quarta-feira, 6 de outubro de 2010

ASSUNTOS PROIBIDOS

Jesus Proibido

Por: Erica Montenegro
Quem não conheceu a si mesmo não conhece nada,
mas quem se conheceu veio a conhecer simultaneamente
a profundidade de todas as coisas.

Esta frase acima é atribuída a Jesus Cristo. Mas não adianta ir procurá la na Bíblia. Ela não está em nenhum lugar dos Evangelhos de Lucas, Marcos, Mateus ou João, os únicos relatos da vida de Jesus que a Igreja considera autênticos. A citação faz parte de um outro evangelho o de Tomé. Também não perca seu tempo procurando por esse livro no Novo Testamento. Não há por lá nenhum evangelho com o nome do mais cético dos apóstolos, aquele que queria "ver para crer".

Acontece que o texto existe. E é um documento antigo segundo alguns pesquisadores, tão antigo quanto os que estão na Bíblia. O Evangelho de Tome, assim como outras dezenas ou centenas de textos semelhantes, foi escrito por alguns dos primeiros cristãos, entre os séculos 1 e 3 da nossa era. Ele foi cultuado por muito tempo. Até que, em 325, sob o comando do imperador romano Constantino, a Igreja se reuniu na cidade de Nicéia, na atual Turquia, e definiu que, entre os inúmeros relatos sobre a vinda de Cristo que existiam, só quatro eram "inspirados" pelo filho de Deus os "evangelhos canônicos" ("evangelho" vem da palavra grega que significa "boa nova", usada para designar a notícia da chegada de Cristo, e "canônico" é aquele que entrou para o cânone, a lista dos textos escolhidos). Os outros eram "apócrifos" (de legitimidade duvidosa). Estes foram proibidos, seus seguidores passaram a ser considerados hereges e muitos foram excomungados, perseguidos, presos. A maioria dos apócrifos acabou destruída e os textos sumiram, alguns para sempre.

Mas nem todos. O Evangelho de Tomé, o de Filipe e o de Maria Madalena, por exemplo, escaparam por pouco da destruição graças a um egípcio anônimo. Em algum momento do século 4, esse egípcio teve a boa idéia de esconder num jarro de barro cópias manuscritas na língua copta desses textos e de muitos outros ameaçados pela perseguição da Igreja. O jarro ficou 1 600 anos sob a areia do deserto. Acabou resgatado por um grupo de beduínos em 1945, perto da cidade egípcia de Nag Hammadi. Só nos últimos anos os textos acabaram de ser traduzidos a chegaram ao conhecimento dos cristãos do mundo.



Caverna Nag Hammadi
Assim, por acidente, alguns apócrifos sobreviveram ao tempo. E agora, 2 mil anos depois da morte de Cristo, eles estão fazendo um tremendo sucesso. Inspiram filmes milionários (como Matrix) e best sellers (como O Código Da Vinci). São adotados por seitas cristãs, geram religiões, dão origem a teorias conspiratórias e são cada vez mais lidos por fiéis do mundo, inclusive cristãos tradicionais, que não vêm contradição entre alguns desses textos e a religião que eles seguem. Só no Brasil há pelo menos 30 grupos cujas crenças são baseadas nos apócrifos (referência: em 2004). Como explicar essa súbita popularidade para textos que estiveram sumidos por mais de um milênio e meio?

Talvez a principal razão seja o fato de que os textos revelam mais sobre Jesus. Os quatro evangelhos canônicos contam uma história fascinante, mas deixam muitas brechas. Os cristãos do mundo têm vontade de saber mais sobre esse homem, ainda que seja através de textos que a Igreja não considera legítimos.

E vários dos apócrifos trazem passagens reveladoras para aqueles que tentam enxergar o homem por trás do Deus. "É um Jesus mais humano, em situações mais próximas da vida de homens e mulheres de hoje", diz o jornalista espanhol Juan Arias, do “El País”, autor de livros sobre a história do cristianismo. Arias, que cobriu o Vaticano por 14 anos, está terminando um livro em que resume as pesquisas históricas a respeito de Maria. Um dos temas que ele examina é a falta de referência em alguns apócrifos à virgindade da mãe de Jesus. "Que mulher se identifica com outra que foi mãe sem perder a virgindade?", pergunta.



Manuscritos
Além disso, vários apócrifos trazem o retrato de um Jesus diferente do que conhecíamos. "As questões de gênero, as relações de poder e até mesmo a espiritualidade estão colocadas em termos mais ecumênicos e holísticos nos apócrifos", diz o frei franciscano Jacir de Freitas Farias, professor do Instituto São Tomás de Aquino, em Belo Horizonte. Frei Jacir promove retiros em que evangelhos apócrifos, meditação e ioga se misturam para proporcionar conforto espiritual aos participantes.

Veja por exemplo aquela citação lá atrás, a que abre a reportagem. O que está escrito ali é que nada é mais importante que a sabedoria, e que o autoconhecimento é o caminho para a sabedoria. Essa idéia que não é muito diferente daquilo que prega o budismo esta completamente ausente dos evangelhos de Mateus, Marcos, João a Lucas. Qualquer bom cristão sabe que o Novo Testamento oferece um caminho de só duas pistas para a salvação. Primeiro: é preciso ter fé (ela remove montanhas). Segundo: suas ações têm que ser boas (ame o próximo como a si mesmo). Em nenhum lugar ha referência a outra rota para o Paraíso. Nem Lucas, nem Marcos, nem Mateus, nem João mencionam a salvação pelo autoconhecimento, ou pela sabedoria.

Se o cristianismo tradicional ignorava a importância do autoconhecimento, a idéia não é nova para nós, ocidentais do século 21. Sigmund Freud, no século 19, trouxe para a ciência a idéia de que há algo para ser descoberto dentro de nós mesmos no caso, o subconsciente e que esse algo pode nos trazer conforto e felicidade. Talvez esteja aí na herança freudiana uma das explicações para o sucesso dos apócrifos nos tempos atuais.

Há outras. O Evangelho de Tomé e outros apócrifos falam ao coração de um contingente que não para de crescer nos tempos atuais: os ávidos por espiritualidade, mas desconfiados da religião (é bom lembrar que a maior parte dos católicos brasileiros se diz "não praticante"). "O reino está dentro de vós e também em vosso exterior. Quando conseguirdes conhecer a vós mesmos, sereis conhecidos e compreendereis que sois os filhos do Pai Vivo. Mas, se não vos conhecerdes, vivereis na pobreza e sereis a pobreza", diz o texto de Tome.



Apóstolo Thomé - Ver Para Crer
Muitos apócrifos pregam também códigos de conduta menos rígidos que os do cristianismo tradicional. Numa passagem do Evangelho de Maria Madalena, Cristo diz que "eu não deixei nenhuma ordem senão o que eu lhe ordenei, e eu não lhe dei nenhuma lei, como fez o legislador, para que não seja limitada por ela". Esse trecho parece contrariar a própria autoridade da Igreja.

Em Tome, também aparece um Jesus menos dado a imposições, que diz "não façais aquilo que detestais, pois todas as coisas são desveladas aos olhos do Céu". Bem diferente das aulas de catecismo, não?

Outra novidade é que vários apócrifos valorizam o papel da mulher. Os evangelhos de Filipe a de Maria Madalena afirmam que Madalena recebia revelações privilegiadas do Salvador. "O Senhor amava Maria mais do que todos os discípulos e a beijou na boca repetidas vezes", afirma o de Filipe. Para Karen King, historiadora eclesiástica da Universidade Harvard, Madalena estava tão autorizada a pregar a palavra de Jesus quanto os 12 apóstolos. "Os textos mostram que Maria Madalena entendeu os ensinamentos de Jesus melhor do que ninguém", afirmou, em entrevista à revista National Geographic.

Sem falar que muitos apócrifos deixam em segundo plano uma velha conhecida dos cristãos: a culpa. Você conhece a história dos livros canônicos: eu e você somos pecadores, e Cristo morreu na cruz para nos salvar. Nós pecamos, ele morreu durma se com isso na consciência. Já os evangelhos de Tomé, Filipe e Maria Madalena não contêm uma só linha sobre o julgamento e a condenação de Jesus. Ou seja, a Paixão de Cristo, que hoje consideramos central para a fé cristã, não tinha a menor importância para os seguidores desses textos. Nada de culpa, portanto. Ele traz apenas charadas que convocam seus leitores a reflexões espirituais.



Maria Madalena
Para resumir: os apócrifos revelam um Jesus mais democrático e menos sexista, mais tolerante e menos autoritário características que combinam com nossos dias. Eles eliminam a culpa e abrem caminho para uma fé pessoal, algo que faz sucesso nestes tempos individualistas. Sem falar que estão cercados de uma charmosa aura de mistério. "Esta é uma sociedade que desconfia de qualquer instituição, então dizer que eles foram condenados pela Igreja vira um chamariz a tanto", diz o teólogo Pedro Vasconcellos, da PUC de São Paulo. Deu para entender por que eles estão tão na moda?

Mas, afinal, que textos são esses? Dá para dizer que eles são vestígios de cristianismos perdidos. Sim, é isso mesmo: o cristianismo, no começo, não era um só, eram vários. "Nos séculos 2 e 3, havia cristãos que acreditavam em um Deus. Outros insistiam que Ele era dois. Alguns diziam que havia 30. Outros, 365", escreve Bart Ehrman, professor de Estudos Religiosos na Universidade da Carolina do Norte, no livro Lost Christianities ("Cristianismos Perdidos", sem versão em português).

Os primeiros cristãos viviam em comunidades clandestinas, que se reuniam às escondidas nas periferias das cidades e que tinham pouco contato umas com as outras. Essas comunidades eram lideradas muitas vezes por pessoas que conheceram Cristo ou pelos próprios apóstolos. Como Cristo não deixou nada escrito, coube a essas primeiras lideranças do cristianismo construir a religião.



Primeiros Cristãos
Não há como saber se o Evangelho de Mateus foi escrito pelo próprio Mateus. "Naquele tempo, como ainda hoje, não faltava quem se candidatasse a pregar em nome de um personagem tão importante", afirma o teólogo Paulo Nogueira, da Universidade Metodista de São Paulo. Mas é bastante provável que o texto tenha sido construído a partir dos ensinamentos do apóstolo recolhidos por seus seguidores. Da mesma forma, os evangelhos de João, Pedro, Maria Madalena, Tome e Filipe devem ter sido os textos que guiavam as práticas dos grupos que se reuniram em torno dessas figuras importantes da religião nascente (ou que buscaram inspiração nelas). "Os evangelhos apócrifos, da mesma forma que os canônicos, não devem ser encarados como reproduções exatas das palavras de Jesus Cristo, mas como interpretações da mensagem dele feitas pelas primeiras comunidades cristãs", diz o teólogo Vasconcellos. É claro que essas interpretações nem sempre concordavam umas com as outras. E, portanto, é claro que, naquela aurora do cristianismo, produziram se diversos textos muitas vezes contraditórios entre si.

Entre os primeiros grupos cristãos havia, por exemplo, os ebionitas, uma das seitas mais antigas. Eles se consideravam judeus e achavam que Jesus era o Salvador apenas do povo hebreu. Os ebionitas mantinham os rituais judáicos, rezavam voltados para Jerusalém e acreditavam que Cristo tinha sido especial não por ser filho de Deus, mas por ter seguido à perfeição a lei Judáica.

No outro extremo, estavam os marcionitas, para quem havia dois deuses. O primeiro deles seria um deus mau o deus dos judeus, responsável por tudo de ruim no planeta. Jesus seria o segundo, um deus bom, que teria surgido para nos liberar da divindade maligna. Esse cristianismo, que hoje soa bizarro, foi popular no começo do século 2, antes de ser condenado como heresia em 139. Uma das razões para o sucesso é que a tese de dois deuses exclui a culpa cristã. Se um deus mau criou o mundo, é ele o responsável pelos sofrimentos sobre a terra.

Os gnósticos tinham crenças aparentadas às dos marcionistas. Também para eles o mundo foi criado por uma divindade imperfeita e não havia por que nos sentirmos culpados pelos males que existem. A diferença é que os gnósticos acreditavam que o Deus bom influiu na criação. Ele dotou cada um dos seres humanos de uma centelha divina que nos dava a capacidade de despertar dessa imperfeição e conhecer a verdade. Se conseguirmos acumular conhecimento (gnosis, em grego), nos libertaremos desse mundo mau a estaremos salvos. Cristo, para os gnósticos, seria um enviado desse Deus verdadeiro, cujo objetivo seria nos ensinar a despertar. A escrita e a leitura cumpririam um papel importante nesse processo, e por isso eles deixaram muitos textos (boa parte dos apócrifos são gnósticos). Nota se uma forte influência da filosofia grega nesse cristianismo.



Apócrifos
Há uma boa pitada de gnosticismo naquela frase do Evangelho de Tome que abre a esta reportagem. Mas os tomasinos (seguidores de Tome) eram uma seita à parte. Eles também acreditavam na salvação pelo conhecimento, mas iam além: pregavam que a busca é completamente individual. Os tomasinos rejeitavam a hierarquia e, portanto, a Igreja. A salvação está dentro de cada um de nós e podemos atingí la sem a ajuda de um padre.

E havia, claro, os seguidores de Paulo a os de Pedro, fortes especialmente em Roma, bem no centro do império. Esse grupo, no início, não era maior nem mais representativo que os outros. A proximidade com a burocracia estatal que administrava o Império Romano certamente exerceu influência sobre ele não é à toa que o cristianismo romano era o mais organizado a hierarquizado de todos.

Cada uma dessas comunidades cristãs seguia um certo conjunto de textos e rejeitava outros. Mas a maioria considerava legítimos os evangelhos de Marcos, Matias, Lucas a João, que provavelmente são os mais antigos e menos controversos. Em 312, o imperador romano Constantino se converteu ao cristianismo. E foi o cristianismo de Roma que ele escolheu. Constantino administrava um império que era quase "universal", e queria também uma "Igreja universal". Quando, 13 anos depois, sob as ordens do imperador, a Igreja se reuniu para decidir o que era o cristianismo, os bispos de Roma, mais organizados e com o apoio decisivo do imperador, se sobressaíram nas discussões. "O credo de Nicéia acabaria por se tornar a doutrina oficial que todos os cristãos deveriam aceitar para participar da Santa Igreja, a Igreja Católica", escreve o teólogo Elaine Pagels, da Universidade Princeton, nos Estados Unidos, no livro “Além de Toda Crença: O Evangelho Desconhecido de Tome”.

Os textos que não davam importância à crucificação de Cristo acabaram proibidos. Afinal, a Igreja romana, que cresceu em meio a violentas perseguições, valorizava muito o martírio associado ao martírio de Cristo. Os evangelhos dos tomesinos, que pregavam a busca individual pela salvação, também caíram fora. A hierarquizada Igreja de Roma obviamente não simpatizava com essas idéias libertárias. Entre os textos que foram proibidos, vários faziam parte das bibliotecas gnósticas. Para Eusébio de Cesária, que no século 4 escreveu o primeiro livro sobre a história do cristianismo, o gnosticismo estava sendo introduzido pelo demônio, "que odeia o que é Deus, que é inimigo da verdade, hostil à salvação do mundo, voltando todas suas forças contra a Igreja". Acredita se que os manuscritos de Nag Hammadi sejam tesouros salvos da biblioteca gnóstica do Mosteiro de São Pacômio, que ficava lá perto.



Ruínas de um mosteiro Egípcio do séc IV
Ninguém sabe ao certo quantos evangelhos foram suprimidos. O que se sabe é que só quatro livros foram considerados "corretos". Apenas neles "o ensinamento das linhas de Deus é proclamado. Não acrescentem nada a eles, não deixem nada se afastar deles", segundo um decreto de um bispo de Alexandria. Daí para a frente, haveria quatro evangelhos. E, pela primeira vez, um só cristianismo.

Voltemos então à pregação gnóstica, expressa em vários dos evangelhos apócrifos. O mundo é mau por natureza, mas cada um de nós traz dentro de si uma centelha e, se atingirmos o conhecimento, iremos despertar. Jesus veio à Terra para nos ensinar o caminho. Agora substitua nessa história o nome de Jesus pelo de Neo. E temos um dos maiores sucessos pop dos últimos anos, a trilogia Matrix.

Matrix fez tanto sucesso porque toca num tema com o qual é difícil não se identificar: a sensação de não pertencer a esse mundo, de se sentir estranho nele, a de que ele é banal demais para nossas altas aspirações espirituais. É claro que seria um absurdo dizer que o sujeito que saiu do cinema empolgado com a saga dos irmãos Wachowski tenha sido tocado pelo mesmo tipo de revelação que os cristãos envolvidos pelas pregações gnósticas no século 2 ou 3. Mas talvez não seja por coincidência que o roteiro, inspirado por textos gnósticos, tenha soado tão transcendental .



Os evangelhos apócrifos, assim como os canônicos, foram escritos por pessoas inquietas, numa época conturbada e difícil, em que as antigas respostas já não davam conta de acalmar os espíritos. É claro que os tempos, hoje, são muito diferentes. Mas, de novo, boa parte da humanidade está inquieta e insatisfeita com as respostas que existem. Tem muita gente em busca de alguma coisa que torne nossa existência mais transcendente, mais valiosa. E esses textos escritos por outros homens, numa busca parecida, podem nos dar uma dica de onde começar a procurar.

Os evangelhos apócrifos textos que foram proibidos pela Igreja a que desapareceram por mais de um milênio trazem um Jesus diferente daquele que conhecemos.
Cientistas descobrem genes extraterrestres
em DNA humano


Existiriam civilizações de seres humanos avançados espalhadas pelas galáxias?
Um grupo de pesquisadores trabalhando no Projeto Genoma Humano fez uma descoberta impressionante.

Eles acreditam que 97% do DNA humano que são formados, pelas assim chamadas, "seqüências não-codificadas" são nada menos que códigos genéticos de formas de vida extraterrestres.

As seqüências não-codificadas são comuns em todos os organismos vivos da Terra, de células à peixes à humanos. Elas constituem grande parte do DNA humano, diz o professor Sam Chang, líder do grupo.

As seqüências não-codificadas, originalmente conhecidas como "DNA-LIXO", foram descobertas anos atrás e sua função permanece um mistério. A esmagadora maioria do DNA humano vem de fora do nosso planeta. Esses evidentes "genes-lixo extraterrestres" simplesmente "curtem o passeio" com os outros genes ativos, passando de geração à geração.



Depois de abrangentes análises com a assistência de outros cientistas como programadores, matemáticos e outros sábios acadêmicos, o professor Chang se perguntou se o evidente DNA-LIXO humano foi criado por algum tipo de "programador extraterrestre". "As cadeias alienígenas dentro do DNA humano tem suas próprias veias, artérias e seu próprio sistema imunológico que resiste vigorosamente à todos os tipos de drogas anti-câncer conhecidos", observa o professor Chang.

O professor Chang estipula também que "Nossa hipótese é que uma forma de vida extraterrestre superior se ocupou de criar novas formas de vida e de plantá-las em vários planetas. A Terra é apenas um deles. Talvez, após programar-nos, nossos criadores se ocuparam de criar-nos como criamos bactérias em laboratórios. Nós não sabemos seus motivos, se era para ser um experimento científico, ou um jeito de preparar novos planetas para a colonização, ou se é um trabalho de longo prazo de semeação de vida no universo."



Prof. Chang
Chang, além disso, ressalta que "Se nós pensarmos nisso em termos humanos, os supostos "programadores extraterrestres" provavelmente estavam trabalhando em "um grande código" consistente de vários projetos, e esses projetos devem ter produzido várias formas de vida para vários planetas. Eles também devem ter tentado várias soluções. Eles escreveram "o grande código", executaram-no, não gostaram de algumas funções, mudaram-no ou adicionaram novas funções, executaram-no novamente, fizeram melhorias, tentaram novamente e novamente."

Além disso, o time de pesquisadores do professor Chang conclui que "Os "programadores extraterrestres" talvez tenham sido ordenados a excluir todos os seus planos idealísticos para o futuro quando se concentraram no "projeto Terra" a fim de terminá-lo no prazo adequado. Provavelmente com pressa os "programadores extraterrestres" cortaram drasticamente o "grande código" e o entregaram somente com as características básicas planejadas para a Terra.



Chang é somente um de vários cientistas e outros pesquisadores que descobriram origens extraterrestres para a Humanidade.

Chang e seus colegas mostram que as aparentes lacunas no sequenciamento do DNA, precipitadas por uma suposta pressa em criar a vida humana, presenteou a raça humana com o ilógico crescimento desordenado de células que conhecemos por câncer.

O professor Chang ainda aponta que "o que vemos em nosso DNA é um programa consistindo de duas versões, um código básico e um grande código." Chang então afirma que "o primeiro fato é que o programa completo absolutamente não foi escrito na Terra, isto é um fato confirmado. O segundo fato é que os genes, por si sós, não são suficientes para explicar a evolução, deve haver algo mais "no jogo".



"Cedo ou tarde", diz Chang, "nós teremos que enfrentar a inacreditável idéia de que toda a vida na Terra carrega códigos genéticos de nossos "primos extraterrestres" e que a evolução não se deu do jeito que pensávamos."

A Busca do Graal

por: José Francisco Botelho
O jovem Percival estava exausto depois de cavalgar o dia inteiro. Meses antes ele tinha partido dá corte do rei Artur em busca de fama e aventuras, mas naquela noite tudo que ele queria era dormir. Foi quando avistou um castelo. Os portões estavam abertos e Percival entrou. Lá dentro foi recebido por um certo "Rei Pescador", um velho nobre que o convidou para a ceia. Antes do banquete começar, duas crianças atravessaram a sala. Primeiro um menino passou trazendo nas mãos uma longa lança, cuja ponta sangrava como se estivesse viva. Logo depois surgiu uma menina em roupas majestosas, carregando um recipiente de ouro puro, incrustado pelas jóias mais preciosas da Terra. O clarão era tão intenso que as velas do castelo perderam o brilho. Percival ficou deslumbrado, mas, por timidez, não perguntou o significado daquilo. No dia seguinte, o cavaleiro seguiu viagem. Aquela cena nunca mais sairia de sua cabeça. Um dia, ele decidiu reencontrar os tesouros e desvendar seus segredos, ainda que a aventura lhe custasse a vida. A busca pelo Graal acabava de começar.



Percival
Essa história foi escrita há mais de 800 anos, por volta de 1190. Ela faz parte do livro “Le Conte du Graal” ("O Conto do Graal"), de Chrétien de Troyes, um dos maiores escritores franceses da Idade Media. O livro deixava de explicar muitas coisas. Afinal, que recipiente dourado era aquele? Quem era o Rei Pescador? Por que a lança sangrava? Como acabou a busca de Percival? Poucos anos depois, Chrétian morreu, deixando todas essas perguntas sem resposta.

