segunda-feira, 8 de novembro de 2010

PERFIL DOS PEDÓFILOS

essoa pode ser um pedófilo
Pode ser qualquer um: velho ou jovem, rico ou pobre, educado ou sem educação e de qualquer raça. Porém, pedófilos demonstram freqüentemente características semelhantes, mas isto são apenas indicadores e não deve ser assumido como algo em que os indivíduos com estas características são pedófilos. Mas, estas características aliadas a um comportamento questionável, podem ser um alerta que alguém é um pedófilo.
Características
. Freqüentemente o pedófilo é do sexo masculino e tem mais de 30 anos de idade.
. Possui poucos amigos na faixa etária dele, ou apenas um.
. Se casado, a relação é fundada no companheirismo, sem relações sexuais.
Gostam de atividades infantis
. Ele é fascinado por atividades de criança.
. Sempre descreve as crianças como puras e angelicais mas, na maioria das vezes, é impróprio e exagerado.
. Tem passatempos de criança, como colecionar brinquedos caros populares.
Têm preferência por crianças perto da puberdade
. Os pedófilos têm, freqüentemente, uma idade específica de criança que eles observam. Alguns preferem as crianças mais novas,outros, preferem as pré-adolescentes perto de puberdade, que são sexualmente sem experiência, mas têm curiosidade sobre sexo.
. Geralmente, o ambiente dele ou seu quarto é decorado com motivos infantis ou com algo que atrairá a criança ou adolescente que ele está tentando assediar.
Trabalho
Os pedófilos procuram trabalhar em atividades que envolvam contato diário com crianças.
Vítimas
. O pedófilo procura por crianças tímidas, pobres ou com poucos privilégios em casa. Ele as alicia com atenção, presentes, viagens para lugares desejáveis como parques de diversões, jardim zoológico, a praia, etc.
Manipulação do inocente
Os pedófilos possuem a habilidade de manipular suas vítimas tornando-se amigo delas. Em seguida, mostram-se interessados em ouví-las sobre seus problemas pessoais conquistando sua a estima. Então, as atrai com atividades adultas, que são freqüentemente sexuais, como filmes ou imagens. Oferece álcool ou drogas, impedindo com isso que suas vítimas resistam aos seus ataques.
Síndrome de Estocolmo
É comum a criança ou o adolescente desenvolver uma certa afetividade por seu predador e desejar sua aprovação. A vítima acaba por identificar-se emocionalmente com seu abusador, a princípio como mecanismo de defesa, por medo de retaliação e/ou violência. Lembrando que o processo da síndrome ocorre sem que a vítima tenha consciência disso.
Amizade com os pais
O pedófilo tentará desenvolver uma relação íntima com os pais da criança ficando, assim, mais próximo delas. Uma vez dentro da casa, eles têm muitas oportunidades para manipular as crianças– usando culpa, medo, e amor para confundir sua vítima.
Persistência
Os pedófilos são incansáveis em alcançar seus objetivos e trabalharão para desenvolver relações com suas vítimas, pacientemente. Não é incomum para eles estarem elaborando uma lista longa de vítimas potenciais. Muitos pedófilos acreditam que não está errado o que fazem e que tendo sexo com uma criança, é realmente “saudável” para ela.
Tradução “Brasil Contra a Pedofilia”
Abusados podem se tornar abusadores?
agosto 10, 2010 por Ana
*Por Bruno Ribeiro

Nem todo mundo que é roubado se torna necessariamente um ladrão. Ou toda pessoa que é agredida se torna um agressor violento, por exemplo. Nesses dois casos, o que leva uma pessoa a cometer esse tipo de violência é conjunto de fatores sociais, culturais ou neurais, que variam de acordo com cada caso.

“Cada ser humano internaliza suas experiências de vida de maneira diferente. Não existem indícios concretos de que a criança que foi abusada possa vir a se tornar um abusador. Isso vai depender muito de como cada pessoa individualmente vai lidar com essas questões” explicou o psicólogo Gutemberg Almeida. Por isso, a recuperação do pequeno depende da resposta que ela dará ao incidente.

Para a professora de Serviços Sociais da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Maria Socorro de Sousa, não existe relação da criança que foi abusada vir a se tornar um abusador no futuro. “Isso é uma questão que envolve vários outros fatores. Ainda existe uma cultural patriarcal. A maioria dos abusadores são pais ou padrastos. Mas isso também não quer dizer que todo pai ou padrasto é um abusador. Não podemos generalizar”, comentou.

Não existe perfil

Estudos do Ministério da Justiça revelam que 95,7% dos abusadores são homens. Além disso, as meninas são as principais vitimas de abuso sexual. “Se essa lógica fosse certa, as mulheres deveriam ser as principais abusadoras”, completa a professora.

Outro ponto importante ressaltado pelos especialistas é que não existe um perfil dos abusadores. “A única coisa que se pode afirmar é que a criança que foi vítima de abuso sexual não vai ter o seu desenvolvimento sexual saudável”, ressaltou o coordenador de programas do Instituto Childhood Brasil, Itamar Gonçalves.

“Não existe uma característica que diga o abusador é assim e assim. São cidadãos normais, que vão a fábrica, ao escritório, às compras, ao cinema, etc. Podem ser médicos, padres, advogados. Estão em todas as classes sociais.”

Estigmatização é erro

A estigmatização é outra coisa que pode ser preocupante. Relacionar o abuso sexual com pobreza é facilmente conectado no Brasil. Entretanto, tanto pedófilos quanto vitimas de violência sexual podem ser encontrados em todas as classes sociais. “É comum associar violência sexual a fatores isolados. Mas é uma série de acontecimentos que contribuem para alguém vir a cometer esse tipo de violência. Tem muitos mitos acerca desse assunto”, explicou Gutemberg.

“Eles são difíceis de identificar porque não existe um perfil único. Não tem como delimitar essas pessoas. Algumas características internas existem, como o relacionamento que ele tem com a criança. Os pequenos tem uma relação de confiança e afetividade com o abusador. Mas quando se vai pra questões externas, não existe características únicas. Por isso é difícil identificar esse tipo de pessoa”, completou Itamar.

Trauma pós-violência

Depois de ser abusada, elas contam a história várias vezes: primeiro para os pais ou para o profissional que descobriu a violência, depois para o conselho tutelar, o delegado, o psicólogo, o médico que faz o exame de corpo de delito e finalmente reconta perante um juiz, durante o processo judicial. A “revitimização”, como os especialistas chamam esse processo, pode ser tão traumatizante quanto a violência em si.

“A criança passa a vivenciar os danos que sofreu porque ela está relembrando e relatando tudo o que passou ao ser abusada sexualmente sem o devido tratamento. Isso faz com que ela se torne vitima novamente, mesmo só relatando os fatos”, explicou o psicólogo Gutemberg Almeida. “A principal conseqüência é que pode se aumentar mais as conseqüências do trauma na criança, dependendo do tipo de abordagem”, completou.

A criança que foi vitima de abuso ou exploração sexual chega a recontar sua história mais de três vezes. E dependendo do andamento do processo judicial contra o agressor, o último relato pode ocorrer anos depois do abuso ter ocorrido, forçando a criança a relembrar algo traumático e doloroso.

Processo mal feito pode aumentar o trauma

Para o advogado Renato Roseno, o processo de escutar o depoimento da criança tem problemas sérios. “O procedimento é mal feito e isso também causa violência e aprofunda o trauma. A criança tem que passar por muitos locais e o sistema inteiro é falho”, completou.

Um problema muito sério é que o depoimento da criança é relatado nas mesmas condições de quem recebe um depoimento de um adulto. “Geralmente, elas são ouvidas como qualquer adulto, às vezes, na frente do abusador ou da mãe que foi omissa. E isso é uma questão complicadíssima para a criança”, explicou a psicóloga e professora da Universidade Estácio de Sá (RJ), Beatrice Marinho.

“Muitas vezes não se leva em consideração as necessidades da criança. Não se faz um atendimento cuidadoso ou a longo prazo. A criança é apenas uma fonte da informação e não é como um sujeito de direito”, comentou Renato. Para o advogado, não basta apenas responsabilizar o agressor. “A rede de atendimento tem que restaurar a dignidade da vítima, fortalecê-la. Senão traumatiza a criança e ela desiste de dar o depoimento”, completa.

Formas de evitar a revitimização

Existem algumas saídas para evitar que o depoimento da criança a revitimize. “Ter um profissional especifico da psicologia ou de qualquer outra área que mexa com esse tipo tratamento é uma solução”, comentou Gutemberg.

“Eu acredito que é necessário repensar se todas as vezes que uma criança sofre violência sexual é necessária a presença dela no tribunal”, disse Renato. “Os laudos sociais, médicos e, psicológicos podem evitar que seja necessário que os pequenos tenham que ir ao tribunal”, completou.

Fazer um relatório único com o depoimento da criança, para que não se precise mais relatar o abuso é uma das saídas. Outro ponto que precisa ser pensado é a “humanização” de todo o sistema de atendimento. “É importante lembrar que o depoimento da criança tem que ser dada de forma humanizada, levando em conta principalmente ela, a vítima. E isso vale pra todo processo”, finalizou Renato.

Depoimento sem dano

Um dos projetos que visa minimizar os traumas causados em crianças e adolescentes que são levados a relatar os casos de abuso sofrido é o projeto “Depoimento sem Dano”. A metodologia da ação consiste em preparar uma sala especial, isolada e decorada com temas infantis, onde a criança, por intermédio de um psicólogo ou assistente social, daria o seu depoimento, que seria todo filmado. O profissional que estivesse conversando com a criança estaria com um ponto eletrônico ouvindo as perguntas solicitadas por um juiz que assistiria ao depoimento pelo vídeo do lado de fora da sala.

“Eu sou juiz há 22 anos e desde a primeira semana notei que essa tarefa de ouvir crianças no sistema de justiça muitas e muitas vezes era inapropriado: o local onde elas falam é o mesmo onde os adultos prestam depoimentos, o ambiente é formal, não existia uma preparação nem uma capacitação dos profissionais”, contou o juiz e criador do projeto, Daltoé Cesar. “O processo de ficar recontando causava traumas na criança a ponto dela não mais contar o ocorrido e a pessoa que seria responsabilizada não era”, completou.

Implantado inicialmente na da 2ª Vara de Infância e Juventude de Porto Alegre, atualmente o projeto é aplicado em 26 comarcas do Estado, além de vários outros locais pelo Brasil. Um dos principais objetivos do projeto é diminuir o número de vezes que a criança precise relatar o abuso. Para isso, é criado um fluxo municipal onde a criança daria seu depoimento uma única vez e quem precisasse escutar depois, assistira apenas o vídeo.

“O fato de falar sobre o mesmo fato várias vezes, relembrando, não é um processo curativo. Ela esta relatando para que pessoas tomem decisões com base nesse relato. Com esse fluxo, ela não precisaria estar relatando várias vezes”, completa.

O juiz ainda lembrou a dificuldade de se produzir provas para responsabilizar o agressor. “Não da pra comprovar por exames médicos. O relato da vitima é muito importante para punir o agressor.”

O que diz a Convenção dos Direitos da Criança

O artigo 12 da Convenção dos Direitos da Criança formulada pelas Nações Unidas assegura que a criança tem o direito de falar e de ser ouvida. Por isso, cabe aos Tribunais de Justiça de cada estado se adequar e capacitar seus profissionais através do “Depoimento sem Dano”. “Este projeto está apenas tentando buscar uma forma menos danosa dessa criança ser ouvida, de forma mais tranqüila pra ela e menos traumática”, finalizou a psicóloga Beatrice Marinho.

FONTE: www.crianca.pb.gov.br
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PEDOFILIA E PEDÓFILOS

Nome muito usado e conhecido nos dias de hoje. Quem pratica a pedofilia é alcunhado de pedófilo. Inúmeras indagações foram feitas acerca dos pedófilos. Seria um distúrbio da personalidade, um distúrbio mental ou uma cultura da exacerbação do sexo patrocinada de mídia e os meios de comunicações? Alguns estudiosos e curiosos a definem da maneira seguinte: “A pedofilia, atualmente, é definida simultaneamente como doença, distúrbio psicológico e desvio sexual (ou parafilia) pela Organização Mundial de Saúde. Nos manuais de classificação dos transtornos mentais e de comportamento encontramos essa categoria diagnóstica.

Caracteriza-se pelo ato e pelo fato da atração sexual de pessoas adultas ou adolescentes por crianças. O simples desejo sexual, independente da realização do ato sexual, já caracteriza a pedofilia. Não é preciso, portanto que ocorram relações sexuais para haver pedofilia. O fato de ser considerada um transtorno, não reduz a necessidade de campanhas de esclarecimento visando à proteção de nossas crianças e adolescentes e nem tira a responsabilidade do pedófilo pela transgressão das barreiras geracionais”. Perversão caracterizada pela atração sexual de adulto por criança, com prática de atos sexuais de adulto com criança que reflete uma atração erótica por crianças.

A palavra deriva do grego ped (o)- + -filia caracterizando-se por uma forte parafilia representada por desejo forte e repetida de práticas sexuais e de fantasias sexuais com crianças pré-púberes. A parafilia é caracterizada por cada um de um grupo de distúrbios psicossexuais em que o indivíduo sente necessidade imediata, repetida e imperiosa de ter atividades sexuais, em que se incluem, por vezes, fantasias com objeto não humano, auto-sofrimento ou auto-humilhação, ou sofrimento ou humilhação, consentidos ou não, de parceiro. Deste grupo fazem parte o exibicionismo, o fetichismo, a frottage, a pedofilia, o masoquismo sexual, o sadismo sexual e o voyeurismo.

A frottage é um tipo de parafilia em que um indivíduo se satisfaz sexualmente esfregando-se contra outra pessoa, como, por exemplo, em aglomerações, e não há ocorrência de contato genital especifico. Para determinadas culturas esse modelo de esfregação chama-se “ato de pinar”. A pornografia infantil pode
apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive rede mundial de computadores ou internet, fotografias, imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo crianças e pré-adolescentes. O atentado violento ao pudor é os dos casos de pedofilias mais conhecidos e praticados. O que seria atentado violento ao pudor? Embrenhando-se pelos caminhos tortuosos da internet, rede mundial de computadores, encontramos um site simples, mas muito proveitoso o http://www.mscontraapedofilia.ufms.br/. Ato violento ao pudor nada mais é do que a prática de atos libidinosos cometidos mediante violência ou grave ameaça. São considerados atos libidinosos aqueles que impliquem em contato da boca com o pênis, com a vagina, com os seios, com o ânus, ou a manipulação erótica destes órgãos com a mão ou dedo.

Também atos que impliquem na introdução do pênis no ânus, no contato do pênis com o seio ou na masturbação mútua. Só é considerada pedofilia os casos envolvendo praticados contra menores de 14 anos. O perfil do pedófilo já é bastante conhecido e um cuidado maior com suas crianças se faz necessário, os pais jamais podem ser omissos. Rastreamentos feitos pela polícia mostram que jovens de classe média com idade entre 17 e 24 anos são considerados os principais produtores de imagens de crianças violentadas. Suas vítimas, na grande maioria dos casos, são menores de sua própria família. Os compradores dessa produção têm um perfil diferente. Normalmente são solteiros, tem pouco mais de 40 anos e costumam ser profissionais liberais. A pedofilia na internet é alimentada de formas variadas. De um lado estão as pessoas que produzem, vendem ou disponibilizam gratuitamente as imagens de sexo envolvendo criança, e do outro estão aqueles internautas que consomem esse material.

Um aspecto assustador hoje são as associações ativistas “pró-pedofilia” que argumentam que a pedofilia não é uma doença, mas uma orientação sexual e que a sociedade deve reconhecer e legitimar isso. Esses ativistas defendem intransigentemente os intercursos sexuais entre adultos e crianças. Já existe a disposição dos pais uma cartilha bem elaborada e bem feita, que ensina aos pais ou responsáveis como se prevenir dos pedófilos. Vejam as artimanhas usadas pelos pedófilos brasileiros que além de abusarem crianças, estão numa posição não muito boa para o governo. De acordo com a Associação Italiana para a Defesa da Infância, o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial de sites dedicados à pornografia infantil (a entidade trabalha com informações do FBI, a Polícia Federal americana). Matéria publicada na revista “Isto É”, em março de 2006, mostra que no ano 2000 o mercado mafioso da pedofilia movimentou cinco bilhões de dólares em todo o mundo.

Em 2005 a estimativa é que esse mercado tenha movimentado 10 bilhões de dólares, ou seja, dobrou em apenas cinco anos. Nesses 10 bilhões está embutida a venda de fotografias e vídeos que mostram crianças sendo abusadas e fazendo sexo com adultos e até com animais. Pasmem: “Uma foto de criança sendo violentada chega a valer 100 dólares. Um vídeo de 5 minutos vale até 1000 dólares. Quanto menor a idade, maior o valor da foto ou vídeo”. A denúncia é de muita valia e você pode denunciar nos seguintes órgãos: Proteger as crianças é dever de todos nós. Quem denuncia salva! No Brasil o órgão responsável por fiscalizar e investigar a prática de pedofilia na internet é a Polícia Federal. Porém, as denúncias também podem ser encaminhadas a outras entidades, que rapidamente as repassam ao órgão competente. Outros órgãos estão na lista: no âmbito estadual CDDH e Ministério Público Estadual, a nível nacional Polícia Federal, Safernet Brasil, Ministério Público Federal/Site Censura e na área internacional a Interpol e a FBI e denúncias de Lan Houses - Polícia Militar: 181 (disque denúncia).
edofilia e abuso sexual: maioria dos casos fica na impunidade
agosto 8, 2007 por Ana


A prisão do médico Antônio Claret Lima, acusado de molestar crianças, põe luz sobre um problema que ocorre com maior freqüência do que se imagina. O abuso sexual infantil é considerado pela Organização Mundial da Saúde como um dos maiores problemas de saúde pública, devido aos altos índices de incidência e às sérias conseqüências para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social da vítima e de sua família. No caso de Goiânia, a Polícia Civil gravou em dois meses mais de 3,7 mil ligações telefônicas que trazem relatos contundentes da ação criminosa. “São diálogos impublicáveis, repletos de palavras chulas e que descrevem como o grupo agia. É deprimente”, resume a delegada Adriana Accorsi, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente.

Estudos realizados em diferentes partes do mundo sugerem que o percentual de crianças e adolescentes que sofrem algum tipo de abuso sexual varia de 3% a 36%. Muitas crianças não revelam o abuso, somente conseguindo falar sobre ele na idade adulta. As estatísticas, portanto, não são dados absolutos. Geralmente o crime é encoberto por um “muro de silêncio” do qual fazem parte os familiares, vizinhos e, algumas vezes, os próprios profissionais que atendem as crianças vítimas de violência.


Estudo realizado nos EUA com 935 pessoas revelou que 32,3% das mulheres e 14,2% dos homens tiveram abuso sexual na infância. Dados da Polícia Civil do Rio Grande do Sul apontam que, em 2002 e 2003, 3.163 crianças foram vítimas de violência; destas, 2.038 (64%) foram vítimas de violência sexual. De janeiro a julho de 2004, de 525 crianças vítimas de violência, 333 ou 63,43% estavam relacionadas à violência sexual. Já o programa Rede de Proteção às Crianças e Adolescentes em Situação de Risco para Violência, da cidade de Curitiba, apurou que das 1.356 notificações de maus-tratos no ano de 2003, 17,6% foram casos de abuso sexual.

Por sofrer intenso repúdio social e por sua própria natureza, o crime de pedofilia geralmente é cometido com todos os cuidados para não ser notado. O pedófilo tende a se proteger em uma teia de segredo, mantido às custas de ameaças e barganhas à criança abusada. Se não bastasse isso, uma série de situações e elementos de ordem social e técnica acabam por gerar uma subnotificação dos casos.

Segundo o estudo “Abuso sexual infantil e dinâmica familiar: aspectos observados em processos jurídicos”, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), os abusos acontecem geralmente com crianças de 5 a 10 anos. Já a denúncia quase sempre só ocorre na adolescência, quando a vítima já possui entre 12 e 18 anos. Essa notificação tardia evidentemente beneficia o criminoso, dificulta a apuração dos casos que vêm à tona, gerando impunidade, e ainda aumenta os danos sofridos pela vítima.

Embora a denúncia seja um procedimento determinado em lei, estudos indicam que a subnotificação ainda é uma realidade muito forte no Brasil. Se da parte da vítima há sentimentos de culpa, de vergonha e de tolerância, existe a relutância de alguns médicos em reconhecer e relatar o abuso sexual. O trabalho nesse campo ainda é fragmentado, desorganizado e, em geral, metodologicamente difuso. “Há um despreparo generalizado envolvendo desde os profissionais da área de saúde, educadores e juristas até as instituições escolares, hospitalares e jurídicas, em manejar e tratar adequadamente os casos surgidos”, conclui o estudo da UFRS.

Na maioria dos casos que chegam a conhecimento das autoridades, alguém (geralmente familiar) informou que já sabia da situação abusiva e não denunciou. “Estes dados revelam a dificuldade que a família e a sociedade ainda apresentam para denunciar situações de suspeita ou confirmação de abuso sexual contra crianças e adolescentes aos órgãos de proteção”, destaca a psicodramatista Luciane Toledo Borges.

A psicóloga aconselha os pais a ficar de olho em reações e comportamento estranho das crianças, especialmente aquelas que ficam aos cuidados de outras pessoas. “As crianças de alguma maneira externam isso, muitas vezes através de uma retração excessiva, medo demasiado ou então vai perdendo contato com brincadeira e outra criança”, exemplifica.

Efeito sobre as vítimas pode ser devastador

Os efeitos psicológicos do abuso sexual podem ser devastadores e os problemas decorrentes do abuso persistem na vida adulta das vítimas. O desenvolvimento da criança pode ser afetado de diferentes formas, uma vez que algumas apresentam efeitos mínimos ou nenhum efeito aparente, enquanto outras desenvolvem graves problemas emocionais, sociais e até mesmo psiquiátricos.

“A vítima pode desenvolver quadros de depressão, transtornos de ansiedade, alimentares, dissociativos, hiperatividade e déficit de atenção e transtorno de personalidade”, explica a psicóloga Cristiane Toledo Borges.

Quem é abusado sexualmente freqüentemente repete o ciclo de “vitimização”, perpetrando o abuso sexual intergeracional com seus próprios filhos. Nestes casos, estabelece-se um processo defensivo, o qual tende a se perpetuar: a identificação com o agressor como uma maneira psíquica de sobreviver ao abuso.

Os sentimentos de medo, raiva e vergonha da vítima em relação ao perpetrador são comuns, principalmente em casos de abuso sexual intrafamiliar, uma vez que a violência rompe a relação de confiança e o vínculo afetivo. “Com relação à situação abusiva, os estudos apontam que as crianças desenvolvem crenças distorcidas, tais como percepção de que são culpadas pelo ocorrido, de que são ruins e diferentes de outras crianças com a mesma idade, bem como apresentam alterações na percepção quanto à confiança interpessoal”, destacam os pesquisadores da UFRS.

Além de deixar marcas definitivas no desenvolvimento físico e emocional das vítimas, o abuso sexual deve é apontado como um fator predisponente a sintomas posteriores, como fobias, ansiedades e depressão, bem como envolvimento de um transtorno dissociativo de identidade, também conhecido como transtorno de personalidade múltipla com possibilidade de comportamento autodestrutivo e suicida.

