segunda-feira, 1 de novembro de 2010

SOBRE MERGULHO SUBMARINO

Mergulho com Descompressão
Pedro Lage Mergulho técnico
No curso de mergulho recreativo, o aluno é instruído sobre a teoria básica da descompressão e sobre o uso de tabelas que mostram várias combinações de tempo e de profundidade de uma imersão. É depois dito que o mergulho nunca deve ultrapassar qualquer combinação entre os dois elementos a partir do qual se torna obrigatório proceder a “patamares de descompressão”. A razão para essa limitação é que fica, muitas vezes, por explicar.
A verdade é que todos os mergulhos, por mais curtos e baixos que sejam, geram um processo de descompressão: o gás inerte que entrou no organismo devido ao aumento de pressão do ar respirado, volta a sair (progressivamente) quando a pressão diminuir; a esta ultima fase é que se dá o nome de descompressão. Então, pode o leitor indagar, o próprio titulo deste artigo está incorrecto? De certa forma sim. O que se passa é que vulgarmente se classifica de Mergulhos com Descompressão, aqueles em que a quantidade de azoto (gás inerte) absorvido ultrapassa o nível a partir do qual o mergulhador não pode subir directamente para a superfície sem efectuar paragens a determinadas profundidades e lá permanecer durante alguns minutos.

Estas paragens, denominadas de patamares de descompressão, possibilitam que parte do azoto absorvido saia do organismo antes de prosseguir com a diminuição de pressão, ou seja, de prosseguir com a subida; no caso de estas paragens não serem efectuadas corre-se o risco de formação de bolhas gasosas no organismo, o que originaria um Acidente de Descompressão. Mas isto já todos os que mergulham devem saber, o que interessa agora explicar é qual a razão para restringir este tipo de mergulhos aos mergulhadores recreativos e o que se pode fazer para poder executá-los em segurança.

Mal o computador ou a tabela indique que, antes de regressar à superfície, é necessário parar num patamar de descompressão, o mergulhador encontra-se perante um tecto virtual, ou seja, ele não deve dar por terminado o mergulho e colocar a cabeça fora de água, mesmo que queira. Entre ele e a superfície existe uma barreira invisível que, ao ser violada, implicará, com grande margem de certeza, a ocorrência de um Acidente de Descompressão. E aqui reside o principal problema deste tipo de mergulhos: não poder regressar à superfície enquanto não se cumprir o processo de descompressão gerado pela tabela de mergulho, sob pena de vir a sofrer embolias gasosas. Muitos factores podem contribuir para o não cumprimento dos patamares, todos eles independentes da vontade do mergulhador, desde o esgotamento da reserva de ar disponível, a avaria do regulador, a existência de animais marinhos perigosos (tubarões), agravamentos bruscos das condições atmosféricas, etc. Para alguns destes factores existe solução, mas nada há a fazer contra um tubarão inquisidor a querer partilhar o patamar com o mergulhador.

A necessidade de fazer mergulhos com descompressão pode surgir quando o objectivo do mesmo está a alguma profundidade ou quando se pretende estender o tempo de permanência. Nos mergulhos em naufrágios, por exemplo, não é muito apelativo limitar a cinco minutos o tempo de fundo só porque a partir daí se torna necessário fazer patamares de descompressão. Um mergulhador convenientemente equipado e treinado pode gozar de uns minutos a mais junto ao naufrágio e depois proceder à descompressão necessária sem problemas. A chave do sucesso neste tipo de imersões está no treino, no equipamento, nos conhecimentos teóricos e na atitude do mergulhador.

Quem quer que se aventure no mergulho com descompressão, a primeira coisa que tem de dominar é, indiscutivelmente, o controle de flutuabilidade. Só assim se garante a perfeita execução dos patamares nas profundidades exigidas. A estabilização do mergulhador é imprescindível para se conseguir um processo de descompressão eficaz, sem a qual o risco de acidente se torna maior. Outro ponto importante é saber planear o mergulho: consultar as tabelas, definindo profundidades máximas, tempos máximos de permanência e tempos de descompressão, e em seguida calcular o consumo de ar previsto para o mergulho. Como é óbvio, a quantidade de ar necessária tem de incluir os patamares de descompressão e o mergulhador mais incauto, que não planeou previamente a sua imersão, facilmente comete o erro de avaliar incorrectamente o seu consumo e ver a reserva de ar disponível esgotar-se enquanto ainda tem alguns minutos de patamar para executar. Depois do plano definido entra o factor equipamento. O equipamento que é necessário para garantir a segurança do mergulhador nestes mergulhos tem obrigatoriamente de incluir uma fonte de ar alternativa, ou seja, algo que possibilite ao mergulhador executar todos os patamares obrigatórios, caso a reserva principal de ar falhar. Mesmo com o uso de computador de mergulho, será conveniente levar umas tabelas de mergulho porque se o computador avariar, o mergulhador não fica sem saber qual o tempo de patamar a executar.

Para mergulhos que exijam grandes tempos de descompressão, recorre-se ao uso de misturas gasosas enriquecidas com oxigénio, Nitrox, ou mesmo de oxigénio puro, com o intuito de acelerar o processo de dessaturação do gás inerte (azoto) e assim de reduzir o tempo dos patamares. No entanto, é necessário ter formação especializada para saber lidar com estas misturas de descompressão, pois o seu incorrecto manuseamento pode ser perigoso.

Até há pouco tempo, falava-se muito na chamada “Curva de Segurança”, uma linha que separava os tempos e profundidades de mergulho que não exigiam descompressão obrigatória, dos que efectivamente exigiam; e era frequentemente dito que se o mergulhador permanece dentro dos limites dessa curva, estaria “seguro” da Doença de Descompressão. A denominação foi sendo abandonada a partir do momento em que se começou a verificar que os Acidentes tanto aconteciam aos que permaneciam fieis a esse principio como aos que o ignoravam e se aventuravam além da linha. No entanto, isto não significa que as probabilidades de um Acidente não sejam maiores neste tipo de mergulhos, o que mostra é que um Acidente de Descompressão pode ocorrer a qualquer um, independentemente do mergulho que fizer, mas quem optar por imersões que impliquem descompressão obrigatória tem de assumir um risco maior que os outros. Um mergulhador recreativo não está preparado para lidar com esse aumento de risco, quer por falta de treino, equipamento, conhecimentos teóricos, ou simplesmente, por opção. Se, eventualmente, a opção surgir, terá de procurar formação especializada em cursos de Mergulho Técnico e aí aprender tudo o que é necessário para lidar com os riscos dos Mergulhos com Descompressão. Sem isso o melhor é não se aventurar…
Seção 24 - Acidentes e Lesões
Capítulo 284 - Lesões pelo Mergulho

Efeitos da Alta Pressão
Compressão e Expansão do Ar
Embolia Gasosa
Doença da Descompressão

O mergulho profundo no mar ou o realizado com um equipamento de respiração subaquático autônomo (escafandro) pode causar problemas médicos (p.ex., embolia gasosa e doença da descompressão) que podem ser fatais quando não são imediatamente tratados. Esses problemas são devidos à alta pressão existente sob a água e também podem afetar os indivíduos que trabalham em túneis ou caixões pneumáticos (cubículos fechados utilizados para realizar trabalhos de construção sob a água), nos quais o ar comprimido é utilizado.

A alta pressão ao submergir se deve ao peso da água que se encontra acima, assim como a pressão barométrica (atmosférica) na terra é causada pelo peso do ar que se encontra acima. No mergulho, a pressão subaquática é freqüentemente expressa em termos de unidade de profundidade (pés ou metros) ou em atmosferas absolutas. A pressão em atmosferas absolutas inclui o peso da água, que é igual a 1 atmosfera a 10m de profundidade, mais a pressão atmosférica na superfície, que é igual a uma atmosfera.

Portanto, um mergulhador que se encontra em uma profundidade de 10m no mar está exposto a uma pressão total de 2 atmosferas absolutas, isto é, o dobro da pressão atmosférica na superfície. A cada 10m adicionais de profundidade, a pressão aumenta 1 atmosfera.


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Efeitos da Alta Pressão

Quando a pressão fora do corpo aumenta, ocorre um aumento proporcional da pressão sangüínea e nos tecidos corpóreos, mas não necessariamente nos espaços que contêm ar (p.ex., pulmões e vias aéreas). A pressão nos pulmões e nas vias aéreas iguala-se automaticamente à pressão externa quando o mergulhador conta com um suprimento de ar em grandes profundidades (p.ex., um escafandro ou um scuba [aparelho para mergulho subaquático]).

Os espaços que contêm ar no interior de uma máscara facial ou dos óculos de natação também podem sofrer alterações de pressão. A pressão em uma máscara facial é igualada pelo ar proveniente do nariz. No entanto, a pressão no interior de óculos de natação não pode ser igualada. A pressão interna mais baixa faz com que eles atuem como ventosas aplicadas sobre os olhos. Nos olhos, a diferença de pressão provoca dilatação, escape de líquido e, finalmente, rompimento e sangramento. Os mergulhadores usam o termo compressão para os efeitos dessas diferenças de pressão.

No ouvido médio, também podem ocorrer diferenças de pressão. Quando a tuba auditiva (tubo que conecta o ouvido médio à parte posterior da garganta) não abre normalmente (isto é, os ouvidos não desentompem quando a pessoa boceja ou deglute, a pressão no ouvido médio permanece mais baixa que a pressão no ouvido externo. O aumento de pressão sobre a membrana timpânica (a membrana que separa os ouvidos médio e externo) faz com que ela protrua para dentro e, quando a pressão aumenta muito, pode ocorrer ruptura da membrana, produzindo dor e comprometimento da audição. Geralmente, a membrana timpânica rota acaba cicatrizando, mas, freqüentemente, não antes de ocorrer uma infecção do ouvido médio.

Quando a membrana timpânica rompe enquanto o mergulhador está com a cabeça desprotegida na água fria, a entrada abrupta de água no ouvido médio causa vertigem (tontura intensa com uma sensação de que tudo está girando), desorientação e náusea. O mergulhador pode vomitar e afogar-se. A vertigem diminui à medida que a água no ouvido atinge a temperatura corpórea. As diferenças de pressão no ouvido médio podem afetar o ouvido interno, que é responsável pela audição e o equilíbrio. Essa pressão não igualada pode explicar porque os mergulhadores algumas vezes apresentam vertigem (vertigem alternobárica) ao começarem a emersão. Raramente, ocorre uma ruptura entre os ouvidos interno e médio, permitindo o escape de líquido. Essa ruptura pode exigir a reparação cirúrgica imediata para evitar efeitos permanentes. O uso de tampões de ouvido cria um espaço fechado entre o tampão e a membrana timpânica onde a pressão não pode ser igualada. Por essa razão, eles não devem ser utilizados durante o mergulho.

As diferenças de pressão produzem efeitos similares sobre os seios da face (espaços cheios de ar localizados nos ossos em torno do nariz), causando dor facial ou cefaléia. Quando a congestão impede a igualização das pressões nos ouvidos e nos seios da face, os descongestionantes podem desobstruir temporariamente as vias nasais, as tubas auditivas ou os seios da face. No entanto, se forem realizados vários mergulhos sem que seja permitida a igualização das pressões, algum tipo de lesão pode ocorrer.

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Compressão e Expansão do Ar

As alterações do volume de ar no interior do corpo podem produzir problemas médicos. À medida que a pressão aumenta, o ar é comprimido em um espaço menor, isto é, o seu volume diminui. Por outro lado, à medida que a pressão cai, o ar expande, isto é, o seu volume aumenta. Por exemplo, quando a pressão dobra (como quando uma pessoa mergulha da superfície até uma profundidade de 10 metros), o volume de ar cai pela metade e, quando a pressão é reduzida à metade (como durante a emersão de uma profundidade de 10 metros até a superfície), o volume de ar dobra. Por essa razão, quando um mergulhador enche seus pulmões de ar à 10 metros e sobe sem expirar livremente, o volume de ar duplica e faz com que ocorra uma hiperdistensão dos pulmões, algumas vezes causando a sua morte. Por esta razão os mergulhadores que utilizam um suprimento de ar (p.ex., scuba) não devem prender a respiração durante a emersão. Qualquer ar inspirado na profundidade (mesmo na profundidade de uma piscina) deve ser expirado livremente durante a emersão.

