue-lhe numa lagoa. Se flutuar, é bruxa, pois a água de batismo se recusava a aceitar-la. Se afundava, poderia-se enterrar a afogada em terra consagrada, pois era inocente.

Ao lado há uma foto do delegado. Aos leitores, perguntamos, das duas uma:

O delegado parece um pedófilo?, ou, então,
O delegado se encaixe no perfil do pedófilo?
O perigo mora perto: previne-se então do Internet?
O perfil que Dna. Alda oferece é errado: na maioria das vezes o pedófilo não é "amigo da família", e parente da vítima: padastro, tio, pai, irmão, avô, etc. Ela está correto em nos avisar que o perigo mora perto: mas dos quatro parágrafos do seu site enxuto, três falam de pedófilos do Internet.

Os conselhos dela servem não contra os pedófilos da vida real, mas somente contra aqueles que assombram o mundo da imaginação.

O mínimo de plausabilidade
Neste blog, preferimos pecar pelo excesso de detalhe e documentos, porque "eu li no Internet" não é prova de nada. Qualquer um pode colocar qualquer coisa no Internet, e é a dever de quem lê separar a jóia do trigo.

O site www.pedofilia-nao.inf.br é um exemplo de porque este cuidado é necessário, e de quanto pouco cuidado basta. Já dava para desconfiar pelo tamanho enxuta do texto, ou pelo fato de que apesar do tamanho pequena ,consegue embutir inconsistências. A autora nem alega qualificações, em contrasta à falsa psiquiatra Dra. Heloisa Fischer Meyer.

O delegado aceitou sem crítica as afirmações da Dna. Alda. Porém, a promotora e a juíza também tinha condições de desconfiar da atribuição do "perfil" ao site, e verificar as informações. Não fizeram, ainda que citaram o "perfil" para fundamentar suas decisões.



COMO PROTEGER NOSSAS CRIANCAS




Determinar uma ação para impedir que nossas crianças venham a ser atacadas por um pedófilo na Internet não é uma tarefa fácil. Temos obrservado uma tecnologia galopante sendo aberta diante dos olhos de jovens e de crianças, tecnologia que não consegue ser seguida pela maioria dos pais. Diante disto, como orientar uma criança contra um ataque de pedófilos que estão aos milhares nos sites web e mesmo em lugares tão comuns, como os messengers (bate-papo)? A escola assume uma grande responsabilidade como aliada desta campanha na orientação das crianças.

O que sabemos é que o pedófilo não porta um perfil de pedófilo e na maioria dos casos o pedófilo é um amigo da família, tem o concentimento da família e pior, é amigo da criança. Partindo daí, a criança aceita o abuso, por mais chocante que isto possa parecer. Sendo um ser humano em formação, sua curiosidade ajuda mais do que tudo ao pedófilo.

O controle parental utilizado por um número cada vez maior de pais é necessário, mas ajuda pouco no que se refere à impedir o acesso a sites de pedofilia. Não creia você que os sites pedófilos se encontram neste nivel de interdição. Eles são colocados no ar com função «non-clic» o que interdita os robôs de sites como Google, Alta Vista e Yahoo de tetectá-los. Os sites pedófilos são mantidos em segredo, escondidos e são apresentados nos bate-papos (messengers etc). Claro que no Orkut eles existem em grande quantidade, mas pouco a pouco, aqueles acessíveis à Polícia Federal brasileira, vão sendo fechados, mas ainda resta muito a fazer na Internet e diariamente as denúncias se multiplicam.

A melhor atitude é não abandonar seu filho diante do computador. Fale com ele. Explique!
Em caso de denúncia, o número 100 foi colocado à disposição da população. Denuncie!.



Disque 100.




Muito obrigada a todos; continuem na luta.

Alda Inácio

Conheça o pedófilo
O pedófilo sofreu algum problema durante o processo de desenvolvimento da sua sexualidade e sua vítima pode vir a se tornar um
11/10/2008 - 11:01





Pedofilia é o desvio sexual caracterizado pela atração por crianças ou adolescentes sexualmente imaturos. A psiquiatra Sheila Bastos explica que o pedófilo teve algum problema no desenvolvimento normal da sua sexualidade. “Todo perverso pedófilo sofreu algum fator negativo durante o processo do seu desenvolvimento sexual, seja vítima de abuso sexual, ou de outra violência, a exemplo dos maus-tratos”.

Ela explica que não existe um perfil psicológico único para o pedófilo. E que apesar das características serem variadas, todos sofrem de uma perversão sexual, que significa um jeito ‘inadequado’ de lidar com uma situação em algum determinado momento. “Geralmente os pedófilos não são agressivos, mas, sim, sedutores, cuidadosos e procuram presentear a vítima”, diz.


Geni Shuster: Pedófilo é enganador
Quem também confirma esta informação é a juíza da 11ª Vara Criminal, Geni Schuster. Ela conta que em diversos depoimentos o acusado é descrito pelos seus próximos como uma pessoa de conduta ilibada. “O pedófilo é um cara enganador, um cara bem educado, gentil, ele engana os amigos. Nós já tivemos casos de chegarem mais de cem declarações de pessoas dizendo que o acusado é um homem ótimo e a filha ou filho dizendo que ele cometeu o crime”, relata.

Pessoas próximas

A delegada Mariana Diniz, do Centro de Atendimento aos Grupos Vulneráveis (CAGV), informa que as estatísticas apontam que, na maioria dos casos, o abusador é uma pessoa próxima e de confiança da criança. “O genitor vem em primeiro nesta lista, depois o padrasto, um parente próximo ou vizinho. Como a vítima confia nele, o abusador chega de uma forma que esteja fazendo um bem”, diz.

Relatórios da Polícia Federal descrevem o perfil do abusador:










De acordo com a presidente do Fórum de Direitos da Criança e do Adolescente, Lídia Rêgo, recentemente houve um grande avanço no combate nos casos de pedofilia pela internet, com a quebra de sigilo. “Isso era um grande nó, porque até para o juiz fundamentar sua decisão era complicado, pois não tinha um aparato legal que pudesse entrar nas relações (do Orkut, por exemplo). Então esta quebra de sigilo foi uma semente jogada e da qual ainda vamos colher os frutos no futuro”, diz ela, acrescentando que a pedofilia vai muito além de uma doença.


Conduta do perpetrador na internet:






Egosintônico

Segundo Sheila Bastos, a pessoa que pratica a pedofilia é um egosintônico. Quer dizer, que é aquela pessoa que concorda com seu próprio jeito de ser. “Para ele, praticar a pedofilia ou o abuso sexual não causa incômodo. Ele não sofre por isso e acha que é uma atitude normal. E alguns casos, podem até não ter noção de que está fazendo mal a uma criança”, ressalta ela.

E este também é o motivo porque não se tem conhecimento de pedófilos procurando tratamentos psicológicos ou psiquiátricos. O pedófilo não entende que está fazendo algo errado, por isso não procura tratamento. “E a cadeia serve para muito pouca coisa. O ideal seria uma determinação jurídica para que fosse feito um prognóstico e um tratamento”, diz Sheila Bastos, acrescentando que esta pessoa com certeza sairá pior do que entrou numa cadeia. “Já pensou se ele sofrer novas violências no presídio”.

Os casos de abuso sexual acontecem com maior freqüência em famílias de baixa renda. “O crime
Delegada Mariana Diniz
acontece em famílias menos abastadas. É comum que numa civilização mais estruturada seja cerceada a animalidade”, confirma a médica.

Denúncia

O CAGV atende o município de Aracaju e é uma porta de entrada de denúncias. De acordo com a delegada Mariana, qualquer pessoa pode denunciar anonimamente por telefone e também discretamente indo à delegacia.

O abusador pode ser preso por flagrante ou através de investigação. São colhidas provas para haver a representação de prisão preventivamente. “Este ano houve muitas denúncias. Acredito que os casos sempre existiram, mas as pessoas estão ficando mais conscientes e também acreditando no nosso trabalho”.

Ela informa que o resultado do processo nestes casos não é rápido, pois a demanda é grande e há deficiência de pessoal. “O laudo pericial é imprescindível, passo importante para a celeridade do fato. E a pena varia de 6 a 10 anos”, diz.

Sobre a pedofilia na Internet

• O que é pedofilia?
O que é pedofilia na internet?
O que é pornografia infantil?
• A pedofilia na internet constitui crime?
• Acessar imagens ou sites de pedofilia constitui crime?
• Qual o perfil do pedófilo que age na internet?
Quais os meios de abordagem mais utilizados pelos pedófilos virtuais?
• Quais as estatísticas atuais sobre a pedofilia na internet?






O que é pedofilia?

Segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID-10/OMS), a pedofilia
é um transtorno da preferência sexual, a qual incide sobre crianças,
geralmente pré-púberes ou no início da puberdade. No âmbito da
conceituação psiquiátrica (DSM-IV/APA), a pedofilia é um transtorno da
sexualidade caracterizado pela formação de fantasias sexualmente
excitantes e intensas, impulsos sexuais ou comportamentos envolvendo
atividades sexuais com crianças pré-púberes, geralmente com 13 anos ou
menos. Entretanto, para que uma pessoa seja considerada pedófila, ela deve
ter no mínimo 16 anos e ser ao menos 5 anos mais velha que a criança. A
pedofilia resulta em um sofrimento clinicamente significativo, ou ainda
prejuízo no funcionamento social e ocupacional do indivíduo.

O que é pedofilia na internet?

Consiste em produzir, publicar, vender, adquirir e armazenar pornografia
infantil pela rede mundial de computadores, por meio das páginas da Web,
e-mail, newsgroups, salas de bate-papo (chat), ou qualquer outra forma.
Compreende, ainda, o uso da internet com a finalidade de aliciar crianças ou
adolescentes para realizarem atividades sexuais ou para se exporem de
forma pornográfica.

O que é pornografia infantil?

É qualquer representação de uma criança ou adolescente envolvidas em
atividades sexuais explícitas reais ou simuladas, ou qualquer representação
dos órgãos sexuais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente
sexuais (Conforme o Art. 241-E do Estatuto da Criança e do Adolescente).

A pedofilia na internet constitui crime?

Sim. De acordo com a nova redação (Lei nº 11.829, de 25/11/2008) do
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069, de 13/07/1990), várias
atividades relacionadas à produção, difusão e consumo de pornografia
infantil são crimes com penas de reclusão entre 1 e 8 anos, além de multa.
Citam-se as principais:

Produzir, participar e agenciar a produção de pornografia infantil (Art.
240);
• Vender, expor à venda (Art. 241), trocar, disponibilizar ou transmitir
pornografia infantil, assim como assegurar os meios ou serviços para
tanto (Art. 241-A);
• Adquirir, possuir ou armazenar, em qualquer meio, a pornografia
infantil (Art. 241-B);
• Simular a participação de crianças e adolescentes em produções
pornográficas, por meio de montagens (Art. 241-C);



Além disso, a atividade de aliciar crianças, pela internet ou qualquer outro
meio, com o objetivo de praticar atos sexuais com elas, ou para fazê-las se
exibirem de forma pornográfica, também é crime com pena de reclusão de 1
a 3 anos, e multa.

Acessar imagens ou sites de pedofilia constitui crime?

O acesso freqüente a tais imagens, assim como a filiação a sites de pedofilia,
estarão sujeitos à investigação criminal. Adquirir e armazenar tais imagens
agora é crime previsto no ECA (Art. 241-B).

A pedofilia fora da internet também é crime?

Apesar de não existir o tipo penal "pedofilia", ela se traduz nos crimes de
estupro (art. 213 do Código Penal) e atentado violento ao pudor (art. 214 do
Código Penal), ambos com pena de 6 (seis) a 10 (dez) anos de reclusão e
considerados crimes hediondos.

Qual o perfil do pedófilo que age na internet?

Esse dado ainda não está claro, e nem sempre há um perfil ou padrão bem
definido. Na maioria dos casos apurados pela Polícia Federal, o perfil é de

um homem entre 30 e 45 anos, solteiro, que mora sozinho. Trata-se de
pessoa reservada e insegura, com dificuldade em manter relações afetivas
por muito tempo e que, em alguns casos, cansou de consumir pornografia
adulta, migrando para a pedofilia.

Já segundo a ONG SaferNet Brasil, o pedófilo virtual padrão é homem, tem
entre 18 a 55 anos e faz parte das classes A, B e C, com maior presença nos
dois extratos mais ricos.

A internet vem sendo cada vez mais utilizada por pedófilos como via
privilegiada de comunicação. Existem, assim, comunidades virtuais pedófilas
com sites, blogs e canais de chat específicos para troca de experiências,
informações e imagens pornográficas, bem como para criar estratégias de
abordagem de crianças no mundo real. Eles reconhecem uns aos outros por
meio de expressões comuns (por exemplo: "boy-lover", "girl-lover", "child-
lover") e símbolos que identificam sobre qual sexo e faixa etária de crianças
que seus interessem incidem.

Quais os meios de abordagem mais utilizados pelos pedófilos virtuais?

Mensageiro instantâneo - Programa que permite a comunicação
instantânea entre pessoas, individualmente ou em grupo, através de
textos, voz ou videoconferência. Essa ferramenta permite ainda o
intercâmbio de vídeos e fotos. Ex: MSN Messenger, Google Talk,
Skype, ICQ, entre outros.
• Chat - Canal de um determinado site que é utilizado, exclusivamente,
para bater papo. As salas de bate-papo são divididas por temas e
idade, porém, é impossível garantir a veracidade das informações
fornecidas pelos usuários.
• Blog e Fotolog - É um registro divulgado na internet, como se fosse
um diário, onde o usuário escreve suas idéias, angústias, desejos, e
também pode incluir informações pessoais e fotos.
• E-mail - É um serviço de correio eletrônico, que permite ao usuário
enviar e receber mensagens (textos, fotos, etc.)



Redes de relacionamento - São espaços virtuais capazes de reunir
indivíduos e instituições com afinidades ou objetivos comuns,
mantendo e ampliando relacionamentos interpessoais. Ex: Orkut,
MySpace, entre outros.



Quais as estatísticas atuais sobre a pedofilia na internet?

Segundo dados da associação italiana Telefono Arcobaleno
(http://www.telefonoarcobaleno.org), em 2007 foi identificado, por meio de
denúncias, o surpreendente número de 39.418 sites de pedofilia em todo o
mundo - mais que o dobro do número registrado em 2003. A hospedagem

desses sites concentrou-se na Alemanha, Holanda e Estados Unidos.
Importante destacar que em 2003 o Brasil ocupou a 4ª posição neste
ranking.

O Relatório Anual da Internet Watch Foundation
(http://www.iwf.org.uk) (Reino Unido) identificou quase 3.000 sites de
pedofilia em 2007, número relativamente estável nos últimos 3 anos, sendo
que cerca de 80% destes sites são comerciais, ou seja, vendem pornografia
infantil. O mercado de compra e venda de pornografia infantil é suspeito de
movimentar cifras milionárias em todo o mundo.

No Brasil, o foco deste crime é atualmente o portal de relacionamentos
Orkut, que possui milhares de álbuns de fotos privados em investigação
pelas autoridades (Senado Federal, Polícia Federal e Ministério Público).






se ainda não está registado faça-o aqui




Abuso sexual infantil (pedofilia)



Fernando Gomes da Costa*



Definição

A pedofilia é uma psicopatologia, uma perversão sexual com carácter compulsivo e obsessivo, na qual adultos, geralmente do sexo masculino, apresentam uma atracção sexual, exclusiva ou não, por crianças e adolescentes impúberes. Alguns autores consideram a pedofilia uma síndrome (conjunto de sinais e sintomas) que ocorre em diversas psicopatologias.


Como se processa

O pedófilo é um indivíduo aparentemente normal, inserido na sociedade. Costuma ser "uma pessoa acima de qualquer suspeita" aos olhos da sociedade, o que facilita a sua actuação. Geralmente age sem violência, actuado de forma sedutora, conquistando a confiança da criança, seduzindo-a muitas vezes com ofertas de objectos ou dinheiro, e ameaçando-a veladamente a fim de garantir o seu silêncio. Mas há casos em que se pode tornar violento e até matar suas vítimas. O abuso, que se define como toda a situação em que um adulto se utiliza de uma criança ou adolescente para seu prazer sexual, podendo haver ou não contacto físico, pode durar anos, só cessando quando a criança, já uma adulta, se liberta daquela relação patológica.



O abuso sexual intrafamiliar é a forma mais comum de actividade do pedófilo. Quem pratica o abuso sexual é geralmente uma pessoa que a criança conhece e confia e frequentemente ama, ou seja, o pai, o padrasto, o avô ou o tio, ou ainda outras pessoas que gozam da intimidade da família. Frequentemente o pedófilo foi também uma vítima de abuso sexual na infância.

Os pais, mais frequentemente a mãe, frequentemente sabem, ou pressentem o que ocorre, mas não fazem nada por medo ou por não acreditar que aquilo possa ocorrer. A criança frequentemente tenta falar com a mãe, mas ela não acredita. É comum buscar tratamento psicológico para a criança, que em razão do que ocorre, apresenta distúrbios do comportamento como, manifestações de erotização precoce, introversão, depressão, ansiedade, mau aproveitamento escolar. É comum um adulto abusado sexualmente na infância, lamentar-se porque a sua mãe não o escutou.

A criança vítima sofre profundamente com medo, culpa e remorso. Mas quem pratica o abuso é uma pessoa que ela ama. Não pode entender o que está acontecendo.



Ao contrário do que muitas vezes se pensa, o abuso ocorre em todos os países do mundo, em todas as classes sociais. De difícil diagnóstico, não deixa marcas físicas, na maioria das vezes, mas marca a criança para toda a vida com repercussões na vida adulta em relação à socialização e à sexualidade.

Para combater o abuso sexual intrafamiliar é necessário antes de tudo aceitar que ele é frequente e pode ocorrer em todas as famílias. É necessário que a criança aprenda a conhecer o seu próprio corpo desde pequena. E antes de tudo é preciso que os pais acreditem nos seus filhos, mesmo que lhes pareça absurdo o que estão contando.

Dificilmente o abuso sexual é descoberto por pessoas alheias à família. É um acto protegido por um verdadeiro muro de silêncio, que resguarda a família, mas impede a protecção da criança. Descoberta a situação é importante lembrar que o pedófilo é um doente que deve ser tratado, além de afastado da sociedade.



Exploração sexual

Por outro lado, o abuso sexual intrafamiliar, especialmente nas classes sociais menos favorecidas, é uma porta de entrada para a prostituição de crianças e adolescentes. A exploração sexual comercial de crianças e adolescentes, é outro tipo de abuso sexual. Aqui, três personagens participam: além da criança ou adolescente e do abusador, pedófilo, o intermediário, o aliciador, o criminoso que lucra com a venda do sexo de crianças e adolescentes.

O uso sexual comercial de crianças e adolescentes ocorre em todo o mundo. Em muitos países há uma certa aceitação cultural da prostituição infantil. Muitos ainda vêem a prostituição infantil como uma forma de trabalho.

Uma forma moderna da exploração sexual de crianças e adolescentes é a pornografia divulgada através da Internet. O uso desse democrático e eficiente meio de comunicação pelos pedófilos é uma realidade.

Fotos de crianças nuas, praticando sexo com outras crianças, com adultos e até com animais são divulgadas pela rede. As denúncias de usuários revoltados são constantes.

Hoje a Internet se transformou no paraíso dos pedófilos. Através dela se comunicam, desenvolvem sua capacidade criativa, aliciam e favorecem a cultura da utilização sexual de crianças e adolescentes.

A satisfação sexual do pedófilo graças à rede é solitária e, a princípio, obviamente limitada. Contudo, pelo carácter compulsivo e obsessivo de sua patologia, ele necessitará de procurar crianças para realizar seus desejos. Os adolescentes e mesmo crianças são frequentemente aliciados, através de "chats" virtuais, românticos e sedutores, para o abuso sexual e a prostituição.

A participação dos próprios usuários da rede tem sido fundamental para levar à detenção desses criminosos. A produção e divulgação de fotos pornográficas de crianças e adolescentes, é crime previsto em lei, apesar das nuances legais, que ainda não tipificam a Internet como meio de comunicação.



Perfil do abusador

O abusador é uma pessoa comum, que mantém preservadas as demais áreas de sua personalidade, ou seja, é alguém que pode ter uma profissão destacada, pode ter uma família e até ser repressor e moralista, pode ter bom acervo intelectual, enfim, aos olhos sociais e familiares pode ser considerado um indivíduo normal ou até exemplar. É no entanto perverso, e faz parte da sua perversão enganar a todos sobre sua parte doente. Para ele, enganar é tão excitante quanto a própria prática do abuso. Pode esconder-se vestindo uma pele de cordeiro, ou uma pele de autoritário, ou uma pele de moralista, mas isto não passa de um artifício a serviço da sua perversão. Esse é o ponto central da sua perversão. Ele necessita da fantasia de poder sobre sua vítima, usa das sensações despertadas no corpo da criança ou adolescente para subjugá-la, incentivando a decorrente culpa que surge na vítima.
O abusador pode ser agressivo, mas na maioria das vezes, ele usa da violência silenciosa da ameaça verbal ou apenas velada, e vai sempre negar o abuso se for denunciado ou descoberto.
O pedófilo procura, frequentemente, a situação de exercer a função de substituto paternal para ter a condição de praticar sua perversão. Seu distúrbio mental é compulsivo: vai repetir e repetir seu comportamento abusivo, como o mais forte dos vícios. Nenhuma promessa de mudança de seu comportamento pode ser cumprida por ele, pois ele é dependente do abuso. Embora a pedofilia seja uma patologia, o pedófilo tem consciência do que faz, sendo a prática do abuso sexual fonte de prazer e não de sofrimento, devendo portanto ser responsabilizado criminalmente, sem atenuantes.
O maior dano que ele causa é à mente da criança, que é invadida por concretização das fantasias sexuais próprias da infância e que deveriam permanecer em seu imaginário. Essa concretização precoce destas fantasias pode explicar a evolução de abusado para abusador, uma vez que a criança pode ficar aprisionada nesta prática infantil do sexo e nas suas numerosas implicações psicológicas doentias, apenas mudando de lado quando se torna adulto, permanecendo assim na cena sexual infantil traumática.



Quais os sinais que nos devem alertar?

Há alguns sinais, comportamentos ou atitudes que a criança abusada tende a manifestar. Alguns dos principais são enunciados abaixo, mas importa salientar que todos eles são sinais que apenas indiciam e não devem ser tomados como uma prova conclusiva. No caso de haver esse tipo de suspeita, deve haver extrema cautela nas conclusões que se possam tirar e sobretudo deve haver muita calma e ponderação, e procurar acima de tudo transmitir à criança segurança e a ideia de que ela pode abrir-se e contar o que se passou sem receios de castigos ou retaliações. É igualmente importante ter a noção de que a criança se pode sentir culpabilizada ou envergonhada do que aconteceu e por isso tender a ficar silenciosa ou a não contar tudo. Por outro lado, essa noção de culpa e vergonha pode levá-la a fantasiar a relação de que foi vítima, misturando factos reais com falsos.

Nestas circunstâncias, é sempre melhor, antes de tomar qualquer atitude, procurar recorrer a um especialista ou serviço de apoio e deixar que sejam os técnicos a orientar o processo que tem geralmente duas vertentes: a protecção e recuperação da criança em relação ao traumatismo psicológico, e por vezes físico, que sofreu, e a colocação do pedófilo sob a alçada da Lei, e eventualmente do tratamento médico e psicológico.

Há efectivamente alguns sinais que podem ou devem alertar para algo de errado se passa com uma criança, e que isso pode ter a ver com abuso sexual. Esses sinais podem-se agrupar em dois tipos: psicológicos ou comportamentais, e físicos:

São sinais comportamentais a depressão ou dificuldades em dormir (pesadelos frequentes), manifestação de incómodo em ser tocada, anormal e persistente interesse em assuntos de índole sexual, alterações súbitas do comportamento como agressividade, recusa de carinhos, auto-depreciação do seu corpo (acham que está sujo, ou que tem anomalias sobretudo a nível dos órgão sexuais), desenhos e textos sobre fantasias de abuso sexual, medo de sair sozinha ou de ir à escola, brincar com outras crianças ou com objectos simulando actos sexuais, usar vocabulário ou conceitos de índole sexual inapropriados para a idade, evitamento de uma determinada pessoa que pode até ser um familiar muito próximo.



São sinais físicos as lesões (feridas, irritações, ou hemorragias) nas zonas genitais ou orais, aparecimento de hematomas no corpo não explicáveis e sem história de traumatismo conhecido, bem como o aparecimento de infecções sexualmente transmissíveis.

O pedófilo procura perfil de garotas(os) que buscam fama virtual em sites.
Geral Adicionar comentários jun 092010Geraldo Cisneiros

Em busca da fama virtual, adolescentes de 12 a 17 anos estão aderindo cada vez mais ao “sexting”. O fenômeno criado por jovens nos EUA há cerca de cinco anos chegou recentemente ao Brasil. O termo é originado da união de duas palavras em inglês: “sex” (sexo) e “texting” (envio de mensagens). Para praticar o “sexting”, meninos e meninas produzem e enviam fotos sensuais de seus corpos nus ou seminus usando celulares, câmeras fotográficas, contas de e-mail, salas de bate-papo, comunicadores instantâneos e sites de relacionamentos.

Os adeptos também mandam mensagens de texto eróticas no celular ou internet com convites e insinuações sexuais para namorados, “ficantes”, paqueras, pretendentes ou amigos. A prática preocupa representantes da Polícia Civil, do Ministério Público de São Paulo e entidades civis de preservação dos direitos humanos na internet. Todos alertam para o risco da pornografia infantil e prostituição.

“Vejo isso como um perigo muito grande. O pedófilo ou o aliciador percebe isso e começa a ganhar intimidade. Isso acaba sendo porta para prostituição”, afirmou o promotor Tales de Oliveira, do Departamento de Execução da Infância e Juventude de São Paulo.

Bastam alguns cliques para ver adolescentes em poses provocantes, se exibindo em imagens postadas por eles mesmos em álbuns de fotos, sites pessoais e vídeos. Vale tudo para chamar a atenção. As meninas ficam só de lingerie ou biquíni, agarram ou beijam amigas na boca, mostram closes de decotes ousados e até autografam os próprios seios com o nome de suas páginas ou de colegas. Os garotos preferem ficar de cuecas, sem camisa, ou abraçar garotas simulando atos sexuais. Em outros casos, jovens chegam a ficar nus.

Com preços acessíveis, uma máquina digital ou celular com câmera não são mais exclusividade de filhos da classe média. Por conta disso, é quase impossível contabilizar o número de praticantes do exibicionismo juvenil. Segundo a Safernet Brasil (organização da sociedade civil sem fins lucrativos que atua na proteção e promoção dos direitos humanos na internet), quem mais acessa a rede mundial de computadores é o jovem entre 16 e 24 anos, o que representa 78% do total de internautas no país.

Neste universo, ganha fama quem tiver mais acessos no seu Twitter, fotolog, Orkut e YouTube. Outra maneira de ser popular é vencer os concursos virtuais promovidos pelos sites. Depois disso, a celebridade instantânea irá contar com fã-clubes e uma legião de seguidores.

Outro lado
A reportagem entrou em contato com o provedor responsável por hospedar os sites que disponibilizam os serviços de fotos e vídeos na internet. Segundo a assessoria de imprensa do Google, “os conteúdos considerados impróprios podem ser denunciados pelos usuários”. “Já os de pornografia e os que ferem direitos autorais são removidos.”

Segundo a Safernet Brasil, dados da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos mostram que a pornografia infantil lidera o número de denúncias no país. Foram mais de 2 mil entre 1º de março a 1º de abril deste ano.

“Internet, celular, máquina digital. Estas tecnologias potencializaram algo típico da adolescência. É preciso discutir sexualidade na família e na escola para que ele não vire sexo precoce depois”, disse o psicólogo Rodrigo Nejm, diretor de prevenção da Safernet.

O artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) define o que é pornografia infantil: “Para efeito dos crimes previstos nesta lei, a expressão “cena de sexo explícito ou pornográfica” compreende qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais”.

A Safernet tem trabalhado na formação de mais de 4 mil educadores no Brasil. São aplicadas sugestões de exercício nas salas de aula para trabalhar esse tema. Ao receber as denúncias de sexting como pornografia infantil, os responsáveis pela entidade as encaminham para a Polícia Federal e para o Ministério Público Federal.

Vício virtual
Em um dos sites de fotolog visitados pele reportagem na quarta, havia mais de 465 mil páginas pessoais. Até as 13h, mais de 8 mil fotos tinham sido postadas.

As regras de uma das comunidades não permitem postar fotos contendo, por exemplo: “lingerie, cueca, calcinha ou sutiã”; “zoom ou close-up em decotes ou em outras parte sexualmente apelativas do corpo”; entre outros.

Mas, apesar das restrições, a mesma comunidade tem fotos de garotas de 15 e 16 anos de biquíni em frente a espelhos ou cobrindo os seios apenas com as mãos. Algumas páginas pessoais têm música. Numa delas, era possível escutar uma com letras de cunho sexual enquanto a foto de uma garota de 17 anos, usando fio dental, tremia.

“O site faz esse alerta [de regras] apenas como forma de amanhã ou depois se isentar de qualquer responsabilidade. Se a pessoa foi contra a regra do jogo, eu não tenho culpa. Essa é sempre a alegação deles”, afirmou o promotor Tales de Oliveira, da Infância e Juventude.

Ainda pelos termos de uso dos álbuns de fotos, o dono da página pode permitir que o visitante escreva comentários em cada imagem que foi postada. Uma menina de 14 anos que mostra os seios espremidos por um sutiã foi chamada de “delícia” por um internauta.

Postar fotos de crianças nuas é crime
Segundo a delegada Catarina Buquê, da Delegacia de Crimes Eletrônicos do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic), a postagem de fotos sensuais de adolescentes tem de ser investigada com cuidado. “Pode ser uma gama de crimes, como pode não ser também”, afirmou a delegada.

“Fotos nuas de adolescentes são material pornográfico, é crime. Mas fotos sensuais de adolescentes têm de ser analisadas caso a caso. Às vezes o adolescente trabalha como modelo e tem a autorização dos pais para publicar essas imagens na internet. Ou às vezes não. Pode ser que alguém tenha pego essas fotos provocantes e divulgado sem a autorização do jovem. Pode ser que uma menina tenha mandado a foto para um namorado ou um paquera e ele a distribuiu sem o consentimento da garota”, disse a delegada Catarina.

Fontes: Times, OGLobo, G1 e MP de São Paulo.

Pedofilia: um assunto a ser tratadoPostado em 1 a 2 anos, 2 a 3, 3 a 4, 4 a 5, 5 e mais, Até 1 ano, Outros Temas, Recém-Nascidos | Junho 14th, 2010
A pedofilia sempre existiu. Porém, com os meios de comunição avançados, a aproximação de pedófilos às nossas crianças foi facilitada. Para podermos prevenir este mal, é necessário entender como o pedófilo age e os sinais dados pelas crianças atingidas, que muitas vezes passam despercebidas pelos próprios pais. Obter informações, discuti-las e refletir sobre estas é o primeiro passo para a prevenção. Porém, logo aí já surgem diversas dúvidas que permeiam na cabeça dos pais, professores e outros – como é que falarei sobre o assunto com a criança?

Quando isso acontece é que percebemos que o assunto sexualidade ainda é muito difícil de ser conversado. Quem é que nunca perguntou para os pais o que é sexo e recebeu uma resposta sem muito esclarecimento? Os pais acham que, normalmente, a criança ainda não está madura para entender o que é a sexualidade e acabam por postergar a conversa. Na escola, alguns educadores pensam que as crianças já aprenderam isso em casa e não aprofundam o tema. Como então falar da pedofilia, que é um passo à frente da sexualidade, se agimos ainda desta forma?

Não existe forma de explicar à criança quais os limites do corpo e da privacidade de toques e carícias sem antes falar sobre a sexualidade. Mas antes é necessário definir a sexualidade. O conceito mudou após descobertas da psicanálise: a sexualidade deixou de ser puramente sexual e passou a envolver tudo aquilo que busca o prazer e a satisfação. Ela envolve actividades practicadas desde a infância e que proporcionam prazer ao satisfazer uma necessidade do próprio corpo, como a amamentação em bebés, respiração, brincadeiras e outras coisas, assim como envolve as sensações corporais e questionamentos quanto ao próprio corpo. Por isso, quando se fala da sexualidade infantil, não significa falar sobre o acto sexual ou pornográfico da criança.

Depois que estes temas foram abordados, será mais fácil explicar sobre abuso sexual em geral sem preconceitos e medos.

Voltemos então à pedofilia: o que é, como ocorre e o que fazer?

1. Conceito
A pedofilia é, na realidade, uma forma de perversão, na qual a preferência sexual é voltada às crianças e adolescentes de forma descontrolada e compulsiva. O pedófilo não tem um perfil característico. Pode ser qualquer pessoa normal e com perfil de boa índole, além poder ser uma pessoa que está bem inserida na sociedade.