Perfil do pedófilo

Os casos de abuso sexual na infância e adolescência são praticados, na sua maioria, por pessoas ligadas diretamente às vítimas e sobre as quais exercem alguma forma de poder ou de dependência. Portanto, é uma distorção associar esse tipo de violência a um agressor estranho, marginal ou psicopata de rua. Na mesma linha, as pesquisas indicam que na maioria dos casos o agressor não apresentava antecedentes criminais, o que dificulta o trabalho dos profissionais que investigam suspeitas de abuso sexual. Para complicar ainda mais, as pessoas que convivem com o pedófilo o descrevem como “trabalhador, religioso e cuidador zeloso de sua família”.

“Este perfil pode confundir os profissionais e levá-los a cometer o erro de considerar o relato da criança fantasioso diante da negação do agressor”, lembra Cristiane Toledo.

De acordo com a psicodramatista, os criminosos pedófilos “são muito inteligentes”, têm consciência do ato que cometem e geralmente não buscam o tratamento. “Às vezes por vergonha ou preconceito, isolamento, e medo de ser denunciado. Aí acabam entrando num círculo vicioso, porque têm que aliviar aquele desejo. Às vezes, fogem do tratamento e voltam de novo. São angustiados, sofrem muito, especialmente aqueles que não querem lembrar que foram abusados.”, destaca.

Cristiane Toledo, que já atendeu caso de pedofilia, diz ainda que é possível que o pedófilo sofra realmente uma “atração irresistível” para a realização do seu desejo, mas não lembra que isso não o exime do crime. “Não é desculpa, mesmo porque ele tem consciência e poderia procurar tratamento. De qualquer forma, vai depender de como o juiz analisa o caso concreto”, diz.

O que é pedofilia

Abuso ou violência sexual na infância e adolescência ocorre quando a criança, ou o adolescente, é usada para satisfação sexual de um adulto ou adolescente mais velho, incluindo desde a prática de carícias, manipulação de genitália, mama ou ânus, exploração sexual, voyeurismo, pornografia, exibicionismo, até o ato sexual, com ou sem penetração. Em qualquer caso a lei brasileira sempre presume que houve violência quando a vítima é menor de 14 anos.

Nos casos de abuso sexual, o ato libidinoso é o mais freqüente. Inicialmente, através de manobras de sedução e intimidação, seguidas de ameaças à própria criança ou a algum membro de sua família, comumente à mãe, o agressor obriga essa criança a praticar atos sexuais que não incluam a penetração vaginal para não caracterizar o estupro, mas sim uma série das mais variadas formas de contato sexual, constantemente incluindo sexo oral e penetração anal. A maioria dos abusos sexuais cometidos contra crianças e adolescentes ocorre dentro de casa e são perpetrados por pessoas próximas, que desempenham papel de cuidador destas. Cerca de 80% dos casos de abuso sexual contra crianças é perpetrado no contexto doméstico, tendo uma duração de mais de um ano.
Fonte: Manoel Messias, em ’O Sucesso’
PF traça perfil de pedófilo na internet
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JOHANNA NUBLAT
SIMONE IGLESIAS
da Folha de S.Paulo, em Brasília

A Polícia Federal possui um perfil do pedófilo que age na internet, apesar de reiterar que, em casos de pedofilia, nem sempre há regra ou padrão bem definido. Na maioria dos casos apurados pela polícia, o perfil é de um homem entre 30 e 45 anos, solteiro, que mora sozinho, é reservado, inseguro, tem dificuldade de manter relações afetivas por muito tempo e, em alguns casos, cansou de consumir pornografia adulta, migrando para a pedofilia.

O perfil das crianças que aparecem nas fotos e nos vídeos utilizados por pedófilos no país também sofreu alteração, segundo o delegado Felipe Seixas, da divisão de direitos humanos da Polícia Federal.

"A maioria das imagens difundidas no Brasil ainda é de crianças estrangeiras, o que a gente sabe pelo cenário e pelas características físicas das crianças. Mas acreditamos que o número de crianças brasileiras expostas aumentou, por causa da popularização de câmeras e da internet", disse.

Código próprio

"Boylovers" e "7yo" são exemplos de códigos pouco conhecidos pela população em geral, mas que foram desenvolvidos para possibilitar que pedófilos se conheçam na internet e troquem material de pornografia infantil. Os códigos também dificultam que eles deixem rastros visíveis.

Essas identificações se disseminaram no Brasil pelo Orkut --serviço de relacionamentos mantido pela Google--, por chats e por alguns sites de pornografia adulta, que mantêm imagens pedófilas camufladas em seus arquivos.

Uma das siglas usadas pelos criminosos identifica, por exemplo, fotos e vídeos com cenas fortes de crianças ou adolescentes mantendo relações sexuais com adultos.

Há siglas com explicação ainda mais exata do material disponível: "7yo", "8yo" e assim por diante, que identificam sexo, nome e idade da criança --7yo significa, por exemplo, "7 years old" (sete anos).

Outras palavras servem de referência para preferências nas trocas de material e do conteúdo que têm armazenado em redes sociais. "Boylovers" significa que o pedófilo prefere meninos; "girlovers", só meninas. Quando há referência a "childlovers" o gosto é por ambos e, no caso de "babyshowers", por recém-nascidos.

Há ainda mais detalhamento nos sites ou arquivos com pornografia infantil, em que os usuários se deparam com subcategorias. Elas são praticamente as mesmas encontradas em páginas com pornografia adulta. Arquivos de uma determinada categoria são consideradas relíquias: fotos de crianças tiradas na década de 60.

Investigação

Além da verificação de denúncias recebidas da sociedade e da Interpol, a PF faz investigação espontânea de sites na internet. Um contato possível da polícia com suspeitos da prática de pedofilia é a troca de mensagens com o objetivo de entender o funcionamento dos esquemas de envio de imagens.

A PF não pode, porém, utilizar as mensagens ou a troca de imagens entre um agente e o suspeito como prova contra o segundo, diz o delegado Felipe Seixas, da divisão de direitos humanos. O delegado diz que a PF está investigando uma quadrilha suspeita de vender, via e-mail, imagens de pedofilia. Fotos e vídeos novos, de acordo com ele, são valiosos. Na Europa, chegam a custar 3.000.
Diálogo é principal forma de proteger crianças na rede, dizem especialistas
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DANIELA ARRAIS
GUSTAVO VILLAS-BOAS
da Folha de S.Paulo

O velho conselho de não falar com estranhos, passado de geração para geração, também vale para a internet, principalmente se o usuário é menor de idade e ainda está dando os primeiros passos na navegação.

Especialistas também recomendam deixar o computador em uma área comum da casa. "Um lugar de livre circulação, como uma biblioteca, é o ideal para os pais acompanharem o que os filhos fazem na internet", diz Marcel Leonardi, advogado e professor de direito e internet da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

O diálogo aberto também é citado como uma das principais formas de prevenir os abusos. "O diálogo e a educação são indicados para minimizar os riscos na navegação na rede", diz o diretor de TI e conselheiro da SaferNet Brasil, Tiago Bortoletto Vaz.

Além disso, "recomendamos que os pais estejam presentes sempre que possível, evitando ao máximo que seus filhos acessem por tempo prolongando qualquer serviço na internet em locais isolados", diz Vaz. Assim, é possível conversar sobre o que a criança ou o adolescente está vendo na internet, e, também, olhar mais de perto uma reação inusitada, como desligar o monitor de forma abrupta.

"Se a criança ou o adolescente está conectado e procura fechar rapidamente a tela, esconder o que está vendo, ou não quer contar sobre as novas descobertas, é preciso estabelecer uma conversa. São sinais de alerta que podem indicar que está ocorrendo abuso on-line", afirma Ana Maria Drummond, diretora-executiva do Instituto Childhood Brasil.

Quando os pais se mostram receptivos aos ensinamentos que os filhos dão sobre a internet --meio com o qual a maioria já nasceu familiarizada-- a relação flui melhor, dizem os consultados. "Proibir e controlar é muito complicado. Até porque, em se tratando de adolescentes, quanto mais proibido, mais atraente fica. Então, os pais devem usar a internet como ferramenta de diálogo, de informação", afirma Beth Saad, professora da Escola de Comunicação e Artes da USP (Universidade de São Paulo) que faz pesquisas sobre internet.

Ela recomenda que os pais pesquisem os programas e as redes que os filhos usam --vale até criar um perfil no Orkut "para reduzir o déficit geracional". "Não dá para ficar só no papel de vigilante."

O delegado titular da 4ª Delegacia de Delitos por Meios Eletrônicos de São Paulo, Ubiracyr Pires da Silva, ressalta ainda o risco das webcams. "Os problemas aumentaram muito depois dessas câmeras." A recomendação é que tais aparelhos nunca devem ser ligados para desconhecidos.

Deixar de tratar o sexo como tabu também é uma forma ficar próximo de quem o está descobrindo. "É preciso olhar a sexualidade não com moralismo, mas como o desenvolvimento normal do ser humano, de acordo com a idade", diz Vicente Faleiros, assistente social, professor da UCB (Universidade Católica de Brasília) e pesquisador da UnB (Universidade de Brasília).
O perfil de um pedófilo
09 abr 2010 postado em Notícias Comentar
Rebbeca Ricarte

A inocência em troca de doces, brinquedos, alimentos, celulares, dinheiro e gibis. Essas são algumas maneiras que os pedófilos encontram para atrair as crianças, conquistarem sua confiança e depois abusarem sexualmente delas. Velozes, discretos e estrategistas, os violadores deixaram apenas de agir através de contato físico e aliciam cada vez mais meninos e meninas também pela web. Acontece que as medidas preventivas para autuar esses agressores ainda são poucas; um reflexo demonstrado pela dificuldade verificada em identificar o perfil de um pedófilo.

O distúrbio comportamental desse indivíduo é refletido pelo desejo sexual que possui por crianças. Para obter o seu objeto de prazer, os pedófilos forçam que suas vítimas realizem o ato sexual ou a masturbação, usando diferentes artifícios para criar vínculos e calar a criança. “O pedófilo é um estrategista, e ele pode conquistar sua vítima com coisas pequenas, como uma simples bala, ou então vai precisar de presentes mais caros; tudo varia muito de acordo com interesses, classe social e etc. O certo, é que, por conta desses benefícios, a pessoa violentada fica seduzida, e não sabe se essas relações são certas ou erradas”, comenta a psicóloga especialista em violência sexual infanto-juvenil, Roseana Cunha.

Quando os abusos sexuais já estão acontecendo, o comportamento desse agressor pode mudar em relação àquela pessoa que está sendo violentada. O mais comum, segundo a especialista, é que o agressor e o agredido se tornem mais próximos. “Raramente é o comportamento do agressor que vai mudar dentro de casa, e sim, o da vítima. Ele continua sendo do mesmo jeito, procura sempre agir de forma sutil e com muito cuidado para esconder isso. Geralmente vai procurar crianças ou adolescentes inocentes, fáceis de conquistar, novos, e, de preferência, com falta de informação sobre o assunto”, explica.

Nos casos apurados pela Delegacia de Repressão contra Violência à Criança a ao Adolescente na Paraíba, a delegada responsável, Joana D’arck, conta que dois extremos são verificados com frequência no perfil desse pedófilo com a vítima. “Ele passa a negligenciar essa pessoa, trata mal, diz que ela não presta e são pessoas que não se ‘bicam dentro de casa’. Mas também acontece com frequência o contrário. Ele pode dar uma de ‘superprotetor’, quando é adolescente, não deixar que namore e nem que saia com os amigos; o que engana muitas mães e faz com que elas cheguem até a delegacia sem acreditem no comportamento agressivo do companheiro”, conta.

Quando o aliciamento é feito pela internet, a dificuldade em descobrir aumenta. “É uma situação bem mais difícil de detectar, por que é algo escondido demais, e as crianças estão cada vez mais expostas nesses meios e conversando com pessoas que não conhecem. É preciso que os pais vigiem, pois qualquer pequeno detalhe pode ser um sinal de violência. É preciso tomar cuidado”, alerta a psicóloga.
Gustavo Uribe - Agência Estado
O perigo de abuso sexual contra crianças e adolescentes no Brasil não mora nas esquinas ou ruas, mas pode estar dentro de casa. É o que indica o levantamento promovido pelo Centro de Estudos Superiores de Maceió (Cesmac), através de denúncias de abusos sexuais a delegacias e ao Disque 100 - entre o período de 2001 a 2007. O levantamento indica que na maioria dos casos o crime é cometido por pessoas que "vivem dentro da casa das vítimas". Veja também: Determinada quebra de sigilos de acusados de pedofilia em SP Confira a cartilha online da SaferNet Como denunciar a pedofilia e proteger seus filhos na web A cartilha do governo para prevenção da exploração Todas as notícias sobre pedofilia Segundo a pesquisa, o perfil do agressor típico é o homem entre 22 e 45 anos que tem laços de parentesco com a vítima. "Dos cerca de 311 casos registrados no período em análise, a maior parte dos agressores é padrasto das crianças, seguido por pais, tios e avôs", aponta o coordenador da pesquisa e professor de psicologia Liércio Pinheiro. "São homens que sofrem algum distúrbio emocional ou psíquico", complementa. Ainda de acordo com o levantamento, o número de casos de abuso denunciados aumentou nos últimos anos. Só este ano, já foram 4,7 mil registros, 31% deles relativos à violência sexual, 35% à negligência e 34% a casos de violência física e psicológica. Desde o início da análise, cerca de 90 mil casos já foram denunciados no País. Para Pinheiro, no entanto, o aumento no número de denúncias não representa um crescimento dos casos. "As pessoas estão percebendo que o abuso é inaceitável e estão procurando por ajuda", explica Pinheiro. "Entretanto, o número de casos registrados ainda não reflete a realidade. Mais de 95% das denúncias são feitas por pessoas de baixa renda. Tanto a classe média como a alta ainda têm vergonha de admitir o abuso". Segundo Pinheiro, o medo de se expor e de perder status na sociedade faz com que as famílias de maior renda "escondam o crime em casa". Dos Estados brasileiros, a pesquisa indica que o Distrito Federal é o que mais registrou denúncias de abuso em proporção ao número de habitantes. Amapá ficou em último lugar na lista. Pedofilia e Sintomas A despeito do crime de abuso sexual ser cometido contra crianças e adolescentes, Pinheiro indica que a maior parte dos agressores não são pedófilos. "A pedofilia é um transtorno de perversão, em que o acometido tem um desejo incontrolável por fazer sexo com crianças. Nesses casos, eles poderiam tanto agredir uma criança como um adulto", explica. "Esses homens apresentam, é claro, um tipo de distúrbio emocional ou psíquico". O psicólogo alerta para que as mães prestem atenção às alterações no comportamento de seus filhos, que podem apresentar sintomas de um abuso sexual. "Caso eles estejam agressivos, um pouco depressivos e chorem bastante, a mãe deve ficar atenta e perguntar aos filhos o que houve", conta Pinheiro. "Se eles confirmarem que houve o abuso, devem denunciar o mais rápido possível o agressor, porque o abuso é crime", completa. Quem comete abuso sexual contra crianças e adolescentes é indiciado por estupro e atentado violento ao pudor. A pena para o crime varia de seis a dez anos de reclusão, dependendo das circunstâncias do incidente.
Estudo mostra que pedófilos têm perfil parecido

Ato de violência sexual contra crianças. Esse é o conceito de pedofilia, um dos assuntos que sempre tem destaque nos meios de comunicação. Na última quinta-feira (18), a polícia tailandesa emitiu uma ordem de detenção contra o pedófilo Cristopher Paul Neil. O canadense de 32 anos foi acusado de ter pago dois adolescentes para praticarem sexo oral nele, num apartamento em Bangcoc. O fato ocorreu há quatro anos, quando os adolescentes tinham 13 e 14 anos. O abuso foi filmado pelo pedófilo e a polícia suspeita que esse material tenha sido publicado na Internet pelo acusado.

Ainda na quinta-feira, só que aqui no Brasil, um outro acusado de pedofilia foi preso na Zona Sul de São Paulo. O transgressor de 59 anos confessou ter mantido relações sexuais com o vizinho de 13 anos. O adolescente prestou queixa no 5º. Distrito Policial (DP) na Aclimação, e acrescentou que foi ameaçado de morte caso contasse para alguém o que tinha ocorrido.

Na Bahia, o padre Djalma Brito Motta, foi condenado na terça-feira (16) a 11 anos de prisão, em regime fechado. Morador do município de Ichu, interior da Bahia, o padre é acusado de abusar sexualmente de várias crianças e adolescentes na cidade, além de corromper menores. Houve uma reformulação da sentença, feita pela 1ª. Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia, a pedido do Ministério Público. A princípio, o padre foi condenado a sete anos e sete meses de prisão em regime semi-aberto. Além dos crimes que responde, outro motivo que contribuiu para a mudança da pena foi o fato do padre ser foragido da polícia.

Os pedófilos têm o perfil de uma pessoa comum e, muitas vezes, são vistos como exemplos positivos no meio em que vivem. Estudos mostram que pessoas consideradas pedófilas já sofreram agressões de parentes ou pessoas próximas em algum momento da vida. Numa forma de revanche, a pessoa agredida na infância torna-se agressora quando chega a vida adulta.

Segundo a revista Istoé, do dia 8 de março de 2006, a polícia já sabe identificar o perfil dos pedófilos brasileiros. Eles são os jovens de classe média, com faixa etária entre 17 e 24 anos. Normalmente produzem imagens de crianças sendo violentadas e costumam ter como personagens desses vídeos, crianças da própria família, como sobrinho e irmãos. Quem consome esse tipo de produto são pessoas solteiras, com pouco mais de 40 anos de idade, profissionais liberais e que também sofreram abusos sexuais durante a infância.

Produzir e comercializar imagens de pedofilia, segundo a lei brasileira é crime. Porém, o porte desse tipo de material não é considerado um ato criminoso, como na Europa, onde se responde por processo criminal qualquer pessoa que tenha mais de cinco fotos de pedofilia em seu computador ou cópias de papel.
Perigo dentro de casa

Segundo especialista, a maioria das crianças abusadas
é seduzida pela relação de confiança com os familiares

DIEGO AMORIM
Estagiário da Assessoria de Comunicação

Em 2003, 80% dos casos de abusos sexuais contra crianças e adolescentes no Distrito Federal aconteceram no âmbito familiar. Os dados da Delegacia de Proteção de Criança e do Adolescente servem para alertar que o pedófilo pode estar mais perto do que se imagina. O pesquisador da Universidade de Brasília (UnB) Vicente Faleiros – um dos elaboradores do texto do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – foi convidado pelo Programa de Educação Tutorial (PET) de Psicologia da UnB para fechar o III Ciclo Temático de Debates Pedofilia: sobre o que se cala, sobre o que se fala na quinta-feira, 9 de dezembro, no Anfiteatro 6.

“As vítimas confiam nos abusadores e têm neles uma idéia de proteção”, comentou. Na estratégia de sedução, a confiança geralmente se mistura a chantagens: “A criança é a ‘queridinha preferida’, mas recebe ameaças de morte para não contar nada a ninguém”. Faleiros explicou que abuso sexual não se resume ao ato da penetração. Contato inadequado com o corpo da criança, toques e carícias, palavras, tudo isso pode ser definido como crime sexual (ver lateral).

PACTO DO SILÊNCIO – A família que tem um abusador dentro de casa é, na maioria das vezes, estigmatizada como amaldiçoada. O medo dessa intolerância social justifica, para Faleiros, o segredo dos cúmplices da pedofilia intrafamiliar. “A pedofilia é inaceitável socialmente e, ao mesmo tempo, tolerável familiarmente”, diz. O pedófilo, quando descoberto, apresenta uma reação de pânico. Posteriormente, passa a negar firmemente toda a situação e a culpar a vítima pelos atos.

Mesmo não sendo regra geral, o pesquisador relatou ainda que os casos de abuso são repetidos e não ocorrem eventualmente. “Existem pais que abusam da primeira filha, da segunda, da terceira...”, contou. Os passeios, as horas do banho e de ver TV são normalmente ocasiões transformadas em ritos para a satisfação do pedófilo. “Ele é uma pessoa egoísta que corre atrás apenas de seu prazer”, comentou.

HOMEM NORMAL – Faleiros acredita na existência de uma atual epidemia da pedofilia. “O abusador está disseminado e é difícil identifica-lo externamente”, frisou, ao explicar que eles não estão inseridos em nenhuma classe social específica. Para o professor, o perfil do pedófilo é o mesmo de uma pessoa considerada comum. E mais: costumam ser vistos como exemplos no meio em que vivem.

Entretanto, estudos apontam que uma pessoa abusada quando criança, numa forma de revanche, tem maior possibilidade de ser pedófila. O uso de drogas ilícitas e o alcoolismo também podem incentivar abusos. “Em geral, é uma pessoa com a sexualidade mal resolvida, com um vazio interior profundo”, explicou.










QUAIS SÃO OS CRIMES SEXUAIS?

- Tentativa de estupro
- Estupro
- Atentado violento ao pudor
- Ato obsceno
- Corrupção de menores
- Sedução
- Rapto violento
- Importunação ofensiva ao pudor
- Posse sexual mediante fraude
Fonte: Polícia Civil do Distrito Federal

COMBATE NACIONAL

Em 2000, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) aprovou o plano nacional de enfrentamento da violência sexual, liderado pela Organização Não-Governamental (OnG) Centro de Referência, Estudos e Ações sobre Crianças e Adolescentes (Cecria), coordenada por Vicente Faleiros. O plano tem como pontos principais o atendimento às vítimas de abuso, a defesa dos direitos humanos, a responsabilização do agressor, a prevenção e a pesquisa.


Palavra da autor:

Registrado no Conselho Regional dos Detetives do Estado da Bahia
Esta palavra é dirigida à você internauta que visita este site e me escreve perguntando o que fazer para ajudar, reclamando da demora, perguntando se adianta lutar, como lutar e tentando entender o que acontece. Alguns, inquietos e temerosos porque seu filho(a) usa a internet e não sabe os riscos que corre. A você o que eu posso dizer? Divulgue, lute, denuncie que os frutos da batalha são visíveis ao longo da estrada.Pelo seu filho, sua filha, pelos filhos do Brasil, vamos em frente esclarecendo dúvidas, incentivando as denúncias que muitas vezes são feitas à duras penas. Muito obrigada pela ajuda, a qual tem sido valiosa.

* Deixo também uma palavra a um outro tipo de internauta que entra neste site para me enviar virus, ou copiar meu nome e envolver com pornografia, ou usar nosso slogan para promover seus sites. AVISO LEGAL: o banner deste site é de livre utilização. Ele fala por ele mesmo e pode ser usado em não importa qual site, no entanto eu não autorizo o uso do meu nome e o da Empreesa; e quem o utilizar indevidamente estará incorrendo em crime punível por lei.

1) O que é pedofilia?

É o abuso sexual infantil, mas não vou repetir aqui o que você já sabe. Antes vou responder aquela perguntinha secreta que você guarda só pra você: “aquela mocinha de 14 anos me paquera...será que devo, ou não devo?" Resposta: não, você não deve se envolver com crime. A mocinha merece sua estima, nada mais que isto.