Como o ar é comprimido em pressões mais altas, cada inspiração realizada em grandes profundidades contém mais moléculas que a respiração na superfície. Por exemplo, a 20 metros de profundidade (3 atmosferas absolutas), cada inspiração contém três vezes mais moléculas que uma respiração na superfície e, por essa razão, consome o ar contido no tanque três vezes mais rápido. Conseqüentemente, quanto mais fundo o mergulhador descer, mais rápido ele consumirá o seu suprimento de ar.

Efeitos da Pressão Parcial

O ar é uma mistura de gases, sobretudo de nitrogênio e oxigênio e quantidades muito pequenas de outros gases. Cada gás possui uma pressão parcial, que depende de sua concentração no ar e da pressão atmosférica. Por exemplo, a concentração de oxigênio no ar é de aproximadamente 21% e, portanto, a pressão parcial do oxigênio é de 0,21 atmosfera na superfície. À medida que a profundidade aumenta, a concentração de oxigênio permanece a mesma, mas a sua pressão parcial aumenta porque a pressão atmosférica aumenta. A pressão parcial do oxigênio a 2 atmosferas absolutas é o dobro da pressão parcial na superfície. Por exemplo, pressões parciais de oxigênio elevadas podem produzir efeitos nocivos (intoxicação pelo oxigênio). A inalação de oxigênio numa pressão parcial superior a 0,5 atmosfera (p.ex., ao se respirar um ar que contém mais de 50% de oxigênio a 1 atmosfera absoluta) durante 1 dia ou mais pode causar lesão pulmonar. A inalação de oxigênio a pressões parciais ainda mais elevadas é tóxica para o cérebro. Quando a pressão parcial do oxigênio aproxima-se de 2 atmosferas, especialmente durante um esforço, o mergulhador pode apresentar uma convulsão semelhante a uma crise epiléptica.

A inalação de nitrogênio a uma pressão parcial elevada causa a narcose do nitrogênio, uma condição semelhante à intoxicação alcóolica. Na maioria dos mergulhadores que inalam ar comprimido, este efeito torna-se perceptível a 30 metros ou menos. Ele pode provocar incapacidade a 90 metros (aproximadamente 10 atmosferas absolutas). Como o hélio não produz este efeito, ele é utilizado (em lugar do nitrogênio) para diluir o oxigênio nos tanques de ar para mergulhos muito profundos, em que a porcentagem de oxigênio deve ser reduzida para que a sua pressão parcial seja mantida abaixo dos níveis tóxicos.

Os mergulhadores que prendem a respiração em vez de utilizar um aparelho de mergulho freqüentemente hiperventilam (respiram vigorosamente) antes do mergulho, eliminando uma grande quantidade de dióxido de carbono, mas adicionando pouco oxigênio ao sangue. Esta manobra permite que eles prendam a respiração e nadem submersos por mais tempo porque a sua concentração de dióxido de carbono é baixa. Contudo, esta manobra também é arriscada, pois o mergulhador pode ficar sem oxigênio e perder a consciência antes que a concentração de dióxido de carbono atinja um nível suficientemente elevado para indicar a necessidade de retornar à superfície para respirar.

Os riscos de prender a respiração prolongadamente são maiores nos mergulhos mais profundos porque todo o oxigênio contido nos pulmões é utilizado. Ao emergir de um mergulho profundo, a pressão parcial do oxigênio que permanece no sangue cai drasticamente e, conseqüentemente, o mergulhador pode perder a consciência antes de inalar uma quantidade suficiente de oxigênio. Esta seqüência de eventos é provavelmente a responsável por muitos afogamentos inexplicados entre os competidores de pesca submarina e as pessoas que prendem a respiração durante o mergulho.
Como o ar comprimido em grandes profundidades é mais denso (contém mais moléculas) que o ar na superfície, é necessário um maior esforço para mobilizá-lo através das vias aéreas do mergulhador e dos tubos do equipamento de mergulho. Conseqüentemente, é mais difícil respirar em lugares muito fundos. Algumas pessoas são incapazes de expirar uma quantidade suficiente de dióxido de carbono, causando o aumento da concentração deste gás no sangue, o que pode pode produzir uma perda temporária da visão e da consciência.

Os equipamentos de mergulho do tipo de circuito fechado (rebreather) conservam o suprimento do gás, permitindo ao mergulhador permanecer submerso mais tempo. Este equipamento provê oxigênio para o novo mergulhador; o restante do gás é reinalado. A quantidade de oxigênio novo necessário é de apenas 1/ 20 do total do ar respirado e não aumenta com a profundidade da imersão. Por essa razão, uma menor quantidade de gás é suficiente para a maioria dos mergulhos. Uma grande desvantagem dos dispositivos de reinalação é que a quantidade de dióxido de carbono produzida pelo mergulhador, quase igual ao seu consumo de oxigênio, deve ser absorvida por meios químicos. Quando a absorção não ocorre ou é inadequada, a concentração de dióxido de carbono no gás reinalado aumenta. Um mergulhador que não percebe isso (p.ex., aumento da freqüência respiratória ou falta de ar) pode perder a consciência.

A concentração anormalmente elevada de dióxido de carbono (intoxicação por dióxido de carbono) pode causar perda temporária da visão ou da consciência. Algumas pessoas apresentam acúmulo de dióxido de carbono porque não aumentam a freqüência respiratória adequadamente durante um esforço intenso. A concentração elevada de dióxido de carbono aumenta a probabilidade de convulsões causadas pela toxicidade do oxigênio e aumentam a gravidade da narcose do nitrogênio. Mergulhadores que sentem freqüentes dores de cabeça depois de terem mergulhado, ou que se gabam de usar ar em uma freqüência mais baixa podem estar retendo dióxido de carbono.

O mergulho pode ser complicado pela má visibilidade, por correntes marítimas que demandam um esforço físico intenso e pelo frio. Dentro da água, a hipotermia (redução da temperatura corpórea) pode ocorrer rapidamente, produzindo movimentos desajeitados e reduzindo a capacidade de decidir. A água fria pode desencadear arritmias cardíacas (batimentos cardíacos irregulares) fatais nas pessoas suscetíveis. A intoxicação por monóxido de carbono devida ao ar contaminado pode causar incapacidade e inclusive a morte entre os mergulhadores. Os sintomas da intoxicação por monóxido de carbono podem incluir a náusea, cefaléia, fraqueza, torpor e alterações mentais. Medicações controladas, assim como o álcool e outras drogas, também podem produzir efeitos imprevisíveis durante o mergulho.

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Embolia Gasosa

A embolia gasosa é o obstrução de vasos sangüíneos por bolhas de ar na corrente sangüínea, geralmente decorrentes da expansão do ar retido nos pulmões enquanto a pressão diminui durante a emersão em um mergulho.

Na embolia gasosa, o ar expandido retido nos pulmões promove hiperdistensão dos mesmos, acarretando a passagem de ar, sob a forma de bolhas, para o interior da corrente sangüínea. Quando as bolhas de ar obstruem os vasos sangüíneos no cérebro, elas podem causar uma lesão semelhante a produzida por um acidente vascular cerebral grave. A embolia gasosa é uma emergência grave e uma das maiores causas de morte entre os mergulhadores.

A causa mais comum da embolia gasosa é a suspensão da respiração durante uma ascensão com equipamento de mergulho, geralmente em decorrência da falta de ar na profundidade. Em pânico, um mergulhador pode esquecer de expirar livremente à medida que o ar nos pulmões expande durante a ascensão. A embolia gasosa pode ocorrer mesmo em uma piscina quando uma pessoa utiliza uma fonte externa de ar qualquer, quando ela respira sob a água e quando ela expira enquanto está subindo.

Sintomas

O sintoma mais típico é a perda repentina de consciência, acompanhada ou não de convulsões. Algumas vezes, os sintomas são menos graves, variando de uma confusão mental ou agitação até uma paralisia parcial.

A hiperdistensão pulmonar também pode forçar o ar para fora dos pulmões, que penetra nos tecidos que circundam o coração (enfisema do mediastino) ou inclusive sob a pele (enfisema subcutâneo). Em alguns casos, os pulmões hiperdistendidos rompem, liberando ar para o espaço localizado entre os pulmões e a parede torácica (pneumotórax). Neste caso, os pulmões colapsam, acarretando uma considerável falta de ar e dor torácica. A expectoração de sangue ou a saída de uma espuma sanguinolenta pela boca indicam uma lesão pulmonar.

Tratamento de Emergência

Um mergulhador que perde a consciência durante uma emersão ou logo a seguir, provavelmente apresenta uma embolia gasosa e deve ser tratado imediatamente. Uma pessoa com embolia gasosa deve ser colocada rapidamente em um ambiente de alta pressão para que as bolhas de ar sejam comprimidas e forçadas a dissolver- se no sangue. Para isto, vários serviços médicos possuem câmaras de alta pressão (câmaras de recompressão ou hiperbáricas). A pessoa deve ser transportada para a câmara o mais rápido possível enquanto lhe é fornecido oxigênio através de uma máscara facial bem ajustada. O vôo, mesmo em baixa altitude, reduz a pressão atmosférica e permite que as bolhas se expandam, mas esta medida pode ser justificável quando ela representar um ganho substancial de tempo no traslado do indivíduo até uma câmara adequada.

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Doença da Descompressão

A doença da descompressão (mal da descompressão, doença do caixão) é uma condição em que os gases dissolvidos no sangue e nos tecidos formam bolhas que obstruem o fluxo sangüíneo e causam dor e outros sintomas.

Bolhas podem formar-se quando uma pessoa passa de um ambiente de alta pressão para um de baixa, o que ocorre durante a emersão em um mergulho.

Causas e Prevenção

Um mergulhador ou um indivíduo que trabalha em um ambiente com ar comprimido que respira ar sob alta pressão, aspira grandes quantidades de oxigênio, de nitrogênio e de outros gases do ar. Como o oxigênio é utilizado continuamente pelo organismo, ele não se acumula. Contudo, o nitrogênio e os outros gases dissolvem- se no sangue e nos tecidos e se acumulam. O único meio dos gases deixarem o corpo é pela corrente sangüínea e pulmões (isto é, pela via inversa de sua entrada) e este processo leva tempo. À medida que a pressão externa aumenta, o que ocorre durante a emersão em um mergulho, a pressão pode não ser suficiente para manter os gases dissolvidos e, conseqüentemente, pode ocorrer formação de bolhas de ar no sangue e nos tecidos.

Geralmente, um mergulhador pode evitar a formação de bolhas de ar perigosas restringindo- se a quantidade total de gás absorvido pelo corpo. A quantidade pode ser restringida por meio da limitação da profundidade e da duração dos mergulhos dentro de uma faixa que não exige paradas de descompressão durante a emersão (uma modalidade denominada pelos mergulhadores de limites sem paradas) ou fazendo a emersão com paradas de descompressão de acordo com normas estabelecidas por instituições reconhecidas (p.ex., a tabela de descompressão do United States Navy Diving Manual [Manual de Mergulho da Marinha dos Estados Unidos]). A tabela fornece um padrão de emersão que geralmente permite a eliminação do nitrogênio em excesso sem causar qualquer dano.