2. Perfil de um pedófilo
Ele pode estar presente em qualquer tipo de grupo social e também ser membro ou amigo da família da criança abusada. Não raramente pode-se “encontrar” o pedófilo em locais públicos frequentados por crianças como playgrounds, educandários, escolas, igrejas ou consultórios médicos. O pedófilo busca atenção e amizades das crianças e prefere também a companhia dos pequenos. Tem dificuldade de relacionamento com adultos ou evita-os. Ele também tende a agradá-las demais e procuria ficar sozinho com estas. Gosta muito de fotografá-las. Não mede os gastos com as crianças, é sedutor e gentil. Sua casa tem decoração que atrai as crianças. Estas características comuns de pedófilos também podem encaixar-se com de qualquer outra pessoa. Portanto, cuidado ao denunciar sem provas conclusivas.

3. Como ele actua
O pedófilo não é explícito em suas atitudes. Ele seduz a criança devagar e a “conquista”. Ele promete doces e diz que aquilo fará bem à criança, etc. Através de chats na internet, é comum que o pedófilo apresente-se como uma criança também. Ele utiliza linguagem infantil e persuade a criança a retirar suas roupas, mostrar se e enviar fotos de si. Em casa, se o pedófilo forda família ou amigo próximo desta, existem as ameaças além da sedução. O pedófilo diz então que, se a criança contar, será morta ou ninguém mais vai gostar dela, etc. É um jogo de poder com ameaças, sedução e cumplicidade. Em diferentes pesquisas realizadas, foi possível perceber que o pedófilo age normalmente à noite e quando a casa está vazia, mesmo na internet. O abuso sexual directo é normalmente cometido pelos mais próximos. Muitas vezes os próprios pais, irmãos mais velhos, padrastos e vizinhos. Na internet fica mais difícil – a pedofilia acontece normalmente através de intermediação comercial. São fotos e filmes comercializados e comprados por pessoas que não são muito saudáveis sexualmente.

4. Sinais de pedofilia
Existem alguns sinais que a criança vítima da pedofilia pode manifestar. Vale ressaltar que são indícios e não provas conclusivas! Caso haja suspeita, exige-se extrema cautela nas conlusões a serem tiradas e agir com calma. É necessário transmitir segurança à criança para que ela conte o que está a acontecer, sem castigos. A criança pode estar a se sentir envergonhada ou culpada pelo o ocorrido, por isso cála-se.

4.1 Sinais do comportamento
A criança demonstra-se depressiva e tem dificuldade de dormir. Tem pesadelos. Quando é tocada, sente incómodo. Tem interesse em assuntos sexuais e seu comportamento pode alterar subitamente com agressividade, recusa de carinhos, auto-depreciação do seu corpo, faz desenhos e textos com conteúdo sexual. Ela também tem medo de sair sozinha ou ir à escola. Ela brinca de simular actos sexuais com outras crianças ou com objectos. Pode ser que evite alguma determinada pessoa, mesmo que seja um familiar próximo.

4.2 Sinais do corpo
A criança abusada pode apresentar lesões nos genitais ou na boca. Pode também apresentar hematomas que não sabem explicar, além de doenças sexualmente transmissíveis.

5. O que devo fazer para evitar que isso aconteça
- Diga às crianças que, se alguém tocar no seu corpo e fazer coisas estranhas que são desconfortáveis, elas deverão afastar-se desta pessoa, mesmo se essa pessoa a ameaçar. Ela não precisa ter medo e deve pedir ajuda.
- Ensine a criança a não aceitar dinheiro ou outras coisas e nem convites de pessoas que não conhece
- Vigilância: é necessário supervisionar a criança. Mesmo que seja difícil protegê-las de abuso por parte de membros da família ou conhecidos, fique sempre atento ao comportamento e relacionamento da sua criança com a pessoa.
- Esteja ciente de onde sua criança está e o que ela faz.
- Peça para adultos responsáveis ajudarem a vigiar as crianças quando os pais não podem fazê-lo.
- Se não for possível supervisionar sempre, peça que seu filho fique sempre perto de outras crianças e explique que é melhor estar sempre com um companheirinho ao lado.
- Conheça os amiguinhos do seu filho, principalmente aqueles que são mais velhos que seu pequeno.
- Ensine seu filho a cuidar da própria segurança.
- Oriente-o para sempre pedir ajuda a outro adulto quando sentir necessidade.
- Explique para seu filho que, em situações de perigo, pode gritar e correr sem vergonha para chamar atenção.

6. O que fazer se isso acontecer com meu filho
A criança que sofre abusos normalmente não contará e nem avisará o que está acontecendo. Além disso, muitos daqueles que a abusam fazem ameaças ou convencem a criança de não contar para ninguém. Portanto, se você perceber qualquer comportamento estranho do seu filho, incentive-o a falar sobre o que aconteceu sem censura ou repreensão. Demonstre segurança e compreensão e elogie-o por ter contado. Enfatize que a culpa do ocorrido não é da criança. E por fim, ofereça protecção à criança e faça de tudo para que o abuso termine, mesmo que o abusador seja membro da família.

7. Como proceder nos casos de abuso sexual
- Mesmo que a maior parte das acusações de abuso sejam verídicas, às vezes existem acusações falsas no caso de situações familiares complicadas. Portanto, muita cautela é necessária.
- Informar as autoridades de qualquer suspeita de abuso;
- Leve a criança imediatamente ao médico da família ou pediatra, para que o corpo da criança seja analisado para saber qual o grau da agressão, caso houver.
- Um psicólogo ou terapeuta deve consultar a criança abusada. Assim é possível determinar as consequências do caso na criança.
- No momento em que a criança decidir contar sobre o abuso, os pais ou responsáveis devem apoiá-la com muito carinho. Assim a criança dá o primeiro passo para reestabelecer confiaça nos outros e em si mesma.
- Se a criança tiver que testemunhar sobre seu agressor, escolha momentos mais descontraídos e métodos indirectos para evitar o confronto com o agressor.

Em qualquer caso de violência contra crianças, denuncie. A denúncia ainda é a forma mais eficaz de prevenção. Ficar quieto só estará a incentivar mais crimes como este.

Caso queira denunciar alguma página de internet que faz apologias à pedofilia, denuncie em: http://linhaalerta.internetsegura.pt/

Para todos os casos de abuso, entre em contacto com a polícia!

26/03/08 - 14h09 - Atualizado em 26/03/08 - 16h17

Pedófilos da internet praticam 'pescaria cruel' com vítimas, diz especialista
Para psicanalista canadense, criminosos 'oferecem isca para fisgar crianças vulneráveis'.
Segundo ele, pedófilos se aproximam dizendo 'entender os sentimentos' de suas vítimas.

Marcelo Cabral
do G1, em São Paulo
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Denúncia de pedofilia na internet dobra em um ano no Brasil PF deflagra operação para combater pedofilia na internet Fórum da ONU no Rio abordará combate à pedofilia na web Pedófilo do MySpace é condenado a 110 anos de prisão nos EUA
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Pedófilos praticam uma “pescaria cruel” na internet com suas vítimas: eles oferecem uma isca – normalmente uma simulação de carinho e atenção – para fisgar crianças e adolescentes em grande parte originários de famílias que não lhes dão afeto. Essa é a opinião de Gilles Ouimet, psicanalista da polícia de Quebec, no Canadá.

Ouimet está em São Paulo nesta quarta-feira (26) para participar do seminário “Perfil Psicológico do Pedófilo”, onde fala sobre a pedofilia on-line, a psicopatologia e os desvios de personalidade. Na platéia estão membros do Ministério Público Federal, juízes, advogados, policiais e autoridades do poder executivo que lidam com o combate ao abuso infantil e aos crimes cibernéticos.



Educação
Segundo o especialista, o maior perigo da pedofilia na web está em sites que promovem o contato com crianças e adolescentes, tais como as redes sociais on-line. Para ele, é preciso cuidado sobre o modo como as crianças se apresentam nesse tipo de endereço. “Algumas meninas, por exemplo, colocam na internet fotos de si mesmas com conotações sexuais. É por isso que a educação sobre como usar a web é tão importante”, afirma.

Para Ouimet, uma vez que o pedófilo entra em contato com sua vítima, normalmente ele vai direto ao assunto, perguntando sobre sua sexualidade, seus gostos e desejos; na seqüência, ele poderá propor um encontro. No entanto, alguns pedófilos são mais cuidadosos e conversam com sua vítima por mais tempo, antes de marcar um encontro. O objetivo é criar uma relação de confiança, dizendo que eles “entendem” a vítima e querem mostrar sua “afeição” por ela. Algumas crianças e adolescentes – especialmente aqueles vindos de famílias desestruturadas ou que não recebem carinho e atenção dos pais – podem então se transformar em vítimas dos predadores sexuais.



Problema internacional
De acordo com o especialista, o maior problema ao combate à pedofilia na internet é que o abuso sexual pode ser feito em um país, e a posse e distribuição do material pornográfico em outro. Assim, é preciso uma coordenação internacional contra o problema. Esse papel normalmente é cumprido pela Interpol, que possui softwares que permitem identificar qual é a fonte de onde se origina esse material. Isso ajuda a uma captura mais rápida dos criminosos.

O seminário foi organizado pela procuradora da República Adriana Scordamaglia, procuradora criminal que integra o Grupo de Combate a Crimes Cibernéticos do Ministério Público Federal, e pela Microsoft. Em comunicado, ela disse que o evento permitirá que "membros do Ministério aprendam a entender a mente desse tipo de criminoso, uma vez que este tipo de criminalidade vem crescendo assustadoramente".

/ tecnologia / PedofiliaCELULAR RSS O Portal de Notícias da Globo

25/03/08 - 09h35 - Atualizado em 25/03/08 - 17h22


Denúncia de pedofilia na internet dobra em um ano no Brasil
Foram feitas mais de 260 mil denúncias sobre conteúdo ilegal em 2007.
Mais de 90% dos casos foram postados no site de relacionamentos Orkut.

Da Agência Estado
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O número de páginas denunciadas por divulgação de pedofilia e exploração sexual de crianças dobrou entre 2006 e 2007 no Brasil, segundo a organização não-governamental (ONG) SaferNet, que cuida da Central Nacional de Denúncias por Crimes Cibernéticos. Esse estudo vai ajudar nos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, que começa a funcionar nesta terça-feira (25).


saiba mais
Justiça alemã investiga rede de pedofilia com 12 mil integrantes Pedofilia em arquivos digitais rende 67 prisões na Espanha Mulher descobre grupo de pedofilia durante pesquisa na web Quarenta são detidos por espalhar pedofilia em celulares Fórum da ONU no Rio abordará combate à pedofilia na web
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De acordo com o presidente da SaferNet, Tiago Tavares, no ano passado, foram feitas 267.470 denúncias a respeito de 38.760 páginas com esse tipo de conteúdo, ante 121.635 denúncias feitas em 2006, sobre 17.148 páginas. Ele acredita que o aumento de 126% nas denúncias está relacionado ao crescimento do número de usuários de internet, que sobe em média 20% ao ano no Brasil. A pesquisa foi divulgada pela Agência Brasil.



O crescimento das redes de relacionamento também pode justificar o aumento das denúncias. Segundo Tavares, 90% das páginas denunciadas ao SaferNet estão relacionadas ao Orkut, site de relacionamentos com perfis e comunidades virtuais. O fato de essa e outras páginas estarem hospedadas em servidores fora do Brasil costuma trazer o mito de que brasileiros não se interessam por esse tipo de conteúdo, mas o presidente da SaferNet adverte que esse é um crime muito praticado aqui.



Como a ONG trabalha em cooperação com o Ministério Público Federal (MPF), as denúncias relativas aos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Goiás e Paraná são encaminhadas para o MPF. Nos outros Estados, são entregues para o Departamento de Direitos Humanos da Polícia Federal. Só em São Paulo existem mais de 400 investigações em curso baseadas nas denúncias da SaferNet.



Para tentar barrar o avanço da pedofilia, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito sobre a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que encerrou os trabalhos em 2004, propôs um projeto para alterar a lei que pune a divulgação desse tipo de abuso na internet. Atualmente, é crime apenas produzir e passar as imagens adiante, na forma de divulgação, venda ou apresentação.

20/12/07 - 13h27 - Atualizado em 20/12/07 - 16h41

PF deflagra operação para combater pedofilia na internet
Investigações da Operação Carrossel começaram em agosto de 2007.
Cerca de 410 policiais estão cumprindo 102 mandados de busca e apreensão.

Do G1, em Brasília
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saiba mais
Operação contra pedofilia prende dois suspeitos em SP PF deflagra operação de combate à pedofilia em vários estados PF faz operação nacional de combate à pedofilia
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Na manhã desta quinta-feira (20), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Carrossel, com o objetivo de combater a pedofilia na internet, a rede mundial de computadores. Cerca de 410 policiais estão cumprindo 102 mandados de busca e apreensão em 14 estados e no Distrito Federal.

Segundo a PF, até agora, pelo menos duas pessoas já foram presas em flagrante. Em Fortaleza, um homem de 31 anos foi preso enquanto tentava baixar no computador um vídeo com pornografia infantil. A outra prisão ocorreu no estado de São Paulo.




Investigações
As investigações da Operação Carrossel começaram em agosto de 2007. Os policiais localizaram uma comunidade de pessoas que utilizava um programa de compartilhamento de material pornográfico infantil, como imagens e vídeos.



A PF não sabe se os integrantes do grupo se conheciam, já que a identificação dos suspeitos foi feita pelo número do computador. "Há casos de computadores que eram de empresas ou residências, que podem ser usados por várias pessoas. O primeiro passo é a perícia desses equipamentos, para depois identificarmos os suspeitos", disse o delegado Adalton Martins, da Unidade de Repressão a Crimes Cibernéticos.

A PF localizou os computadores dos suspeitos a partir dos endereços (os IPs) das máquinas usadas. Durante a ação, estão sendo apreendidos computadores, CDs e outras provas que impliquem a prática do crime. Todo o material será enviado para perícia.




Operação inédita
Segundo o delegado Adalton Martins, esta é a primeira vez que a PF realiza uma operação de combate à pedofilia a partir de informações obtidas pela própria instituição.

“Nas outras três operações que fizemos, as informações vieram de outros países e chegaram a nós. Já agora, as investigações ocorreram a partir de um programa nacional de rastreamento, com tecnologia daqui”, disse.

A Operação Carrossel também identificou em 78 países usuários que compartilhavam material com conteúdo pedófilo. Segundo o delegado Adalton Martins, esses países já foram avisados pela representação da Interpol no Brasil e pela própria PF.

20.06.2010

Perfil falso de criança em batepapo é alvo de assédio de pedófilos



No Orkut existem comunidades como "Eu já pratiquei pedofilia" (Foto: Marcelo Prates)
Pedófilos assediam adolescentes e crianças por meio dos chats e sites de relacionamento, impondo mais atenção dos pais

Mal entrou em uma sala de bate-papo de um dos provedores mais acessados no país, “Aninha12” passou a ser abordada insistentemente por diversos usuários para uma conversa privada. Dizendo ter 12 anos, ela foi assediada por rapazes de várias idades. Todos maiores de 18 anos. “Aninha12” não existe de verdade. Foi apenas um perfil criado pelo jornal HOJE EM DIA para mostrar que pedófilos aproveitam a facilidade da rede virtual para abordarem suas vítimas.

Em Minas, de maio a janeiro deste ano, a Delegacia Institucional da Polícia Federal (PF), responsável por investigar crimes previstos em acordos internacionais, recebeu 12 denúncias de pedofilia pela Internet.

Os anos de 2008 e 2009 empataram em 23 casos, ainda sob investigação, envolvendo suspeitos que postaram fotos e vídeos de pornografia infantil a partir do território mineiro, distribuindo o material para outros países. “A investigação dura, em média, um ano, pois depende da Justiça para quebra de sigilo telefônico e do provedor onde foi feita a postagem”, observa o delegado Gumercindo Nunes Horta.

Ao contrário do que muitos pensam, as salas de bate-papo não estão ultrapassadas e são as preferidas para a ação dos pedófilos. A pedofilia pela Internet, com a distribuição de material pornográfico e aliciamento de menores, é a terceira contravenção mais denunciada na Promotoria de Crimes Cibernéticos de Minas Gerais. “Perde apenas para o estelionato e crimes contra a ordem”, diz a promotora Vanessa Fusco.

Por acreditarem que não serão descobertos, estes criminosos conquistam a confiança da criança e do adolescente e, depois, conseguem com que a vítima faça fotos e vídeos pornográficos. A pena para quem distribui este material varia de três a seis anos de cadeia. “E se estiver somente de posse do material será preso e poderá ser condenado de um a quatro anos de prisão”, salienta Gumercindo.

Se estes criminosos acreditam que não serão descobertos, Vanessa Fusco avisa: as técnicas empregadas hoje e o treinamento da equipe envolvida na investigação destes casos permitem o rastreamento. “Não tem mais essa de que ficará escondido atrás do computador”, enfatiza, sem divulgar a estatística de prisões em Minas. A grande dificuldade das autoridades está na ausência de leis que obrigue as lan houses a registrar os seus clientes. Na capital, uma lei deste tipo será publicada hoje no Diário Oficial do Município.

Embora a maior parte dos casos de pedofilia aconteçam por várias circunstâncias o psiquiatra Geraldo José Ballone destaca outro território onde esses criminosos estão se adequando dia a dia – contando ainda com o benefício do anonimato: a Internet.

“O mundo virtual representa a população geral, com todos os seus defeitos e qualidades. Mas o usuário está distante e imune de uma represália jurídica, e de fato se sente protegido. Sabe-se que muitas crianças varam a noite na Internet nas salas de bate papo adultos. Nesses locais, elas sentem-se valorizadas e raramente distinguem a investida de um elogio. Se eu pudesse aconselhar os pais seria enfático: ‘quanto mais tarde seu filho usar a Internet, melhor’”.

Para o psicoterapeuta André de Barros uma boa alternativa é instalar os computadores sempre nas áreas comuns da casa – onde todos possam acompanhar a navegação. “Uma das perguntas mais frequentes feitas pelos pedófilos é se a criança está sozinha. ”, alerta. Ballone afirma que mesmo que o indivíduo não tenha executado ato sexual com uma criança, o simples diálogo valendo-se de pornografia ou erotismo exacerbado é considerado como atitude pedófila. “Algumas crianças acabam se tornando um alvo mais procurado por causa das roupas, adereços ou atitudes de comportamento precoce”, diz. (Com Clarissa Carvalhaes)

Perfil falso “Aninha12″ faz sucesso online

São pouco mais de 10 horas e na sala de bate-papo um homem se apresenta como “Pai Carinhoso CAM”. Na verdade, ele é apenas um dos muitos usuários que frequentam os chats pela manhã. Do trabalho ou de casa, o assunto não oscila muito e o vai e vem da conversa sempre acaba no mesmo assunto: sexo, pornografia e erotismo. A sala onde estive era destinada a pessoas com idade entre 15 e 20 anos, embora a assiduidade e diálogos não fosse condizente com a teoria.

Foram cerca de seis horas de permanência no chat entre os dias 9 e 10 de junho, e a todo momento, uma proposta, uma investida ou um convite. Depois de descobrir a idade dos meus apelidos (aninha12 e menininha12) a pergunta seguinte era enfática e sempre a mesma: “Você está sozinha?”. Se dissesse não, a conversa, sem exceção, acabava ali. Mas quando a resposta era positiva, o papo esquentava. “Você já beijou?” ou “O que é ficar pra você?”, seguiram-se de “Você ficaria com um homem mais velho?” e “Eu gosto de novinhas”.

Entre as conversas mais intrigantes está a de “Pai Carinhoso CAM (câmera)”, um homem de 35 anos aparentemente gentil, casado e com dois filhos. “Daqui a pouco vou buscá-los na escola”, comentou. E quando perguntei se ele não se importava em conversar com uma menina mais nova, disse que não. Afirmei que os meninos geralmente não gostam de bater papo com garotas da mesma idade. Adiante, ele foi direto com perguntas que forçariam qualquer criança no mínimo a mentir: “Você já ficou com alguém?” e ainda “Só rolou beijos?” e “Você tem foto?”.

Dessa maneira, seguiram-se muitas investidas e afagos em um diálogo totalmente impróprio para uma criança ou adolescente. A impressão é que passar-se por um pai carinhoso ou um homem gentil, é uma forma de deixar a criança segura e valorizada. E partir para o ataque que, para os mais ousados, significa tentar um encontro com a futura vítima de pedofilia.

AJUDE A COMBATER
SÍMBOLOS INTERNACIONAIS DA PEDOFILIA
Divulguem e denunciem os símbolos internacionais da pedofilia.

É IMPORTANTÍSSIMO QUE CONHEÇAMOS, MESMO QUE ALGUMAS PESSOAS POSSAM PORTÁ-LOS POR DESCONHECIMENTO DA SIGNIFICÂNCIA OU POR ACHAR BONITO.
NA DÚVIDA – DENUNCIEM O USO ÀS DELEGACIAS AFETAS AOS MENORES E ADOLESCENTES OU AOS CONSELHOS TUTELARES DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE SUA CIDADE. NÃO TENHAM CONSTRANGIMENTO, O USUÁRIO, COMO QUALQUER PESSOA, TEM DIREITO DE DEFESA, SERÁ OUVIDO E PROVARÁ SUA MOTIVAÇÃO.

PEDOFILIA NÃO É DIREITO À OPÇÃO SEXUAL.

É CRIME PREVISTO EM LEI.

ATENÇÃO AOS SÍMBOLOS DE PEDOFILIA

O FBI produziu um relatório em Janeiro sobre pedofilia. Nele estão colocados uma série de símbolos usados pelos pedófilos para se identificarem. Os símbolos são sempre compostos pela união de 2 semelhantes, um dentro do outro. A forma maior identifica o adulto, a menor a criança. A diferença de tamanho entre elas demonstra a preferência por crianças maiores ou menores.

Homens são triângulos, mulheres corações. Os símbolos são encontrados em sites, moedas, jóias (anéis, pingentes…) entre outros objectos.

Os triângulos representam homens que adoram meninos (o detalhe cruel é o triângulo mais fino, que representa homens que gostam de meninos bem pequenos); o coração são homens (ou mulheres) que gostam de meninas e a borboleta são aqueles que gostam de ambos. De acordo com a revista, são informações recolhidas pelo FBI durantes as investigações. A ideia dos triângulos e corações concêntricos é a da figura maior envolvendo a figura menor, numa genialidade pervertida de um conceito gráfico. Existe um requinte de crueldade, pois esses seres fazem questão de se exibir em código para outros, fazendo desses símbolos bijuterias, moedas, troféus, adesivo e o que mais se queira. Infelizmente, é o design gráfico ao serviço do mal. SE VIR EM ALGUM LADO, DENUNCIEM!!!

Os pedófilos estão se comunicando e se identificando através de símbolos. Proteja seu filho da pedofilia. Não é nossa intenção que saiam à rua procurando em pessoas alguns dos símbolos que são considerados pela polícia como os logotipos utilizados por pedófilos, para identificar suas preferências sexuais. Esse alerta é para que estejam atentos. Queremos ainda deixar claro que se por acaso alguma pessoa for vista usando acessórios com símbolos iguais ou semelhantes, ela não é necessariamente um pedófilo, pois muitos desses desenhos já existem há muito tempo.

Identificar pedófilos
O F.B.I. elaborou um informe em que indica e registra uma série de símbolos utilizados por pedófilos para serem identificados entre si. Os símbolos são sempre compostos pela união dos similares, um dentro do outro. O de forma maior identifica ao adulto, enquanto que a menor corresponde a um menino ou uma menina. A diferença de tamanhos entre eles mostra uma preferência por crianças maiores ou menores quanto à idade. Os triângulos simbolizam aos homens que gostam de meninos, enquanto os corações representam homens (ou mulheres) que gostam de meninas. A mariposa personifica aquele que gosta de ambos.



http://www.youtube.com/watch?v=t_uqU0u6lX0

Pedofilia na Internet! Saiba como identificar!
http://www.mscontraapedofilia.ufms.br/index.php?inside=1&tp=3&comp=&show=64
No link acima saiba como identificar e denunciem !!!!!!
IDENTIFICAR UM PEDÓFILO
Como identificar um pedófilo

De acordo com a Polícia Federal, existe, sim, um perfil de pedófilo que age através da Internet, apesar dela acreditar que, em casos de pedofilia, nem sempre há regra ou padrão estabelecido. Na maioria dos casos apurados pela polícia, o perfil é de um homem entre 30 e 45 anos, solteiro, que mora sozinho, reservado, inseguro, tem dificuldade de manter relações afetivas por muito tempo e, em alguns casos, cansou de consumir pornografia adulta, migrando para a pedofilia.

(O Povo)

Denuncias, saibam como identificar um pedófilo
A policia federal esta a tentar banir estes monstros da sociedade, veja como você pode nos ajudar.
Como identificar um perfil de pedófilo no orkut.
1- Geralmente usam fotos infantis, como de desenhos famosos ou com personagens de jogos de vídeo games.
2- Geralmente não tem muitos amigos, seduzem suas vitimas através de comunidades, email e msn, para dificultar sua identificação.
Entre outras coisas, caso encontrem qualquer perfil suspeito, você podem denunciar ao google, que investigará os casos. mas em caso de em haver provas, denuncie diretamente no link abaixo para denuncias, diretas com a PF’.
Obrigado pela atenção, vamos cuidar de nossas crianças.
http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&q=policia+federal+denuncia&revid=649801877&sa=X&oi=revisions_inline&resnum=0&ct=broad-revision&cd=3
Manipulação Fotografica
Atenção pessoal, vamos difundir a foto do pedofilo que a Interpol descobriu para esse sacana ir para a cadeia!!
Ta tudo no site do jornal O Dia!!!

Como identificar um PEDÓFILO..não deixem de ver !!
https://secure.wikileaks.org/leak/FBI-pedophile-symbols.pdf
Sob a proteção da batina-Igreja Católica E.U.A
CONDENADO
A punição à pedofilia está seguindo uma tendência já consolidada nos casos de estupro: a predominância dos processos cíveis. Em vez de levar o assunto aos tribunais criminais, as vítimas de abuso estão entrando com ações pedindo reparação em dinheiro pelo dano sofrido.Há duas razões para isso.
A 1ª é q, nos processos cíveis, as vítimas precisam se expor menos do q nos criminais.
A 2ª é q a maioria das vítimas só ganha consciência dos abusos ocorridos na infância na idade adulta, qdo o crime já prescreveu.Nos últimos 50 anos, apenas 10% dos padres acusados de abusos sexuais foram condenados.
A maioria, como o Padre Paul Shanley, q em 2005 pegou 12 anos de cadeia, só pode ser julgada pq alguns estados americanos estenderam os prazos de prescrição.Ainda assim, continua sendo + fácil processar as instituições responsáveis por permitir os abusos, o q pode ser feito a qlqr momento.
Por isso, a Igreja tornou-se a campeã de processos por pedofilia,em dez./2008, uma diocese do estado de Vermont foi condenada a pagar 3,6 mi. de U$ p/ David Navari.Na déc. de 70, qdo era coroinha, Navari foi violentado 2x por um padre da diocese de Burlington, cujos superiores sabiam da propensão à pedofilia do religioso.
No início de 2008, o mesmo tribunal condenou a diocese a pagar 8,7 mi. de dólares de indenização a outro ex-coroinha.Ambos os casos, a Igreja n conseguiu fechar 1 acordo financeiro p/ q as vítimas desistissem do processo.
1 relatório sobre pedofilia divulgado pela Igreja mostra q, nos últimos 50 anos, já pagou 2,6 bi. de U$ em acordos, honor. de adv. e outros custos relacionados à negligência c/ q tratou os abusos sexuais cometidos por alguns de seus integrantes. P/pagar a $, ela está tendo de vender propriedades e sacrificar poupanças.
N há indícios de que a proporção de pedófilos na Igreja seja + do que no resto da população.Pelo nº de denúncias, a postura da instituição, de acobertar casos de abuso,bem como excessiva confiança depositada nos clérigos pelos pais das crianças,facilitou os crimes.

A pedofilia é um desvio de sexualidade que leva um indivíduo adulto a se sentir sexualmente atraído de modo compulsivo por crianças e adolescentes. É considerada uma forma de violência sexual.

É importante entender que o pedófilo é um doente e está em todas as classes sociais. Na maioria dos casos o abusador conhece a criança e a família, ou outras vezes pode estar no poder de cuidar, medicar, levar para passear, ensinar, catequizar…

Por isso, há uma necessidade efetiva de atenção. Crianças abusadas sexualmente poderão ter sequelas quando adultas, com problemas sérios de comportamento, dificuldades em estabelecer vínculos de confiança, relações estáveis, podendo se transformar em adultos abusadores, ou até se voltarem para a prostituição.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece que é proibido “apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive a rede mundial de computadores ou internet, fotografias ou imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo criança ou adolescente”.Quem insistir em incorrer no crime está sujeito a pena de reclusão de dois a seis anos e multa, mas a sanção não parece suficiente para inibir as milhares de pessoas envolvidas com pedofilia no Brasil. Nos três primeiros meses de 2008, a SaferNet, que coordena a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, recebeu mais de 35 mil denúncias de pedofilia.

Os números da SaferNet indicam que a quantidade de crimes de pedofilia vem crescendo ao longo do anos no país – de 2006 para 2007, as denúncias aumentaram em 120%. O assunto causa tanta comoção que virou tema de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado Federal, cujo ponto alto foi a convocação de executivos do Google, que administra a comunidade virtual Orkut, para depor. A internet, aliás, parece um campo frutífero para práticas ligadas à pedofilia. Segundo a Fundação para o Controle da Internet no Reino Unido (IWF) existem cerca de 2.755 sites de pedofilia em todo o mundo.

“A internet é uma ferramenta de intercâmbio fantástica, mas é importante ter regras para usá-la”, destaca o professor e pesquisador da UnB Vicente Faleiros. O assistente social defende que um melhor acompanhamento das crianças pelos pais é uma das mais eficientes formas de prevenir a ocorrência de abuso sexual. “Hoje, a sociedade trabalha a questão da criança sob a pressão da economia, do trabalho da mulher, da produtividade e dos diferentes tipos de família. Assim, a criança fica em último lugar no afeto. Dentro de casa, a melhor prevenção contra a pedofilia é o diálogo”, acredita Faleiros.

Na entrevista abaixo, concedida à UnB Agência, o professor e assistente social fala sobre a dificuldade de estabelecer um perfil para o pedófilo e sobre as conseqüências que o abuso sexual pode causar a uma criança. Faleiros ainda explica como o assunto deve ser tratado na escola e indica como os pais podem prevenir o contato dos filhos com pedófilos: “É preciso olhar os sites que a criança freqüenta, conversar com ela, ver o tipo de interesse que ela tem pela sexualidade, a concentração que ela tem nos estudos. Esses indicadores são sinais amarelos”.

UnB AGÊNCIA – O pedófilo é um criminoso ou um doente que precisa de tratamento?
VICENTE FALEIROS – O crime de pedofilia é tipificado. Na nossa legislação, fazer e distribuir fotos é crime. Só que usar as fotos ou recebê-las, não. A pedofilia em si não é crime, mas envolve o abuso sexual. Não dá para falar dela sem falar do abuso. Do ponto de vista do agressor, há três perfis. Um deles é mais ligado à eventualidade do abuso, que é cometido com algum sentimento de culpa. A pessoa comete o ato, mas acha que está errada, e existe a possibilidade de repensar o que fez. Num segundo perfil, a culpabilidade é menor e, por isso, o ato se repete mais vezes. O terceiro perfil é o de uma doença muito profunda, uma psicopatologia, um distúrbio da personalidade do agressor que envolve um narcisismo exacerbado, no sentido de que ele não sente culpa pelo que está fazendo porque o outro não existe para ele. É parecido com um serial killer, que vai cometendo aquele ato por compulsão e não tem uma norma moral que lhe dê limites.

UnB AGÊNCIA – A Faculdade de Medicina do ABC aprovou recentemente um projeto de pesquisa para a utilização de inibidores de libido em pedófilos como forma de tratamento. A “castração química” é um bom método de combate à pedofilia?
FALEIROS – Pelo menos temporariamente, esse tratamento é eficiente. Mas o importante é a mudança da consciência do sujeito e de sua trajetória psicológica. O problema pode estar nos hormônios, mas é mais fundamental na sociedade. Não adianta só tratar o sujeito se a gente não considera essa questão socialmente. Ela é muito grave. Só nos Estados Unidos, há 500 mil denúncias de abuso sexual por ano. No Brasil esse número está aumentando e chega a mais de 30 mil denúncias só no ligue 100 (número criado pelo governo federal para receber denúncias sobre abuso e exploração sexual de menores). Nesse processo, o problema é civilizatório.

UnB AGÊNCIA – Qual seria, então, a melhor forma de enfrentar a pedofilia?
FALEIROS – Precisamos garantir os direitos da criança, porque ela é um sujeito que merece respeito e cidadania. Por isso, ela também merece decidir sobre seu próprio corpo no momento adequado. É preciso respeitar a sexualidade da criança, porque, na nossa sociedade, acontece o consumismo do sexo e a erotização da criança, como a dança da garrafa e a utilização de vestidos eróticos. Isso estimula uma relação menos respeitosa. Precisamos discutir mais a sexualidade, porque o machismo predomina na sociedade. Há pessoas maduras que matam as mulheres quando elas escolhem outro homem. Todo dia tem notícia disso. Estamos vendo um desenvolvimento inadequado da relação afetiva, amorosa e sexual, porque ter um desenvolvimento normal da sexualidade é saudável. A criança brinca de jogos sexuais. Isso é normal. Mas erotizar a criança e fazer propagandas como a das fraldas Pampers, erotizando o bebê, é um erro grave, porque a criança não está preparada para a relação sexual que Freud chama de objetal.