Sabe camarada, a gente não nasce completo, a gente vai crescendo aos poucos e as carências afetivas vão se intensificando aos poucos. Todos nós precisamos de carinho mas cada faixa etária precisa de um tipo de carinho diferente. Chega uma hora na vida, hora da maturidade, em que precisamos de carinho mais profundo. Gradualmente isto acontece com todos nós e nesta hora vamos em busca do ser humano perfeito. A alma gêmea. O amor. Eu não consigo admitir que nós, os humanos, possamos usar práticas dos animais para satisfazer nossos desejos. Nós não temos instintos. Somos pessoas. Compreendemos a diferença entre o bem e o mal. Sabemos que pedofilia é crime e o que falta em nós, então?

2) Por que acontece?

Posso explicar a você onde o mal começa a trabalhar antes de se manifestar em ações como a pedofilia: exatamente na mente humana, nos descontroles dos fantasmas sexuais. Quem não tem fantasmas? Você tem. Mas se você prima pela decência, ela, a decência, vem do seu interior e começa pelo controle dos seus desejos. Desde o primeiro impulso você educa a você mesmo. Então podemos dizer que um demente, um doente mental quando ataca uma criança é porque faltou nele controle dos seus desejos? Não. Sim. Talvez. Quem sabe o que começou primeiro? O desvio mental impulsionou-o ao ataque à criança ou, por não controlar os seus desejos ele acabou doente mental?

3) Pedofilia é crime ou não?

Estatuto da criança e do adolescente : Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos da Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. Naturalmente que pedofilia é crime, passível de detenção. A lei brasileira diz que pedofilia é crime hediondo. E quanto às dúvidas, muitas pessoas nos escrevem fazendo perguntas, como foi o caso de uma professora que perguntava se entrar em sites de pedofilia é crime. A lei não fala neste particular, mas em certos países do mundo é crime entrar em sites de pedofilia. Na verdade certas vezes o internauta cai dentro de um site destes sem querer. Como podemos dizer que isto é crime? No entanto a curiosidade pode criar hábitos que não são nenhum um pouco benéficos. Por isto ao ver um site de pedofilia na Internet, envie o endereço do site para as autoridades. Para acabar com estes crimes necessitamos da ajuda de todos.

4) Perfil do pedófilo.

Segundo a medicina pedófilo é alguém com tara sexual, desejos doentios por crianças mas eu vou dizer a você que o pedófilo tem o perfil meu, seu, do seu vizinho, do seu irmão, do seu avô. Ele é uma pessoa como nós e 99% das vezes ele tem um bom conceito entre amigos e parentes. Quando o pedófilo é revelado ninguém poderia imaginar que ele o fosse. Ele mesmo conhece a si mesmo melhor que você conhece a você mesmo. Ele mais do que ninguém é consciente de que é um criminoso e que um dia será pego.

5) Como proteger seu filho?

Amigos, conversar com seu filho é a melhor forma de proteger;explique a ele(a) o quanto ele(a) deve ter atenção na Net; aqui é uma estrada escura trilhada à noite; não dê jamais seu endereço; não dê jamais o telefone de casa; não aceite encontros com desconhecidos e... cá entre nós: entre vez por outra no messenger como se fosse seu filho e converse com os amigos dele. Recentemente uma vovó se fez passar pela neta e conseguiram botar o pedófilo na cadeia.
onheça o pedófilo
O pedófilo sofreu algum problema durante o processo de desenvolvimento da sua sexualidade e sua vítima pode vir a se tornar um
11/10/2008 - 11:01

Pedofilia é o desvio sexual caracterizado pela atração por crianças ou adolescentes sexualmente imaturos. A psiquiatra Sheila Bastos explica que o pedófilo teve algum problema no desenvolvimento normal da sua sexualidade. “Todo perverso pedófilo sofreu algum fator negativo durante o processo do seu desenvolvimento sexual, seja vítima de abuso sexual, ou de outra violência, a exemplo dos maus-tratos”.

Ela explica que não existe um perfil psicológico único para o pedófilo. E que apesar das características serem variadas, todos sofrem de uma perversão sexual, que significa um jeito ‘inadequado’ de lidar com uma situação em algum determinado momento. “Geralmente os pedófilos não são agressivos, mas, sim, sedutores, cuidadosos e procuram presentear a vítima”, diz.



Geni Shuster: Pedófilo é enganador
Quem também confirma esta informação é a juíza da 11ª Vara Criminal, Geni Schuster. Ela conta que em diversos depoimentos o acusado é descrito pelos seus próximos como uma pessoa de conduta ilibada. “O pedófilo é um cara enganador, um cara bem educado, gentil, ele engana os amigos. Nós já tivemos casos de chegarem mais de cem declarações de pessoas dizendo que o acusado é um homem ótimo e a filha ou filho dizendo que ele cometeu o crime”, relata.

Pessoas próximas

A delegada Mariana Diniz, do Centro de Atendimento aos Grupos Vulneráveis (CAGV), informa que as estatísticas apontam que, na maioria dos casos, o abusador é uma pessoa próxima e de confiança da criança. “O genitor vem em primeiro nesta lista, depois o padrasto, um parente próximo ou vizinho. Como a vítima confia nele, o abusador chega de uma forma que esteja fazendo um bem”, diz.

Relatórios da Polícia Federal descrevem o perfil do abusador:






De acordo com a presidente do Fórum de Direitos da Criança e do Adolescente, Lídia Rêgo, recentemente houve um grande avanço no combate nos casos de pedofilia pela internet, com a quebra de sigilo. “Isso era um grande nó, porque até para o juiz fundamentar sua decisão era complicado, pois não tinha um aparato legal que pudesse entrar nas relações (do Orkut, por exemplo). Então esta quebra de sigilo foi uma semente jogada e da qual ainda vamos colher os frutos no futuro”, diz ela, acrescentando que a pedofilia vai muito além de uma doença.


Conduta do perpetrador na internet:






Egosintônico

Segundo Sheila Bastos, a pessoa que pratica a pedofilia é um egosintônico. Quer dizer, que é aquela pessoa que concorda com seu próprio jeito de ser. “Para ele, praticar a pedofilia ou o abuso sexual não causa incômodo. Ele não sofre por isso e acha que é uma atitude normal. E alguns casos, podem até não ter noção de que está fazendo mal a uma criança”, ressalta ela.

E este também é o motivo porque não se tem conhecimento de pedófilos procurando tratamentos psicológicos ou psiquiátricos. O pedófilo não entende que está fazendo algo errado, por isso não procura tratamento. “E a cadeia serve para muito pouca coisa. O ideal seria uma determinação jurídica para que fosse feito um prognóstico e um tratamento”, diz Sheila Bastos, acrescentando que esta pessoa com certeza sairá pior do que entrou numa cadeia. “Já pensou se ele sofrer novas violências no presídio”.

Os casos de abuso sexual acontecem com maior freqüência em famílias de baixa renda. “O crime

Delegada Mariana Diniz
acontece em famílias menos abastadas. É comum que numa civilização mais estruturada seja cerceada a animalidade”, confirma a médica.

Denúncia

O CAGV atende o município de Aracaju e é uma porta de entrada de denúncias. De acordo com a delegada Mariana, qualquer pessoa pode denunciar anonimamente por telefone e também discretamente indo à delegacia.

O abusador pode ser preso por flagrante ou através de investigação. São colhidas provas para haver a representação de prisão preventivamente. “Este ano houve muitas denúncias. Acredito que os casos sempre existiram, mas as pessoas estão ficando mais conscientes e também acreditando no nosso trabalho”.

Ela informa que o resultado do processo nestes casos não é rápido, pois a demanda é grande e há deficiência de pessoal. “O laudo pericial é imprescindível, passo importante para a celeridade do fato. E a pena varia de 6 a 10 anos”, diz.
Abuso sexual infantil (pedofilia)

Fernando Gomes da Costa*

Definição
A pedofilia é uma psicopatologia, uma perversão sexual com carácter compulsivo e obsessivo, na qual adultos, geralmente do sexo masculino, apresentam uma atracção sexual, exclusiva ou não, por crianças e adolescentes impúberes. Alguns autores consideram a pedofilia uma síndrome (conjunto de sinais e sintomas) que ocorre em diversas psicopatologias.

Como se processa
O pedófilo é um indivíduo aparentemente normal, inserido na sociedade. Costuma ser "uma pessoa acima de qualquer suspeita" aos olhos da sociedade, o que facilita a sua actuação. Geralmente age sem violência, actuado de forma sedutora, conquistando a confiança da criança, seduzindo-a muitas vezes com ofertas de objectos ou dinheiro, e ameaçando-a veladamente a fim de garantir o seu silêncio. Mas há casos em que se pode tornar violento e até matar suas vítimas. O abuso, que se define como toda a situação em que um adulto se utiliza de uma criança ou adolescente para seu prazer sexual, podendo haver ou não contacto físico, pode durar anos, só cessando quando a criança, já uma adulta, se liberta daquela relação patológica.

O abuso sexual intrafamiliar é a forma mais comum de actividade do pedófilo. Quem pratica o abuso sexual é geralmente uma pessoa que a criança conhece e confia e frequentemente ama, ou seja, o pai, o padrasto, o avô ou o tio, ou ainda outras pessoas que gozam da intimidade da família. Frequentemente o pedófilo foi também uma vítima de abuso sexual na infância.
Os pais, mais frequentemente a mãe, frequentemente sabem, ou pressentem o que ocorre, mas não fazem nada por medo ou por não acreditar que aquilo possa ocorrer. A criança frequentemente tenta falar com a mãe, mas ela não acredita. É comum buscar tratamento psicológico para a criança, que em razão do que ocorre, apresenta distúrbios do comportamento como, manifestações de erotização precoce, introversão, depressão, ansiedade, mau aproveitamento escolar. É comum um adulto abusado sexualmente na infância, lamentar-se porque a sua mãe não o escutou.
A criança vítima sofre profundamente com medo, culpa e remorso. Mas quem pratica o abuso é uma pessoa que ela ama. Não pode entender o que está acontecendo.

Ao contrário do que muitas vezes se pensa, o abuso ocorre em todos os países do mundo, em todas as classes sociais. De difícil diagnóstico, não deixa marcas físicas, na maioria das vezes, mas marca a criança para toda a vida com repercussões na vida adulta em relação à socialização e à sexualidade.
Para combater o abuso sexual intrafamiliar é necessário antes de tudo aceitar que ele é frequente e pode ocorrer em todas as famílias. É necessário que a criança aprenda a conhecer o seu próprio corpo desde pequena. E antes de tudo é preciso que os pais acreditem nos seus filhos, mesmo que lhes pareça absurdo o que estão contando.
Dificilmente o abuso sexual é descoberto por pessoas alheias à família. É um acto protegido por um verdadeiro muro de silêncio, que resguarda a família, mas impede a protecção da criança. Descoberta a situação é importante lembrar que o pedófilo é um doente que deve ser tratado, além de afastado da sociedade.

Exploração sexual
Por outro lado, o abuso sexual intrafamiliar, especialmente nas classes sociais menos favorecidas, é uma porta de entrada para a prostituição de crianças e adolescentes. A exploração sexual comercial de crianças e adolescentes, é outro tipo de abuso sexual. Aqui, três personagens participam: além da criança ou adolescente e do abusador, pedófilo, o intermediário, o aliciador, o criminoso que lucra com a venda do sexo de crianças e adolescentes.
O uso sexual comercial de crianças e adolescentes ocorre em todo o mundo. Em muitos países há uma certa aceitação cultural da prostituição infantil. Muitos ainda vêem a prostituição infantil como uma forma de trabalho.
Uma forma moderna da exploração sexual de crianças e adolescentes é a pornografia divulgada através da Internet. O uso desse democrático e eficiente meio de comunicação pelos pedófilos é uma realidade.
Fotos de crianças nuas, praticando sexo com outras crianças, com adultos e até com animais são divulgadas pela rede. As denúncias de usuários revoltados são constantes.
Hoje a Internet se transformou no paraíso dos pedófilos. Através dela se comunicam, desenvolvem sua capacidade criativa, aliciam e favorecem a cultura da utilização sexual de crianças e adolescentes.
A satisfação sexual do pedófilo graças à rede é solitária e, a princípio, obviamente limitada. Contudo, pelo carácter compulsivo e obsessivo de sua patologia, ele necessitará de procurar crianças para realizar seus desejos. Os adolescentes e mesmo crianças são frequentemente aliciados, através de "chats" virtuais, românticos e sedutores, para o abuso sexual e a prostituição.
A participação dos próprios usuários da rede tem sido fundamental para levar à detenção desses criminosos. A produção e divulgação de fotos pornográficas de crianças e adolescentes, é crime previsto em lei, apesar das nuances legais, que ainda não tipificam a Internet como meio de comunicação.

Perfil do abusador
O abusador é uma pessoa comum, que mantém preservadas as demais áreas de sua personalidade, ou seja, é alguém que pode ter uma profissão destacada, pode ter uma família e até ser repressor e moralista, pode ter bom acervo intelectual, enfim, aos olhos sociais e familiares pode ser considerado um indivíduo normal ou até exemplar. É no entanto perverso, e faz parte da sua perversão enganar a todos sobre sua parte doente. Para ele, enganar é tão excitante quanto a própria prática do abuso. Pode esconder-se vestindo uma pele de cordeiro, ou uma pele de autoritário, ou uma pele de moralista, mas isto não passa de um artifício a serviço da sua perversão. Esse é o ponto central da sua perversão. Ele necessita da fantasia de poder sobre sua vítima, usa das sensações despertadas no corpo da criança ou adolescente para subjugá-la, incentivando a decorrente culpa que surge na vítima.
O abusador pode ser agressivo, mas na maioria das vezes, ele usa da violência silenciosa da ameaça verbal ou apenas velada, e vai sempre negar o abuso se for denunciado ou descoberto.
O pedófilo procura, frequentemente, a situação de exercer a função de substituto paternal para ter a condição de praticar sua perversão. Seu distúrbio mental é compulsivo: vai repetir e repetir seu comportamento abusivo, como o mais forte dos vícios. Nenhuma promessa de mudança de seu comportamento pode ser cumprida por ele, pois ele é dependente do abuso. Embora a pedofilia seja uma patologia, o pedófilo tem consciência do que faz, sendo a prática do abuso sexual fonte de prazer e não de sofrimento, devendo portanto ser responsabilizado criminalmente, sem atenuantes.
O maior dano que ele causa é à mente da criança, que é invadida por concretização das fantasias sexuais próprias da infância e que deveriam permanecer em seu imaginário. Essa concretização precoce destas fantasias pode explicar a evolução de abusado para abusador, uma vez que a criança pode ficar aprisionada nesta prática infantil do sexo e nas suas numerosas implicações psicológicas doentias, apenas mudando de lado quando se torna adulto, permanecendo assim na cena sexual infantil traumática.

Quais os sinais que nos devem alertar?
Há alguns sinais, comportamentos ou atitudes que a criança abusada tende a manifestar. Alguns dos principais são enunciados abaixo, mas importa salientar que todos eles são sinais que apenas indiciam e não devem ser tomados como uma prova conclusiva. No caso de haver esse tipo de suspeita, deve haver extrema cautela nas conclusões que se possam tirar e sobretudo deve haver muita calma e ponderação, e procurar acima de tudo transmitir à criança segurança e a ideia de que ela pode abrir-se e contar o que se passou sem receios de castigos ou retaliações. É igualmente importante ter a noção de que a criança se pode sentir culpabilizada ou envergonhada do que aconteceu e por isso tender a ficar silenciosa ou a não contar tudo. Por outro lado, essa noção de culpa e vergonha pode levá-la a fantasiar a relação de que foi vítima, misturando factos reais com falsos.
Nestas circunstâncias, é sempre melhor, antes de tomar qualquer atitude, procurar recorrer a um especialista ou serviço de apoio e deixar que sejam os técnicos a orientar o processo que tem geralmente duas vertentes: a protecção e recuperação da criança em relação ao traumatismo psicológico, e por vezes físico, que sofreu, e a colocação do pedófilo sob a alçada da Lei, e eventualmente do tratamento médico e psicológico.
Há efectivamente alguns sinais que podem ou devem alertar para algo de errado se passa com uma criança, e que isso pode ter a ver com abuso sexual. Esses sinais podem-se agrupar em dois tipos: psicológicos ou comportamentais, e físicos:
São sinais comportamentais a depressão ou dificuldades em dormir (pesadelos frequentes), manifestação de incómodo em ser tocada, anormal e persistente interesse em assuntos de índole sexual, alterações súbitas do comportamento como agressividade, recusa de carinhos, auto-depreciação do seu corpo (acham que está sujo, ou que tem anomalias sobretudo a nível dos órgão sexuais), desenhos e textos sobre fantasias de abuso sexual, medo de sair sozinha ou de ir à escola, brincar com outras crianças ou com objectos simulando actos sexuais, usar vocabulário ou conceitos de índole sexual inapropriados para a idade, evitamento de uma determinada pessoa que pode até ser um familiar muito próximo.

São sinais físicos as lesões (feridas, irritações, ou hemorragias) nas zonas genitais ou orais, aparecimento de hematomas no corpo não explicáveis e sem história de traumatismo conhecido, bem como o aparecimento de infecções sexualmente transmissíveis.
O pedófilo procura perfil de garotas(os) que buscam fama virtual em sites.
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jun
09
2010
Geraldo Cisneiros

Em busca da fama virtual, adolescentes de 12 a 17 anos estão aderindo cada vez mais ao “sexting”. O fenômeno criado por jovens nos EUA há cerca de cinco anos chegou recentemente ao Brasil. O termo é originado da união de duas palavras em inglês: “sex” (sexo) e “texting” (envio de mensagens). Para praticar o “sexting”, meninos e meninas produzem e enviam fotos sensuais de seus corpos nus ou seminus usando celulares, câmeras fotográficas, contas de e-mail, salas de bate-papo, comunicadores instantâneos e sites de relacionamentos.

Os adeptos também mandam mensagens de texto eróticas no celular ou internet com convites e insinuações sexuais para namorados, “ficantes”, paqueras, pretendentes ou amigos. A prática preocupa representantes da Polícia Civil, do Ministério Público de São Paulo e entidades civis de preservação dos direitos humanos na internet. Todos alertam para o risco da pornografia infantil e prostituição.

“Vejo isso como um perigo muito grande. O pedófilo ou o aliciador percebe isso e começa a ganhar intimidade. Isso acaba sendo porta para prostituição”, afirmou o promotor Tales de Oliveira, do Departamento de Execução da Infância e Juventude de São Paulo.

Bastam alguns cliques para ver adolescentes em poses provocantes, se exibindo em imagens postadas por eles mesmos em álbuns de fotos, sites pessoais e vídeos. Vale tudo para chamar a atenção. As meninas ficam só de lingerie ou biquíni, agarram ou beijam amigas na boca, mostram closes de decotes ousados e até autografam os próprios seios com o nome de suas páginas ou de colegas. Os garotos preferem ficar de cuecas, sem camisa, ou abraçar garotas simulando atos sexuais. Em outros casos, jovens chegam a ficar nus.

Com preços acessíveis, uma máquina digital ou celular com câmera não são mais exclusividade de filhos da classe média. Por conta disso, é quase impossível contabilizar o número de praticantes do exibicionismo juvenil. Segundo a Safernet Brasil (organização da sociedade civil sem fins lucrativos que atua na proteção e promoção dos direitos humanos na internet), quem mais acessa a rede mundial de computadores é o jovem entre 16 e 24 anos, o que representa 78% do total de internautas no país.

Neste universo, ganha fama quem tiver mais acessos no seu Twitter, fotolog, Orkut e YouTube. Outra maneira de ser popular é vencer os concursos virtuais promovidos pelos sites. Depois disso, a celebridade instantânea irá contar com fã-clubes e uma legião de seguidores.

Outro lado
A reportagem entrou em contato com o provedor responsável por hospedar os sites que disponibilizam os serviços de fotos e vídeos na internet. Segundo a assessoria de imprensa do Google, “os conteúdos considerados impróprios podem ser denunciados pelos usuários”. “Já os de pornografia e os que ferem direitos autorais são removidos.”

Segundo a Safernet Brasil, dados da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos mostram que a pornografia infantil lidera o número de denúncias no país. Foram mais de 2 mil entre 1º de março a 1º de abril deste ano.

“Internet, celular, máquina digital. Estas tecnologias potencializaram algo típico da adolescência. É preciso discutir sexualidade na família e na escola para que ele não vire sexo precoce depois”, disse o psicólogo Rodrigo Nejm, diretor de prevenção da Safernet.

O artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) define o que é pornografia infantil: “Para efeito dos crimes previstos nesta lei, a expressão “cena de sexo explícito ou pornográfica” compreende qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais”.

A Safernet tem trabalhado na formação de mais de 4 mil educadores no Brasil. São aplicadas sugestões de exercício nas salas de aula para trabalhar esse tema. Ao receber as denúncias de sexting como pornografia infantil, os responsáveis pela entidade as encaminham para a Polícia Federal e para o Ministério Público Federal.

Vício virtual
Em um dos sites de fotolog visitados pele reportagem na quarta, havia mais de 465 mil páginas pessoais. Até as 13h, mais de 8 mil fotos tinham sido postadas.

As regras de uma das comunidades não permitem postar fotos contendo, por exemplo: “lingerie, cueca, calcinha ou sutiã”; “zoom ou close-up em decotes ou em outras parte sexualmente apelativas do corpo”; entre outros.

Mas, apesar das restrições, a mesma comunidade tem fotos de garotas de 15 e 16 anos de biquíni em frente a espelhos ou cobrindo os seios apenas com as mãos. Algumas páginas pessoais têm música. Numa delas, era possível escutar uma com letras de cunho sexual enquanto a foto de uma garota de 17 anos, usando fio dental, tremia.

“O site faz esse alerta [de regras] apenas como forma de amanhã ou depois se isentar de qualquer responsabilidade. Se a pessoa foi contra a regra do jogo, eu não tenho culpa. Essa é sempre a alegação deles”, afirmou o promotor Tales de Oliveira, da Infância e Juventude.

Ainda pelos termos de uso dos álbuns de fotos, o dono da página pode permitir que o visitante escreva comentários em cada imagem que foi postada. Uma menina de 14 anos que mostra os seios espremidos por um sutiã foi chamada de “delícia” por um internauta.

Postar fotos de crianças nuas é crime
Segundo a delegada Catarina Buquê, da Delegacia de Crimes Eletrônicos do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic), a postagem de fotos sensuais de adolescentes tem de ser investigada com cuidado. “Pode ser uma gama de crimes, como pode não ser também”, afirmou a delegada.

“Fotos nuas de adolescentes são material pornográfico, é crime. Mas fotos sensuais de adolescentes têm de ser analisadas caso a caso. Às vezes o adolescente trabalha como modelo e tem a autorização dos pais para publicar essas imagens na internet. Ou às vezes não. Pode ser que alguém tenha pego essas fotos provocantes e divulgado sem a autorização do jovem. Pode ser que uma menina tenha mandado a foto para um namorado ou um paquera e ele a distribuiu sem o consentimento da garota”, disse a delegada Catarina.

Fontes: Times, OGLobo, G1 e MP de São Paulo.

A pedofilia sempre existiu. Porém, com os meios de comunição avançados, a aproximação de pedófilos às nossas crianças foi facilitada. Para podermos prevenir este mal, é necessário entender como o pedófilo age e os sinais dados pelas crianças atingidas, que muitas vezes passam despercebidas pelos próprios pais. Obter informações, discuti-las e refletir sobre estas é o primeiro passo para a prevenção. Porém, logo aí já surgem diversas dúvidas que permeiam na cabeça dos pais, professores e outros – como é que falarei sobre o assunto com a criança?