A doença da descompressão raramente ocorre quando os mergulhadores realizam um mergulho com limites sem paradas ou quando eles respeitam rigorosamente uma tabela de descompressão. Mas a percepção da profundidade, duração e tempo de descompressão de um mergulho não é tão precisa. Muitos mergulhadores, acreditando na falsa idéia que existe uma grande margem de segurança inserida nas tabelas de mergulho da Marinha, não as seguem com rigor. Tem-se afirmado que orientações mais recentes para velocidade de emersão, limites de emersão sem paradas, tabelas e computadores de descompressão transportados por mergulhadores têm maior margem de segurança, mas esses recursos também podem ser usados de forma equivocada. Tendo em vista que a maioria das tabelas e dos computadores de descompressão não foram ainda testados adequadamente em mulheres e em mergulhadores de mais idade, essas pessoas devem utilizá-los com cuidado. Além de seguir as orientações da tabela ou do computador para a emersão, muitos mergulhadores fazem uma parada de segurança de alguns minutos a cerca de 4,5 metros abaixo da superfície.

Mergulhos repetidos podem causar a doença da descompressão. Tendo em vista que o gás em excesso permanece no corpo depois de cada mergulho, a quantidade de gás em excesso aumenta a cada mergulho. Se o intervalo entre mergulhos é inferior a doze horas, os mergulhadores devem seguir as orientações contidas nas tabelas para mergulhos repetidos do United States Navy Diving Manual, para compensar o gás extra.

O salto de paraquedas em altitudes elevadas e voar após mergulhar requerem precauções especiais. Por exemplo, depois de vários dias de mergulho, é recomendado um período de 24 horas na superfície antes de uma viagem aérea ou da subida a uma altitude elevada.

Condicionamento Físico para o Mergulho

Várias condições físicas e mentais podem aumentar o risco de acidentes e lesões durante o mergulho. Por essa razão, as pessoas que pretendem praticar o mergulho devem submeterse a uma avaliação do condicionamento físico por um médico que tenha familiaridade com esse tipo de prática. Os mergulhadores profissionais podem ser submetidos a exames médicos adicionais (p.ex., provas de função cardíaca e pulmonar, teste ergométrico, exames de vista e da audição, assim como radiografias dos ossos). Além disso, é fundamental um treinamento adequado para o mergulho.

Condicionamento cardiovascular
Necessário para o esforço intenso (p.ex., carregar tanques de ar e nadar vigorosamente)

Arritmias cardíacas (ritmos cardíacos irregulares)
O tipo e a causa devem ser determinados; possível risco de morte repentina

Forame oval aberto (um defeito cardíaco)
Aumento do risco da chegada de bolhas de ar ao cérebro

Problemas pulmonares (p.ex., asma, cistos pulmonares, enfisema, história de pneumotórax)
Risco de retenção de ar nos espaços corpóreos e de embolia gasosa

Congestão crônica do nariz e dos seios da face e ruptura da membrana timpânica
Dificuldade para igualizar a pressão, aumento do risco de infecção

Congestão nasal devida a resfriados ou alergias
O mergulho deve ser evitado até a pessoa ter se recuperado

Epilepsia, episódios de desmaio, diabetes insulino-dependente
Aumentam o risco de perda da consciência ou alteração do estado de alerta

Deficiências físicas
Devem ser consideradas em termos de capacidade da pessoa de cuidar de si mesma e de ajudar outros mergulhadores

Comportamento impulsivo; tendência a sofrer acidentes
Aumento do risco de lesão a si mesmo e de companheiros

Obesidade
Associada ao mau condicionamento físico e ao maior risco de doença da descompressão

Idade avançada
Os riscos de saúde da pessoa devem ser avaliados, sobretudo os problemas cardíacos e pulmonares; pode ser mais suscetível à doença da descompressão

Gravidez
Risco de causar defeitos congênitos ou aborto espontâneo

Sexo
As mulheres podem ser mais suscetíveis à doença da descompressão

Medicamentos que podem causar sonolência
Comprometimento do estado de alerta; piora da narcose causada pelo nitrogênio

Uso abusivo de álcool ou drogas
Comprometimento do julgamento e das habilidades
Sintomas

O sintoma mais comum é a dor, que pode ser denominada “mal dos mergulhadores”. Geralmente, a dor ocorre em uma articulação de um membro superior, inferior ou próximo dela, mas, freqüentemente, a determinação precisa de sua localização é difícil. Também pode ser difícil descrever a dor. “Profunda” ou “como se algo estivesse perfurando o osso” são expressões algumas vezes utilizadas. Em outros casos, a dor é aguda e a sua localização é clara. No início, a dor pode ser leve ou intermitente, mas ela pode aumentar progressivamente e tornar-se grave. Geralmente, a área dolorida não é sensível à palpação, não está inflamada nem apresenta dificuldades de movimento.

Os sintomas neurológicos variam de uma leve dormência até uma disfunção cerebral. A medula espinhal é particularmente vulnerável e sintomas aparentemente menores (p.ex., fraqueza ou formigamento em um membro superior ou inferior) podem preceder uma paralisia irreversível, exceto quando o quadro é imediatamente tratado com oxigênio e recompressão. O ouvido interno pode ser afetado e causar vertigem intensa.

Alguns sintomas menos comuns incluem o prurido, a erupção cutânea e a fadiga extrema. O moteamento cutâneo (pele marmórea), um sintoma muito incomum, pode preceder ou acompanhar quadros graves que exigem a recompressão. A dor abdominal pode ser causada pela formação de bolhas de ar no abdômen, mas a dor que circunda o corpo próximo da cintura pélvica pode indicar uma lesão da medula espinhal.

Os efeitos tardios da doença da descompressão incluem a destruição do tecido ósseo (osteonecrose disbárica, necrose óssea asséptica), especialmente do ombro e do quadril, causando uma dor persistente e incapacitação grave. Essas lesões são muito mais comuns entre as pessoas que trabalham em um ambiente com ar comprimido que entre os mergulhadores, provavelmente por causa das exposições prolongadas à alta pressão e pelo não tratamento do mal dos mergulhadores. Apenas uma descompressão inadequada pode causar essas lesões, que pioram gradualmente ao longo de meses ou anos. No momento em que os sintomas aparecem, é muito tarde para que medidas preventivas sejam instituídas.

Os problemas neurológicos permanentes (p.ex., paralisia parcial) geralmente são conseqüências do tratamento tardio ou inadequado de alguma lesão medular. Algumas vezes, no entanto, a lesão é muito grave para ser corrigida, mesmo com o tratamento adequado. Tratamentos repetidos com oxigênio em uma câmara de alta pressão parecem ajudar algumas pessoas na recuperação de uma lesão medular. A chance de recuperação desse tipo de lesão causada pela descompressão é maior que a de uma lesão causada por outros motivos.

A doença respiratória da descompressão (sufocação) é um distúrbio raro mas perigoso, causado pela obstrução disseminada dos vasos sangüíneos pulmonares por bolhas de ar. Em algumas pessoas, este quadro sofre resolução espontânea, mas pode evoluir rapidamente para um colapso circulatório e a morte, a menos que a recompressão seja instituída imediatamente. Os sintomas iniciais consistem no desconforto torácico e na tosse após a inspiração profunda ou a inalação de fumaça de tabaco.

Tratamento

A doença da descompressão exige a recompressão em uma câmara de alta pressão, em que a pressão é aumentada gradualmente para que as bolhas sejam comprimidas e sejam forçadas a dissolver-se. Conseqüentemente, o fluxo sangüíneo e o suprimento de oxigênio aos tecidos afetados são restaurados. Após a recompressão, a pressão é reduzida gradualmente, com paradas planejadas, permitindo aos gases em excesso deixarem o corpo sem causar danos.

O transporte até uma câmara adequada é mais importante que qualquer outro procedimento que possa ser realizado durante o transporte ou postergado sem que isto coloque a vida do indivíduo em risco. O transporte não deve atrasar mesmo quando os sintomas parecem leves, pois problemas mais graves podem ocorrer. Independentemente da distância ou do tempo, a recompressão pode ser benéfica. A recompressão desnecessária representa um risco muito menor que qualquer medida tentada na esperança de que o problema será solucionado sem recompressão. Durante o transporte, deve ser administrado oxigênio através de uma máscara adequada, deve ser realizada a administração de líquidos e as perdas líquidas, assim como os sinais vitais, devem ser anotados. O paciente pode entrar em choque, sobretudo nos casos graves em que a instituição do tratamento foi retardada.

Qualquer que seja o local do mergulho, os mergulhadores em si e as unidades de resgate e de polícia em áreas populares de mergulho devem ter conhecimento da localização da câmara de recompressão mais próxima, as maneiras de se chegar até ela o mais rápido possível e a fonte de consulta telefônica mais adequada.

A não instituição imediata do tratamento adequado da embolia gasosa ou da doença da descompressão está associado a um risco totalmente inaceitável de lesão grave e permanente.

Os mergulhadores que notificam apenas prurido, erupção cutânea e fadiga extrema, geralmente não necessitam ser submetidos à recompressão, mas devem ser mantidos em observação, pois problemas mais graves podem ocorrer. A inalação de oxigênio a 100% com uma máscara facial adequada pode garantir alívio.

Quando a doença respiratória da descompressão (sufocamento) ocorre em uma altitude elevada, o retorno a uma altitude mais baixa nem sempre muda o quadro. A recompressão imediata em uma câmara de alta pressão pode ser necessária.
Acidente de descompressão: ossos do oficio?
Pedro Lage Segurança no mergulho
Quando o assunto vem à conversa entre mergulhadores recreativos surgem pelo menos três atitudes distintas: aquela em que o nosso amigo Tóino Valentão afirma que só os “maus” mergulhadores é que fazem por sofrê-la e que, nas palavras dele, “o je aqui é imune a tal coisa”; outros que vão a correr para o pedaço de madeira mais próximo, bater três vezes e dizer “lagarto, lagarto, lagarto!”; e finalmente aqueles que se calam ou procuram mudar o tema de conversa, ou seja, aqueles que já o sofreram e temem ser olhados de alto a baixo e alvo de murmurinhos discriminatórios.
Qualquer um dos três tem algo para aprender, algo que pode fazer e algo para assumir.

Para o primeiro será aconselhável relembrar-lhe (simplificadamente) o mecanismo que está por detrás da Doença de Descompressão: Ao mergulhar, o azoto contido no ar que respiramos é transferido dos pulmões para os vasos sanguíneos que os envolvem e é dissolvido no sangue; daí circula pelo corpo até aos diferentes tecidos (pele, músculos, ossos, etc.); o aumento de pressão, resultante de um aumento de profundidade vai fazer dissolver cada vez mais azoto no nosso corpo ao longo do mergulho; quando subimos esse excesso de gás inerte começa a sair do organismo, passa dos tecidos para a corrente sanguínea ainda numa forma dissolvida e depois viaja de volta aos pulmões, onde é expelido novamente sob a forma gasosa. Pelo menos será isto que nós veementemente esperamos que aconteça; o problema surge quando a pressão ambiente exterior decresce rápido demais e o azoto não consegue manter-se dissolvido; ele começa a passar para o estado gasoso antes que consigamos expirá-lo: as bolhas formam-se e obstruem os vasos sanguíneos, impedindo o sangue de passar; a partir daqui começam então os problemas propriamente ditos, que não vale a pena estar agora a avançar.