UnB AGÊNCIA – Damos pouca atenção ao desenvolvimento sexual das crianças?
FALEIROS – Sim. Hoje, a sociedade trabalha a questão da criança sob a pressão da economia, do trabalho da mulher, da produtividade e dos diferentes tipos de família. Assim, a criança fica em último lugar no afeto – e isso não tem nada a ver com a quantidade de brinquedos que ela ganha. Dentro de casa, a melhor prevenção contra a pedofilia é o diálogo. É preciso dar limites, explicar para a criança o que é internet e o que é o assédio por esse meio.

UnB AGÊNCIA – Recentemente, uma garota de 13 anos participou de uma orgia com outros menores de idade em Brasília. De acordo com os jornais locais, o hábito tornou-se corriqueiro no Distrito Federal. Nesses casos, não há necessariamente um maior de idade envolvido. O que explica esse tipo de comportamento?
FALEIROS – O adulto tem de estabelecer limites e diálogo com esse adolescente. Só que esse diálogo não existe. A família muitas vezes está centrada na satisfação do adulto. O adulto quer sair para a festa, quer assistir à televisão, jogar seu futebol, e prioriza sua própria satisfação, sua identidade e sua individualidade em relação à educação da criança. Isso é típico de muitas relações familiares da contemporaneidade: há mais ênfase no indivíduo do que na parentalidade. Quando as pessoas decidem morar junto, em prol de um projeto comum, muitas vezes esse projeto comum é deixado de lado porque cada um quer viver na sua e a criança vira um joguete nessa situação. É necessário pensar um pouco como nós vamos nos relacionar com nossos filhos nessa sociedade.

UnB AGÊNCIA – A nadadora brasileira Joanna Maranhão anunciou publicamente ter sido vítima de abuso de um ex-treinador. A denúncia, contudo, foi feita anos depois do crime. Por que é tão difícil denunciar?
FALEIROS – É difícil porque é segredo. As duas dimensões do abuso são segredo e relação de poder. A criança não tem consciência daquilo. Ela não fala diretamente, mas indiretamente. É preciso estar atendo aos sinais. A nadadora só teve força para falar agora. Nesse caso, é preciso dar suporte à vítima.

UnB AGÊNCIA – Como atua o pedófilo?
FALEIROS – O pedófilo não atua de uma maneira explícita, tanto no abuso sexual direto quanto no indireto. Ele vai seduzindo a criança. Diz que vai lhe fazer bem, que vai dar doces e, na internet, muitas vezes ele apresenta-se como criança. O pedófilo apresenta-se com uma linguagem infantil e vai aos poucos seduzindo a criança para tirar a roupa, para se mostrar, tirar foto, fazer gestos obscenos. Com isso, com esse jogo, ele valoriza a imaginação da criança. Já dentro de casa, além da sedução – por doces, passeios, afeto – tem a ameaça: “Se você contar, eu te mato, vou deixar de gostar de você, nossa família vai ficar mal vista”, etc. É o que eu chamo de relação de poder, que inclui ameaça, sedução e cumplicidade ao mesmo tempo. O abusador sexual também busca a cumplicidade de quem pode desconfiar. Todas as pesquisas mostram que há um ritual, mesmo na internet. Geralmente, a aproximação ocorre à noite, quando a casa está vazia. No abuso sexual direto, os mais próximos são os que mais praticam. Uma parte é praticada por pais, padrastos, irmãos mais velhos e vizinhos da criança. É uma relação em que está muito presente a proximidade do abusador. Na internet, como é um desconhecido, os pedófilos podem não ter acesso direto à criança, mas ele tem uma intermediação comercial muitas vezes. Há associações de adictos da pedofilia, são milhões de fotos disponíveis. Esses acessos são feitos por pessoas que não têm relação de troca mais constante, mais aberta, mais espontânea, que não têm um exercício mais saudável da sexualidade.

UnB AGÊNCIA – Aparentemente a internet facilitou a atuação do pedófilo. Como os pais podem proteger seus filhos das ameaças que rondam a rede?
FALEIROS – A internet é uma ferramenta de intercâmbio fantástica, mas é importante ter regras para usá-la. Ela é como qualquer outra máquina. Não se pode dirigir um carro sem regras, por exemplo. Não se pode ter acesso ao computador sem regras, e é isso que tem de ser discutido dentro de casa. Quando chega uma máquina nova, é preciso estabelecer regras. Uma das melhores formas de combater a violência é ter regras claras de relação, porque você sabe a que se ater. A família e o Estado têm de estabelecer regras. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) já tem uma regra para quem produz o material. O artigo 241 tipifica esse crime, mas o estatuto ainda é omisso em relação a quem usa. Por isso, a regra da família é que vai decidir como se faz uso da máquina. Nós temos de proteger a criança. Ele está em fase de desenvolvimento e é um sujeito de direitos.

UnB AGÊNCIA – É possível identificar se a criança está em risco de sofrer abusos?
FALEIROS – Sim. Um indício é a criança ficar mais tempo na internet em horários inadequados. É preciso olhar os sites que ela freqüenta, conversar com a criança, ver o tipo de interesse que ela tem pela sexualidade, a concentração que ela tem nos estudos. Esses indicadores são sinais amarelos. Quando se acende o sinal vermelho, é preciso buscar um socorro mais eficiente na terapia familiar, porque a criança não é a culpada disso. É uma organização da família. Várias pesquisas já mostraram que quanto mais a família tem problemas de relacionamento, mais condições a criança tem de sofrer esse tipo de abuso. Uma má relação familiar interfere muito nessa questão, porque não tem regra. A criança vira um objeto de negligência na família.

UnB AGÊNCIA – Seria bom tratar desse assunto em meios de comunicação de massa?
FALEIROS – Sim. A Regina Casé já fez um programa com adolescentes, e eu acho que a questão não foi colocada de maneira ruim. Mas esses programas têm de ser dirigidos aos adultos, no sentido de dizer a eles como é o desenvolvimento da sexualidade das crianças. Já nos programas infantis, é preciso mostrar a questão com naturalidade. Toda criança olha para seu próprio sexo e para o sexo do outro. É uma curiosidade natural. Mas a televisão precisa mostrar o diálogo, e não apenas a briga dentro de casa. Muitas vezes as novelas só mostram briga. É preciso mostrar uma possibilidade de convivência em que haja o afeto, o carinho e o respeito. Essa é a melhor educação.

UnB AGÊNCIA – Como as escolas devem trabalhar o tema?
FALEIROS – Nas escolas, é fundamental uma discussão detalhada em cada fase. Em cada série, a criança tem de participar de uma discussão, e não só receber informação. A gente confunde educação sexual com aquelas análises biológicas do corpo humano. Mas isso é só informação, não dá à criança a possibilidade de expressar suas dúvidas, sentimentos, desejos. A sexualidade é muito ligada ao desejo. É preciso assumir que nós somos pessoas desejantes e desejadas. Só que o desejo tem limites. Não significa que ele deve ser podado, mas o adulto deve realizar seu desejo numa relação de adulto, e não com uma criança.

UnB AGÊNCIA – O senhor acredita que falta rigor nas punições a quem comete crimes de pedofilia?
FALEIROS – É complicado. As pessoas mais patológicas negam que aquilo tenha sido culpa delas. Elas culpam a criança. A criança é que é a sedutora, que se aproximou, que se deitou com ele, que tirou a roupa. Provar tudo isso é muito complicado. É por isso que se está implementando o depoimento sem dano na Justiça. Isso permite à criança falar sobre o que aconteceu com ela fora de um ambiente solene e autoritário. O depoimento acontece numa sala de conversa, onde se torna possível produzir provas por meio da palavra. Grande parte do abuso sexual ocorre por contatos que não deixam marca ou por voyeurismo, que também não deixa marca.

UnB AGÊNCIA – Não são comuns casos de mulheres pedófilas. É possível estabelecer um perfil para as pessoas que cometem abuso sexual de menores?
FALEIROS – Não. O perfil do pedófilo é completamente indefinido. A maioria das vítimas é mulher, mas também há meninos que são vítimas, assim como há mulheres pedófilas. A única constatação a que se chegou é que há um hiato de idade muito elevado entre pedófilo e criança e de que a maioria é homem. Mas o abusador pode ser uma pessoa bem vestida, moralista, que vai à Igreja. É um perfil muito enganador. Não se vê no olho quem é pedófilo. Há pessoas que usam de seus cargos, como religiosos, para praticar isso sob o manto de uma aparência correta. Agora, se nós nos aprofundarmos, vamos perceber distúrbios, patologias, uma sexualidade inadequada, uma infantilização da sexualidade e uma relação difícil na família.

UnB AGÊNCIA – Quais são as conseqüências para uma criança abusada sexualmente?
FALEIROS – O mais comum é ter alguma dificuldade no relacionamento sexual quando adulto, tanto na interação quanto no prazer. Em geral, é uma situação de sofrimento que pode chegar a transformar-se num trauma. É o que os psicólogos chamam de estresse pós-traumático. A pessoa vive uma situação de medo, de estresse, e pode ter, além do dano físico, descontrole dos esfíncteres, machucados, descuido consigo mesmo no vestuário, desconcentração, e um interesse exagerado pela sexualidade para a sua idade. Ela passa a olhar o mundo e a aproximar-se de pessoas de uma maneira não espontânea. O trauma acontece porque quem devia proteger é quem está abusando. Há uma inversão de papel. O protetor torna-se agressor, e isso desestabiliza a criança. Quem devia estar cuidando dela é quem está fazendo um ato inadequado para sua idade.

Fonte: Com informações de diganaoaerotizacaoinfantil.wordpress.com / Dourados Informa


De acordo com o presidente da SaferNet Brasil, Thiago Tavares, as crianças precisam ser direcionadas pelos pais para utilização da web. “Toda criança precisa de orientação, principalmente no sentido de nunca publicar informações pessoais em sites que possam levar à identificação do local onde vive e da rotina da família”, explica.

Segundo Tavares, as principais ferramentas utilizadas pelos pedófilos são os sites de relacionamento, salas de bate-papo e programas de mensagens instantâneas. “Para evitar problemas, os computadores devem sempre ser instalados nas áreas comuns da casa, onde os pais possam acompanhar a navegação do filho o tempo todo”, enfatiza.

Para ajudar os pais nessa orientação, a entidade disponibiliza gratuitamente no site www.safernet.org.br a cartilha ‘Diálogo Virtual’, onde estão destacadas diversas dicas de segurança. No site, a entidade também realiza uma pesquisa para conhecer os hábitos dos internautas brasileiros em relação à segurança na internet.

“A pedofilia é um tema que passou a ter destaque no País, até por conta da CPI do Senado, que já quebrou o sigilo de 21.591 álbuns privados do Orkut [site de relacionamento do Google]. Mas é importante que o tema continue sendo tratado com prioridade”, defende Tavares. (Fonte SaferNet)


ONDE DENUNCIAR
- Conselhos tutelares;
- Vara da infância e da juventude;
- Delegacias de proteção à criança e ao adolescente
- Sistema Nacional de Combate à Exploração Sexual Infanto-Juvenil
- Centro de Defesa da Criança e Adolescente
- http://www.catavento-cdca.org/index.html
- Campanha Nacional de Combate à Pedofilia na Internet
- http://www.censura.com.br
- Agência de Notícias dos Direitos da Infância
- http://www.andi.org.br
Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos (www.denunciar.org.br)
O telefone do Disque-Denúncia na cidade de São Paulo e região metropolitana é o 181. Para o resto do Estado, basta discar 0800-156315.
Veja também: Fotos na internet: é possível punir sim! | Conheça as armas contra o assédio sexual | Má ligação no cérebro pode causar pedofilia | Como denunciar casos de violência sexual

Denuncie

Quem suspeita de que uma criança esteja sofrendo agressão de qualquer forma deve encaminhar a denúncia para o Conselho Tutelar ou para o Ministério Público de sua cidade o mais rápido possível. Se ficar provado que a criança é vítima de maus tratos, o agressor será punido, e a guarda da criança passará a ser do parente mais próximo.

No caso de maus tratos, a pena varia de dois meses a um ano. Se a agressão resultar em lesão corporal de natureza grave, a pessoa pode pegar de 1 a 4 anos. Já no caso de morte, o agressor pode ser condenado de 4 a 12 anos.

DENUNCIANDO AO CONSELHO TUTELAR
Clique AQUI e consulte o endereço do Conselho Tutelar de sua cidade.

O Conselho Tutelar é o órgão responsável em fiscalizar se os direitos previstos no Conselho Tutelar trabalham cinco Conselheiros, escolhidos pela comunidade para um mandato de 3 anos, que são os principais responsáveis para fazer valer esses direitos e dar os encaminhamentos necessários para a solução dos problemas referentes à infância e adolescência.

Podem ser encaminhados para o Conselho Tutelar casos de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão que tenham como vítimas crianças ou adolescentes.

Ao receber denúncia de que alguma criança ou adolescentes está tendo seu direto violado, o Conselho Tutelar passa a acompanhar o caso para definir a melhor forma de resolver o problema.

Por exemplo, se os pais de uma criança ou adolescente não encontram vagas para seus filhos na escola, ou ainda, se a criança ou adolescente estiver precisando de algum tratamento de saúde e não for atendido, o Conselho Tutelar pode ser procurado. Nesses casos, o Conselho tem o poder de requisitar que os serviços públicos atendam a essas necessidades. Requisitar, aqui, não é mera solicitação, mas é a determinação para que o serviço público execute o atendimento.

Casos as requisições não sejam cumpridas, o Conselho Tutelar encaminhará o caso ao Ministério Público para que sejam tomadas as providências jurídicas.

AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DO CONSELHO TUTELAR SÃO:

receber a comunicação dos casos de suspeita ou confirmação de maus tratos e determinar as medidas de proteção necessárias;
determinar matricula e freqüência obrigatória em estabelecimento oficial de ensino fundamental, garantido assim que crianças e adolescentes tenham acesso à escola;
requisitar certidões de nascimento e óbito de crianças ou adolescentes, quando necessário;
atender e aconselhar pais ou responsáveis, aplicando medidas de encaminhamento a: programas de promoção à família, tratamento psicológico ou psiquiátrico, tratamento de dependência química;
orientar pais ou responsáveis para que cumpram a obrigação de matricularem seus filhos no ensino fundamental, acompanhando sua freqüência e aproveitamento escolar;
requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança;
encaminhar ao Ministério Público as infrações contra os direitos de crianças e adolescentes.

PEDOFILIA E ABUSO SEXUAL CONTRA CRIANÇAS

Texto confeccionado por Pedro Delgado de Paula, Advogado Trabalhista em Belo Horizonte mestrando em Direito do Trabalho pela PUC/MG.

1.INTRODUÇÃO

A pedofilia e o conseqüente abuso sexual contra menores talvez seja o maior ato de covardia de que um ser humano seja capaz.

Tal crime, atualmente muito exposto na mídia, em decorrência do caso Michael Jackson e um pouco menos recente, a divulgação de fitas de vídeo onde o famoso e bem conceituado médico ucraniano naturalizado brasileiro, Eugênio Chipkevitch, abusava sexualmente de crianças, seus pacientes, constitui-se num trauma que estas crianças carregarão para sempre em suas vidas.

Essa síntese pessoal tem por objetivo prestar maiores esclarecimentos sobre o assunto pedofilia e abuso sexual na infância, temas muito em voga no contexto atual e sempre.

2.O QUE É PEDOFILIA?

Segundo os especialistas, pedofilia é um distúrbio de conduta sexual, onde o indivíduo adulto sente desejo compulsivo, de caráter homossexual ou heterossexual, por crianças ou pré-adolescentes.

Esse distúrbio ocorre em função do sentimento de impotência e incapacidade de obter satisfação sexual com pessoas adultas e a maioria dos casos ocorrem com homens de personalidade tímida.

Na opinião dos pedófilos, pedofilia é uma orientação sexual, como heterossexualidade, homossexualidade ou bissexualidade. Clinicamente falando, um pedófilo é uma pessoa adulta que deseja sexo com crianças.

Defendem ainda que a palavra pedófilo significa “amante de crianças”, ou seja, amam as crianças. Argumentam que os verdadeiros pedófilos não se interessam exclusivamente por crianças para sexo... eles estão contentes na companhia de crianças. Amam e se preocupam com elas além de as desejar para a atividade sexual.

Por fim, sustentam que os pedófilos não são extremamente comuns, embora eles existam desde muitos séculos atrás, podendo um pedófilo ser, literalmente, quase qualquer um que você conheça. Justificam-se alegando que é por causa do estigma social ligado ao sexo entre adultos e crianças, que a maior parte dos pedófilos escondem o que eles são do mundo, pois enfrentam prisão por causa de suas visões.

3.PERFIL DO PEDÓFILO

Pedófilos podem ser heterossexuais, homossexuais e bissexuais. Podem ser homem ou mulher, mas muitos dos casos relatados são de homens casados, insatisfeitos sexualmente.

Geralmente são portadores de distúrbios emocionais que dificultam um relacionamento sexual saudável com suas esposas.

Ante esta dificuldade de um relacionamento sexual saudável e do sentimento de inferioridade e impotência perante o parceiro adulto, o pedófilo procura a segurança na ação sexual e no controle da situação diante da criança.

Trata-se de uma manifestação libidinosa muito ligada à impotência concreta, o olhar desejoso em relação à infância revela uma fantasia de domínio absoluto e transgressão. É como se a inocência da menina pudesse excitar a fragilidade do homem inseguro quanto à sua própria identidade sexual.

Na verdade, trata-se de doença e lesão no desenvolvimento da sexualidade e da personalidade, que pode se associar a comportamento doloso de natureza criminal (abuso sexual de menores), devendo esta realidade ser verificada com cautela para que o criminoso não se acoberte, debaixo das atenuantes de problemática emocional.

4.QUANDO A PEDOFILIA SE TRANSFORMA EM ABUSO SEXUAL DE CRIANÇAS

A partir do momento em que o desejo de se relacionar com crianças deixa de ser apenas um desejo, atravessando a barreira da imaginação para o contato real com a criança, a pedofilia deixa de ser apenas pedofilia para se tornar abuso sexual.

Abuso sexual constitui-se em todo e qualquer comportamento sexual inadequado com uma criança. Inclui carícias nos órgãos genitais da criança, do mesmo modo que a criança acariciando os órgãos genitais do adulto, relações sexuais, incesto, estupro, sodomia, exibicionismo e exploração sexual.

Estas atitudes, aliadas à ingenuidade e incapacidade de se defender das crianças, somados ainda ao medo, vergonha e humilhação que as mesmas sentem, ao terem consciência da violência que sofreram, constitui-se na maior covardia que o ser humano (termo inadequado para caracterizar quem pratica esta violência) pode cometer, sendo certo que estes monstros somente conhecem a verdadeira punição ao seu crime, não quando são presos e condenados pela Justiça, mas sim quando encontram-se com os criminosos comuns nos presídios, que se sensibilizam com este crime, e aplicam-lhes o verdadeiro corretivo.

5.SINAIS DE ABUSO SEXUAL

Geralmente a criança que sofre abuso sexual se sente demasiadamente humilhada, envergonhada e muitas vezes tem medo de contar para alguém a violência por que passou ou vem passando, assim, para se saber se uma criança foi vítima ou ainda vem sofrendo o abuso, é importante observar um ou mais dos seguintes comportamentos indicativos:

a)Brincadeira sexual persistente com outras crianças, elas próprias, brinquedos ou animais.

b)Dor inexplicada, inchaço, sangramento ou irritação na boca, área genital ou anal; infecções urinárias; doenças sexualmente transmissíveis.

c)Conhecimento sexual exibido por linguajar ou comportamento que estão além do que é normal para a idade delas.

d)Medo ou aversão de certas pessoas ou lugares.

e)Atividade sexual ou gravidez precoce.

f)Drogas ou problemas com álcool.

6.PREVENÇÃO DE ABUSO SEXUAL

Quatro pontos principais precisam ser ensinados a crianças:

a)Acredite nos seus sentimentos. Diga não!

b)Fuja!

c)Conte e continue contando até que alguém escute e acredite em você.

d)Nunca é sua culpa se alguém a/o tocar inapropriadamente.

É mais provável que a pessoa que abusa sexualmente da criança seja alguém que a criança conheça e confie, ao invés de um total desconhecido. Sendo assim, é importante que os pais e pessoas em que a criança confiem estejam sempre prontas a ouvir a criança, assim como acreditem, ou pelos menos investiguem quando o menor lhes procurarem.

Sabe-se que a maior parte dos abusos sexuais contra as crianças é praticado pelos próprios pais. Desta forma, é importante ensinar à criança a comunicar caso qualquer pessoa a toque de maneira desagradável ou que considere fora do comum.

7.A CRIANÇA E O ABUSO SEXUAL

A monstruosidade do abuso sexual de crianças, além de ser reprovável por si só, traz para o menor sérias conseqüências, conseqüências que carregará para o resto de sua vida.

Inicialmente é importante observar que o abuso sexual geralmente ocorre por parte dos pais da criança ou por alguma pessoa de sua confiança.

Sendo o abuso praticado por um dos pais, a criança, cuja base é sua família, principalmente representada pelos pais, se vê numa situação completamente desesperadora, pois não conta para o outro pai a violência sofrida, com medo de extinguir a sua família.

Por outro lado, se conta para o outro parente a violência sofrida, muitas vezes é tida como mentirosa, sofrendo repressão decorrente da fraqueza e medo do outro cônjuge de ver dissolvido o ‘casamento maravilhoso’, ficando assim covardemente entregue a uma vida marcada pela impunidade e covardia.

Quando o abuso é praticado pelos dois pais, pilares máximos de sua vida, resta ao menor apenas crescer e rezar para morrer, pois será descrente de qualquer valor que possa lhe ser transmitido.

Caso o abuso seja praticado por uma pessoa de sua confiança, isto lhe tirará qualquer possibilidade de vir a confiar em outra pessoa, sendo certo que o medo de contar para os pais esta humilhação, talvez lhe faça amargar para sempre esta lembrança.

Ressalte-se ainda que o abuso sexual da criança sempre lhe trará medo e vergonha, o que muitas vezes fará com que ela se cale ao invés de procurar por ajuda, para não ter que passar novamente pela humilhação de expor aos pais ou amigos, ou mesmo à autoridade policial, a violência que sofreu.

Por fim, chame-se a atenção para o fato de que em 100% dos casos de crianças molestadas sexualmente, as mesmas sofrerão de dificuldades sexuais ou emocionais na vida adulta.

8.CONCLUSÃO

Finalmente, como conclusão deste trabalho sobre pedofilia e abuso sexual da criança, vale transcrever as palavras de Freitag R, Lazoritz S, Kini N, no livro “Psychosocial aspects of child abuse for primary care pediatricians”, Pediatr Clin North Am 1998, Apr; 45 (2): 391-402:

“A infância é a imagem que se usa para chamar a atenção e elevar no espírito o sentimento de zelar pela inocência. A sociedade freqüentemente conclama para a proteção de nossas crianças e o fortalecimento da saúde familiar. Ao mesmo tempo, milhares de crianças experimentam a violência de maneira regular e suas vidas são irremediavelmente alteradas. Para essas crianças, os locais de violência não são a guerra da periferia das cidades ou o crime que domina as ruas, mas dentro das suas próprias casas.”

domingo, 3 de outubro de 2010O Perfil de um pedófilo
Crianças de nove a 11 anos são os alvos prediletos


Por Jacquelinne Rodrigues


A pedofilia é um distúrbio de conduta sexual e mental, em que o indivíduo sente desejo sexual por crianças ou adolescentes, ou se cansaram de relacionar com adultos por causa de seus casos frustrados passam e passam a desejar crianças como tentativa de algo "novo".


Segundo o Delegado de investigação Dr. Mariano, não há um perfil exato de pedófilo registrado no Brasil, mas a semelhança dos casos pode ajudar pais ou responsáveis a identificá-los. Geralmente são pessoas inseguras e se sentem inferiores no meio social; então a idéia de se relacionar com uma criança dá ao pedófilo um sentimento de poder, domínio da situação, e de nunca ser questionado.




A maioria dos casos registrados é de homens que abusaram de meninos, um percentual menor é os que abusaram de meninas. As mulheres pedófilas são em número menor, porém, buscam relações homossexuais. Em muitos casos, o individuo é parente ou tem livre acesso à família, causam agressões físicas e verbais, em decorrência de drogas ou alcoolismo. As vítimas costumam serem crianças de 12 anos para baixo. Quanto mais perturbado for o pedófilo mais ele vai buscar crianças entre quatro e seis anos de idade. Geralmente, têm preferência por meninas de nove a 11 anos, por já possuir aquele "jeitinho de menina".


Os pedófilos usam a internet como um meio para se "camuflar" da verdade. Enganam crianças e adolescentes se passando por mais novos e as convencem de uma realidade que não existe. Conquistam a confiança dando presentes ou falando de assuntos de interesse da vitima. Depois, quando se sentem à vontade conversam com câmeras em sites de relacionamentos com conversas obscenas, depois chegam até marcar encontros para abusar sexualmente. Segundo o delegado Mariano, "o crime só acontece se ocorrer o ato real, não o virtual".


“O pedófilo sempre tem noção de seus atos, e é isso que desperta o desejo. Por exemplo, em uma mulher estuprada o que mais excita o estuprador é a mulher não querer. Quanto mais ela pular, gritar, chorar, mais ele vai desejar a vítima. É a sensação de domínio, poder e ser mais forte, isso na mente do criminoso", diz José Roberto Paiva, psicanalista e sexologista do Programa de Orientação e Reabilitação Sexual.




O psicanalista também aconselha os pais no caso de descobrir que seu filho foi vítima de pedofilia, a sentar e conversar com a criança para que ela se sinta segura para contar a verdade, procurar saber quem foi e então partir para um procedimento legal. A pena criminal de um pedófilo pode variar de três anos ou mais, dependendo de quantos casos foram e o grau de violência do ato.

29/11/2009 - Cidades - Pedófilos preferem as crianças menos ativas



Cejane Pupulin


Crianças com baixa autoestima, com sentimento de abandono são as mais vulneráveis a serem vítimas de pedofilia. Em pesquisa realizada pelo Programa Repropondo: Atendimento Psicoterapêutico a Autores de Violência Sexual, desenvolvido pelo projeto Invertendo a Rota, coordenado pela psicóloga Karen Michel Esber, mostrou que um autor da agressão sexual afirmou que prefere crianças mais quietas e oprimidas, que não denunciam, diferentemente das crianças mais ativas.

O antropólogo, pesquisador e secretário executivo da Secretaria Estadual dos Direitos Humanos (Sedh), Benedito Rodrigues dos Santos, explica que essa vulnerabilidade da criança faz com que elas não se defendem e se sintam diferente das outras. A falta de supervisão em casa torna o menor em uma presa. “Qualquer que seja a vulnerabilidade, o adulto é que deve impor o limite, ele não pode ultrapassar a barreira ética e moral”, explica.

De acordo com a titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Adriana Accorsi, há um perfil geral da vítima, que são crianças humildes, de áreas periféricas e de famílias destruídas. “Sabemos que há pedofilia em todos os lugares, mas em setores de classe média ou alta são dificilmente revelados, há o medo de vexame”, explica a delegada. Ela complementa que esse é o grande motivo das subnotificações dos casos de agressão sexual contra menores, apenas cerca de 20% são notificados.

Adriana afirma que mais da metade das vítimas de abuso sexual são meninas, sendo a maior são da faixa etária de 5 a 12 anos. Números da delegacia mostram que, de janeiro a julho deste ano, 37 menores foram vítimas de estupro em Goiânia. No mesmo período do ano passado, foram 33. Durante todo o ano de 2008, 56 crianças e adolescentes foram agredidas sexualmente.


Motivos não são apenas sexuais

A psicóloga Karen Michel Esber atendeu reeducandos do Complexo da Agência Goiana do Sistema Prisional e adolescentes em privação de liberdade do Centro de Internação de Adolescentes (CIA), e explica que existe apenas um perfil das pessoas presas por pedofilia. “Elas não têm condições financeiras para conseguir a liberdade.”

“Não existe perfil do pedófilo”, afirma a psicóloga Karen Michel Esber. O agressor pode ser de qualquer classe social, cor, raça e estado civil. Grande parte dos que cometem o crime não é pedófilo, isso é, não tem diagnóstico clínico desse transtorno psicológico. Segundo Karen, não é toda pessoa que apresenta pedofilia no quadro clínico comete o abuso sexual, e nem todos os agressores sexuais são pedófilos. “A grande parte dos agressores não são pedófilos”, explica.

A psicóloga afirma que um pedófilo pode ter vários motivos para cometer o delito. Para Karen, os motivos não são apenas sexuais – onde há jogos de sedução, mas há a vingança – em que o autor desconta a infância infeliz, oportunismo e também as relações de poder. “Os autores não são uma categoria específica”, explica.

Karen Michel Esber afirmou que nem sempre o agressor faz parte da família, mas são conhecidos. Inicialmente eles seduzem a família e, posteriormente, a criança.

“Como são amigos, os pedófilos têm liberdade de levar a criança para o parque ou cinema e nesses passeios, onde começa os contatos físicos, como mão na perna da criança”.

Nesses casos, a terapeuta informa que esse tipo de agressor não usam de violência e não deixa marcas físicas, que são facilmente comprovadas no exame de corpo e delito “Eles praticam o sexo oral ou masturbam a criança”.

A delegada Adriana informa que 99% dos agressores possuem relação de poder com a criança, seja econômica, religiosa ou sentimental. São padrastos, pais, avós, representantes religiosos. “Há aumento de casos de abuso sexual de pessoas ligadas à crença. Os pastores, padres, professores de música das igrejas têm a confiança da família da criança. Eles ganham acesso livre à residência e à vítima”.

Os pedófilos são na grande maioria homens. Para Karen, a mulher também pode ser a agressora, mas a figura feminina é vista como cuidadora, a avó, babá, a mãe. “O abuso feminino é muito difícil de detectar, já que ela é a responsável pela higiene física da criança. O menor não sabe diferenciar se a mãe está limpando ou abusando”. A delegada da DPCA afirma que as mulheres geralmente são presas por omissão de socorro a vítima.


Pais devem ensinar filhos a se defender

A psicóloga explica que os pais podem prevenir com a educação que o menor seja vítima de abuso. “Ensinamos para as nossas crianças ter cuidado com estranhos, drogados, mas não com os pais, tios ou pessoas próximas. Devemos ser menos moralistas e oferecer educação sexual”.

O antropólogo Benedito afirma que a própria criança necessita ser ensinada a se defender. “Devemos dar autonomia para os menores. Essa capacitação também é função da escola, com ações preventivas para a criança conhecer os sinais de abuso sexual”. Para o pesquisador, muitas famílias não conseguem dialogar com os filhos.

“O índice de agressores que sofreram abuso quando criança é maior, mas não é determinante”, afirma a terapeuta. Ela complementa que não basta apenas tratar a vítima, mas o agressor. “Reconhecer a história de vida dos pedófilos não significa justificar. Curar o agressor para que quando ele sair da prisão não volte a cometer o delito”.


Vítima

No dia 24, um menino de 8 anos foi estuprado em um banheiro do Educandário Rainha da Paz, na Vila União. O crime foi descoberto pela mãe do garoto quando o filho teria reclamado de dores na região anal alegando uma possível assadura. Ao analisar, a mãe percebeu a existência de sêmen no corpo do filho, e informou o pai, que procurou a polícia.

O garoto disse que denunciou o abuso à professora, que não avisou a polícia. De acordo com relatos do estudante, um andarilho que teria pedido para usar o banheiro pouco antes da queixa do menino poderia ser o autor.

O menino fez exame de corpo de delito, que confirmou o abuso. A direção da escola nega a denúncia do aluno à professora, mas a Polícia Civil informou que acredita na história do garoto porque ele manteve coerência desde o início da denúncia.

Fonte: Hoje - 29/11/2009

PEDOFILIA E PEDÓFILOS





PEDOFILIA E PEDÓFILOS

Nome muito usado e conhecido nos dias de hoje. Quem pratica a pedofilia é alcunhado de pedófilo. Inúmeras indagações foram feitas acerca dos pedófilos. Seria um distúrbio da personalidade, um distúrbio mental ou uma cultura da exacerbação do sexo patrocinada de mídia e os meios de comunicações? Alguns estudiosos e curiosos a definem da maneira seguinte: “A pedofilia, atualmente, é definida simultaneamente como doença, distúrbio psicológico e desvio sexual (ou parafilia) pela Organização Mundial de Saúde. Nos manuais de classificação dos transtornos mentais e de comportamento encontramos essa categoria diagnóstica.