Quando isso acontece é que percebemos que o assunto sexualidade ainda é muito difícil de ser conversado. Quem é que nunca perguntou para os pais o que é sexo e recebeu uma resposta sem muito esclarecimento? Os pais acham que, normalmente, a criança ainda não está madura para entender o que é a sexualidade e acabam por postergar a conversa. Na escola, alguns educadores pensam que as crianças já aprenderam isso em casa e não aprofundam o tema. Como então falar da pedofilia, que é um passo à frente da sexualidade, se agimos ainda desta forma?

Não existe forma de explicar à criança quais os limites do corpo e da privacidade de toques e carícias sem antes falar sobre a sexualidade. Mas antes é necessário definir a sexualidade. O conceito mudou após descobertas da psicanálise: a sexualidade deixou de ser puramente sexual e passou a envolver tudo aquilo que busca o prazer e a satisfação. Ela envolve actividades practicadas desde a infância e que proporcionam prazer ao satisfazer uma necessidade do próprio corpo, como a amamentação em bebés, respiração, brincadeiras e outras coisas, assim como envolve as sensações corporais e questionamentos quanto ao próprio corpo. Por isso, quando se fala da sexualidade infantil, não significa falar sobre o acto sexual ou pornográfico da criança.

Depois que estes temas foram abordados, será mais fácil explicar sobre abuso sexual em geral sem preconceitos e medos.

Voltemos então à pedofilia: o que é, como ocorre e o que fazer?

1. Conceito
A pedofilia é, na realidade, uma forma de perversão, na qual a preferência sexual é voltada às crianças e adolescentes de forma descontrolada e compulsiva. O pedófilo não tem um perfil característico. Pode ser qualquer pessoa normal e com perfil de boa índole, além poder ser uma pessoa que está bem inserida na sociedade.

2. Perfil de um pedófilo
Ele pode estar presente em qualquer tipo de grupo social e também ser membro ou amigo da família da criança abusada. Não raramente pode-se “encontrar” o pedófilo em locais públicos frequentados por crianças como playgrounds, educandários, escolas, igrejas ou consultórios médicos. O pedófilo busca atenção e amizades das crianças e prefere também a companhia dos pequenos. Tem dificuldade de relacionamento com adultos ou evita-os. Ele também tende a agradá-las demais e procuria ficar sozinho com estas. Gosta muito de fotografá-las. Não mede os gastos com as crianças, é sedutor e gentil. Sua casa tem decoração que atrai as crianças. Estas características comuns de pedófilos também podem encaixar-se com de qualquer outra pessoa. Portanto, cuidado ao denunciar sem provas conclusivas.

3. Como ele actua
O pedófilo não é explícito em suas atitudes. Ele seduz a criança devagar e a “conquista”. Ele promete doces e diz que aquilo fará bem à criança, etc. Através de chats na internet, é comum que o pedófilo apresente-se como uma criança também. Ele utiliza linguagem infantil e persuade a criança a retirar suas roupas, mostrar se e enviar fotos de si. Em casa, se o pedófilo forda família ou amigo próximo desta, existem as ameaças além da sedução. O pedófilo diz então que, se a criança contar, será morta ou ninguém mais vai gostar dela, etc. É um jogo de poder com ameaças, sedução e cumplicidade. Em diferentes pesquisas realizadas, foi possível perceber que o pedófilo age normalmente à noite e quando a casa está vazia, mesmo na internet. O abuso sexual directo é normalmente cometido pelos mais próximos. Muitas vezes os próprios pais, irmãos mais velhos, padrastos e vizinhos. Na internet fica mais difícil – a pedofilia acontece normalmente através de intermediação comercial. São fotos e filmes comercializados e comprados por pessoas que não são muito saudáveis sexualmente.

4. Sinais de pedofilia
Existem alguns sinais que a criança vítima da pedofilia pode manifestar. Vale ressaltar que são indícios e não provas conclusivas! Caso haja suspeita, exige-se extrema cautela nas conlusões a serem tiradas e agir com calma. É necessário transmitir segurança à criança para que ela conte o que está a acontecer, sem castigos. A criança pode estar a se sentir envergonhada ou culpada pelo o ocorrido, por isso cála-se.

4.1 Sinais do comportamento
A criança demonstra-se depressiva e tem dificuldade de dormir. Tem pesadelos. Quando é tocada, sente incómodo. Tem interesse em assuntos sexuais e seu comportamento pode alterar subitamente com agressividade, recusa de carinhos, auto-depreciação do seu corpo, faz desenhos e textos com conteúdo sexual. Ela também tem medo de sair sozinha ou ir à escola. Ela brinca de simular actos sexuais com outras crianças ou com objectos. Pode ser que evite alguma determinada pessoa, mesmo que seja um familiar próximo.

4.2 Sinais do corpo
A criança abusada pode apresentar lesões nos genitais ou na boca. Pode também apresentar hematomas que não sabem explicar, além de doenças sexualmente transmissíveis.

5. O que devo fazer para evitar que isso aconteça
- Diga às crianças que, se alguém tocar no seu corpo e fazer coisas estranhas que são desconfortáveis, elas deverão afastar-se desta pessoa, mesmo se essa pessoa a ameaçar. Ela não precisa ter medo e deve pedir ajuda.
- Ensine a criança a não aceitar dinheiro ou outras coisas e nem convites de pessoas que não conhece
- Vigilância: é necessário supervisionar a criança. Mesmo que seja difícil protegê-las de abuso por parte de membros da família ou conhecidos, fique sempre atento ao comportamento e relacionamento da sua criança com a pessoa.
- Esteja ciente de onde sua criança está e o que ela faz.
- Peça para adultos responsáveis ajudarem a vigiar as crianças quando os pais não podem fazê-lo.
- Se não for possível supervisionar sempre, peça que seu filho fique sempre perto de outras crianças e explique que é melhor estar sempre com um companheirinho ao lado.
- Conheça os amiguinhos do seu filho, principalmente aqueles que são mais velhos que seu pequeno.
- Ensine seu filho a cuidar da própria segurança.
- Oriente-o para sempre pedir ajuda a outro adulto quando sentir necessidade.
- Explique para seu filho que, em situações de perigo, pode gritar e correr sem vergonha para chamar atenção.

6. O que fazer se isso acontecer com meu filho
A criança que sofre abusos normalmente não contará e nem avisará o que está acontecendo. Além disso, muitos daqueles que a abusam fazem ameaças ou convencem a criança de não contar para ninguém. Portanto, se você perceber qualquer comportamento estranho do seu filho, incentive-o a falar sobre o que aconteceu sem censura ou repreensão. Demonstre segurança e compreensão e elogie-o por ter contado. Enfatize que a culpa do ocorrido não é da criança. E por fim, ofereça protecção à criança e faça de tudo para que o abuso termine, mesmo que o abusador seja membro da família.

7. Como proceder nos casos de abuso sexual
- Mesmo que a maior parte das acusações de abuso sejam verídicas, às vezes existem acusações falsas no caso de situações familiares complicadas. Portanto, muita cautela é necessária.
- Informar as autoridades de qualquer suspeita de abuso;
- Leve a criança imediatamente ao médico da família ou pediatra, para que o corpo da criança seja analisado para saber qual o grau da agressão, caso houver.
- Um psicólogo ou terapeuta deve consultar a criança abusada. Assim é possível determinar as consequências do caso na criança.
- No momento em que a criança decidir contar sobre o abuso, os pais ou responsáveis devem apoiá-la com muito carinho. Assim a criança dá o primeiro passo para reestabelecer confiaça nos outros e em si mesma.
- Se a criança tiver que testemunhar sobre seu agressor, escolha momentos mais descontraídos e métodos indirectos para evitar o confronto com o agressor.

Em qualquer caso de violência contra crianças, denuncie. A denúncia ainda é a forma mais eficaz de prevenção. Ficar quieto só estará a incentivar mais crimes como este.

Caso queira denunciar alguma página de internet que faz apologias à pedofilia, denuncie em: http://linhaalerta.internetsegura.pt/

Para todos os casos de abuso, entre em contacto com a polícia!
Pedofilia significa basicamente a atração sexual de adultos ou jovens por crianças menores de quatorze anos. O Brasil infelizmente é o país que está em primeiro lugar na lista de casos de pedofilia na internet. Denunciar é o passo mais importante para por fim a esse crime que deixa marcas profundas no psicológico da vítima. Antenados de hoje vai combater a Pedofilia e para nos ajudar nesse assunto, convidamos...

Lívia Gomes – Psicóloga

Joana Catia – Educadora Social

Apresentado: Thiago Cruz

Flávia Brito – Conselheira Tutelar

Rubia Kopke - Médica Pediatra

A pedofilia, atualmente, é definida simultaneamente como doença, distúrbio psicológico e desvio sexual (ou parafilia) pela Organização Mundial de Saúde. Nos manuais de classificação dos transtornos mentais e de comportamento encontramos essa categoria diagnóstica.

Caracteriza-se pela atração sexual de adultos ou adolescentes por crianças. O simples desejo sexual, independente da realização do ato sexual , já caracteriza a pedofilia. Não é preciso, portanto que ocorram relações sexuais para haver pedofilia.O fato de ser considerada um transtorno, não reduz a necessidade de campanhas de esclarecimento visando a proteção de nossas crianças e adolescentes e nem tira a responsabilidade do pedófilo pela transgressão das barreiras geracionais.

O abuso sexual é freqüente e ocorre em todas as classes sociais e estratos econômicos, em todos os países do mundo, bem como as outras formas de maus-tratos, o físico, o psicológico e a negligência. O abusador sexual, ou seja, aquele que se utiliza de uma criança ou adolescente para sua satisfação sexual, é, antes de tudo, um doente. À sociedade, porém, aparenta freqüentemente ser um indivíduo normal.

Raramente é acompanhada de violência física, ou deixa marcas evidentes. Contudo, as conseqüências para a vida social e sexual da criança serão sérias. O abuso sexual intrafamiliar é diferente da exploração sexual de crianças e adolescentes, situação em que o comércio está envolvido. E é sempre um ato de criminosos contra crianças ou adolescentes, que não têm outra opção.

Frequentemente o abusador sexual de crianças e adolescentes é um pedófilo. A pedofilia é um distúrbio do desenvolvimento psicológico e sexual, que leva indivíduos, aparentemente normais, a buscarem de forma compulsiva e obsessiva o prazer sexual com crianças e adolescentes.

As consequências do abuso sexual para crianças e adolescentes são graves, às vezes com repercussões para toda a vida. O pedófilo deve portanto ser excluído do convívio social, enquanto é submetido a tratamento. As vítimas devem ser apoiadas pela família e por profissionais especializados.

O primeiro passo para combater o abuso sexual é a sociedade ser informada sobre a sua frequência, crianças serem precocemente informadas sobre seu próprio corpo e se o abuso sexual ocorrer, nosso conselho para os pais é: "acredite no que lhe diz seu filho, por mais absurdo que lhe pareça". A auto-estima preservada e confiança nos pais, podem impedir a maioria das situações de abuso sexual.

Uma pesquisa inédita do site nacional Censura, à qual ISTOÉ teve acesso com exclusividade, indica que o País ocupa o primeiro lugar no ranking mundial da pedofilia pela internet. Trinta brasileiros foram investigados durante a ação que prendeu pedófilos na Ásia, Europa e América Latina. Nenhum deles, porém, foi preso no Brasil.

Já se sabe qual é o perfil dos pedófilos brasileiros, em razão dos rastreamentos feitos pela polícia. Jovens de classe média, com idade entre 17 e 24 anos, são considerados os principais produtores de imagens de crianças violentadas. Suas vítimas, na grande maioria dos casos, são menores de suas próprias famílias, como sobrinhos e até irmãos, de acordo com as apurações da polícia. No comércio da pedofilia, uma foto de criança seviciada chega a valer US$ 100. Um vídeo de cinco minutos, US$ 1 mil. Os compradores dessa produção têm um perfil diferente.

Normalmente, são solteiros, têm pouco mais de 40 anos de idade e costumam ser profissionais liberais. Até onde se sabe, 95% dos consumidores de pornografia infantil sofreram eles próprios abusos sexuais na infância. A lei brasileira indica como crime a produção e comercialização de imagens de pedofilia, mas não o seu porte. “Se pegamos alguém com esse tipo de fotos, nada podemos fazer”, lamenta o delegado Martins. “Só agimos quando há um flagrante de distribuição do material.” Na Europa, quem tem mais de cinco fotos de pedofilia em seu computador – ou em cópias de papel – responde a processo criminal.

Os números revelados pela pesquisa sobre pedofilia são assustadores. Apontam para a existência de 6,2 mil sites comerciais de pedófilos em todo o mundo. Neles é possível comprar imagens com o uso de cartão de crédito. Estima-se que sete milhões de crianças em todo o mundo são vítimas desse processo. Nos últimos três meses, 720 denúncias de casos de pedofilia chegaram ao site Censura, criado há sete anos, em São José dos Campos, pelo casal Roseane e Anderson Miranda. Desde a fundação, o site recebeu 12 mil denúncias de pedofilia. “Esses criminosos se escondem atrás de grupos nominados ‘adoro meninos de cueca’, ‘mulek’ ou ‘garoto, quero adotá’”, diz o empresário Miranda. Um levantamento nos EUA revelou que uma em cada cinco crianças que navegam na internet já recebeu proposta sexual pela web e uma em cada 33 recebeu telefonemas, dinheiro ou passagem para encontrar um pedófilo.

Embora os números sobre a pedofilia no Brasil sejam difusos, o combate a esse crime mobiliza autoridades, organizações não-governamentais e cidadãos, que buscam proteger crianças e adolescentes contra essa praga mundial, potencializada com a difusão e venda de imagens pela Internet.

Ao menos no Brasil, essa mobilização tem dado resultados: em um ano, o número de denúncias contra esse crime aumentou mais de 1000%. Os dados são da Safernet, uma entidade que mantém uma Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos em parceria com o Ministério Público Federal.

De acordo com o grupo, eram registradas, em média, 286 denúncias mensais de crimes em sites de relacionamento, em 2005. Ano passado, este número atingiu cerca de 3,1 mil denúncias por mês. Mas, para a Safernet, ainda há muito que fazer. O grupo destaca que cerca de mil novos sites com conteúdo que remetem à pedofilia são criados mensalmente no Brasil.

Com redes complexas, espalhadas por todo o mundo, os pedófilos aproveitam o anonimato para agir. De acordo com Thiago Tavares, presidente da entidade, o que mais ajuda na proliferação das imagens envolvendo pedofilia é justamente a sensação de impunidade. “Perto da quantidade de denúncias que recebemos, o número de prisões é quase insignificante, por falta de estrutura de Estado. O problema não surgiu com a Internet. Ele acompanha a evolução da humanidade, mas a rede deu uma escala maior ao problema”, afirma. Segundo ele, no Brasil, mais de 90% dos casos de pedofilia na Internet se dão por meio de sites de relacionamento, nos quais a troca de informações sobre o assunto é contínua.

O Código Penal Brasileiro não possui o tipo penal pedofilia. Entretanto, a pedofilia, como contato sexual entre crianças/adolescentes e adultos, traduz-se juridicamente nos clássicos crimes de estupro (art. 213 do Código Penal) e atentado violento ao pudor (art. 214 do Código Penal), ambos com pena de 6 (seis) a 10 (dez) anos de reclusão e considerados como crimes hediondos.

Pornografia infantil é crime passível de pena de reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos e multa. Artigo 241, do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90): Apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive rede mundial de computadores ou Internet, fotografias ou imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo criança ou adolescente.

A identificação do pedófilo é um passo importante, mas difícil de ser feito, para isso o DSM-IV, o dito Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais cita três características:

1- A pessoa possui intensa atração sexual, fantasias sexuais ou outros comportamentos de caráter sexual por menores de 13 anos de idade ao longo de um período de, pelo menos, seis meses.

2- A pessoa decide realizar os seus desejos ou o seu comportamento é afetado por eles, e/ou tais desejos causam estresse ou dificuldades intra e/ou interpessoais.

3- A pessoa possui mais de 16 anos de idade e é pelo menos cinco anos mais velha do que a(s) criança(s) citadas no critério 1.(observação): Este critério não é válido para indivíduos no final da adolescência - entre 17 e 19 anos - envolvidos num relacionamento amoroso com um indivíduo com 12-13 anos de idade).

São critérios subjetivos e que dificilmente podem ser vistos de forma bem clara no comportamento de uma pessoa.

Estima-se que apenas entre 2% a 10% das pessoas que praticaram atos de natureza sexual á crianças sejam pedófilos, tais pessoas são chamadas de pedófilos estruturados, fixados ou preferenciais. Abusadores que não atendem aos critérios regulares de diagnóstico da pedofilia são chamados de abusadores oportunos, regressivos ou situacionais. Um estudo de Abel, G. G, Mittleman, M. S, e Becker, J. V observou que existem geralmente claras distinções características entre abusadores oportunistas e pedófilos estruturados. Abusadores oportunistas tendem a cometer abuso sexual contra crianças em períodos de estresse, possuem poucas vítimas, geralmente, pertencentes à própria família, possuem menos probabilidade de abusar sexualmente de crianças, e possuem preferência sexual para adultos. Abusadores pedófilos, por outro lado, geralmente começam a cometer atos de natureza sexual a crianças em tenra idade, muitas vezes possuem um grande número de menores que são frequentemente extrafamiliares, cometem mais abusos sexuais cm crianças, e possuem valores ou crenças que suportam fortemente um estilo de vida voltado ao abuso. No caso de incesto entre pai e filhos, acredita-se que a maioria dos abusos envolve pais que são abusadores oportunistas, ao invés de pedófilos.

Numerosas técnicas voltadas para o tratamento da pedofilia tem sido desenvolvidas. Muitos vêm a pedofilia como altamente resistente contra interferência psicológica, e acreditam que tratamentos e estratégias reparativas são ineficientes. Outros, tais como o Dr. Fred Berlin, acreditam que a pedofilia poderia ser claramente mais bem tratada com êxito se a comunidade médica desse mais atenção ao tema. Porém, a taxa de casos muito bem-sucedidos de tratamento é muito baixa.

Técnicas utilizadas para o tratamento da pedofilia incluem um "sistema de suporte de doze passos", paralelo à terapia de vícios, embora tal sistema é visto por muitos como o meio menos eficiente de tratamento. Medicações anti-androgênicas, tais como o Depo Provera, podem ser utilizadas para diminuírem níveis de testosterona, e são constantemente utilizados, em conjunto com outras medidas.

A terapia cognitivo-comportamental possui mais suporte em geral, onde o pedófilo aprende a associar o "comportamento pedofílico" com diversos atos considerados não-desejáveis. Geralmente, isto é feito dizendo para o pedófilo "fantasiar atividade sexual desviante", e então, uma vez excitado, os pedófilos são ditos para imaginarem as consequências legais e sociais de tais fantasias. Outros programas induzem o pedófilo a associarem comportamento ilegal com dor, através da controversa terapia de aversão, onde choques elétricos são induzidos ao pedófilo enquanto este está fantasiando. Estes últimos métodos são raramente utilizados em pedófilos que não cometeram ainda crimes baseados na pedofilia.
edófilos da internet praticam 'pescaria cruel' com vítimas, diz especialista
Para psicanalista canadense, criminosos 'oferecem isca para fisgar crianças vulneráveis'.
Segundo ele, pedófilos se aproximam dizendo 'entender os sentimentos' de suas vítimas.
Marcelo Cabral
do G1, em São Paulo
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Pedófilos praticam uma “pescaria cruel” na internet com suas vítimas: eles oferecem uma isca – normalmente uma simulação de carinho e atenção – para fisgar crianças e adolescentes em grande parte originários de famílias que não lhes dão afeto. Essa é a opinião de Gilles Ouimet, psicanalista da polícia de Quebec, no Canadá.

Ouimet está em São Paulo nesta quarta-feira (26) para participar do seminário “Perfil Psicológico do Pedófilo”, onde fala sobre a pedofilia on-line, a psicopatologia e os desvios de personalidade. Na platéia estão membros do Ministério Público Federal, juízes, advogados, policiais e autoridades do poder executivo que lidam com o combate ao abuso infantil e aos crimes cibernéticos.

Educação
Segundo o especialista, o maior perigo da pedofilia na web está em sites que promovem o contato com crianças e adolescentes, tais como as redes sociais on-line. Para ele, é preciso cuidado sobre o modo como as crianças se apresentam nesse tipo de endereço. “Algumas meninas, por exemplo, colocam na internet fotos de si mesmas com conotações sexuais. É por isso que a educação sobre como usar a web é tão importante”, afirma.

Para Ouimet, uma vez que o pedófilo entra em contato com sua vítima, normalmente ele vai direto ao assunto, perguntando sobre sua sexualidade, seus gostos e desejos; na seqüência, ele poderá propor um encontro. No entanto, alguns pedófilos são mais cuidadosos e conversam com sua vítima por mais tempo, antes de marcar um encontro. O objetivo é criar uma relação de confiança, dizendo que eles “entendem” a vítima e querem mostrar sua “afeição” por ela. Algumas crianças e adolescentes – especialmente aqueles vindos de famílias desestruturadas ou que não recebem carinho e atenção dos pais – podem então se transformar em vítimas dos predadores sexuais.

Problema internacional
De acordo com o especialista, o maior problema ao combate à pedofilia na internet é que o abuso sexual pode ser feito em um país, e a posse e distribuição do material pornográfico em outro. Assim, é preciso uma coordenação internacional contra o problema. Esse papel normalmente é cumprido pela Interpol, que possui softwares que permitem identificar qual é a fonte de onde se origina esse material. Isso ajuda a uma captura mais rápida dos criminosos.

O seminário foi organizado pela procuradora da República Adriana Scordamaglia, procuradora criminal que integra o Grupo de Combate a Crimes Cibernéticos do Ministério Público Federal, e pela Microsoft. Em comunicado, ela disse que o evento permitirá que "membros do Ministério aprendam a entender a mente desse tipo de criminoso, uma vez que este tipo de criminalidade vem crescendo assustadoramente".

OMINGO, 3 DE OUTUBRO DE 2010

O Perfil de um pedófilo
Crianças de nove a 11 anos são os alvos prediletos

Por Jacquelinne Rodrigues

A pedofilia é um distúrbio de conduta sexual e mental, em que o indivíduo sente desejo sexual por crianças ou adolescentes, ou se cansaram de relacionar com adultos por causa de seus casos frustrados passam e passam a desejar crianças como tentativa de algo "novo".

Segundo o Delegado de investigação Dr. Mariano, não há um perfil exato de pedófilo registrado no Brasil, mas a semelhança dos casos pode ajudar pais ou responsáveis a identificá-los. Geralmente são pessoas inseguras e se sentem inferiores no meio social; então a idéia de se relacionar com uma criança dá ao pedófilo um sentimento de poder, domínio da situação, e de nunca ser questionado.


A maioria dos casos registrados é de homens que abusaram de meninos, um percentual menor é os que abusaram de meninas. As mulheres pedófilas são em número menor, porém, buscam relações homossexuais. Em muitos casos, o individuo é parente ou tem livre acesso à família, causam agressões físicas e verbais, em decorrência de drogas ou alcoolismo. As vítimas costumam serem crianças de 12 anos para baixo. Quanto mais perturbado for o pedófilo mais ele vai buscar crianças entre quatro e seis anos de idade. Geralmente, têm preferência por meninas de nove a 11 anos, por já possuir aquele "jeitinho de menina".