Pelo que se sabe, O Conto do Graal foi a primeira referência ao tema na história. A Bíblia não fala uma palavra sobre o Santo Graal e seus poderes. O livro de Chretien incendiou a imaginação dos europeus do século 12 e acabou se tornando uma verdadeira obsessão para leitores e escritores. Tudo indica que O Conto do Graal foi uma espécie de best seller de sua época o primeiro de uma longa série de sucessos literários inspirados pelo tema. Com o tempo, foram surgindo explicações para as coisas estranhas que aconteciam na história e tanto o recipiente dourado quanto a lança começaram a ser interpretados como relíquias dos tempos bíblicos. O Graal, que começou sua história no reino da ficção, foi sendo transformado pelo imaginário coletivo em uma das peças centrais da mitologia do cristianismo um objeto divino, dotado de poderes miraculosos e capaz de diminuir a distância entre Deus e os homens. Uma imagem tão poderosa que até hoje há quem diga que ele realmente existiu.



Após a Idade Media, a "lança que sangra" ficou meio de lado nas páginas da literatura, mas o Graal continuou sua carreira de sucesso.
Ele chegou aos tempos modernos e povoou filmes hollywoodianos, reflexões eruditas e best sellers internacionais. Por trás de toda sua fama, o mistério permanece. Oito séculos após o surgimento da lenda, o dilema central continua de pé: afinal de contas, o que é o Graal?



AS RAIZES MEDIEVAIS

É bom avisar logo: para a pergunta acima não há resposta. O que se sabe é que graal é uma palavra do francês antigo que indica uma espécie de tigela utilizada nas refeições dos aristocratas. Alguns acreditam que o Santo Graal seja um artefato arqueológico cujos rumos podem ser traçados desde a Antiguidade até os dias de hoje. Para outros, ele a um símbolo esotérico ou um ideal filosófico. Muita gente afirma que ele nunca passou de fantasia literária.

A estréia do Graal nas páginas da ficção, no livro de Chrétien, ocorreu em uma das épocas mais dinâmicas e criativas da história: os séculos 12 a 13, que assistiram a uma revolução nas sociedades européias.



"Em todos os aspectos da vida e da cultura, o período foi decisivo para a formação do Ocidente", diz o medievalista Jose Rivair Macedo, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. “As cidades se multiplicavam e se expandiam, o comércio renascia e por todo lado ocorriam grandes mudanças sociais a econômicas.” Esse clima também se refletiu na literatura, dando origem aos primeiros poemas e romances das línguas européias modernas antes só se escrevia em latim, e para poucos.

Chrérien de Troves, autor de diversos romances sobre as lendas do rei Artur e dos cavaleiros da Távola Redonda, foi um dos escritores mais lidos dessa época revolucionária. Embora tenha sido o primeiro a escrever sobre o tema, há quem diga que o Graal não foi uma invenção sua. A figura de um "recipiente sagrado'' era comum na mitologia do povo celta, que habitou a Europa Ocidental na Antiguidade, antes da chegada dos romanos. Entre as crenças celtas, havia a do caldeirão de Ceridwen, que continha uma "poção da sabedoria", e a do caldeirão de Bran, dentro do qual os guerreiros mortos ressuscitavam. Para muitos estudiosos, o Graal de Chrétien é herdeiro dessas lendas, mais antigas que o próprio cristianismo.


Ao longo dos séculos, circulou a tese de que Chrétien encontrou a história do Graal em algum manuscrito desaparecido. Essa opinião se baseia nas palavras do próprio autor: na obra ele cita um livro anônimo cujas revelações teriam servido de inspiração para o seu conto. De acordo com alguns historiadores, isso talvez não passe de um truque literário. Ao contrário do que acontece nos tempos atuais, a Idade Média não via a originalidade com bons olhos. Os escritores tinham o hábito de citar autoridades reais ou imaginárias para dar força a suas próprias criações. Ainda assim, a idéia de um manuscrito original contendo a "verdadeira" história do Graal tornou se comum na Idade Media. Muita gente afirmou ter encontrado o texto, mas ninguém convenceu completamente os historiadores. Se Chrétien inventou o Graal ou se o encontrou numa narrativa antiga, é coisa que provavelmente jamais saberemos.



Ainda mais incerto é o significado que Chrétien pretendia dar aos tesouros do Rei Pescador. Embora o conto fosse um trabalho de ficção, era comum que literatura a teologia se misturassem na Idade Media, com uma facilidade que pode ser difícil de compreender para a mente materialista do século 21. A religião estava presente em todos os aspectos do dia a dia: nobres e plebeus acreditavam no poder das relíquias (veja quadro), viajavam centenas de quilômetros para visitar túmulos de santos e viam por todos os lados presságios do Juízo Final e sinais da providência (ou da ira) divina. Naquele mundo saturado de misticismo, o público estava acostumado a encontrar símbolos religiosos em meio aos enredos de seus romances favoritos.

Nos 30 anos seguintes, a história de Percival seria recontada por diversos autores, que acrescentaram novos detalhes e deram ao Graal aspectos diferentes. Para alguns, ele é um relicário contendo a hóstia. Para outros, uma taça ou uma simples tigela. Em Perlesvaus, obra anônima escrita por volta de 1210, o Graal é um objeto mutante, que assume cinco formas diferentes. Segundo o romancista, "nenhuma dessas transformações pode ser revelada" aos mortais comuns, exceto a última: a forma de um cálice. Alguns acreditam que o Graal cálice reflita o fascínio medieval pela cerimônia da Eucaristia, na qual a hóstia é consagrada como sendo o corpo de cristo o momento mais solene a dramático da fé católica.

Mas foi nas páginas do Roman de L'Estoire du Graal ("Romance da História do Graal"), escrito entre 1200 a 1210 pelo poeta francês Robert de Boron, que o Santo Graal ganhou sua versão mais popular. Robert criou uma explicação "histórica" para o misterioso tesouro: o Graal seria o prato ou o vaso no qual Jesus partiu o pão na ultima ceia, mais tarde usado pelo seu discípulo Jose de Arimateia para recolher o sangue de Cristo na cruz.



José de Arimatéia recolhe no Graal
o Sangue de Jesus
Depois da crucificação, essa relíquia teria passado por várias peripécias na Terra Santa até aportar em solo europeu, onde teria ficado escondida atrás das muralhas de um castelo encantado. Segundo o livro de Robert, o objeto tinha poderes sobrenaturais, entre eles o dom de curar feridas, espantar demônios, fazer a terra florescer e revelar segredos apocalípticos. O Cálice Sagrado funcionaria como uma ligação do plano material com o metafísico uma espécie de ponte entre o humano e o divino.

Em outros romances, a origem da "lança que sangra" também é desvendada. Ela é descrita como a arma usada pelo soldado romano Longinus para rasgar o flanco de Cristo durante a crucificação. Segundo uma velha crença, o golpe dado por Longinus representa o momento exato da morte do Messias. Logo, a lança seria nada menos do que a arma usada para matar Jesus. Não espanta que depois de tantos séculos ela continuasse ensangüentada.



Todas essas teses fortaleciam a crença de que os objetos avistados por Percival fossem mais do que simples tesouros. Eles eram as maiores relíquias do cristianismo os mais sagrados entre todos os objetos sobre a terra.



AS NOVAS LENDAS

O poeta bávaro Wolfram von Eschenbach, que viveu entre os séculos 12 a 13, foi responsável pela versão mais surpreendente do Santo Graal na Idade Media. Sua obra prima, Parsifal, escrita entre 1210 a 1220, sugere que o Graal era muito anterior a Cristo. Em vez de prato, vaso ou cálice, ele é descrito como uma pedra luminosa, trazida à Terra por espíritos celestiais quando o mundo era jovem. O Graal pedra teria sido guardado através dos séculos por uma irmandade de cavaleiros, os tempieisen (pronuncia se "templáisen"), no castelo de Munsalvaesche. Wolfram era um autor criativo e suas obras estão cheias de palavras inventadas e lugares imaginários ninguém sabe o que podiam ser os tempreisen ou que lugar era Munsalvaesche.

A história de Wolfram tem semelhanças curiosas com a lenda do Al Hajarul Aswad rocha negra guardada na Caaba, centro da Mesquita de Meca , o objeto mais sagrado do islamismo. O poeta bávaro pode ter sofrido influência de autores muçulmanos, numa época em que os árabes dominavam boa parte da Europa.



Segundo lendas antigas, o AI Hajarul Aswad caiu dos céus nos tempos de Adão e tem o poder de purificar os fiéis de seus pecados. Outros acreditam que o Graal de Wolfram seja uma alusão ao "lápis elixir", ou pedra filosofal, substância mítica que os alquimistas medievais consideravam capaz de prolongar a vida e transformar qualquer metal em ouro.

Parsifal pode estar na origem de outra lenda que passou a circular no fim do século 13. Segundo ela, o Graal era uma esmeralda que havia adornado a coroa de Lúcífer, o anjo mais poderoso dos exércitos dívinos. Essa lenda afirma que a coroa foi despedaçada pela espada do arcanjo Miguel quando Lúcifer ousou revoltar se contra Deus. O anjo despencou para o fundo do Inferno e a esmeralda caiu na Terra como um meteorito. Mais tarde, ela seria encontrada por um sábio chamado Titurel e esculpida na forma de um vaso.

Livros como esse alcançaram uma popularidade tão grande que, de acordo com o medievalista francês Philippe Walter, deram origem a uma verdadeira "Era do Graal" na cultura da Idade Média. Logo o Santo Cálice ultrapassou os limites da ficção e entrou no reino da possibilidade histórica. Começaram a correr rumores de que ele se encontrava de fato em algum lugar da Europa (veja o mapa abaixo).



Para os interessados em rastrear o "verdadeiro Graal", o livro de Wolfram, com seus detalhes exóticos e alusões obscuras, foi um prato cheio. Parsifal cercou se de polêmicas nenhuma delas mais persistente do que a levantada pela palavra templeisen.



No inicio da Idade Contemporânea, surgiu a tese de que a irmandade citada em Parsífal fosse uma referência à Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão os templários. Para entender o fascínio que essa teoria exerceu (e ainda exerce) sobre leitores e escritores, é preciso dar uma olhada na controversa trajetória dos templários um drama real, mas tão intenso a surpreendente que também poderia ter saído das páginas de um romancista.


OS TEMPLÁRIOS

Em 1095, incitados pelo papa Urbano II os cristãos da Europa organizaram um ataque à Terra Santa, então dominada por muçulmanos. Essa invasão foi a Primeira Cruzada e seu resultado foi a conquista de parte do território onde hoje fica Israel e a Palestina. Apesar da vitória militar, o território continuou sob litígio e, portanto, não era dos lugares mais seguros para cristãos. Por isso, 20 anos depois, foi fundada a Ordem do Templo, com o objetivo de proteger os peregrinos cristãos em visita aos santuários. Os membros da ordem uniam o treinamento militar às regras monásticas além dos votos de pobreza e castidade, eles juravam defender a fé a golpes de espada.



Apesar do voto de pobreza a ordem adquiriu uma especialidade nada franciscana: ganhar dinheiro. Ao longo dos séculos dedicados a proteger cristãos, os templários receberam de nobres agradecidos muitas doações de terras e dinheiro. Além disso, eram beneficiados por isenções de impostos e foram aos poucos montando uma frota naval que se tornaria maior que a de qualquer Estado cristão. Seu sucesso no mundo financeiro foi tão grande que "os defensores de Cristo" acabaram se tornando banqueiros. Emprestavam dinheiro, aceitavam depósitos, controlavam investimentos.

Cem anos após sua fundação, a ordem transformara se numa verdadeira companhia multinacional, mais rica que qualquer pais cristão. A influência política dos templários cresceu junto com sua riqueza. Nos séculos 12 a 13, os cavaleiros trabalhavam como conselheiros e diplomatas nas cortes dos reis e no próprio Vaticano, compartilhando segredos de Estado e contando com privilégios legais. É claro que tanto poder gerou inimigos. E a situação dos templários piorou muito em 1291, quando os muçulmanos, depois de dois séculos de luta, finalmente expulsaram os cristãos da Terra Santa.

Nas primeiras horas de 13 de outubro de 1307, Felipe, o Belo, rei da França, ordenou a prisão de todos os monges guerreiros do país, sob acusação de heresia. Começava um dos julgamentos mais famosos e (aparentemente) injustos da história. As acusações incluíam o culto do demônio, homossexualismo a insultos a hóstia crimes que, na Idade Media, eram motivo de sobra para a pena de morte.



Na opinião da maior parte dos estudiosos, tudo não passou de calúnia. "Nenhum historiador de renome admitirá como verdadeira essa miscelânea de tolices", escreveu o medievalista inglês Malcolm Lambert no seu livro de 1992, “Medieval Heresy” ("Heresia Medieval', sem versão brasileira). Torturados e amedrontados, muitos templários se declararam culpados. Vários monges guerreiros pereceram nas câmaras de tortura, nas profundezas dos calabouços ou nas fogueiras da Inquisição. Outros se mataram de puro desespero. Em 1315, o papa Clemente V extinguiu oficialmente a ordem e parte das suas propriedades foi parar nas mãos de seu maior algoz o rei da França.

A maior parte dos historiadores aposta que os monges guerreiros tenham sido dizimados por motivos políticos e econômicos. O rei Felipe estava falido e confiscar a fortuna da ordem seria uma ótima solução para ele. Mas há teorias que dizem que a perseguição teve razões mais misteriosas. Elas falam num fabuloso "tesouro dos templários", que incluiria quantidades absurdas de ouro, prata a jóias, além de artefatos sagrados encontrados na Terra Santa. Essas teses começaram a tomar forma apenas entre os séculos 18 e 19 época em que surgia, simultaneamente, um renovado interesse pelos mitos do Cálice Sagrado. O Graal tinha sido esquecido no início da Renascença, quando todos os medievalismos saíram de moda. Agora, no entanto, o mito do Cálice Sagrado renascia com força total, inspirando diversas obras primas do Romantismo, entre elas a opera Parsifal, do compositor alemão Richard Wagner.




Opera Parsifal de Richard Wagner
Não demorou muito para que estudiosos sugerissem que o suposto "tesouro perdido" dos templários, nunca encontrado, fosse nada menos que o Graal. No século 19, as obras de Wolfram foram resgatadas e o erudito austríaco Joseph von Hammer Purgstall foi o primeiro a afirmar que os templeisen eram na verdade cavaleiros templários. Para ele, a Ordem do Templo servia de fachada para os adeptos de uma seita pagã que adotava o Graal como uma espécie de ídolo satânico. Segundo essa tese desvairada, a matança dos templários não tinha nada de injusta foi apenas uma reação da Igreja contra esses conspiradores demoníacos.

Hoje, a maior parte dos historiadores descarta a teoria como pura imaginação. "O vínculo entre templários e o Graal é implausível", escreveu o medievalista inglês Richard Barber em “The Holy Grail: Imagination and Belief “ ("O Santo Graal: Imaginação a Crença", publicado em 2004 e ainda sem tradução no Brasil). "A Ordem do Templo era uma sociedade militar com fins práticos e não tinha nenhum interesse em misticismo ou teologia", diz.



Suposto culto maçom
com Baphomet ao fundo
Ainda assim, com sua irresistível mistura de erudição a conspiração, o pesquisador austríaco abriu as portas para teorias mirabolantes que relacionam templários, o Cálice e algum grandioso segredo escondido entre as páginas da história.


O CÁLICE POP

No século 20, a lenda ganhou interpretações que soariam inacreditáveis para os contemporâneos de Chrétíen de Troyes. Em 1920, a inglesa Jessie Weston imaginou uma explicação sexual: o vaso seria um símbolo da vagina e a ``lança sangrenta" adivinhe representaria o pênis. Houve quem viajasse ainda mais longe. Na década de 80, o pastor anglicano Lionel Fanthorpe, presidente da Associação Britânica de Pesquisas Ufológicas, sugeriu, no livro “The Holy Grail Revealed” ("O Santo Graal Revelado", não traduzido no Brasil), que o Cálice tivesse sido "trazido à Terra por uma nave espacial".

Uma das teses mais famosas e também das mais controversas é a do livro “O Santo Graal e a Linhagem Sagrada”, de 1982. Os detratores da teoria reclamam da lógica peculiar do livro, onde coincidências servem como provas e suposições viram argumentos. Por exemplo: os evangelistas às vezes se referem a Jesus como "um rabino" e, na antiga Judéia, os rabinos tinham que ser casados. Logo, Jesus devia ter uma esposa. E ela devia ser Maria Madalena, a "pecacadora que Jesus salvou do apedrejamento.



Jesus e Maria Madalena
Em seguida, o livro interpreta a expressão francesa ‘San Greal’ (usada em alguns textos medievais para indicar o Cálice Sagrado) como uma corruptela de ‘sang real’ (em francês amigo, "sangue de rei"). O Evangelho de Marcos afirma que Jesus era descendente dos reis Davi e Salomão - logo, o tal sangue real pode ser uma referência à linhagem terrena de Cristo. De suposição em suposição, os autores chegam à hipótese de que a crucificação foi uma farsa. Jesus, que se considerava herdeiro do trono de Jerusalém, fugiu para a França com a esposa e seus filhos. Sua descendência teria continuado viva com os merovingios, dinastia francesa que reinou nos primeiros séculos da Idade Média. Perseguidos pela Igreja Católica, que temia perder seu poder sobre os fiéis, os herdeiros de Cristo teriam sobrevivido graças à proteção adivinha de quem? - dos templários.


Graças ao gosto moderno por intrigas esotéricas e complôs universais, essa teoria acabou se transformando num fenômeno pop. Ainda que poucos pesquisadores a levem a sério, ela acabou definitivamente assimilada à mitologia do Santo Graal. As idéias contidas em “O Santo Graal e a Linhagern Sagrada” serviram de inspiração para best sellers internacionais como ‘Os Filhos do Graal’, de Peter Berling, sucesso na Europa na década de 80, e ‘O Código Da Vinci’, de Dan Brown, que vendeu 17 milhões de exemplares pelo mundo e virou filme pelas mãos do diretor Ron Howard.



Ao que tudo indica, a saga do Graal está longe de acabar. Relíquia católica símbolo pagão ou estrela do entretenimento, ele continua uma imagem capaz de significar muitas coisas em muitas épocas diferentes e é nesse poder camaleônico de sugerir e ocultar, iluminar e confundir, que se encontra o segredo de sua longevidade.

Desde os tempos da cavalaria até a era da comunicação em massa, o Graal sempre foi um objeto mais do reino da ficção que da história. Mesmo assim, ao longo desses 800 anos, ele nunca parou de mexer com a imaginação humana. O Código Da Vinci não é o primeiro best seller a ter o Graal como estrela. E pode ter certeza de que não será o ultimo.


por: José Francisco Botelho
Revista Super interessante
Fevereiro de 2005

COMO ERA A PESSOA DE JESUS CRISTO



Carta do governador da Judéia, Públios Lentulus, ao César Romano:
Documento arquivado em ROMA

- Soube ó César, que desejavas informações acerca desse homem virtuoso que se chama Jesus, que o povo considera um profeta, e seus discípulos, o filho de Deus, criador do céu e da terra.
Com efeito, César, todos os dias se ouvem contar dele coisas maravilhosas.
Numa palavra, ele ressuscita os mortos e cura os enfermos.
É um homem de estatura regular, em cuja fisionomia se reflete tal doçura e tal dignidade que a gente sente obrigado a amá-lo e temê-lo ao mesmo tempo.

A sua cabeleira tem até as orelhas, a cor das nozes maduras e, daí aos ombros tingem-se de um louro claro e brilhante; divide-se uma risca ao meio, á moda nazarena.
A sua barba, da mesma cor da cabeleira, e encaracolada, não longa e também repartida ao meio.
Os seus olhos severos têm o brilho de um raio de sol; ninguém o pode olhar em face. Quando ele acusa ou verbera, inspira o temor, mas logo se põe a chorar.
Até nos rigores é afável e benévolo.
Diz-se que nunca ninguém o viu rir, mas muitas vezes foi visto chorando.
As suas mãos são belas como seus braços, toda gente acha sua conversação agradável e sedutora.
Não é visto amiúde em público e, quando aparece, apresenta-se modestissimamente vestido.
O seu porte é muito distinto.
É belo.
Sua mãe, aliás, é a mais bela das mulheres que já se viu neste país..

Se o queres conhecer, ó César, como uma vez me escreveste, repete a tua ordem e eu te o mandarei.
Se bem que nunca houvesse estudado, esse homem conhece todas as ciências.
Anda descalço e de cabeça descoberta.
Muitos riem, quando ao longe o enxergam; desde que porém, se encontram face a face com ele, tremem e admiram-no.


Dizem os hebreus que nunca viram um homem semelhante, nem doutrinas iguais às suas.
Muitos crêem que ele seja Deus, outros afirmam que é teu inimigo, ó César.
Diz-se ainda que ele nunca desgostou ninguém, antes se esforça para fazer toda gente venturosa.


OBS 1:
A descrição acima foi traduzida de uma carta de Públius Lentulus a César Augusto, Imperador de Roma.
Públius Lentulus foi predecessor de Pôncio Pilatos como governador da Judéia, na época em que Jesus Cristo iniciou seu ministério.
O texto original encontra-se na biblioteca do Vaticano.
Comprovada sua autenticidade, tornou-se, fora da Bíblia, o documento mais importante sobre a pessoa de Jesus.


OBS 2:
Sabemos também que após a crucificação de Cristo
Públius Lentulus tornou-se seu seguidor e, juntamente com sua filha Lívia, levava a palavra de Deus aos povos da época

Será que os ETs falam a nossa língua?
.
por: Carlos Orsi
Em artigo recente para a newsletter da Livraria Cultura, o jornalista
Eduardo Martins (autor do Manual de Redação e Estilo de O Estado de S.
Paulo) comenta o distanciamento entre a linguagem cada vez mais
especializada do noticiário político e o português nosso do cotidiano.

Expressões comuns nas páginas de política, como "baixo clero" ou "base
aliada", funcionam como uma espécie de chamada metafórica para as
notas de rodapé, evocando idéias ou conceitos mais elaborados. O
problema é que as tais notas de rodapé não estão no fim da página, e
sim na cabeça do leitor. Se não estiverem, se o leitor for um novato
no assunto, a falta de um contexto comum acaba sabotando o esforço de
comunicação.

Se a ausência de um contexto comum pode condenar ao fracasso uma
tentativa de comunicação entre dois falantes da mesma língua, membros
da mesma espécie, habitantes do mesmo país no mesmo planeta, o que
dizer de uma tentativa de comunicação com outras civilizações do
Universo?

Mesmo se um dia conseguirmos detectar sinais de rádio emitidos por
formas de vida inteligentes de fora da Terra, como poderemos saber o
que eles estão dizendo? A falta de um contexto comum mínimo faz com
que, em princípio, o abismo entre SETI (busca por inteligência
extraterrestre) e CETI (comunicação com inteligência extraterrestre)
parece intransponível.