Caracteriza-se pelo ato e pelo fato da atração sexual de pessoas adultas ou adolescentes por crianças. O simples desejo sexual, independente da realização do ato sexual, já caracteriza a pedofilia. Não é preciso, portanto que ocorram relações sexuais para haver pedofilia. O fato de ser considerada um transtorno, não reduz a necessidade de campanhas de esclarecimento visando à proteção de nossas crianças e adolescentes e nem tira a responsabilidade do pedófilo pela transgressão das barreiras geracionais”. Perversão caracterizada pela atração sexual de adulto por criança, com prática de atos sexuais de adulto com criança que reflete uma atração erótica por crianças.

A palavra deriva do grego ped (o)- + -filia caracterizando-se por uma forte parafilia representada por desejo forte e repetida de práticas sexuais e de fantasias sexuais com crianças pré-púberes. A parafilia é caracterizada por cada um de um grupo de distúrbios psicossexuais em que o indivíduo sente necessidade imediata, repetida e imperiosa de ter atividades sexuais, em que se incluem, por vezes, fantasias com objeto não humano, auto-sofrimento ou auto-humilhação, ou sofrimento ou humilhação, consentidos ou não, de parceiro. Deste grupo fazem parte o exibicionismo, o fetichismo, a frottage, a pedofilia, o masoquismo sexual, o sadismo sexual e o voyeurismo.

A frottage é um tipo de parafilia em que um indivíduo se satisfaz sexualmente esfregando-se contra outra pessoa, como, por exemplo, em aglomerações, e não há ocorrência de contato genital especifico. Para determinadas culturas esse modelo de esfregação chama-se “ato de pinar”. A pornografia infantil pode apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive rede mundial de computadores ou internet, fotografias, imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo crianças e pré-adolescentes. O atentado violento ao pudor é os dos casos de pedofilias mais conhecidos e praticados. O que seria atentado violento ao pudor? Embrenhando-se pelos caminhos tortuosos da internet, rede mundial de computadores, encontramos um site simples, mas muito proveitoso o http://www.mscontraapedofilia.ufms.br/. Ato violento ao pudor nada mais é do que a prática de atos libidinosos cometidos mediante violência ou grave ameaça. São considerados atos libidinosos aqueles que impliquem em contato da boca com o pênis, com a vagina, com os seios, com o ânus, ou a manipulação erótica destes órgãos com a mão ou dedo.

Também atos que impliquem na introdução do pênis no ânus, no contato do pênis com o seio ou na masturbação mútua. Só é considerada pedofilia os casos envolvendo praticados contra menores de 14 anos. O perfil do pedófilo já é bastante conhecido e um cuidado maior com suas crianças se faz necessário, os pais jamais podem ser omissos. Rastreamentos feitos pela polícia mostram que jovens de classe média com idade entre 17 e 24 anos são considerados os principais produtores de imagens de crianças violentadas. Suas vítimas, na grande maioria dos casos, são menores de sua própria família. Os compradores dessa produção têm um perfil diferente. Normalmente são solteiros, tem pouco mais de 40 anos e costumam ser profissionais liberais. A pedofilia na internet é alimentada de formas variadas. De um lado estão as pessoas que produzem, vendem ou disponibilizam gratuitamente as imagens de sexo envolvendo criança, e do outro estão àqueles internautas que consomem esse material.

Um aspecto assustador hoje são as associações ativistas “pró-pedofilia” que argumentam que a pedofilia não é uma doença, mas uma orientação sexual e que a sociedade deve reconhecer e legitimar isso. Esses ativistas defendem intransigentemente os intercursos sexuais entre adultos e crianças. Já existe a disposição dos pais uma cartilha bem elaborada e bem feita, que ensina aos pais ou responsáveis como se prevenir dos pedófilos. Vejam as artimanhas usadas pelos pedófilos brasileiros que além de abusarem crianças, estão numa posição não muito boa para o governo. De acordo com a Associação Italiana para a Defesa da Infância, o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial de sites dedicados à pornografia infantil (a entidade trabalha com informações do FBI, a Polícia Federal americana). Matéria publicada na revista “Isto É”, em março de 2006, mostra que no ano 2000 o mercado mafioso da pedofilia movimentou cinco bilhões de dólares em todo o mundo.

Em 2005 a estimativa é que esse mercado tenha movimentado 10 bilhões de dólares, ou seja, dobrou em apenas cinco anos. Nesses 10 bilhões está embutida a venda de fotografias e vídeos que mostram crianças sendo abusadas e fazendo sexo com adultos e até com animais. Pasmem: “Uma foto de criança sendo violentada chega a valer 100 dólares. Um vídeo de 5 minutos vale até 1000 dólares. Quanto menor a idade, maior o valor da foto ou vídeo”. A denúncia é de muita valia e você pode denunciar nos seguintes órgãos: Proteger as crianças é dever de todos nós. Quem denuncia salva! No Brasil o órgão responsável por fiscalizar e investigar a prática de pedofilia na internet é a Polícia Federal. Porém, as denúncias também podem ser encaminhadas a outras entidades, que rapidamente as repassam ao órgão competente. Outros órgãos estão na lista: no âmbito estadual CDDH e Ministério Público Estadual, a nível nacional Polícia Federal, Safernet Brasil, Ministério Público Federal/Site Censura e na área internacional a Interpol e a FBI e denúncias de Lan Houses - Polícia Militar: 181 (disque denúncia).

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-A AOUVIR E ALOMERCE
Autor: Antonio Paiva Rodrigues

PEDOFILIA E ABUSO SEXUAL CONTRA CRIANÇAS
1.INTRODUÇÃO

A pedofilia e o conseqüente abuso sexual contra menores talvez seja o maior ato de covardia de que um ser humano seja capaz.

Tal crime, atualmente muito exposto na mídia, em decorrência do caso Michael Jackson e um pouco menos recente, a divulgação de fitas de vídeo onde o famoso e bem conceituado médico ucraniano naturalizado brasileiro, Eugênio Chipkevitch, abusava sexualmente de crianças, seus pacientes, constitui-se num trauma que estas crianças carregarão para sempre em suas vidas.

Essa síntese pessoal tem por objetivo prestar maiores esclarecimentos sobre o assunto pedofilia e abuso sexual na infância, temas muito em voga no contexto atual e sempre.

2.O QUE É PEDOFILIA?

Segundo os especialistas, pedofilia é um distúrbio de conduta sexual, onde o indivíduo adulto sente desejo compulsivo, de caráter homossexual ou heterossexual, por crianças ou pré-adolescentes.

Esse distúrbio ocorre em função do sentimento de impotência e incapacidade de obter satisfação sexual com pessoas adultas e a maioria dos casos ocorrem com homens de personalidade tímida.

Na opinião dos pedófilos, pedofilia é uma orientação sexual, como heterossexualidade, homossexualidade ou bissexualidade. Clinicamente falando, um pedófilo é uma pessoa adulta que deseja sexo com crianças.

Defendem ainda que a palavra pedófilo significa “amante de crianças”, ou seja, amam as crianças. Argumentam que os verdadeiros pedófilos não se interessam exclusivamente por crianças para sexo... eles estão contentes na companhia de crianças. Amam e se preocupam com elas além de as desejar para a atividade sexual.

Por fim, sustentam que os pedófilos não são extremamente comuns, embora eles existam desde muitos séculos atrás, podendo um pedófilo ser, literalmente, quase qualquer um que você conheça. Justificam-se alegando que é por causa do estigma social ligado ao sexo entre adultos e crianças, que a maior parte dos pedófilos escondem o que eles são do mundo, pois enfrentam prisão por causa de suas visões.

3.PERFIL DO PEDÓFILO

Pedófilos podem ser heterossexuais, homossexuais e bissexuais. Podem ser homem ou mulher, mas muitos dos casos relatados são de homens casados, insatisfeitos sexualmente.

Geralmente são portadores de distúrbios emocionais que dificultam um relacionamento sexual saudável com suas esposas.

Ante esta dificuldade de um relacionamento sexual saudável e do sentimento de inferioridade e impotência perante o parceiro adulto, o pedófilo procura a segurança na ação sexual e no controle da situação diante da criança.

Trata-se de uma manifestação libidinosa muito ligada à impotência concreta, o olhar desejoso em relação à infância revela uma fantasia de domínio absoluto e transgressão. É como se a inocência da menina pudesse excitar a fragilidade do homem inseguro quanto à sua própria identidade sexual.

Na verdade, trata-se de doença e lesão no desenvolvimento da sexualidade e da personalidade, que pode se associar a comportamento doloso de natureza criminal (abuso sexual de menores), devendo esta realidade ser verificada com cautela para que o criminoso não se acoberte, debaixo das atenuantes de problemática emocional.

4.QUANDO A PEDOFILIA SE TRANSFORMA EM ABUSO SEXUAL DE CRIANÇAS

A partir do momento em que o desejo de se relacionar com crianças deixa de ser apenas um desejo, atravessando a barreira da imaginação para o contato real com a criança, a pedofilia deixa de ser apenas pedofilia para se tornar abuso sexual.

Abuso sexual constitui-se em todo e qualquer comportamento sexual inadequado com uma criança. Inclui carícias nos órgãos genitais da criança, do mesmo modo que a criança acariciando os órgãos genitais do adulto, relações sexuais, incesto, estupro, sodomia, exibicionismo e exploração sexual.

Estas atitudes, aliadas à ingenuidade e incapacidade de se defender das crianças, somados ainda ao medo, vergonha e humilhação que as mesmas sentem, ao terem consciência da violência que sofreram, constitui-se na maior covardia que o ser humano (termo inadequado para caracterizar quem pratica esta violência) pode cometer, sendo certo que estes monstros somente conhecem a verdadeira punição ao seu crime, não quando são presos e condenados pela Justiça, mas sim quando encontram-se com os criminosos comuns nos presídios, que se sensibilizam com este crime, e aplicam-lhes o verdadeiro corretivo.

5.SINAIS DE ABUSO SEXUAL

Geralmente a criança que sofre abuso sexual se sente demasiadamente humilhada, envergonhada e muitas vezes tem medo de contar para alguém a violência por que passou ou vem passando, assim, para se saber se uma criança foi vítima ou ainda vem sofrendo o abuso, é importante observar um ou mais dos seguintes comportamentos indicativos:

a)Brincadeira sexual persistente com outras crianças, elas próprias, brinquedos ou animais.

b)Dor inexplicada, inchaço, sangramento ou irritação na boca, área genital ou anal; infecções urinárias; doenças sexualmente transmissíveis.

c)Conhecimento sexual exibido por linguajar ou comportamento que estão além do que é normal para a idade delas.

d)Medo ou aversão de certas pessoas ou lugares.

e)Atividade sexual ou gravidez precoce.

f)Drogas ou problemas com álcool.

6.PREVENÇÃO DE ABUSO SEXUAL

Quatro pontos principais precisam ser ensinados a crianças:

a)Acredite nos seus sentimentos. Diga não!

b)Fuja!

c)Conte e continue contando até que alguém escute e acredite em você.

d)Nunca é sua culpa se alguém a/o tocar inapropriadamente.

É mais provável que a pessoa que abusa sexualmente da criança seja alguém que a criança conheça e confie, ao invés de um total desconhecido. Sendo assim, é importante que os pais e pessoas em que a criança confiem estejam sempre prontas a ouvir a criança, assim como acreditem, ou pelos menos investiguem quando o menor lhes procurarem.

Sabe-se que a maior parte dos abusos sexuais contra as crianças é praticado pelos próprios pais. Desta forma, é importante ensinar à criança a comunicar caso qualquer pessoa a toque de maneira desagradável ou que considere fora do comum.

7.A CRIANÇA E O ABUSO SEXUAL

A monstruosidade do abuso sexual de crianças, além de ser reprovável por si só, traz para o menor sérias conseqüências, conseqüências que carregará para o resto de sua vida.

Inicialmente é importante observar que o abuso sexual geralmente ocorre por parte dos pais da criança ou por alguma pessoa de sua confiança.

Sendo o abuso praticado por um dos pais, a criança, cuja base é sua família, principalmente representada pelos pais, se vê numa situação completamente desesperadora, pois não conta para o outro pai a violência sofrida, com medo de extinguir a sua família.

Por outro lado, se conta para o outro parente a violência sofrida, muitas vezes é tida como mentirosa, sofrendo repressão decorrente da fraqueza e medo do outro cônjuge de ver dissolvido o ‘casamento maravilhoso’, ficando assim covardemente entregue a uma vida marcada pela impunidade e covardia.

Quando o abuso é praticado pelos dois pais, pilares máximos de sua vida, resta ao menor apenas crescer e rezar para morrer, pois será descrente de qualquer valor que possa lhe ser transmitido.

Caso o abuso seja praticado por uma pessoa de sua confiança, isto lhe tirará qualquer possibilidade de vir a confiar em outra pessoa, sendo certo que o medo de contar para os pais esta humilhação, talvez lhe faça amargar para sempre esta lembrança.

Ressalte-se ainda que o abuso sexual da criança sempre lhe trará medo e vergonha, o que muitas vezes fará com que ela se cale ao invés de procurar por ajuda, para não ter que passar novamente pela humilhação de expor aos pais ou amigos, ou mesmo à autoridade policial, a violência que sofreu.

Por fim, chame-se a atenção para o fato de que em 100% dos casos de crianças molestadas sexualmente, as mesmas sofrerão de dificuldades sexuais ou emocionais na vida adulta.

8.CONCLUSÃO

Finalmente, como conclusão deste trabalho sobre pedofilia e abuso sexual da criança, vale transcrever as palavras de Freitag R, Lazoritz S, Kini N, no livro “Psychosocial aspects of child abuse for primary care pediatricians”, Pediatr Clin North Am 1998, Apr; 45 (2): 391-402:

“A infância é a imagem que se usa para chamar a atenção e elevar no espírito o sentimento de zelar pela inocência. A sociedade freqüentemente conclama para a proteção de nossas crianças e o fortalecimento da saúde familiar. Ao mesmo tempo, milhares de crianças experimentam a violência de maneira regular e suas vidas são irremediavelmente alteradas. Para essas crianças, os locais de violência não são a guerra da periferia das cidades ou o crime que domina as ruas, mas dentro das suas próprias casas.”

Pedofilia no Brasil



A pedofilia é um desvio de personalidade de um individuo colocando em evidência suas preferências sexuais, mas fazendo parte de um grupo chamado de parafilia. O pedófilo pode ser adolescente e pessoas com idade superior de 16 anos, e suas preferências são crianças menores de 13 anos.

O perfil do pedófilo sempre está relacionado há pessoas ligadas as próprias crianças (parentes ou não). E cada vez mais aumento o índice de pedófilos principalmente no Brasil onde existe uma rigorosa investigação sobre o fato. De acordo com pesquisas a pedofilia aumentou através de sites de relacionamentos que são acessíveis na internet sem qualquer meio de proibição, onde essas pessoas aproveitam para trocar com outras pessoas vídeos de sexo com as crianças vitimas do abuso dessas pessoas e também pessoas estrangeiras que estão em contatos com aliciadores de menores aqui no Brasil e que saem de seus países para vir até aqui para abusar das nossas crianças.

Rastreamentos feitos pela polícia mostram que jovens de classe média com idade entre 17 e 24 anos são considerados os principais produtores de imagens de crianças violentadas. Suas vítimas, na grande maioria dos casos, são menores de sua própria família. Os compradores dessa produção tem um perfil diferente. Normalmente são solteiros, tem pouco mais de 40 anos e costumam ser profissionais liberais. A pedofilia na internet é alimentada de formas variadas. De um lado estão as pessoas que produzem, vendem ou disponibilizam gratuitamente as imagens de sexo envolvendo criança, e do outro estão aqueles internautas que consomem esse material.

Um aspecto assustador hoje são as associações ativistas “pró-pedofilia” que argumentam que a pedofilia não é uma doença, mas uma orientação sexual e que a sociedade deve reconhecer e legitimar isso. Esses ativistas defendem intransigentemente os intercursos sexuais entre adultos e crianças.

De acordo com a Associação Italiana para a Defesa da Infância, o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial de sites dedicados à pornografia infantil (a entidade trabalha com informações do FBI, a polícia federal americana). Matéria publicada na revista “Isto É”, em março de 2006, mostra que no ano 2000 o mercado mafioso da pedofilia movimentou 5 bilhões de dólares em todo o mundo. Em 2005 a estimativa é que esse mercado tenha movimentado 10 bilhões de dólares, ou seja, dobrou em apenas 5 anos. Nesses 10 bilhões estão embutidos a venda de fotografias e vídeos que mostram crianças sendo abusadas e fazendo sexo com adultos e até com animais.



Código Penal Brasileiro sofreu algumas alterações junto com ECA(Estatuto da Criança e do Adolescente) com as leis nº 11.829/08 e 12.015/09 trazendo maior clareza no âmbito de punibilidade há todos que praticam e divulgam materiais do abuso contra esses menores.



"A internet revolucionou a vida das pessoas e transformou a forma de propagação do conhecimento como era tratado anteriormente, de maneira convencional, não se podendo conceber, hoje, trabalhar nas mais diversas áreas sem a utilização da "internet".
Junto com os avanços trazidos pela internet, surgem formas de propagar desvios de conduta e prática de crimes, como a PEDOFILIA, com a mesma facilidade registrada no caso dos avanços lícitos.
Infelizmente, o que se registra, é o avanço e "aprimoramento" de meios e facilidades trazidos pela internet, para atender a lascívia de adultos criminosos, portadores de desvios de conduta e patologias, que utilizam-se inescrupulosamente de crianças e adolescentes, em situações que nem sempre são plenamente protegidas pela legislação.
A agilidade e privacidade proporcionada pela internet são fatores que dificultam o enfrentamento da questão, não sendo possível deixar de considerar, o imenso paradoxo que se registra ao confrontar a velocidade com que se propagam os conhecimentos através da rede da internet e a tradicional lentidão da justiça causada em grande parte pela lerdeza das leis processuais que engessam a condução vigorosa e eficaz do processo legal.
O Ministério Público, adequando-se a esta nova realidade, discute e mobiliza-se em âmbito Nacional, buscando formas de enfrentamento eficaz deste novo desafio.
As recentes conquistas do Ministério Público Federal em embates travados contra o GOOGLE e o ORKUT, confirmam que nenhuma empresa instalada no território nacional está acima da Lei, e estabelece um precedente de grande valor no combate aos crimes sexuais contra crianças na internet.
Neste contexto, a mobilização da sociedade, assume vital importância na busca de alternativas legais mais abrangentes, ágeis e rigorosas.
O País que estamos construindo, depende da forma como tratamos nossas crianças, e estas, dependem da vontade dos adultos que na maioria esmagadora das vezes, é o seu algoz e viola seus direitos fundamentais, seja no silêncio do lar ou nas estruturas públicas insuficientes, ou ineficazes.
A responsabilidade pela construção de uma sociedade sadia e que respeita sua infância, depende dos valores e do poder de luta de seu povo". (Ariadne de Fátima Cantú da Silva
Promotora de Justiça )





A esperança de um futuro melhor vem e prevalece no sorriso e na inocência de uma criança, e ninguém tem o direito de apagar isso dela. Para combater esse ato de crueldade contra nossa crianças, basta que todos declarem uma luta diária contra essas pessoas que alguns chamam de doentes. Salientando que os maiores combatentes da pedofilia são os senadores Romeu Tuma e o Magno Malta, cujo estão fazendo um trabalho maravilhoso investigando e denunciando todos os pedófilos no Brasil. Familiares devem perder o medo, pessoas começarem a denunciar, só assim podemos mudar esses números que realmente é assustador no país que mais fala do futuro das crianças. Será que zelar pela dignidade do futuro, é algo tão difícil para nosso lideres?



Artigo escrito por:

Sabrina Gabriela Nicolau Barzagli

Estudante do Curso de Direito da UNIFEOB

SJBV-SP

30/04/2008


Problema da pedofilia na internet tem sido tema freqüente abordado pela mídia nas últimas semanas


do clipping da ANDI

Polícia Federal defende em reunião da CPI da Pedofilia o controle nas salas de bate-papo na internet - No dia 23 de abril, em reunião da CPI da Pedofilia, peritos do Instituto Nacional de Criminalística (INC) da Polícia Federal defenderam a criação de uma lei que torne obrigatório o controle do uso de computadores em cyber cafés e salas de bate-papo na Internet.

Para o chefe do Serviço de Perícias em Informática do INC, Marcos Vinícius Lima, a identificação do usuário e o registro das trocas de mensagens são fundamentais para investigação de crimes cibernéticos. Segundo Lima, não existe regulamentação no setor e por isso qualquer pessoa pode entrar em salas de bate-papo sem qualquer identificação e, a partir daí, cometer crimes como o desvio de dinheiro de contas bancárias ou exploração de imagens sexuais de crianças.

Durante audiência naquele mesmo dia, o diretor de comunicação da empresa Google, Félix Ximenes, anunciou a criação de filtros no site de relacionamentos Orkut para impedir a divulgação de fotos e textos suspeitos. De acordo ele, a nova ferramenta contará com mecanismos semelhantes aos já usados para reprimir a veiculação de pirataria pela rede. Ainda foram entregues dados sobre 3.261 páginas privadas da rede, suspeitas de conter material de estímulo e divulgação de pedofilia.

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CPI da Pedofilia vai propor leis mais efetivas, diz senador - Em entrevista, o presidente da CPI da Pedofilia, o senador Magno Malta (PR), critica a atual legislação para crianças e adolescentes, que não criminaliza a posse de material de pedofilia. Ele afirma ainda que a Comissão não vai investigar somente a internet, mas também vai inaugurar uma "nova cultura" de aprovar leis ainda em andamento.

“Vamos construir instrumentos de inclusão social e de esclarecimento. Vamos usar os meios de comunicação para veicular orientações sobre prevenção. O pedófilo, por mais pobre ou rico que seja, saberá que existe uma lei que será cumprida”, diz. O parlamentar explica que os principais projetos que a CPI vai propor para alterar a legislação serão relacionados à tipificação do crime. “Vamos propor instrumentos de combate à pedofilia na internet e instrumentalizar os órgãos repressores. Queremos também uma lei que dê oportunidade de tratamento para um pedófilo que se julgue doente. Não será só punição, mas também integração, socialização, criação de dignidade para aqueles que querem”, diz.

SaferNet – Levantamento da ONG SaferNet, que recebe e encaminha denúncias de crimes e violação aos Direitos Humanos, mostra que o estado de São Paulo lidera o ranking em número de denúncias de crimes virtuais do País. Das violações via internet, registradas até 10 de março deste ano, a pornografia infantil é o mais presente, com mais de 35 mil denúncias em todo País.

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CPI da Pedofilia recebe sete DVD’s do Google - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia do Senado recebeu, em meados de abril, sete DVD’s da empresa Google, contendo fotos e cenas de abuso sexual de crianças veiculadas pelo site de relacionamentos Orkut.

A Google havia enviado à CPI um HD (disco rígido) com as informações de 3.200 álbuns privados do Orkut. Mas segundo o presidente da CPI, senador Magno Malta (PR-ES), o HD dificulta o trabalho de identificação das pessoas envolvidas em uma rede de pedofilia, enquanto os DVD’s irão facilitar esse trabalho. Ele estima que cerca de 200 indivíduos estejam envolvidos.

“Nós quebramos o sigilo deles. Nesses DVD’s estão as imagens (de abusos sexual)”, informou. Todo o material foi guardado em um cofre no Senado e apenas os peritos, o relator senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e o presidente da CPI terão acesso ao material. Os DVD’s serão periciados por técnicos da Polícia Federal (PF), do Ministério Público Federal (MPF) e do Secretaria Especial de Informática do Senado (Prodasen).

Disque denúncia - Magno Malta anunciou iria propor no Senado a criação de um disque denúncia 0800 para serem feitas as denúncias sobre pedofilia em todo o Brasil. Ele informou também que vai propor a criação de CPI’s em todas as Assembléias Legislativas e Câmara de Vereadores para apurar denúncias.

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Mais da metade dos jovens brasileiros está vulnerável à pedofilia na internet - A Folha de S. Paulo dedicou o caderno de informática desta semana para mostrar como funciona a rede de pedofilia na Internet e dá dicas de como aumentar a segurança na navegação de crianças e adolescentes.

Segundo dados do Comitê Gestor da Internet, no Brasil e no mundo, mais da metade (59%) dos brasileiros de 10 a 15 anos usam a rede mundial de computadores, podendo ser alvos de crime de pornografia infantil on-line.

Em abril, a Internet Watch Fundation, fundação do Reino Unido que recebe denúncias de crimes on-line divulgou um relatório que mostra que existem cerca de 3 mil sites de divulgação pornográfica envolvendo jovens no mundo. E que 80% deles operam de forma comercial, em um mercado criminoso que pode chegar a ser bilionário, de acordo com as estatísticas.

O presidente da ONG SaferNet Brasil, Thiago Tavares, explica que os pedófilos exploram a internet produzindo e difundindo imagens pornográficas de meninos e meninas, promovendo o turismo sexual infanto-juvenil, aliciando vítimas e fazendo apologia e incitação ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.

De acordo com o delegado titular da 4ª Delegacia de Delitos por Meios Eletrônicos de São Paulo, Ubiracyr Pires da Silva, outra forma de exploração sexual da infância na web é a extorsão. Criminosos usam câmeras para conseguir imagens de meninas e meninos para, em seguida, chantagear suas famílias.

Segurança – Especialistas em segurança na internet recomendam que os pais deixem o computador em uma área comum da casa, para facilitar o monitoramento das atividades dos filhos na rede. O diálogo aberto também é citado como uma das principais formas de prevenir os abusos. "Se a criança ou o adolescente está conectado e procura fechar rapidamente a tela ou não quer contar sobre as novas descobertas, é preciso estabelecer uma conversa. São sinais de alerta que podem indicar que está ocorrendo abuso on-line", afirma Ana Maria Drummond, diretora-executiva do Instituto Childhood Brasil.

Perfil – Apesar de reiterar que, em casos de pedofilia, nem sempre há regras ou características bem definidas em relação ao criminoso, a Polícia Federal (PF) conseguiu delinear um perfil do pedófilo que age na internet. Na maioria dos casos, o explorador é um homem entre 30 e 45 anos, solteiro, que mora sozinho, é reservado, inseguro, tem dificuldade de manter relações afetivas por muito tempo e, em alguns casos, cansou de consumir pornografia adulta, migrando para a pedofilia.

Segundo a PF, o perfil das crianças que aparecem nas fotos e nos vídeos utilizados por pedófilos no País vem sofrendo alteração. "A maioria das imagens difundidas no Brasil ainda é de crianças estrangeiras, o que a gente sabe pelo cenário e pelas características físicas das crianças. Mas acreditamos que o número de crianças brasileiras expostas aumentou, por causa da popularização de câmeras e da internet", explica o delegado da divisão de direitos humanos da Polícia Federal, Felipe Seixas.

Fonte: O Globo (RJ), Jailton de Caravalho; Correio Braziliense (DF); Jornal de Brasília (DF); Estado de São Paulo (SP), Rosa Costa; Estado de Minas (MG); O Tempo (MG), Murilo Rocha; Folha de S. Paulo (SP); Diario de Pernambuco (PE); Jornal do Commercio (PE) – (24/4); Jornal de Brasília (DF), Junia Gama; O Popular (GO) Carla de Oliveira – (27/4); Jornal do Dia (SE), Iolando Lourenço – (29/4); Folha de S. Paulo (SP), Daniela Arrais e Gustavo Villa Boas – (30/4)

Como proteger nossas crianças contra a Pedofilia
21 de abril de 2010
Impor uma ação para impedir que nossas crianças venham a ser atacadas por um pedófilo na Internet não é uma tarefa fácil. Temos obrservado uma tecnologia galopante sendo aberta diante dos olhos de jovens e de crianças, tecnologia que não consegue ser seguida pela maioria dos pais. Diante disto, como orientar uma criança contra um ataque de pedófilos que estão aos milhares nos sites web e mesmo em lugares tão comuns, como os messengers (bate-papo)? A escola assume uma grande responsabilidade como aliada desta campanha na orientação das crianças.

O que sabemos é que um pedófilo não porta um perfil de pedófilo e na maioria dos casos o pedófilo é um amigo da família, tem o concentimento da família e pior, é amigo da criança. Partindo deste ponto, a criança aceita o abuso, por mais chocante que isto possa parecer. Sendo um ser humano em formação, sua curiosidade ajuda mais do que tudo ao pedófilo.

O controle parental utilizado por um número cada vez maior de pais é necessário, mas ajuda pouco no que se refere à impedir o acesso a sites de pedofilia. Não creia você que os sites pedófilos se encontram neste nivel de interdição. Eles são colocados no ar com função «non-clic» o que interdita os robôs de sites como Google, Alta Vista e Yahoo de tetectá-los. Os sites pedófilos são mantidos em segredo, escondidos e são apresentados nos bate-papos (messengers etc). Claro que no Orkut eles existem em grande quantidade, mas pouco a pouco, aqueles acessíveis à Polícia Federal brasileira, vão sendo fechados, mas ainda resta muito a fazer na Internet e diariamente as denúncias se multiplicam.

A melhor atitude é não abandonar seu filho diante do computador. Fale com ele. Explique!
Em caso de denúncia, o número 100 foi colocado à disposição da população. Denuncie!.

A Sombra dos CyberPedófilos: Ajude o Seu Filho a se Proteger Contra a Rede Mundial de Pedofilia
A pornografia infantil é sombra que paira sobre o dia a dia digital de crianças e adolescentes revelando a existência de pessoas mal-intencionadas, os “cyberpedófilos”, e da íntima relação que nossos filhos desenvolvem com os conteúdos proibidos, em grande parte expostos na internet, sem censura.

O Ibope/NetRacings constatou que em fevereiro deste ano 1,3 milhão de brasileiros de 6 a 11 anos acessaram a internet. A média de permanência destas crianças na rede foi de 9 horas e 53 minutos. Adolescentes entre 12 a 17 anos, 2,4 milhões do total, permaneceram 38 horas e 17 minutos. Isso quer dizer que, enquanto você lê este artigo, milhares de jovens estão ligando o computador para jogar, trocar mensagens instantâneas, acessar fotoblogs e o Orkut, que abriga inúmeras comunidades pedófilas.

Em nossa cultura, a preferência sexual por crianças é considerada uma desordem psicológica. A prática da pedofilia é qualificada como crime de internet e pode ser considerado um ataque de Engenharia Social. A escolha/aproximação de um alvo escolhido, a aclimatação e conquista da confiança e o desenvolvimento da cumplicidade são algumas práticas características deste tipo de ataque. O perfil do pedófilo é de um sujeito que gosta de contar história, tem paciência e adora se tornar importante na vida das crianças, o que o torna muito perigoso.

Tudo pode acontecer: desde a revelação de informações pessoais ao fornecimento de senha para receber uma foto que traz um programa executável que aciona a webcam, e que passará a captar imagens do adolescente na intimidade do seu quarto sem que ele perceba. Assim, o adolescente fica na mão do pedófilo, que passa utilizar de métodos de coação para atingir seus objetivos.

O repasse entre amigos, de imagens de sexo com crianças, é crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente com pena de até quatro anos de exclusão. Muitas crianças fazem uso do material para satisfazer sua curiosidade, sem saber que essa atitude apresenta riscos. O uso do anonimato dos internautas e a velocidade das informações maximizam esses riscos e transforma a internet em um paraíso da pedofilia. As leis de crimes da Internet ainda são brandas e parece que a sombra da impunidade paira sobre os atos praticados pelos inúmeros "cyberpedófílos".

Como não há lei que obrigue provedores a abrir o cadastro de clientes, os policiais federais que investigam casos de pedofilias afirmam que procurar um pedófilo na internet é como procurar agulha no palheiro. A identificação de um computador na rede é difícil, pois pode mudar no momento em que o computador é ligado.

É importante que os pais tenham ciência de que a pornografia infantil e os pedófilos existem, e assim, deverão ser tratados sem preconceito. Enxergar que a internet está vulnerável a estes ameaças, e seus filhos aos riscos, devem participar ativamente da orientação dessas crianças. "Os pais não devem escandalizar nem adotar punições", adverte Oswaldo Rodrigues Jr., presidente da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana. Os adolescentes são ágeis para lidar com a informática, e quando privados de navegarem por conteúdos proibidos, acabam por despertar ainda mais sua curiosidades e são capazes de burlar filtros ou proteções implantadas ou passam a usar o computador de amigos.