Os pedófilos usam a internet como um meio para se "camuflar" da verdade. Enganam crianças e adolescentes se passando por mais novos e as convencem de uma realidade que não existe. Conquistam a confiança dando presentes ou falando de assuntos de interesse da vitima. Depois, quando se sentem à vontade conversam com câmeras em sites de relacionamentos com conversas obscenas, depois chegam até marcar encontros para abusar sexualmente. Segundo o delegado Mariano, "o crime só acontece se ocorrer o ato real, não o virtual".

“O pedófilo sempre tem noção de seus atos, e é isso que desperta o desejo. Por exemplo, em uma mulher estuprada o que mais excita o estuprador é a mulher não querer. Quanto mais ela pular, gritar, chorar, mais ele vai desejar a vítima. É a sensação de domínio, poder e ser mais forte, isso na mente do criminoso", diz José Roberto Paiva, psicanalista e sexologista do Programa de Orientação e Reabilitação Sexual.


O psicanalista também aconselha os pais no caso de descobrir que seu filho foi vítima de pedofilia, a sentar e conversar com a criança para que ela se sinta segura para contar a verdade, procurar saber quem foi e então partir para um procedimento legal. A pena criminal de um pedófilo pode variar de três anos ou mais, dependendo de quantos casos foram e o grau de violência do ato.
AJUDE A COMBATER
SÍMBOLOS INTERNACIONAIS DA PEDOFILIA
Divulguem e denunciem os símbolos internacionais da pedofilia.
É IMPORTANTÍSSIMO QUE CONHEÇAMOS, MESMO QUE ALGUMAS PESSOAS POSSAM PORTÁ-LOS POR DESCONHECIMENTO DA SIGNIFICÂNCIA OU POR ACHAR BONITO.
NA DÚVIDA – DENUNCIEM O USO ÀS DELEGACIAS AFETAS AOS MENORES E ADOLESCENTES OU AOS CONSELHOS TUTELARES DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE SUA CIDADE. NÃO TENHAM CONSTRANGIMENTO, O USUÁRIO, COMO QUALQUER PESSOA, TEM DIREITO DE DEFESA, SERÁ OUVIDO E PROVARÁ SUA MOTIVAÇÃO.
PEDOFILIA NÃO É DIREITO À OPÇÃO SEXUAL.
É CRIME PREVISTO EM LEI.
ATENÇÃO AOS SÍMBOLOS DE PEDOFILIA
O FBI produziu um relatório em Janeiro sobre pedofilia. Nele estão colocados uma série de símbolos usados pelos pedófilos para se identificarem. Os símbolos são sempre compostos pela união de 2 semelhantes, um dentro do outro. A forma maior identifica o adulto, a menor a criança. A diferença de tamanho entre elas demonstra a preferência por crianças maiores ou menores.
Homens são triângulos, mulheres corações. Os símbolos são encontrados em sites, moedas, jóias (anéis, pingentes…) entre outros objectos.
Os triângulos representam homens que adoram meninos (o detalhe cruel é o triângulo mais fino, que representa homens que gostam de meninos bem pequenos); o coração são homens (ou mulheres) que gostam de meninas e a borboleta são aqueles que gostam de ambos. De acordo com a revista, são informações recolhidas pelo FBI durantes as investigações. A ideia dos triângulos e corações concêntricos é a da figura maior envolvendo a figura menor, numa genialidade pervertida de um conceito gráfico. Existe um requinte de crueldade, pois esses seres fazem questão de se exibir em código para outros, fazendo desses símbolos bijuterias, moedas, troféus, adesivo e o que mais se queira. Infelizmente, é o design gráfico ao serviço do mal. SE VIR EM ALGUM LADO, DENUNCIEM!!!
Os pedófilos estão se comunicando e se identificando através de símbolos. Proteja seu filho da pedofilia. Não é nossa intenção que saiam à rua procurando em pessoas alguns dos símbolos que são considerados pela polícia como os logotipos utilizados por pedófilos, para identificar suas preferências sexuais. Esse alerta é para que estejam atentos. Queremos ainda deixar claro que se por acaso alguma pessoa for vista usando acessórios com símbolos iguais ou semelhantes, ela não é necessariamente um pedófilo, pois muitos desses desenhos já existem há muito tempo.
Identificar pedófilos
O F.B.I. elaborou um informe em que indica e registra uma série de símbolos utilizados por pedófilos para serem identificados entre si. Os símbolos são sempre compostos pela união dos similares, um dentro do outro. O de forma maior identifica ao adulto, enquanto que a menor corresponde a um menino ou uma menina. A diferença de tamanhos entre eles mostra uma preferência por crianças maiores ou menores quanto à idade. Os triângulos simbolizam aos homens que gostam de meninos, enquanto os corações representam homens (ou mulheres) que gostam de meninas. A mariposa personifica aquele que gosta de ambos.

http://www.youtube.com/watch?v=t_uqU0u6lX0
Pedofilia na Internet! Saiba como identificar!
http://www.mscontraapedofilia.ufms.br/index.php?inside=1&tp=3&comp=&show=64
No link acima saiba como identificar e denunciem !!!!!!
IDENTIFICAR UM PEDÓFILO
Como identificar um pedófilo
De acordo com a Polícia Federal, existe, sim, um perfil de pedófilo que age através da Internet, apesar dela acreditar que, em casos de pedofilia, nem sempre há regra ou padrão estabelecido. Na maioria dos casos apurados pela polícia, o perfil é de um homem entre 30 e 45 anos, solteiro, que mora sozinho, reservado, inseguro, tem dificuldade de manter relações afetivas por muito tempo e, em alguns casos, cansou de consumir pornografia adulta, migrando para a pedofilia.
(O Povo)
Denuncias, saibam como identificar um pedófilo
A policia federal esta a tentar banir estes monstros da sociedade, veja como você pode nos ajudar.
Como identificar um perfil de pedófilo no orkut.
1- Geralmente usam fotos infantis, como de desenhos famosos ou com personagens de jogos de vídeo games.
2- Geralmente não tem muitos amigos, seduzem suas vitimas através de comunidades, email e msn, para dificultar sua identificação.
Entre outras coisas, caso encontrem qualquer perfil suspeito, você podem denunciar ao google, que investigará os casos. mas em caso de em haver provas, denuncie diretamente no link abaixo para denuncias, diretas com a PF’.
Obrigado pela atenção, vamos cuidar de nossas crianças.
http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&q=policia+federal+denuncia&revid=649801877&sa=X&oi=revisions_inline&resnum=0&ct=broad-revision&cd=3
Manipulação Fotografica
Atenção pessoal, vamos difundir a foto do pedofilo que a Interpol descobriu para esse sacana ir para a cadeia!!
Ta tudo no site do jornal O Dia!!!

Como identificar um PEDÓFILO..não deixem de ver !!
https://secure.wikileaks.org/leak/FBI-pedophile-symbols.pdf
Sob a proteção da batina-Igreja Católica E.U.A
CONDENADO
A punição à pedofilia está seguindo uma tendência já consolidada nos casos de estupro: a predominância dos processos cíveis. Em vez de levar o assunto aos tribunais criminais, as vítimas de abuso estão entrando com ações pedindo reparação em dinheiro pelo dano sofrido.Há duas razões para isso.
A 1ª é q, nos processos cíveis, as vítimas precisam se expor menos do q nos criminais.
A 2ª é q a maioria das vítimas só ganha consciência dos abusos ocorridos na infância na idade adulta, qdo o crime já prescreveu.Nos últimos 50 anos, apenas 10% dos padres acusados de abusos sexuais foram condenados.
A maioria, como o Padre Paul Shanley, q em 2005 pegou 12 anos de cadeia, só pode ser julgada pq alguns estados americanos estenderam os prazos de prescrição.Ainda assim, continua sendo + fácil processar as instituições responsáveis por permitir os abusos, o q pode ser feito a qlqr momento.
Por isso, a Igreja tornou-se a campeã de processos por pedofilia,em dez./2008, uma diocese do estado de Vermont foi condenada a pagar 3,6 mi. de U$ p/ David Navari.Na déc. de 70, qdo era coroinha, Navari foi violentado 2x por um padre da diocese de Burlington, cujos superiores sabiam da propensão à pedofilia do religioso.
No início de 2008, o mesmo tribunal condenou a diocese a pagar 8,7 mi. de dólares de indenização a outro ex-coroinha.Ambos os casos, a Igreja n conseguiu fechar 1 acordo financeiro p/ q as vítimas desistissem do processo.
1 relatório sobre pedofilia divulgado pela Igreja mostra q, nos últimos 50 anos, já pagou 2,6 bi. de U$ em acordos, honor. de adv. e outros custos relacionados à negligência c/ q tratou os abusos sexuais cometidos por alguns de seus integrantes. P/pagar a $, ela está tendo de vender propriedades e sacrificar poupanças.
N há indícios de que a proporção de pedófilos na Igreja seja + do que no resto da população.Pelo nº de denúncias, a postura da instituição, de acobertar casos de abuso,bem como excessiva confiança depositada nos clérigos pelos pais das crianças,facilitou os crimes.
A pedofilia é um desvio de sexualidade que leva um indivíduo adulto a se sentir sexualmente atraído de modo compulsivo por crianças e adolescentes. É considerada uma forma de violência sexual.
É importante entender que o pedófilo é um doente e está em todas as classes sociais. Na maioria dos casos o abusador conhece a criança e a família, ou outras vezes pode estar no poder de cuidar, medicar, levar para passear, ensinar, catequizar…
Por isso, há uma necessidade efetiva de atenção. Crianças abusadas sexualmente poderão ter sequelas quando adultas, com problemas sérios de comportamento, dificuldades em estabelecer vínculos de confiança, relações estáveis, podendo se transformar em adultos abusadores, ou até se voltarem para a prostituição.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece que é proibido “apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive a rede mundial de computadores ou internet, fotografias ou imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo criança ou adolescente”.Quem insistir em incorrer no crime está sujeito a pena de reclusão de dois a seis anos e multa, mas a sanção não parece suficiente para inibir as milhares de pessoas envolvidas com pedofilia no Brasil. Nos três primeiros meses de 2008, a SaferNet, que coordena a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, recebeu mais de 35 mil denúncias de pedofilia.
Os números da SaferNet indicam que a quantidade de crimes de pedofilia vem crescendo ao longo do anos no país – de 2006 para 2007, as denúncias aumentaram em 120%. O assunto causa tanta comoção que virou tema de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado Federal, cujo ponto alto foi a convocação de executivos do Google, que administra a comunidade virtual Orkut, para depor. A internet, aliás, parece um campo frutífero para práticas ligadas à pedofilia. Segundo a Fundação para o Controle da Internet no Reino Unido (IWF) existem cerca de 2.755 sites de pedofilia em todo o mundo.
“A internet é uma ferramenta de intercâmbio fantástica, mas é importante ter regras para usá-la”, destaca o professor e pesquisador da UnB Vicente Faleiros. O assistente social defende que um melhor acompanhamento das crianças pelos pais é uma das mais eficientes formas de prevenir a ocorrência de abuso sexual. “Hoje, a sociedade trabalha a questão da criança sob a pressão da economia, do trabalho da mulher, da produtividade e dos diferentes tipos de família. Assim, a criança fica em último lugar no afeto. Dentro de casa, a melhor prevenção contra a pedofilia é o diálogo”, acredita Faleiros.
Na entrevista abaixo, concedida à UnB Agência, o professor e assistente social fala sobre a dificuldade de estabelecer um perfil para o pedófilo e sobre as conseqüências que o abuso sexual pode causar a uma criança. Faleiros ainda explica como o assunto deve ser tratado na escola e indica como os pais podem prevenir o contato dos filhos com pedófilos: “É preciso olhar os sites que a criança freqüenta, conversar com ela, ver o tipo de interesse que ela tem pela sexualidade, a concentração que ela tem nos estudos. Esses indicadores são sinais amarelos”.
UnB AGÊNCIA – O pedófilo é um criminoso ou um doente que precisa de tratamento?
VICENTE FALEIROS – O crime de pedofilia é tipificado. Na nossa legislação, fazer e distribuir fotos é crime. Só que usar as fotos ou recebê-las, não. A pedofilia em si não é crime, mas envolve o abuso sexual. Não dá para falar dela sem falar do abuso. Do ponto de vista do agressor, há três perfis. Um deles é mais ligado à eventualidade do abuso, que é cometido com algum sentimento de culpa. A pessoa comete o ato, mas acha que está errada, e existe a possibilidade de repensar o que fez. Num segundo perfil, a culpabilidade é menor e, por isso, o ato se repete mais vezes. O terceiro perfil é o de uma doença muito profunda, uma psicopatologia, um distúrbio da personalidade do agressor que envolve um narcisismo exacerbado, no sentido de que ele não sente culpa pelo que está fazendo porque o outro não existe para ele. É parecido com um serial killer, que vai cometendo aquele ato por compulsão e não tem uma norma moral que lhe dê limites.
UnB AGÊNCIA – A Faculdade de Medicina do ABC aprovou recentemente um projeto de pesquisa para a utilização de inibidores de libido em pedófilos como forma de tratamento. A “castração química” é um bom método de combate à pedofilia?
FALEIROS – Pelo menos temporariamente, esse tratamento é eficiente. Mas o importante é a mudança da consciência do sujeito e de sua trajetória psicológica. O problema pode estar nos hormônios, mas é mais fundamental na sociedade. Não adianta só tratar o sujeito se a gente não considera essa questão socialmente. Ela é muito grave. Só nos Estados Unidos, há 500 mil denúncias de abuso sexual por ano. No Brasil esse número está aumentando e chega a mais de 30 mil denúncias só no ligue 100 (número criado pelo governo federal para receber denúncias sobre abuso e exploração sexual de menores). Nesse processo, o problema é civilizatório.
UnB AGÊNCIA – Qual seria, então, a melhor forma de enfrentar a pedofilia?
FALEIROS – Precisamos garantir os direitos da criança, porque ela é um sujeito que merece respeito e cidadania. Por isso, ela também merece decidir sobre seu próprio corpo no momento adequado. É preciso respeitar a sexualidade da criança, porque, na nossa sociedade, acontece o consumismo do sexo e a erotização da criança, como a dança da garrafa e a utilização de vestidos eróticos. Isso estimula uma relação menos respeitosa. Precisamos discutir mais a sexualidade, porque o machismo predomina na sociedade. Há pessoas maduras que matam as mulheres quando elas escolhem outro homem. Todo dia tem notícia disso. Estamos vendo um desenvolvimento inadequado da relação afetiva, amorosa e sexual, porque ter um desenvolvimento normal da sexualidade é saudável. A criança brinca de jogos sexuais. Isso é normal. Mas erotizar a criança e fazer propagandas como a das fraldas Pampers, erotizando o bebê, é um erro grave, porque a criança não está preparada para a relação sexual que Freud chama de objetal.
UnB AGÊNCIA – Damos pouca atenção ao desenvolvimento sexual das crianças?
FALEIROS – Sim. Hoje, a sociedade trabalha a questão da criança sob a pressão da economia, do trabalho da mulher, da produtividade e dos diferentes tipos de família. Assim, a criança fica em último lugar no afeto – e isso não tem nada a ver com a quantidade de brinquedos que ela ganha. Dentro de casa, a melhor prevenção contra a pedofilia é o diálogo. É preciso dar limites, explicar para a criança o que é internet e o que é o assédio por esse meio.
UnB AGÊNCIA – Recentemente, uma garota de 13 anos participou de uma orgia com outros menores de idade em Brasília. De acordo com os jornais locais, o hábito tornou-se corriqueiro no Distrito Federal. Nesses casos, não há necessariamente um maior de idade envolvido. O que explica esse tipo de comportamento?
FALEIROS – O adulto tem de estabelecer limites e diálogo com esse adolescente. Só que esse diálogo não existe. A família muitas vezes está centrada na satisfação do adulto. O adulto quer sair para a festa, quer assistir à televisão, jogar seu futebol, e prioriza sua própria satisfação, sua identidade e sua individualidade em relação à educação da criança. Isso é típico de muitas relações familiares da contemporaneidade: há mais ênfase no indivíduo do que na parentalidade. Quando as pessoas decidem morar junto, em prol de um projeto comum, muitas vezes esse projeto comum é deixado de lado porque cada um quer viver na sua e a criança vira um joguete nessa situação. É necessário pensar um pouco como nós vamos nos relacionar com nossos filhos nessa sociedade.
UnB AGÊNCIA – A nadadora brasileira Joanna Maranhão anunciou publicamente ter sido vítima de abuso de um ex-treinador. A denúncia, contudo, foi feita anos depois do crime. Por que é tão difícil denunciar?
FALEIROS – É difícil porque é segredo. As duas dimensões do abuso são segredo e relação de poder. A criança não tem consciência daquilo. Ela não fala diretamente, mas indiretamente. É preciso estar atendo aos sinais. A nadadora só teve força para falar agora. Nesse caso, é preciso dar suporte à vítima.
UnB AGÊNCIA – Como atua o pedófilo?
FALEIROS – O pedófilo não atua de uma maneira explícita, tanto no abuso sexual direto quanto no indireto. Ele vai seduzindo a criança. Diz que vai lhe fazer bem, que vai dar doces e, na internet, muitas vezes ele apresenta-se como criança. O pedófilo apresenta-se com uma linguagem infantil e vai aos poucos seduzindo a criança para tirar a roupa, para se mostrar, tirar foto, fazer gestos obscenos. Com isso, com esse jogo, ele valoriza a imaginação da criança. Já dentro de casa, além da sedução – por doces, passeios, afeto – tem a ameaça: “Se você contar, eu te mato, vou deixar de gostar de você, nossa família vai ficar mal vista”, etc. É o que eu chamo de relação de poder, que inclui ameaça, sedução e cumplicidade ao mesmo tempo. O abusador sexual também busca a cumplicidade de quem pode desconfiar. Todas as pesquisas mostram que há um ritual, mesmo na internet. Geralmente, a aproximação ocorre à noite, quando a casa está vazia. No abuso sexual direto, os mais próximos são os que mais praticam. Uma parte é praticada por pais, padrastos, irmãos mais velhos e vizinhos da criança. É uma relação em que está muito presente a proximidade do abusador. Na internet, como é um desconhecido, os pedófilos podem não ter acesso direto à criança, mas ele tem uma intermediação comercial muitas vezes. Há associações de adictos da pedofilia, são milhões de fotos disponíveis. Esses acessos são feitos por pessoas que não têm relação de troca mais constante, mais aberta, mais espontânea, que não têm um exercício mais saudável da sexualidade.
UnB AGÊNCIA – Aparentemente a internet facilitou a atuação do pedófilo. Como os pais podem proteger seus filhos das ameaças que rondam a rede?
FALEIROS – A internet é uma ferramenta de intercâmbio fantástica, mas é importante ter regras para usá-la. Ela é como qualquer outra máquina. Não se pode dirigir um carro sem regras, por exemplo. Não se pode ter acesso ao computador sem regras, e é isso que tem de ser discutido dentro de casa. Quando chega uma máquina nova, é preciso estabelecer regras. Uma das melhores formas de combater a violência é ter regras claras de relação, porque você sabe a que se ater. A família e o Estado têm de estabelecer regras. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) já tem uma regra para quem produz o material. O artigo 241 tipifica esse crime, mas o estatuto ainda é omisso em relação a quem usa. Por isso, a regra da família é que vai decidir como se faz uso da máquina. Nós temos de proteger a criança. Ele está em fase de desenvolvimento e é um sujeito de direitos.
UnB AGÊNCIA – É possível identificar se a criança está em risco de sofrer abusos?
FALEIROS – Sim. Um indício é a criança ficar mais tempo na internet em horários inadequados. É preciso olhar os sites que ela freqüenta, conversar com a criança, ver o tipo de interesse que ela tem pela sexualidade, a concentração que ela tem nos estudos. Esses indicadores são sinais amarelos. Quando se acende o sinal vermelho, é preciso buscar um socorro mais eficiente na terapia familiar, porque a criança não é a culpada disso. É uma organização da família. Várias pesquisas já mostraram que quanto mais a família tem problemas de relacionamento, mais condições a criança tem de sofrer esse tipo de abuso. Uma má relação familiar interfere muito nessa questão, porque não tem regra. A criança vira um objeto de negligência na família.
UnB AGÊNCIA – Seria bom tratar desse assunto em meios de comunicação de massa?
FALEIROS – Sim. A Regina Casé já fez um programa com adolescentes, e eu acho que a questão não foi colocada de maneira ruim. Mas esses programas têm de ser dirigidos aos adultos, no sentido de dizer a eles como é o desenvolvimento da sexualidade das crianças. Já nos programas infantis, é preciso mostrar a questão com naturalidade. Toda criança olha para seu próprio sexo e para o sexo do outro. É uma curiosidade natural. Mas a televisão precisa mostrar o diálogo, e não apenas a briga dentro de casa. Muitas vezes as novelas só mostram briga. É preciso mostrar uma possibilidade de convivência em que haja o afeto, o carinho e o respeito. Essa é a melhor educação.
UnB AGÊNCIA – Como as escolas devem trabalhar o tema?
FALEIROS – Nas escolas, é fundamental uma discussão detalhada em cada fase. Em cada série, a criança tem de participar de uma discussão, e não só receber informação. A gente confunde educação sexual com aquelas análises biológicas do corpo humano. Mas isso é só informação, não dá à criança a possibilidade de expressar suas dúvidas, sentimentos, desejos. A sexualidade é muito ligada ao desejo. É preciso assumir que nós somos pessoas desejantes e desejadas. Só que o desejo tem limites. Não significa que ele deve ser podado, mas o adulto deve realizar seu desejo numa relação de adulto, e não com uma criança.
UnB AGÊNCIA – O senhor acredita que falta rigor nas punições a quem comete crimes de pedofilia?
FALEIROS – É complicado. As pessoas mais patológicas negam que aquilo tenha sido culpa delas. Elas culpam a criança. A criança é que é a sedutora, que se aproximou, que se deitou com ele, que tirou a roupa. Provar tudo isso é muito complicado. É por isso que se está implementando o depoimento sem dano na Justiça. Isso permite à criança falar sobre o que aconteceu com ela fora de um ambiente solene e autoritário. O depoimento acontece numa sala de conversa, onde se torna possível produzir provas por meio da palavra. Grande parte do abuso sexual ocorre por contatos que não deixam marca ou por voyeurismo, que também não deixa marca.
UnB AGÊNCIA – Não são comuns casos de mulheres pedófilas. É possível estabelecer um perfil para as pessoas que cometem abuso sexual de menores?
FALEIROS – Não. O perfil do pedófilo é completamente indefinido. A maioria das vítimas é mulher, mas também há meninos que são vítimas, assim como há mulheres pedófilas. A única constatação a que se chegou é que há um hiato de idade muito elevado entre pedófilo e criança e de que a maioria é homem. Mas o abusador pode ser uma pessoa bem vestida, moralista, que vai à Igreja. É um perfil muito enganador. Não se vê no olho quem é pedófilo. Há pessoas que usam de seus cargos, como religiosos, para praticar isso sob o manto de uma aparência correta. Agora, se nós nos aprofundarmos, vamos perceber distúrbios, patologias, uma sexualidade inadequada, uma infantilização da sexualidade e uma relação difícil na família.
UnB AGÊNCIA – Quais são as conseqüências para uma criança abusada sexualmente?
FALEIROS – O mais comum é ter alguma dificuldade no relacionamento sexual quando adulto, tanto na interação quanto no prazer. Em geral, é uma situação de sofrimento que pode chegar a transformar-se num trauma. É o que os psicólogos chamam de estresse pós-traumático. A pessoa vive uma situação de medo, de estresse, e pode ter, além do dano físico, descontrole dos esfíncteres, machucados, descuido consigo mesmo no vestuário, desconcentração, e um interesse exagerado pela sexualidade para a sua idade. Ela passa a olhar o mundo e a aproximar-se de pessoas de uma maneira não espontânea. O trauma acontece porque quem devia proteger é quem está abusando. Há uma inversão de papel. O protetor torna-se agressor, e isso desestabiliza a criança. Quem devia estar cuidando dela é quem está fazendo um ato inadequado para sua idade.
Fonte: Com informações de diganaoaerotizacaoinfantil.wordpress.com / Dourados Informa
De acordo com o presidente da SaferNet Brasil, Thiago Tavares, as crianças precisam ser direcionadas pelos pais para utilização da web. “Toda criança precisa de orientação, principalmente no sentido de nunca publicar informações pessoais em sites que possam levar à identificação do local onde vive e da rotina da família”, explica.
Segundo Tavares, as principais ferramentas utilizadas pelos pedófilos são os sites de relacionamento, salas de bate-papo e programas de mensagens instantâneas. “Para evitar problemas, os computadores devem sempre ser instalados nas áreas comuns da casa, onde os pais possam acompanhar a navegação do filho o tempo todo”, enfatiza.
Para ajudar os pais nessa orientação, a entidade disponibiliza gratuitamente no site www.safernet.org.br a cartilha ‘Diálogo Virtual’, onde estão destacadas diversas dicas de segurança. No site, a entidade também realiza uma pesquisa para conhecer os hábitos dos internautas brasileiros em relação à segurança na internet.
“A pedofilia é um tema que passou a ter destaque no País, até por conta da CPI do Senado, que já quebrou o sigilo de 21.591 álbuns privados do Orkut [site de relacionamento do Google]. Mas é importante que o tema continue sendo tratado com prioridade”, defende Tavares. (Fonte SaferNet)
ONDE DENUNCIAR
- Conselhos tutelares;
- Vara da infância e da juventude;
- Delegacias de proteção à criança e ao adolescente
- Sistema Nacional de Combate à Exploração Sexual Infanto-Juvenil
- Centro de Defesa da Criança e Adolescente
- http://www.catavento-cdca.org/index.html
- Campanha Nacional de Combate à Pedofilia na Internet
- http://www.censura.com.br
- Agência de Notícias dos Direitos da Infância
- http://www.andi.org.br
Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos (www.denunciar.org.br)
O telefone do Disque-Denúncia na cidade de São Paulo e região metropolitana é o 181. Para o resto do Estado, basta discar 0800-156315.
Veja também: Fotos na internet: é possível punir sim! | Conheça as armas contra o assédio sexual | Má ligação no cérebro pode causar pedofilia | Como denunciar casos de violência sexual
Denuncie
Quem suspeita de que uma criança esteja sofrendo agressão de qualquer forma deve encaminhar a denúncia para o Conselho Tutelar ou para o Ministério Público de sua cidade o mais rápido possível. Se ficar provado que a criança é vítima de maus tratos, o agressor será punido, e a guarda da criança passará a ser do parente mais próximo.
No caso de maus tratos, a pena varia de dois meses a um ano. Se a agressão resultar em lesão corporal de natureza grave, a pessoa pode pegar de 1 a 4 anos. Já no caso de morte, o agressor pode ser condenado de 4 a 12 anos.
DENUNCIANDO AO CONSELHO TUTELAR
Clique AQUI e consulte o endereço do Conselho Tutelar de sua cidade.
O Conselho Tutelar é o órgão responsável em fiscalizar se os direitos previstos no Conselho Tutelar trabalham cinco Conselheiros, escolhidos pela comunidade para um mandato de 3 anos, que são os principais responsáveis para fazer valer esses direitos e dar os encaminhamentos necessários para a solução dos problemas referentes à infância e adolescência.
Podem ser encaminhados para o Conselho Tutelar casos de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão que tenham como vítimas crianças ou adolescentes.
Ao receber denúncia de que alguma criança ou adolescentes está tendo seu direto violado, o Conselho Tutelar passa a acompanhar o caso para definir a melhor forma de resolver o problema.
Por exemplo, se os pais de uma criança ou adolescente não encontram vagas para seus filhos na escola, ou ainda, se a criança ou adolescente estiver precisando de algum tratamento de saúde e não for atendido, o Conselho Tutelar pode ser procurado. Nesses casos, o Conselho tem o poder de requisitar que os serviços públicos atendam a essas necessidades. Requisitar, aqui, não é mera solicitação, mas é a determinação para que o serviço público execute o atendimento.
Casos as requisições não sejam cumpridas, o Conselho Tutelar encaminhará o caso ao Ministério Público para que sejam tomadas as providências jurídicas.
AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DO CONSELHO TUTELAR SÃO:
receber a comunicação dos casos de suspeita ou confirmação de maus tratos e determinar as medidas de proteção necessárias;
determinar matricula e freqüência obrigatória em estabelecimento oficial de ensino fundamental, garantido assim que crianças e adolescentes tenham acesso à escola;
requisitar certidões de nascimento e óbito de crianças ou adolescentes, quando necessário;
atender e aconselhar pais ou responsáveis, aplicando medidas de encaminhamento a: programas de promoção à família, tratamento psicológico ou psiquiátrico, tratamento de dependência química;
orientar pais ou responsáveis para que cumpram a obrigação de matricularem seus filhos no ensino fundamental, acompanhando sua freqüência e aproveitamento escolar;
requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança;
encaminhar ao Ministério Público as infrações contra os direitos de crianças e adolescentes.
FONTE: CAMPANHA QUEBRANDO O SILÊNCIO E SITE NEV CIDADÃO
PEDOFILIA E ABUSO SEXUAL CONTRA CRIANÇAS