A questão, no entanto, já foi estudada – um ótimo livro sobre o
assunto é Beyond Contact, de Brian McConnell – e não é tão
desesperadora assim. Um exame mais detalhado da situação mostra que
existem, de fato, dois pontos de contato entre nós e qualquer
civilização que venha a ser detectada por nossos radiotelescópios:
ambos vivemos no mesmo Universo, e ambos sabemos como construir e
operar um transmissor de rádio.

Conclui-se, portanto, que ambos entendemos alguma coisa de matemática
– cujas regras fundamentais são as mesmas em todo o Universo e sem a
qual é impossível construir uma antena parabólica capaz de transmitir
sinais de rádio a distâncias interestelares.

A idéia, portanto, é usar a matemática como ferramenta para
estabelecer um vocabulário comum. Esse vocabulário pode ser
apresentado a partir de uma série exaustiva de exemplos – como AZAYAA,
AZAZAYAAA, etcétera, etcétera, para tentar mostrar que "Z" corresponde
à adição e "Y", ao conceito de igualdade. Claro que, em vez de letras,
os sinais da mensagem seriam dígitos binários, mas o espírito é esse.

A idéia geral foi expressada no livro LINCOS: Design of a Language for
Cosmic Intercourse (LINCOS: Projeto de uma Língua para Intercurso
Cósmico), do matemático Hans Freudenthal, publicado em 1960. "LINCOS"
é uma abreviação do latim "Lingua Cosmica".

Até hoje, nós terráqueos não usamos nada parecido com LINCOS para
enviar mensagens ao espaço. Mas quem sabe? A idéia é lógica o
suficiente para que algo semelhante tenha ocorrido a uma outra
civilização que esteja querendo puxar conversa. O melhor que a maioria
de nós pode fazer, por enquanto, é manter o SETI@home rodando. E
esperar.

GUARDIÕES DE NOSSAS ALMAS




por: Toni Elizabeth Sar'h Petrinovich
Há muitos anos atrás, encontrei, por acaso, alguma informação relativa à existência de Globos de Luz que podiam ser vistos a olho nu e fotografados. Ela afirmava que estes Globos eram omni-presentes e não locais, eles existem fora dos limites desta dimensão enquanto continuam sendo capazes de se manifestar dentro dela.
Sendo cientificamente inclinada e muito curiosa, sentei-me em meditação e solicitei que os Globos se comunicassem comigo. Dentro de momentos, eu estava experimentando um conjunto de Globos conversando comigo a respeito da estrutura da vida nesta e em outras dimensões. Foi informativo, conciso e diferente de todos os meus pensamentos particulares até aquele momento.

Meditei por aproximadamente uma hora e, em seguida, comecei a sair do estado meditativo acreditando que os Globos não estariam mais ali. Não era verdade, eles deixaram-me saber que eles estavam aqui para ficar.

Não muito tempo depois daquele dia, eu encontrei três pequenos Globos de Luz cruzando o meu quarto. Comecei a subir sobre a cama somente para encontrar um enorme Globo de 1 m de diâmetro que se deslocava pela sala. Isto me deixou com um profundo sentimento de paz, propósito, amor e alegria. A presença estava conscientemente lá e com muito propósito. Eu estava completamente acordada e vendo este Ser de Luz a olho nu.



Orb's fotografadas em São Thomé durante o evento O Caldeirão das Feiticeiras - 2010
Poucos dias depois, eu senti este Globo no fundo da minha banheira. Perguntei a ele porque tinha aparecido tão predominantemente por várias noites anteriores. Ele respondeu sucintamente: "Desta forma, ele iria embora." Fiquei surpresa e grata. Eu tinha pedido a meu ex-marido, durante meses, para me deixar sem sucesso.

Eu tinha dito a ele sobre a visão do Globo na manhã seguinte à sua ocorrência. Sua resposta foi: "Isso é tudo. Vou sair e não mais voltar." Embora algumas pessoas possam sentir que isto iria me criar angústia, era precisamente o que eu tinha desejado por algum tempo. O Globo tinha aparecido para ajudar a fazer isto acontecer.

Comecei a falar com os Globos dentro da minha mente mesmo estando os vendo ou não. Recebi respostas para perguntas que fiz com a sensação de que eles estavam apenas confirmando o que eu já sabia. Tenho tirado muitas fotos deles de fora, de dentro, na luz, no escuro. Eles surgem de forma inesperada e frequente.

Os interessados em Globos de Luz podem ver muitas fotos deles em meu website: www.sacredspaceswa.com.



Orb's fotografadas em São Thomé durante o evento O Caldeirão das Feiticeiras - 2010
Eles estão desejosos de se comunicar conosco através de conversa telepática direta. Nós temos uma capacidade inerente de ouvi-los se nos abrirmos ao processo. Eles estão cheios de compaixão, são completamente não-julgadores nos trazem uma mensagem de que todas as coisas são possíveis à medida que nos transformarmos como uma espécie no planeta Terra.

Há um desejo tão grande na consciência de massa em "saber" o que compreende os Globos e como eles funcionam neste reino. Aqueles que estão estudando as propriedades potenciais dos Globos dizem que eles são semelhantes a energia do plasma.

Cientificamente, o plasma é um gás ionizado. Na maioria dos estados da matéria, o elétron está vinculado no interior do átomo. No estado ionizado, os elétrons estão livres, sem limites. Esta carga elétrica livre reage fortemente ao campo eletromagnético da Terra. Embora isso possa soar estranho ou assustador, a ciência descobriu que as estrelas são feitas de plasma. Até mesmo o espaço entre as estrelas contém plasma.

Este estado de plasma é uma das principais razões pelas quais as câmeras são capazes de tirar fotos de Globos tão facilmente. O flash da câmera "envia" fótons em direção ao espaço em que o Globo existe. Seus elétrons livres capturam os fótons que, por sua vez, aceleram a freqüência do seu comprimento de onda ou amplitude. Tudo isso acontece muito rapidamente.

Quando os elétrons retornam ao seu comprimento de onda original, eles liberam os fótons acumulados (fotoluminescência) e os capturamos em imagens ou os vimos a nossos olhos nus.

Mais informações estão disponíveis em www.globostudy.com.



Zelinda no Templo de Monvergrazt, ao entardecer, cercada por Orb's
Em 2004, fiz uma viagem a La Push, WA, onde eu encontrei os Globos mais reinantes que eu já tinha experimentado. Quando perguntei a eles sobre esta ocorrência, eles me disseram que era um convite para me alinhar a eles a fim de levar sua mensagem aos outros através do meu dom de "ouvi-los” tão claramente.

Desde aquela época, eu comecei a fazer a leitura de comunicações para os outros através das quais os Globos falavam com o indivíduo sobre o seu crescimento de alma. A informação que é transmitida cria um portal para um mundo em que muitos não acreditariam ser possível para eles mesmos.

Eles estão aqui para apoiar e ligar a lacuna existente entre os véus desta dimensão e a terra da alma. Sua mensagem é clara: “Você é capaz de qualquer coisa, você é capaz de tudo.” O presente que essas leituras trazem para a vida de um indivíduo é uma bênção.

As transmissões vão muito além do pragmático, das preocupações do dia-a-dia e olham para as possibilidades disponíveis para cada ser. Sua mensagem está cheia de amor, muito prazer e, muitas vezes, um pouco de humor.

Os Globos de Luz chamam a si mesmos de Guardiões das Almas, enquanto o povo da Terra transmuta e transforma sua energia baseada em carbono em energia de luz. Eles estão acessíveis a qualquer pessoa que queira chamá-los e que estejam abertas à experiência.

Sua mensagem é o não-julgamento e o amor incondicional por toda a vida. Ela se relaciona com o potencial de cada ser em um reino onde tudo é possível. Sua comunicação ultrapassa as constrições aparentes dos assuntos cotidianos da humanidade a partir do campo de existência que flui da Fonte.

Entre todas as informações disponíveis e desinformações sobre os Globos de Luz, pode haver muita confusão. Ao ler materiais de outros sobre suas experiências com os Globos, lembre-se que cada um cria sua própria verdade. Se o que você lê ou ouve é válido para você, sinta-se confortável em aceitá-lo. Se não entrar em ressonância com você, então saiba que pode não ser a sua própria verdade.



Willian, Arsenio e Simone, no Templo da Terra, na Cidade das Estrelas, cercados por Orb's
Eu ofereço minha própria experiência com os Globos de Luz para ajudar na compreensão dessas criaturas benevolentes de luz que estão participando de nossa dimensão através de seus corpos de luz.

Não muito tempo depois dos Globos terem me dado o título como “Guardiões de Almas", recebi fotos da mãe de Nick. Nick fez sua transição para o outro lado do véu no Natal, em 1997, na Colúmbia Britânica, no Canadá.

Antes de partir do plano físico da Terra, Nick teve dois sonhos. Em um sonho, ele nadava com os golfinhos e as baleias. No segundo sonho, ele foi abordado por Seres de Luz que disseram a ele que ele era para ser um "Guardião de Alma".

Após sua passagem, a mãe de Nick descobriu que, quando ela tirava fotos, principalmente de seu filho mais novo, que tinha três meses de idade na época da morte de seu irmão, um Globo gigante (às vezes mais de um) estava presente em torno do irmão mais novo. Quando Nick contou à mãe que ele era para ser um "Guardião da Alma", ela comentou com ele que seu irmão não tinha dormido desde o dia em que ela o trouxe para casa do hospital. No entanto, ele dormia quando seu irmão mais velho o estava visitando. Nick respondeu: "Talvez seja a alma dele que eu deveria estar guardando.

Todas essas informações nos deixa sem definição específica do que um é um Globo de Luz em relação ao nosso mundo. Eu questiono a nossa necessidade de saber. Se eles trouxerem mensagens de amor, compaixão, dons da graça e entendimento, então não é suficiente.



Jorge, Angélica e Beth, na Cachoeira de Aratron, no carnaval de 2009
A consciência de massa baseia-se em conhecimento empírico para sustentar a ilusão de segurança. A segurança é a maior decepção da noosfera. Ela promete algo que não pode entregar.

Até agora, os Globos de Luz tem transmitido sua promessa de muitas maneiras. Desde a transmissão de diksha na Índia até a ajuda no equilíbrio da minha vida pessoal, eles agem como guardiões de nosso bem superior. Será que realmente precisamos de mais alguma coisa?


A Energia de Vida


Há, pelo menos, 4.000 anos que o ser humano conhece esta energia: a energia orgônica ou vital. Os hindus a chamam de “prana” e dizem que esta energia, além de estar no ar e nos alimentos, ela se acumula e circula em nosso corpo. Os chineses descobriram-na condensadas em centenas de pequeninos pontos espalhados pelo corpo – os pontos de acupuntura – e deram-lhe o nome de “chi”. Os Kahunas, magos da Polinésia, denominaram-na de “maná” ao desenvolver suas práticas na natureza. Na Grécia Antiga, Pitágoras a chamava de “Pneuma” e mais tarde, Hahneman a chamaria de “força vital”.


Wilhelm Reich
Mas, foi Wilhelm Reich, psiquiatra austríaco da primeira metade do século passado, quem a pesquisou cientificamente e inventou aparelhos que medem e acumulam esta energia, nomeada por ele de “orgone”. Daí o nome de energia orgônica. Numa definição mais formal, poderíamos dizer que ela é a energia cósmica primordial, presente universalmente; demonstrada visível, térmica, eletroscopicamente e pelo contador Geiger-Müller. É a energia biológica nos seres vivos.

Um dos inventos de Reich foi a Caixa Orgônica. Ela tem a forma cúbica e é constituída de três camadas: a externa, que é composta de uma placa de madeira; a interna, feita de uma placa de ferro galvanizado ou outro metal; e a intermediária, formada de algodão vegetal em rama.



Potente acumulador de energia, a Caixa Orgônica concentra aproximadamente de 3 a 5 vezes mais energia orgônica em seu interior, porque na camada externa está a madeira, matéria orgânica que capta energia mas a cede ao algodão na camada intermediária, cuja função é fazer perfeito contato entre a madeira e o ferro na camada interna. Este, sendo bom condutor e mau armazenador de energia, rejeita-a para o interior da caixa que está com potencial inferior. Este fluxo só se interrompe quando o potencial de captação energética da matéria orgânica utilizada (madeira e algodão) se iguala ao potencial acumulado no interior da Caixa. Neste momento, o seu interior contém de três a cinco vezes o nível de energia do ar.

Com o uso diário da Caixa de 30 a 40 minutos, elevamos nosso potencial energético. Desta forma, ficamos imunes aos microorganismos, além do que a nossa reprodução celular, que promove a renovação dos órgãos e tecidos, também será melhor.



Ilse Ollendorf Reich & Wilhelm Reich
with son Peter Reich 1944
Hoje em dia, a vida na cidade é tensa, sobressaltada e insegura; o ar é poluído e a alimentação tem um teor energético menor do que na roça, onde estamos em contato constante com a natureza e o produto é fresco. Os agrotóxicos e outras substâncias nocivas ao nosso organismo, contidas nos alimentos, geram muita energia orgônica prejudicial, classificada por Reich como energia DOR. Tudo isto dificulta a energização do indivíduo e propicia o aparecimento de doenças como a hipertensão, a depressão, a neurose e a ansiedade. Daí a importância da Caixa Orgônica, que é um acumulador de energia vital.

Podemos ainda, utilizar a Caixa Orgônica associados a outros recursos como as pirâmides, cristais, mosaicos e outros captadores de energia orgônica. Conseguimos elevar o potencial da Caixa Orgônica acoplando esses recursos: coloca-se a Caixa no interior da pirâmide, espalha-se diversos cristais em torno e um mosaico embaixo, obtendo-se curas mais rápidas.



Laboratório Orgônico de Reich
Mas, deve-se também ter cuidado para não se fazer um uso excessivo, pois pode causar agitação, taquicardia, dispnéia ou irritabilidade. Deve-se lembrar de que nosso corpo e, principalmente, nosso sistema nervoso tem um bom funcionamento quando seu nível energético encontra-se dentro de uma faixa ideal. Quando a energia está abaixo desta faixa, tornamo-nos cansados e entorpecidos. Quando está acima, ficamos extremamente reativos e ofegantes. Portanto, é bom ser prudente com a Caixa Orgônica.

OM SHANTI PREMA OM


Nem tudo o que Jesus fez e ensinou consta no Novo Testamento, onde os mistérios da iniciação não foram citados pelos evangelistas.
Ninguém questiona as passagens do Novo Testamento. Os ensinamentos são impostos sem uma explicação real pela Igreja e aceitos passivamente pelos fiéis. Assim, a maioria do povo cristão não sabe que o cristianismo possuiu uma doutrina secreta; mas há uma minoria de estudiosos a pesquisadores da Ciência Sagrada que reconhece o seu lado oculto.

Santo Agostinho chegou a afirmar que uma doutrina secreta existe no mundo "desde o começo do gênero humano"(1) e que o próprio Cristo fora iniciado nos mistérios antigos.

Do mesmo modo como lhe ensinaram, Jesus também aplicou o método iniciático, apresentando a verdade de duas maneiras: urna, como Sabedoria ou Ciência esotérica, secreta, que era passada para poucos escolhidos dentre a multidão; e outra, dirigida ao povo, onde era apresentada uma mensagem de esperança, de exortação por uma vida nova. Isso explica porque "muitos serão chamados mas poucos, os escolhidos" (Mateus 22:14) e prova que Jesus tinha discípulos particulares, seletos, pessoas essas que o procuravam espontaneamente, às quais ensinou muitas coisas que não constam no Novo Testamento.



Em (Mateus 13:10:) "E, acercando se dele os discípulos, disseram Ihe: Por que lhes falas por parábolas? Ele, respondendo, disse lhes: porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado..." e assim por diante, repetido em (Lucas 8:10.)

Em (Mateus 11:1) consta: "E aconteceu que acabando Jesus de dar instruções aos seus doze discípulos, partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles". Mas Mateus não revela quais eram aquelas instruções.

Em outro versículo (Mateus 4:23): "E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas a pregando o evangelho do Reino ....”

Jesus ensinava o quê?

Por que os apóstolos não registraram os ensinamentos que Jesus lhes transmitiu pessoalmente, como fizeram, na Grécia antiga, Platão e outros discípulos de Sócrates, deixando nos nos Diálogos uma boa visão dos pensamentos do seu mestre? Evidentemente porque os ensinamentos de Jesus eram transmitidos aos apóstolos "de boca a ouvido”, isto é, em voz baixa, e os discípulos respeitaram o compromisso iniciático de não revelar tudo o que apreenderam.

Jesus mesmo não escreveu nada. Suas preleções eram sempre orais, reservando aos discípulos mais próximos os ensinamentos esotéricos e advertindo os para que fizessem o mesmo: "Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas; não aconteça que as pisem com os pés e vos despedacem" (Mateus 7:6). Este trecho fala de cães e porcos, em referência aos impuros, aqueles que não estavam preparados para receber as "coisas santas".

Se Jesus conviveu com os "amigos", estudando e compartilhando com eles a sabedoria e os mistérios da vida, é provável que esta sua estadia tenha sido registrada em algum lugar. As provas se acham nas tradições iniciáticas; esteve com os essênios (2) e foi conservada através dos séculos nas Ordens ou Fraternidades secretas.



A verdade total sobre os ensinamentos esotéricos do cristianismo primitivo não se encontra num único livro. O que se encontra é uma parcela, não a verdade completa, mesmo assim sob chaves interpretativas que exigem preparo e estudo para a correta interpretação do conteúdo. É o caso da Bíblia e outros livros sagrados, onde a linguagem é cifrada, cheia de simbolismos e alegorias que o incauto toma ou interpreta ao pé da letra.

"...e nada se faz para ficar oculto, mas para ser descoberto" (Marcos 4:22), mas sem conhecer aqueles simbolismos a linguagens não é possível ter as chaves para interpretar o que está envolvido ou oculto nas palavras. Essas chaves obtém se através de longa iniciação. Finalmente, quando o discípulo está preparado interiormente, ele descobre o que antes estava oculto: a revelação.

O verdadeiro nome de Jesus era Jeoshua Ben Pandira. A respeito deste nome, Godgfrei Higgins, estudando dois comentários judeus sobre as Escrituras, o Midrash Joheleth e o Abodazara, encontrou a citação de que o sobrenome da família de José, o pretenso pai de Jesus, era Pantera. Nessas duas obras há um trecho dizendo que naquela época um homem foi curado em nome de Jeoshua Ben Pandira. Daí, portanto, a semelhança entre Pandira, Pantera ou ainda Panzera (3).
No livro O Verdadeiro Caminho da Iniciação, de Henrique José de Souza, lemos: "Jeoshua Ben Pandira é o verdadeiro nome de Jesus, o Cristo, como temos dito várias vezes". Outro livro, Ocultismo e Teosofia, de autoria de Laurentus pseudônimo do mesmo autor há pouco citado), no capitulo intitulado Interpretações Necessárias, confirma aquela informação sobre o nome de Jesus, "o filho do Homem" (4).

A Enciclopédia Ilustrada Trópico, referindo se ao cristianismo, fala em Yeshu, do hebraico, que significa "o salvador". Já na Bíblia Sagrada, tradução do padre Matos Soares, em Mateus encontra se a nota explicativa sobre Iehoshua, palavra hebraica que quer dizer "o deus que salva". Dai surgiu o nome Jeoshua que, abreviado pelas traduções, passou a ser Jesus.

Interessante o que encontramos no Pequeno Glossário Ocultista e Teosófico, que arremata o livro Ocultismo e Tesofia: "JHS chave cabalistica da qual se serviu Jesus, ou melhor, Jeoshua Ben Pandira (o Filho do Homem) para seu nome secreto". Logo, a sigla JHS, que vemos em muitas igrejas, hóstia a nos paramentos dos padres, foi tirada do verdadeiro nome de Jesus.



Quanto ao termo Cristo, também não é o segundo nome de Jesus. Ele define uma categoria superior a que pode chegar o Homem e não o nome de determinado ser, como julga erradamente a maioria, inclusive os mais letrados. Afirma o professor Henrique que tanto Buda como Cristo não são nomes individuais, como julga a maioria, a sim, um grau de dignidade a que podem chegar, tanto no Oriente como no Ocidente, aqueles que se sujeitarem a uma iniciação integral, capaz de lhes conferir uma autoridade espiritual muito superior à dos homens vulgares. Dai, entre os eubiotas, fazermos sempre questão de dizer: Gautama, o Buda; Jesus, o Cristo, na razão das iniciações oriental a ocidental.

Ainda a respeito do termo Cristo, ele procede do grego chrestus (ou krestus), que tem o significado de ungido, sábio, iluminado. Helena Petrovna Blavatsky diz em seu Glossário Teosófico que esta palavra foi empregada no século V a.C. por Esquilo, Heródoto a outros. Os termos cristo e cristão, escritos originalmente, crest, chrestians, foram extraídos do vocabulário dos templos pagãos e neles chrestos significava discípulo posto à prova (donde as provas iniciáticas da antiga Maçonaria a de outras ordens secretas), candidato que aspirava à dignidade de hierofante e que, depois de haver conquistado este grau, por meio da iniciação, através de duras provas e sofrimentos, a ser ungido (ou untado com azeite, como eram os iniciados e ídolos dos deuses, segundo a prática da última cerimônia do rito, que ainda hoje é usada pela Igreja nos batismos), transformava se em christos, o purificado, o ungido, o iluminado, em linguagem esotérica. Alias, se esta palavra foi tirada dos templos dos pagãos, isso mais uma vez indica que Jesus fez a sua iniciação em outros países, fora de sua pátria, como efetivamente dizem os evangelhos e como veremos adiante.

Os judeus preferiam o termo hebraico Mashiah, Messias, como título de honra do seu Salvador, o Consagrado.

Segundo o rito, para que Jeoshua se fizesse um christos só faltava o batismo, que completaria a sua iniciação. Por isso Jesus, encontrando se com João Batista, pediu lhe que o batizasse e, após essa cerimônia, João proferiu o seguinte: "E eu não o conhecia, mas o que me mandou batizar com água, esse me disse `Sobre aquele que vires descer o espírito e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo "'. Em seguida: "E eu vi e tenho testificado que este é o filho de Deus" (João 1:33/37). Isto significava que tudo estava previsto e combinado: a orientação, o conselho e o sinal para a testemunha.

Sobre a infância de Jesus consta pouco nos evangelhos. Sabe se que aos doze anos de idade ele falava entre os doutores (Lucas 2:42 ate o 2:46). Depois disso, um longo silêncio. Sua reaparição nas páginas do Novo Testamento, com Lucas 2:23, acontece quando tinha quase trinta anos de idade.

Dos doze aos trinta anos, onde esteve Jesus?

A verdade vem surgindo aos poucos e com provas cada vez mais robustas. O escritor e pintor Nicholas Roerich, em sua obra O Coração da Ásia, afirma ter encontrado citações de que Jesus esteve em Srinagar e na cidade de Leh, na Índia. Esse fato acha se profundamente difundido na Ásia Central e na região de Ladak, Sinkiang e na Mongólia, como atestam vários outros autores.