Existem muitos sites que buscam auxiliar os pais na proteção de seus filhos contra essas ameaças. Cartilhas com orientações sobre segurança da computação e ética somadas às práticas como: deixar a webcam virada para a parede, instalar o computador em área da casa onde a família circule e ainda observar com quem as crianças conversam online podem ser ferramentas poderosas no combate à pedofilia. A conscientização e orientação continuam sendo as melhores condutas na utilização dos recursos e informações disponíveis na rede mundial de computadores

Fernanda da Silva Fialho Campos

A Pedofilía dentro de casa. Muitos casos de pedofilía que ocorrem e não são denunciados.Por motivos de ocorrer dentro de um ambiente familíar. Muitas vezes uma criança é molestada dentro de sua propria casa por algum parente ou conheçido da familía e muitas vezes não conta aos pais,por medo ou vergonha. Como a gente ve na novela,a própria avó vende a neta para pessoas estranhas.mas nintguem sabe como uma criança pode sofrer com isso. Mas voce sabe mesmo como reconheçer um pedófilo?Perfil de um pedófilo: *Qualquer pessoa pode ser um pedófilo Pode ser qualquer um: velho ou jovem, rico ou pobre, educado ou sem educação e de qualquer raça. Porém, pedófilos demonstram freqüentemente características semelhantes, mas isto são apenas indicadores e não deve ser assumido como algo em que os indivíduos com estas características são pedófilos. Mas, estas características aliadas a um comportamento questionável, podem ser um alerta que alguém é um pedófilo. *Características . Freqüentemente o pedófilo é do sexo masculino e tem mais de 30 anos de idade. . Possui poucos amigos na faixa etária dele, ou apenas um. . Se casado, a relação é fundada no companheirismo, sem relações sexuais. Gostam de atividades infantis . Ele é fascinado por atividades de criança. . Sempre descreve as crianças como puras e angelicais mas, na maioria das vezes, é impróprio e exagerado. . Tem passatempos de criança, como colecionar brinquedos caros populares. Têm preferência por crianças perto da puberdade . Os pedófilos têm, freqüentemente, uma idade específica de criança que eles observam. Alguns preferem as crianças mais novas,outros, preferem as pré-adolescentes perto de puberdade, que são sexualmente sem experiência, mas têm curiosidade sobre sexo. . Geralmente, o ambiente dele ou seu quarto é decorado com motivos infantis ou com algo que atrairá a criança ou adolescente que ele está tentando assediar. Trabalho *Os pedófilos procuram trabalhar em atividades que envolvam contato diário com crianças. Vítimas . O pedófilo procura por crianças tímidas, pobres ou com poucos privilégios em casa. Ele as alicia com atenção, presentes, viagens para lugares desejáveis como parques de diversões, jardim zoológico, a praia, etc. *Manipulação do inocente Os pedófilos possuem a habilidade de manipular suas vítimas tornando-se amigo delas. Em seguida, mostram-se interessados em ouví-las sobre seus problemas pessoais conquistando sua a estima. Então, as atrai com atividades adultas, que são freqüentemente sexuais, como filmes ou imagens. Oferece álcool ou drogas, impedindo com isso que suas vítimas resistam aos seus ataques. *Síndrome de Estocolmo É comum a criança ou o adolescente desenvolver uma certa afetividade por seu predador e desejar sua aprovação. A vítima acaba por identificar-se emocionalmente com seu abusador, a princípio como mecanismo de defesa, por medo de retaliação e/ou violência. Lembrando que o processo da síndrome ocorre sem que a vítima tenha consciência disso. Amizade com os pais *O pedófilo tentará desenvolver uma relação íntima com os pais da criança ficando, assim, mais próximo delas. Uma vez dentro da casa, eles têm muitas oportunidades para manipular as crianças– usando culpa, medo, e amor para confundir sua vítima. Persistência *Os pedófilos são incansáveis em alcançar seus objetivos e trabalharão para desenvolver relações com suas vítimas, pacientemente. Não é incomum para eles estarem elaborando uma lista longa de vítimas potenciais. Muitos pedófilos acreditam que não está errado o que fazem e que tendo sexo com uma criança, é realmente “saudável” para ela. O que sabemos é que o pedófilo não porta um perfil de pedófilo e na maioria dos casos o pedófilo é um amigo da família, tem o concentimento da família e pior, é amigo da criança. Partindo daí, a criança aceita o abuso, por mais chocante que isto possa parecer. Sendo um ser humano em formação, sua curiosidade ajuda mais do que tudo ao pedófilo. A maior parte da pedofilia - 60 a 70 por cento dos casos - é feita em casa, por pessoas que se relacionam directamente com as crianças, pais, tios, primos, amigos e educadores." Isso é um pouco do que é a pedofília ,que é um tema muito polemico agora...

Causas do transtorno de Pedofilia e suas consequências

Impossível identificar a causa ou causas da pedofilia. Pensava-se que a o histórico de abuso sexual na infância era um forte fator de risco, mas pesquisas recentes não encontraram relação causal, uma vez que a grande maioria das crianças que sofrem abusos não se torna infrator quando adultos, nem tampouco a maioria dos infratores adultos relatam terem sofrido abuso sexual. O "US Government Accountability Office" concluiu que "a existência de um ciclo de abuso sexual não foi estabelecida." Antes de 1996, havia uma crença generalizada na teoria do "ciclo de violência", porque a maioria das pesquisas feitas eram retrospectivas e baseadas em um grupo pré-definido (Cross-sectional study) os infratores eram questionados se teriam sofrido abusos no passado. A maioria desses estudos descobriu que a maioria dos adultos infratores relataram não terem sofrido qualquer tipo de abuso durante a infância, mas os estudos variam quanto as estimativas percentuais de infratores com histórico de abusos em relação ao total de infratores, de 0 a 79 por cento. Pesquisa mais recentes, de caráter prospectivo longitudinal, estudando crianças com casos documentados de abuso sexual ao longo de certo período a fim de determinar que percentagem delas se tornaria infratora, tem demonstrado que a teoria do ciclo de violência não constitui uma explicação satisfatória para o comportamento pedófilo.

Recentes estudos, empregando exploração por ressonância magnética, foram feitos na Universidade de Yale e mostraram diferenças significativas na atividade cerebral dos pedófilos. O jornal Biological Psychiatry declarou que, pela primeira vez, foram encontradas provas concretas de diferenças na estrutura de pensamento dos pedófilos. Um psicólogo forense declarou que essas descobertas podem tornar possível o tratamento farmacológico da pedofilia. Continuando nessa linha de pesquisas, o Centro de Vício e Saúde Mental de Toronto, em estudo publicado no Journal of Psychiatry Research, demonstrou que a pedofilia pode ser causada por ligações imperfeitas no cérebro dos pedófilos. Os estudos indicaram que os pedófilos têm significativamente menos matéria branca, que é a responsável por unir as diversas partes do cérebro entre si.

Muitos pesquisadores tem relatado correlações entra a pedofilia e algumas características psicológicas, como baixa auto-estima e baixa habilidade social. Até recentemente, muitos pesquisadores acreditavam que a pedofilia fosse causada por essas características. A partir de 2002, outros pesquisadores, em especial os sexólogos canadenses James Cantor e Ray Blanchard junto com seus colegas, começaram a relatar um série de descobertas relacionando a pedofilia (a definição médica da preferência sexual por crianças, não a definição comportamental utilizada por outras fontes) com a estrutura e o funcionamento cerebrais: homens pedófilos (e hebefílicos) possuem QI mais baixo, pontuação mais baixa em testes de memória, maior proporção de canhotos, taxas mais altas de repetência escolar em proporção com as diferenças de QI, menor estatura, maior probabilidade de terem sofrido ferimentos na cabeça acompanhados de perda de consciência, e várias diferenças em estruturas cerebrais detectadas através de ressonância magnética nuclear (MRI, em inglês). Eles relatam que suas descobertas sugerem a existência de uma ou mais características neurológicas congênitas (presentes ao nascer) que causam ou aumentam a probabilidade de se tornar um pedófilo. Evidências de transmissão familiar "sugerem, mas não provam que fatores genéticos sejam responsáveis" pelo desenvolvimento da pedofilia.

Outro estudo, usando ressonância magnética nuclear (MRI) estrutural, mostra que homens pedófilos possuem um menor volume de massa branca do que criminosos não-sexuais.

Imagens de ressonância magnética funcional (FMRI) tem mostrado que pessoas diagnosticados com pedofilia que abusaram de crianças tem ativação reduzida do hipotálamo, em comparação com indivíduos não-pedófilos, ao serem expostos a fotos eróticas de adultos. Um estudo de neuroimagem funcional de 2008 nota que o processamento central de estímulos sexuais em "pacientes pedófilos forenses" heterossexuais podem ser alterados por um distúrbio nas redes pré-frontais, que "podem estar associadas a comportamentos controlados por estímulo, como os comportamentos sexuais compulsivos." As descobertas podem também sugerir "uma disfunção no estágio cognitivo do processamento da excitação sexual."

Blanchard, Cantor e Robichaud (2006) revisaram a pesquisa que tentou identificar aspectos hormonais de pedófilos. Eles concluíram que há de fato alguma evidência de que homens pedófilos tem menos testosterona do que aqueles no grupo de controle, mas que a pesquisa é pobre e que é difícil tirar qualquer conclusão firme a partir dela.

Apesar de não poderem ser consideradas causas da pedofilia, diagnósticos psiquiátricos adicionais como distúrbios da personalidade e abuso de substâncias são fatores de risco para a concretização dos impulsos pedófilos. Blanchard, Cantor e Robichaud (2006) notaram, a respeito do nexo-causal pedofilia-estados psiquiátricos adicionais, que "as implicações teóricas não são tão claras. São os genes específicos ou fatores nocivos no ambiente pré-natal que predispõem um homem a desenvolver distúrbios afetivos e pedofilia, ou a frustração e isolamento causados pelos desejos sexuais socialmente inaceitáveis ou a sua ocasional satisfação - é que levam à ansiedade e ao desespero?" Eles indicaram que, por terem constatado anteriormente que mães de pedófilos tem maior probabilidade de terem passado por tratamento psiquiátrico, a hipótese genética é mais provável.

A pedofilia é classificada como uma desordem mental e de personalidade do adulto, e também como um desvio sexual, pela Organização Mundial de Saúde. Os atos sexuais entre adultos e crianças abaixo da idade de consentimento (resultantes em coito ou não) é um crime na legislação de inúmeros países. Em alguns países, o assédio sexual a tais crianças, por meio da Internet, também constitui crime. Outras práticas correlatas, como divulgar a pornografia infantil ou fazer sua apologia, também configuram atos ilícitos classificados por muitos países como crime. O comportamento pedófilo é mais comum no sexo masculino.

De acordo com artigo publicado no periódico chileno (Psykhe 1ºed. 2009), a realização de testes de Rorschach indica que pode haver um conjunto de características psicológicas próprias dos agressores sexuais, capaz de distingui-los da população em geral: comportamentos passivos e imaturos perante si mesmos e o entorno, assim como "um contato pobre com a realidade". A pesquisa foi realizada por Pamela Jiménez Etcheverría, da Universidad de La Frontera, de Temuco, no Chile, e foi veiculada na primeira edição de 2009 do periódico.

Entre os resultados da apuração, (Etcheverría 2009) afirma que os agressores sexuais possuíam "um estilo de lidar consigo mesmos e com seu entorno de forma passiva, imatura e com um contato pobre com a realidade". Ela também alega que foram observadas especificamente "diferenças significativas nos indicadores mais relevantes, associados às habilidades sociais -SumPond C, EA, H-, menores nos delinquentes sexuais do que no estudo de referência nacional – composto por indivíduos que não cometeram o delito. Isso indica que a quantidade de recursos com os quais contam não seria suficiente para desenvolver as habilidades sociais adequadas, como tampouco para enfrentar as demandas do meio, sendo assim limitada sua capacidade para reconhecer as necessidades de outros e de adaptação ao entorno".

Para a pesquisadora, "os dados evidenciam a incapacidade que o delinquente sexual possui para manter um funcionamento social adequado, tal como afirmam Beneyto y Garrido (1997), e isso o impede de estabelecer relações satisfatórias com outros adultos". Além disso, "alguns autores, como Echeburúa e Guerricaechevarría (2000) argumentam que essa falta de habilidade social no grupo pode estar relacionada com abusos sexuais vividos na infância, o que se associaria ao desenvolvimento de sentimentos de inferioridade e inibições internas, com a consequente incapacidade para estabelecer relações sociais normais".

Ainda em relação ao perfil do abusador, é interessante citar dados coletados na ong brasileira CECOVI (www.cecovi.org.br):

Segundo análise feita em 1.169 casos de violência doméstica atendidos no SOS Criança da ABRAPIA, entre janeiro de 1998 e junho de 1999, foram diagnosticados: 65% de violência física, 51% de violência psicológica, 49% de casos de negligência e 13% de abuso sexual. Em 93,5% dos casos os agressores eram parentes da vítima (52% - mãe, 27% - pai, 8% -padrasto/madrasta, 13% - outros parentes) e em 6,5% os abusadores não são parentes (3% - vizinhos, 2% - babás e outros responsáveis, 1,5% - instituições.

Dos 13% de casos envolvendo abuso sexual a pesquisa demonstrou que: a) A idade da vítima: 2 a 5 anos - 49%, 6 a 10 anos - 33% b) 80% das vítimas tinham sexo feminino c) 90% dos agressores eram do sexo masculino

O adulto que comete violência sexual sempre pede para a criança guardar segredo sobre o que aconteceu usando diversas formas de pressão. É muito comum a criança se sentir culpada e até merecedora da violência em si, haja visto ela não ter estrutura mental suficiente para explicar tal ato cometido contra si. Aliado ao sentimento de culpa, a pressão psicológica exercida pelo perpetrador, o próprio laço de afeição entre estes (não se esqueçam que normalmente o abuso ocorre entre familiares).

Trazendo à baila estudos e pesquisas de especialistas na área de comportamento humano, tem-se as seguintes contribuições:

Passa o maior tempo possível com a criança. É amável, simpático e toca a criança "acidentalmente". Procura crianças com pouca ou nenhuma supervisão dos pais. Se faz de amigo. Usa o amor como isca e evita ameaças enquanto for possível Interessa-se pelo bem-estar da criança Convence a criança de que está tudo bem e que nada de mal vai acontecer.1

Na sociedade de hoje todas as pessoas pedófilas buscam estar sempre em contato com as crianças, abaixo podemos constatar algumas características:

CAMPOS (2003) quanto aos aspectos que caracterizam o pedófilo explica que, geralmente, são indivíduos de baixíssima estima, uma imaturidade emocional que a pessoa tem a necessidade de compensar sentindo-se superior, dominante. Como ela não consegue isso com o adulto – porque teria de estabelecer uma relação de igual para igual – realiza a sensação de poder relacionando-se com a criança. E ai não importa se menino ou menina importa se é criança. Pessoas que desenvolvem esse distúrbio, quase sempre sofreram rejeições ou abuso sexual, não reconhecem mal no que fazem, (...), priorizam o sexo oral, procuram não provocar lesões físicas aparentes e praticam uma violência psicológica, muitas vezes irreversível, (CARRERA,2009).

Na opinião de BAPTISTA (2003) na maioria dos casos os pedófilos têm idade que varia entre os 30 e 40 anos, muitos dos quais são alcoólatras ou portadores de alguma psicose. Geralmente, possuem convicção religiosa, apresentando maturidade e solidão. Acrescenta que os pedófilos mais perigosos são aqueles em quem a criança confia, como um amigo da família, um dos empregados da casa, ou aquele que a criança idealiza por suas funções, como por exemplo, um técnico de futebol, um professor, um ministro religioso, ou seja, pessoa que tenha função ou autoridade, (CARRERA,2009).

O Pedófilo, geralmente é uma pessoa tranquila, calma e de muitos amigos, principalmente crianças, estão sempre querendo ser úteis para com elas ou para com a família delas. Alguns estão dentro da própria família, em ambos os casos é comum eles quererem sempre estar a sós com as crianças, não forçadamente, mas sempre estão dando um jeitinho de ficar só com elas ou sair só com elas, outra dica é notar quando uma pessoa olhar para seus filhos, como se estivessem olhando já para uma pessoa formada.

Segundo a revista Istoé, do dia 8 de março de 2006, O perfil dos pedófilos brasileiros, em razão dos rastreamentos feitos pela polícia. Constata-se que são jovens de classe média, com idade entre 17 e 24 anos, são considerados os principais produtores de imagens de crianças violentadas. Suas vítimas, na grande maioria dos casos, são menores de suas próprias famílias, como sobrinhos e até irmãos, de acordo com as apurações da polícia. No comércio da pedofilia, uma foto de criança seviciada chega a valer US$ 100. Um vídeo de cinco minutos, US$ 1 mil. Os compradores dessa produção têm um perfil diferente.

Normalmente, são solteiros, têm pouco mais de 40 anos de idade e costumam serem profissionais liberais. Até onde se sabe 95% dos consumidores de pornografia infantil sofreram eles próprios abusos sexuais na infância.

Segundo Kaplan et al (1997), dentre as crianças vítimas de abuso sexual, 32% têm menos de 5 anos de idade; 27% têm entre 5 e 9 anos; 27% têm entre 10 e 15 anos; e 14% têm entre 15 e 18 anos."

As principais vitimas são: crianças de rua, ou crianças em que os pais ficam maior tempo longe, tendo pouco contato ou com muita liberdade, que tem fácil acesso a computadores a internet, telefones, locais frequentados por adultos, filhos de pais separados, onde o principal abusador pode ser o novo parceiro.

Assim, poderão apresentar corrimento vaginal, hemorragia vaginal, ardor ao urinar, corrimento através da uretra (canal por onde sai a urina), alterações do comportamento (agressividade, masturbação excessiva ou de modo exibicionista, atitudes e conversas sobre temas sexuais desadequados ao nível etário), pesadelos, insônia, encoprese (perda de controle da emissão de fezes), medo de estar sozinho, dificuldade de aprendizagem, etc. Algumas crianças apenas apresentam queixas inespecíficas persistentes, como dor de cabeça, dores de barriga ou crises de asma. Noutros casos não há evidência de sintomas imediatos, podendo surgir alterações psicológicas tardias. Há que ter presente que a maioria destes sintomas estão presentes noutras situações, sem abuso sexual; o seu aparecimento e a sua persistência sem outras causas evidentes deve fazer com que pais, educadores e profissionais de saúde estejam atentos, facilitando o diálogo com a criança e encorajando-a a falar sobre um eventual incidente, (FERRÃO,2009).

As crianças vítimas de abuso sexual podem apresentar sintomas variados, nem sempre fáceis de relacionar com o abuso.

Estudos desenvolvidos no mundo científico a respeito da pedofilia, por especialistas de diversas áreas como, sexólogos, psicólogos e psiquiatras, admitem que tal prática, longe de ser banal, tão pouco poderá ser aceita como prática normal ou comportamental sadia. Seus efeitos podem causar danos irreparáveis no indivíduo que foi violentado, produzindo marcas profundas durante toda sua existência.

As ofensas sexuais contra crianças constituem uma parcela significativa dos atos sexuais criminosos, sendo que os indivíduos com Exibicionismo, Pedofilia e Voyeurismo perfazem a maioria dos agressores sexuais presos. Em algumas situações, a ação sob a influência da imaginação parafílica pode acarretar ferimentos auto-infligidos (como no Masoquismo Sexual).

Os relacionamentos sociais e sexuais podem ser prejudicados se as outras pessoas consideram vergonhoso ou repugnante o comportamento sexual incomum ou se o parceiro sexual do indivíduo recusa-se a cooperar com suas preferências sexuais incomuns. Em alguns casos, o comportamento incomum (por ex., atos exibicionistas ou coleção de fetiches) pode tornar-se a principal atividade sexual na vida do indivíduo.

Esses indivíduos raramente buscam auxílio por sua própria conta, geralmente chegando à atenção dos profissionais de saúde mental apenas quando seu comportamento provocou conflitos com parceiros sexuais ou com a sociedade. (DMS- IV, 2009).

Disserta sobre o assunto Ana Ferrão:

O abuso sexual pode causar alterações emocionais transitórias (medo, confusão, culpa, ansiedade, tristeza, desconfiança) e provocar consequências, a médio e a longo prazo, a nível físico, psicológico e comportamental. Consequências psicológicas – ansiedade, depressão, alterações do sono, agressividade, desconfiança, disfunção sexual na idade adulta,(FERRÃO,2009).

A criança vítima de abuso sexual prolongado, usualmente desenvolve uma perda violenta da auto-estima, tem a sensação de que ela não tem valor e adquire uma representação anormal da sexualidade. Algumas crianças abusadas sexualmente podem ter dificuldades para estabelecer relações harmônicas com outras pessoas, se transformar em adultos que também abusam de outras crianças, e ainda, se inclinar para a prostituição ou terem outros problemas sérios quando adultos.

Os efeitos do choque que representa a violência sexual podem repercutir em diversos aspectos do desenvolvimento da criança indo até a sua fase adulta.

Azevedo, Guerra e Vaiciunas (2000) listam como conseqüências psicológicas da violência sexual em curto prazo as dificuldades de adaptação sexual interpessoal e afetiva. Em longo prazo, as vítimas geralmente apresentam dificuldades de relacionamento com figuras masculinas, pelo fato de os agressores serem, em sua

grande maioria, homens. A intimidade representa uma ameaça, pois é difícil para a

vítima estabelecer vínculos de confiança. As idéias de morte e os suicídios também são consequências marcantes, segundo as autoras.

Estas crianças podem apresentar baixa auto-estima, hostilidade, agressividade, empobrecimento das habilidades sociais e depressão segundo Padilha (2002). Distúrbios relacionados à sexualidade também são freqüentes tanto na infância quanto na idade adulta dessas vítimas.

Ainda de acordo com a autora, são frequentes os pensamentos e recordações recorrentes sobre o abuso, medo, ansiedade e uma tendência, que ela diz ser a pior conseqüência, a não acreditar em sua capacidade de controlar as situações, tornando-se uma pessoa passiva, incapaz de se proteger e permitindo que os outros façam consigo o que quiserem, explorando-a muitas vezes.

De acordo com Williams (2002), os sintomas apresentados a curto prazo são o comportamento sexualizado, ansiedade, medos, pesadelos, depressão, isolamento social, queixas somáticas, fugas de casa, Transtorno de Estresse Pós-Traumático, comportamentos autodestrutivos, problemas escolares, pensamentos suicidas e comportamentos regressivos como enurese, choros e birra.

A longo prazo, Kendall-Tackett, et al (1993 apud WILLIAMS, 2002) mencionam que existe uma tendência ao desaparecimento destes sintomas entre 12 a 18 meses após o abuso sexual. Um número considerável de casos, contudo, apresenta agravamento dos sintomas, que podem convergir para depressão, revitimização, perturbações no sono, ansiedade, problemas com relacionamento sexual, uso abusivo de substâncias, ideação suicida, promiscuidade e prostituição.

Papalia e Olds (2000) também citam alguns efeitos do abuso sexual sofrido por crianças, entre eles estão os atrasos de linguagem, déficit cognitivo, agressividade, rejeição por parte de outros grupos, abuso de álcool e drogas, e, até mesmo, tendência a tornarem-se delinqüentes quando adultos.

Segundo as autoras, as consequências variam de acordo com a idade em que o abuso sexual foi sofrido. Os sintomas mais comuns em crianças em idade pré-escolar, vítimas de abuso sexual, são: a ansiedade, os pesadelos e um comportamento sexual inapropriado. Já em crianças em idade escolar, encontram-se mais comumente, distúrbios mentais, agressividade, pesadelos, hiperatividade, comportamentos regressivos e problemas escolares. Nos adolescentes, os sintomas mais comuns são a depressão, o abuso de substâncias químicas e o comportamento retraído ou suicida.

Como efeitos manifestados em longo prazo, destacam-se aqueles que os adultos, com história de violência sexual na infância, apresentam tais como ansiedade, estados depressivos, hostilidade, dificuldade de confiar nas pessoas, sentimentos de isolamento e rotulação e ainda problemas relativos ao aspecto sexual.

Nota-se, então, que os efeitos psicológicos gerados pelo abuso sexual são muitos e podem ocorrer das mais diversas formas em qualquer estágio da vida do indivíduo.

Eles mostram-se em curto, médio e longo prazo. Crianças vítimas de violência sexual podem sofrer por toda a vida os efeitos desagradáveis da agressão se não passarem por um tratamento adequado.

Ao longo do estudo constatou-se alguns fatores psicológicos marcantes como: culpa; vergonha; ambivalência; irritação; medo; ansiedade; confusão; perda/tristeza; insegurança; impotência/desamparo.

Todos estes fatores culminam na personalidade do adulto, trazendo diversos problemas para a sociedade, pois podem tornar a prática do abuso uma roda viciosa e difícil de quebrar.

Redação do Gterra, 27/09/2009 às 18h55min Entrevista: ‘O pedófilo nunca sente culpa’Deixo claro que, quando ele sair, não há como garantir que não vai atacar novamente”, explica. Foto: Paulo Alvadia / Agência O DIA

Entrevista: ‘O pedófilo nunca sente culpa’Há oito anos atendendo condenados por pedofilia, a psiquiatra Rita Jardim convive de perto com dramas como o da aluna A., hoje com 16 anos, que acusa o professor P. de, durante quatro anos, tê-la assediado. Como O DIA publicou quarta-feira, os encontros aconteciam dentro de salas vazias de um dos melhores colégios particulares do Rio. A psiquiatra trabalha no sistema penitenciário do estado e acompanha os relatos dos presos. É ela quem analisa o perfil do pedófilo e garante que ele não tem cura. “Sempre explico ao juiz que dentro do sistema penitenciário não há crianças, por isso o preso por pedofilia apresenta bom comportamento. Deixo claro que, quando ele sair, não há como garantir que não vai atacar novamente”, explica.
O DIA: Há algum sinal que indica para os pais que a criança está sendo vítima de um pedófilo?
Rita: –Normalmente a criança não fala. E os pais não percebem, a não ser que ela apareça machucada. Um dos sintomas que ela pode apresentar é a agressividade, o isolamento e perder o interesse pelo que fazia. O rendimento na escola cai. Nós, adultos, conseguimos verbalizar os sentimentos e temos condições de nos defender. A criança, não.

O que os pais podem fazer para proteger os filhos desse tipo de abusos?
Eles precisam prezar mais o contato familiar. É importante criar pequenas rotinas, como um lanche à noite, por exemplo. É preciso e possível reunir a família nem que sejam 30 minutos por dia. Nesses momentos os pais podem perceber algo diferente no comportamento dos filhos, perguntar como foi o dia deles e conversar sobre assuntos sérios. É importante que isso seja na hora de comer, porque obriga a família a se sentar e conversar. Os pais devem ficar atentos com quem o filho conversam na Internet e quais sites visitam, porém, sem que a criança ou o adolescente se sinta vigiado.

Há uma faixa etária em que a criança fica mais vulnerável ao abuso?
O pedófilo sente atração pelas crianças de aparência frágil. Os que se interessam por meninos preferem aqueles com idade entre nove e dez anos. Estudos comprovaram que eles olham para o menino e se identificam, se veem nele. O interesse por meninas é o que chamamos de perversão sexual. É mais fácil controlar meninas do que mulheres.

Como um pedófilo ganha a confiança da vítima?
Ele entra no mundo da criança. Fala de assuntos do interesse dela, oferece balas, presentes. Depois começam os carinhos e os toques. Vai entrando na esfera sexual sem que a criança perceba. No início ela gosta. É normal, todo mundo gosta de carícias. Mas conforme vai crescendo, começa a entender o que está acontecendo, e não quer mais. Aí surgem as agressões e as ameaças, que devem ser levadas a sério, porque o pedófilo nunca sente culpa. Ele mata porque perde o interesse pela vítima ou porque sente prazer de vê-la sofrer.

No caso de professores e alunos é mais fácil identificar o abuso?
Nunca é fácil se a vítima não falar. Acompanhei o caso de um pedófilo denunciado pela vítima 20 anos depois. Ele era professor de artes marciais e tinha abusado do aluno durante dois anos. Vinte anos depois, quando a vítima já era um homem e nunca havia contado o abuso sofrido, viu a foto do mesmo professor abraçado com o filho de um amigo dele. Desesperado e com a certeza que o menino também estava sendo vítima dos abusos, contou tudo para o amigo. E tinha razão. O professor foi preso e condenado pelo crime.

Abuso Sexual






Definição


Situações de violência sexual contra crianças e adolescentes;
Significa: ultrapassar os limites, transgredir;





Os Tipos de abuso sexual



Voyeurismo: É a excitação sexual conseguida mediante a visualização dos órgãos genitais


Abuso sexual sem contato físico:



Assédio sexual: Proposta de relações sexuais



Abuso sexual verbal: Conversas abertas sobre atividades sexuais destinadas a despertar o interesse ou chocá-las



Telefonemas obscenos: Feitos por adultos, gerando ansiedade na criança, no adolescente e na família



Apresentação forçada de imagens pornográficas: Exibição forçada de imagens de cunho pornográfico



Exibicionismo: É o ato de mostrar os órgãos genitais ou se masturbar em frente a crianças e adolescentes





Abuso sexual com contato físico:



Atentado violento ao pudor: Constranger alguém a praticar atos libidinosos, utilizando violência grave ou ameaça;
Estupro: Prática sexual em que ocorre penetração vaginal ou anal com uso de violência ou grave ameaça;
Corrupção: É um ato de abuso sexual considerado crime hediondo quando um indivíduo corrompe ou facilita a corrupção de um adolescente maior de 14 anos e menor de 18 anos.
Pedofilia: Desejo sexual compulsivo por crianças e adolescentes.





Pedofilia






Pedofilia


Pedófilo: Segundo entendimentos médicos e jurídicos, é todo o indivíduo que sofre de um grave distúrbio de conduta sexual, com desejo compulsivo por crianças e adolescentes, podendo ter característica homossexual ou heterossexual;
De acordo com a OMS, o indivíduo com pedofilia tem 16 anos ou mais, e é pelo menos cinco anos mais velho que a criança pela qual sente atração.





Pedofilia


O transtorno costuma se manifestar na adolescência e inicialmente leva o agressor a aliciar suas vítimas, direto ou indireto, físico ou não físico, é abusivo, uma vez que é exclusivamente motivado pelas necessidades e vontades do adulto.





O perfil do pedófilo


Não é algo que possa ser combinada em uma equação de previsibilidade. Porém, existem fatores que predispõem a pedofilia, que são:
Pobreza;
Migrações;
Desintegração familiar;
Violência familiar;
Carência afetiva;





O perfil do pedófilo


Abuso de substância tóxicas;
Deficiência na educação sexual;
Experiências sexuais precoces;
Sentimento de inadaptação;
Depressão;
Fraco poder de controle de seus impulsos sexuais;
Fraca auto-estima





Pedofilia


Esse transtorno não escolhe classe social nem escolaridade. Muitos pedófilos são considerados cidadãos respeitáveis da sociedade.





Pedofilia


Por muitos e variados motivos as crianças podem não falar que foram abusadas sexualmente, porém existem alguns indicadores:





Indicadores comportamentais


Excessivo interesse ou incomodo fora do normal por assuntos de natureza sexual;
Problemas em dormir, pesadelos;
Depressão e incômodo em contatos físicos;
Comentário de que seu corpo está sujo ou magoado;
Manifestação de medo que haja algo errado com seus órgãos genitais;
Dificuldade em ir para escola;





Indicadores comportamentais


Mudança súbita na conduta de comportamento;
Agressividade fora do normal;
Desenhos, jogos ou fantasias de atos de abuso sexual;
Comportamento suicida;
Medo fora do normal de uma determinada pessoa ou de certos lugares que já freqüentou;





Indicadores comportamentais


Tentativas de fazer com outra criança atos de natureza sexual;
Revelar conhecimento específico de atos sexuais;
Brincar de forma inapropriada com os brinquedos;
Desenhos assustadores, ou em que são utilizados excessivamente cores preta e vermelha.





Indicadores físicos


Feridas na região anal ou genital;
Irritação ou infecção;
Aparecimento de alguma doença sexualmente transmissível;
Coceira fora do normal na região anal ou genital;
Hemorragia perto da região genital;





O que fazer quando a criança resolve contar?


Apesar de ser uma situação difícil, é importante que pais, educadores, ou a pessoa escolhida para confissão mantenha calma suficiente para perceber que a criança vítima do abuso precisa mais do que nunca do apoio e que seja transmitida segurança.





Algumas dicas:


Manter a calma e ser paciente, pois o que a criança está partilhando é muito importante para ela;
Deixe a criança falar e contar o que ocorreu com suas próprias palavras. Nunca pressione perguntando detalhes;
Ouça atentamente e acredite nela;
Faça com que a criança saiba que fará tudo o que tiver a seu alcance para protegê-la;





Não faça promessas que não possam ser cumpridas;
Permita que a criança veja a sua preocupação, no entanto, tenha cuidado para que ela não sinta que poderá magoá-la;
Diga à criança que acredita nela, elogie sua coragem e agradeça pela confiança demonstrada em contar-lhe o que aconteceu.


Algumas dicas:






Conseqüências


Depressão, propensão a abusos de álcool e drogas, danos na estrutura e função do cérebro (como memória, cognição e nas emoções);
Infância: Insucesso escolar, com perturbações do comportamento, fobias em relação a sexualidade;
Adolescência: dificuldade na identidade feminina, rejeição a imagem corporal, estados depressivos graves, perturbações, alimentares, delinqüência e prostituição





Conseqüências


Fase Adulta: crise afetiva freqüente, depressão, disfunções sexuais na relação conjugal e projeção das próprias fantasias incestuosas na vida dos filhos;
Velhice: surtos de angústia e depressão secundária, sobretudo no início da menopausa.

Diário de Notícias - Domingo 1 de Setembro de 2002

Comportamento: paraísos legais para a pedofilia

JOANA SANTOS. Com AFP e agências.