Texto confeccionado por Pedro Delgado de Paula, Advogado Trabalhista em Belo Horizonte mestrando em Direito do Trabalho pela PUC/MG.

1.INTRODUÇÃO

A pedofilia e o conseqüente abuso sexual contra menores talvez seja o maior ato de covardia de que um ser humano seja capaz.

Tal crime, atualmente muito exposto na mídia, em decorrência do caso Michael Jackson e um pouco menos recente, a divulgação de fitas de vídeo onde o famoso e bem conceituado médico ucraniano naturalizado brasileiro, Eugênio Chipkevitch, abusava sexualmente de crianças, seus pacientes, constitui-se num trauma que estas crianças carregarão para sempre em suas vidas.

Essa síntese pessoal tem por objetivo prestar maiores esclarecimentos sobre o assunto pedofilia e abuso sexual na infância, temas muito em voga no contexto atual e sempre.

2.O QUE É PEDOFILIA?

Segundo os especialistas, pedofilia é um distúrbio de conduta sexual, onde o indivíduo adulto sente desejo compulsivo, de caráter homossexual ou heterossexual, por crianças ou pré-adolescentes.

Esse distúrbio ocorre em função do sentimento de impotência e incapacidade de obter satisfação sexual com pessoas adultas e a maioria dos casos ocorrem com homens de personalidade tímida.

Na opinião dos pedófilos, pedofilia é uma orientação sexual, como heterossexualidade, homossexualidade ou bissexualidade. Clinicamente falando, um pedófilo é uma pessoa adulta que deseja sexo com crianças.

Defendem ainda que a palavra pedófilo significa “amante de crianças”, ou seja, amam as crianças. Argumentam que os verdadeiros pedófilos não se interessam exclusivamente por crianças para sexo... eles estão contentes na companhia de crianças. Amam e se preocupam com elas além de as desejar para a atividade sexual.

Por fim, sustentam que os pedófilos não são extremamente comuns, embora eles existam desde muitos séculos atrás, podendo um pedófilo ser, literalmente, quase qualquer um que você conheça. Justificam-se alegando que é por causa do estigma social ligado ao sexo entre adultos e crianças, que a maior parte dos pedófilos escondem o que eles são do mundo, pois enfrentam prisão por causa de suas visões.

3.PERFIL DO PEDÓFILO

Pedófilos podem ser heterossexuais, homossexuais e bissexuais. Podem ser homem ou mulher, mas muitos dos casos relatados são de homens casados, insatisfeitos sexualmente.

Geralmente são portadores de distúrbios emocionais que dificultam um relacionamento sexual saudável com suas esposas.

Ante esta dificuldade de um relacionamento sexual saudável e do sentimento de inferioridade e impotência perante o parceiro adulto, o pedófilo procura a segurança na ação sexual e no controle da situação diante da criança.

Trata-se de uma manifestação libidinosa muito ligada à impotência concreta, o olhar desejoso em relação à infância revela uma fantasia de domínio absoluto e transgressão. É como se a inocência da menina pudesse excitar a fragilidade do homem inseguro quanto à sua própria identidade sexual.

Na verdade, trata-se de doença e lesão no desenvolvimento da sexualidade e da personalidade, que pode se associar a comportamento doloso de natureza criminal (abuso sexual de menores), devendo esta realidade ser verificada com cautela para que o criminoso não se acoberte, debaixo das atenuantes de problemática emocional.

4.QUANDO A PEDOFILIA SE TRANSFORMA EM ABUSO SEXUAL DE CRIANÇAS

A partir do momento em que o desejo de se relacionar com crianças deixa de ser apenas um desejo, atravessando a barreira da imaginação para o contato real com a criança, a pedofilia deixa de ser apenas pedofilia para se tornar abuso sexual.

Abuso sexual constitui-se em todo e qualquer comportamento sexual inadequado com uma criança. Inclui carícias nos órgãos genitais da criança, do mesmo modo que a criança acariciando os órgãos genitais do adulto, relações sexuais, incesto, estupro, sodomia, exibicionismo e exploração sexual.

Estas atitudes, aliadas à ingenuidade e incapacidade de se defender das crianças, somados ainda ao medo, vergonha e humilhação que as mesmas sentem, ao terem consciência da violência que sofreram, constitui-se na maior covardia que o ser humano (termo inadequado para caracterizar quem pratica esta violência) pode cometer, sendo certo que estes monstros somente conhecem a verdadeira punição ao seu crime, não quando são presos e condenados pela Justiça, mas sim quando encontram-se com os criminosos comuns nos presídios, que se sensibilizam com este crime, e aplicam-lhes o verdadeiro corretivo.

5.SINAIS DE ABUSO SEXUAL

Geralmente a criança que sofre abuso sexual se sente demasiadamente humilhada, envergonhada e muitas vezes tem medo de contar para alguém a violência por que passou ou vem passando, assim, para se saber se uma criança foi vítima ou ainda vem sofrendo o abuso, é importante observar um ou mais dos seguintes comportamentos indicativos:

a)Brincadeira sexual persistente com outras crianças, elas próprias, brinquedos ou animais.

b)Dor inexplicada, inchaço, sangramento ou irritação na boca, área genital ou anal; infecções urinárias; doenças sexualmente transmissíveis.

c)Conhecimento sexual exibido por linguajar ou comportamento que estão além do que é normal para a idade delas.

d)Medo ou aversão de certas pessoas ou lugares.

e)Atividade sexual ou gravidez precoce.

f)Drogas ou problemas com álcool.

6.PREVENÇÃO DE ABUSO SEXUAL

Quatro pontos principais precisam ser ensinados a crianças:

a)Acredite nos seus sentimentos. Diga não!

b)Fuja!

c)Conte e continue contando até que alguém escute e acredite em você.

d)Nunca é sua culpa se alguém a/o tocar inapropriadamente.

É mais provável que a pessoa que abusa sexualmente da criança seja alguém que a criança conheça e confie, ao invés de um total desconhecido. Sendo assim, é importante que os pais e pessoas em que a criança confiem estejam sempre prontas a ouvir a criança, assim como acreditem, ou pelos menos investiguem quando o menor lhes procurarem.

Sabe-se que a maior parte dos abusos sexuais contra as crianças é praticado pelos próprios pais. Desta forma, é importante ensinar à criança a comunicar caso qualquer pessoa a toque de maneira desagradável ou que considere fora do comum.

7.A CRIANÇA E O ABUSO SEXUAL

A monstruosidade do abuso sexual de crianças, além de ser reprovável por si só, traz para o menor sérias conseqüências, conseqüências que carregará para o resto de sua vida.

Inicialmente é importante observar que o abuso sexual geralmente ocorre por parte dos pais da criança ou por alguma pessoa de sua confiança.

Sendo o abuso praticado por um dos pais, a criança, cuja base é sua família, principalmente representada pelos pais, se vê numa situação completamente desesperadora, pois não conta para o outro pai a violência sofrida, com medo de extinguir a sua família.

Por outro lado, se conta para o outro parente a violência sofrida, muitas vezes é tida como mentirosa, sofrendo repressão decorrente da fraqueza e medo do outro cônjuge de ver dissolvido o ‘casamento maravilhoso’, ficando assim covardemente entregue a uma vida marcada pela impunidade e covardia.

Quando o abuso é praticado pelos dois pais, pilares máximos de sua vida, resta ao menor apenas crescer e rezar para morrer, pois será descrente de qualquer valor que possa lhe ser transmitido.

Caso o abuso seja praticado por uma pessoa de sua confiança, isto lhe tirará qualquer possibilidade de vir a confiar em outra pessoa, sendo certo que o medo de contar para os pais esta humilhação, talvez lhe faça amargar para sempre esta lembrança.

Ressalte-se ainda que o abuso sexual da criança sempre lhe trará medo e vergonha, o que muitas vezes fará com que ela se cale ao invés de procurar por ajuda, para não ter que passar novamente pela humilhação de expor aos pais ou amigos, ou mesmo à autoridade policial, a violência que sofreu.

Por fim, chame-se a atenção para o fato de que em 100% dos casos de crianças molestadas sexualmente, as mesmas sofrerão de dificuldades sexuais ou emocionais na vida adulta.

8.CONCLUSÃO

Finalmente, como conclusão deste trabalho sobre pedofilia e abuso sexual da criança, vale transcrever as palavras de Freitag R, Lazoritz S, Kini N, no livro “Psychosocial aspects of child abuse for primary care pediatricians”, Pediatr Clin North Am 1998, Apr; 45 (2): 391-402:

“A infância é a imagem que se usa para chamar a atenção e elevar no espírito o sentimento de zelar pela inocência. A sociedade freqüentemente conclama para a proteção de nossas crianças e o fortalecimento da saúde familiar. Ao mesmo tempo, milhares de crianças experimentam a violência de maneira regular e suas vidas são irremediavelmente alteradas. Para essas crianças, os locais de violência não são a guerra da periferia das cidades ou o crime que domina as ruas, mas dentro das suas próprias casas.”

9.BIBLIOGRAFIA

Artigo “Abuso Sexual na Infância”, de M. L. S. Kuhn, J. E. S. Reis, A. Trindade Filho, extraído do site http://www.geocities.com/projetopiracema

Informações obtidas no curso de Psicologia Jurídica do CEAP, BH/MG.

Informações obtidas no site http://orbita.starmedia.com/~dossiepedofilia
http://www.uj.com.br/publicacoes/doutrinas/3377/PEDOFILIA_E_ABUSO_SEXUAL_CONTRA_CRIANCAS

PF traça perfil de pedófilo na internet

Foto: wordpress
A Polícia Federal possui um perfil do pedófilo que age na internet, apesar de reiterar que, em casos de pedofilia, nem sempre há regra ou padrão bem definido, na maioria dos casos apurados pela polícia, o perfil é de um homem entre 30 e 45 anos, solteiro, que mora sozinho, é reservado, inseguro, tem dificuldade de manter relações afetivas por muito tempo e, em alguns casos, cansou de consumir pornografia adulta, migrando para a pedofilia.

O perfil das crianças que aparecem nas fotos e nos vídeos utilizados por pedófilos no país também sofreu alteração, segundo o delegado Felipe Seixas, da divisão de direitos humanos da Polícia Federal.

"A maioria das imagens difundidas no Brasil ainda é de crianças estrangeiras, o que a gente sabe pelo cenário e pelas características físicas das crianças. Mas acreditamos que o número de crianças brasileiras expostas aumentou, por causa da popularização de câmeras e da internet", disse.

Código próprio

"Boylovers" e "7yo" são exemplos de códigos pouco conhecidos pela população em geral, mas que foram desenvolvidos para possibilitar que pedófilos se conheçam na internet e troquem material de pornografia infantil. Os códigos também dificultam que eles deixem rastros visíveis.

Essas identificações se disseminaram no Brasil pelo Orkut serviço de relacionamentos mantido pela Google--, por chats e por alguns sites de pornografia adulta, que mantêm imagens pedófilas camufladas em seus arquivos.

Uma das siglas usadas pelos criminosos identifica, por exemplo, fotos e vídeos com cenas fortes de crianças ou adolescentes mantendo relações sexuais com adultos.

Há siglas com explicação ainda mais exata do material disponível: "7yo", "8yo" e assim por diante, que identificam sexo, nome e idade da criança --7yo significa, por exemplo, "7 years old" (sete anos).

Outras palavras servem de referência para preferências nas trocas de material e do conteúdo que têm armazenado em redes sociais. "Boylovers" significa que o pedófilo prefere meninos; "girlovers", só meninas. Quando há referência a "childlovers" o gosto é por ambos e, no caso de "babyshowers", por recém-nascidos.

Há ainda mais detalhamento nos sites ou arquivos com pornografia infantil, em que os usuários se deparam com subcategorias. Elas são praticamente as mesmas encontradas em páginas com pornografia adulta. Arquivos de uma determinada categoria são consideradas relíquias: fotos de crianças tiradas na década de 60.

Investigação

Além da verificação de denúncias recebidas da sociedade e da Interpol, a PF faz investigação espontânea de sites na internet. Um contato possível da polícia com suspeitos da prática de pedofilia é a troca de mensagens com o objetivo de entender o funcionamento dos esquemas de envio de imagens.

A PF não pode, porém, utilizar as mensagens ou a troca de imagens entre um agente e o suspeito como prova contra o segundo, diz o delegado Felipe Seixas, da divisão de direitos humanos. O delegado diz que a PF está investigando uma quadrilha suspeita de vender, via e-mail, imagens de pedofilia. Fotos e vídeos novos, de acordo com ele, são valiosos. Na Europa, chegam a custar 3.000.
Autor: Folha online/Johanna Nublat/Simone Iglesias
29/11/2009 - Cidades - Pedófilos preferem as crianças menos ativas


Cejane Pupulin


Crianças com baixa autoestima, com sentimento de abandono são as mais vulneráveis a serem vítimas de pedofilia. Em pesquisa realizada pelo Programa Repropondo: Atendimento Psicoterapêutico a Autores de Violência Sexual, desenvolvido pelo projeto Invertendo a Rota, coordenado pela psicóloga Karen Michel Esber, mostrou que um autor da agressão sexual afirmou que prefere crianças mais quietas e oprimidas, que não denunciam, diferentemente das crianças mais ativas.

O antropólogo, pesquisador e secretário executivo da Secretaria Estadual dos Direitos Humanos (Sedh), Benedito Rodrigues dos Santos, explica que essa vulnerabilidade da criança faz com que elas não se defendem e se sintam diferente das outras. A falta de supervisão em casa torna o menor em uma presa. “Qualquer que seja a vulnerabilidade, o adulto é que deve impor o limite, ele não pode ultrapassar a barreira ética e moral”, explica.

De acordo com a titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Adriana Accorsi, há um perfil geral da vítima, que são crianças humildes, de áreas periféricas e de famílias destruídas. “Sabemos que há pedofilia em todos os lugares, mas em setores de classe média ou alta são dificilmente revelados, há o medo de vexame”, explica a delegada. Ela complementa que esse é o grande motivo das subnotificações dos casos de agressão sexual contra menores, apenas cerca de 20% são notificados.

Adriana afirma que mais da metade das vítimas de abuso sexual são meninas, sendo a maior são da faixa etária de 5 a 12 anos. Números da delegacia mostram que, de janeiro a julho deste ano, 37 menores foram vítimas de estupro em Goiânia. No mesmo período do ano passado, foram 33. Durante todo o ano de 2008, 56 crianças e adolescentes foram agredidas sexualmente.


Motivos não são apenas sexuais

A psicóloga Karen Michel Esber atendeu reeducandos do Complexo da Agência Goiana do Sistema Prisional e adolescentes em privação de liberdade do Centro de Internação de Adolescentes (CIA), e explica que existe apenas um perfil das pessoas presas por pedofilia. “Elas não têm condições financeiras para conseguir a liberdade.”

“Não existe perfil do pedófilo”, afirma a psicóloga Karen Michel Esber. O agressor pode ser de qualquer classe social, cor, raça e estado civil. Grande parte dos que cometem o crime não é pedófilo, isso é, não tem diagnóstico clínico desse transtorno psicológico. Segundo Karen, não é toda pessoa que apresenta pedofilia no quadro clínico comete o abuso sexual, e nem todos os agressores sexuais são pedófilos. “A grande parte dos agressores não são pedófilos”, explica.

A psicóloga afirma que um pedófilo pode ter vários motivos para cometer o delito. Para Karen, os motivos não são apenas sexuais – onde há jogos de sedução, mas há a vingança – em que o autor desconta a infância infeliz, oportunismo e também as relações de poder. “Os autores não são uma categoria específica”, explica.

Karen Michel Esber afirmou que nem sempre o agressor faz parte da família, mas são conhecidos. Inicialmente eles seduzem a família e, posteriormente, a criança.

“Como são amigos, os pedófilos têm liberdade de levar a criança para o parque ou cinema e nesses passeios, onde começa os contatos físicos, como mão na perna da criança”.

Nesses casos, a terapeuta informa que esse tipo de agressor não usam de violência e não deixa marcas físicas, que são facilmente comprovadas no exame de corpo e delito “Eles praticam o sexo oral ou masturbam a criança”.

A delegada Adriana informa que 99% dos agressores possuem relação de poder com a criança, seja econômica, religiosa ou sentimental. São padrastos, pais, avós, representantes religiosos. “Há aumento de casos de abuso sexual de pessoas ligadas à crença. Os pastores, padres, professores de música das igrejas têm a confiança da família da criança. Eles ganham acesso livre à residência e à vítima”.

Os pedófilos são na grande maioria homens. Para Karen, a mulher também pode ser a agressora, mas a figura feminina é vista como cuidadora, a avó, babá, a mãe. “O abuso feminino é muito difícil de detectar, já que ela é a responsável pela higiene física da criança. O menor não sabe diferenciar se a mãe está limpando ou abusando”. A delegada da DPCA afirma que as mulheres geralmente são presas por omissão de socorro a vítima.


Pais devem ensinar filhos a se defender

A psicóloga explica que os pais podem prevenir com a educação que o menor seja vítima de abuso. “Ensinamos para as nossas crianças ter cuidado com estranhos, drogados, mas não com os pais, tios ou pessoas próximas. Devemos ser menos moralistas e oferecer educação sexual”.