A maior descoberta de Roerich foi a de um manuscrito redigido em língua pali, encontrado em um dos mais herméticos mosteiros do Tibete. Segundo este manuscrito, Jesus, "o melhor e mais sábio de todos os homens", veio da Palestina para estudar nos claustros tibetanos.

Alguns padres da Igreja reconhecem que há no cristianismo a influencia do budismo. Os padres Huc a Gabet, franceses, sendo o primeiro autor das obras Dans le Tibhet, Dans la Tartarie e Dans la Chine, demonstra que objetos como o turíbulo, a croça, o pálio etc., em uso nos rituais lamaistas (o budismo tibetano), são os mesmos da Igreja. Frei Domingos Vieira cita no seu Dicionário da Língua Portuguesa: "No cristianismo há muitos traços que revelam a influência do budismo na sua formação".

Outro escritor, Andreas Faber Kaiser, escreveu a obra Jesus viveu a morreu na Caxemira, cujo titulo diz tudo.

Em 1947 um pastor beduíno descobriu nas proximidades do Mar Morto uma gruta cheia de jarros lacrados a dentro deles alguns rolos de manuscritos, os quais foram entregues a estudiosos. Estes rolos ficaram conhecidos por Manuscritos do Mar Morto. Deles surgiu a noticia sobre a comunidade dos essênios (seita judaica contemporânea de Jesus) e a mais importante afirmação ali contida era: "Jesus esteve... (trecho apagado) entre os essênios". Deduziu se que no trecho apagado constava a palavra "aqui".



Helena Petrovna Fadeef Blavatsky, fundadora da Sociedade Teosófica e autora de A Doutrina Secreta e Ísis sem Véu, entre outros livros, afirmou, muito antes da descoberta dos manuscritos do Mar Morto, que quando descobrissem os referidos manuscritos "o mundo veria que a verdadeira história da vida de Jesus não é exatamente aquela conhecida nos evangelhos".

O Vaticano, sendo informado do achado dos manuscritos, tentou contestá lo e desmentir as óbvias conclusões contidas nos textos que iam sendo aos poucos traduzidos pelos maiores especialistas do mundo. Mas a própria Bíblia aprovada pela Igreja, no Novo Testamento deixa entrever um fragmento da verdade através de Marcos 6:1 a Mateus 13:14: "E chegando à sua pátria, ensinava os na sinagoga deles". Se Jesus não estava na sua pátria terrena, a Judéia (a Palestina de hoje), então onde esteve?

Jesus esteve certamente longe da sua terra natal, e por muitos anos, pois quando retornou para junto dos de sua família e dos amigos estes não o reconheceram: "Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, e de Jose, e de Judas, e de Simão? E não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizaram nele" (Marcos 6:3). E Jesus lhes respondia: "Não há profeta sem honra senão na sua pátria, entre os seus parentes e na sua casa" (Marcos 6:4).

Pelo que percebemos naquela frase de Marcos, Maria não teve Jesus como filho único. Todos os apóstolos e pessoas que freqüentavam a sinagoga conheciam pessoalmente a sua família, de maneira que não estavam mentindo, nem enganados, quando se referiam aos irmãos de Jesus. Esta afirmação se repete nos quatro evangelhos. Certa vez o próprio Jesus, a uma referência acerca da sua família de sangue, questionou: "Quem é minha mãe? Quem são meus irmãos?". E ele, que não fazia distinção entre a sua família e as outras, pois tinha renunciado a tudo para bem servir à Lei, estendendo as mãos para os discípulos explicou: "Eis aqui minha mãe e meus irmãos, porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai que está no céu este é meu irmão, e irmã, e mãe" (Mateus 12:47 e 48).

Voltando ao assunto do retorno de Jesus à pátria, lembramos que o mesmo aconteceu com Blavatsky, com o prof. Henrique Jose de Souza e com muitos outros seres que a este mundo vieram para cumprir uma missão espiritual. Tiveram de se ausentar de suas casas e das suas famílias para uma espécie de preparação, iniciação, por um período mais ou menos longo, conforme a sua particular missão ou o grau anterior... de preparação.

No caso de Jeoshua, com 12 ou 13 anos de idade juntou se a uma caravana acompanhado por seres ligados ao Governo Oculto do Mundo disfarçados de mercadores que ia para as terras longínquas do Oriente, onde, adolescente e moço, foi instruído na sabedoria das diferentes escolas iniciáticas. Lá, como viria a acontecer também com o prof. Henrique José de Souza, teve instrutores que eram adeptos perfeitos, iluminados e não meros professores de ocultismo ou esoterismo.

Imaginemos um ser de um outro planeta bem mais evoluído do que o nosso. Se ele se dirigisse aos terráqueos, teria que se comportar como um adulto falando com crianças; teria que descer de seu nível mental e se adaptar às condições e limitações humanas. O mesmo acontece com os grandes guias espirituais da Humanidade enviados periodicamente pelo Governo Oculto do Mundo: antes de ministrar os seus conhecimentos, eles devem conhecer a fundo a cultura dos povos onde se manifestam, a fim de aperfeiçoá la, a partir do patamar já alcançado.



No seu exílio voluntário Jesus estudou a praticou muito. Quando, com 12 anos de idade, falou aos doutores do templo a demonstrou a capacidade de um adulto, entendemos que houve uma avatarização momentânea de uma consciência superior.

Se Jeoshua Ben Pandira não tivesse estudado nos Livros Sagrados da tradição hebraica a Cabala, o Sepher Yelzirah, o Talmud, o Sepher Bereshid, o Zoar a outros simplesmente não faria referência a eles, citando a todo instante os profetas hebreus, como está registrado que citou. De posse desse conhecimento, Jesus falava com autoridade e corrigia as más interpretações que os sacerdotes e doutores davam àqueles ensinamentos, que liam e seguiam ao pé da letra, ignorando que "a letra mata e o espírito vivifica" (11 Cor 3:6).

Como este estudo procura basear-se no puro conhecimento, dispensamo nos de comentar os chamados milagres de Jesus, mas sem desprezar as curas e os outros fenômenos paranormais provocados por ele. Ocorre que no momento a Lei exige que os Homens se esforcem por focar a consciência no estágio imediatamente superior ao emocional, a saber, o mental, como condição evolucional. Por isso, procuraremos o conhecimento através da análise dos fragmentos de frases do Novo Testamento, a que muitos não dão importância, mas que podem levar nos à Escola Iniciática, à Fraternidade Cristã ou Igreja de Jeoshua Ben Pandira, o Jesus bíblico. E veja que as frases a seguir são, em "espirito", as que ouvimos durante a iniciação no colégio eubiótico; quando não, a mesma linguagem e os mesmos símbolos.

Onde funcionava a escola iniciática de Jeoshua?

Ele preferia os bosques, os jardins, os lugares desertos, os montes e as montanhas, tanto para o recolhimento espiritual quanto para a pregação.

Eis alguns versículos probatórios:
"E, despedida a multidão, subiu ao monte para orar à parte. E chegada já a tarde, estava ali só"(Mateus 14:23 ).
"E levantando se de manhã muito cedo, fazendo ainda escuro, saiu e foi para um lugar deserto e ali orava" (Marcos 1:35).
"Porém ele retirava se para os desertos e ali orava" (Lucas 5:16).
"Tendo Jesus dito isto, saiu com os seus discípulos para além do ribeiro de Cedron, onde havia um horto... E Judas que o traia, também conhecia aquele lugar, porque Jesus muitas vezes se reunia ali com seus discípulos" (João 18:01 e 02).



Através desta breve leitura já podemos perceber que existiu um lugar onde se reuniam mestre e discípulos. Uns afirmavam que era um horto, bosque ou jardim; outro evangelista dizia que este local se chamava Getsémane; e ainda outro, Monte das Oliveiras.
E todos podiam estar com a razão, pois, como Jesus andava de um lugar para outro, tem se a idéia de que não existiu lugar fixo para as reuniões esotéricas.

Mas parece certo que o conhecimento era transmitido gradativamente, através de graus ou series de aprofundamento sucessivo, como em toda escola iniciática.

Como já sabemos, em todos os tempos os instrutores espirituais divulgavam seus ensinamentos de dual maneiras:
a) Uma, para o povo, apresentando as idéias gerais, sintéticas, através de parábolas;
b) Outra, para alguns escolhidos, aos quais era transmitido o Conhecimento, a Revelação, a Missão práticas e exercícios estes que não constam na Bíblia.

Pela primeira maneira é preparado o povo simples para uma consciência ética mínima compatível com o novo ciclo. Pela segunda maneira, na época de Jeoshua, foram iniciados os poucos interessados capazes de sustentar o edifício em construção da Igreja "Pedro, tu és pedra e sobre ti erigirei minha igreja.”

E o que quer dizer Igreja? Igreja é uma palavra derivada de ekklesía (do grego) a significa escola ou elite. Assim, entendemos que a verdadeira Igreja ou Obra é representada pela elite dos discípulos que entraram corajosamente pela "porta estreita".

"Entrai pela porta estreita porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela. E porque estreita é a Porta e apertado o caminho que leva à vida, poucos há que a encontrem" (Mateus 7:13 a 14).

"Porta estreita" é uma forma simbólica de se fazer referência ao verdadeiro caminho da iniciação, ao caminho do meio, aquele que nas palavras dos adeptos é mais fino que o fio de uma navalha, e muito fácil é cair para esquerda ou para a direita. Por isso que a porta é estreita, difícil de se passar por ela e, apesar dos obstáculos e perigos, também é o único caminho que conduz o discípulo à vida espiritual, ao aúto conhecimento, à realização e à iluminação.

Diz o prol. Henrique Jose de Souza na sua obra O Verdadeiro Caminho da Iniciação, "Jesus pregou uma doutrina secreta e naquele tempo, como hoje ainda, significa `Mistérios da Iniciação', que foram repudiados ou alterados pela Igreja".

Voltaire caracterizou em poucas palavras os benefícios dos mistérios, ao dizer que "entre o caos das superstições populares, existiu sempre uma instituição que evitou a queda do homem em absoluta animalidade: a dos mistérios".

Dai percebemos naqueles versículos que Jesus fazia o convite ao público, a todos, mas sabendo de antemão sobre as dificuldades que o discípulo encontraria já avisava: "muitos são os que entram pela porta larga o caminho fácil das vantagens ilusórias, e preferidas pela maioria dos fanáticos religiosos , justamente a que conduz à perdição". Se assim não fosse, Jesus não precisaria repetir a todo instante: "muitos são chamados, mas poucos os escolhidos" (Mateus 22:14).

Depois de ter explicado o que é a iniciação, alguém lhe perguntou:
"Senhor, são poucos os que se salvam?", a ele respondeu:
"Porfiai por entrar pela porta estreita, porque vos digo que muitos tentarão entrar e não poderão" (Lucas 13:23 a 24).

Vejam que ele não respondeu se eram muitos ou poucos os que se salvavam, apenas sugeriu que insistissem no caminho mais difícil, estreito, para que, através da purificação e preparo nos níveis físico, emocional e mental, "nascessem de novo".

Jesus dizia, concluindo seu discurso à respeito da iniciação, sobre a tal porta estreita: "quem não toma a sua cruz [o carma, a responsabilidade] e não segue após mim, não é digno de mim" (Mateus 10:38).

Disse ainda: "ninguém que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o Reino de Deus" (Lucas 9:62).



Porfiar significa teimar, insistir, lutar, disputar, questionar obstinadamente. Isto quer dizer que antes do candidato ingressar ou ser aceito na escola de Jesus, ele dava o direito, a liberdade de escolha àqueles que ainda estavam na dúvida, aquele que aparece na última hora. Antes do aspirante assumir o único e mais sério compromisso de sua vida frente à Lei, à sua consciência, é lhe dado o direito ao livre arbitrio, regra que é também seguida pela Eubiose, como verdadeiro colégio iniciático. O discípulo tem que decidir isto sozinho e é, em verdade, a sua primeira prova de fogo. Dizem a respeito os iniciados que este "é um caminho sem retorno".

Assim, o aspirante, depois de consultar, no intimo de sua alma, sua própria consciência e, principalmente, chegado a um "acordo consigo mesmo", sem pressa, ele está apto a ingressar no primeiro grau. Por outro lado, se não conseguiu chegar a conclusão alguma, é sinal de que ainda não está preparado. É preciso aguardar uma outra oportunidade de ser chamado ... o tempo indicará quando estiver maduro.

Por isso que no Oriente se dizia: "Quando o discípulo está preparado o Mestre aparece". No Ocidente, disse Jesus: "muitos primeiros serão os derradeiros e muitos derradeiros serão os primeiros" (Mateus 19:30).

Na obra Cristianismo Místico do iogue Ramacharaka, pseudônimo de Willian Walker Atkinson, encontramos: "Clemente de Alexandria, que viveu entre 160 a 215 d.C., um dos mais antigos e mais célebres, afirmava ‘os Mistérios da Palavra não deviam ser revelados aos profanos ‘”.

Mais adiante, escreveu: "A Igreja atualmente se dedica só à tarefa de produzir bons homens e aponta os santos como a sua gloriosa coroa e perfeição. Mas nos tempos anteriores afirmava poder fazer mais do que isso. Quando fizesse de um homem um santo, a sua obra nele apenas estava principiando, porque só então o homem estava apto para o treinamento e ensino que ela lhe podia dar então, mas não o pode agora, porque esqueceu a sua sabedoria antiga. Naqueles tempos a Igreja distinguia, no seu treinamento, três graus definidos: purificação, iluminação e perfeição. Agora se contenta com a purificação preliminar e não tem iluminação (conhecimento) para dar".

Segue Atkinson: "Quem foi purificado no batismo e depois iniciado nos Mistérios Menores (isto é, quem adquiriu os hábitos do domínio de si próprio e da reflexão) estará maduro para os Mistérios Maiores, para a Gnose, o conhecimento científico de Deus". E ainda: "O saber é mais do que a fé. Fé é um conhecimento sumário das verdades principais, aplicável às massas; o saber, porém, é uma fé científica".

O pequeno livro La Iniciacion, de autoria do Dr. Eduardo Alfonso, confirma que os graus da iniciação cristã eram três: purgativa, iluminativa e unitiva.

No artigo intitulado A Iniciação à Luz do Apocalipse, escreveu Antonio Castaño Ferreira, apelidado "o decano dos instrutores" da SBE: "O cristianismo possuía sete graus iniciáticos, dos quais somente três eram do conhecimento profano. Os três graus inferiores constituíam se, respectivamente, de ouvintes, companheiros e fiéis; e os quatro superiores formavam os sacerdotes iniciados. O clero obedecia a estes sete princípios, que se relacionavam com as cartas às sete igrejas do Apocalipse. O cristão comum no máximo atingia o terceiro grau. Dai para frente se afastava do povo, tornando se um dos condutores, chamados de sacerdotes, bispos ou vigilantes".

Ferreira ensina ainda: "As cartas às sete igrejas da Ásia (sete templos iniciáticos) objetivavam avisá los de que as cerimônias que ali se praticavam eram para a formação de adeptos, santos e sábios".

Quando lemos em São Clemente de Alexandria que "naqueles tempos a Igreja distinguia no seu treinamento três graus, etc.", ele estava nos dizendo que o cristianismo de sua época já não era mais o mesmo. E ele viveu no século II. Portanto, a religião cristã começou cedo a se afastar da parte esotérica e dar maior importância à parte exotérica, aos dogmas, ao cultivo da fé sem o complemento do saber, que foi lentamente substituído pelo acreditar.

Estes escritos de um dos mais importantes sacerdotes dos primeiros tempos da cristandade certamente não são, ou não foram sempre desconhecidos do Vaticano. Sua biblioteca deve conter ainda hoje esses conhecimentos em livros raros, talvez empoeirados nas prateleiras, esquecidos, mas lá estão com certeza.

Com o rolar dos séculos, a religião se tornou apenas matéria de fé, imposta ou gratuitamente recebida por graça ou inspiração divina, sem demandar qualquer esforço consciente de superação por parte do crente. Mesmo depois da Inquisição, ninguém mais ousou pesquisar, estudar com visão crítica a doutrina. E assim, a verdadeira luz do Cristo esmaece, na medida em que as consciências se afundam no dogma.

Retomando a questão dos graus iniciáticos no cristianismo, respondia Jeoshua em Marcos 4:10:
"E, quando se achou só, os que estavam junto dele com os doze interrogaram no acerca da parábola. E ele disse-lhes: ‘A vós é dado saber sobre o Reino de Deus mas aos que estão de fora todas essas coisas se dizem por parábolas'."

Mais adiante, em Marcos 4:34: "E sem parábolas nunca lhes falava; porém tudo declarava, em particular, aos seus discípulos".

Do mesmo modo ensinava São Paulo aos coríntios nos 1:3 a 1:2:
"E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos [isto é, aprendizes] em Cristo. Com leite vos criei [quis ele dizer: com as primeiras lições, conselhos morais e regras sobre as coisas divinas], e não com o manjar [ou o mesmo maná, a revelação ou conhecimentos superiores] porque ainda não podíeis, nem tampouco ainda agora podeis, porque ainda sois carnais [profanos ou não preparados]".



Sobre este apóstolo, procure ler O livro que mata a Morte, de Mário Roso de Luna, no capítulo Paulo, o iniciado cristão.

Assim, os primitivos padres cristãos falavam e escreviam abertamente sobre os mistérios cristãos, como bem sabem todos os que estudaram a história da Igreja. São Clemente de Alexandria; Orígenes; Inácio, bispo de Antioquia; Policarpo, bispo de Smirna; Potemo etc., foram todos iniciados.
Conforme São Paulo aos coríntios 2:6 a 7: "Nós falamos sabedoria aos que são perfeitos, sabedoria de Deus [Teosofia?] em mistério, a sabedoria oculto que Deus dispôs antes do princípio do mundo e que é desconhecida ate aos príncipes deste mundo".

Outra vez São Paulo, que repete na Epístola aos hebreus 5:13 e 14: "Porque qualquer que ainda se alimente de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino [neófito]. Mas o mantimento sólido [mistérios maiores] é para os perfeitos, os quais, em razão de costume, têm os sentidos exercitados para discemir tanto o bem como o mal".

Essa linguagem que São Paulo usa indica que ele alcançou um alto grau iniciático, porque consegue transmitir sua mensagem tanto para os profanos como para os iniciados, abertamente.

Seres dessa categoria falavam e escreviam abertamente sobre os mistérios cristãos, pois guardavam o conselho de Platão: "Havemos de falar em enigmas para que se o escrito vier às mãos a quem não foi destinado, o que o ler fique ignorando o". Isto prova que entre os iniciados existe uma espécie de código de linguagem simbólica formada por alegorias ou parábolas que servem de veste, véu que encobre a idéia principal, enfim, a Verdade. Portanto, quem não tiver este conhecimento, essa chave, lerá mas não captará o essencial. Apenas algo superficial e que ás vezes não fará sentido.

Dai surgiu a palavra revelação, com duplo sentido, que tanto pode ser o de retirar o véu como o de recobrir com o véu.


Esta é a razão porque Jesus alertava para "a letra que mata" em oposição ao "espírito que vivifica". Queria dizer para não nos apegarmos à letra ou seguir tudo ao pé da letra, mas procurar o sentido que está apenas sugerido no texto, a segunda intenção do autor.

São Paulo disse que "essa sabedoria só é transmitida aos que são perfeitos", aqueles que alcançaram um determinado estado de consciência mais elevado do que o do comum dos seres humanos. Como podemos entender isto? Através de uma comparação. Existem três tipos de Avataras: integral, parcial e momentâneo.

O primeiro vem ao mundo com 100% de consciência divina; o segundo, com 75%; o terceiro, com 25% ou mais. Atualmente, os cientistas falam que o Homem não utiliza nem 10% do potencial de suas faculdades mentais. Logo, o ser humano que alcançar ou usar, por exemplo, 15 % de seu potencial ou estado de consciência está progredindo. Como disse São Paulo: "Está em razão do costume com os sentidos exercitados para distinguir entre o verdadeiro e o falso".

Durante a iniciação o candidato recebe gradativamente, o conhecimento e os temas de meditação, as técnicas e os exercícios onde desenvolverão as faculdades superiores adormecidas, latentes que estão no interior de todo ser humano. O despertar destas faculdades o colocarão acima do nível comum de percepção das pessoas, sua visão de mundo será ampliada, suas idéias também.
Não se trata de uma lavagem cerebral, porque todo o esforço e progresso neste caminho vai depender exclusivamente de o aluno atingir a meta; e nem ele é obrigado a realizar o que suas forças não permitem. Ele pode começar com entusiasmo e depois, diante das dificuldades da vida e provas pode perder o entusiasmo, pode se frustrar e desistir.

Por isso ele recebe a Iniciação Simbólica.



Algumas autoridades eclesiásticas fizeram este tipo de iniciação.

Vejamos:
Policarpo, bispo de Smirna, escreve a certos outros, considerando os bem versados nas Sagradas Escrituras e que nada lhes é oculto, "mas a mim [diz ele] esse privilégio ainda não é concedido".
Inácio, bispo de Antióquia, declara que "ainda não é perfeito em Jesus Cristo (...) pois apenas começo a ser discípulo, falo-vos como sendo iniciado nos Mistérios do Evangelho, como São Paulo, o santo, o mártir".

Perguntamos: como eles conseguiram chegar ao grau de bispo? A resposta é esta: iniciação simbólica!

Quem passou pelos quatro graus de Magus na Irmandade das Estrelas e está nos níveis mais avançados (Magister) não pode dizer que é perfeito, um hierofante, mas já recebeu conhecimento suficiente para sê lo. Ninguém faz um adepto: o discípulo é que se faz por si.

No Pequeno Oráculo encontramos o seguinte conselho do Mestre: "O processo da evolução é longo. O estudante de ocultismo não deve sentir urgência na sua própria salvação. Pense no dever que assumiu perante a Lei, em ser digno dela. O resto virá, com ou sem urgência, mas virá".

Quem eram e como foram escolhidos os primeiros apóstolos cristãos?

Vendo que o trabalho de evangelização era muito grande e que, só, não daria conta, Jesus disse aos discípulos: "A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros. Rogai pois ao Senhor da seara que mande ceifeiros para sua seara" (Mateus 9:37 a 38).

São Lucas relata em 6:12 a 13: "E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus. E quando já era dia, chamou a si os seus discípulos a escolheu doze deles, a quem deu o nome de apóstolos".

Apóstolos significa enviados; mensageiros, portadores da boa mensagem. Eles eram em número de doze: Pedro, André, Tiago (filho de Zebedeu), João, Felipe, Bartolomeu, Tome, Mateus, Tiago (filho de Alfeu), Tadeu, Simão e Judas Iscariotes. Muitos deles eram pescadores. Disse lhes: "Vinde após mim e eu vos farei pescadores de homens". Outras vezes dizia apenas: "Vem a siga me".