Percebido este mecanismo é importante fazer ver que existem certos factores que aumentam o risco (susceptibilidade) de Acidente de Descompressão, eis alguns deles:

Desidratação - Ao provocar um aumento de viscosidade do sangue e a diminuição da aspersão dos tecidos limita-se a eliminação do gás;
Temperatura - O frio diminui a capacidade que o organismo tem de absorver e libertar azoto; um mergulhador que começa um mergulho quente absorve mais azoto do que um que esteja mais frio, se o primeiro depois arrefece, normalmente para o fim do mergulho, a eliminação do gás é mais lenta, aumentando assim o risco;
Idade - O risco de A.D. aumenta com a idade, possivelmente devido a alterações no sistema circulatório, nas articulações, em suma, da ‘composição’ do organismo;
Obesidade - A gordura absorve mais azoto do que qualquer outro tecido no organismo, para além disso o aumento da massa do corpo significa mais lugar para o azoto se alojar, no entanto nem todos os estudos mostram que a obesidade esteja por si só directamente relacionada com a maior susceptibilidade ao A.D.;
Excesso de exercício físico - Exercício durante o mergulho aumenta a absorção de azoto, o exercício também nos aquece, o que faz aumentar a quantidade absorvida; o cansaço, causado por má condição física, irá por sua vez piorar ainda mais as coisas, nomeadamente com o aumento de dióxido de carbono; deve-se evitar também o excesso de exercício imediatamente após o mergulho;
Velocidade de Subida - Uma velocidade de subida correcta pode ser a diferença entre ter tempo para libertar o azoto através da expiração ou permitir que bolhas se formem no nosso corpo.
Existem ainda outros, que são no entanto mais difíceis de explicar por linguagem simples mas que contribuem igualmente para o A.D., como: perfil de mergulho iô-iô; mergulhos sucessivos e dias seguidos; profundidade, tempo de mergulho; prévios A.D.; excesso de álcool, de tabaco; certos medicamentos; lesões antigas; condição física… enfim, o que se pretende aqui é fazer ver ao Tóino Valentão que qualquer um de nós está sujeito a um dia se ver confrontado com um Acidente de Descompressão, por melhores mergulhadores que sejamos.

Voltando agora ao segundo mergulhador, aquele que sabe que pode vir a ter um Acidente, vale a pena ensinar-lhe alguns “truques” que possibilitem uma redução do risco:

Antes do mergulho - Hidratar-se convenientemente (bebidas isotónicas, água, sumo maçã, evitando chá, café, sumo de laranja); não consumir álcool; não fumar; manter-se aquecido;
Durante o mergulho - Evitar excesso de exercício (esforço); manter uma temperatura confortável; evitar mergulhos iô-iô; evitar mergulhos abaixo dos 30 m; subir devagar; se mais de 40 anos de idade assumir uma forma de mergulhar mais conservadora; nos mergulhos sem descompressão fazer paragens de segurança (3 a 5 minutos); se tiver descompressões obrigatórias, FAÇA-AS e faça-as correctamente (falhar um minuto ou dois pode ser o suficiente); considere e informe-se no uso de NITROX.
Depois do mergulho - Manter os esforços no mínimo (haja quem leve a garrafa !!!); tornar a hidratar; não tomar duches ou banhos quentes por 2 horas; evitar álcool por 4 horas a seguir a um mergulho com descompressão e cuidado com as altitudes (>300 m).
Mas o risco nunca deixa de existir até porque o mecanismo que está por detrás do Acidente de Descompressão não é ainda hoje perfeitamente entendido e apesar de qualquer mergulhador dever saber explicar alegremente como funciona (como aliás eu atrás fiz), cientistas altamente credenciados irão dizer que não sabem todos os condicionantes para ele acontecer.

Outra preocupação é a existência, na comunidade de mergulhadores recreativos, de uma certa relutância em comunicar os sintomas de Doença de Descompressão quando eles surgem, o que vai contra toda a lógica e bom senso; qual a razão de um adulto inteligente ignorar esses sintomas quando sabe que, a existir realmente um Acidente, ele apenas vai piorar com o tempo e quanto mais tarde for tratado, menores serão as hipóteses de recuperação total ? Não é uma atitude de ‘macho’ suportar uma dor no ombro ou uma dormência progressiva: é pura e simples estupidez !

E ao reconhecer este cenário estamos perante o principio da explicação para a atitude do nosso amigo mergulhador que não gosta de assumir que teve um Acidente de Descompressão. É preciso retirar este sentimento de culpa que está tão impropriamente associado à Doença de Descompressão. Pode não ser culpa de ninguém que se sofra um Acidente; um mergulhador pode seguir tudo como manda a lei e mesmo assim sofre-lo. Os chamados líderes do mergulho têm que dar o exemplo e parar de apontar dedos e usar analogias antiquadas (“ele fez asneira e teve um acidente, o idiota!”) para analisar qualquer situação que lhes cheguem aos ouvidos, ainda que não saibam o que realmente aconteceu; se isto não acontecer, a relutância em comunicar os sintomas ou a “vergonha” em assumir um Acidente de Descompressão irá continuar.

Finalmente é importante sublinhar duas ideias, que por acaso podem parecer contraditórias: primeiro, que o tratamento da Doença de Descompressão não é aquele bicho de sete cabeças que muitos pretendem divulgar; na verdade ele resume-se a permanecer dentro de uma câmara hiperbárica um certo período de tempo; não provoca dor, nem tão pouco mal-estar, não são necessárias injecções, nem tubos a entrar pelo nariz e a sair por outra parte do corpo (!), é simplesmente ficar lá e respirar oxigénio, podemos até ler um livro ou quem sabe, o Mundo Submerso!; e mais, existe uma taxa de 95% de recuperações totais, sem qualquer espécie de sequela, quando o tratamento é feito a tempo e horas. A ideia seguinte é em atenção aos 5% restantes: aqueles que podem morrer, ficar tetraplégicos ou com qualquer outra terrível enfermidade que os irá acompanhar para o resto das suas vidas. Pelo que tenho observado, sinceramente me espanto como é que não existem mais casos de Acidentes de Descompressão em Portugal ! Desde aquele mergulhador, obeso e já com alguma idade, que reclama com o seu computador de mergulho por este ter bloqueado as funções logo a seguir a um mergulho a 30 metros, só porque falhou 10 (dez!) minutos de patamar, e que já não o pode utilizar para o mergulho sucessivo !! até àqueles que tentam rivalizar com o foguetão ARIANE nas suas subidas, tenho assistido a quase tudo e se situações destas prevalecerem, os Acidentes de Descompressão hão-de certamente começar a aparecer em maior número. É uma questão de tempo.
Descompressão no mergulho:


No curso de mergulho recreativo, o aluno é instruído sobre a teoria básica da descompressão e sobre o uso de tabelas que mostram várias combinações de tempo e de profundidade de uma imersão. É depois dito que o mergulho nunca deve ultrapassar qualquer combinação entre os dois elementos a partir do qual se torna obrigatório proceder a “patamares de descompressão”. A razão para essa limitação é que fica, muitas vezes, por explicar.


A verdade é que todos os mergulhos, por mais curtos e baixos que sejam, geram um processo de descompressão: o gás inerte que entrou no organismo devido ao aumento de pressão do ar respirado, volta a sair (progressivamente) quando a pressão diminuir; a esta ultima fase é que se dá o nome de descompressão. Então, pode o leitor indagar, o próprio titulo deste artigo está incorrecto? De certa forma sim. O que se passa é que vulgarmente se classifica de Mergulhos com Descompressão, aqueles em que a quantidade de azoto (gás inerte) absorvido ultrapassa o nível a partir do qual o mergulhador não pode subir directamente para a superfície sem efectuar paragens a determinadas profundidades e lá permanecer durante alguns minutos.

Estas paragens, denominadas de patamares de descompressão, possibilitam que parte do azoto absorvido saia do organismo antes de prosseguir com a diminuição de pressão, ou seja, de prosseguir com a subida; no caso de estas paragens não serem efectuadas corre-se o risco de formação de bolhas gasosas no organismo, o que originaria um Acidente de Descompressão. Mas isto já todos os que mergulham devem saber, o que interessa agora explicar é qual a razão para restringir este tipo de mergulhos aos mergulhadores recreativos e o que se pode fazer para poder executá-los em segurança.

Mal o computador ou a tabela indique que, antes de regressar à superfície, é necessário parar num patamar de descompressão, o mergulhador encontra-se perante um tecto virtual, ou seja, ele não deve dar por terminado o mergulho e colocar a cabeça fora de água, mesmo que queira. Entre ele e a superfície existe uma barreira invisível que, ao ser violada, implicará, com grande margem de certeza, a ocorrência de um Acidente de Descompressão. E aqui reside o principal problema deste tipo de mergulhos: não poder regressar à superfície enquanto não se cumprir o processo de descompressão gerado pela tabela de mergulho, sob pena de vir a sofrer embolias gasosas. Muitos factores podem contribuir para o não cumprimento dos patamares, todos eles independentes da vontade do mergulhador, desde o esgotamento da reserva de ar disponível, a avaria do regulador, a existência de animais marinhos perigosos (tubarões), agravamentos bruscos das condições atmosféricas, etc. Para alguns destes factores existe solução, mas nada há a fazer contra um tubarão inquisidor a querer partilhar o patamar com o mergulhador.

A necessidade de fazer mergulhos com descompressão pode surgir quando o objectivo do mesmo está a alguma profundidade ou quando se pretende estender o tempo de permanência. Nos mergulhos em naufrágios, por exemplo, não é muito apelativo limitar a cinco minutos o tempo de fundo só porque a partir daí se torna necessário fazer patamares de descompressão. Um mergulhador convenientemente equipado e treinado pode gozar de uns minutos a mais junto ao naufrágio e depois proceder à descompressão necessária sem problemas. A chave do sucesso neste tipo de imersões está no treino, no equipamento, nos conhecimentos teóricos e na atitude do mergulhador.


Quem quer que se aventure no mergulho com descompressão, a primeira coisa que tem de dominar é, indiscutivelmente, o controle de flutuabilidade. Só assim se garante a perfeita execução dos patamares nas profundidades exigidas. A estabilização do mergulhador é imprescindível para se conseguir um processo de descompressão eficaz, sem a qual o risco de acidente se torna maior. Outro ponto importante é saber planear o mergulho: consultar as tabelas, definindo profundidades máximas, tempos máximos de permanência e tempos de descompressão, e em seguida calcular o consumo de ar previsto para o mergulho. Como é óbvio, a quantidade de ar necessária tem de incluir os patamares de descompressão e o mergulhador mais incauto, que não planeou previamente a sua imersão, facilmente comete o erro de avaliar incorrectamente o seu consumo e ver a reserva de ar disponível esgotar-se enquanto ainda tem alguns minutos de patamar para executar. Depois do plano definido entra o factor equipamento. O equipamento que é necessário para garantir a segurança do mergulhador nestes mergulhos tem obrigatoriamente de incluir uma fonte de ar alternativa, ou seja, algo que possibilite ao mergulhador executar todos os patamares obrigatórios, caso a reserva principal de ar falhar. Mesmo com o uso de computador de mergulho, será conveniente levar umas tabelas de mergulho porque se o computador avariar, o mergulhador não fica sem saber qual o tempo de patamar a executar.

Para mergulhos que exijam grandes tempos de descompressão, recorre-se ao uso de misturas gasosas enriquecidas com oxigénio, Nitrox, ou mesmo de oxigénio puro, com o intuito de acelerar o processo de dessaturação do gás inerte (azoto) e assim de reduzir o tempo dos patamares. No entanto, é necessário ter formação especializada para saber lidar com estas misturas de descompressão, pois o seu incorrecto manuseamento pode ser perigoso.

Até há pouco tempo, falava-se muito na chamada “Curva de Segurança”, uma linha que separava os tempos e profundidades de mergulho que não exigiam descompressão obrigatória, dos que efectivamente exigiam; e era frequentemente dito que se o mergulhador permanece dentro dos limites dessa curva, estaria “seguro” da Doença de Descompressão. A denominação foi sendo abandonada a partir do momento em que se começou a verificar que os Acidentes tanto aconteciam aos que permaneciam fieis a esse principio como aos que o ignoravam e se aventuravam além da linha. No entanto, isto não significa que as probabilidades de um Acidente não sejam maiores neste tipo de mergulhos, o que mostra é que um Acidente de Descompressão pode ocorrer a qualquer um, independentemente do mergulho que fizer, mas quem optar por imersões que impliquem descompressão obrigatória tem de assumir um risco maior que os outros. Um mergulhador recreativo não está preparado para lidar com esse aumento de risco, quer por falta de treino, equipamento, conhecimentos teóricos, ou simplesmente, por opção. Se, eventualmente, a opção surgir, terá de procurar formação especializada em cursos de Mergulho Técnico e aí aprender tudo o que é necessário para lidar com os riscos dos Mergulhos com Descompressão. Sem isso o melhor é não se aventurar

Quando o assunto vem à conversa entre mergulhadores recreativos surgem pelo menos três atitudes distintas: aquela em que o nosso amigo Tóino Valentão afirma que só os “maus” mergulhadores é que fazem por sofrê-la e que, nas palavras dele, “o je aqui é imune a tal coisa”; outros que vão a correr para o pedaço de madeira mais próximo, bater três vezes e dizer “lagarto, lagarto, lagarto!”; e finalmente aqueles que se calam ou procuram mudar o tema de conversa, ou seja, aqueles que já o sofreram e temem ser olhados de alto a baixo e alvo de murmurinhos discriminatórios.