O mundo ainda reserva pequenos paraísos para a prática da pedofilia. O Camboja é um desses locais onde molestar menores é quase uma tradição. Várias associações têm chamado a atenção para os pedófilos estrangeiros que actuam no país, mas a prática não é punida, quer por razões sociais quer por insuficiência judicial.

Em Julho, a imprensa tornou conhecidos o processo de um italiano condenado a dez anos de prisão e a detenção de um britânico, de 69 anos, acusado de abusar de uma menina de 12 anos nesse país. Mas estes são exemplos excepcionais de justiça cumprida.

Molestar menores é uma prática em voga no Camboja? A resposta é assustadora. "Não é hábito interrogar um cambojano que tem relações sexuais com crianças, porque essa situação é tolerável, quase uma tradição", disse a ministra dos Assuntos das Mulheres, Mu Soc Hua.

Svay Pak é uma cidade consagrada ao sexo. 40% das jovens prostitutas são vietnamitas. Entre os clientes distinguem-se essencialmente os ocidentais, mas também há chineses, japoneses e tailandeses. Sem esquecer os habitantes locais.

"Os cambojanos, quando têm meios, chegam a ter duas ou três casas: uma para a família e as outras para abrigarem crianças", a troco de favores sexuais, revelou o responsável de um grupo de organizações não governamentais, acrescentando que há "muita gente importante a mover-se no meio da pedofilia, mas esses são intocáveis".

Mas se a pedofilia é só por si uma prática inumana, os motivos que levam a população do Camboja a aceitar a situação são ainda mais complexos. Estas pessoas alimentam o tráfico de crianças e, eventualmente, de jovens, em virtude da crença ancestral segundo a qual as virgens devolvem a energia aos homens mais velhos.

Por 500 a 700 dólares (sensivelmente o mesmo preço em euros) compra-se uma criança durante uma semana a um mês, o tempo-limite para a suposta transferência de energia vital. Passado este tempo, as crianças são revendidas às redes por 100 ou 200 dólares.

Ainda mais fundamental que a alteração do sistema judicial é uma profunda revisão das mentalidades que alimentam este mercado brutal, por motivos económicos ou sociais.

"Não basta denunciar os pedófilos estrangeiros que vêm ao país, o essencial é debater o que significa a pedofilia na sociedade", declarou a ministra.

A manutenção dos mercados do sexo traz consigo os problemas sanitários inerentes, que podem desembocar na morte de milhares de pessoas. "Antes a média de idades destas crianças rondava os 13, 14 anos; agora, por causa da SIDA, a média é de sete, oito anos", revela um responsável.

Com o desenvolvimento do turismo, a oferta de serviços sexuais tornou-se num mercado muito apelativo e cada vez mais abundante nas zonas mais procuradas do mundo. O turismo sexual é como as pragas: é difícil pôr-lhe um fim.

Em cada ano há mais de 200 mil clientes estrangeiros para os dois milhões de crianças de ambos os sexos contratados para se prostituírem. A estes juntam-se outros vários milhões de jovens adultos, também prontos a serem escravizados no mercado do sexo.

O turismo sexual, como qualquer actividade comercial, só existe porque há procura. As facilidades são aliciantes para qualquer pedófilo. Os preços das passagens aéreas, cada vez mais baixos, a facilidade de movimentação dos pedófilos, na sua maioria norte-americanos e europeus, e a utilização maciça da Internet são factores que alimentam e reforçam a rede global.

O Camboja é o país com o maior índice de crianças abandonadas no Sudoeste asiático. Os orfanatos estão cheios e, dos milhares de prostitutas, mais de metade são adolescentes.

Os profissionais de turismo dizem respeitar as decisões internacionais que tentam pôr um freio a este tipo de situações, mas nem a legislação é suficiente para lutar contra uma indústria verdadeiramente aliciante, que dá a ganhar aos promotores, anualmente, milhões de dólares livres de impostos.

No Camboja, a pedofilia estrangeira beneficia de grande tolerância social, devido à miséria. Os pais podem vender os seus filhos por uma televisão. Há toda uma cultura que faz dos filhos um bem que pertence aos pais. Para agravar a situação, os pedófilos são protegidos por uma polícia mal formada e corrupta, e por juízes que se deixam comprar pelos advogados. Resultado: menos de uma dezena de estrangeiros foram, até hoje, condenados por pedofilia no Camboja.

"Não podemos agir se não tivermos uma justiça capaz, eficaz e independente", considera Mu Soc Hua, mas "é sobretudo importante mostrar à sociedade que não é aceitável continuar a violar as suas crianças".


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Radiografia

INDÚSTRIA. O abuso sexual de crianças constitui uma das mais lucrativas indústrias globais e não afecta apenas países pobres como a Tailândia, Camboja e Costa Rica.

Dois milhões não é um número inocente. É a quantidade de crianças que em todo o mundo são escravizadas pelas internacionais criminosas. E é um número que cresce todos os dias, estendendo o risco aos nossos filhos e vizinhos. Este mercado chega a render cinco biliões de dólares por ano, de acordo com o juiz Walter Maierovitch, que apresentou estes dados durante a convenção da ONU sobre crime organizado.

A comercialização de vídeos envolvendo crianças rende anualmente quase 300 milhões de euros, e os sites de pedofilia localizados pelas autoridades ascendem aos milhões. A previsão dos especialistas é que o número total destes sites seja, mesmo assim, dez vezes maior.

PERFIL. O pedófilo predador, aquele que rapta e viola, é a excepção e não a regra, de acordo com o site da Interpol. O mais comum é o pedófilo que compra pornografia infantil e não chega a realizar as suas fantasias. É quase sempre homem.

Segundo o psiquiatra francês, Pierre Sabourin, este pode ter qualquer idade, orientação sexual, religião e nacionalidade. Muitas vezes sofreu abusos sexuais na infância. Tende a viver só, a não ter emprego e tem dificuldade em fazer amizades com adultos, o que explica o facto de se sentir à vontade com crianças. O processo de aproximação entre o pedófilo e o seu alvo pode levar anos, e em alguns casos nem chega a haver contacto sexual. Nos casos em que ocorre o abuso, o pedófilo usa de estratégias para evitar que a criança conte o sucedido. Pode mesmo ameaçá-la. Muitos estão infiltrados em escolas, centros desportivos e igrejas.

PORTUGAL. A Polícia Judiciária tem vindo a deter vários presumíveis autores de crimes sexuais contra menores em Portugal. O último foi um indivíduo de 35 anos, preso em Ermesinde, Valongo, por suposto abuso sexual de criança praticado de forma continuada. A detenção teve lugar por existirem fortes indícios de crime sexual contra um menor de 13 anos. As investigações realizadas pela Polícia Judiciária indicam que o detido vinha desenvolvendo esta actividade ilícita há mais de um ano, sempre na sua residência.

Mas há outros casos de pedófilos e de redes que actuam em território nacional e cuja descoberta tem chocado o País. Ainda esta semana, a polícia deteve dois presumíveis suspeitos de manterem relações sexuais com menores de idade e de proporcionarem contactos para a recolha de imagens de crianças suas conhecidas.

Pedofilia
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Nota: Se procura sobre atos de perversão contra menores, veja abuso sexual de menores. Se procura sobre mídias pornográficas com menores, veja pornografia infantil.
Pedofilia
Aviso médico
Classificação e recursos externos
CID-10 F65.4
A pedofilia (também chamada de paedophilia erotica ou pedosexualidade) é a perversão sexual,[1] na qual a atração sexual de um indivíduo adulto ou adolescente está dirigida primariamente para crianças pré-púberes[2][3] (ou seja, antes da idade em que a criança entra na puberdade) ou para crianças em puberdade precoce.[4] A palavra pedofilia vem do grego παιδοφιλια (paidophilia) onde παις (pais, "criança") e φιλια (philia, "amizade", "afinidade", "amor", "afeição", "atração", "atração ou afinidade patológica" ou "tendência patológica", segundo o Dicionário Aurélio).

Segundo o critério da OMS, adolescentes de 16 ou 17 anos também podem ser classificados como pedófilos, se eles tiverem uma preferência sexual persistente ou predominante por crianças pré-púberes pelo menos cinco anos mais novas do que eles.[5]

Índice [esconder]
1 Psicologia
2 Definição da pedofilia
3 Diagnóstico
4 Causas
5 Correlações biológicas
6 Tratamento
6.1 Terapias de controle
7 Ocorrência
7.1 Em abusadores sexuais de crianças
8 Legislação
8.1 No Brasil
8.2 No mundo
8.3 Nas entidades religiosas
9 Terminologia errada: difamação, crimes relacionados e problemas éticos
9.1 Ética jornalística
9.2 Crimes relacionados
9.2.1 Brasil
9.2.2 Portugal
10 História
10.1 Dialética do ativismo
10.2 Ativismo pró-pedofilia
10.3 Ativismo anti-pedofilia
11 Referências
12 Ver também


[editar] Psicologia
Série de artigos sobre
Pedofilia
Dialética do pedofilismo
Activismo anti-pedófilo
Activismo pró-pedófilo

Questões legais
Idade de consentimento
Exploração sexual

Crimes relacionados
Abuso infantil
Pornografia infantil
Abuso sexual de menor
Rede internacional de pedofilia
Turismo sexual

ver • editar
A pedofilia é classificada como uma desordem mental e de personalidade do adulto, e também como um desvio sexual, pela Organização Mundial de Saúde.[6] Os atos sexuais entre adultos e crianças abaixo da idade de consentimento (resultantes em coito ou não) é um crime na legislação de inúmeros países. Em alguns países, o assédio sexual a tais crianças, por meio da Internet, também constitui crime. Outras práticas correlatas, como divulgar a pornografia infantil ou fazer sua apologia, também configuram atos ilícitos classificados por muitos países como crime.

A Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, aprovada em 1989 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, define que os países signatários devem tomar "todas as medidas legislativas, administrativas, sociais e educativas" adequadas à proteção da criança, inclusive no que se refere à violência sexual (artigo 19).[7][8]

[editar] Definição da pedofilia
Pedofilia é o desvio sexual "caracterizado pela atração por crianças, com os quais os portadores dão vazão ao erotismo pela prática de obscenidades ou de atos libidinosos"[9] (Croce, 1995).

Algumas outras definições de pedofilia requerem uma diferença de idade de no mínimo cinco anos. Estas, porém, tendem a negligenciar a inclinação sexual pedofílica que desenvolve-se durante a puberdade ou a infância, e que tende posteriormente a diminuir e acabar. Alguns sexólogos, porém, como o especialista americano John Money, acreditam que não somente adultos, mas também adolescentes, podem ser qualificados como pedófilos.[10] Na França, esta é a definição dominante.


Este artigo é parte da série sobre
Parafilia
Parafilia
Sadismo | Masoquismo
S & M | Bondage
Fetichismo | Voyeurismo
Exibicionismo | Podolatria
Coprofagia | Pregnofilia
Necrofilia | Incesto
Apotemnofilia
Coprofilia | Urofilia
Clismafilia | Frotteurismo
Dupla penetração | BBW

Coerção
Estupro | Assédio

Ver também
Sexo
Muitas culturas reconhecem pessoas como tornando-se adultas em variadas idades. Por exemplo, a tradição judaica considera como adultos (membros da sociedade) as mulheres aos 12 e os homens aos 13 anos de idade, sendo a cerimônia de transição chamada Bat Mitzvah para as garotas e Bar Mitzvah para os rapazes. No antigo Egito, o faraó Tutankhamon casou-se quando tinha 10 anos de idade com Ankhsenpaaton que tinha a mesma idade talvez um pouco mais velha e assumiu o trono com cerca de 12 anos. No Japão a passagem para a idade adulta é celebrada pelo Seijin Shiki (ou "cerimônia adulta" em tradução literal). No Ritual de puberdade feminina dos índios nambiquara, logo que tem a sua primeira menstruação, a menina púbere (wa’yontãdu, "menina menstruada") deve permanecer em reclusão em uma casa construída pelos seus pais especialmente para este fim. Lá a menina deverá permanecer de um a três meses, ao fim dos quais uma grande festa será feita e os convidados de outras aldeias nambiquara virão para retirá-la da reclusão. A menina (wekwaindu, "menina", "moça") passa, então, a ser considerada uma mulher formada, conforme explicam os Mamaindê.[2]

A puberdade e sexualidade surgem de modos diferentes para o sexo feminino e masculino. Enquanto para as meninas ocorre um crescimento rápido e curto, para os meninos o crescimento é lento e prolongado. É por isso que geralmente as meninas desenvolvem-se fisicamente e mentalmente mais cedo e mais rápido que os meninos. Quando uma pessoa do sexo masculino ou feminino sente-se atraído sexualmente por uma menina ou menino pré-púbere é considerado doente porque esta ainda não tem o corpo de uma mulher e o menino não tem as características de um homem.

Ver artigo principal: puberdade
A relação sexual entre adultos e adolescentes é regulada pelas leis de cada país referentes à idade de consentimento. Alguns países permitem o relacionamento a partir de uma idade mínima (12 anos em Angola, Filipinas e México, 13 na Espanha e Japão, 14 no Brasil, Portugal, Itália, Alemanha, Áustria e China, 15 na França, Suécia, Dinamarca e Grécia, 16 em Noruega, Reino Unido e Holanda).

O uso do termo pedófilo para descrever criminosos que cometem atos sexuais com crianças é visto como errôneo por alguns indivíduos, especialmente quando tais indivíduos são vistos de um ponto de vista clínico, uma vez que a maioria dos crimes envolvendo atos sexuais contra crianças são realizados por pessoas que não são consideradas clinicamente pedófilas, já que não sentem atração sexual primária por crianças.

Alguns especialistas acreditam que a atração sexual por crianças é por si mesma um tipo de orientação sexual. Isto vai contra ao entendimento dominante, pelo qual o termo orientação sexual é categorizado como sendo a atração sexual por pessoas do sexo oposto, do mesmo sexo, ou por ambos os sexos. Os proponentes desta ideia divergente alegam que a heterossexualidade, a homossexualidade e a bissexualidade não são normalmente associados com a atração sexual por crianças, e que estas são suficientemente diferentes dos adultos, seja física ou psicologicamente, para que a pedofilia possa ser categorizada como um tipo de orientação sexual.

[editar] Diagnóstico
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Se necessita de ajuda, consulte um profissional de saúde. As informações aqui contidas não têm caráter de aconselhamento.

Imagens como esta, de Martin Van Maele, 1905, procuram ilustrar o distúrbio pedófilo.A Classificação Internacional de Doenças (CID-10), da Organização Mundial da Saúde (OMS), item F65.4, define a pedofilia como "Preferência sexual por crianças, quer se trate de meninos, meninas ou de crianças de um ou do outro sexo, geralmente pré-púberes".[11]

O Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4th edition (DSM-IV)[12], da Associação de Psiquiatras Americanos, define uma pessoa como pedófila caso ela cumpra os três quesitos abaixo:

Por um período de ao menos seis meses, a pessoa possui intensa atração sexual, fantasias sexuais ou outros comportamentos de caráter sexual por pessoas menores de 12 anos de idade ou que ainda não tenham entrado na puberdade.
A pessoa decide por realizar seus desejos, seu comportamento é afetado por seus desejos, e/ou tais desejos causam estresse ou dificuldades intra e/ou interpessoais.
A pessoa possui mais do que 12 anos de idade e é no mínimo 5 anos mais velha do que a criança. Este critério não se aplica a indivíduos com 12-13 anos de idade ou mais, envolvidos em um relacionamento amoroso (namoro) com um indivíduo entre 17 e 20 anos de idade ou mais. Haja vista que nesta faixa etária sempre aconteceram e geralmente acontecem diversos relacionamentos entre adolescentes e adultos de idades diferentes. Namoro entre adolescentes e adultos não é considerado pedofilia por especialistas no assunto. (Exemplo: O namoro entre uma adolescente de 14 anos e um jovem de 18 anos)[13][14]
Note que o ato sexual entre pedófilo e criança não precisa estar presente, e que uma pessoa pode ser considerada clinicamente como pedófila apenas pela presença de fantasias ou desejos sexuais, desde que a dada pessoa cumpra todos os três critérios acima.

As fronteiras precisas entre infância e adolescência podem variar em casos individuais, e são difíceis de definir em termos rígidos de idade. A OMS, por exemplo, define adolescência como o período da vida entre 10 e 20 anos de idade,[15][16][17] tendo como referência apenas aspectos biológicos, como a puberdade, a gravidez precoce e a saúde do adolescente. Muitas vezes são levados em conta também aspectos sociais e econômicos, definindo a adolescência como o período da vida entre os 13 anos de idade e a maioridade civil (que geralmente se dá aos 18 anos). No Brasil, a definição legal de adolescente é de pessoa entre os 12 e os 18 anos, conforme artigo 2º do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

[editar] Causas
A causa ou causas da pedofilia são desconhecidas.[18] Pensava-se que o histórico de abuso sexual na infância era um forte fator de risco, mas pesquisas recentes não encontraram relação causal, uma vez que a grande maioria das crianças que sofrem abusos não se tornam infratores quando adultos, nem tampouco a maioria dos infratores adultos relatam terem sofrido abuso sexual. O "US Government Accountability Office" concluiu que "a existência de um ciclo de abuso sexual não foi estabelecida." Antes de 1996, havia uma crença generalizada na teoria do "ciclo de violência", porque a maioria das pesquisas feitas eram retrospectivas e baseadas em um grupo pré-definido (Cross-sectional study) — os infratores eram questionados se teriam sofrido abusos no passado. A maioria desses estudos descobriu que a maioria dos adultos infratores relataram não terem sofrido qualquer tipo de abuso durante a infância, mas os estudos variam quanto as estimativas percentuais de infratores com histórico de abusos em relação ao total de infratores, de 0 a 79 por cento. Pesquisa mais recentes, de caráter prospectivo longitudinal, estudando crianças com casos documentados de abuso sexual ao longo de certo período a fim de determinar que percentagem delas se tornaria infratora, tem demonstrado que a teoria do ciclo de violência não constitui uma explicação satisfatória para o comportamento pedófilo.[19]

Recentes estudos, empregando exploração por ressonância magnética, foram feitos na Universidade de Yale e mostraram diferenças significativas na atividade cerebral dos pedófilos. O jornal Biological Psychiatry declarou que, pela primeira vez, foram encontradas provas concretas de diferenças na estrutura de pensamento dos pedófilos. Um psicólogo forense declarou que essas descobertas podem tornar possível o tratamento farmacológico da pedofilia..[20] Continuando nessa linha de pesquisas, o Centro de Vício e Saúde Mental de Toronto, em estudo publicado no Journal of Psychiatry Research, demonstrou que a pedofilia pode ser causada por ligações imperfeitas no cérebro dos pedófilos. Os estudos indicaram que os pedófilos têm significativamente menos matéria branca, que é a responsável por unir as diversas partes do cérebro entre si.[21]

[editar] Correlações biológicas
Muitos pesquisadores tem relatado correlações entre a pedofilia e algumas características psicológicas, como baixa auto-estima[22][23] e baixa habilidade social.[24] Até recentemente, muitos pesquisadores acreditavam que a pedofilia fosse causada por essas características. A partir de 2002, outros pesquisadores, em especial os sexólogos canadenses James Cantor e Ray Blanchard junto com seus colegas, começaram a relatar um série de descobertas relacionando a pedofilia (a definição médica da preferência sexual por crianças, não a definição comportamental utilizada por outras fontes) com a estrutura e o funcionamento cerebrais: homens pedófilos (e hebefílicos)possuem QI mais baixo,[25][26][27] pontuação mais baixa em testes de memória,[25] maior proporção de canhotos,[25][27][28][29] taxas mais altas de repetência escolar em proporção com as diferenças de QI,[30] menor estatura[31] maior probabilidade de terem sofrido ferimentos na cabeça acompanhados de perda de consciência,[32][33] e várias diferenças em estruturas cerebrais detectadas através de ressonância magnética nuclear (MRI, em inglês).[34][35][36] Eles relatam que suas descobertas sugerem a existência de uma ou mais características neurológicas congênitas (presentes ao nascer) que causam ou aumentam a probabilidade de se tornar um pedófilo. Evidências de transmissão familiar "sugerem, mas não provam que fatores genéticos sejam responsáveis" pelo desenvolvimento da pedofilia.[37]

Outro estudo, usando ressonância magnética nuclear (MRI) estrutural, mostra que homens pedófilos possuem um menor volume de massa branca do que criminosos não-sexuais.[34]

Imagens de ressonância magnética funcional (fMRI) tem mostrado que pessoas diagnosticados com pedofilia que abusaram de crianças tem ativação reduzida do hipotálamo, em comparação com indivíduos não-pedófilos, ao serem expostos a fotos eróticas de adultos.[38] Um estudo de neuroimagem funcional de 2008 nota que o processamento central de estímulos sexuais em "pacientes pedófilos forenses" heterosexuais podem ser alterados por um distúrbio nas redes pré-frontais, que "podem estar associadas a comportamentos controlados por estímulo, como os comportamentos sexuais compulsivos." As descobertas podem também sugerir "uma disfunção no estágio cognitivo do processamento da excitação sexual."[39]

Blanchard, Cantor e Robichaud (2006) revisaram a pesquisa que tentou identificar aspectos hormonais de pedófilos.[40] Eles concluíram que há de fato alguma evidência de que homens pedófilos tem menos testoterona do que aqueles no grupo de controle, mas que a pesquisa é pobre e que é difícil tirar qualquer conclusão firme a partir dela.

Apesar de não poderem ser consideradas causas da pedofilia, diagnósticos psiquiáricos adicionais — como distúrbios da personalidade e abuso de substâncias — são fatores de risco para a concretização dos impulsos pedófilos.[41] Blanchard, Cantor e Robichaud (2006) notaram, a respeito do nexo-causal pedofilia-estados psiquiátricos adicionais, que "as implicações teóricas não são tão claras. São os genes específicos ou fatores nocivos no ambiente pré-natal que predispõem um homem a desenvolver distúrbios afetivos e pedofilia, ou a frustração e isolamento causados pelos desejos sexuais socialmente inaceitáveis — ou a sua ocasional satisfação - é que levam à ansiedade e ao desespero?"[40] Eles indicaram que, por terem constatado anteriormente que mães de pedófilos tem maior probabilidade de terem passado por tratamento psiquiátrico,[32] a hipótese genética é mais provável.

[editar] Tratamento
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Numerosas técnicas voltadas para o tratamento da pedofilia tem sido desenvolvidas. Muitos vêm a pedofilia como altamente resistente contra interferência psicológica, e acreditam que tratamentos e estratégias reparativas são ineficientes. Outros, tais como o Dr. Fred Berlin, acreditam que a pedofilia poderia ser claramente mais bem tratada com êxito se a comunidade médica desse mais atenção ao tema. Porém, a taxa de casos muito bem-sucedidos de tratamento é muito baixa.

Técnicas utilizadas para o tratamento da pedofilia incluem um "sistema de suporte de doze passos", paralelo à terapia de vícios, embora tal sistema é visto por muitos como o meio menos eficiente de tratamento. Medicações antiandrogênicas, tais como o Depo Provera, podem ser utilizadas para diminuírem níveis de testosterona, e são constantemente utilizados, em conjunto com outras medidas.

A terapia cognitivo-comportamental possui mais suporte em geral, onde o pedófilo aprende a associar o "comportamento pedofílico" com diversos atos considerados não-desejáveis. Geralmente, isto é feito dizendo para o pedófilo "fantasiar atividade sexual desviante", e então, uma vez excitado, os pedófilos são ditos para imaginarem as consequências legais e sociais de tais fantasias. Outros programas induzem o pedófilo a associarem comportamento ilegal com dor, através da controversa terapia de aversão, onde choques elétricos são induzidos ao pedófilo enquanto este está fantasiando. Estes últimos métodos são raramente utilizados em pedófilos que não cometeram ainda crimes baseados na pedofilia.

[editar] Terapias de controle
Apesar de algumas terapias medicinais para o controle do desejo sexual serem alvo muitas críticas médicas, a castração química[42] judicial é um método de controle que tem mostrado alguns resultados. A parte dos tratamentos impostos por condenação judicial, esses métodos também podem ser voluntariamente utilizados por pessoas que queiram diminuir a sua libido, evitando-se abusos sexuais antes que eles aconteçam. Para o sexo masculino, alguns medicamentos amplamente disponíveis para o câncer de Próstata, além de hormônios femininos, têm eficácia na diminuição da libido masculino. Há de considerar, contudo, que esses métodos induzem a uma feminilização do corpo masculino, podendo ocasionar o crescimento de glândulas mamárias naturais.

[editar] Ocorrência
Não se sabe ao certo a ocorrência da pedofilia. Alguns estudos afirmaram que ao menos um quarto de todos os adultos do sexo masculino podem apresentar algum excitamento sexual em relação a crianças. Um estudo realizado por Hall, G. C. N. da Universidade Estadual de Kent, por exemplo, observou que 32,5% de sua amostra (80 homens adultos) exibiram desde algum excitamento sexual até estímulo pedofílico heterossexual, igual ou maior do que o excitamento obtido com estímulos sexuais adultos. Kurt Freund (1972) notou que "homens que não possuem preferências desviantes mostraram reações sexuais positivas em relação a crianças do sexo feminino entre seis e oito anos de idade.

Em 1989, Briere e Runtz[43] conduziram um estudo em 193 estudantes universitários, sobre pedofilia. Da amostra, 21% disseram ter alguma atração sexual para algumas crianças, 9% afirmaram terem fantasias sexuais envolvendo crianças, 5% admitiram masturbarem-se por causa destas fantasias, e 7% concederam alguma probabilidade de realizar ato sexual com uma criança, caso pudessem evitar serem descobertos e punidos por isto. Os autores também notaram que, dado o estigma social existente atrás destas admissões, pode-se hipotetizar que as taxas atuais possam ser ainda maiores.

J. Feierman (1990) estimou que entre 7% a 10% dos homens adultos possuem alguma atração sexual por crianças do sexo masculino.

[editar] Em abusadores sexuais de crianças
Uma pessoa que pratica um ato sexual com uma criança é, apesar de todas as definições médicas, comumente assumido e descrito como sendo um pedófilo. Porém, existem outras razões que podem levar ao ato (tais como estresse, problemas no casamento, ou a falta de um parceiro adulto), tal como o estupro de pessoas adultas pode ter razões não-sexuais. Por isto, somente o abuso sexual de crianças pode indicar ou não que um abusador é um pedófilo. A maioria dos abusadores em fato não possuem um interesse sexual voltado primariamente para crianças.

Certos pedófilos mantêm uma relação estável com as suas vitimas, que se justifica normalmente pelo atraso mental que as crianças sofrem. Como está descrito no livro 'Pedófilia Incestuosa' escrito pelos peritos americanos Fredcrich Burnay e Beatrisse Ferreira os pedófilos ao tendo relações com os seus parentes sentem "um nível de poder e subjugação que para eles justifica o acto em si". Estima-se que apenas entre 2% a 10% das pessoas que praticaram atos de natureza sexual em crianças sejam pedófilos, tais pessoas são chamadas de pedófilos estruturados, fixados ou preferenciais. Abusadores que não atendem aos critérios regulares de diagnóstico da pedofilia são chamados de abusadores oportunos, regressivos ou situacionais. Um estudo de Abel, G. G, Mittleman, M. S, e Becker, J. V observou que existem geralmente claras distinções características entre abusadores oportunistas e pedófilos estruturados. Abusadores oportunistas tendem a cometer abuso sexual contra crianças em períodos de estresse, possuem poucas vítimas, geralmente, pertencentes à própria família, possuem menos probabilidade de abusar sexualmente de crianças, e possuem preferência sexual para adultos. Abusadores pedófilos, por outro lado, geralmente começam a cometer atos de natureza sexual a crianças em tenra idade, muitas vezes possuem um grande número de menores que são frequentemente extrafamiliares, cometem mais abusos sexuais com crianças, e possuem valores ou crenças que suportam fortemente um estilo de vida voltado ao abuso. No caso de incesto entre pais e filhos, acredita-se que a maioria dos abusos envolve pais que são abusadores oportunistas, ao invés de pedófilos.

isso sim é vergonhoso. Jeancarlo O. Neves

[editar] Legislação
A pedofilia era tolerada ou ignorada em muitas legislações dos países, o que foi sendo paulatinamente modificado com a aprovação sucessiva de tratados internacionais, que culminaram com a aprovação, em 1989, pela ONU, da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança que, em seu artigo 19, expressamente obriga aos estados a adoção de medidas que protejam a infância e adolescência do abuso, ameaça ou lesão à sua integridade sexual.

O ato sexual entre adultos e adolescentes (o que não configura a pedofilia), pode não ser considerado um crime, em hipóteses excepcionais que dependem da idade do adolescente, bem como da legislação local sobre a idade de consentimento (nos países que adoptam este conceito), ou como dirimente penal para casos como o estupro. A emancipação de menores é um instituto não reconhecido pela grande maioria das nações, no tocante à vida sexual. A pedofilia é sempre um crime de ação pública: ou seja, sua prática independe da vontade dos pais ou responsáveis pelo menor - alguns deles envolvidos nos casos de rede internacional de pedofilia já desbaratados.

A pornografia infantil também é considerada crime na grande maioria dos países do mundo. Alguns países possuem leis proibindo o uso da Internet para recrutar menores com a intenção de realizar o ato sexual, virtual ou não.

O abuso sexual, no direito internacional moderno, é considerado como mais uma prática do ilícito pedófilo.

Em alguns países, pessoas com história de atividade sexual com crianças podem ser proibidas, através de decisões judiciais ou de legislação existente, de se encontrarem com as mesmas, ou de terem empregos que as aproximem de crianças ou, ainda, de possuirem computadores e/ou telefones celulares, de usarem a Internet, ou mesmo de possuir brinquedos infantis.

Muitas vezes, o criminoso é uma pessoa próxima à criança, que se aproveita da fragilidade da vítima para satisfazer seus desejos sexuais. Em outros casos, razões não-sexuais podem estar envolvidas. Por isto, o abuso sexual de crianças, por si só, não necessariamente indica que o criminoso é um pedófilo. A maioria dos abusadores, de fato, não possui interesse sexual primário por crianças. Estima-se que apenas entre 2% e 10% das pessoas que abusam sexualmente de crianças sejam pedófilas.

[editar] No Brasil
A lei brasileira não possui o tipo penal "pedofilia". Entretanto, a pedofilia, como contato sexual entre crianças e adultos, se enquadra juridicamente no crime de estupro de vulnerável (art. 217-A do Código Penal) com pena de oito a quinze anos de reclusão e considerados crimes hediondos.

Pornografia infantil é crime no Brasil, passível de pena de prisão de dois a seis anos e multa. Artigo 241, do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90): Apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive rede mundial de computadores (internet), fotografias ou imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo criança ou adolescente. Em novembro de 2003, a abrangência da lei aumentou, para incluir também a divulgação de links para endereços contendo pornografia infantil como crime de igual gravidade.[44] O Ministério Público do país mantém parceria com a ONG SaferNet que recebe denuncias de crimes contra os Direitos Humanos na Internet e mantém o sítio SaferNet, que visa a denúncia anônima de casos suspeitos de pedofilia virtual.

A partir de 2007 os Conselhos Estaduais da Criança e do Adolescente, com a coordenação nacional da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, lançou uma ampla campanha para coibir a prática de crimes contra menores, através de denúncias anônimas feitas através do telefone 100. Em todo o país este número serve para receber as denúncias de abusos de toda a ordem - e os sexuais são a maioria dos casos.[45]

Em 20 de dezembro de 2007 a Polícia Federal do Brasil, em conjunto com a Interpol, o FBI e outras agências de investigação desvendou o uso da Internet como meio para divulgação de material - para tanto usando da identificação dos IPs anônimos - tendo efetuado três prisões em flagrante e mais de quatrocentas apreensões pelo país - sendo esta a primeira operação onde foi possível identificar usuários da rede mundial de computadores para a prática pedófila no Brasil[46]

[editar] No mundo
O caso mais recente e de maior repercussão foi a busca por um pedófilo que aparecia em várias fotos abusando de menores. Cerca de 200 imagens com seu rosto digitalmente alterado foram divulgadas na Internet. Numa busca que envolveu especialistas em edição de imagens, a fim de restaurar a imagem do rosto do procurado, o canadense Christopher Neil, 32 anos, foi preso e acusado por crime de pedofilia na província de Nakhon Ratchasima, em Korat, a cerca de 250 km a norte da capital Bangcoc, uma área turística da Tailândia. A captura começou quando investigadores captaram um telefonema de uma travesti tailandesa com quem Neil teve contatos no passado. A travesti, de 25 anos, que já alugou uma casa com Neil em outra região da Tailândia, colaborou com as investigações levando os policiais até a residência do acusado.[47] No mesmo dia a instrutora de tênis britânica, Claire Lyte, 29 anos, foi condenada pelo mesmo crime ao ser considerada culpada de manter relações sexuais com sua aluna de apenas 13 anos. Lyte deve receber a sentença pela condenação dentro de um mês.[48]

[editar] Nas entidades religiosas
Este artigo ou secção deverá ser fundido com Abuso sexual de menores por membros da Igreja Católica.
Se não concorda, discuta sobre a fusão na página de discussão daquele artigo.