Nesta passagem nota se a aparente facilidade com que os homens aceitaram este convite. Afinal, o que eles viram em Jesus que imediatamente largaram redes, barcos, o próprio pai e o seguiram?
No principio de suas pregações Jesus não era assim tão popular, tão conhecido como imaginamos hoje. O tom de voz, o olhar, a presença, suas palavras ficavam marcados profundamente nos discípulos. Ele tinha um carisma que logo os convencia, como relata o evangelista: "Então, eles, deixando logo as redes, seguiram no".

Para conhecê lo melhor tiveram que ouvir seus discursos, palestras, ver suas curas, que foram um dos grandes fatores para conseguir a atenção e posterior arrebatamento de seguidores no inicio de seu trabalho, como foi também nos primeiros anos do movimento eubiótico.

Os apóstolos já eram seres de hierarquia, manifestados a propósito na face da Terra! Essa afirmação se confirma com São João 10:1 a 16: "Aquele, porém, que entra pela porta é o pastor de ovelhas. A este o porteiro abre e as ovelhas [ou seja, os discípulos] ouvem a sua voz e chama as suas ovelhas pelo nome, e as traz para fora [do curral humano]. E quando tira para fora suas ovelhas [liberta as] vai adiante delas [como faz o manu, o condutor, guia e mestre] e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz. Mas de modo nenhum seguirão o estranho".



E mais adiante São João recorda o que disse o meigo nazareno: "Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas e elas ouvirão a minha voz e haverá um rebanho e um pastor".

Quem seriam estas "outras, ovelhas"? Seriam aquelas almas que estavam sendo preparadas, as quais ouviriam a voz do Cristo interno?

As ovelhas do aprisco eram os doze apóstolos. Aquelas que estavam de fora do aprisco estavam em vista de o serem, no futuro.

Para confirmar a presença daquela hierarquia auxiliar, posteriormente disse Jesus: "Se vós fosseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos aborrece".

Mas, sendo seres de hierarquia, eram os apóstolos perfeitos? Não, estavam apenas prontos para receber a iniciação correspondente ao ciclo evolucional que se iniciava.

O objetivo principal da iniciação cristã era que os discípulos se tomassem "perfeitos" ou iguais ao Mestre, o Cristo. Dai ele insistir nesse ponto:
"Sêde vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus". (Mateus 5:48)
"Se queres ser perfeito, vai, vende tudo... ". (Mateus 19:21)
"Não é o discípulo mais do que o mestre, nem o servo mais do que o seu senhor. Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo como seu senhor". (Mateus 10:25)




NOTAS:
1) Santo Agostinho disse, textualmente: "o que se chama de religião cristã existiu entre os amigos e nunca deixou de existir desde o começo do gênero humano até a vinda de Cristo em carne". Foi neste tempo que a verdadeira religião, que já existia, começou a ser denominada cristianismo.
2) Seita monástica fundamentalista judaica à qual Jesus pertenceu, na categoria dos nazar, isto é, membros leigos autorizados a viver no mundo e liberados dos rigores do celibato e os votos de pobreza e castidade a que os internos estavam adstritos.
Daí ser chamado de Nazareno, não porque fosse natural da cidade de Nazaré, que nem existia na época, e até porque, todos sabem, era natural de Belém. (N. da R.)
3) Os dois comentários judeus encontram se em Evidências esotéricas na vida de Jesus de Nazaré, de Antonio Carlos Boin, revista Dhâranâ.
4) Aqueles que não sendo eubiotas ae que, portanto, jamais se dedicaram ao estudo comparado das ciências, filosofias, religiões e línguas, tanto do Oriente como do Ocidente, terão sempre que interpretar as coisas "debaixo da letra que mata".

Por Manoel Neivas
Revista Dhâranâ - Setembro de 2001 - Número 239

Em Busca da Partícula Divina


"Confesso que, após cuidadosa e atenta leitura deste trabalho, conclui que foi um dos melhores artigos que já tive o prazer de ler. Ele se me afigura o mais erudito e informativo trabalho acerca da relação entre a Física e o Espiritualismo, até agora escrito em idioma português. Se traduzido para o inglês será, sem dúvida, apreciadíssimo, inclusive pelos físicos mais modernos que, atualmente, divulgam obras acerca do relacionamento entre a Consciência e o Universo, vislumbrado sob a óptica das Físicas Quântica e Relativística. Menciono, como exemplos, os livros de Michio Kaku (Hiperespaço, ed. Rocco, Rio de Janeiro, RJ) e de Amit Goswami (O Universo Autoconsciente, edit. Rosa dos Tempos, Rio de Janeiro)."
Dr. Hernani Guimarães Andrade
A Física continua a dar ao Espiritulismo, ainda que os físicos de tal não se apercebam, ou melhor, não queiram por enquanto se aperceber, uma contribuição gigantesca na confirmação dos postulados espíritualitas, que de maneira nenhuma nós poderemos subestimar. Existe uma ciência espírita, com uma metodologia de ciência, assentada nas questões espirituais, mais do que possamos imaginar, e a prova disso é O Livro dos Espíritos - uma obra atual - um manancial para a Física Moderna. Trazendo-nos um novo conceito básico sobre a visão macro e microcósmica de Deus (ao defini-Lo como "a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas") do Espírito e da Matéria propriamente dita.
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A Física Moderna leva-nos ao encontro do Espírito e de Deus
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A física quântica pode constituir uma ponte entre a ciência e o mundo espiritual, pois segundo ela, pode-se "reduzir" a matéria, de forma subjetiva e no domínio do abstrato, até à consciência - causa da "intelectualidade" da matéria. A consciência transforma as possibilidades da matéria em realidade, transformando as possibilidades quânticas em factos reais. Essa consciência deve apresentar uma unidade e transcender o tempo, espaço e matéria. Não é algo material, na realidade, é a base de todos os seres.

Recordemos o professor de Lyon no O Livro dos Espíritos (9):
23. Que é o Espírito?
- "O princípio inteligente do Universo".

a) - Qual a natureza íntima do Espírito?
- "Não é fácil analisar o Espírito com a vossa linguagem. Para vós, ele nada é, por não ser palpável. Para nós, entretanto, é alguma coisa."
Tanto é assim, que os físicos teóricos postulam a existência de uma "partícula", que seria a partícula "fundamental", que ainda não foi encontrada, mas a qual o Prémio Nobel da física, Leon Lederman, denomina a "partícula divina". Partícula essa decisiva pois é ela que determina a massa das restantes, bem como a coesão dada pela gravidade dos 90% do universo ainda desconhecido.

Leiamos Kardec no O Livro dos Espíritos (9):

25. O Espírito é independe da matéria, ou é apenas uma propriedade desta, como as cores o são da luz e o som o é do ar?
- "São distintos uma do outro; mas, a união do Espírito e da matéria é necessária para inteletualizar a matéria."

26. Poder-se-á conceber o Espírito sem a matéria e a matéria sem o Espírito?
- "Pode-se, é fora de dúvida, pelo pensamento."
Cabe lembrar que os físicos, a partir das pesquisas do norte-americano Murray Gel Mann nos aceleradores de partícula, já admitem a existência de um domínio externo ao mundo cósmico dito material onde provavelmente existam agentes ativos também chamados frameworkers, capazes de atuar sobre a energia do Universo, modulando-a e dando-lhe formas de partícula atómica, ou seja por outras palavras - o espírito, chamado também "Agente Estruturador" por vários físicos teóricos.

Retomemos novamente o mestre lionês In O Livro dos Espíritos (9):

76. Que definição se pode dar dos Espíritos?
- "Pode dizer-se que os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Povoam o Universo, fora do mundo material."

536. São devidos a causas fortuitas, ou, ao contrário, têm todos um fim providencial, os grandes fenómenos da Natureza, os que se consideram como perturbação dos elementos?
- "Tudo tem uma razão de ser e nada acontece sem a permissão de Deus."

b) - Concebemos perfeitamente que a vontade de Deus seja a causa primária, nisto como em tudo; porém, sabendo que os Espíritos exercem ação sobre a matéria e que são os agentes da vontade de Deus, perguntamos se alguns dentre eles não exercerão certa influência sobre os elementos para os agitar, acalmar ou dirigir?
- "Mas evidentemente. Nem poderia ser de outro modo. Deus não exerce ação direta sobre a matéria. Ele encontra agentes dedicados em todos os graus da escala dos mundos."

A Teoria das Supercordas e a Dimensão Psi

Outra teoria quântica, que vem de encontro a existência de uma "partícula divina consciêncial" no final da escala das partículas sub-atómicas, é a teoria das supercordas. Essa teoria foi melhorada e é defendida por um dos físicos teóricos mais respeitados da actualidade Edward Witten, professor do Institute for Advanced Study em Princeton, EUA. De maneira bastante simples e resumida, a teoria das supercordas postula que os quarks, mais ínfima partícula sub-atómica conhecida até o momento, estariam ligados entre si por "supercordas" que, de acordo com sua vibração, dariam a "tonalidade" específica ao núcleo atómico a que pertencem, dando assim as qualidades físico-químicas da partícula em questão.

Querer imaginá-las é como tentar conceber um ponto matemático: é impossível, por enquanto. Além disso, são inimaginavelmente pequenas. Para termos uma ideia: o planeta Terra é dez a vinte ordens de grandeza mais pequeno do que o universo, e o núcleo atómico é dez a vinte ordens de grandeza mais pequeno do que a Terra. Pois bem, uma supercorda é dez a vinte ordens mais pequena do que o núcleo atómico.

O professor Rivail, esclarece In O Livro dos Espíritos (9):
30. A matéria é formada de um só ou de muitos elementos?
- "De um só elemento primitivo. Os corpos que considerais simples não são verdadeiros elementos, são transformações da matéria primitiva."

Ou seja, é a vibração dessas infinitesimais "cordinhas" que seria responsável pelas características do átomo a que pertencem. Conforme vibrem essas "cordinhas" dariam origem a um átomo de hidrogénio, hélio e assim por diante, que por sua vez, agregados em moléculas, dão origem a compostos específicos e cada vez mais complexos, levando-nos a pelo menos 11 dimensões.

Corrobora Allan Kardec In O Livro dos Espíritos (9):

79. Pois que há dois elementos gerais no Universo: o elemento inteligente e o elemento material, poder-se-á dizer que os Espíritos são formados do elemento inteligente, como os corpos inertes o são do elemento material?
- "Evidentemente. Os Espíritos são a individualização do princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material.."
64. Vimos que o Espírito e a matéria são dois elementos constitutivos do Universo. O princípio vital será um terceiro?
- "É, sem dúvida, um dos elementos necessários à constituição do Universo, mas que também tem sua origem na matéria universal modificada. É, para vós, um elemento, como o oxigénio e o hidrogénio, que, entretanto, não são elementos primitivos, pois que tudo isso deriva de um só princípio."
Essa teoria traz a ilação de que tal tonalidade vibratória fundamenta é dada por algo ou alguém, de onde abstraímos a "consciência" como fator propulsor dessas cordas quânticas. Assim sendo, isso ainda mais nos faz pensar numa unidade consciencial vibrando a partir de cada objeto, de cada ser.

Complementa Kardec no O Livro dos Espíritos (9):

615. É eterna a lei de Deus?
- "Eterna e imutável como o próprio Deus."
621. Onde está escrita a lei de Deus?
- "Na consciência."

Seguindo esta teoria e embarcando na ideia lançada por André Luiz em Evolução em Dois Mundos (11), onde somos co-criadores dessa consciência universal, e cada vez mais responsáveis por gerir o estado vibracional das nossas próprias "cordinhas" - a chamada dimensão Psi por vários investigadores espiritas -, à medida que delas nos conscientizemos, chegaremos a harmonia perfeita quando realmente entrarmos em sintonia com a consciência geradora que está em nós, e também no todo, vulgarmente conhecida por Deus, ou como alguns físicos teóricos sustentam "O Supremo Agente Estruturador".

Leiamos o Codificador no O Livro dos Espíritos (9):

5. Que dedução se pode tirar do sentimento instintivo, que todos os homens trazem em si, da existência de Deus?
- "A de que Deus existe; pois, donde lhes viria esse sentimento, se não tivesse uma base? É ainda uma consequência do princípio - não há efeito sem causa."
7. Poder-se-ia achar nas propriedades íntimas da matéria a causa primária da formação das coisas?
- "Mas, então, qual seria a causa dessas propriedades? É indispensável sempre uma causa primária."

Interpretemos Allan Kardec In A Génese (10) Cap. II - A Providência:

20. - A providência é a solicitude de Deus para com as suas criaturas. Ele está em toda parte, tudo vê, a tudo preside, mesmo às coisas mais mínimas. É nisto que consiste a ação providencial.

«Como pode Deus, tão grande, tão poderoso, tão superior a tudo, imiscuir-se em pormenores ínfimos, preocupar-se com os menores atos e os menores pensamentos de cada indivíduo?» Esta a interrogação que a si mesmo dirige o incrédulo, concluindo por dizer que, admitida a existência de Deus, só se pode admitir, quanto à sua ação, que ela se exerça sobre as leis gerais do Universo; que este funcione de toda a eternidade em virtude dessas leis, às quais toda criatura se acha submetida na esfera de suas atividades, sem que haja mister a intervenção incessante da Providência.

Esta consciência única do raciocínio quântico, transforma-se em dois elementos: um objetivo e outro subjetivo. O subjetivo chamamos de ser quântico, universal, indivisível. A individualização desse ser é consequência de um condicionamento. Esse ser quântico é a maneira como pensamos em Deus, que é o ser criador dentro de nós.

Voltemos ao génio de Lyon em A Génese (10) Cap. II - A Providência:

34. - Sendo Deus a essência divina por excelência, unicamente os Espíritos que atingiram o mais alto grau de desmaterialização o podem perceber. Pelo fato de não o verem, não se segue que os Espíritos imperfeitos estejam mais distantes dele do que os outros; esses Espíritos, como os demais, como todos os seres da Natureza, se encontram mergulhados no fluido divino, do mesmo modo que nós o estamos na luz.
Geralmente, nós interpretamos Deus como algo unicamente externo. Pensamos em Deus como um ser separado de nós. Isso é a causa dos conflitos. Se Deus também está dentro de nós, podemos mudar por nossa própria vontade. Mas se acreditamos que Deus está exclusivamente do lado de fora, então supomos que só Ele pode nos mudar e não nos transformamos pela nossa própria vontade. Não podemos excluir a nossa vontade, dizendo que tudo ocorre pela vontade de Deus. Temos de reconhecer o deus que há em nós, como afirmou o Doce Amigo há 2000 anos. Então seremos livres.

Allan Kardec atesta In A Génese (10) Cap. II - A Providência:

24. - (...) Achamo-nos então, constantemente, em presença da Divindade; nenhuma das nossas ações lhe podemos subtrair ao olhar; o nosso pensamento está em contato ininterrupto com o seu pensamento, havendo, pois, razão para dizer-se que Deus vê os mais profundos refolhos do nosso coração. Estamos nele, como ele está em nós, segundo a palavra do Cristo.
Para estender a sua solicitude a todas as criaturas, não precisa Deus lançar o olhar do Alto da imensidade. As nossas preces, para que ele as ouça, não precisam transpor o espaço, nem ser ditas com voz retumbante, pois que, estando de contínuo ao nosso lado, os nossos pensamentos repercutem nele.

O Livro dos Espíritos: uma obra atual e de referência

A Física continua a dar ao Espiritismo, ainda que os físicos de tal não se apercebam, ou melhor, não queiram por enquanto se aperceber, uma contribuição gigantesca na confirmação dos postulados espíritas, que de maneira nenhuma nós, os espíritas, poderemos subestimar. Existe uma ciência espírita, com uma metodologia de ciência, assentada nas questões espirituais, mais do que possamos imaginar, e a prova disso é O Livro dos Espíritos (9) - uma obra atual - um manancial para a Física Moderna. Trazendo-nos um novo conceito básico sobre a visão macro e microcósmica de Deus (ao defini-Lo como "a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas") do Espírito e da Matéria propriamente dita.

Concluímos com Allan Kardec no O Livro dos Espíritos (9) resumindo toda esta teoria da Física Moderna de forma magistral, simplesmente espantoso, acreditem...:
27. Há então dois elementos gerais do Universo: a matéria e o Espírito?
- "Sim e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o Espírito possa exercer ação sobre ela. Embora, de certo ponto de vista, seja lícito classificá-lo com o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais. Se o fluido universal fosse positivamente matéria, razão não haveria para que também o Espírito não o fosse. Está colocado entre o Espírito e a matéria; é fluido, como a matéria, e susceptível, pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a ação do Espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que apenas conheceis uma parte mínima. Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o Espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá."

Ataques Espirituais

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Por: Maria Silvia Orlovas
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Para falar a verdade, não gosto muito de dizer que acredito em ataques espirituais porque acho que falando isso dou valor ao mal. Aprendi que somos nós que valorizamos as coisas e acho que não devemos supervalorizar as coisas negativas que nos acontecem porque se damos muito valor a algo ruim o que já é pesado ou triste se torna ainda pior.

Mas devo confessar que acredito sim em ataques espirituais, porém, não acredito que as pessoas são sempre vítimas das situações. Os ataques existem, mas não somos vítimas.
Somos participantes dos enredos de nossas vidas.
Claro que muitas vezes gostaríamos de escrever apenas coisas boas para viver, mas e aquilo que já foi escrito? E aquilo que já fizemos em Vidas Passadas?

Não podemos simplesmente mudar nossas vidas e esquecer totalmente que tivemos um passado.
Olhar a vida de forma mais ampla explica muita coisa, inclusive os ataques espirituais.

Adriano, um cliente, viu que em vidas Passadas foi um Grande cavaleiro cruzado, ganhou muitas lutas, ficou famoso, tornou-se respeitado e admirado por seus talentos, cresceu entre seu grupo e nesta vida tem verdadeira fixação por essa parte da história.

Assim, quando apareceu numa sessão sua vivência nessa época, chorou como criança.

No final do encontro, comentou que sentia saudades do sucesso de outrora porque hoje encontrava apenas portas fechadas, inclusive, os amigos não o compreendiam e o achavam arrogante, coisa que ele não concordava.

O tempo passou e precisei de serviços de telefonia.
Como ele trabalhava com isso, chamei o rapaz e qual a surpresa quando o engenheiro da minha obra, homem gentil e prestativo, procurou-me para dizer que não trabalharia com Adriano...

- Por quê? Perguntei espantada, pois sabia o quanto ele era competente e confiável.
- Maria Silvia esse moço tem mania de perseguição. Quando pedi algumas explicações e alguns ajustes, ele ficou se explicando mil vezes, deu voltas, não fez o que pedi e saiu da obra ofendido. Como podemos trabalhar com alguém assim?

Como nada é por acaso, alguns meses depois Adriano me procurou.
Meio sem graça, pediu desculpas por abandonar a obra.
Como já sabia do assunto, fiquei feliz dele abrir esse diálogo e de procurar ajuda novamente.

Por que você fez isso?

Perguntei realmente interessada na resposta, mas não me surpreendi quando ele veio com um discurso sobre honra, sobre ser afrontado pelo engenheiro, sobre ser incompreendido pelas pessoas, por se sentir perseguido.

Foi impressionante quantas coisas sofridas saíram de sua mente e de seu coração. Parecia que o mundo inteiro estava contra ele.

Na sessão que fizemos naquele dia, apareceram apenas cenas de perseguição, guerras, atentados contra a honra e pudor, e ele como vítima tentando se defender e perdendo. No presente, as dores se repetiam, ele estava praticamente sem trabalho, as pessoas se afastavam sem ele entender por que, enfim, nada dava certo.

Amigo leitor, o caso do Adriano explica muito bem o que é um ataque.
Ele de fato tinha um mal karma; no passado, fez coisas erradas, sentiu-se superior e abusou do poder e foi o algoz de muitas almas... porém, há muitas vidas estava vivendo o outro lado DA mesma moeda.
Tornou-se uma vítima cheia de pudores e honras, alguém que não dá certo na vida.

Como mudar? Ele me perguntou.

Saindo deste papel. Respondi de forma objetiva.

Mas é claro que expliquei que as pessoas nem sempre conseguem entender o que está por trás dos infortúnios e, de fato, muitas vezes são vítimas do que acontece, sentem-se presas nesta condição mesmo tendo consciência que não é nada bom ficar nessa condição.

Todos nós precisamos mudar, transmutar, crescer.

Adriano estava vítima do seu orgulho. Neste caso, além de conhecê-lo e as suas Vidas Passadas, também conhecia o seu algoz que nesse momento era uma pessoa ótima, tranqüila de lidar, que em nada servia para o papel.
O engenheiro, porém, era uma pessoa exigente e ponderada que tinha o seu plano de ação e as suas obrigações.
Adriano, apesar de competente, não aceitava ordens e, com isso, com certeza, não soube lidar com o desafio profissional.
E como será que ele estava lidando com outros pontos de sua vida?

Os ataques espirituais acontecem justamente potencializando a dor nos pontos onde somos mais frágeis, e o primeiro passo para a cura é reconhecer nossas fragilidades.

O ponto do Adriano era o orgulho...
Tenha coragem e enfrente a sua sombra, porque é exatamente onde está doendo que está a cura.
Nem sempre enxergamos nossos problemas, pois não é fácil reconhecê-Los.
Quando trato as pessoas, fica clara a presença de energias intrusas, espíritos obsessores, forças contrárias.
E é justamente por isso que precisamos tanto nos dedicar aos exercícios de expansão de consciência e perdão.

O perdão nos liberta e aos nossos agressores.

Se você não ficar mais na posição de vítima, inclusive se perdoando por estar sofrendo, e assumindo uma postura positiva e auto-transformadora não haverá espaço para o agressor.
Seja humilde, queira se melhorar.

A compreensão e o perdão são as chaves.
Perdoe-se e perdoe àqueles que lhe fizeram mal.
Não há ataque que resista a essa força. Experimente!

Os Irmãos de Jesus
Um mistério bíblico ainda sem solução
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Por: Sheila Lobato
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Em várias passagens dos evangelhos há menções diretas ou indiretas a irmãos e irmãs de Jesus, todos filhos de Maria.
Ao contar como Jesus nasceu, Lucas diz, no evangelho que leva seu nome, que Maria deu à luz seu filho primogênito. Se Jesus fosse o único filho de Maria, não haveria por que referir se a ele como o primogênito, isto é, o primeiro entre outros.

"Também no Evangelho de Mateus a palavra primogênito aparece nas antigas versões em latim, mas os tradutores cortaram essa palavra", diz o historiador florentino David Donnini, autor do livro Jesus e os manuscritos do Mar Morto. "Estava escrito em Mateus diz ele: `Peperit filium scum primogenitum'. A última palavra foi suprimida. E na versão em grego se lê, com mais detalhe: `E não a conheceu até que deu à luz seu filho primogênito, a quem deu o nome de Jesus'." A frase refere se a José, o pouco lembrado pai de Jesus, com quem Maria não teria tido relações sexuais" até que deu à luz seu filho primogênito". E a família foi numerosa, segundo o especialista em cristianismo amigo Macro Pesce, da Universidade de Bolonha: quatro irmãos e um número não sabido de irmãs.