Qualquer um dos três tem algo para aprender, algo que pode fazer e algo para assumir.

Para o primeiro será aconselhável relembrar-lhe (simplificadamente) o mecanismo que está por detrás da Doença de Descompressão: Ao mergulhar, o azoto contido no ar que respiramos é transferido dos pulmões para os vasos sanguíneos que os envolvem e é dissolvido no sangue; daí circula pelo corpo até aos diferentes tecidos (pele, músculos, ossos, etc.); o aumento de pressão, resultante de um aumento de profundidade vai fazer dissolver cada vez mais azoto no nosso corpo ao longo do mergulho; quando subimos esse excesso de gás inerte começa a sair do organismo, passa dos tecidos para a corrente sanguínea ainda numa forma dissolvida e depois viaja de volta aos pulmões, onde é expelido novamente sob a forma gasosa. Pelo menos será isto que nós veementemente esperamos que aconteça; o problema surge quando a pressão ambiente exterior decresce rápido demais e o azoto não consegue manter-se dissolvido; ele começa a passar para o estado gasoso antes que consigamos expirá-lo: as bolhas formam-se e obstruem os vasos sanguíneos, impedindo o sangue de passar; a partir daqui começam então os problemas propriamente ditos, que não vale a pena estar agora a avançar.

Percebido este mecanismo é importante fazer ver que existem certos factores que aumentam o risco (susceptibilidade) de Acidente de Descompressão, eis alguns deles:

• Desidratação - Ao provocar um aumento de viscosidade do sangue e a diminuição da aspersão dos tecidos limita-se a eliminação do gás;

• Temperatura - O frio diminui a capacidade que o organismo tem de absorver e libertar azoto; um mergulhador que começa um mergulho quente absorve mais azoto do que um que esteja mais frio, se o primeiro depois arrefece, normalmente para o fim do mergulho, a eliminação do gás é mais lenta, aumentando assim o risco;

• Idade - O risco de A.D. aumenta com a idade, possivelmente devido a alterações no sistema circulatório, nas articulações, em suma, da ‘composição’ do organismo;

• Obesidade - A gordura absorve mais azoto do que qualquer outro tecido no organismo, para além disso o aumento da massa do corpo significa mais lugar para o azoto se alojar, no entanto nem todos os estudos mostram que a obesidade esteja por si só directamente relacionada com a maior susceptibilidade ao A.D.;

• Excesso de exercício físico - Exercício durante o mergulho aumenta a absorção de azoto, o exercício também nos aquece, o que faz aumentar a quantidade absorvida; o cansaço, causado por má condição física, irá por sua vez piorar ainda mais as coisas, nomeadamente com o aumento de dióxido de carbono; deve-se evitar também o excesso de exercício imediatamente após o mergulho;

• Velocidade de Subida - Uma velocidade de subida correcta pode ser a diferença entre ter tempo para libertar o azoto através da expiração ou permitir que bolhas se formem no nosso corpo.

Existem ainda outros, que são no entanto mais difíceis de explicar por linguagem simples mas que contribuem igualmente para o A.D., como: perfil de mergulho iô-iô; mergulhos sucessivos e dias seguidos; profundidade, tempo de mergulho; prévios A.D.; excesso de álcool, de tabaco; certos medicamentos; lesões antigas; condição física… enfim, o que se pretende aqui é fazer ver ao Tóino Valentão que qualquer um de nós está sujeito a um dia se ver confrontado com um Acidente de Descompressão, por melhores mergulhadores que sejamos.

Voltando agora ao segundo mergulhador, aquele que sabe que pode vir a ter um Acidente, vale a pena ensinar-lhe alguns “truques” que possibilitem uma redução do risco:

• Antes do mergulho - Hidratar-se convenientemente (bebidas isotónicas, água, sumo maçã, evitando chá, café, sumo de laranja); não consumir álcool; não fumar; manter-se aquecido;

• Durante o mergulho - Evitar excesso de exercício (esforço); manter uma temperatura confortável; evitar mergulhos iô-iô; evitar mergulhos abaixo dos 30 m; subir devagar; se mais de 40 anos de idade assumir uma forma de mergulhar mais conservadora; nos mergulhos sem descompressão fazer paragens de segurança (3 a 5 minutos); se tiver descompressões obrigatórias, FAÇA-AS e faça-as correctamente (falhar um minuto ou dois pode ser o suficiente); considere e informe-se no uso de NITROX.

• Depois do mergulho - Manter os esforços no mínimo (haja quem leve a garrafa !!!); tornar a hidratar; não tomar duches ou banhos quentes por 2 horas; evitar álcool por 4 horas a seguir a um mergulho com descompressão e cuidado com as altitudes (>300 m).

Mas o risco nunca deixa de existir até porque o mecanismo que está por detrás do Acidente de Descompressão não é ainda hoje perfeitamente entendido e apesar de qualquer mergulhador dever saber explicar alegremente como funciona (como aliás eu atrás fiz), cientistas altamente credenciados irão dizer que não sabem todos os condicionantes para ele acontecer.

Outra preocupação é a existência, na comunidade de mergulhadores recreativos, de uma certa relutância em comunicar os sintomas de Doença de Descompressão quando eles surgem, o que vai contra toda a lógica e bom senso; qual a razão de um adulto inteligente ignorar esses sintomas quando sabe que, a existir realmente um Acidente, ele apenas vai piorar com o tempo e quanto mais tarde for tratado, menores serão as hipóteses de recuperação total ? Não é uma atitude de ‘macho’ suportar uma dor no ombro ou uma dormência progressiva: é pura e simples estupidez !

E ao reconhecer este cenário estamos perante o principio da explicação para a atitude do nosso amigo mergulhador que não gosta de assumir que teve um Acidente de Descompressão. É preciso retirar este sentimento de culpa que está tão impropriamente associado à Doença de Descompressão. Pode não ser culpa de ninguém que se sofra um Acidente; um mergulhador pode seguir tudo como manda a lei e mesmo assim sofre-lo. Os chamados líderes do mergulho têm que dar o exemplo e parar de apontar dedos e usar analogias antiquadas (“ele fez asneira e teve um acidente, o idiota!”) para analisar qualquer situação que lhes cheguem aos ouvidos, ainda que não saibam o que realmente aconteceu; se isto não acontecer, a relutância em comunicar os sintomas ou a “vergonha” em assumir um Acidente de Descompressão irá continuar.

Finalmente é importante sublinhar duas ideias, que por acaso podem parecer contraditórias: primeiro, que o tratamento da Doença de Descompressão não é aquele bicho de sete cabeças que muitos pretendem divulgar; na verdade ele resume-se a permanecer dentro de uma câmara hiperbárica um certo período de tempo; não provoca dor, nem tão pouco mal-estar, não são necessárias injecções, nem tubos a entrar pelo nariz e a sair por outra parte do corpo (!), é simplesmente ficar lá e respirar oxigénio, podemos até ler um livro ou quem sabe, o Mundo Submerso!; e mais, existe uma taxa de 95% de recuperações totais, sem qualquer espécie de sequela, quando o tratamento é feito a tempo e horas. A ideia seguinte é em atenção aos 5% restantes: aqueles que podem morrer, ficar tetraplégicos ou com qualquer outra terrível enfermidade que os irá acompanhar para o resto das suas vidas. Pelo que tenho observado, sinceramente me espanto como é que não existem mais casos de Acidentes de Descompressão em Portugal ! Desde aquele mergulhador, obeso e já com alguma idade, que reclama com o seu computador de mergulho por este ter bloqueado as funções logo a seguir a um mergulho a 30 metros, só porque falhou 10 (dez!) minutos de patamar, e que já não o pode utilizar para o mergulho sucessivo !! até àqueles que tentam rivalizar com o foguetão ARIANE nas suas subidas, tenho assistido a quase tudo e se situações destas prevalecerem, os Acidentes de Descompressão hão-de certamente começar a aparecer em maior número. É uma questão de tempo.
Sábado, 19 de Dezembro de 2009
Resgate
O curso de Rescue Diver é um passo fundamental na expansão do conhecimento e experiência do mergulhador, além do nível puramente recreativo. A graduação Rescue Diver é um dos pré-requisitos para todos os níveis de treino de Liderança (Dive Supervisor, Assistant Instructors e Open Water Scuba Instructors). Assim sendo, o curso Rescue Diver é conduzido de maneira realística quanto a conduta, conteúdo e abordagem. A interacção, cooperação, discussão, variedade e flexibilidade durante o treino de habilidades são enfatizados e altamente valorizados.

Objectivo:

- Treinar, preparar e certificar candidatos para reconhecer, prevenir e agir diante de situações de emergência encontradas no ambiente do mergulho recreativo;
- Ensinar e praticar técnicas de resgate de maneira efectiva numa atmosfera de realismo em um ambiente controlado;
- Prevenir a necessidade do uso de habilidades de resgate. Através do enfoque dos aspectos profiláticos, trabalhando de maneira efectiva os fundamentos e capacidade de auto-resgate do candidato;
- Expandir o conhecimento teórico do candidato sobre os assuntos relacionados aos acidentes de mergulho e primeiros socorros;
- Expandir o conhecimento teórico e prático sobre os equipamentos de emergência;
- Conscientizar o candidato de sua importância como vector de propagação das práticas seguras da actividade de mergulho;
- Fornecer a formação necessária sobre segurança e acidentes do mergulho para que o candidato possa atender aos pré-requisitos do curso de Dive Supervisor.
Pesca submarina

A pesca submarina é feita sem aparelhos de respiração artificial, mas o mergulhador pode usar armas para abater os peixes. Para evitar a pesca predatória, é proibido usar cilindro de oxigénio para a prática. A pesca submarina ocorre tanto em rios quanto no mar ou em lagos. Tudo deve ser em apneia, com a respiração presa. Por causa dos perigos, a actividade é hoje considerada um desporto radical. Um dos riscos que o pescador corre é a falta de oxigenação que acomete quem mergulha mais fundo do que deveria. Sem oxigénio, o cérebro perde o controle motor, e o corpo treme como se o mergulhador estivesse dançando. Quem não recebe socorro a tempo desmaia e pode até morrer. A vontade de mergulhar fundo já acompanha o homem há séculos, desde quando os polinésios desgastavam cascos de tartaruga até ficarem transparentes e os usavam como lentes em armações de madeira. Na Antiguidade, o azeite era usado para melhorar a visão, já que a oleosidade altera o índice de refracção da água. Até Leonardo da Vinci desenhou um snorkel semelhante aos actuais. Comparadas aos equipamentos modernos de hoje, as invenções do passado parecem história de pescador!

DE TIRAR O FÔLEGO
Mergulhador tem que ter paciência, roupas especiais e armas para se dar bem

INSPIRAÇÃO
Para aumentar o fôlego e conseguir ficar debaixo d’água por mais tempo, o caçador faz exercícios respiratórios na superfície. A hiperventilação, técnica de respirações lentas e profundas para oxigenar o corpo e expulsar o gás carbónico, garante até quatro minutos de fôlego submarino!

BALÉ SUBMARINO
O mergulhador não pode chegar dando tibum na água, para não assustar os peixes. Além disso, os movimentos têm que poupar energia. Por isso, ele usa uma técnica chamada golpe de rim, que lembra um balé: prende o fôlego, dobra o corpo ao meio, joga as pernas para o ar e afunda aos poucos.