A Revista Veja, da Editora abril, edição nº 1982, ano 39, nº 45, de 15 de novembro de 2006, publicou uma reportagem nas páginas 112/114, sobre dois advogados norte-americanos, John Aretakis, de Nova Iorque e Jeff Anderson, de Minnesota, recordistas de clientes vítimas de abusos sexuais, tendo o primeiro patrocinado 250 ações, com indenizações no valor de um milhão de dólares obtidas da Igreja Católica e o segundo patrocinado mil ações, com indenizações no valor de 150 milhões de dólares, também, obtidas da mesma instituição religiosa. O caso mais famoso foi o do padre Mark Haight, de Albany, que estuprou um menino, diariamente, durante seis anos. Seguem-se os casos do padre James Porter, que molestou 28 crianças e foi condenado em 1993 a 28 anos de prisão, do padre Paul Shanley, que molestou uma menina durante três anos e foi condenado a doze anos de cadeia, do padre John Geoghan, molestador de mais de cem crianças, foi condenado a dez anos de prisão e do padre Rudolph Kos, que molestou onze crianças e a sua diocese pagou indenizações no valor de trinta milhões de dólares às vítimas. Anderson afirmou à Revista Veja: "luteranos, mórmons, testemunhas de Jeová, evangélicos…Diga-me o nome de qualquer grupo religioso e eu provavelmente já o processei".

Cláudio Hummes, cardeal prefeito da Congregação para o Clero do Vaticano, reconheceu que casos de pedofilia afetam 4% dos padres católicos, o que representaria cerca de 20 mil sacerdotes em todo o mundo.[49]

[editar] Terminologia errada: difamação, crimes relacionados e problemas éticos
[editar] Ética jornalística
Algumas vezes, alguns jornalistas utilizaram terminologia errada em relação à pedofilia. Para o autor e professor de Jornalismo Felipe Pena, "não há mais lugar para definições messiânicas utilizadas de forma maniqueísta para satisfazer as simplificações conceituais", e não há como a ética jornalística contrariar o Código Penal[50][51] Todos os Códigos de Ética da profissão definem a busca da verdade e da precisão das informações como valores fundamentais do Jornalismo, inclusive o da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas[52]), do Brasil, e o da IFJ (Federação Internacional de Jornalistas[53]); vedam, também, a prática de crimes[54] e/ou a incitação ao crime e à violência.[55]

[editar] Crimes relacionados
Devido à classificação da pedofilia como doença mental e à carga fortemente pejorativa associada a esta palavra, o fato de uma pessoa (seja jornalista ou não) referir-se a um não-pedófilo como "pedófilo" caracteriza a prática de diversos crimes contra a honra, especialmente no caso de relacionamentos amorosos consentidos e permitidos por lei, tais como aqueles entre adultos e adolescentes acima da idade de consentimento[56] [57] [58](14 anos no Brasil[59] e também em Portugal.[60]

[editar] Brasil
No Brasil, os crimes previstos são os de difamação ,[61] calúnia e injúria (artigos 138 até 140 do Código Penal), com penas agravadas quando o crime for praticado em público (art.141, III), além da possibilidade de penas adicionais por incitação ao ódio e à violência contra o não-pedófilo (incitação ao crime, art. 286 do CP) .[62]

Em casos extremos, por exemplo, envolvendo o bullying ou o linchamento moral público de um não-pedófilo sendo chamado de pedófilo, outros crimes podem ser acrescidos, como constrangimento ilegal (art.146 do CP) e exercício arbitrário das próprias razões (art.345 do CP). Por fim, se de tal ato resultar o suicídio do não-pedófilo, dependendo da corrente jurídica, poderá haver também enquadramento pelo crime de induzimento ou instigação ao suicídio (art. 122 do CP)[63] ou pelo crime de homicídio doloso (com intenção), se o suicídio for decorrente de maus tratos morais.[64]

[editar] Portugal
Em Portugal, os crimes são os de difamação, injúrias, e ofensa à memória de pessoa falecida (artigos 180 até 182, e 185, do Código Penal), com agravantes previstas para os casos com publicidade (art.183) e vítima autoridade (art. 184), além da pena adicional de "conhecimento público da sentença condenatória" (direito de resposta às custas do difamador, art. 189) [65] [66] e o caso de "instigação pública a um crime" (art. 297) .[67]

[editar] História
Um pretenso activismo pedófilo teria surgido nos Países Baixos, no final dos anos 1950, pelo trabalho do neerlandês Frits Bernard, que fundou um grupo tolerado naquele país, tendo se desenvolvido a partir da Revolução sexual dos anos 1970 e até o início dos anos 1980, sobretudo na Europa Ocidental e EUA.

Em 1979, uma petição apoiada por grupos não-pedófilos (sexólogos, homossexuais, feministas, trabalhistas) chegou a ser apresentada ao Parlamento neerlandês, sem sucesso. Várias alegadas entidades foram fundadas onde a legislação era tolerante ou omissa. A reação social passou a desmascarar as intenções dos indivíduos que utilizavam o discurso pró-pedofilia, o que levou os grupos de pedófilos neles imiscuidos a serem expulsos, a partir de 1994, da ILGA, a confederação mundial de grupos GLBT, que então proclamou oficialmente a dissociação de pedofilia e homossexualidade, rechaçando expressamente os portadores daquela anomalia. Novos grupos, em países como Alemanha e Países Baixos, sobreviveram, centrando sua ação basicamente na Internet, dificultando sua captura e identificação.

Embora essas siglas pretendam existir e divulgar a pedofilia como algo normal, as polícias do mundo cada vez mais se unem no combate e prisão dos praticantes desse crime, desbaratando as redes internacionais de pedofilia.


[editar] Ativismo anti-pedofilia
Ver artigo principal: Activismo anti-pedófilo
O ativismo antipedófilo abrange oposição aos pedófilos, activismo pró-pedófilo e outros fenômenos tidos como relacionados à pedofilia, como a pornografia infantil e abuso sexual de menores.[73] Muitas ações diretas classificadas como antipedófila envolvem demonstrações contra acusados de crimes de natureza sexual,[74] grupos que advogam a legalização da atividade sexual entre adultos e crianças,[75] usuários de internet que solicitam sexo a adolescentes.

PEDOFILIA

Explicar o conceito de pedofilia

"Atracção de adultos por crianças" Dicionário da vida sexual (Aldo Pereira,
Editora Abril Cultural)

"Desejo sexual por crianças" Wordweb 1.6, (Teasauros Dictionary Princeton
University).

A pedofilia trata-se obviamente do abuso sexual de crianças. O abuso sexual
de menores refere-se ao uso de uma criança (definida como pessoa menos
de 16 anos) por um adulto para gratificação sexual com, ou sem consenti-
mento da mesma,

Qualquer forma de contacto sexual entre um adulto e uma criança, directo ou
indirecto, é abusivo uma vez que é meramente motivado pelas necessidades
e vontades do adulto e envolve a criança que, em virtude da sua idade e
inocência, não possui uma estrutura ou perfil psicológico que lhe permita lidar
com uma situação de abuso sexual. O abuso sexual de crianças pode ser
físico ou não físico.

E considerado abuso sexual de crianças: actos de exposição, toque sexual,
penetração oral ou vaginal.

O ABUSO SEXUAL FÍSICO DE CRIANÇAS PODE SER VIOLENTO OU NÃO VIOLENTO.

Abuso físico não violento refere – se a:

• caricias nos órgãos genitais de criança e ao acto sexual não violento, com o
consentimento da criança.

Abuso sexual físico violento é a:

• violação, ou a prática de qualquer acto de índole física sem consentimento da
criança.

Abuso sexual de crianças não físico refere – se a:

• Exibicionismo – mostrar à criança filmes ou fotos pornográficas, exibir os
órgãos genitais ou fazer qualquer tipo de comentários obscenos a um menor.

• Voyorismo – olhar ou espreitar por portas e janelas, violando a privacidade da
criança.

• Pornografia infantil – filmar ou fotografar crianças nuas.

A actividade sexual entre crianças é considerada abuso sexual, quando é
praticada entre irmãos; ou pela diferença de idades das duas crianças e o
respectivo nível de desenvolvimento; pela existência de coacção, em que se torna
evidente que uma das crianças abusa outra.

O perfil do Pedófilo

Os pedófilos exibem regularmente um determinado número de características
comuns. É no entanto esta caracterização, não pode ser conclusiva.

Os pedófilos:

• provêem de todos os estratos sociais;

• são até considerados cidadãos respeitáveis;

• molestam sexualmente crianças antes dos 30 anos de idade;

• pais incestuosos abusam de crianças fora de casa, mantendo uma
relação normal com os familiares;

• ambos abusadores, incestuosos ou não, sentem desejo similar por
crianças.

Problemas associados a pedófilos:

• abuso de álcool/drogas;

• sentimento de inadaptação;

• depressão;

• fraco poder de controlo dos seus impulsos;

• fraca auto – estima.

O começo deste problema pode ocorrer desde a adolescência até a idade
adulta, e surge predominantemente no sexo masculino.

Cerca de 2/3 dos pedófilos são atraídos por crianças do sexo oposto.

É raro o caso dos pedófilos que param depois da sua primeira vítima.

Muitos dos pedófilos encontram – se sob o efeito da droga ou do álcool,
no momento em que cometem o abuso.

Menos de 5% dos pedófilos são diagnosticados como sendo mentalmente
perturbados ou psicóticos.

O que fazer? – O que dizer?

“Pedofilo”. Segundo Armando Sodano

ALGUNS CONSELHOS PARA LIDAR COM CRIANÇAS VÍTIMAS DE ABUSO SEXUAL.

1.

Manter a calma;

2.

Ser paciente;

3.

Nunca pressionar nem perguntar detalhes, deixar a criança contar com as
suas próprias palavras;

4.

Ouvir atentamente e acreditar;

5.

Tentar perceber o que a criança está a dizer e perceber o quão difícil é
para ela dizer – lho;

6.

Confortar o mais possível a criança;

7.

Garanta – lhe que não voltará a acontecer, faça senti – la protegida;

8.

Diga à criança que está orgulhosa por ela lhe ter contado esse “segredo”;

9.

Quando estiver sozinho escreva tudo o que a criança disse, usando as
palavras da criança, evitando escrever as suas interpretações;

Muitas das vezes as crianças não contam o que se passou por palavras, mas

com comportamentos.

O facto de não contarem pode estar associado com falta de confiança, com

ameaças recebidas pelo pedófilo, ou até por não querer preocupar os

adultos.

Além disso nem todos os actos sexuais são dolorosos, e a criança até pode

experimentar algum prazer com o abuso sofrido.

Alguns pedófilos fazem com que o acto pareça extremamente normal, o que

gera uma grande confusão na mente da criança.

O que pode impedir a criança de

de revelar que foi vítima de abuso sexual?

E. Munch, O Grito, 1893

MEDO

A criança:

• pode ter sido ameaçada para guardar segredo;

• pode ter medo de ser castigada por ter feito algo de errado;

• pode ter medo de ser rejeitada pelos pais;

• pode ter medo de reacções negativas por parte dos amigos ou
membros da família;

• pode ter medo de ser tratado de forma diferente se se souber
do abuso;

• pode ter medo de preocupar os pais ou destabilizar a família;

• pode ter medo de ser expulsa de casa.

CONFUSÃO E SENTOMENTOS CONFLITUOSOS

A criança pode:

• não compreender o quê ou porque é que isto aconteceu com ela;

• estar confusa quando o abusador é alguém em que ela confia;

• sentir que o abuso é errado, mas pode ter dificuldade em perceber
porque é que alguém que ela ama e confia o fez;

• estar confusa pela dualidade de sentimentos para com o pedófilo: amor
e ódio;

CULPA

•Acreditar que ela ou as suas acções são responsáveis pelo abuso;

•Sentir que é culpada por se ter relacionado com o abusador, e pondera se
não merece aquilo que lhe acontece;

DOR E/OU VERGONHA

• Frequentemente as crianças ficam sob o ponto de vista emocional
abaladas;

• Podem muitas das vezes sentir vergonha pelo que lhes aconteceu,
parecendo – lhes mais fácil permanecer no silencio do que revelar o abuso.

Caso a criança opte pelo silencio, há
alguma forma de pais ou educadores se
aperceberem do problema?

Indicadores comportamentais:

• Excessivo interesse ou incomodo fora do normal por assuntos de natureza
sexual;

• Problemas em dormir – pesadelos;

• Depressão e incómodo em contactos físicos;

• Comentários de que o seu corpo está sujo ou magoado, ou manifestação de
medo que haja algo de errado nos seus órgãos genitais;

• Repulsa em ir para a escola;

• Mudança súbita na conduta do comportamento;

•Agressividade fora do normal;

•Desenhos, jogos ou fantasias de actos de abusos sexuais.

Indicadores físicos:

• Feridas na região anal ou genital;

• Irritação ou infecção;

• Aparecimento de uma doença venérea (herpes, gonorreia, etc.);

• Comichão fora do normal na região anal ou genital;

• Hemorragia perto da região genital.

• Existe uma passividade dos intervenientes policiais, educadores enquanto

profissionais da educação, pais e governos que pactuam com a proliferação da

pedofilia que se desenvolve neste silencioso e pacato país, que se orgulha em se

dizer respeitador dos direitos da criança;

• Devemos responder com coragem e determinação ao problema da pedofilia, para

não pactuar com o confortável silencio que só favorece o pedófilo.

• É necessário combater e prevenir actos de abuso sexual de crianças inocentes;

• A pedofilia atinge dimensões mundiais e números preocupantes;

Por fim, pedimos a todos......

Não deixem estas crianças ficar no fundo da escuridão...

Ajudem – nas, estejam atentos!!!

Pedofilia: Você pode proteger seu filho desse mal
Postado em 01 maio 2010.

por Jaqueline A. Pinto -

Uma estatística levantada pelo Laboratório de Estudos da Criança (Lacri) da Universidade de São Paulo (USP), traz revelações estarrecedoras. O relatório registrou, durante 2001, 1 723 casos de violência sexual contra menores no âmbito doméstico. O relatório, intitulado “A Ponta do Iceberg”, apenas se baseia nos casos que chegaram às instâncias oficiais, como Varas de Família. Levando-se em conta que, na época dessa reportagem, o Brasil era o quarto país no mundo em pedofilia na Internet e agora é o primeiro, podemos deduzir que esse tipo de crime cresceu assustadoramente. É por esse motivo que optamos pela informação e orientação dos pais, como forma de prevenção e combate à pedofilia.

O que é pedofilia?

Pedofilia, atualmente, é definida simultaneamente como doença, distúrbio psicológico e desvio sexual (ou parafilia) pela Organização Mundial de Saúde. Geralmente manifesta-se em adultos, que por sua vez, conseguem somente atingir o prazer sexual através de contatos físicos ou visuais com crianças ou adolescentes. Esses contatos físicos podem ser: carícias nos órgãos genitais, masturbação, sexo oral, penetração vaginal e anal.

Perfil do pedófilo:

Muitos são chefes de família que mantêm, tanto com os filhos como com a esposa, relações normais. Em muitos casos, o molestador é o próprio pai, padrasto, um amigo da família ou até mesmo um primo mais velho – enfim pessoas em que todos confiam. Na maioria dos casos, a vítima conhece o pedófilo, que age de forma a que ela pense que o que está ocorrendo é normal. Os molestadores sexuais podem ser pessoas de qualquer nível social e cultural, com predominância do sexo masculino e que, em geral, começam a agir antes dos 30 anos.

O pedófilo não atua de uma maneira explícita, tanto no abuso sexual direto quanto no indireto. Ele vai seduzindo a criança, diz que vai lhe fazer bem, dá doces e, na internet, muitas vezes ele apresenta-se como criança. O pedófilo apresenta-se com uma linguagem infantil e vai aos poucos seduzindo a criança a fazer o que ele quer. Já dentro de casa, além da sedução – por doces, passeios, afeto – tem a ameaça: “Se você contar eu te mato, ninguém vai acreditar em você”, etc. É a relação de poder, que inclui ameaça, sedução e cumplicidade ao mesmo tempo. O abusador sexual também busca a cumplicidade de quem pode desconfiar. Todas as pesquisas mostram que há um ritual, mesmo na internet. Geralmente, a aproximação ocorre à noite, quando a casa está vazia. No abuso sexual direto, os mais próximos são os que mais praticam esse crime.

Prevenção:

Estar sempre ciente de onde está a criança e o que está fazendo.

Pedir a outros adultos responsáveis que ajudem a vigiar os filhos quando os pais não puderem cuidar.

Se não for possível uma supervisão intensiva de adultos, peça que fiquem o maior tempo possível junto de outras crianças, explicando as vantagens do companheirismo.

Conhecer bem os amigos, especialmente aqueles que são mais velhos.

Ensinar a criança a zelar por sua própria segurança.

Orientar sempre sobre opções do que fazer caso percebam más intenções de pessoas pouco conhecidas ou mesmo íntimas.

Orientar sempre a buscarem ajuda com outro adulto quando se sentirem incomodadas.

Explicar as opções de chamar atenção sem se envergonhar, gritar e correr em situações de perigo.

Orientar as crianças que elas não devem estar sempre de acordo com iniciativas para manter contacto físico estreito e desconfortável, mesmo que sejam por parte de parentes próximos e amigos.

Educação sexual: É papel dos pais ensinar valores relacionados à sexualidade e à higidez corporal em geral.

Limites e vigília quanto a Internet – Estabeleça com os filhos, desde o início, as regras de uso. Seja claro em relação ao que pode e o que não pode ser acessado; explique também o porquê; explicite quais as responsabilidades que as crianças têm em relação ao benefício recebido, o uso permitido e o que decorrerá caso os acordos sejam rompidos.

Lembrem-se, carinho e amor dentro de casa, educação por parte dos pais e das escolas ainda são a forma mais segura de evitar danos.

É importante que os pais se atentem quanto aos sinais físicos e comportamentais de um abusado:

Os indicadores comportamentais mais comuns são: mudanças repentinas na forma de agir; aumento intenso da agressividade; interesse súbito e fora do comum por assuntos ligados a sexo; pesadelos; insônia; depressão; insistência em dizer que está sujo; reação aversiva a ser tocado fisicamente; uso de termos relacionados ao ato sexual incompatíveis com a idade; simulação do ato sexual com brinquedos ou bonecos; preocupação de que haja algo errado com seus genitais; desenhos, pinturas ou outras formas de expressão em que o ato sexual é representado com freqüência e de forma impressiva ou com cores muito fortes; medo descabido de determinadas pessoas; tentativas de fazer ou representar o ato sexual com outras crianças, entre outros.

Os sintomas físicos mais comuns são: irritação (pele avermelhada ou arranhada) e/ou ferimentos na área genital; corrimento e coceira intensa nas áreas genitais; aparecimento de doença venérea e/ou hemorragia vaginal ou anal.

Atenção: Com relação aos indicadores comportamentais, é necessária a presença de vários deles ao mesmo tempo, por vários dias seguidamente. Um sintoma ocasional apenas não costuma ter significado para o caso em questão. Já os sintomas físicos citados não podem esperar: a presença de qualquer um deles indica a necessidade de uma consulta imediata ao pediatra ou ao clínico (dependendo da idade da vítima).

Sabe-se que uma criança ou adolescente que é vítima de pedofilia pode ter sérios danos físicos e emocionais que podem comprometer por toda a vida. Por isso, incentivamos a vocês, pais, a orientarem seus filhos pois, quando a sociedade se mobiliza e avança unida num só propósito, ocorre grande êxito. Então, unidos com o apoio político e governamental lutaremos e denunciaremos o crime de pedofilia. Também invista um tempo de oração com seus filhos, o Diabo busca apenas uma brecha para nos devorar, por isso a oração e a vigilância é fundamental. Em Provérbios 2: 6 diz “Pois o Senhor é quem dá sabedoria de sua boca procedem o conhecimento e o discernimento. Ele reserva a sensatez para o justo; como um escudo protege quem anda com integridade, pois guarda a vereda do justo e protege o caminho de seus fiéis” que promessa maravilhosa, portanto busque o Senhor intensamente e Ele nos guiará em veredas de justiça.

Como denunciar esse crime? Disque 100.

Pedofilia na Internet: acesse: www.censura.com.br

Jaqueline A. Pinto é psicóloga clínica (CRP 04/22513), formada pelo Unicentro Newton Paiva, em Belo Horizonte. Escreve artigos para revistas destinadas a pais e educadores, e realiza palestras em igrejas e escolas. É membro da Igreja Batista Nova Unção, na qual lidera uma rede de mulheres.

'Fantástico' mostra como supostos pedófilos agem pela internet
Dom, 14 de Março de 2010 00:00
Produtores se passaram por menores e filmaram encontros.
Procuradora orienta crianças a não fazer amizades com estranhos na web.

O "Fantástico" flagrou a atuação de supostos pedófilos na Internet. Produtores se passaram por menores em salas de bate-papo na web e mostraram como essas pessoas agem para seduzir crianças. A matéria conta a história da filha de Fátima Freire, que aos 12 anos foi assediada por um pedófilo de 49 anos, cuja ação foi flagrada pela polícia.


Em uma sala de bate-papo na Internet, a filha de Fátima conheceu uma pessoa que se apresentou como Josi, uma colega de escola. Em pouco tempo, a tal pessoa começou a enviar mensagens pornográficas. “Na ocasião, ela tinha 12 anos e era uma menina que não estava voltada para uma vida sexual e falar sobre esse tipo de coisa”, conta a mãe.

Acreditando ser de fato uma colega de escola, a menina tinha mandado fotos dela para o desconhecido e, quando tentou encerrar a conversa, o homem fez ameaças. “Ele começou a dizer para ela que ela ia se arrepender se não voltasse a entrar em contato com ele. Ela disse que não ia falar mais com ele e ele disse que ia desmoralizar ela na escola na frente dos amigos”, acrescentou Fátima.

O homem distribuiu montagens obscenas com as fotos da menina entre os colegas de escola. “Eu percebi que ela estava diferente. Na escola, ela começou a ser menosprezada pelos amigos. Ela chegou em casa e me contou. E eu comecei a agir”, disse a mãe.

Fátima fez uma denúncia e a polícia montou uma armadilha para pegar o sujeito. A menina marcou um encontro em um supermercado, no Rio de Janeiro. “Ele pediu que ela fosse com os cabelos soltos, com vestido. Eu comuniquei aos policiais e eles foram imediatamente para lá”, contou Fátima.

A menina foi ao supermercado, mas o desconhecido não estava lá e ela saiu. “Quando ele viu que ela estava saindo do supermercado, ele jogou o carro e falou o nome dela. E aí ela falou 'quem é você? E ele falou 'eu sou o amigo da Josi e eu estou com o seu material, com as suas imagens aqui para te entregar. Entra no carro’. Aí ela falou que não ia entrar e ele falou 'entra no carro agora'. E ele puxou a arma. Ameaçou e ainda fez um gesto de segurar ela. Ela puxou e aí foi quando a polícia cercou o carro dele e ele não teve como sair. E na mala do carro dele foram apreendidos vários materiais de outras meninas, materiais pornográficos, de encontros”, contou Fátima.

O pedófilo tinha 49 anos. É o terceiro-sargento da Marinha, Francisco Luis Dias, que está preso, condenado a oito anos de cadeia. “Então, eu digo para as pessoas que estão passando por esse problema. Não tenham medo. Não tenham medo. Denuncie, porque é denunciando um pedófilo que fez isso com a sua filha que você vai evitar que ele faça com outras meninas”, alerta Fátima.

Só no ano passado, em todo o Brasil, foram mais de 43 mil denúncias de pornografia infantil na Internet.

Flagrante
Para mostrar como adultos conseguem aliciar crianças em salas de bate-papo, um produtor e uma produtora do Fantástico se fizeram passar por menores de idade. Os dois foram orientados por um especialista em crimes de Internet, Vanderson Castilho.

O primeiro que se apresenta é um tal de "professor César" querendo conversa com a suposta menina de 13 anos - a produtora do Fantástico. Na conversa, ele pergunta a idade da menina, que responde ter 13 anos. Ele pergunta se ela gosta de homens mais velhos, se ela está sozinha e pede que abra a câmera para vê-la melhor.

O especialista Vanderson Castilho explica porque eles fazem questão de abrir a webcam, a câmera: “Para ter certeza de que eles estão conversando com quem eles acham que estão conversando, nesse caso uma menina de 13 anos mesmo. E quando ele visualiza pela webcam que é a menina, a conversa começa a fluir, e aí ele vai partir para uma forma de aliciamento."

O homem pede para a menina mostrar o corpo, levantar a blusa. Outro homem surge na tela e diz que é piloto de avião e pergunta se a menina iria a um motel com ele, se tem vontade de fazer amor.
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Depois, aparece um tal de Joel, de 48 anos, que pergunta se a menina é virgem e se gostaria de alguém mais maduro.

A produtora aceita marcar um encontro com Joel, em um shopping de São Paulo. E as câmeras do Fantástico acompanham tudo de longe. Ele pede para ela dar uma volta com ele e diz que ela não precisa ficar com medo de ele seqüestrá-la.

Quando eles saem do shopping, o repórter Eduardo Faustini aborda o suposto Joel, perguntando se a moça é filha dele. Ele diz que é uma colega, que não costuma marcar encontro pela Internet. Ele diz ainda que eles estavam tomando um sorvete e sai correndo.

Em Curitiba
A produtora do Fantástico, que parece muito jovem e convence no papel de uma menina de 13 anos, também marcou encontro com Jonas, em um shopping em Curitiba. Ele diz que, normalmente, as mulheres gostam de homens mais velhos.

O homem convence a produtora a sair do shopping. Ele diz que tem 29 anos, que não sabia que ela tinha 13 anos e que tinha acabado de encontrá-la no shopping. Mas o registro da conversa do Jonas na Internet deixa claro que ele acredita estar diante de uma menina de 13 anos.

Ele diz que é estranho se relacionar com uma menina de 13 anos e que, agora que sabe que ela tem essa idade não quer mais. Ele conta ainda que não a conhecia ainda e que a relação com ela talvez seria de amizade. Mas, na sala de bate-papo, ele perguntou se ela já tinha mostrado partes íntimas para alguém.

A procuradora da Rrepública, Neide Cardoso de Oliveira, diz que o flagrante mostra a a típica atitude de um pedófilo. “Esse exemplo que vocês gravaram é a típica ação do pedófilo na Internet”, explica.

Linguagem infantil
Em mais uma conversa em sala de bate-papo, um homem de 53 anos pede para que a produtora do Fantástico ligue a câmera do computador e brinca com o ursinho de pelúcia que aparece ao fundo.

“É exatamente esse o perfil do pedófilo. Ele usa a linguagem da criança e do adolescente que ele pretende aliciar. Então, se a criança tem dez anos, ele vai saber qual é o filme da moda, qual o personagem do momento, o programa que a criança gosta de assistir. Enfim, o que está na moda. Ele vai saber dialogar com a criança. Justamente porque muitas vezes ele quer se passar por criança também”, diz Neide.

Os aliciadores da Internet procuram meninas e também meninos. O produtor do Fantástico se apresenta como Tiago, 13 anos, e aceita um encontro com um advogado de 49 anos.

Os aliciadores preferem encontros em lugares movimentados, para não chamar a atenção e para tranquilizar suas vítimas. O homem fala muito, joga conversa, e, para seduzir, faz elogios. Mas ele é precavido. “Só duas pessoas podem ficar sabendo. Nem com teus amigos você pode falar isso”. E convida: “O único lugar que eu tenho que posso fazer isso e que é acima de qualquer suspeita é o meu escritório”.

O intuito de todos é aliciar, encontrar e manter relações sexuais. O produtor do Fantástico finge aceitar o convite. Eles saem, mas não chegam a entrar no carro do advogado.

Durante esta reportagem, o "Fantástico" registrou imagens e diálogos tão obscenos que não puderam ser mostrados.

Estes homens não foram identificados porque, segundo a lei, eles não chegaram a cometer crime, uma vez que os produtores do Fantástico são maiores de idade. Mas eles serão investigados pelo Ministério Público.

Orientação
A procuradora Neide de Oliveira, que integra o grupo de combate à pedofilia na Internet, alerta: “A principal orientação que os pais devem passar para os seus filhos é não fazer amizade com estranhos na Internet. A criança e o adolescente não vão ter o discernimento para distinguir se aquela outra pessoa é um adulto ou é uma outra pessoa da idade dela. Então, o correto é: criança e adolescente não pode fazer amizade com estranho pela Internet."

O aliciamento de menores de idade pela Internet ou qualquer outro meio de comunicação é crime. A pena prevista vai de três a oito anos de prisão.

“A Internet é um mundo maravilhoso, tanto ruim quanto bom, mas é um mundo maravilhoso porque você consegue fazer trabalhos de colégio, você conhece, pode fazer cursos pela internet, você pode ver sites interessantes de matérias, descobrir novas descobertas pelo mundo da internet ou não. Então, tem que saber usar”, conclui uma menina que foi vítima

Fonte: G1

Proteja seu filho

Saiba quem são os predadores on-line e confira dicas para tentar aumentar a segurança na navegação de crianças e adolescentes

DANIELA ARRAIS
GUSTAVO VILLAS BOAS
DA REPORTAGEM LOCAL

Mais da metade (59%) dos brasileiros de 10 a 15 anos já entraram na internet, segundo dados do Comitê Gestor da Internet. Eles estão entre os alvos de crimes que crescem no Brasil e no mundo: pedofilia e pornografia infantil on-line.

Há duas semanas, a Internet Watch Fundation, fundação do Reino Unido que recebe denúncias de crimes on-line, divulgou um relatório que mostra que existem cerca de 3.000 sites de divulgação pornográfica envolvendo crianças no mundo. E que 80% deles operam de forma comercial, em um mercado criminoso multimilionário -ou bilionário, de acordo com parte das estatísticas, bastante discrepantes.

Um deputado norte-americano chegou a falar, em 2006, em um mercado que movimenta US$ 20 bilhões ao ano; a organização CCRC, que pesquisa crimes por computador, fez uma estimativa de cerca de US$ 3 bilhões, em 2005.

No Brasil, o foco desse crime está sobre o Orkut -na semana passada, a CPI da Pedofilia recebeu informações contidas em 3.261 álbuns de fotos privados do site mantido pelo Google; eles são alvos de investigação pelo Ministério Público e pela Polícia Federal.

De acordo com Thiago Tavares, presidente da ONG SaferNet Brasil, os pedófilos exploram a internet produzindo e difundindo imagens pornográficas de menores de idade, promovendo o turismo sexual para relacionamentos pedófilos, aliciando vítimas e fazendo apologia e incitação ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.

Outra forma de exploração sexual da infância na internet é a extorsão. Criminosos usam câmeras para conseguir imagens de menores e chantagear suas famílias, afirma Ubiracyr Pires da Silva, delegado titular da 4ª Delegacia de Delitos por Meios Eletrônicos de SP.

Nesta edição, saiba como funciona a rede criminosa e conheça dicas que ajudam a proteger a navegação da família.

Prevenir é o melhor, dizem especialistas

EM PÚBLICO -> Diálogo com filhos é a principal forma de defesa; manter o computador em uma área comum da casa ajuda

DA REPORTAGEM LOCAL

O velho conselho de não falar com estranhos, passado de geração para geração, também vale para a internet, principalmente se o usuário é menor de idade e ainda está dando os primeiros passos na navegação.

Especialistas também recomendam deixar o computador em uma área comum da casa. “Um lugar de livre circulação, como uma biblioteca, é o ideal para os pais acompanharem o que os filhos fazem na internet”, diz Marcel Leonardi, advogado e professor de direito e internet da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

O diálogo aberto também é citado como uma das principais formas de prevenir os abusos. “O diálogo e a educação são indicados para minimizar os riscos na navegação na rede”, diz o diretor de TI e conselheiro da SaferNet Brasil, Tiago Bortoletto Vaz.

Além disso, “recomendamos que os pais estejam presentes sempre que possível, evitando ao máximo que seus filhos acessem por tempo prolongando qualquer serviço na internet em locais isolados”, diz Vaz.

Assim, é possível conversar sobre o que a criança ou o adolescente está vendo na internet, e, também, olhar mais de perto uma reação inusitada, como desligar o monitor de forma abrupta.

“Se a criança ou o adolescente está conectado e procura fechar rapidamente a tela, esconder o que está vendo, ou não quer contar sobre as novas descobertas, é preciso estabelecer uma conversa. São sinais de alerta que podem indicar que está ocorrendo abuso on-line”, afirma Ana Maria Drummond, diretora-executiva do Instituto Childhood Brasil.

Quando os pais se mostram receptivos aos ensinamentos que os filhos dão sobre a internet -meio com o qual a maioria já nasceu familiarizada- a relação flui melhor, dizem os consultados. “Proibir e controlar é muito complicado. Até porque, em se tratando de adolescentes, quanto mais proibido, mais atraente fica. Então, os pais devem usar a internet como ferramenta de diálogo, de informação”, afirma Beth Saad, professora da Escola de Comunicação e Artes da USP (Universidade de São Paulo) que faz pesquisas sobre internet.

Ela recomenda que os pais pesquisem os programas e as redes que os filhos usam -vale até criar um perfil no Orkut “para reduzir o déficit geracional”. “Não dá para ficar só no papel de vigilante.”