"Sobre a existência dos irmãos e irmãs de Jesus não faltam menções no Novo Testamento. O mais importante deles chamava se Giacomo (Tiago), que foi o chefe da Igreja de Jerusalém após a morte de Jesus", diz o historiador. De acordo com ele e outros estudiosos, Tiago era o líder de uma facção anti-romana do cristianismo antigo, até ser assassinado.

O Evangelho de Marcos diz explicitamente: "Chegaram sua mãe e seus irmãos e, tendo ficado do lado de fora, mandaram chamá lo. Muita gente estava sentada ao redor dele, e lhe disseram: Olha, tua mãe, teus irmãos e tuas irmãs estão lá fora, à tua procura" (Marcos, capítulo 3, versículos 31 32). A mesma passagem é descrita por Lucas (Lc 8,19 20).

Marcos, em outra passagem (Mc 6, 3), cita os nomes dos quatro irmãos de Jesus e ainda pergunta pelas irmãs: "Não é este o carpinteiro, o filho de Maria, irmão de Tiago, Joset (variação de Jose), Judas e Simão? E as suas irmãs, não estão aqui entre nós?"



Tiago
A mesma passagem está em Mateus, com ligeiras diferenças de palavras: "Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria e seus irmãos Tiago, Jose, Simão a Judas? E suas irmãs, não estão todas conosco?" (Mt 13, 55).

Em João também há referência aos irmãos de Jesus: "Aproximava se a Festa dos Judeus, chamada dos Tabernáculos, e seus irmãos lhe disseram: Parte daqui e vai para a Judéia, para que também os teus discípulos vejam as obras que tu fazes" (Jo 7, 2 3).

O trecho é importante porque faz uma clara distinção entre irmãos e discípulos. Irmãos poderiam significar não irmãos de sangue, mas de fé, e o texto descarta essa hipótese.

De todos os textos canônicos do catolicismo, as cartas de Paulo, o grande propagador do cristianismo entre os não hebreus, são consideradas os documentos mais próximos da realidade histórica. Todas foram escritas por ele mesmo, após a morte de Jesus e muitos anos antes das transcrições dos evangelhos. Numa das cartas, ele diz: "Só três anos depois fui a Jerusalém para conhecer Pedro e não vi nenhum dos outros apóstolos, com exceção de Tiago, o irmão do Senhor" (Gal 1, 18 19).



Tiago
Os evangelistas nunca escreveram seus evangelhos. Todos foram transmitidos por via oral e transcritos dezenas de anos depois por diferentes escribas da Igreja, que lhes deram os nomes que têm como homenagem aos apóstolos, já falecidos. As cartas de Paulo, ao contrário, não passaram por transcrições ou traduções de terceiros e foram preservadas tal qual o apóstolo as escreveu. Nelas, em nenhum momento Paulo fala em virgindade de Maria ou que Jesus fosse seu único filho. Na verdade, de Maria não cita nem mesmo o nome. Sobre o nascimento de Jesus, a única coisa que diz é que "nasceu de uma mulher, segundo a Lei", referindo se à lei dos hebreus.

O culto à Maria é posterior. Ela só foi declarada virgem no século 4 d.C., quando o patriarca Cirilo fez valer sua tese de que Maria era mãe de Deus, o Deus Jesus, e não do homem Jesus tornando, assim, possível (ao menos no plano teológico) sua virgindade carnal. No entanto, a idéia de que Jesus era Deus é estranha aos evangelhos, pois o próprio Jesus refere se inúmeras vezes ao "Pai que está no céu", inclusive quando, na cruz, pronuncia a célebre frase: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (Mt 27, 46; Mc 15, 34) cujo real significado permanece um grande mistério.

As incongruências provam como era importante para a Igreja demonstrar a virgindade de Maria, 400 anos depois do nascimento de Jesus. E o porque disso é também um mistério A questão não existia na época em que Maria era viva. Aparentemente, havia coisas mais importantes a tratar. Havia perseguições, a Palestina vivia convulsionada. Quando Jesus morre, quem será seu sucessor? Jesus havia feito uma multidão de seguidores e eles precisavam de um chefe. Seria Pedro? João? Ou Maria Madalena? E Maria, a mãe, seria ouvida sobre essa questão? E Jose, o pai?



Maria Madalena e Jesus
A sucessão de Jesus seria um problema sério se ele fosse o único filho de Maria. Felizmente, para o cristianismo, não era. 0 escolhido foi Tiago o que pode parecer estranho, porque Jesus diz no Evangelho de Mateus (Mt 16,18) que seu eleito para construir sua Igreja era Pedro. Mas Tiago foi escolhido porque era irmão de Jesus, "seguindo uma regra semelhante à do califado muçulmano xiita, em que o sucessor deve ser sempre um membro da família, diferentemente da regra sunita, em que o sucessor é eleito por seus seguidores", explica o historiador Mauro Pesce.

Mas Tiago, além de irmão, tinha méritos. De acordo com o historiador Robert Eisenman, da California State University e autor de “Tiago, o irmão de Jesus”, ele era o chefe de um grupo de cristãos que não aceitavam a dominação romana da Palestina, pregavam que o reino de Deus estava próximo seria anti romano e neste mundo e defendiam a pureza da tradição-hebraica (eram, por isso mesmo, chamados de integristas). Não havia unanimidade entre os judeus sobre a dominação romana e toda a região vivia, já naquela época, em pé de guerra.

O irmão de Jesus foi chefe da Igreja até o ano 61 d.C., quando irromperam violentas revoltas na Palestina e ele foi apedrejado até a morte, a mando de judeus colaboracionistas que o acusaram de estar por trás das rebeliões.



Queda do Templo de Jerusalém
Em 70 d.C., as tropas de ocupação romanas atearam fogo ao Templo de Jerusalém, destruindo o, fato que é atribuído nos evangelhos apócrifos do Mar Morto à punição divina pelo assassinato de Tiago.

Outro irmão de Jesus, Judas, também teria participado dos movimentos de libertação. Seus filhos foram presos como subversivos em 90 d.C., durante as perseguições movidas pelo imperador romano Domiciano. O fato é citado por Eusébio de Cesaréia historiador, teólogo e bispo da Igreja do século 4 , lembrando que os presos eram sobrinhos de Jesus e membros da estirpe real de Israel.

A Igreja Católica justifica a menção a irmãos e irmãs de Jesus nas escrituras como um mal entendido semântico. Seriam primos dele, filhos de uma irmã de Maria também chamada Maria, dita "de Cleofas". De acordo com essa explicação, a confusão vem do fato de que em aramaico se emprega a mesma palavra para irmão e primo. "Mas essa idéia não se sustenta", afirma David Donnini. "Os evangelhos não foram escritos originariamente em aramaico, mas em grego, e o termo utilizado é adelphos, que significa inequivocamente irmão, a não primo."

Outro historiador, Daniel Maguerat, da Universidade de Bolonha, foi tirar a prova: examinou os textos dos evangelhos na língua original a só descobriu um único caso em que o termo irmão podia estar sendo usado para designar primo. Em todos os outros, era irmão mesmo.

Lemúria

A Lemúria é um suposto continente perdido, mergulhado no Oceano Pacífico. Esta idéia nasceu no século XIX, com especulações em torno de um conceito conhecido como Catastrofismo – linha de pensamento que defende as catástrofes como causas principais das mudanças geológicas ocorridas no Planeta. Logo depois esta hipótese foi assumida pelos ocultistas, bem como por uma população indiana, os Tâmil.
O nascimento e a queda desta civilização não podem, até hoje, ser concretamente provados através de documentos e descobertas arqueológicas importantes, embora muitos acreditem nesta possibilidade e busquem estas evidências. Ao longo da História sempre apareceram narrativas sobre sociedades avançadas, como as que também circulam em torno da existência da Atlântida. Mas o que se sabe hoje é fruto de uma ou outra pista arqueológica, de lendas e teorias desenvolvidas por pesquisadores diversos e também por grupos metafísicos.



Estes estudiosos divergem quanto à maior parte dos detalhes sobre a Lemúria, mas todos acreditam que este continente floresceu durante a pré-história, antes de submergir no oceano após a eclosão de fenômenos geológicos como erupções vulcânicas, terremotos e prováveis invasões do mar. Alguns cientistas discordam da possibilidade concreta da existência de civilizações afundadas no oceano, e se valem de uma teoria denominada Isostasia – a qual se refere às condições de equilíbrio gravitacional do Planeta - para sustentar suas crenças.

Ao longo da evolução geológica da Terra, as eras glaciais têm contribuído para cobrir de água e revelar trechos de terra mais vastos ou reduzidos. Este fenômeno pode ter se cristalizado no inconsciente coletivo dos habitantes desta esfera, gerando um saber agregado com a passagem do tempo, por muitas e muitas gerações. A própria localização geográfica da Lemúria causa polêmicas, variando conforme as pesquisas realizadas. Mas sabe-se que a Natureza está em constante transformação.



No local mais provável da existência anterior deste continente perdido, chamado por alguns de “Anel de Fogo”, depois de muito tempo silenciosa, a terra volta a se convulsionar, como se percebe pela eclosão, em 2004, de um tsunami nesta mesma região. Assim como os lemurianos podem ter sido avisados muitas vezes antes da catástrofe final, através de diversos sinais naturais, alguns estudiosos julgam que novamente os habitantes desta área devem estar revivendo a mesma história, e precisam estar atentos às advertências da Natureza.

Segundo uma antiga tradição, conhecida como hipótese reptiliana, a Lemúria foi habitada por uma raça, chamada de ‘terceira raça’ pelos teósofos – adeptos da doutrina criada por Madame Blavatsky, na sua obra Doutrina Secreta -, meio humana, meio réptil, ou dragoniana. Povos como os do Camboja, Austrália, Índia, e os pré-colombianos, entre outros, cultivam esta convicção. Esta civilização teria sido muito avançada e, por outro lado, ela foi acusada de exercício da magia negra, preço pago pelas conquistas realizadas. Alguns historiadores interpretam este mito como um símbolo de intensa erudição, daí a referência à serpente ou aos dragões, que representam o conhecimento. A alusão às artes mágicas pode também ser uma menção à tecnologia adiantada deste povo.



A teosofia, durante o século XIX, postulava que a Humanidade já havia atravessado quatro fases pré-evolutivas, passando naquele momento pela quinta etapa. Segundo eles, a quarta raça teria como modelo os atlantes, moradores da Atlântida. Já a terceira estaria relacionada aos lemurianos, com uma estrutura óssea cartilaginosa, três olhos - um deles na nuca, atualmente transmutado na glândula pituitária, conhecida como hipófise, centro de percepções extra-sensoriais. Eles seriam gigantes e hermafroditas, depois bipartidos nos sexos masculino e feminino, quando se iniciou a reprodução sexuada. Este momento, para os teósofos, seria o princípio da queda da Humanidade.

Alguns procuram um elo perdido entre lemurianos e atlantes, mas eles conviveram no mesmo período temporal por pouco tempo. Quando a Lemúria se extinguiu, a Atlântida era uma civilização emergente, no auge de sua evolução.

Baphomet
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O néter, deidade ou Arquétipo de Baphomet possui uma origem extremamente controversa e que remonta à Idade Média (mais precisamente no período das Cruzadas Cristãs).
A Ordem dos Cavaleiros do Templo (Templários), era o braço militar dos países europeus na Terra Santa ao lado dos Hospitalários (estes notoriamente com menor projeção). E foi justamente entre estes cruzados da "Palavra de Cristo" é que surgiu o Senhor da luz e trevas Baphomet.



Em 13 de Outubro de 1307, está documentado que os soldados do Rei Filipe da França (o belo) a mando do próprio Papa (naquele período ainda não tinha se Sucedido a laiscização do Estado e por tal religioso e Político fundiam-se em Interesses opressores mutuais) e do rei francês, invadiram a Fortaleza dos Templários e levaram sob custódia seu Grão-Mestre Jacques de Molay e grande parte dos cavaleiros como prisioneiros sob a acusação de veneração do demônio sob a forma de um ícone chamado Baphomet.

A veracidade do facto dos Templários venerarem realmente o demônio sob a imagem de Baphomet é extremamente questionável e incerta. É sabido que desde a criação da Ordem na Primeira Cruzada (em torno de 1095), estes ganharam enorme poder militar, pecuniário e político.



Seu poder militar veio graças a criação de um sistema de treinamento severo de seus cavaleiros, aprimoramento de práticas beligerantes antigas, sistema de ingerência rígido e uso de armas de qualidade superior a vista em muitos exércitos.

O poder pecuniário adveio graças a pilhagem de inúmeros bens dos muçulmanos. Com a invasão de suas fortalezas e cidades, controle de rotas por onde passavam caravanas de comerciantes islâmicos.

Sendo uma época baseada num sistema onde o acúmulo de terras (estas em Teoria no nome da Igreja) era sinônimo de poder, os templários ganharam enorme influência política pelo gerenciamento de inúmeras fortalezas na Palestina e outras regiões. Assim como detinham grande parte da massa cristã ao seu lado pelas conquistas e por serem tidos como o "Exército de Jeová na Terra"'', o que deu-lhes influência enorme.

Por estes fatores, o papa Clemêncio (ou Clemens como era conhecido) temeu o poder enorme adquirido pelos Templários e que estes pudessem influenciar desfavoravelmente a "Balança de Poder" caso decidissem adquirir independência plena do augúrio papal.



Grão-Mestre Jacques de Molay
Destarte começou este, a instigar os reis contra os templários. Mas instigar a nobreza contra a Ordem não seria nem de longe suficiente para conseguir uma campanha absolutamente bem-sucedida contra os Cavaleiros do Templo. Ainda era preciso o consentimento do povo a partir do descrédito da Ordem perante os moldes crististas fortíssimos da época.

Calcula-se que desta forma foram muito bem plantados boatos e falsas provas de que os templários veneravam um demônio de nome Baphomet e que por tal deveriam ser eliminados em nome de Deus.

Nesta versão, chegamos a conclusão de que Baphomet foi na realidade uma deidade inventada pela igreja (como tantas outras o foram no período da inquisição) para desmerecer e eliminar os cavaleiros templários.



Contudo, existem correntes de historiadores, arqueólogos e estudantes do oculto que afirmam veementemente que realmente os templários teriam cultuado uma entidade de nome Baphomet. E que tal entidade seria em realidade um fusionismo do conceito cristão religioso de Yeshua (Jesus) e Mohammed (uma figura muitíssimo cultuada na antiga terra dos muçulmanos). Tal sincretismo deu-se sem uma percepção consciente por parte dos templários segundo estes estudiosos. Todavia esta entidade cultuada não teria nenhuma correlação com o diabo ou a egrégora infernal, e que tal culto foi apenas um estopim utilizado pela Igreja para caçar os templários.

Como suporte da teoria de que Baphomet era realmente cultuado pelos templários os estudiosos valem-se de um diário dito pertencente à Jacques de Molay (último Grão Mestre da Ordem) onde este registra minuciosamente magias, rituais e liturgias envolvendo tal figura. Assim, como também graças a uma estátua, contida em um cofre, exumada de ruínas de uma antiga fortaleza dos templários no oriente (tal petardo apresentou-se muito bem selado dentro do cofre. Esta estátua apresentou-se como uma figura baphomética análoga dos pontos de vista do Bode de Mendes e ao andrógino do alquimista Khunrath. Esta figura era barbuda, corpo inteiramente feminino, em uma de suas mãos portava o sol e na outra a lua, ambos astros atados por correntes. A imagem segundo os arqueólogos apresentavam conceitos considerados obscenos e, quiçá, diabólicos para época medieval).



Bem, todavia poderíamos considerar que tal diário e tal estátua foram falsas provas inseridas no templo templário por agentes do papa para acusar falsamente os templários e dar suporte à sua teoria inventada de culto ao demônio.

Pois bem, sendo realidade o culto de Baphomet ou não por parte dos templários, esta deidade reinterpretada por alquimistas (como Eliphas Lévi), cultuada por seitas gnósticas (surgidas, principalmente, a partir do século XV), temida por uma massa medieval que acreditava em qualquer disparate papal e, mais recentemente, ressuscitada por satanistas contemporâneos (ligados a filosofia de La Vey) já ganhou força mais do que suficiente para existir.



Sim, existir como egrégora, como força energética influente em processos de magia e impressa na luz astral graças ao inconsciente coletivo.

Os Reinos Intermediários
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Por: Henrique Guilherme Wiederspahn
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Quando os antigos celtas e nossos ancestrais atlantes viviam na Terra, faziam-no de uma maneira tal que permaneciam intimamente ligados à natureza e seus mistérios, relacionando-se com as forças naturais que animavam as montanhas e as densas florestas repletas de vegetação e animais. Mantinham ainda uma relação muito intensa com o ciclo das colheitas e todos os tipos de manifestações naturais. Com o uso de seus sentidos bem como de sua intuição, absorviam a Sabedoria diretamente da fonte, a Mãe-Terra.
E foi desta maneira que tomaram contato com outros tipos de vida, a maioria dos quais pertencendo ao plano astral, mesmo que eventualmente também participassem do plano material. Dentre eles, podemos citar os seres feéricos.



Os humanos feéricos são as fadas européias, os elfos alemães e escandinavos e, os Daoine Sidhe irlandeses. Encontramos uma grande variedade de animais feéricos que basicamente estão classificados como animais selvagens, que existem por seu próprio direito e nada devem a ninguém e também, aqueles que são passíveis de serem domesticados pelas fadas.



Ser Feérico
O nome Fairies diz respeito a diferentes espécies de seres humanos feéricos e provém de um termo antigo (Fay).

Diz-se do povo feérico que se encontra na posição mais elevada dentro daqueles que habitam os Reinos Intermediários. E ainda que a sua natureza não seja divina, da mesma forma que não o são a maior parte dos deuses celtas, alguns altos chefes dos sidhes são considerados tão importantes quanto esses deuses.

A palavra sidhe (que se pronuncia shee) é equivalente a povo, aldeia ou tribo.

Os Reinos Intermediários correspondem a uma região onde atualmente vivem os seres que têm a natureza das fadas. São reinos que existem apenas no plano etérico, psíquico e espiritual, hoje conhecidos como “Outro Mundo”. Infelizmente, o ser humano moderno se acostumou, por meio dos sentidos físicos, a uma existência monoplanal. Mas quando entra em meditação ou transe, descobre em seu próprio interior diferentes níveis de consciência.

Mas enquanto isso, as fadas acabam sendo relegadas para entreter crianças...

Na realidade, o mundo das Fadas, Elfos e Duendes existe de fato. Porém, mantém as portas de Sidhe devidamente seladas, manifestando-se no meio exterior em raríssimas ocasiões.



Voltando a tratar dos Reinos Intermediários, é preferível enunciá-lo no plural uma vez que inclui vários reinos diferentes, associados entre si pelo fato de não serem visíveis aos olhos comuns. Dentro deste imenso reino está o Reino dos Elementais, composto de seres que participam da existência de um dos quatro elementos do mundo manifestado. Mas também encontramos o Reino dos Antepassados ou Espíritos dos Mortos (incluindo-se aqui seus cascões). Ainda, encontramos os espíritos (ou campos magnéticos – para quem preferir) dos aspectos naturais como rios, lagos, fontes e especialmente os espíritos do mundo verde, especialmente as Dryadas – espíritos das árvores.

E por fim, encontramos os verdadeiros donos do pedaço, senhores de Sidhe: os seres feéricos.

Verdadeiros senhores da natureza, tanto em seu aspecto belo e luminoso como pelo feio e obscuro, caracterizam-se de fato por sua grande inteligência e conhecimento.

Mas de onde provém? Qual a sua origem? De que são feitos?



Independente de sua aparência voltar-se para o belo ou para o feio, não parecem ser dotados do mesmo Espírito Divino que nos diferencia dos animais. E o nosso erro, como humanos, foi isolá-los em virtude de nossa cobiça e falta de escrúpulos em exaurir a Mãe Terra.

Por isso, muitos deles retornaram às portas de seu reino, onde podiam permanecer invisíveis, envoltos em sua tristeza e melancolia, mas numa atmosfera de beleza, conhecimento, paz e serenidade. Passaram a temer o contato com os humanos. Alguns os associam ao Tuatha de Danaan, que igualmente se retiraram para sob a terra...



Da mesma forma que os duendes são considerados os daimones da natureza e os antepassados dos espíritos, os Elfos e as Fadas são chamados de daimones da Luz. Justamente aquela buscada por alguns humanos com tanta sofreguidão. Sim, aquela Luz que simboliza a expressão da sabedoria e do conhecimento.

No entanto, será preciso advertir àqueles que desejam ir ao seu encontro que seus conceitos éticos são muito peculiares, independente da magnitude de sua sabedoria e conhecimento: são guiados apenas por sua Vontade.

Bruxaria e Vampirismo


Oh amigo e parceiro da noite, tu que te extasias com o ladrar dos cães acuando suas presas, com o sangue vertido, vagueias em meio às sombras passeando entre tumbas, cobiças o sangue e fazes tremer de temor os mortais! Gorgo, Mormo, a Lua de mil faces, apreciem os nossos sacrifícios.
A Magia como um todo está inclusa na história do vampirismo, seja a bruxaria, o xamanismo ou o vodu, não importa o rótulo. Mas onde reside o porquê desta associação, mera crendice? Muito possivelmente, não, quase sem medo de errar, a afirmação mais correta seria que a Magia é a grande motivadora do vampirismo.

Quando uso o termo Magia estou expandindo o seu significado original e lhe atribuindo uma nova valoração. Sendo entendido como Magia toda a relação do ser humano com o mistério e o oculto, na tentativa de tentar compreendê-lo, mas acima de tudo de compreender a si mesmo, como individuo e espécie.

A ciência é prima-irmã da Magia, e não poderíamos deixar de juntar a este nosso conceito expandido, os fenômenos parapsicológicos.

Melhor que toda esta minha verborragia são os pensamentos de um certo escritor, em especial ao que tange e pode ser aplicado ao vampirismo.

Arthur Machen, em algumas de suas obras, tem uma visão iluminada, muito similar aos axiomas de To Mega Therion. A sua obra faculta algumas reflexões bastante interessantes, que levam do vulgar ao estupor, e maravilham o Régio. Por mais que Machen mantenha aparentemente uma visão maniqueísta, ele insufla idéias fantásticas.



Dentre elas nós temos os kalas, os centros secretos do organismo humano, terras inexploradas para o seu possuidor, outra afirmação de uma de suas obras faz lembrar Nietzsche, além do bem e do mal. Os senhores do mundo devem ir além do bem e do mal, só aqueles que os conhecem e que a eles transcendem chegarão ao mundo real, a causa última de tudo.

Tomar o céu de assalto, querer ser deus, a maior de todas as blasfêmias. Estes que assim agem são ascetas negros e, como os outros iniciados, comungam, só que com as forças dos abismos profundos, onde habita o mal.