À ESPERA
Perto da superfície, a técnica mais usada é a pesca de espera, que exige relativamente pouco esforço, mas muita paciência. O pescador fica imóvel e espera que os peixes curiosos se aproximem. Quando o cardume se aproxima, basta atirar e fazer a festa. Esta caça costuma abater tipos como robalo , mas também pode ser usada mais no fundo do mar.

INVASÃO DE PRIVACIDADE
Em profundidades intermediárias, uma das técnicas usadas é a caça de toca. O mergulhador vai até a morada de peixes, como badejo e sargo, e ataca pelos lados, para pegar de surpresa. O peixe geralmente é arisco por causa de ataques anteriores. Exemplares maiores podem até matar se na fuga baterem de frente com o caçador.

MODA SUBMARINA
O mergulhadora precisa estar prevenido: a roupa de neoprene protege do frio e de cortes, e máscara, luvas e botas de borracha também são indispensáveis. As nadadeiras ajudam a se deslocar. A faca serve para cortar redes ou o cinto de lastro, que dá estabilidade, mas, se pesado demais, impede uma volta à superfície rápida. A bóia lá em cima avisa que existe mergulhador por perto.

DE PASSAGEM
No fundo do mar, é comum usar a técnica da pesca de passagem, que visa os peixes que sempre ficam em trânsito, como atum e dourado. Pode acontecer em águas oceânicas a até 70 metros de profundidade. A táctica é a mesma da pesca de espera: passou, atirou. As armas precisam ser grandes porque os peixes nessas circunstâncias também é maior.

TIRO AO ALVO
Com gatilhos sensíveis, armas só devem ser carregadas dentro d’água

ARBALETE
Duas tiras de borracha seguram o arpão. Com o disparar do gatilho, a borracha é solta e o arpão "voa" em direcção ao peixe, mas com um fio de náilon junto. Depois do tiro, é só seguir o fio e pegar o peixe.

ESPINGARDA
Quando a arma é carregada, o compartimento de ar comprimido fica sob a pressão de um êmbolo no cano. Na hora do tiro, o ar empurra o êmbolo no sentido contrário e projecta o arpão, também preso por um fio.

TIRO AO ALVO
A melhor parte para acertar o peixe é a cabeça, sobretudo o olho, porque a morte é instantânea. Outra região vulnerável é a cauda – o arpão pega a coluna vertebral e desnorteia o bicho. O abdómen, que não prende o arpão, deve ser evitado.

Chip de Potência

Para percebermos como a potência pode afectar o nosso rendimento é melhor fazer uma análise "técnica": a potÊncia defini-se como a força realizada durante um certo periodo de tempo e mde-se em Watts. Por isso, se queremos aumentr a potência temos 3 hipóteses: reduzir o tempo, aumentar a força ou combinar os 2 (aumentando a força feita num periodo de tempo inferior). E a que melhor podemos treinar em cima da bicicleta é a força que, a nível fisiológico, poderá ser: explosiva, de resistência ou de velocidade. É por isso que, ao trabalharmos a nossa potÊncia, iremos influenciar muitos outros aspectos durante um passeio, treino sério ou prova.
Tais situações podem ser: arranques desde parado, mudanças de ritmo gradual, sprints ou manter uma relação pesada durante mais tempo que o habitual.

Potenciar as pernas
Antes de começarmos a treinar que nem uns loucos, convém tomar precauções, já que este tipo de trabalho é pesado e pode trazer lesões.
Devemos começar por estabelecer uma base de trabalho, como treinar 3 a 4 vezes por semana, durante um mês ou mês e meio. Quando estivermos em forma, vamos começar a encarar melhor as subidas, a bicicleta parecer-nos-à mais leve e já não nos cansamos tanto. É nesta altura que devemos "kitar" as nossas pernas.
Os passeios vão-se tornar em pequenas provas. Começa por aquecer progressivamente nos primeiros minutos e vai aumentando ligeiramente o ritmo até pedalar já a uma velocidade considerável. 30 min depois de começar a volta, podemos então tratar do assunto...
Antes de passarmos á acção, convém lembrar que é igualmente importante a fase de arrefecimento: começe por reduzir o ritmo e a força empregue na pedalada antes de parar por completo; quando se encontrar parado faça alongamentos.
Subidas - Preparação Física e psicológica

No BTT, as subidas são um ponto chave para vencer ou perder uma prova e um grande desafio também para aqueles que não competem. Elas exigem muito dos atletas, tanto física quanto psicologicamente.

Preparar-se para as subidas é de grande importância principalmente para aqueles que querem enfrentar os desafios de uma prova de cross-country.


Numa uma prova, treino ou pedalada, procure sempre entrar numa subida com a marcha certa para facilitar a tração e evitar a perda de equilíbrio em cima da bike. Para subir em pé use o bar end como alavanca e procure desenvolver velocidade (velocidade não quer dizer marcha pesada). Deve-se sempre procurar a marcha ideal para cada tipo de subida e de terreno.

Por exemplo: numa subida curta seguida de uma descida é normal que se use marchas mais pesadas para não perder a velocidade. Mas num terreno íngreme e longo deve-se utilizar uma marcha mais leve e apropriada para o ritmo de cada um. Nas subidas longas ou provas muito longas subir sentado e tentar impor um ritmo que seja sustentável até o final é uma boa medida, pois um esforço exagerado pode ser fatal e custar algumas posições até a bandeirada final. Cada atleta tem suas características e estilo próprio de pedalada. O importante é que cada um respeite o limite do seu corpo.


Subidas longas - Em subidas longas é necessário saber dosar a energia e o ritmo para não se desgastar demais no início, o que viria a prejudicar o rendimento do atleta do meio da prova para o final. O ideal é procurar sempre impor um ritmo que você suporte, o ritmo da pedalada também é importante. Usar a marcha certa com uma cadência que seja confortável para cada um é um ponto importante a se reparar. Às vezes a cadência do seu adversário não é a mais confortável para si.

Quando empurrar a bike - Assim como saber manter-se de forma sustentável durante uma subida, é importante perceber o momento em que é melhor descer e empurrar a bicicleta. Principalmente em subidas íngremes, o esforço físico feito para vencê-las nem sempre é vantajoso. Além disso, o atleta corre um grande risco de se desequilibrar e tombar de lado, podendo ferir-se.

Quando perceber que está sofrendo um desgaste físico muito grande, não hesite em descer da bike e empurrá-la rapidamente por alguns metros até encontrar um terreno mais plano. Este pequeno descanso também poderá ser importante psicologicamente.

O fator psicológico - É notorio que, além de um grande desgaste físico, as subidas causam muito desgaste psicológico mesmo nos atletas mais preparados. Dor, falta de ar e a sensação de desconforto podem ser minimizadas com um melhor preparo físico. Quanto melhor preparado fisicamente, menos o atleta ou praticante sofrerá diante deste desafio e melhor aproveitará as suas pedaladas. Fazer exercícios regularmente e treinar sempre que possível em terrenos de subida são ações que ajudam bastante.

Informação sobre barcos e Segurança

O "rafting" é um esporte que oferece riscos naturais, por isso, a segurança é a nossa maior preocupação. O objetivo principal da Aventur Turismo é fazer com que todos aproveitem ao máximo o percurso do passeio, mas terminem seguros, satisfeitos e sem qualquer dano pessoal.

A Aventur Turismo utiliza botes modernos e importados, produzidos com material de alta tecnologia, seguros, resistentes, projetados especificamente para a prática do "rafting". Os equipamentos de segurança usados pelos guias e turistas são adequados e aprovados para esse tipo de atividade. Pedimos para que todos os clientes sejam "fiscais" e que cobrem de nossa empresa, como o mínimo para uma descida segura, os seguintes itens (todos da Federação Internacional de Rafting - IFR):


• Em nenhum momento, por motivo algum, seja permita lotação dos botes acima de sua capacidade.
Botes
- Desenhados para navegar em corredeiras (tanto de frente como de ré), com o tamanho apropriado para o rio e com finca-pés (não obrigatório até classe III, mas aconselhável);
Capacidade permitida para os botes:
- 3,00m a 3,54m - 4 pessoas;
- 3,55m a 3,90m - 6 pessoas;
- 3,91m a 4,10m - 7 pessoas;
- 4,11m a 4,50m - 8 pessoas;
- 4,51m a 4,80m - 9 pessoas;

o Dois cabos de resgate por bote;
o Colete com proteção de todo o tórax e costas, com aba para a cabeça, de material resistente, com regulagens fáceis, para que sirvam em diversos tamanhos e com fixação abdominal ou outra de mesma função;
o Capacete com uma boa proteção de impactos, proteção para orelha, furos e flutuação positiva;
o Todas as descidas devem ser acompanhadas de um "kaiak"/"duck"/bote de segurança ou outro sistema, que atenda adequadamente à segurança;
o Ter, no mínimo, um kit de primeiros socorros por descida;
o Ter, em local de fácil acesso, na base de operação ou veículo de apoio (em caso de expedição), equipamentos como maca, colar cervical, extintor;
o Disponibilizar um plano de emergência com rota de fuga.


Grau de Dificuldade

A classificação internacional das corredeiras tem seis níveis.
Classe I : Pequenas ondas.
Classe II: Ondas um pouco maiores, mas com passagens ainda largas e evidentes.
Classe III: Corredeiras com ondas altas e irregulares que requerem manobras mais elaboradas.
Classe IV: Corredeiras longas, passagens estreitas e turbulentas, que pedem manobras cuidadosas. O "scout" é geralmente necessário e o resgate pode ser complicado.
Classe V: Corredeiras extremamente difíceis. Passagens obrigatórias exigem manobras complexas para entrar e sair da queda. "Scout" e esquema de segurança nas margens são altamente recomendados.
Classe VI: Praticamente intransponíveis, pois apresentam alto risco. São ultrapassados por portagens. Pessoas altamente especializadas já tentaram enfrentá-las.

É de grande importância a conscientização de cada empresa, em utilizar botes de acordo com a classificação dos rios em que opera, especialmente, o tamanho e a capacidade de ocupantes.

Descidas em dias posteriores às cheias, quando há um grande aumento no volume das águas dos rios, merecem atenção especial, pois existe o risco de possíveis troncos ou galhos estarem posicionados em locais perigosos. Portanto, nesses dias, deve-se tomar uma medida de precaução: checar os locais onde o perigo é iminente, antes de fazer qualquer tipo de descida.

Ataques de animais


Apesar de pouco comuns, podem causar lesões nos mergulhadores exigindo socorro imediato e a intervenção médica em alguns casos.
Na verdade o imaginário popular, aumentado pela imagem distorcida dos filmes cinematográficos, aponta o tubarão como o mais sério dos ataques dos animais marinhos. Entretanto, estatisticamente, morrem mais pessoas picadas por abelhas e atacadas por hipopótamos, que mergulhadores mordidos por tubarões. Mesmo numa escala bastante reduzida, comparado a outros tipos de ataques de animais sob a face da terra, o ataque de tubarões é mais comum contra banhistas e surfistas do que contra mergulhadores. Tal fato se explica principalmente porquanto ataques de tubarões ocorrem na esmagadora maioria como uma forma equivocada de alimentação, uma vez que o ser humano, efectivamente, não faz parte da sua cadeia alimentar.
Os mergulhadores estão mais sujeitos a lesões causadas por animais que possuem espinhos, como raias ou ouriços do mar, ou que produzem substâncias urticantes, como por exemplo, as águas vivas. Também na grande maioria, tais ferimentos ocorrem de forma acidental, quando o mergulhador entra em contacto com estes tipos de animais.
Um conhecimento um pouco mais apurado e uma cautela maior quando na presença destes animais, evita na quase totalidade dos casos, acidentes e ferimentos.