O delegado titular da 4ª Delegacia de Delitos por Meios Eletrônicos de São Paulo, Ubiracyr Pires da Silva, ressalta ainda o risco das webcams. “Os problemas aumentaram muito depois dessas câmeras.” A recomendação é que tais aparelhos nunca devem ser ligados para desconhecidos.

Deixar de tratar o sexo como tabu também é uma forma ficar próximo de quem o está descobrindo. “É preciso olhar a sexualidade não com moralismo, mas como o desenvolvimento normal do ser humano, de acordo com a idade”, diz Vicente Faleiros, assistente social, professor da UCB (Universidade Católica de Brasília) e pesquisador da UnB (Universidade de Brasília). (DANIELA ARRAIS e GUSTAVO VILLAS-BOAS)

CRIANÇAS NA REDE

QUANTOS SÃO
30% dos 22,8 milhões de internautas residenciais no Brasil têm entre 2 e 17 anos, segundo pesquisa do Ibope/Netratings para o mês de março deste ano

MUITO TEMPO
Nessa faixa etária, eles ficam 33 horas e 4 minutos por mês na internet

TEMPO DA ADOLESCÊNCIA
Os jovens com idade entre 12 e 17 anos ficam, em média, 42 horas conectados por mês

DIAS ADOLESCENTES
Esse grupo totaliza 4,4 milhões de pessoas que ficam quase o equivalente a dois dias inteiros na internet por mês

PEQUENOS NUMEROSOS
As crianças com até 11 anos que entram na internet de suas casas totalizam 2,4 milhões

PEQUENOS ATIVOS
Nessa faixa etária, as crianças permanecem 17 horas e 26 minutos na internet por mês

ATIVIDADES
Os meninos pequenos buscam jogos de aventuras, e as meninas, jogos que simulam atividades cotidianas dos adultos. Os adolescentes usam ainda mais os games, além de Wikipédia, sites de música, compartilhamento de downloads, fotologs, busca de imagens, Orkut, YouTube, mensagens instantâneas e blogs.

Saiba como preservar provas do ataque de predadores

DA REPORTAGEM LOCAL

Caso desconfie que seu filho é alvo de um pedófilo, procure reunir o maior número possível de informações para fazer uma denúncia formal.

O advogado Marcelo Duchovni aconselha que os pais guardem e imprimam o material suspeito. “Esses documentos podem servir como provas. O pai deve denunciar ao Ministério Público e a uma delegacia.”

Para Renato Opice Blum, advogado especialista em direito eletrônico, a preservação de provas é primordial, pois, sem uma pista para identificação do autor, não dá para fazer nada. “Se seu filho está em um bate-papo, dê um print screen na tela para preservar a imagem com horário e indicações, como apelidos usados pelo suspeito. Se a conversa for em MSN, é importante deixar habilitada a função de gravar conversas.”

O delegado titular da 4ª Delegacia de Delitos por Meios Eletrônicos de São Paulo, Ubiracyr Pires da Silva, ressalta, ainda, que preservar um e-mail em sua integridade é importante. “É por meio do cabeçalho que podemos identificar quem enviou a mensagem.”

Ele adverte que muitos pedófilos se aproximam das vítimas se passando por crianças e demonstrando interesses parecidos. “Ele quer entrar na intimidade da criança como um amigo. Se descobre que ela gosta de futebol, vai gostar de futebol também”, exemplifica.

Marcel Leonardi, professor de direito e internet da FGV (Fundação Getúlio Vargas), diz que “o ponto principal para se prevenir é a cautela, o diálogo. Aquela recomendação de não aceitar balas de estranhos que nós ouvíamos deve servir para internet. Os criminosos aproveitam o pseudo-anonimato da rede.”

Ele adverte que os pais não devem se precipitar ao julgar as conversas, mas devem agir rápido quando têm suspeitas. “Se os pais demoram a agir, os provedores, por exemplo, podem não ter mais os dados de identificação de quem usou aquele apelido naquele horário”, diz ele. (DA e GVB)

Após ataque na rede, mãe deleta fotos

DA REPORTAGEM LOCAL

O nascimento do bebê está lá. O primeiro aniversário, também. Aquelas fotos do churrasco em família ocupam um álbum inteiro. E a viagem para o litoral é exibida em detalhes na rede social Orkut.

O que muitas famílias não sabem é que, ao colocar registros da vida privada em um ambiente público, correm o risco de parar nas mãos de criminosos. Quem já passou por isso, como a pesquisadora Marília (nome fictício), guarda lembranças dolorosas.

“Pegaram fotos do meu filho, quando ele tinha um ano, e colocaram em um site de pedofilia. Depois me mandaram o link para que eu visse e, também, para todos os meus contatos no Orkut. Chorei muito, fiquei sem dormir. Acho até que fiquei um pouco paranóica”, lembra.

A pesquisadora não teve como denunciar o criminoso, pois quando foi tentar acessar novamente, a página estava fora do ar.

Depois do episódio, Marília deletou as fotos e vários contatos que ela não conhecia. “Depois de um tempo, até voltei a colocar fotos, mas só para os amigos verem. Aprendi a não me expor.”

Apoio

O Instituto Sedes Sapientiae (www.sedes.org.br) oferece suporte psicológico a vítimas de abuso. “Há casos de mulheres que procuram ajuda para os maridos, religiosos envolvidos com suspeitas e até adolescentes que começaram a ter uma atitude compulsiva em relação a crianças menores”, afirma a psicóloga Dalka Ferrari. (DA)

Redes sociais utilizam tecnologia para tentar combater criminosos

DA REPORTAGEM LOCAL

Antes da quebra de sigilo de mais de 3.000 álbuns do Orkut pela CPI da Pedofilia, criminosos se reuniam em comunidades para exaltar a prática. Algumas eram explícitas, como a “Sou pedófilo”. Em outras, por trás de um título aparentemente corriqueiro (“A polícia federal tá no orkut”), usuários anônimos trocavam mensagens dignas de revirar o estômago.

Para combater esse tipo de prática, o Google assumiu o compromisso de manter os logs (registros dos computadores) por 180 dias para facilitar as investigações; desenvolver novos filtros para impedir a publicação de material ilícito; colaborar com acordos de cooperação internacional; e implementar uma ferramenta que tem elementos de software, hardware e recursos humanos e que permitirá o fornecimento de imagens e dados que atendam em definitivo as demandas da Justiça no Brasil -as informações são da assessoria de imprensa do Google Brasil.

Para tentar evitar problemas do tipo, o MySpace investe em tecnologia. “Combinamos diversas formas de identificação e rastreamento, que, conjugadas a uma base de dados mantida pelas autoridades norte-americanas, permite a rápida identificação desses criminosos. Também permite o bloqueio e a eliminação de perfis posteriores que essa pessoa venha a criar”, afirma Emerson Calegaretti, presidente do MySpace no Brasil.

Apesar da tentativa de proteção, o MySpace norte-americano já esteve envolvido em escândalos sobre pedofilia. Em dezembro, o engenheiro civil Ivory Dickerson foi condenado a 110 anos de prisão por assediar menores de idade na rede, segundo investigações do FBI.

Questionado pelo Folha sobre o assunto, o Facebook não deu resposta até o fechamento desta edição. (DA)

Softwares ajudam a controlar tempo da navegação e do MSN das crianças

DA REPORTAGEM LOCAL

Existem softwares que podem ajudar os pais a monitorar a navegação dos filhos. Todos os especialistas consultados pela Folha consideram que eles não podem substituir a instrução pelo diálogo, já que é fácil acessar a internet de outros lugares.

De qualquer forma, programas como o Crawler Parental ajudam os pais a controlar o tempo on-line dos filhos, por exemplo.

Gratuito (www.crawlerparental.com), o software tem filtro de conteúdo -é possível determinar o tempo de uso do computador e da rede por usuário.

Já o Chat Controller (www.zemericks.com/ products/chatcontroller/index.asp) possui ferramentas para limitar o uso de mensageiros instântaneos populares, como o MSN e o GTalk.

Grandes produtoras de antivírus, como McAfee, Kaspersky e Symantec, também possuem recursos de ajuda aos pais. Normalmente, esse tipo de aplicação é identificado como “Parental Control”.

Tais controles, como filtro de conteúdo e de websites, podem ser úteis se configurados adequadamente -eventualmente, porém, sites criminosos poderão ser acessados ou páginas legítimas, bloqueadas.

Orientação

No site www.wcf.org.br, do Instituto Childhood Brasil, existe material de apoio às famílias em português.
Em inglês, o www.whattheyplay.com discute questões relacionadas a videogames -normalmente, de domínio só das crianças-, como violência e nudez, e dá dicas para os pais conversarem com os filhos sobre o tema. (GVB)

Criminosos possuem códigos próprios

PERFIL -> Maioria de casos apurados pela Polícia Federal indica que pedófilos são homens com idade entre 30 e 45 anos

JOHANNA NUBLAT
SIMONE IGLESIAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Polícia Federal possui um perfil do pedófilo que age na internet, apesar de reiterar que, em casos de pedofilia, nem sempre há regra ou padrão bem definido. Na maioria dos casos apurados pela polícia, o perfil é de um homem entre 30 e 45 anos, solteiro, que mora sozinho, é reservado, inseguro, tem dificuldade de manter relações afetivas por muito tempo e, em alguns casos, cansou de consumir pornografia adulta, migrando para a pedofilia.

O perfil das crianças que aparecem nas fotos e nos vídeos utilizados por pedófilos no país também sofreu alteração, segundo o delegado Felipe Seixas, da divisão de direitos humanos da Polícia Federal.

“A maioria das imagens difundidas no Brasil ainda é de crianças estrangeiras, o que a gente sabe pelo cenário e pelas características físicas das crianças. Mas acreditamos que o número de crianças brasileiras expostas aumentou, por causa da popularização de câmeras e da internet”, disse.

Código próprio

“Boylovers” e “7yo” são exemplos de códigos pouco conhecidos pela população em geral, mas que foram desenvolvidos para possibilitar que pedófilos se conheçam na internet e troquem material de pornografia infantil. Os códigos também dificultam que eles deixem rastros visíveis.

Essas identificações se disseminaram no Brasil pelo Orkut -serviço de relacionamentos mantido pela Google-, por chats e por alguns sites de pornografia adulta, que mantêm imagens pedófilas camufladas em seus arquivos.
Uma das siglas usadas pelos criminosos identifica, por exemplo, fotos e vídeos com cenas fortes de crianças ou adolescentes mantendo relações sexuais com adultos.

Há siglas com explicação ainda mais exata do material disponível: “7yo”, “8yo” e assim por diante, que identificam sexo, nome e idade da criança- 7yo significa, por exemplo, “7 years old” (sete anos).

Outras palavras servem de referência para preferências nas trocas de material e do conteúdo que têm armazenado em redes sociais. “Boylovers” significa que o pedófilo prefere meninos; “girlovers”, só meninas. Quando há referência a “childlovers” o gosto é por ambos e, no caso de “babyshowers”, por recém-nascidos.

Há ainda mais detalhamento nos sites ou arquivos com pornografia infantil, em que os usuários se deparam com subcategorias. Elas são praticamente as mesmas encontradas em páginas com pornografia adulta. Arquivos de uma determinada categoria são consideradas relíquias: fotos de crianças tiradas na década de 60.

Investigação

Além da verificação de denúncias recebidas da sociedade e da Interpol, a PF faz investigação espontânea de sites na internet. Um contato possível da polícia com suspeitos da prática de pedofilia é a troca de mensagens com o objetivo de entender o funcionamento dos esquemas de envio de imagens.

A PF não pode, porém, utilizar as mensagens ou a troca de imagens entre um agente e o suspeito como prova contra o segundo, diz o delegado Felipe Seixas, da divisão de direitos humanos. O delegado diz que a PF está investigando uma quadrilha suspeita de vender, via e-mail, imagens de pedofilia. Fotos e vídeos novos, de acordo com ele, são valiosos. Na Europa, chegam a custar 3.000.

Crianças são abordadas em bate-papos

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de as redes sociais, principalmente o Orkut, aparecerem com destaque nas investigações acerca de pornografia infantil e pedofilia na internet, os serviços de bate-papo também possuem ameaças a crianças, como a Folha constatou.

Entrando com um apelido feminino e com o número 13 ao lado -da mesma forma como algumas pessoas identificam a idade nesses chats-, a reportagem foi abordada com mensagens de caráter ostensivamente sexual.

Em nenhum momento houve qualquer manifestação de interesse em continuar a conversa por parte da reportagem.

Na última sexta-feira, por exemplo, em menos de dez minutos, três homens, identificando-se como maiores de idade, pediram celular, quiseram marcar encontros ou se ofereceram para continuar a conversa via webcam.

Durante toda a conversa, os homens (um deles casado) deixavam claro o interesse sexual na suposta menina de 13 anos. (GVB e DA)

PEDOFILIA, uma realidade que preocupa a sociedade
Por Bueno e Costanze
19 de setembro de 2007






Uma conduta que demonstra o total desrespeito de alguns indivíduos com nossas crianças, a Pedofilia é um crime e deve ser combatido.



PEDOFILIA, uma realidade que preocupa a sociedade




Em princípio para se falar do assunto em tela necessário se faz que se tenha em mente um conceito do que vem a ser a pedofilia. A pedofilia é um desvio de discernimento mental que um indivíduo tem onde deseja e elabora fantasias sexuais com crianças, as quais ainda se encontram em tenra idade de desenvolvimento.



Ocorre que o abusador na maioria das vezes é homem mas também já ocorreram casos de mulheres que abusaram das próprias filhas ou sobrinhas para satisfazer sua lascívia.


O perfil de um pedófilo pode ser realmente surpreendente onde muitas vezes um amigo, parente, ou apenas uma pessoa que demonstra uma conduta exemplar perante um grupo de pessoas, pode vir a se revelar como um abusador de crianças, assim vejamos as 04 (quatro) faixas de idade dos criminosos :



a) jovens até 18 anos de idade, que aprendem sexo com suas vítimas;
b) adultos de 35 anos a 45 anos de idade que molestam seus filhos ou os de seus amigos ou ainda vizinhos;

c) pessoas com mais de 55 anos de idade que sofreram algum estresse ou alguma perda por morte ou separação, ou mesmo com alguma doença que afete o Sistema Nervoso Central;


d) e aqueles que não importa a idade, ou seja, aqueles que sempre foram abusadores por toda uma vida.


Ressalta-se que o abusador tem que ter no mínimo 16 anos de idade e ser pelo menos 5 anos mais velho do que a vítima.


Dito isto, passemos a tentar entender o porque da conduta do molestador, desta maneira muitos justificam sua conduta atribuindo a criança a culpa do ocorrido, alegando que esta se insinuou, provocou e ainda consentiu com o ato praticado.


Existem ainda aqueles que acreditam estarem ofertando a criança uma boa opção de estar iniciando a vida sexual com uma pessoa mais velha, todavia, sabemos que tal conduta não deve ser permitida e tão pouco aceita independente dos dizeres da lei mas em nome da boa conduta e do bom senso.



Atualmente não são raras as vezes em que um rapaz se vê na incomoda situação onde uma garota de seus 13 ou 14 anos demonstra afetividade e interesse em ter um relacionamento com ele, não ligando para a grande diferença de idades entre eles, mas o mesmo por ser mais velho e consciente tem de possuir maturidade o bastante para não aceitar tal relacionamento.



Um grande problema que acontece com todo ser humano é que o mesmo possui sentimentos que os levam a se indagar sobre o que é certo e o que é errado, com o desenvolver da idade a criança passa por várias necessidades, onde o anseio por afeto e carinho vai desenvolvendo em conjunto, mas o respeito para com essa deve estar acima de tudo.


Urge salientar que o constrangimento maior acaba sendo quando os atos de pedofilia acabam ocorrendo dentro da própria família, onde pais acabam, impondo a seus próprios filhos atos que os mesmos se vem cometendo sem saber o real motivo do porque fazerem tais atos com seus próprios genitores.




Nos preceitos médicos, é importante ressaltar que a criança possui um organismo muito mais frágil do que o de um adulto, tal fato enseja a uma maior facilidade de ferimentos aos menores onde estes ficam sujeitos a doenças sexualmente transmissíveis sem contar que na maioria dos atos o descaso com a prevenção de doenças acaba por ocasionar gravidez indesejável contribuindo para o aumento de mães em idade infantil.


No aspecto jurídico, o Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe sobre a proteção necessária porém um dos maiores problemas é a pedofilia na internet tendo a lei nº 10.764 de 2003, modificado a redação do artigo 241 do ECA, senão vejamos os dizeres do artigo :



“Art. 241. Apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive rede mundial de computadores ou internet, fotografias ou imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo criança ou adolescente:

Pena - reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.

§ 1º Incorre na mesma pena quem:

I - agencia, autoriza, facilita ou, de qualquer modo, intermedeia a participação de criança ou adolescente em produção referida neste artigo;

II - assegura os meios ou serviços para o armazenamento das fotografias, cenas ou imagens produzidas na forma do caput deste artigo;

III - assegura, por qualquer meio, o acesso, na rede mundial de computadores ou internet, das fotografias, cenas ou imagens produzidas na forma do caput deste artigo.

§ 2º A pena é de reclusão de 3 (três) a 8 (oito) anos:

I - se o agente comete o crime prevalecendo-se do exercício de cargo ou função;

II - se o agente comete o crime com o fim de obter para si ou para outrem vantagem patrimonial."


Assim o legislador demonstra a atual e crescente violação aos direitos das crianças e adolescente e modifica a legislação para que esta se adapte a nova modalidade de pedofilia, punindo severamente aqueles que expõe a criança da maneira supra citada.


É necessário trazer a baila que, inocentemente, sites de relacionamento como o orkut, ou modos de bate papo como o msn, contribuem para o avanço da pedofilia, onde muitas vezes as crianças por sua natural curiosidade acabam se envolvendo com pedófilos devendo a atenção e cuidados com as crianças serem redobrados para a preservação da integridade da mesma.


Consoante o que já foi dito, a legislação assegura o direito a integridade das crianças e dos adolescentes, mas cada um deve contribuir com o bem estar coletivo, seja fazendo uma denúncia ou apenas dando um simples conselho.

Resta claro que o combate a pedofilia pode começar com um bom diálogo entre responsáveis e as crianças. Orientar e educar adequadamente é a melhor arma para a criança começar a entender o que lhe faz bem e o que lhe é prejudicial e ela própria irá saber lidar com o perigo oferecido por um molestador.


Por fim, é mister ressaltar que a criança sempre espera do adulto um modelo de como agir, ela sente a necessidade de ter uma referência para interagir no meio em que vive, e tão logo a necessidade de amor e carinho sejam ofertados a mesma sem nenhuma exigência de contra prestação, onde aqueles que se aproximam para saciar seus impulsos doentios são criminosos que devem ser devidamente punidos pelos malefícios causados as crianças.




Pedofilia no Brasil:



A pedofilia é um desvio de personalidade de um individuo colocando em evidência suas preferências sexuais, mas fazendo parte de um grupo chamado de parafilia. O pedófilo pode ser adolescente e pessoas com idade superior de 16 anos, e suas preferências são crianças menores de 13 anos.


O perfil do pedófilo sempre está relacionado há pessoas ligadas as próprias crianças (parentes ou não). E cada vez mais aumento o índice de pedófilos principalmente no Brasil onde existe uma rigorosa investigação sobre o fato. De acordo com pesquisas a pedofilia aumentou através de sites de relacionamentos que são acessíveis na internet sem qualquer meio de proibição, onde essas pessoas aproveitam para trocar com outras pessoas vídeos de sexo com as crianças vitimas do abuso dessas pessoas e também pessoas estrangeiras que estão em contatos com aliciadores de menores aqui no Brasil e que saem de seus países para vir até aqui para abusar das nossas crianças.


Rastreamentos feitos pela polícia mostram que jovens de classe média com idade entre 17 e 24 anos são considerados os principais produtores de imagens de crianças violentadas. Suas vítimas, na grande maioria dos casos, são menores de sua própria família. Os compradores dessa produção tem um perfil diferente. Normalmente são solteiros, tem pouco mais de 40 anos e costumam ser profissionais liberais. A pedofilia na internet é alimentada de formas variadas. De um lado estão as pessoas que produzem, vendem ou disponibilizam gratuitamente as imagens de sexo envolvendo criança, e do outro estão aqueles internautas que consomem esse material.


Um aspecto assustador hoje são as associações ativistas “pró-pedofilia” que argumentam que a pedofilia não é uma doença, mas uma orientação sexual e que a sociedade deve reconhecer e legitimar isso. Esses ativistas defendem intransigentemente os intercursos sexuais entre adultos e crianças.


De acordo com a Associação Italiana para a Defesa da Infância, o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial de sites dedicados à pornografia infantil (a entidade trabalha com informações do FBI, a polícia federal americana). Matéria publicada na revista “Isto É”, em março de 2006, mostra que no ano 2000 o mercado mafioso da pedofilia movimentou 5 bilhões de dólares em todo o mundo. Em 2005 a estimativa é que esse mercado tenha movimentado 10 bilhões de dólares, ou seja, dobrou em apenas 5 anos. Nesses 10 bilhões estão embutidos a venda de fotografias e vídeos que mostram crianças sendo abusadas e fazendo sexo com adultos e até com animais.


Código Penal Brasileiro sofreu algumas alterações junto com ECA(Estatuto da Criança e do Adolescente) com as leis nº 11.829/08 e 12.015/09 trazendo maior clareza no âmbito de punibilidade há todos que praticam e divulgam materiais do abuso contra esses menores.


"A internet revolucionou a vida das pessoas e transformou a forma de propagação do conhecimento como era tratado anteriormente, de maneira convencional, não se podendo conceber, hoje, trabalhar nas mais diversas áreas sem a utilização da "internet".


Junto com os avanços trazidos pela internet, surgem formas de propagar desvios de conduta e prática de crimes, como a PEDOFILIA, com a mesma facilidade registrada no caso dos avanços lícitos.


Infelizmente, o que se registra, é o avanço e "aprimoramento" de meios e facilidades trazidos pela internet, para atender a lascívia de adultos criminosos, portadores de desvios de conduta e patologias, que utilizam-se inescrupulosamente de crianças e adolescentes, em situações que nem sempre são plenamente protegidas pela legislação.


A agilidade e privacidade proporcionada pela internet são fatores que dificultam o enfrentamento da questão, não sendo possível deixar de considerar, o imenso paradoxo que se registra ao confrontar a velocidade com que se propagam os conhecimentos através da rede da internet e a tradicional lentidão da justiça causada em grande parte pela lerdeza das leis processuais que engessam a condução vigorosa e eficaz do processo legal.O Ministério Público, adequando-se a esta nova realidade, discute e mobiliza-se em âmbito Nacional, buscando formas de enfrentamento eficaz deste novo desafio.


As recentes conquistas do Ministério Público Federal em embates travados contra o GOOGLE e o ORKUT, confirmam que nenhuma empresa instalada no território nacional está acima da Lei, e estabelece um precedente de grande valor no combate aos crimes sexuais contra crianças na internet. Neste contexto, a mobilização da sociedade, assume vital importância na busca de alternativas legais mais abrangentes, ágeis e rigorosas.


O País que estamos construindo, depende da forma como tratamos nossas crianças, e estas, dependem da vontade dos adultos que na maioria esmagadora das vezes, é o seu algoz e viola seus direitos fundamentais, seja no silêncio do lar ou nas estruturas públicas insuficientes, ou ineficazes. A responsabilidade pela construção de uma sociedade sadia e que respeita sua infância, depende dos valores e do poder de luta de seu povo". (Ariadne de Fátima Cantú da SilvaPromotora de Justiça )





A esperança de um futuro melhor vem e prevalece no sorriso e na inocência de uma criança, e ninguém tem o direito de apagar isso dela. Para combater esse ato de crueldade contra nossa crianças, basta que todos declarem uma luta diária contra essas pessoas que alguns chamam de doentes. Salientando que os maiores combatentes da pedofilia são os senadores Romeu Tuma e o Magno Malta, cujo estão fazendo um trabalho maravilhoso investigando e denunciando todos os pedófilos no Brasil. Familiares devem perder o medo, pessoas começarem a denunciar, só assim podemos mudar esses números que realmente é assustador no país que mais fala do futuro das crianças. Será que zelar pela dignidade do futuro, é algo tão difícil para nosso lideres?

PEDÓFILO: O Monstro de Duas Faces
Por Galeno Alvarenga | 22 de março de 2010 | 0 comentários

A imprensa, equivocadamente, traçou o perfil dos pedófilos através do modelo dos criminosos da Bélgica. Esses nada mais são do que criminosos comuns que entraram nessa área, como poderiam estar em qualquer outra, para explorar pessoas. As famílias que imagi­nam os pedófilos, efebófilos e hebófilos (abusadores sexuais de crian­ças, púberes e adolescentes), conforme as informações da imprensa, fracassarão na proteção de seus filhos. Os pedófilos, bem como os efebófilos e hebófilos examinados e descritos pelos psiquiatras, são diferentes. Na maioria das vezes nem matam, nem ferem sua vítima, como rotineiramente fazem os estupradores. São homens medrosos, incapazes de raptar, estuprar ou usar força física. Sua técnica é outra: exploram a impotência, a ingenuidade das crianças e dos pais, ou a curiosidade dos adolescentes, prontos para buscarem ações de risco e novidade. Sendo fraco e incapaz de construir ligações afetivas madu­ras com adultos, aproveita-se dos inocentes. Muitos foram abusados sexualmente quando crianças. A maioria não tem orgasmo quando abraça e acaricia suas vítimas. Alguns masturbam-se após o contato físico. O pedófilo age muitas vezes na residência da vítima, na frente de todos que supõem tratar-se de carinhos ou brincadeiras. Muitos desses “apreciadores e amantes das crianças” são tios, primos, cunha­dos, vizinhos ou amigos da vítima ou dos seus familiares. Pode ser o entusiasmado professor do colégio, o técnico de futebol, basquete ou voleibol juvenil ou infantil, o pediatra ou dentista de crianças, o pipoqueiro da esquina, ou ainda o padre ou o pastor do bairro. Não se assustem, muitos são os próprios pais da vítima. O pedófilo aprecia abraçar demorada e apertadamente o corpo da vítima, acariciar com falsa ternura seu corpo, olhá-la com cupidez, conversar animadamen­te sobre sexo, mostrar filmes pornôs, tomar banho junto e frequentar praias de nudismo.

Durante minha prática psiquiátrica, examinei não mais do que uma dezena deles. Esses foram à consulta, forçados pela lei ou por fa­miliares, quando descobertos. Entre esses, um rapaz visitante frequen­te nas portas dos colégios em busca de púberes masculinos. Para seu azar, ele usou um radiotransmissor para conversar com suas presas, sendo preso. Um comerciante pedófilo pedia às meninas que passa­vam diante de sua loja, para apanhar um objeto colocado previamente numa prateleira alta. Seu truque era segurar a criança por trás para levantá-la e fazê-la roçar no seu corpo. No dia da consulta parou seu carro numa rua e, olhando para uma criança que brincava no passeio, masturbou-se. Um professor de educação física do interior, devido à sua “honradez e dedicação”, era encarregado pelos pais de “proteger” os filhos nas viagens a BH para consultas médicas ou passar férias. Um executivo foi pego por sua segunda esposa, quando acariciava o frágil corpo de sua enteada de cinco anos. Excitava-se, observando crianças banharem-se nas piscinas, vendo revistas contendo modelos infantis, assistindo programas para crianças na TV e filmes de Walt Disney. Um dos seus prazeres preferidos era dar banho na filha de um ano. Possi­velmente todos estes clientes, se ainda vivos, continuam praticando essas ações, pois trata-se de um padrão de conduta difícil ou impossí­vel de ser extinta.

Apenas os homens têm sido acusados de pedófilos, mas existem mulheres pedófilas. A conduta de mães brincando com os filhos foi observada por peritos. 10% das mães estimulavam de forma impró­pria as crianças: agarramentos e esfregões nos órgãos genitais. Os pais viam isso como demonstração de amor.

Prostituição infantil movimenta 4 milhões de reais por ano
Pesquisas realizadas no mundo virtual mostram que a quantidade de sites com conteúdo erótico infantil cresceu cerca de 70,35%
09/10/2008 - 07:29




Economia brasileira movimenta R$ 4 milhões com prostituição infantil(Foto:sxc.hu)

Divulgar e comercializar fotos de crianças e adolescentes despidas, cenas de intimidade com crianças, ludibriá-la em conversas em salas de bate-papo para atender desejos através de webcan são algumas práticas de pedofilia que ocorre pela internet. De acordo com Mônica Horta, delegada e assessora de comunicação da Polícia Federal (PF), a indústria da pornografia infantil brasileira fatura aproximadamente R$4 milhões por ano. Enquanto a indústria mundial fatura U$5 bilhões de dólares.

Mônica relata que pesquisas realizadas no mundo virtual mostram que a quantidade de sites com conteúdo erótico infantil cresceu cerca de 70,35% no período de um ano. “Essa realidade é possível por conta do poder que a internet tem em disseminar imagens e vídeos dos menores”, explica.

Compartilhamento de imagens

A assessora explica que a disseminação do conteúdo é muito fácil quando se tem um computador em mãos, uma vez que é só acessar o site, clicar na foto e/ou vídeo desejado e comprar. Os valores das fotos nem sempre são divulgados nos sites e geralmente são negociadas pelo dono e o comprador, através de e-mail e telefone. Porém, Mônica lembra de um caso, onde a PF recebeu uma denúncia de um site que vendia fotos de menores por apenas R$5.

Mônica e o diretor da organização não-governamental SaferNet Brasil, Rodrigo Nejm, afirmam ser difícil colocar em números o quanto essa indústria ganha, pelo fato de não ser divulgado pelos proprietários dos sites. “Uma foto pode ser vendida por qualquer valor”, diz Rodrigo. Já as crianças, ganham brinquedos, roupas e afeto do abusador. “Raramente uma criança ganha dinheiro nessa indústria. Na verdade acaba sendo uma relação de troca: você deixa eu tirar uma foto sua e eu te dou um brinquedo. É tudo muito inocente para o universo infantil”, conta Mônica.
Monia Horta fala do acompanhamento feito pela PF

Consumidor

Em relação ao consumidor desses materiais, a Presidente do Fórum Estadual de Direitos da Criança e do Adolescente (Fórum DCA), Lídia Rêgo, diz que existem questões graves que devem ser observadas e analisadas. "A cultura da violência, uma vez que acontecem crimes no país diariamente. E depois a política neoliberal capitalista atrelada ao consumo excessivo do brasileiro que influenciam diretamente nesse processo. As pessoas querem sempre mais dinheiro, poder", diz.

Lídia explica que esses fatores influenciam na prostituição infantil, pois é perfil do pedófilo ser violento com seus familiares e com as pessoas que o rodeiam, com exceção da criança. E também é comum que ele tenha um poder aquisitivo elevado. "Só lamento o fato do país ser ausente em dados estatísticos para poder fazer um levantamento mais preciso sobre isso. O que iria ajudar na prática deste crime", alerta.

Sites

O trabalho da PF em investigar os sites só começa quando as denúncias oriundas de organizações não-governamentais, hackers, cooperações internacionais, agentes infiltrados e da própria população chegam até órgão. Após feita a denúncia, a equipe precisa descobrir o endereço de IP (Internet Protocol) do computador que estava postando o material. Com o número do endereço em mãos, é necessário solicitar a quebra de sigilo ao juiz competente para que se possa chegar ao responsável. “Essa quebra de sigilo pode ser dada pelos provedores de internet”, acrescenta.

Porém um dos problemas observados por Mônica é que muitas vezes o número do IP corresponde a computadores utilizados em lan houses. E explica que neste caso, a PF vai até o endereço que corresponde aquele computador e exige do dono do estabelecimento a relação com os nomes das pessoas que utilizaram aquele específico aparelho no dia x. "A partir daí se inicia outra investigação até chegar ao 'vendedor' do conteúdo pornográfico. Identificado o usuário é feito um pedido de busca e apreensão de todo material encontrado para diligência", relata.


Rodrigo fala do sistema utilizado para receber denúncias
Central Nacional de Denúncias

Rodrigo Nejm conta que a organização criou em parceria com o Ministério Público Federal do Estado da Bahia (MPF), a Central Nacional de Denúncias, para oferecer o serviço de recebimento, processamento, encaminhamento e acompanhamento on-line de denúncias anônimas sobre qualquer crime ou violação aos Direitos Humanos praticados por meio da Internet.

“Diariamente recebemos cerca de 2.500 denúncias”. Do total de denunciantes, 99% escolhe a opção de realizar a denúncia anonimamente. E ao 1% restante é garantido total e completo anonimato. No primeiro semestre deste ano, 27.883 (63%) são referentes à pedofilia ou pornografia infantil. Em comparação ao mesmo período de 2007, o número de denúncias recebidas foi de 14.465. “O número praticamente dobrou no comparativo entre o primeiro semestre de 2007 e o primeiro semestre deste ano”, completa.

Para denunciar basta enviar um e-mail para a PF ou acessar o site da ONG.

Durante toda essa semana o Portal Infonet publica uma série de reportagens especiais sobre a violência sexual contra crianças e adolescentes. A cada dia publicaremos uma nova matéria sobre o tema.

Por Mariana Rocha e Raquel Almeida

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