O antropólogo Benedito afirma que a própria criança necessita ser ensinada a se defender. “Devemos dar autonomia para os menores. Essa capacitação também é função da escola, com ações preventivas para a criança conhecer os sinais de abuso sexual”. Para o pesquisador, muitas famílias não conseguem dialogar com os filhos.

“O índice de agressores que sofreram abuso quando criança é maior, mas não é determinante”, afirma a terapeuta. Ela complementa que não basta apenas tratar a vítima, mas o agressor. “Reconhecer a história de vida dos pedófilos não significa justificar. Curar o agressor para que quando ele sair da prisão não volte a cometer o delito”.


Vítima

No dia 24, um menino de 8 anos foi estuprado em um banheiro do Educandário Rainha da Paz, na Vila União. O crime foi descoberto pela mãe do garoto quando o filho teria reclamado de dores na região anal alegando uma possível assadura. Ao analisar, a mãe percebeu a existência de sêmen no corpo do filho, e informou o pai, que procurou a polícia.

O garoto disse que denunciou o abuso à professora, que não avisou a polícia. De acordo com relatos do estudante, um andarilho que teria pedido para usar o banheiro pouco antes da queixa do menino poderia ser o autor.

O menino fez exame de corpo de delito, que confirmou o abuso. A direção da escola nega a denúncia do aluno à professora, mas a Polícia Civil informou que acredita na história do garoto porque ele manteve coerência desde o início da denúncia.

Fonte: Hoje - 29/11/2009
PEDOFILIA E PEDÓFILOS

Nome muito usado e conhecido nos dias de hoje. Quem pratica a pedofilia é alcunhado de pedófilo. Inúmeras indagações foram feitas acerca dos pedófilos. Seria um distúrbio da personalidade, um distúrbio mental ou uma cultura da exacerbação do sexo patrocinada de mídia e os meios de comunicações? Alguns estudiosos e curiosos a definem da maneira seguinte: “A pedofilia, atualmente, é definida simultaneamente como doença, distúrbio psicológico e desvio sexual (ou parafilia) pela Organização Mundial de Saúde. Nos manuais de classificação dos transtornos mentais e de comportamento encontramos essa categoria diagnóstica.

Caracteriza-se pelo ato e pelo fato da atração sexual de pessoas adultas ou adolescentes por crianças. O simples desejo sexual, independente da realização do ato sexual, já caracteriza a pedofilia. Não é preciso, portanto que ocorram relações sexuais para haver pedofilia. O fato de ser considerada um transtorno, não reduz a necessidade de campanhas de esclarecimento visando à proteção de nossas crianças e adolescentes e nem tira a responsabilidade do pedófilo pela transgressão das barreiras geracionais”. Perversão caracterizada pela atração sexual de adulto por criança, com prática de atos sexuais de adulto com criança que reflete uma atração erótica por crianças.

A palavra deriva do grego ped (o)- + -filia caracterizando-se por uma forte parafilia representada por desejo forte e repetida de práticas sexuais e de fantasias sexuais com crianças pré-púberes. A parafilia é caracterizada por cada um de um grupo de distúrbios psicossexuais em que o indivíduo sente necessidade imediata, repetida e imperiosa de ter atividades sexuais, em que se incluem, por vezes, fantasias com objeto não humano, auto-sofrimento ou auto-humilhação, ou sofrimento ou humilhação, consentidos ou não, de parceiro. Deste grupo fazem parte o exibicionismo, o fetichismo, a frottage, a pedofilia, o masoquismo sexual, o sadismo sexual e o voyeurismo.

A frottage é um tipo de parafilia em que um indivíduo se satisfaz sexualmente esfregando-se contra outra pessoa, como, por exemplo, em aglomerações, e não há ocorrência de contato genital especifico. Para determinadas culturas esse modelo de esfregação chama-se “ato de pinar”. A pornografia infantil pode apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive rede mundial de computadores ou internet, fotografias, imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo crianças e pré-adolescentes. O atentado violento ao pudor é os dos casos de pedofilias mais conhecidos e praticados. O que seria atentado violento ao pudor? Embrenhando-se pelos caminhos tortuosos da internet, rede mundial de computadores, encontramos um site simples, mas muito proveitoso o http://www.mscontraapedofilia.ufms.br/. Ato violento ao pudor nada mais é do que a prática de atos libidinosos cometidos mediante violência ou grave ameaça. São considerados atos libidinosos aqueles que impliquem em contato da boca com o pênis, com a vagina, com os seios, com o ânus, ou a manipulação erótica destes órgãos com a mão ou dedo.

Também atos que impliquem na introdução do pênis no ânus, no contato do pênis com o seio ou na masturbação mútua. Só é considerada pedofilia os casos envolvendo praticados contra menores de 14 anos. O perfil do pedófilo já é bastante conhecido e um cuidado maior com suas crianças se faz necessário, os pais jamais podem ser omissos. Rastreamentos feitos pela polícia mostram que jovens de classe média com idade entre 17 e 24 anos são considerados os principais produtores de imagens de crianças violentadas. Suas vítimas, na grande maioria dos casos, são menores de sua própria família. Os compradores dessa produção têm um perfil diferente. Normalmente são solteiros, tem pouco mais de 40 anos e costumam ser profissionais liberais. A pedofilia na internet é alimentada de formas variadas. De um lado estão as pessoas que produzem, vendem ou disponibilizam gratuitamente as imagens de sexo envolvendo criança, e do outro estão àqueles internautas que consomem esse material.

Um aspecto assustador hoje são as associações ativistas “pró-pedofilia” que argumentam que a pedofilia não é uma doença, mas uma orientação sexual e que a sociedade deve reconhecer e legitimar isso. Esses ativistas defendem intransigentemente os intercursos sexuais entre adultos e crianças. Já existe a disposição dos pais uma cartilha bem elaborada e bem feita, que ensina aos pais ou responsáveis como se prevenir dos pedófilos. Vejam as artimanhas usadas pelos pedófilos brasileiros que além de abusarem crianças, estão numa posição não muito boa para o governo. De acordo com a Associação Italiana para a Defesa da Infância, o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial de sites dedicados à pornografia infantil (a entidade trabalha com informações do FBI, a Polícia Federal americana). Matéria publicada na revista “Isto É”, em março de 2006, mostra que no ano 2000 o mercado mafioso da pedofilia movimentou cinco bilhões de dólares em todo o mundo.

Em 2005 a estimativa é que esse mercado tenha movimentado 10 bilhões de dólares, ou seja, dobrou em apenas cinco anos. Nesses 10 bilhões está embutida a venda de fotografias e vídeos que mostram crianças sendo abusadas e fazendo sexo com adultos e até com animais. Pasmem: “Uma foto de criança sendo violentada chega a valer 100 dólares. Um vídeo de 5 minutos vale até 1000 dólares. Quanto menor a idade, maior o valor da foto ou vídeo”. A denúncia é de muita valia e você pode denunciar nos seguintes órgãos: Proteger as crianças é dever de todos nós. Quem denuncia salva! No Brasil o órgão responsável por fiscalizar e investigar a prática de pedofilia na internet é a Polícia Federal. Porém, as denúncias também podem ser encaminhadas a outras entidades, que rapidamente as repassam ao órgão competente. Outros órgãos estão na lista: no âmbito estadual CDDH e Ministério Público Estadual, a nível nacional Polícia Federal, Safernet Brasil, Ministério Público Federal/Site Censura e na área internacional a Interpol e a FBI e denúncias de Lan Houses - Polícia Militar: 181 (disque denúncia).

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-A AOUVIR E ALOMERCE
Autor: Antonio Paiva Rodrigues
Pedofilia no Brasil



A pedofilia é um desvio de personalidade de um individuo colocando em evidência suas preferências sexuais, mas fazendo parte de um grupo chamado de parafilia. O pedófilo pode ser adolescente e pessoas com idade superior de 16 anos, e suas preferências são crianças menores de 13 anos.

O perfil do pedófilo sempre está relacionado há pessoas ligadas as próprias crianças (parentes ou não). E cada vez mais aumento o índice de pedófilos principalmente no Brasil onde existe uma rigorosa investigação sobre o fato. De acordo com pesquisas a pedofilia aumentou através de sites de relacionamentos que são acessíveis na internet sem qualquer meio de proibição, onde essas pessoas aproveitam para trocar com outras pessoas vídeos de sexo com as crianças vitimas do abuso dessas pessoas e também pessoas estrangeiras que estão em contatos com aliciadores de menores aqui no Brasil e que saem de seus países para vir até aqui para abusar das nossas crianças.

Rastreamentos feitos pela polícia mostram que jovens de classe média com idade entre 17 e 24 anos são considerados os principais produtores de imagens de crianças violentadas. Suas vítimas, na grande maioria dos casos, são menores de sua própria família. Os compradores dessa produção tem um perfil diferente. Normalmente são solteiros, tem pouco mais de 40 anos e costumam ser profissionais liberais. A pedofilia na internet é alimentada de formas variadas. De um lado estão as pessoas que produzem, vendem ou disponibilizam gratuitamente as imagens de sexo envolvendo criança, e do outro estão aqueles internautas que consomem esse material.

Um aspecto assustador hoje são as associações ativistas “pró-pedofilia” que argumentam que a pedofilia não é uma doença, mas uma orientação sexual e que a sociedade deve reconhecer e legitimar isso. Esses ativistas defendem intransigentemente os intercursos sexuais entre adultos e crianças.

De acordo com a Associação Italiana para a Defesa da Infância, o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial de sites dedicados à pornografia infantil (a entidade trabalha com informações do FBI, a polícia federal americana). Matéria publicada na revista “Isto É”, em março de 2006, mostra que no ano 2000 o mercado mafioso da pedofilia movimentou 5 bilhões de dólares em todo o mundo. Em 2005 a estimativa é que esse mercado tenha movimentado 10 bilhões de dólares, ou seja, dobrou em apenas 5 anos. Nesses 10 bilhões estão embutidos a venda de fotografias e vídeos que mostram crianças sendo abusadas e fazendo sexo com adultos e até com animais.



Código Penal Brasileiro sofreu algumas alterações junto com ECA(Estatuto da Criança e do Adolescente) com as leis nº 11.829/08 e 12.015/09 trazendo maior clareza no âmbito de punibilidade há todos que praticam e divulgam materiais do abuso contra esses menores.
Como proteger nossas crianças contra a Pedofilia
21 de abril de 2010
Impor uma ação para impedir que nossas crianças venham a ser atacadas por um pedófilo na Internet não é uma tarefa fácil. Temos obrservado uma tecnologia galopante sendo aberta diante dos olhos de jovens e de crianças, tecnologia que não consegue ser seguida pela maioria dos pais. Diante disto, como orientar uma criança contra um ataque de pedófilos que estão aos milhares nos sites web e mesmo em lugares tão comuns, como os messengers (bate-papo)? A escola assume uma grande responsabilidade como aliada desta campanha na orientação das crianças.

O que sabemos é que um pedófilo não porta um perfil de pedófilo e na maioria dos casos o pedófilo é um amigo da família, tem o concentimento da família e pior, é amigo da criança. Partindo deste ponto, a criança aceita o abuso, por mais chocante que isto possa parecer. Sendo um ser humano em formação, sua curiosidade ajuda mais do que tudo ao pedófilo.

O controle parental utilizado por um número cada vez maior de pais é necessário, mas ajuda pouco no que se refere à impedir o acesso a sites de pedofilia. Não creia você que os sites pedófilos se encontram neste nivel de interdição. Eles são colocados no ar com função «non-clic» o que interdita os robôs de sites como Google, Alta Vista e Yahoo de tetectá-los. Os sites pedófilos são mantidos em segredo, escondidos e são apresentados nos bate-papos (messengers etc). Claro que no Orkut eles existem em grande quantidade, mas pouco a pouco, aqueles acessíveis à Polícia Federal brasileira, vão sendo fechados, mas ainda resta muito a fazer na Internet e diariamente as denúncias se multiplicam.

A melhor atitude é não abandonar seu filho diante do computador. Fale com ele. Explique!
Em caso de denúncia, o número 100 foi colocado à disposição da população. Denuncie!.
A SOMBRA DOS CYBERPEDÓFILOS: AJUDE O SEU FILHO A SE PROTEGER CONTRA A REDE MUNDIAL DE PEDOFILIA

A pornografia infantil é sombra que paira sobre o dia a dia digital de crianças e adolescentes revelando a existência de pessoas mal-intencionadas, os “cyberpedófilos”, e da íntima relação que nossos filhos desenvolvem com os conteúdos proibidos, em grande parte expostos na internet, sem censura.

O Ibope/NetRacings constatou que em fevereiro deste ano 1,3 milhão de brasileiros de 6 a 11 anos acessaram a internet. A média de permanência destas crianças na rede foi de 9 horas e 53 minutos. Adolescentes entre 12 a 17 anos, 2,4 milhões do total, permaneceram 38 horas e 17 minutos. Isso quer dizer que, enquanto você lê este artigo, milhares de jovens estão ligando o computador para jogar, trocar mensagens instantâneas, acessar fotoblogs e o Orkut, que abriga inúmeras comunidades pedófilas.

Em nossa cultura, a preferência sexual por crianças é considerada uma desordem psicológica. A prática da pedofilia é qualificada como crime de internet e pode ser considerado um ataque de Engenharia Social. A escolha/aproximação de um alvo escolhido, a aclimatação e conquista da confiança e o desenvolvimento da cumplicidade são algumas práticas características deste tipo de ataque. O perfil do pedófilo é de um sujeito que gosta de contar história, tem paciência e adora se tornar importante na vida das crianças, o que o torna muito perigoso.

Tudo pode acontecer: desde a revelação de informações pessoais ao fornecimento de senha para receber uma foto que traz um programa executável que aciona a webcam, e que passará a captar imagens do adolescente na intimidade do seu quarto sem que ele perceba. Assim, o adolescente fica na mão do pedófilo, que passa utilizar de métodos de coação para atingir seus objetivos.

O repasse entre amigos, de imagens de sexo com crianças, é crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente com pena de até quatro anos de exclusão. Muitas crianças fazem uso do material para satisfazer sua curiosidade, sem saber que essa atitude apresenta riscos. O uso do anonimato dos internautas e a velocidade das informações maximizam esses riscos e transforma a internet em um paraíso da pedofilia. As leis de crimes da Internet ainda são brandas e parece que a sombra da impunidade paira sobre os atos praticados pelos inúmeros "cyberpedófílos".

Como não há lei que obrigue provedores a abrir o cadastro de clientes, os policiais federais que investigam casos de pedofilias afirmam que procurar um pedófilo na internet é como procurar agulha no palheiro. A identificação de um computador na rede é difícil, pois pode mudar no momento em que o computador é ligado.

É importante que os pais tenham ciência de que a pornografia infantil e os pedófilos existem, e assim, deverão ser tratados sem preconceito. Enxergar que a internet está vulnerável a estes ameaças, e seus filhos aos riscos, devem participar ativamente da orientação dessas crianças. "Os pais não devem escandalizar nem adotar punições", adverte Oswaldo Rodrigues Jr., presidente da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana. Os adolescentes são ágeis para lidar com a informática, e quando privados de navegarem por conteúdos proibidos, acabam por despertar ainda mais sua curiosidades e são capazes de burlar filtros ou proteções implantadas ou passam a usar o computador de amigos.

Existem muitos sites que buscam auxiliar os pais na proteção de seus filhos contra essas ameaças. Cartilhas com orientações sobre segurança da computação e ética somadas às práticas como: deixar a webcam virada para a parede, instalar o computador em área da casa onde a família circule e ainda observar com quem as crianças conversam online podem ser ferramentas poderosas no combate à pedofilia. A conscientização e orientação continuam sendo as melhores condutas na utilização dos recursos e informações disponíveis na rede mundial de computadores

Fernanda da Silva Fialho Campos
ONG traça perfil de vítimas de pedófilos online
Postado as 12:57 - 16/11/2005 - Por Convidados. Categorias: Sem Categoria.

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Garotas entre dez e 12 anos de idade, de personalidade extrovertida, são as maiores vítimas de pedófilos online. A conclusão é da International Crime Analysis Association (ICAA), Ong com sede em Roma. O estudo da ICAA baseia-se em dados recolhidos nas salas de chat mais populares entre os italianos. “Nosso objetivo é conscientizar pais e educadores dos perigos que a Internet pode representar para crianças nessas faixas de idade”, disse Roberta Bruzzone, criminologista e vice-presidente da ICAA, em coletiva à imprensa.

O estudo, realizado entre 2003 e 2004, contemplou 5000 entrevistas com jovens que utilizam regularmente salas de chat, grupos de discussão e outros serviços interativos da internet. Dos que o fazem, 13% já mantiveram conversas de caráter sexual com adultos, 22,6% encararam de forma positiva a experiência, 15% mostraram-se curiosos e 7,6% confessaram sentir-se atraídos pelas propostas. A questão se agrava, na medida em que o estudo revela também que 47% cento dos adultos raramente supervisionam os menores durante as suas incursões pela Internet. Entre as crianças aliciadas, a maioria não reportou a situação aos seus educadores.

O que é pedofilia?
O que é pedofilia na internet?
O que é pornografia infantil?
A pedofilia na internet constitui crime?
Acessar imagens ou sites de pedofia constitui crime?
Qual o perfil do pedófilo que age na internet?
Quais os meios de abordagem mais utilizados pelos pedófilos virtuais?
Quais as estatísticas atuais sobre a pedofilia na internet?
O que é pedofilia?

Segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID-10/OMS), a pedofilia é um transtorno da preferência sexual, a qual incide sobre crianças, geralmente pré-púberes ou no início da puberdade. No âmbito da conceituação psiquiátrica (DSM-IV/APA), a pedofilia é um transtorno da sexualidade caracterizado pela formação de fantasias sexualmente excitantes e intensas, impulsos sexuais ou comportamentos envolvendo atividades sexuais com crianças pré-púberes, geralmente com 13 anos ou menos. Entretando, para que uma pessoa seja considerada pedófila, ela deve ter no mínimo 16 anos e ser ao menos 5 anos mais velha que a criança. A pedofilia resulta em um sofrimento clinicamente significativo, ou ainda prejuízo no funcionamento social e ocupacional do indivíduo.



O que é pedofilia na internet?

Consiste em produzir, publicar, vender, adquirir e armazenar pornografia infantil pela rede mundial de computadores, por meio das páginas da Web, e-mail, newsgroups, salas de bate-papo (chat), ou qualquer outra forma. Compreende, ainda, o uso da internet com a finalidade de aliciar crianças ou adolescentes para realizarem atividades sexuais ou para se exporem de forma pornográfica.



O que é pornografia infantil?

É qualquer representação de uma criança ou adolescente envolvida em atividades sexuais explícitas reais ou simuladas, ou qualquer representação dos órgãos sexuais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais (Conforme o Art. 241-E do Estatuto da Criança e do Adolescente).



A pedofilia na internet constitui crime?

Sim. De acordo com a nova redação (Lei nº 11.829, de 25/11/2008) do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069, de 13/07/1990), várias atividades relacionadas à produção, difusão e consumo de pornografia infantil são crimes com penas de reclusão entre 1 e 8 anos, além de multa. Citam-se as principais:

produzir, participar e agenciar a produção de pornografia infantil (Art. 240);

vender, expor à venda (Art. 241), trocar, disponibilizar ou transmitir pornografia infantil, assim como assegurar os meios ou serviços para tanto (Art. 241-A);

adquirir, possuir ou armazenar, em qualquer meio, a pornografia infantil (Art. 241-B);

simular a participação de crianças e adolescentes em produções pornográficas, por meio de montagens (Art. 241-C);



Além disso, a atividade de aliciar crianças, pela internet ou qualquer outro meio, com o objetivo de praticar atos sexuais com elas, ou para fazê-las se exibirem de forma pornográfica, também é crime com pena de reclusão de 1 a 3 anos, e multa.



Acessar imagens ou sites de pedofia constitui crime?

O acesso freqüente a tais imagens, assim como a filiação a sites de pedofilia, estarão sujeitos à investigação criminal. Adquirir e armazenar tais imagens agora é crime previsto no ECA (Art. 241-B).



A pedofilia fora da internet também é crime?

Sim. Muito embora não exista um tipo penal denominado de "pedofilia", ela pode se traduzir no crime de estupro (art. 213, §1o, do Código Penal, modificado pela Lei no 12.015/2009), classificado como crime hediondo, cuja pena de reclusão varia de 8 (oito) a 12 (doze) anos

Qual o perfil do pedófilo que age na internet?

Esse dado ainda não está claro, e nem sempre há um perfil ou padrão bem definido. Na maioria dos casos apurados pela Polícia Federal, o perfil é de um homem entre 30 e 45 anos, solteiro, que mora sozinho. Trata-se de pessoa reservada e insegura, com dificuldade em manter relações afetivas por muito tempo e que, em alguns casos, cansou de consumir pornografia adulta, migrando para a pedofilia.

Já segundo a ONG SaferNet Brasil, o pedófilo virtual padrão é homem, tem entre 18 a 55 anos e faz parte das classes A, B e C, com maior presença nos dois extratos mais ricos.

A internet vem sendo cada vez mais utilizada por pedófilos como via privilegiada de comunicação. Existem, assim, comunidades virtuais pedófilas com sites, blogs e canais de chat específicos para troca de experiências, informações e imagens pornográficas, bem como para criar estratégias de abordagem de crianças no mundo real. Eles reconhecem uns aos outros por meio de expressões comuns (por exemplo: "boy-lover", "girl-lover", "child-lover") e símbolos que identificam sobre qual sexo e faixa etária de crianças que seus interessem incidem.



Quais os meios de abordagem mais utilizados pelos pedófilos virtuais?

Mensageiro instantâneo - Programa que permite a comunicação instantânea entre pessoas, individualmente ou em grupo, através de textos, voz ou videoconferência. Essa ferramenta permite ainda o intercâmbio de vídeos e fotos. Ex: MSN Messenger, Google Talk, Skype, ICQ, entre outros.

Chat - Canal de um determinado site que é utilizado, exclusivamente, para bater papo. As salas de bate-papo são divididas por temas e idade, porém, é impossível garantir a veracidade das informações fornecidas pelos usuários.

Blog e Fotolog - É um registro divulgado na internet, como se fosse um diário, onde o usuário escreve suas idéias, angústias, desejos, e também pode incluir informações pessoais e fotos.

E-mail - É um serviço de correio eletrônico, que permite ao usuário enviar e receber mensagens (textos, fotos, etc.)

Redes de relacionamento - São espaços virtuais capazes de reunir indivíduos e instituições com afinidades ou objetivos comuns, mantendo e ampliando relacionamentos interpessoais. Ex: Orkut, MySpace, entre outros.



Quais as estatísticas atuais sobre a pedofilia na internet?

Segundo dados da associação italiana Telefono Arcobaleno, em 2008 foi identificado, por meio de denúncias, o surpreendente número de 42.396 sites de pedofilia em todo o mundo ¿ mais que o dobro do número registrado em 2003. A hospedagem desses sites concentrou-se na Alemanha, Holanda e Estados Unidos. Importante destacar que em 2003 o Brasil ocupou a 4ª posição neste ranking.

A organização Internet Watch Foundation(Reino Unido) recebeu cerca de 34 mil denúncias de pornografia infantil na internet em 2008. Dos casos confirmados, cerca de 74% são relativos a sites comerciais, ou seja, que vendem pornografia infantil. O mercado de compra e venda de pornografia infantil é suspeito de movimentar cifras milionárias em todo o mundo.