Combustíveis para o exercícios físico

Os complementos alimentares, Indicados a quem sofre deficiência nutricional ou pratica alguma actividade física, devem incluir no rótulo a especificação: “Recomendável para atletas”.

Energéticos
O que são : Barras, Gel ou em pó solúvel onde a concentração de carboidratos é de noventa por cento .
Como funcionam : Como os carboidratos contidos nos alimentos, mas com a diferença de que estes são absorvidos pelo organismo em um terço do tempo, desfazem-se e transformam-se na glicose que, uma vez nas células, será combustível para um processo químico que resulta em mais energia para o corpo.
Para quem são indicados: Praticantes de exercícios que exijam grande força física, como musculação ou corrida, somente nos casas em que se exceder uma hora de duração.
Efeito: Aumentam em dez por cento o tempo que o corpo aguenta um exercício sem se cansar. Quando consumir: Até três horas antes do exercício.
Comentários: Só para exercícios pesados.
Proteicos
O que são: Barras ou em pó solúvel com cinquenta por cento na sua composição.
Como funcionam: As proteínas são absorvidas pelo organismo em meia hora, não em duas como os alimentos . Têm um papel fundamental na reconstituição do músculo, cujas fibras rompem-se sempre, em maior ou menor grua, durante o exercício.
Para quem são indicados: Pessoas que praticam, pelo menos três vezes por semana, durante uma hora, exercícios com sobre carga para os músculos .
Efeito: Ajudam a recompor os músculos até quarenta e oito horas, algo que o corpo faz naturalmente em setenta e duas horas.
Quando consumir: Até uma hora após o treino.
Comentário: Só são úteis para quem faz com frequência exercícios pesados.
Isotónicos
O que são: Bebidas com sais minerais, como o sódio, o cloreto e o potássio.
Como funcionam: Ajudam a repor estes minerais, que são eliminados no suor . Têrm uma composição semelhante à da própria célula.
Para quem são indicados: Desportos que envolvam corrida, mais de uma hora , ou actividades físicas sob o sol durante quarenta e cinco minutos.
Efeito: Durante o treino, repõem os minerais no momento em que estes são eliminados, ajudando a evitar a desidratação. Após a actividade física aceleram a reposição dos minerais. Fazem em meia hora o que acontecia por meio da alimentação durante um dia.
Quando consumir: Durante o treino ou até seis horas depois deste.
Comentário: Não faz qualquer sentido beber o isotonico antes do exercício, uma vez que não houve perda de água e sais, nem quando não há qualquer necessidade especifica.
Shakes
O que são: Pós solúveis em leite ou água cuja fórmula contem carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais.
Como funcionam: São substitutos das refeições. A diferença deles com um bom proto de comida é que os shakes quantificam o nutrientes e fazem uma reposição deles sob medida de quem necessita mesmo.
Para quem são indicados: Pessoas que praticam exercícios intensos quatro vezes por semana, durante pelo menos uma hora ou duas vezes ao dia.
Efeito: Para o exercício nenhum. A sua única função é repor determinados nutrientes na medida correcta, o que é útil para quem ficou sem eles depois de uma actividade física intensa, algo que só um nutricionista pode diagnosticar.
Quando consumir: Na refeição seguinte ao treino.
Comentário: Já mais usar sem necessidade ou em excesso. Não têm todos os ingredientes necessários ao organismo.
Atenção a água é imprescindível ao bem estar.
Já o mesmo não se pode dizer de alguns complementos alimentares.
O valor da alimentação : Como obter nos alimentos a mesma quantidade de nutrientes oferecida pelos complementos:
Energético: 1 barra = 100 ml de beterraba
Proteico: 1 barra = 250ml de iogurte
Isotónico: 1 copo = 1 copo de sumo de ananás ou laranja
Shake : 1 copo = vitamina de leite com maçã, beterraba , castanhas , mel e uvas
Categorias e competições de rafting

Federação Internacional de Rafting, divido a modalidade em três categorias em suas competições oficiais: sprint, slalom e descenso. Além disso, cada categoria é disputada apenas por mulheres e homens, sendo subdivididas em feminino e masculino. O resultado de um campeonato de rafting é a soma dos pontos obtidos pela equipe em cada uma dessas provas.

Sprint

O objetivo principal é fazer o percurso no menor tempo possível. Para tanto, os melhores colocados vão passando para as fases seguintes. A primeira fase, também conhecida como Tiro de Velocidade, serve para montar a primeira bateria. O percurso do Tiro de Velocidade é de 500 metros. A ordem de largada segue o resultado do ano anterior, sendo que as melhores equipes largam por último.


Slalom
O objetivo é cumprir um percurso que pode variar entre 300 e 600 m no menor tempo possível. Esse percurso é delimitado por “portas”, sendo que cada porta consiste em duas balizas redondas de 2 m suspensas no rio e com um espaço entre elas variando de 2,80 a 3,20 m.

Se a equipe tocar nas portas sofre penalização, assim como se não passar por elas. Cada percurso deve ter entre 8 e 12 portas e cada equipe deve passar conforme o sentido indicado (a favor, sinalizadas por balizas verdes, e contra, sinalizadas por balizas vermelhas).


Slalom - penalizações
No slalom, uma passagem é considerada correta se todos os membros da equipe estiverem no bote e suas cabeças passarem entre as balizas. Caso isso não ocorra, estas serão as penalizações:
• Toque na baliza = 5 pontos
• Uma ou mais pessoas não passarem a cabeça por entre a porta = 50 pontos
• Passar pelo porta no sentido errado = 50 pontos
• Passar ou tocar uma porta com a numeração superior = 50 pontos na porta anterior
• Passar com a equipe incompleta pela chegada = 50 pontos
• Passar com bote completamente virado por uma porta = 50 pontos
• Deslocamento intencional de uma baliza = 50 pontos
*Os pontos equivalem a segundos e são adicionados ao tempo da equipe.
Descenso
O objetivo também é percorrer o percurso, que nesse caso pode variar entre 4 e 10 km, no menor tempo possível, sendo que o resultados da descida é determinado pelo tempo e não pela ordem de largada. A largada pode acontecer dentro dá água ou fora dela (largada Le Mans), se houver uma praia no rio com o espaço suficiente para as equipes correrem até o bote. Uma penalidade de 50 segundos é dada à equipe que tentar trapacear na largada. Para impedir falsas largadas (quando essas acontecem dentro da água) cada bote deve estar sendo segurado por uma pessoa.
Limites de segurança no mergulho

Normalmente, todo mergulhador consciente faz pelo menos uma vez na vida a seguinte pergunta: será que eu realmente estou preparado para fazer este mergulho?

A definição de quais são os reais limites nos quais o mergulhador pode chegar sem comprometer a sua segurança, o que pode significar até mesmo a sua vida e a de seu companheiro, varia um pouco de acordo com as características de cada pessoa e também do próprio mergulho. Entretanto, de uma forma geral, podemos citar alguns aspectos que são comuns a todos os mergulhadores, independentemente da habilidade e experiência individuais.

Estar bem física e mentalmente para o mergulho é uma condição básica. Não há necessidade de que se tenha o corpo de um atleta olímpico mas é importante se lembrar que durante o mergulho, pode-se rapidamente passar de uma situação de conforto e relaxamento para um evento onde há necessidade de muito esforço físico e em um ambiente onde é fundamental se manter a concentração e o raciocínio rápido.

Atividade física - Para atingir estes objetivos devemos estar sempre praticando alguma atividade física regularmente e também os exercícios básicos do mergulho (alagar e desalagar a máscara, troca de ar com o companheiro, etc.). Um bom exame médico anual também é importante pois pode-se detectar alguma condição médica que pode trazer problemas no futuro. Não fumar, não ingerir álcool pelo menos antes e logo após o mergulho além de se manter bem hidratado também são muito importantes.

Além de eventuais problemas médicos que podem limitar a atividade de mergulho, algumas outras situações também deve ser lembradas. Mulheres gestantes, independentemente do tempo de gestação não devem mergulhar. Como não existem dados concretos sobre o que pode ocorrer com o feto durante e após o mergulho, incluindo a possibilidade de uma doença descompressiva, não se pode justificar tal risco, principalmente em se tratando de uma atividade normalmente de recreação.

Quanto aos limites de idade, isto ainda gera muitas discussões. Normalmente, considera-se como limite mínimo de idade para se iniciar o mergulho com SCUBA a partir dos 12 anos mas mesmo isso tem sido variável. O que não podemos esquecer é que a criança ainda está com o crescimento ósseo muito ativo e a partir de que momento podemos expor as cartilagens em crescimento a uma quantidade maior de gás inerte (N2), como o que ocorre no mergulho, ainda é uma pergunta sem uma resposta única.

Os 10 mandamentos que devem orientarem os mergulhadores na conservação do reino das águas


1º - Evite contacto com organismos frágeis – embora pareçam pedras ou plantas, muitos organismos aquáticos são na verdade animais, e muito frágeis. Um toque da mão do mergulhador pode destruí-los. Assim, é melhor não encostar em espécie delicadas, como os corais.
2º - Prenda bem os equipamentos para mergulhar – mantenha os equipamentos seguros, para que não escapem e se transformem em entulho.
3º - Actualize seus conhecimentos para conservar suas habilidades – se você não mergulha há tempos, verifique se as suas habilidades, principalmente controle de flutuabilidade, permanecem inalteradas. Estando inseguro quanto a elas, passe a frequentar um curso de actualização para mergulhadores.
4º - Saiba que sua visita à vida aquática pode trazer problemas – muitas vezes, ao contar tantos organismos, o mergulhador fica tentado a tocar e até dar comida a eles. Esta acção pode causar stress aos animais, introduzir alimentos nocivos e provocar comportamento agressivo em espécies normalmente calmas.
5º - Respeite o reino aquático – diversas criaturas subaquáticas só ficam visíveis em meio a plantas ou objectos. Usá-las como brinquedos ou comida para outros animais irá quebrar o eco sistema local.
6º - Resista à tentação de trazer lembranças – coleccionadores de espécies, corais e conchas podem "despir" algumas áreas de seu fascínio. Se você quer levar recordações de seu mergulho, é melhor praticar fotografia subaquática.
7º - Obedeça às regras da pesca submarina – os entusiastas do desporto devem tirar licença e conhecer as regras de cada ponto de mergulho, que são elaborados para garantir a reprodução e sobrevivência dos animais.
8º - Sempre comunique distúrbios ambientais – avistando qualquer depreciação do ambiente aquático, informe às autoridades.
9º - Seja um modelo para mergulhadores – como um mergulhador consciente, você deve saber que jogar lixo na água destrói a natureza. Seja o primeiro a dar exemplo em casos como esse.
10º - Envolva-se em actividades ambientais locais – suas acções tem influência no lugar onde mergulha. Oriente os companheiros sobre como descer ao fundo sem prejudicar a natureza.

Primeiros Socorros em casos de acidente em mergulho.


1) Manter a calma. Se a vítima estiver consciente conversar com ela procurando, também, acalmá-la.

2) Fazer uma verificação (avaliação) no estado da vítima, através do A-B-C de emergência, ou use um DEA, com configuração e orientação em Português.

3) Retirar a vítima da água pelo método de salvamento aquático.

4) Colocar a vítima deitada e a mantenha aquecida pela manta térmica de primeiros socorros.

5) Caso ocorra da perda de consciência, coloque – a na posição deitada por sobre o lado esquerdo do corpo. Esta manobra, evita que a vítima possa aspirar vômito após imobilização da cervical.

6) Caso de inconsciência e verificado pelo método ABC de primeiros socorros. Iniciar a R.C.P que aprendeu nos cursos de primeiros socorros.

7) Se possui a mão, maleta portátil com oxigénio, administrar oxigénio a 100%, continuadamente, (se possui, também cursos de administração de oxigénio).Se não possui esta maleta de oxigénio usar o “AMBU”, para administrar ar a vítima.

8) Chamar socorro (ambulância), e transportar a vítima para serviço médico de emergência.