Não sejamos vulgares, estes que assim agem muitas vezes tem a conduta mais ilibada de que os santos.

Os iniciados do caminho da mão direita tentam elevar sua consciência rumo ao divino, levando uma vida sã, são extasiados pelo espírito.

Os ascetas negros são movidos por uma paixão aterradora em sua busca pelos mistérios inversos.

Os motivos de seus anseios escapam ao comum. Somente o iluminado, conhecedor da luz e sombra capta o seu conhecimento.

A bruxaria e os cultos femininos são tão antigos quanto o tempo. No Paleolítico, o corpo da mulher era sagrado, divino por natureza, mistério, a anima mundi. As mulheres eram para muitos antropólogos e mitólogos as portadoras do saber e poder Mágico. Tanto é que há mitologias em todo o globo tratando do processo que os homens tiveram que encetar para tentar controlar este poder. Em resposta a este poder foram criadas as sociedades secretas exclusivamente masculinas, similares à maçonaria de hoje.



O enfoque feminino possivelmente era mais ligado às plantas e o masculino aos animais. Este conflito retrata uma deusa imanente versus um deus transcendente. Muito do mal e do demoníaco associado à mulher é advindo desta transição.

Sabemos que os deuses dos vencidos são os demônios dos vencedores, e com o arquétipo feminino não foi diferente. Para as culturas antigas o vampirismo estava intimamente associado ao feminino: Lâmia, Lilith e uma infinita turba de lascivas e demoníacas entidades femininas.

É bem sabido que, para as grandes religiões de hoje em dia, a mulher é associada ao mal, ao pecado e à tentação.

Algumas teorias, como já vimos, falam de uma era matriarcal que teria sido sobrepujada pela patriarcal, por mais que este dado antropológico gere polêmica, ele se apóia na psicologia interna, uma identificação com a mãe e a fase oral, e o patriarcado, a fase fálica.

É fácil imaginar que esta mudança não ocorreu de uma só vez, e também foi feita de forma violenta muitas vezes. Encontraremos resquícios em várias partes do mundo, pois nos judeus até hoje um filho de mãe judia é judeu, mas o de pai judeu não.

Para a compreensão destes fatos e sua ligação com o vampirismo, iremos tratar de um arquétipo que sintetiza sobremaneira a miríade de elementos da Magia e do Vampirismo.

A História da Bíblia


A Bíblia não é como muitos pensam um livro só, constando na realidade de numerosos livros, escritos em diversas épocas por vários autores.
Já pelo seu nome, percebe-se o que significa: os livros (de biblia, plural de biblion, diminutivo do grego biblos, o livro).

Fundamentalmente, ela se divide em: Velho Testamento ou coleção de livros escritos antes de Jesus; e Novo Testamento, composto dos livros que apareceram com o Cristianismo.

Os livros reconhecidos como sagrados, como inspirados diretamente por Deus, constituem o cânon do Velho e do Novo Testamento.

A primitiva literatura do povo hebreu era composta de cânticos, a forma pela qual esse povo, no principio nômade e pastoril, reverenciava seu Deus e transmitia seus feitos à posteridade.



O Povo Hebreu
Ao se compulsar a Bíblia, encontram-se esses cânticos esparsos em diversos pontos do Velho Testamento: Canção de José (Gén. XLIX); Canção de Moisés (Êxodo XV); Canção de Moisés (Deuteronômio XXXII e XXXIII); Canção de Débora (Juízes V); e outros (Números XXI, 14, 15, 27 a 30; 1 Samuel, II, 1 a 11; II Samuel, XXII; II Reis, 21 a 35), canções estas anteriores às narrativas de que fazem parte.

Com a fixação do povo hebreu na Palestina, foram se formando os livros que deveriam compor o seu livro sagrado. Mas, devido às continuas guerras e às muitas vicissitudes pelas quais passou o povo, os documentos originais perderam-se ou foram destruídos para não caírem em mãos inimigas.

Os escribas e doutores da lei eram forçados, então, a reconstituir, de memória ou com os escritos fragmentários, os primitivos livros.

O cativeiro da Babilônia, em 586 a.C., foi de enorme significação, porque dividiu o povo hebreu, destroçou toda sua organização e provocou a perda de todos os manuscritos sagrados até então existentes.

Coube a Estiras, no ano 458 a.C., reconstituí-los. Não está bem esclarecido se ele achou cópias escondidas ou se foi o próprio autor de todos os livros, inclusive o Pentateuco ou Torá, que muitos atribuem a Moisés.



Moises
Com efeito, segundo um manuscrito apócrifo considerado não canônico ou não fidedigno encontrado no ano 96 d.C. e denominado Livro VI de Esdras (Cap. XIV 37 48), tendo sido os documentos primitivos destruídos pelo fogo, Esdras os recompôs por inspiração divina. Ditou, então, em 40 dias, a 5 escribas, 94 livros, dos quais 24 constituíam o antigo cânon dos hebreus e os restantes 70, tidos depois como apócrifos, continham ensinamentos esotéricos.

Conforme se vê, a literatura religiosa hebraica consolidou-se ou reafirmou-se depois do cativeiro da Babilônia, o que é confirmado pela presença, até no Pentateuco, de trechos que reproduzem mitos caldeus.

Assim, os fragmentos do sacerdote babilônico Berósio (III a.C.) e milhares de documentos cuneiformes relatam que os homens foram criados da argila, mas que, por sua impiedade, foram afogados por um dilúvio do qual só escapou Utnapixtim, o Noé babilônico, que construiu uma arca e nela se encerrou com os seus. Após 7 dias, a arca parou numa montanha e Utnapixtim solta uma pomba e depois uma andorinha, que voltam, por não encontrarem onde pousar. Depois solta um corvo, que não volta. Utnapixtim sai, então, da arca e oferece um sacrifício aos deuses.

Sargão, filho de pai desconhecido, é abandonado em um cesto de caniço no Eufrates, por sua mãe, e depois encontrado por um camponês. Mais tarde torna se o senhor do país.



Sargão
Os exegetas discutem sobre o verdadeiro autor ou autores dos livros do Velho Testamento. Com efeito, encontram se em muitos livros sinais evidentes de que foram escritos por mais de um autor, não só pela coexistência de relatos diferentes, como também de estilos dessemelhantes.

Assim, por exemplo, no Gênesis conta-se a criação de Adão e Eva de duas maneiras (versão jeovista e versão eloísta).

Assinalam-se, mesmo, quatro autores no Gênesis. O autor "J", assim chamado porque empregava a denominação Jeová para Deus, era do sul da Palestina e seus escritos parecem remontar a 1000 ou 900 anos a.C. Já o autor "E", que atribuia a Deus o nome Elohim, era do norte e deve ter escrito mais ou menos pela mesma época. O terceiro autor parece ter sido um profeta de Judá, que viveu em aproximadamente 722 a.C., chamado de "JE" porque juntou trechos de "J" e de "E" e adicionou outras narrativas. E, finalmente, há trechos mais recentes que constituem a versão "P", que devem ter sido obra de um corpo sacerdotal, após a destruição do templo.

Como se verifica, a controvérsia é grande. Uns atribuem o Pentateuco (os cinco primeiros livros da Bíblia) a Moisés, outros, a Esdras e outros, a diversos autores.

A análise dos manuscritos é delicada, porque muitos são freqüentemente discordantes, não havendo nenhum manuscrito original, pois todos se perderam, bem como as cópias de cópias mais antigas.

Assim, o Deuteronômio (o livro 5 do Pentateuco) foi encontrado somente no ano 622 a.C., no reinado de Josias ou de Manassés. Mesmo que tivesse sido atribuído a Moisés, é estranho que o capítulo XXXIV relate sua morte e seu enterramento.

Deuteronômio significa recapitulação da lei, ou a lei 2, fazendo ver que é uma reprodução ou atualização da antiga ou primitiva lei mosaica.

O Levítico (3° livro do Pentateuco) parece ter sido posterior ao exílio e a Ezequiel, depois do ano 358 a.C.



Visão do Profeta Ezequiel
Os outros livros do Velho Testamento (Provérbios, Cânticos, Salmos) estavam completos pelo 4° ou 3° século a.C.

Os livros de Esdras e de Neemias foram obra de um só compilador e apareceram pelo ano 300 a.C.

Os livros dos Profetas (completos entre 250 e 200 a.C.) e os Hagiógrafa (completo entre 150 e 140 a.C.) parecem não ter sido feitos por Esdras.

Todos esses livros foram escritos originalmente em hebraico , com alguns trechos em aramaico (Daniel II, 4 a VII, 28; Esdras IV, 8 a VI, 18 e VII, 12 26; Jeremias X,11).

No Velho Testamento existem outros livros, muito mais recentes, escritos originalmente em grego e não em hebraico. Não foram, por isto, reconhecidos pelos hebreus ortodoxos como canônicos (sagrados, inspirados por Deus).

Os católicos incluem-nos em sua Bíblia, mas os protestantes repelem-nos. São os chamados deuterocanônicos, em número de 7: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico (não confundir com o Eclesiastes), Baruc com a Epístola de Jeremias, os dois livros dos Macabeus. Há também trechos deuterocanônicos no livro de Ester (X, 4 até XVI, 24, inclusive) e no Daniel (111, 2490; XIII, XIV).

Os livros canônicos dos hebreus ortodoxos eram em número de 24, assim divididos:
I Torá, a Lei (O Pentateuco, dos gregos). São os cinco primeiros livros da Bíblia: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronómio.
2 Nebhiím, os Profetas. Em número de 8, cujos primeiros: Josué, Juizes, Samuel, Reis (4 livros) e últimos: a) Maiores Isaias, Jeremias, Ezequiel (3 livros); b) Menores: os 12 profetas menores, enfeixados em um único livro.
3 Kêthubim, ou Hagiógrafa. Escritos sagrados em número de 8, sendo: Poéticos: Salmos, Provérbios, Jó (em número de 3); Megilloths ou rolos: Cântico dos Cânticos, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester (em número de 5).
4 Restantes, em número de 3: Daniel, Esdras com Neemias, Crônicas.

O Canon hebráico era contado ora com 24, ora com 22 livros (por causa das letras do alfabeto). Orígenes e São Jerônimo procuraram subdividir os livros de forma a darem um total de 27, para coincidir o número com mais cinco letras finais do alfabeto hebraico.



São Gerônimo
Modernamente conhecemos esses livros divididos em 39, pela distribuição do livro dos 12 profetas menores em 12 livros, pela separação do livro de Neemias, do de Esdras e pela subdivisão dos livros de Samuel, Reis e Crônicas, cada um em dois livros.

Toda a dificuldade na exegese bíblica está em que os manuscritos originais, inclusive os de Esdras, perderam-se.

Não existe nenhum manuscrito bíblico anterior ao século IV d.C. Convém ter em mente que, antes da invenção da imprensa, em fins do século XV, a Bíblia só existia sob forma de manuscrito. Ora, as cópias e cópias de cópias tiveram que passar pela compilação e pela reconstituição dos copistas.

Além de se tratar de manuscritos, sujeitos a desgaste, de leitura e reprodução difíceis, expostos a omissões, alterações, interpolações e até a falsificações, havia a extrema dificuldade de interpretação e tradução do hebráico.

Com efeito, os manuscritos hebraicos formavam um todo contínuo, sem capítulos e sem versículos. Somente no ano 1228, o cardeal Langton teve a idéia de subdividir a Bíblia (ainda manuscrita) em capítulos. E foi o editor Robert Stephen quem estabeleceu a divisão em versículos, no ano 1555.

Outra dificuldade enorme e insuperável naquele tempo é que a língua hebraica era composta apenas de consoantes e não havia pontuação. Além disto, não havia dicionário ou gramática, enfim, nada que orientasse a interpretação ou a significação de palavras ou frases. Em suma, o manuscrito hebraico era uma sucessão interminável de consoantes, sem pontuação, sem parágrafos, sem versículos, etc.

Assim, Yhvhthstsrcdmndknntm significa "Yaveh, tu procuraste-me e conheceste-me". Imagine-se o que não seria o trabalho de cópia e interpretação de um livro assim constituído!



Copista Medieval
A transmissão da versão tradicional se fazia à custa da memória extraordinariamente cultivada e desenvolvida dos doutores da lei, mesmo assim, exposta a interpretações ou intromissões indevidas no texto exato.

O cânon hebraico, tal como o conhecemos hoje, já existia no século II a.C. Por esta época, os hebreus, embora concentrados na Palestina, estavam espalhados pelo resto do mundo. Muitos, fugindo à rígida tradição ortodoxa, foram admitindo alguns preceitos dos gentios e mostravam-se muito liberais em matéria de religião. Eram os chamados hebreus helenizantes.

Por isto mesmo e pelo fato de a língua grega ser a língua internacional no século II a.C., Ptolomeu Filadelfo pediu aos hebreus de Alexandria que lhe fizessem a tradução grega dos livros religiosos hebraicos.

O sumo sacerdote Eleazar forneceu os documentos hebraicos e, segundo uma tradição meio histórica e meio lendária, reuniram-se 72 eruditos, seis de cada tribo de Israel, para fazerem aquele trabalho. Entre outras lendas, conta-se que terminaram todos a sua tarefa no mesmo momento, com um altissonante Amém e que foram tiradas 70 cópias da tradução.

Esta, à qual os hebreus helenizantes de Alexandria acrescentaram os deuterocanônicos, escritos em grego, é a famosa Septuaginta, ou Versão dos 70. Esta obra foi de grande significação, pois até essa época a leitura dos livros religiosos hebraicos estava reservada ao templo e às sinagogas. A partir daí, difundiu-se o conhecimento da Bíblia entre os não hebreus e mesmo entre os descendentes de Israel que, longe de sua pátria, estavam mais familiarizados com o grego do que com o hebraico . Entretanto, os hebreus ortodoxos repeliram-na, tanto mais que encontraram infidelidades na dificílima tradução.

Assim, diz Salomon Reinach que os 70 traduziram, em Isaías VII, 14, o hebraico "almah", por "virgem", quando a tradução exata seria"moça" ("pois por isso mesmo o Senhor vos dará este sinal: uma virgem conceberá e dará a luz a um filho e seu nome será Emanuel"). Pode-se avaliar a importância de tal mudança de tradução dessa frase profética, de profunda significação para o futuro cristianismo.



Virgem Maria
Aliás, erros desta natureza poderiam-se dar com relativa frequência e facilidade. Assim, por exemplo, a simples transposição de um sinal podia modificar todo o sentido de uma frase. Em Gênesis XLIX, 21, conforme a pontuação, pode se ler: "Neftali é um veado solto, que pronuncia formosas palavras", ou: "Neftali é uma árvore frondosa da qual brotam formosos ramos". Na tradução dos 70, foi a primeira frase a que prevaleceu.

Os originais e cópias da Septuaginta perderam-se. Hoje, conhecem-se perto de 4 mil manuscritos, dos quais os mais antigos remontam ao século IV d.C.
Os mais importantes e antigos são os conhecidos pelos nomes de: Manuscrito do Vaticano (Século IV d.C.); Manuscrito Sinaitico, de Tischendorf (Século IV d.C.); Manuscrito Alexandrino (Século V d.C.).

Os hebreus, não conformes com a tradução grega da Septuaginta, continuaram a transmitir os manuscritos do Templo. Mas os exegetas ortodoxos reconheciam, pelas dificuldades já expostas de tradução e de interpretação do texto hebraico, que era necessário compor um sistema de sinais que fizessem o papel das vogais e da acentuação e assim permitissem maior fidelidade ao verdadeiro texto.

No tempo de Jesus havia dois textos: o texto grego da Septuaginta e o texto hebraico ortodoxo, proveniente do texto primitivo de Esdras, certamente corrompido por omissões, interpolações, descuidos, erros de cópia, ele.



Esdras
Parece que o texto hebraico era seguido por Jesus e seus apóstolos, enquanto São Paulo e os gentios conversos, que logo se tornaram dominantes, adotavam o texto da Septuaginta pelo fato de a língua grega ser mais difundida e acessível.
Os hebreus ortodoxos empreenderam o trabalho de sinalização dos manuscritos, que passaram a ser chamados textos ou manuscritos massoréticos, do nome massora (tradição).

Apesar de tantas precauções, afirmam os exegetas que, até o século II d. C., esses manuscritos sofreram, fora de qualquer dúvida, numerosas corrupções, o que se inferiu pela comparação com outros documentos antigos.

Somente pelo século IV é que se fixou a versão massorética, conhecida
presentemente. Como os demais documentos, o texto hebráico massorético e suas cópias mais antigas perderam-se. O manuscrito massorético mais antigo hoje existente é o denominado Codex Babylonicus Petropolitantis, que data do ano 910.

Além da versão dos 70, há outras traduções gregas do texto hebraico: traduções de Áquila, de Teodósio e de Simaco, que datam do século II d.C. Embora não tivessem atingido à preeminência daquela, servem para estudo comparativo.

Na versão da Septuaginta existiam alguns livros que não foram reconhecidos canônicos: os livros III e IV dos macabeus, o Salmo CLI.

Circulavam também, nos primeiros tempos do Cristianismo, manuscritos religiosos que não foram incluídos na lista dos documentos canônicos: os livros III e IV de Esdras, o livro dos Jubileus, os Paralipômenos de Jeremias, o livro do martírio de Isaías, o livro de Enoc, etc.



Enoc
Em resumo, o Velho Testamento é conhecido através de cópias, cujas mais antigas datam de muitos anos depois de Cristo, sendo umas gregas (provindas dos textos de Septuaginta) e outras hebraicas (provindas dos textos massoréticos). Não se conhecem cópias sem sinalização, derivadas do texto hebraico de Esdras.

Posteriormente, apareceram os textos latinos e outros que veremos adiante.
No texto grego da Septuaginta, o Cânon do Velho Testamento é dividido em 4 seções:
I A Tora, a lei, ou seja, o Pentateuco, com os 5 primeiros livros. Modernamente, tende se a acrescentar a estes, o livro de Josué e a denominar o conjunto de Hexateuco.
2 Os livros históricos, de Josué até Crônicas, e mais outros, como Esdras, Neemias, Ester.
3 Os livros poéticos: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos cânticos,
4 Os livros Proféticos dos 4 Maiores: Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel e os dos 12 Menores.

O nome Velho Testamento vem do grego Palaiediatheké (palaie: velho, diatheké: pacto, aliança). Essa a denominação grega pela qual era mais conhecida em Alexandria, a Versão dos Setenta.

Mas diatheké também significa testamento e foi o nome preferentemente adotado por São Jerônimo, na versão da Vulgata, e o que prevaleceu até hoje.




Neste capítulo referimo-nos à antigüidade dos documentos bíblicos comumente conhecidos. Em 1947 foram descobertos às margens do Mar Morto rolos bíblicos que datam de antes de Cristo. Estes manuscritos bíblicos, em hebraico, grego, árabe e aramaico, são todos do Velho Testamento e ainda estão sendo objeto de estudos.

Há um palimpsesto em papiro, com uma lista de nomes e números em hebraico arcaico, chamado fenício, que data de cerca de 500 a 600 a.C. e é, provavelmente, o documento mais antigo do mundo.
Muitos manuscritos estão sendo decifrados por meio da fotografia pela luz infravermelha.

Não há dúvidas sobre a autenticidade e antigüidade desses documentos, cujo estudo poderá, talvez, provocar a revisão de muitos conceitos em torno da literatura do Velho Testamento.
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Crianças Índigo

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Não é fácil ser uma criança Índigo



Por: Oswaldo Rocha Illescas,
Nos anos 80, nos Estados Unidos, uma conhecida norte americana pertencente aos meios espirituais, de nome Nancy Ann Tappe, que utilizava a terapia da cor, começou a notar que as crianças tinham uma coloração azul violeta na camada mais exterior de suas auras (chama-se assim ao campo energético que se encontra ao redor do corpo humano), coisa que nunca havia visto antes. Intrigada, decidiu investigar mais profundamente e começou a reconhecer características comuns em todos estes pequenos seres:

Maior inteligência, maior energia, maior tendência para questões de espiritualidade. Tudo parecia ser maior nestes meninos os quais baptizou como crianças Índigo. Pouco tempo depois publicava Understanding your Life Through Color (Compreendendo a sua vida através da cor), um livro que se converteu no primeiro que abordava seriamente o tema das crianças Índigo e que lançou este termo, aos níveis de popularidade, que hoje tem em todo o mundo.

Entre as principais características das crianças Índigo estão, em linhas gerais, a sua realeza (um natural sentimento de quem tem o direito a estar cá), a necessidade de relacionar-se com outros seres, o seu jeito de liderar, a sua grande quantidade de energia, o seu natural sentido de justiça e de questionar padrões estabelecidos. É difícil para eles aceitar o conceito de autoridade propriamente dito, sobretudo quando este não está apoiado na coerência de quem ostenta ou reclama tal status. Quer dizer que, na maioria dos casos, estas crianças perceberão de imediato se você não é coerente entre o que diz e o que faz.



Por um lado, é certo que muitas destas características eram inevitáveis, tendo em conta que a sociedade se vai convertendo, cada vez mais depressa, num culminar de inovações técnicas e de informação a todo nível. A sociedade está-se transformando cada vez mais em tecnológica, conceitos como o computador, a Internet, a comunicação em tempo real, etc, que eram só sonhos há alguns anos, hoje são uma realidade. É natural então que as crianças nascidas hoje tenham uma maior empatia com todas estas coisas, pela simples razão de que estão nascendo neste meio ambiente carregado de influências tecnológicas.

Até aí não é necessário aplicar o conceito de criança Índigo. No entanto, pergunta-se se todas as novas características desta sociedade da informação estão baseadas em valores verdadeiros? Não. Esta sociedade está cada dia mais e mais caótica. Criamos os nossos filhos como se preparássemos um futuro campeão de luta livre, mas com muita informação no cérebro, porque assumimos que esta sociedade se vai tornar cada vez mais selvagem, desumanizada, donde por selecção natural só os mais fortes, preparados, titulados, vão poder sobreviver e conseguir um bom posto de trabalho, um bom automóvel, um bom apartamento e um promissório futuro, porque pensamos que todas estas coisas nos trarão a felicidade. Estas crianças não encaixam nesses conceitos criados confusamente por todas as gerações precedentes, porque todas elas fundaram uma sociedade baseada em falsidades inumanas, não em valores.



Está muito bem que hoje habituemos as crianças a manejar aparelhos como o computador e suas diversas ferramentas, questões muito na moda ultimamente em todos os sistemas educacionais, seguramente com a ideia de que o começar cedo com o uso destas coisas os vai preparar melhor para a vida, mais adiante. No entanto, é muito melhor tratar de equilibrar o imenso potencial mental e espiritual que cada uma destas crianças traz consigo, não dizendo com isto que tudo o anteriormente exposto não seja importante, mas em todo caso deve ser só complementar. E realmente a ciência e a tecnologia podem ser úteis ferramentas, mas não nos fazem mais felizes.