Em nosso país, a ONG SaferNet Brasil recebeu, de janeiro a setembro de 2009, 36.584 denúncias de pornografia na internet. Deste total, importa destacar que 72% referem-se a materiais divulgados no portal de relacionamentos Orkut, que possui milhares de álbuns de fotos privados em investigação pelas autoridades (Senado Federal, Polícia Federal e Ministério Público Federal).


Fontes:
Associação Psiquiátrica Americana (APA).DSM-IV - Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Porto Alegre: Artmed, 1995.
Organização Mundial de Saúde (OMS). CID-10 - Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde.
Portal SaferNet Brasil
Campanha Nacional de Combate à Pedofilia na Internet
Instituto Telefono Arcobaleno
Internet Watch Foundation
Um estudo realizado pela Associação Internacional de Análise Criminal, sedeada em Roma, e apresentado em Lisboa, traça o perfil do comportamento das crianças em salas de conversação na internet. As conclusões destacam o facto de os mais pequenos serem presas fáceis das investidas de pedófilos, em particular as raparigas curiosas e inteligentes, com idades compreendidas entre os 10 e 12 anos, tidas como as mais vulneráveis. A pesquisa foi fornecida à Polícia Judiciária portuguesa com o objectivo de servir de modelo à actuação de agentes sob disfarce.

"Os pedófilos jogam muito com a natural curiosidade das crianças por temas sexuais e assumem o papel de uma espécie de professor sexual para elas", afirmou aos jornalistas a psicóloga criminal Roberta Bruzzone, vice-presidente da Associação Internacional de Análise Criminal.
De acordo com os resultados desta investigação, "sobretudo para raparigas entre os 10 e os 12 anos de idade", quem está do outro lado representa, à partida, "uma pessoa experiente com quem podem falar abertamente". Estas miúdas, suficientemente curiosas e inteligentes, sentem-se à-vontade para falar das suas necessidades e interesses, informação que o pedófilo recolhe sistematicamente para ser mais bem sucedido na marcação de um encontro.


Para a psicóloga italiana, "a falta de comunicação entre pais e filhos representa sempre uma vantagem para o pedófilo". O estudo mostra que "uma das razões pelas quais as crianças não contam aos pais ou aos professores as investidas destes potenciais pedófilos é porque não acreditam na sua capacidade de compreender a situação, não confiam neles".
Desta feita, a prevenção assenta numa comunicação aberta e livre entre educadores e crianças. "Os pais devem falar com os seus filhos, inclusivamente sobre sexualidade, de uma serena e adequada à idade das crianças", explicou a especialista.

A investigação traçou ainda o perfil do típico pedófilo que actua na internet. Na maior parte das vezes são homens entre os 20 e 30 anos, com uma boa posição profissional e uma boa remuneração, que transmite uma imagem de respeitabilidade e não tem cadastro criminal.
O estudo foi desenvolvido por psicólogos criminais que se fizeram passar por potenciais pedófilos durante seis meses nas principais salas de conversação italianas e abordaram crianças entre os oito e 13 anos.

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Estudo: Child Internet Risk Perception
Roberta Bruzzone
Impossível identificar a causa ou causas da pedofilia. Pensava-se que a o histórico de abuso sexual na infância era um forte fator de risco, mas pesquisas recentes não encontraram relação causal, uma vez que a grande maioria das crianças que sofrem abusos não se torna infrator quando adultos, nem tampouco a maioria dos infratores adultos relatam terem sofrido abuso sexual. O "US Government Accountability Office" concluiu que "a existência de um ciclo de abuso sexual não foi estabelecida." Antes de 1996, havia uma crença generalizada na teoria do "ciclo de violência", porque a maioria das pesquisas feitas eram retrospectivas e baseadas em um grupo pré-definido (Cross-sectional study) os infratores eram questionados se teriam sofrido abusos no passado. A maioria desses estudos descobriu que a maioria dos adultos infratores relataram não terem sofrido qualquer tipo de abuso durante a infância, mas os estudos variam quanto as estimativas percentuais de infratores com histórico de abusos em relação ao total de infratores, de 0 a 79 por cento. Pesquisa mais recentes, de caráter prospectivo longitudinal, estudando crianças com casos documentados de abuso sexual ao longo de certo período a fim de determinar que percentagem delas se tornaria infratora, tem demonstrado que a teoria do ciclo de violência não constitui uma explicação satisfatória para o comportamento pedófilo.

Recentes estudos, empregando exploração por ressonância magnética, foram feitos na Universidade de Yale e mostraram diferenças significativas na atividade cerebral dos pedófilos. O jornal Biological Psychiatry declarou que, pela primeira vez, foram encontradas provas concretas de diferenças na estrutura de pensamento dos pedófilos. Um psicólogo forense declarou que essas descobertas podem tornar possível o tratamento farmacológico da pedofilia. Continuando nessa linha de pesquisas, o Centro de Vício e Saúde Mental de Toronto, em estudo publicado no Journal of Psychiatry Research, demonstrou que a pedofilia pode ser causada por ligações imperfeitas no cérebro dos pedófilos. Os estudos indicaram que os pedófilos têm significativamente menos matéria branca, que é a responsável por unir as diversas partes do cérebro entre si.

Muitos pesquisadores tem relatado correlações entra a pedofilia e algumas características psicológicas, como baixa auto-estima e baixa habilidade social. Até recentemente, muitos pesquisadores acreditavam que a pedofilia fosse causada por essas características. A partir de 2002, outros pesquisadores, em especial os sexólogos canadenses James Cantor e Ray Blanchard junto com seus colegas, começaram a relatar um série de descobertas relacionando a pedofilia (a definição médica da preferência sexual por crianças, não a definição comportamental utilizada por outras fontes) com a estrutura e o funcionamento cerebrais: homens pedófilos (e hebefílicos) possuem QI mais baixo, pontuação mais baixa em testes de memória, maior proporção de canhotos, taxas mais altas de repetência escolar em proporção com as diferenças de QI, menor estatura, maior probabilidade de terem sofrido ferimentos na cabeça acompanhados de perda de consciência, e várias diferenças em estruturas cerebrais detectadas através de ressonância magnética nuclear (MRI, em inglês). Eles relatam que suas descobertas sugerem a existência de uma ou mais características neurológicas congênitas (presentes ao nascer) que causam ou aumentam a probabilidade de se tornar um pedófilo. Evidências de transmissão familiar "sugerem, mas não provam que fatores genéticos sejam responsáveis" pelo desenvolvimento da pedofilia.

Outro estudo, usando ressonância magnética nuclear (MRI) estrutural, mostra que homens pedófilos possuem um menor volume de massa branca do que criminosos não-sexuais.

Imagens de ressonância magnética funcional (FMRI) tem mostrado que pessoas diagnosticados com pedofilia que abusaram de crianças tem ativação reduzida do hipotálamo, em comparação com indivíduos não-pedófilos, ao serem expostos a fotos eróticas de adultos. Um estudo de neuroimagem funcional de 2008 nota que o processamento central de estímulos sexuais em "pacientes pedófilos forenses" heterossexuais podem ser alterados por um distúrbio nas redes pré-frontais, que "podem estar associadas a comportamentos controlados por estímulo, como os comportamentos sexuais compulsivos." As descobertas podem também sugerir "uma disfunção no estágio cognitivo do processamento da excitação sexual."

Blanchard, Cantor e Robichaud (2006) revisaram a pesquisa que tentou identificar aspectos hormonais de pedófilos. Eles concluíram que há de fato alguma evidência de que homens pedófilos tem menos testosterona do que aqueles no grupo de controle, mas que a pesquisa é pobre e que é difícil tirar qualquer conclusão firme a partir dela.

Apesar de não poderem ser consideradas causas da pedofilia, diagnósticos psiquiátricos adicionais como distúrbios da personalidade e abuso de substâncias são fatores de risco para a concretização dos impulsos pedófilos. Blanchard, Cantor e Robichaud (2006) notaram, a respeito do nexo-causal pedofilia-estados psiquiátricos adicionais, que "as implicações teóricas não são tão claras. São os genes específicos ou fatores nocivos no ambiente pré-natal que predispõem um homem a desenvolver distúrbios afetivos e pedofilia, ou a frustração e isolamento causados pelos desejos sexuais socialmente inaceitáveis ou a sua ocasional satisfação - é que levam à ansiedade e ao desespero?" Eles indicaram que, por terem constatado anteriormente que mães de pedófilos tem maior probabilidade de terem passado por tratamento psiquiátrico, a hipótese genética é mais provável.

A pedofilia é classificada como uma desordem mental e de personalidade do adulto, e também como um desvio sexual, pela Organização Mundial de Saúde. Os atos sexuais entre adultos e crianças abaixo da idade de consentimento (resultantes em coito ou não) é um crime na legislação de inúmeros países. Em alguns países, o assédio sexual a tais crianças, por meio da Internet, também constitui crime. Outras práticas correlatas, como divulgar a pornografia infantil ou fazer sua apologia, também configuram atos ilícitos classificados por muitos países como crime. O comportamento pedófilo é mais comum no sexo masculino.

De acordo com artigo publicado no periódico chileno (Psykhe 1ºed. 2009), a realização de testes de Rorschach indica que pode haver um conjunto de características psicológicas próprias dos agressores sexuais, capaz de distingui-los da população em geral: comportamentos passivos e imaturos perante si mesmos e o entorno, assim como "um contato pobre com a realidade". A pesquisa foi realizada por Pamela Jiménez Etcheverría, da Universidad de La Frontera, de Temuco, no Chile, e foi veiculada na primeira edição de 2009 do periódico.

Entre os resultados da apuração, (Etcheverría 2009) afirma que os agressores sexuais possuíam "um estilo de lidar consigo mesmos e com seu entorno de forma passiva, imatura e com um contato pobre com a realidade". Ela também alega que foram observadas especificamente "diferenças significativas nos indicadores mais relevantes, associados às habilidades sociais -SumPond C, EA, H-, menores nos delinquentes sexuais do que no estudo de referência nacional – composto por indivíduos que não cometeram o delito. Isso indica que a quantidade de recursos com os quais contam não seria suficiente para desenvolver as habilidades sociais adequadas, como tampouco para enfrentar as demandas do meio, sendo assim limitada sua capacidade para reconhecer as necessidades de outros e de adaptação ao entorno".

Para a pesquisadora, "os dados evidenciam a incapacidade que o delinquente sexual possui para manter um funcionamento social adequado, tal como afirmam Beneyto y Garrido (1997), e isso o impede de estabelecer relações satisfatórias com outros adultos". Além disso, "alguns autores, como Echeburúa e Guerricaechevarría (2000) argumentam que essa falta de habilidade social no grupo pode estar relacionada com abusos sexuais vividos na infância, o que se associaria ao desenvolvimento de sentimentos de inferioridade e inibições internas, com a consequente incapacidade para estabelecer relações sociais normais".

Ainda em relação ao perfil do abusador, é interessante citar dados coletados na ong brasileira CECOVI (www.cecovi.org.br):

Segundo análise feita em 1.169 casos de violência doméstica atendidos no SOS Criança da ABRAPIA, entre janeiro de 1998 e junho de 1999, foram diagnosticados: 65% de violência física, 51% de violência psicológica, 49% de casos de negligência e 13% de abuso sexual. Em 93,5% dos casos os agressores eram parentes da vítima (52% - mãe, 27% - pai, 8% -padrasto/madrasta, 13% - outros parentes) e em 6,5% os abusadores não são parentes (3% - vizinhos, 2% - babás e outros responsáveis, 1,5% - instituições.

Dos 13% de casos envolvendo abuso sexual a pesquisa demonstrou que: a) A idade da vítima: 2 a 5 anos - 49%, 6 a 10 anos - 33% b) 80% das vítimas tinham sexo feminino c) 90% dos agressores eram do sexo masculino

O adulto que comete violência sexual sempre pede para a criança guardar segredo sobre o que aconteceu usando diversas formas de pressão. É muito comum a criança se sentir culpada e até merecedora da violência em si, haja visto ela não ter estrutura mental suficiente para explicar tal ato cometido contra si. Aliado ao sentimento de culpa, a pressão psicológica exercida pelo perpetrador, o próprio laço de afeição entre estes (não se esqueçam que normalmente o abuso ocorre entre familiares).

Trazendo à baila estudos e pesquisas de especialistas na área de comportamento humano, tem-se as seguintes contribuições:

Passa o maior tempo possível com a criança. É amável, simpático e toca a criança "acidentalmente". Procura crianças com pouca ou nenhuma supervisão dos pais. Se faz de amigo. Usa o amor como isca e evita ameaças enquanto for possível Interessa-se pelo bem-estar da criança Convence a criança de que está tudo bem e que nada de mal vai acontecer.1

Na sociedade de hoje todas as pessoas pedófilas buscam estar sempre em contato com as crianças, abaixo podemos constatar algumas características:

CAMPOS (2003) quanto aos aspectos que caracterizam o pedófilo explica que, geralmente, são indivíduos de baixíssima estima, uma imaturidade emocional que a pessoa tem a necessidade de compensar sentindo-se superior, dominante. Como ela não consegue isso com o adulto – porque teria de estabelecer uma relação de igual para igual – realiza a sensação de poder relacionando-se com a criança. E ai não importa se menino ou menina importa se é criança. Pessoas que desenvolvem esse distúrbio, quase sempre sofreram rejeições ou abuso sexual, não reconhecem mal no que fazem, (...), priorizam o sexo oral, procuram não provocar lesões físicas aparentes e praticam uma violência psicológica, muitas vezes irreversível, (CARRERA,2009).

Na opinião de BAPTISTA (2003) na maioria dos casos os pedófilos têm idade que varia entre os 30 e 40 anos, muitos dos quais são alcoólatras ou portadores de alguma psicose. Geralmente, possuem convicção religiosa, apresentando maturidade e solidão. Acrescenta que os pedófilos mais perigosos são aqueles em quem a criança confia, como um amigo da família, um dos empregados da casa, ou aquele que a criança idealiza por suas funções, como por exemplo, um técnico de futebol, um professor, um ministro religioso, ou seja, pessoa que tenha função ou autoridade, (CARRERA,2009).

O Pedófilo, geralmente é uma pessoa tranquila, calma e de muitos amigos, principalmente crianças, estão sempre querendo ser úteis para com elas ou para com a família delas. Alguns estão dentro da própria família, em ambos os casos é comum eles quererem sempre estar a sós com as crianças, não forçadamente, mas sempre estão dando um jeitinho de ficar só com elas ou sair só com elas, outra dica é notar quando uma pessoa olhar para seus filhos, como se estivessem olhando já para uma pessoa formada.

Segundo a revista Istoé, do dia 8 de março de 2006, O perfil dos pedófilos brasileiros, em razão dos rastreamentos feitos pela polícia. Constata-se que são jovens de classe média, com idade entre 17 e 24 anos, são considerados os principais produtores de imagens de crianças violentadas. Suas vítimas, na grande maioria dos casos, são menores de suas próprias famílias, como sobrinhos e até irmãos, de acordo com as apurações da polícia. No comércio da pedofilia, uma foto de criança seviciada chega a valer US$ 100. Um vídeo de cinco minutos, US$ 1 mil. Os compradores dessa produção têm um perfil diferente.

Normalmente, são solteiros, têm pouco mais de 40 anos de idade e costumam serem profissionais liberais. Até onde se sabe 95% dos consumidores de pornografia infantil sofreram eles próprios abusos sexuais na infância.

Segundo Kaplan et al (1997), dentre as crianças vítimas de abuso sexual, 32% têm menos de 5 anos de idade; 27% têm entre 5 e 9 anos; 27% têm entre 10 e 15 anos; e 14% têm entre 15 e 18 anos."

As principais vitimas são: crianças de rua, ou crianças em que os pais ficam maior tempo longe, tendo pouco contato ou com muita liberdade, que tem fácil acesso a computadores a internet, telefones, locais frequentados por adultos, filhos de pais separados, onde o principal abusador pode ser o novo parceiro.

Assim, poderão apresentar corrimento vaginal, hemorragia vaginal, ardor ao urinar, corrimento através da uretra (canal por onde sai a urina), alterações do comportamento (agressividade, masturbação excessiva ou de modo exibicionista, atitudes e conversas sobre temas sexuais desadequados ao nível etário), pesadelos, insônia, encoprese (perda de controle da emissão de fezes), medo de estar sozinho, dificuldade de aprendizagem, etc. Algumas crianças apenas apresentam queixas inespecíficas persistentes, como dor de cabeça, dores de barriga ou crises de asma. Noutros casos não há evidência de sintomas imediatos, podendo surgir alterações psicológicas tardias. Há que ter presente que a maioria destes sintomas estão presentes noutras situações, sem abuso sexual; o seu aparecimento e a sua persistência sem outras causas evidentes deve fazer com que pais, educadores e profissionais de saúde estejam atentos, facilitando o diálogo com a criança e encorajando-a a falar sobre um eventual incidente, (FERRÃO,2009).

As crianças vítimas de abuso sexual podem apresentar sintomas variados, nem sempre fáceis de relacionar com o abuso.

Estudos desenvolvidos no mundo científico a respeito da pedofilia, por especialistas de diversas áreas como, sexólogos, psicólogos e psiquiatras, admitem que tal prática, longe de ser banal, tão pouco poderá ser aceita como prática normal ou comportamental sadia. Seus efeitos podem causar danos irreparáveis no indivíduo que foi violentado, produzindo marcas profundas durante toda sua existência.

As ofensas sexuais contra crianças constituem uma parcela significativa dos atos sexuais criminosos, sendo que os indivíduos com Exibicionismo, Pedofilia e Voyeurismo perfazem a maioria dos agressores sexuais presos. Em algumas situações, a ação sob a influência da imaginação parafílica pode acarretar ferimentos auto-infligidos (como no Masoquismo Sexual).

Os relacionamentos sociais e sexuais podem ser prejudicados se as outras pessoas consideram vergonhoso ou repugnante o comportamento sexual incomum ou se o parceiro sexual do indivíduo recusa-se a cooperar com suas preferências sexuais incomuns. Em alguns casos, o comportamento incomum (por ex., atos exibicionistas ou coleção de fetiches) pode tornar-se a principal atividade sexual na vida do indivíduo.

Esses indivíduos raramente buscam auxílio por sua própria conta, geralmente chegando à atenção dos profissionais de saúde mental apenas quando seu comportamento provocou conflitos com parceiros sexuais ou com a sociedade. (DMS- IV, 2009).

Disserta sobre o assunto Ana Ferrão:

O abuso sexual pode causar alterações emocionais transitórias (medo, confusão, culpa, ansiedade, tristeza, desconfiança) e provocar consequências, a médio e a longo prazo, a nível físico, psicológico e comportamental. Consequências psicológicas – ansiedade, depressão, alterações do sono, agressividade, desconfiança, disfunção sexual na idade adulta,(FERRÃO,2009).

A criança vítima de abuso sexual prolongado, usualmente desenvolve uma perda violenta da auto-estima, tem a sensação de que ela não tem valor e adquire uma representação anormal da sexualidade. Algumas crianças abusadas sexualmente podem ter dificuldades para estabelecer relações harmônicas com outras pessoas, se transformar em adultos que também abusam de outras crianças, e ainda, se inclinar para a prostituição ou terem outros problemas sérios quando adultos.

Os efeitos do choque que representa a violência sexual podem repercutir em diversos aspectos do desenvolvimento da criança indo até a sua fase adulta.

Azevedo, Guerra e Vaiciunas (2000) listam como conseqüências psicológicas da violência sexual em curto prazo as dificuldades de adaptação sexual interpessoal e afetiva. Em longo prazo, as vítimas geralmente apresentam dificuldades de relacionamento com figuras masculinas, pelo fato de os agressores serem, em sua

grande maioria, homens. A intimidade representa uma ameaça, pois é difícil para a

vítima estabelecer vínculos de confiança. As idéias de morte e os suicídios também são consequências marcantes, segundo as autoras.

Estas crianças podem apresentar baixa auto-estima, hostilidade, agressividade, empobrecimento das habilidades sociais e depressão segundo Padilha (2002). Distúrbios relacionados à sexualidade também são freqüentes tanto na infância quanto na idade adulta dessas vítimas.

Ainda de acordo com a autora, são frequentes os pensamentos e recordações recorrentes sobre o abuso, medo, ansiedade e uma tendência, que ela diz ser a pior conseqüência, a não acreditar em sua capacidade de controlar as situações, tornando-se uma pessoa passiva, incapaz de se proteger e permitindo que os outros façam consigo o que quiserem, explorando-a muitas vezes.

De acordo com Williams (2002), os sintomas apresentados a curto prazo são o comportamento sexualizado, ansiedade, medos, pesadelos, depressão, isolamento social, queixas somáticas, fugas de casa, Transtorno de Estresse Pós-Traumático, comportamentos autodestrutivos, problemas escolares, pensamentos suicidas e comportamentos regressivos como enurese, choros e birra.

A longo prazo, Kendall-Tackett, et al (1993 apud WILLIAMS, 2002) mencionam que existe uma tendência ao desaparecimento destes sintomas entre 12 a 18 meses após o abuso sexual. Um número considerável de casos, contudo, apresenta agravamento dos sintomas, que podem convergir para depressão, revitimização, perturbações no sono, ansiedade, problemas com relacionamento sexual, uso abusivo de substâncias, ideação suicida, promiscuidade e prostituição.

Papalia e Olds (2000) também citam alguns efeitos do abuso sexual sofrido por crianças, entre eles estão os atrasos de linguagem, déficit cognitivo, agressividade, rejeição por parte de outros grupos, abuso de álcool e drogas, e, até mesmo, tendência a tornarem-se delinqüentes quando adultos.

Segundo as autoras, as consequências variam de acordo com a idade em que o abuso sexual foi sofrido. Os sintomas mais comuns em crianças em idade pré-escolar, vítimas de abuso sexual, são: a ansiedade, os pesadelos e um comportamento sexual inapropriado. Já em crianças em idade escolar, encontram-se mais comumente, distúrbios mentais, agressividade, pesadelos, hiperatividade, comportamentos regressivos e problemas escolares. Nos adolescentes, os sintomas mais comuns são a depressão, o abuso de substâncias químicas e o comportamento retraído ou suicida.

Como efeitos manifestados em longo prazo, destacam-se aqueles que os adultos, com história de violência sexual na infância, apresentam tais como ansiedade, estados depressivos, hostilidade, dificuldade de confiar nas pessoas, sentimentos de isolamento e rotulação e ainda problemas relativos ao aspecto sexual.

Nota-se, então, que os efeitos psicológicos gerados pelo abuso sexual são muitos e podem ocorrer das mais diversas formas em qualquer estágio da vida do indivíduo.

Eles mostram-se em curto, médio e longo prazo. Crianças vítimas de violência sexual podem sofrer por toda a vida os efeitos desagradáveis da agressão se não passarem por um tratamento adequado.

Ao longo do estudo constatou-se alguns fatores psicológicos marcantes como: culpa; vergonha; ambivalência; irritação; medo; ansiedade; confusão; perda/tristeza; insegurança; impotência/desamparo.

Todos estes fatores culminam na personalidade do adulto, trazendo diversos problemas para a sociedade, pois podem tornar a prática do abuso uma roda viciosa e difícil de quebrar.

Fonte: http://www.webartigos.com/articles/33328/1/Causas-do-Transtorno-de-Pedofilia-e-suas-Consequencias/pagina1.html.

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