9) Câmara de descompressão. Não é aconselhável ir directamente para ela. Em minutos pode-se administrar os primeiros socorros. Os locais onde existem estas câmaras, podem, dependendo do dia e da hora, não estarem abertos, a não ser em hospitais, especializados em acidentes de mergulho. Neste, locais, geralmente as câmaras, de descompressão estão reguladas para oxigenoterapia hiperbárica e não tem conhecimentos para lidar com acidentes de mergulhos.

A Espeleologia e a Ciência

Para que se possa explorar e estudar uma caverna, a Espeleologia teve necessidade de recorrer aos conhecimentos já existentes em outros ramos do conhecimento para poder levar a bom termo o seu objectivo. É assim que podemos considerar a actividade espeleológica sob o duplo aspecto desportivo e científico. O aspecto desportivo prende-se, fundamentalmente, com as técnicas relacionadas com o alpinismo e as de cultura física, além das propriamente espeleológicas, já que é necessário vencer inúmeros e, por vezes, difíceis obstáculos em que só uma boa resistência física, aliada a um bom conhecimento das técnicas existentes, permite ultrapassar. Estão neste caso a descida de poços, a escalada de chaminés e paredes ou a progressão em passagens estreitas, como exemplos. Do aspecto científico, imensamente vasto e complexo, destacaremos apenas, devido ao seu peso no conjunto da actividade espeleológica, o agregado das ciências geológicas (Geologia, Hidrologia, Tectónica, Morfologia - superficial e subterrânea, Paleontologia, etc), a Biologia, a Arqueologia e as técnicas da Topografia, a Fotografia, o Cinema, entre muitas outras. Quanto à utilidade da Espeleologia apenas chamaremos a atenção para os aproveitamentos das reservas hídricas existentes nos calcários, instalações hospitalares para doenças específicas, instalações científicas para investigação, refúgio e protecção de populações em caso de conflito ou como aproveitamento turístico.
Estas são muito resumidamente as partes boas da utilidade das cavernas, mas também aqui existe o reverso da medalha com utilizações que consideramos abusivas do património natural pertença de todos nós, centrado no aproveitamento para fins militares das redes subterrâneas ou, então, como autêntico caixote de lixo ou esgoto, sem qualquer respeito pelos outros indivíduos, afectando, deste modo, populações por vezes bastante distantes devido às características peculiares de circulação hídrica nos maciços calcários.
A Espeleologia não é uma actividade esquisita feita por indivíduos estranhos, mas sim uma actividade tecnico-científica como muitas outras, onde há bons e maus executantes e onde todos os indivíduos podem participar sem quaisquer problemas desde que a encarem com a devida seriedade, respeito e conhecimento técnico que ela merece e requer.
Tipos de Embarcações
Diferentes rios e níveis de água requerem uma variedade de barcos.
O típico Raft insuflavel varia entre os 4 e os 5 metros e meio, e transporta entre os 4 e os 10 passageiros. Feito de um material resistente chamado hypalon (tecido de fibra de poliester, revestido com borracha de neoprene, altamente resistente à abrasão. Algumas marcas utilizam também revestimentos de PVC ou uretano). O Raft é escolhido de acordo com o nível do rio; um raft muito pequeno pode não ter muita estabilidade em alguns locais, por exemplo.
Existe o denominado Kayak-Raft, também insuflável, que mede 1m de largura e 3 de comprimento. Flexível e bastante manobrável, é estável e fácil de controlar.
O Kayak, é característico pelo seu peso muito leve, pela elevada capacidade de manobras e é feito de PVC (plástico). Mais pequeno, mais eficiente nos movimentos e de resposta quase imediata às nossas "ordens" do que as canoas, o Kayak permite ao remador a liberdade de "surfar" nas ondas, brincar nos rápidos e rodar sem se afundar.
O Safety kayak é utilizado em rios de nível acima de III, em que um kayak fica em local estratégico para dar apoio em caso de resgates e acidentes.

Material aconselhado
Todas as pessoas dentro do raft usam coletes salva-vidas, capacetes e remos, sendo sempre acompanhadas por um guia experiente.
Pagaia - Pode ser de plástico, com cabo de alumínio, ou de fibra de carbono. O verdadeiro nome é "remo pá India" mas, para facilitar e porque a maioria dos actuais guias de Rafting, são canoistas de águas bravas, utiliza-se o nome de pagaia.
Capacete e colete salva-vidas - Utilizados para garantir maior segurança aos praticantes. Em rios de nível mais elevado, protegem contra o impacto em rochas, árvores e afins.
O colete é também um óptimo acessório de resgate, pois a zona dos ombros é especialmente reforçada para se poder agarrar a pessoa e recolhê-la para o interior do Raft. Para além disso os coletes utilizados são de fecho à frente, pois em caso de necessidade de fazer RCP (Ressuscitação Cardio-Pulmunar) basta abrir o fecho em vez de "despir" a pessoa pela cabeça. Se tal acontecesse poderiam perder-se segundos preciosos.
Fato e sapatos de neoprene - Protegem contra o frio e escoriações, em caso de queda do raft. Mantêm a água que entra no seu interior, à temperatura do corpo. Isto é bastante importante em caso de longa exposição à água fria, pois aumenta consideravelmente o tempo de resistência que o corpo tem para não entrar em hipotermia.

Cabo de resgate - Trata-se de uma corda, de aproximadamente 20 metros, utilizada para resgates no caso de alguém cair do raft. Esta corda é feita de material flutuante, para que o "náufrago" a veja com facilidade. Uma das suas pontas é o guia que a mantém, enquanto a outra está amarrada num saco de cores berrantes, para facilitar a sua visão e o seu lançamento. Para além do cabo, pelo menos um dos raft's que efectua a descida, deve levar um kit de primeiros socorros completo.


Material individual
Para além do material acima citado, há pequenos promenores que não convém descurar.
Sapatos que se possam molhar. O mais aconselhado são as ditas sapatilhas de neoprene, mas por vezes não há necessidade de as comprar de propósito. Desta forma, o nosso conselho são os famosos e resistentes Ténis de lona. As sandálias de rio não são nada aconselháveis porque, para além de não protegerem do frio e das eventuais pancadas, não facilitam o nadar em caso de necessidade.
Fato de banho e uma t-shirt. A maioria das empresas em Portugal fornecem os fatos de neoprene para a descida. O mais aconselhado para se usar por baixo do fato de neoperene é um fato de banho e uma t-shit, pois estes protegem do roçar constante do fato, que por vezes se torna bastante desconfortável ao remar e ao movimentarmo-nos.
Uma muda de roupa seca. É essencial que no final da descida se tenha à nossa espera uma muda de roupa bem sequinha, um par de sapatos secos e um agasalho.
Toalha
Protector Solar
Agasalho de preferência impermeável.

Glossário do canyoning


Barranco - Sulco ramificado escavado nas encostas que impede a formação de cobertura vegetal. Devem-se à intensa erosão provocada pela água da chuva, especialmente nas áreas mediterrâneas. (in Dicionário de Geografia, Edições Sílabo).

Bloqueio do oito - Técnica para bloquear o descensor em oito durante o Rappel.

Canyoning(Canionismo!) - Descida de rios encaixados ou com forte desnível com recurso a caminhada, rappel ou outras técnicas para transposição de obstáculos. Canyoning (ing. UK); Canyonisme ou descentes de canyons (fr.); Barranquismo ou descenso de cañones ou de barrancos (esp.).

Canhão/Canyon - Vale muito encaixado (in Dicionário de Geografia, Edições Sílabo). Vale estreito e profundo de paredes quase verticais (in Enciclopédia Geográfica das Selecções do Reader’s Digest, 1988). Outros termos para designar vales ou linhas de água encaixadas: vale profundo, barranco, corga.

Caos - Aglomerado de rochas no leito de um rio, resultantes de desprendimentos, provocando bloqueios e labirintos difíceis de transpor.

Corda de progressão - Corda utilizada na descida para fazer o rappel.

Corda de recuperação - Corda utilizada para recuperar a corda de progressão.

Corrimão (Main courante) - Corda fixa instalada na horizontal, para auxiliar na progressão em zonas de difícil acesso ou perigosas.

Desvio - Sistema de amarração ou técnica que consiste em utilizar uma ancoragem para desviar a corda da sua linha de rappel ou de tirolesa.

Destrepe - Descida delicada por blocos rochosos sem recurso a cordas.

Escapatória - Lugar pelo qual se pode sair do canhão antes de terminar o percurso. Poderá ser utilizado em caso de emergência.

Escuros - Zona do canhão com fraca ou nula presença de luz, pode derivar de uma passagem subterrânea, de um estreito e encaixe muito grande ou de desabamentos que cobrem parte do leito.

Estiagem - Na época seca, quando o caudal é mais baixo. Garganta, desfiladeiro – Passagem do rio estreita, encaixada entre paredes rochosas.

Fita dupla de auto-segurança (Longe) - Costuma-se utilizar a designação de fita curta e a longa para diferenciar os dois braços da longe.

Fraccionamento - Divisão de um ressalto em mais do que um rappel devido à sua altura, à necessidade de desvio de zonas aquáticas perigosas, à dificuldade na recuperação da corda ou à necessidade de diminuir os roçamentos.

Instalação extensível ou regulável - Modo de instalação da corda de forma a esta poder deslizar em caso de necessidade, por exemplo, para descer uma pessoa bloqueada num rappel.

Linha de vida - Instalação de corda ou fitas ligadas a ancoragens, com objectivo de permitir que as pessoas se auto-segurem em locais perigosos.

Maillon rapide - Pequeno anel metálico com fecho roscado.

Pedal - Pedaço de corda, cordeleta ou fita que forma um laço para apoiar o pé. Utiliza-se para subir por uma corda ou para ajudar a desbloquear-se ou a um companheiro bloqueado num rappel.

Rappel - Técnica de descida por corda, geralmente recorrendo a uma peça designada por descensor.

Rappel com segurança - Rappel normal acrescido de um sistema com possibilidade de bloqueio que serve de segurança. Esse sistema pode ser: segurança de cima com segunda corda, segurança por pessoa a segurar a/as cordas de rappel em baixo, ou utilização de um bloqueador (nó autobloqueante, shunt, etc.).

Rape – Vertaco - Corda depois de instalada no oito passa ainda dentro de um mosquetão, para facilitar a paragem ou aumentar o atrito.
Rappel – Posição rápida - A corda passa directamente no mosquetão sem passar por trás do oito. Só deve ser utilizado em corda dupla.

Rappel extensível - Ver Instalação extensível ou regulável.

Rappel em simples/duplo

Rappel numa corda / rappel em duas cordas.

Rappel guiado - Rappel normal numa corda em simples com o recurso de outra corda tencionada que serve de linha de guia onde se liga através de um mosquetão ou roldana a fita de autosegurança.

Rappel com fraccionamento - Ver fraccionamento.

Rappel com desvio - Ver desvio.

Rappel Suspenso - As cordas e os indivíduos estão afastados da parede, não tocando nela.

Rappel – Recuperação - Acção que consiste em retirar a corda do rappel.

Rappel Recuperável - Instalação realizada de forma a ser possível retirar a corda a partir do ponto de saída (rappel, desvio, tirolesa, corrimão).

Ressalto - Desnível ou obstáculo que é necessário transpor com recurso a técnicas de progressão: rappel, salto, destrepe, tobogãs ou escalada.

Retorno - Movimento de água que à superfície se desloca no sentido oposto ao escoamento da água.

Saco de corda (Kit boule) - Saco para transporte da corda. Deve ter um tamanho adaptado à corda a transportar.

Sifão - Local em que a água escoa sob as rochas.

Tanque estanque - Bidão (bidon).

Valdostano/Valdotin - nó realizado com pedaço de corda no qual foram retirados alguns fios. Nó autobloqueante que pode ser desbloqueado mesmo em tensão.

Tobogã - Rampa com água por onde se pode descer deslizando.

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