Outra característica muito importante que se deve ter em conta é que nem todas as crianças Índigo são iguais. Clamamos-lhes Índigo como uma maneira de reconhecê-las pelas suas qualidades e potencialidades psicológicas, mentais e espirituais mais desenvolvidas, mas não estão feitas em moldes. Este ponto é muito importante porque na medida em que soubermos “guiar” estes pequenos seres, e sublinho esta palavra, poderemos vê-los mais adiante aplicar na vida diária toda essa capacidade, que levam dentro deles. Se pelo contrário, eles não encontram adequado guia, todo esse potencial ficará adormecido e se converterão em futuros cidadãos, igualmente condicionados, como somos a maioria de nós.
Estes jovens, ao terem os dois hemisférios cerebrais mais dotados e inter conectados (o hemisfério esquerdo é o mental, lógico, racional, científico, enquanto que o direito é o intuitivo, artístico, espacial), podem ter, sobretudo na escola, verdadeiros curto-circuitos com as estruturas educativas tradicionais que se baseiam no trabalho exclusivo com um dos dois hemisférios. Então, costumam aborrecer-se terrivelmente, não desejam ir à escola, porque não a encontram atractiva e enriquecedora. Detestam fazer as tarefas na ordem em que “a professora diz”. E então, como consequência, são diagnosticados com Desordem de Déficit de Atenção ou com Hiperactividade. E começam aí os problemas.

Ultimamente ouve-se muito falar em falta de atenção ou défice de atenção e hiperactividade nas crianças de hoje. Uma atitude muito comum é tratar de solucionar estas questões com químicos como a famosa Ritalina (metilfenidato). “Deste fármaco sabe-se que a Administração Federal de Regulamentação de Drogas (FDA) coloca o Metilfedinato na mesma classe de drogas que a morfina e outros com aplicação médica legítima, mas com um alto potencial abusivo. Os efeitos colaterais (agitação, marcada ansiedade e tensão) dos psico-estimulantes são muito comuns, e muitos médicos recomendam diminuir, a pouco e pouco, a dose antes de interromper a medicação. A constatação dos efeitos a largo prazo e a medicação pediátrica está proibida por dilemas éticos e legais em relação a utilizar crianças como sujeitos de prova. A Administração Federal de Alimentos e Drogas etiquetou na Ritalina a seguinte advertencia: “não há ainda disponíveis, suficientes dados acerca da segurança e eficácia da utilização, a largo prazo, da Ritalina em crianças” (Carlos Oñates).
Isto mostra que nos Estados Unidos, onde se levam muito a sério assuntos relacionados com a saúde, tanto física, como mental, este ponto entrou como tema polémico, e confronta directamente todos aqueles que têm opinião de que, sobre nenhuma hipótese, se deve receitar esta droga a crianças e, os que têm opinião contrária.

Uma abordagem mais coerente e humana, no caso de um aparente problema de hiperactividade e/ou falta de atenção, seria analisar as possíveis causas deste tipo de atitudes na criança, o seu contexto familiar, o seu próprio processo de adaptação ao meio, a sua relação com os seus pais. Não podemos esquecer que as crianças vão sempre ter problemas de adaptação, por exemplo, com o seu meio educativo, porque ainda muitas escolas se baseiam em técnicas de memorização, técnicas que, à medida que passa o tempo, se revelam, cada vez más inconvenientes.



Por outro lado, estas crianças não só têm uma grande inteligência senão que as suas capacidades espirituais são por vezes maiores. Estão mais predispostas e abertas às questões do espírito. Não é difícil encontrar meninos pequenos que oram, repetem mantras ou participam encantados em cerimónias religiosas de todo tipo. Esta não é uma característica casual ou circunstancial. Estas crianças fazem as coisas porque são inspiradas do mais profundo do coração, porque o seu nível de consciência está em continua sintonia com as manifestações da espiritualidade mais elevada. Falamos de espiritualidade e não de religiosidade. Estas crianças não encontram diferença entre uma religião ou outra, todas estão bem enquanto o seu discurso e actuação estejam baseados em coerentes valores. Se o analisarmos friamente, podemos dar-nos conta que estas crianças, adequadamente orientadas, serão homens e mulheres mais íntegros e integrados, donde ciência e espiritualidade conviverão em perfeita harmonia.

Em conclusão, podemos dizer que não é simples ser uma criança Índigo. Também não é fácil ser pai ou professor de uma criança Índigo. Em linhas gerais abordaram-se as principais características destas novas crianças, e a chave para criá-las é o respeito, a atenção, o estar continuamente atento ás suas necessidades e, sobretudo, o amor. O processo de adaptação é, em realidade, algo mutuo, em constante mutação, dinâmico, é como fazer um curso de especialização sobre a mudança, que requer anos e que uma vez terminado já não tem possibilidade de emenda ou arranjo. Você sentirá continuamente que tudo aquilo que pensa saber, ou que nos ensinaram, não serve. Descobrirá com preocupação que deve aprender desde outra perspectiva a sua maneira de ver o mundo, a existência, a vida. Todo este esforço longo e, às vezes, um tanto difícil, terá os seus frutos quando veja que o seu pequeno “monstro” se converte numa criança feliz e você, sem querer, e graças ao amor que o move, se converte por sua vez, numa pessoa melhor.

Oswaldo Rocha Illescas
Fundación Indigo Ecuador
Traduzido por Fundação Casa Índigo

Star People
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Talvez você seja um Star People ou um Viajante, pessoas em especial que estão aqui para ajudar a acordar a humanidade em sua essência espiritual.
Este artigo compartilha de informações sobre dois grupos de "agentes secretos". Irmãos do espaço conhecidos como Star People e os Viajantes. Ambos são seres extraterrestres que entraram no nosso ciclo reencarnacional de forma a assistir à transformação para a era de Aquário. Ainda que os Star People e os Viajantes não sejam nativos do nosso planeta Terra, nenhum espírito que esteja associado à Terra, seja no momento presente seja em momentos passados, o é também. A razão para dizermos isto é a de que devemos nos lembrar que todas as pessoas são filhas do Criador, ninguém é diferente ou melhor do que outro. Cada um de nós está em seu próprio caminho, o qual por nós foi escolhido. Infelizmente alguns de nós estão se rebelando contra a verdadeira Unidade e Amor, de forma que o nível humano aparenta ser involuído. Contudo, todas as almas tem o mesmo potencial de grandeza ou de se tornar Uno com a essêcia.



A informação sobre os Star People basicamente provém da pesquisa do Sr. Steiger em fenômenos paranormais, uma vez que ele é autor de algo em torno de 200 livros sobre o assunto. Ele descobriu, ao trabalhar com indivíduos em hipnose regressiva, que determinadas pessoas haviam se voluntariado a vir à Terra, para elevar espiritualmente o planeta, e possuíam um outro mundo/dimensão, o qual chamavam de casa. Ele descobriu que os Star People eram basicamente de dois tipos: Star Helpers (ajudantes das estrelas) que têm como tarefa facilitar e ajudar os Star Seed (Sementes das Estrelas) em seu trabalho. Os Star Seed, que seriam espíritos extraterrestres encarnados aqui ajudando voluntariamente a construir a era Dourada.



Para que os Star People possam trabalhar com eficiência na Terra, eles teriam que possuir o tipo biológico normal deste planeta, de forma que todos tiveram um processo de nascimento natural como qualquer outro ser aqui. Quando encarnaram na Terra, eles tiveram de obedecer às regras e regulamentos da Terra, os quais incluíam ter um véu colocado sobre sua consciência, de forma a esquecer sua origem e estabelecer-se como seres da Terra.
Grande parte do trabalho para ajudar a transformar nossa Terra, requer que os ajudantes nos níveis materiais sejam exemplos de Luz e Verdade.



O Sr. Steiger descobriu em sua análise que muitos Star Seed tinham alguma fraqueza física ou experiências espirituais. As deficiências físicas se devem ao fato de que a freqüência vibratória em seus mundos é muito maior do que na Terra, de forma que o espírito do Star People não consegue se ajustar com perfeição nos níveis inferiores dos corpos terrenos.
No livro Star People, existe uma lista bastante discriminada dos atributos físicos/caráter. Algumas destas condições incluem: Olhar Magnético, temperatura corporal abaixo da normal, fruto de um nascimento não programado, (Star People tinham de encarnar rapidamente); sinusite crônica, hiper-sensitividade a campos elétricos ou eletromagnéticos, tem um zumbido ou um tom de áudio em seus ouvidos em precedência a um fenômeno psíquico-espiritual ou premonição de perigo, possuem constantes sonhos em que voam, crianças e animais são muito apegados a eles, sentem que, na Terra, mãe e pai não são propriamente os seus, tiveram companheiros invisíveis quando crianças, etc ...



Os Star Seed normalmente reconhecem suas identidades no decorrer de uma série de experiências espirituais ou sincronicidade com suas atividades de memória. Contudo, como o Dr. Puharich mencionou no festival de Star People, uma pequena porcentagem destes seres são capazes de sobrepor as vibrações da Terra e lembrar-se de sua origem.

Muitos Star People se tornam deprimidos porque sentem falta de suas casas e acham a vida na Terra muito difícil. Entretanto, estas condições ajudam-nos a compreender as reais condições de seus irmãos e irmãs aqui na Terra.

Algo lhe soa familiar?

A Mente Global
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Em novembro de 1999, ao apagar das luzes do século XX, nós divulgamos entre nossos membros do Imagick e da Irmandade das Estrelas, uma descoberta que estava deixando nossos cientistas espantados.


Tudo começou na madrugada de 23 de janeiro de 1987, quando foi detectada, pelo observatório astronômico de Mont Blanc, em Dakota do Sul, a presença de uma supernova.



Chamaram-na de 1987a.

Supernovas são estrelas gigantes que tendo extinto seu combustível nuclear explodem espetacularmente.

A media de produção de supernovas na galáxia é de uma a cada cinquenta anos, porém, já faziam 300 anos desde a última ocorrência.

Anos mais tarde a Nasa colocou no espaço o satélite observatório Hublle.



Depois de exaustiva pesquisa pelo espaço sideral, terminou por fotografar os restos da supernova 1987 e espantados os cientistas puderam ver a presença de dois misteriosos anéis, não concêntricos, formados pelos escombros e gases da gigantesca estrela.



Mas, o mais impressionante é que na intersecção dos anéis a estrela havia se transformado num olho ardente, de espectro verde.



Essa supernova está a uma distância de 160.000 anos luz da Terra. Isto quer dizer que esta imagem, agora captada pela Hublle, iniciou sua viagem ao nosso planeta muito antes do que qualquer civilização humana conhecida tenha existido.

Na mesma época a Nasa estava preocupada com o DNA humano, inúmeras pesuisas estavam se desenvolvendo em seus laboratórios. Na internet, em seu site, podiamos ler uma longa série deles, com informações inacreditáveis vindas de mentes supostamente cépticas dos cientistas ocidentais.



Muitos estudiosos achavam que esta luz que agora nos vizitava, proveniente da estrela implodida, estavam, de alguma forma, interferindo nos padrões de comportamento do DNA humano.

As pesquisas apontavam para o fato de que esta luz, portadora de todos os códigos e memórias daquela estrela, faziam vibrar a glândula pineal de muitas pessoas que, por um processo ainda desconhecido na época, acabavam interferindo de forma contundente o DNA delas.



Entretanto, de um dia para o outro, as estas páginas desapareceram da Internet e o silêncio habitual das pesquisas que podem alterar o sistema dominante estabelecido se abateu implacável.

Foi quando recentemente nós nos deparamos com os resultados de outra pesquisa, desta vez de origem russa.



Diz esta pesquisa que o DNA humano funciona como uma grande rede de comunicação, é uma espécie de Internet biológica.



Estas pesquisas se basearam no fato de que apenas 10% do DNA é usado para produzir proteinas, o restante era considerado como excepiente, isto é, veículo, aquilo que se coloca nos remédios para dar volume e consitência.

Entretanto a natureza não tem por hábito desperdiçar energia ou material, tudo tem uma razão específica e bem determinada. Foi assim pensando que foram reunidos aos geneticistas pesquisadores, estudiosos de outras áreas, muitas delas que aparentemente não tinham nada a ver com genética e começaram uma pesquisa séria nos 90% descartáveis.



Os primeiros resultados vieram dos linguistas que, baseados nos resultados das pesquisas dos geneticistas, perceberam que o código genético, especialmente nos 90% aparentemente inúteis, segue as mesmas regras de todas as linguagens humanas!

Para chegarem a esta conclusão eles colocaram lado a lado a sintaxe, a semântica, as regras gramaticais com os dados fornecidos pelos geneticistas e perceberam que os elementos que compõe o DNA respondem às mesmas leis básicas de formação de nossas linguagens. Com isto concluíram que o nascimento de nossa linguagem não foi um ato aleatório, nascido de uma casualidade, mas sim como um reflexo impulsivo do DNA humano.



E é então que nos reportamos à Doutrina da Tradição que diz que todos os idiomas são oriundos de uma língua mãe que deu origem a todas as outras. Encontramos referências a este respeito na nossa mitologia judaico-cristã na passagem bíblica da Torre de Babel.



Existem certas palavras que estão presentes em muitos idiomas e usada por povos sem a menor possibilidade de contato. Palavras havaianas similares a encontradas em povos do centro da África.

A palavra Manu, por exemplo no judaísmo é o maná que cai do céu e alimenta o povo faminto (energia). No Havaí encontramos Mana, uma forma de energia mental. Manú é também um lendário sumo legislador indú...

Existe um Pjotr Gargajev biofísico e biólogo molecular Russo, cujo nome é muito difícil para mim, que falo português pronunciar. Pois bem, ele concluiu que: “Os cromossomos vivos funcionam como computadores solitônico-holográficos que usam a irradiação a Laser do DNA endógeno”.



Não precisa ficar assustado porque eu também não fazia a menor idéia do que era solitônico. Solitônico é uma onda solitária que se propaga sem deformar-se num meio não linear (imagine que você joga uma pedra numa lagoa muito tranquila, ao tocar a água ela fará uma série de ondas concêntricas que irão avançar a até a margem.

Pense agora na mesma pedra sendo atirada num rio turbulento, imagine que ela cria uma única onda que se propaga da mesma forma imperturbável da sua onda irmã do lago sereno, só que está em meio da turbulência e agitação das águas do rio - isso é uma onda solitônica).



Isto quer dizer que os cromossomos se comunicam através de determinados padrões de frequência. De posse deste conhecimento eles modularam raios lazer em certos padrões de frequência e assim influenciaram a freqüência do DNA e a própria informação genética contida nele.



O problema seria como descobrir estas freqüências consideradas certas. Mas, como a estrutura básica do DNA e da linguagem são as mesmas não há a necessidade da decodificação do DNA para conhecê-las.



Pode-se simplesmente usar palavras e sentenças da linguagem humana! Foi isto que eles provaram experimentalmente.

O DNA vivo (no tecido vivo, não in vitro), sempre reagirá não só aos raios laser modulados em padrões de linguagem , mas até às ondas do rádio, isto se as freqüências apropriadas estiverem sendo usadas. Desta maneira puderam explicar cientificamente por que o treinamento autógeno, as afirmações, as sugestões, a hipnose e a vontade, podem ter efeitos tão fortes nos seres humanos e em seus corpos.



Isto tudo que estes notáveis pesquisadores descobriram é a comprovação daquilo que sempre apregoou a Doutrina da Tradição e seus mestres através de várias escolas de conhecimento, de que o corpo humano é programável pela linguagem, por palavras e pelo pensamento. A única coisa é que não existe é um padrão absolutamente definido de resultado, cada indivíduo tem o seu, de acordo com fatores como fé (intensidade de crença), maturidade espiritual, aplicação... Já no caso das experiências se a freqüência é a certa os resultados são previsíveis.



Os pesquisadores russos, ao contrário dos ocidentais que cortam genes simples da estrutura do DNA e os inserem em outra parte, podem influenciar o metabolismo celular através das freqüências de rádio e das freqüências de luz, moduladas apropriadamente, e assim reparar defeitos genéticos.

Gargajajev fez ainda a seguinte experiência, danificou alguns cromossomos com raio X e através de padrões de freqüências obtidos em um DNA sadio, conseguiu, usando lazer, reparar as danificadas.
Através do mesmo método conseguiu transformar embriões de rã em embriões de salamandras. Tudo isto com uma vantagem, toda a reprogramação foi efetuada sem quaisquer dos efeitos secundários ou desarmonias encontrados quando se extrai e se re-implanta genes simples do DNA.



Mas existem outras coisas interessantes que nos são apresentadas pelos cientistas Russos. Eles descobriram que o nosso DNA também pode causar perturbações no vácuo, produzindo aquilo que é conhecido como buraco de minhoca! Os buracos de minhoca são os equivalentes microscópicos das assim chamadas Pontes de Einstein-Rosen existentes na vizinhança dos buracos negros (deixados pelas estrelas extintas). Eles são conexões entre áreas totalmente diferentes no universo através das quais informações podem ser transmitidas fora do espaço e do tempo. Assim, informações podem ser enviadas de um universo para outro sem nenhum ponto de contato físico ou temporal.



As informações ao atravessar esta ponte inter-espacial são atraídas pelo DNA que, dependendo das condições, as passa para a nossa consciência. Este processo é chamado de hipercomunicação e é mais eficaz quando o indivíduo está em estado de relaxamento. Estresse, anciedade, preocupações ou uma mente muito agitada impede que a hipercomunicação seja bem sucedida e fará que a informação seja totalmente distorcida e inútil.



De forma resumida podemos dizer que a hipercomunicação acontece quando se tem acesso a uma informação que está fora da base de conhecimento do indivíduo. A informação chega sem que haja qualquer inteiração dentro dos padrões normais de espaço e tempo. Por exemplo, o Chico Xavier tinha a capacidade de falar qualquer idioma (vivo ou morto) quando tinha necessidade.

A hipercomunicação vem sendo usada pela natureza, com sucesso, por milhões de anos. Um exemplo disto é o organizado fluxo de vida nos reinos dos insetos.



Quer ver um exemplo da utilização da hipercomunicação pela natureza: Quando uma formiga rainha está separada espacialmente de sua colônia, a formação ainda continua fervorosamente e de acordo com o plano. Se a rainha for morta, entretanto, todo o trabalho na colônia se interrompe. Nenhuma formiga sabe o que fazer. Aparentemente, a rainha envia os “planos de formação” também por via distante da consciência de grupo de seus assuntos. Ela poderá estar tão afastada quanto queira, contanto que esteja viva.

Os animais, em geral, agem como grupo. Os mestres da Doutrina da tradição, há centenas de séculos, nos falam das almas grupo, as mônadas, que funcionariam como uma consciência grupal e para a qual todas as experiências dos indivíduos são reportadas.
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Baseados nestes conhecimentos, Grazyna Gosar e Franz Bludorf, dois pesquisadores russos, nos dizem que nos tempos primitivos os homens se comportavam como os animais, todos intensamente conectados com a consciência do grupo e mais que isto, agindo como um grupo, usando a hipercomunicação.



Porém, chegou um momento em que, para desenvolvermos e experienciarmos a individualidade, nós humanos, necessitávamos abandonar o uso da hipercomunicação quase que completamente.

Agora que estamos absolutamente estáveis em nossa consciência individual, podemos criar uma nova forma de consciência de grupo, na qual chegaremos a acessar toda a informação por meio de nosso DNA, sem sermos forçados ou mesmo remotamente controlados sobre o que fazer com esta informação.

Como na Internet podemos, através do nosso DNA, alimentar com nossos dados a rede e estabelecer contato com outros participantes, trocando informações.



A cura à distância, telepatia ou captação à distância de informações sobre o estado de parentes, e muitos outros fenômenos paranormais, podem assim ser explicados.

Alguns animais sabem quando os seus donos planejam voltar para casa, mesmo que estes estejam muito distantes. Este tipo de captação pode ser interpretado por meio de conceitos da hipercomunicação e da consciência grupal.



Os pesquisadores acham que se os humanos, com plena individualidade, reconquistassem a consciência de grupo, eles teriam um poder divino para criar, alterar e formar coisas na Terra!

E a humanidade está se movendo coletivamente em direção a uma consciência de grupo de um novo tipo. As mudanças crescem em expressão geométrica.



Cinqüenta por cento das crianças que estão nascendo neste momento serão crianças problema quando forem para a escola, pois o sistema trata a todos de forma global, como massa. Em sua grande maioria elas estão sendo massacradas para se enquadrarem no sistema vigente. Porém, a individualidade das crianças de hoje é tão forte que elas se recusam a este ajuste forçado e se rebelam. A cada dia nascem mais e mais crianças clarividentes, clariaudientes, cognitivas... são as tais crianças chamadas índigo.

Algo nestas crianças está pressionando mais e mais em direção à uma consciência de grupo de um novo tipo, e isto não tem volta.
Só para você ter uma idéia o tempo é difícil de ser influenciado por um simples indivíduo, mas pode ser influenciado por uma consciência grupal. Lembre-se das tribos que praticam a dança da chuva.



Quando ocorre a hipercomunicação, pode-se observar tanto no DNA, como no ser humano, fenômenos especiais. Os cientistas Russos irradiaram amostras do DNA com raio laser. Estes formaram na tela de um computador um padrão de onda típica. Quando eles removeram a amostra do DNA, o padrão de onda não desapareceu, ele permaneceu ali, como antes. Muitos experimentos controlados mostraram que o padrão ainda vinha da amostra removida, cujo campo de energia permaneceu aparentemente por si só. Este efeito é chamado de efeito fantasma do DNA. Supõe-se que a energia de fora do tempo e espaço flui ainda através dos buracos ativados depois que o DNA foi removido.



Um efeito secundário encontrado muito freqüentemente na hipercomunicação é o surgimento de certos campos eletromagnéticos inexplicáveis nas adjacências das pessoas envolvidas no processo.
Aparelhos eletrônicos como computadores, reprodutores de Cds, relógios digitais e similares podem ser contaminados e param de funcionar. Mais tarde, quando o campo eletromagnético se dissipa, os aparelhos voltam a funcionar normalmente. Alguns são tão fortemente atingidos que nunca mais voltam a funcionar. Muitos curadores e sensitivos conhecem bem este efeito à sua volta. Talvez este parágrafo seja tranqüilizador para muitos deles que são constantemente importunados por estas ocorrências, pois isto significa que eles são bons na hipercomunicação.



Cientificamente falando, o tempo é fortemente influenciado pelas freqüências da ressonância da Terra, as chamadas freqüências Schumann. Mas estas mesmas freqüências são produzidas em nossos cérebros, e quando muitas pessoas sintonizam o seu pensamento, ele passa a funcionar como um laser, então, não será surpresa alguma que eles possam influenciar o tempo.

Os pesquisadores da consciência de grupo formularam a teoria das civilizações do Tipo 1. Uma humanidade que desenvolveu uma consciência de grupo de um novo tipo não teria nem problemas ambientais nem carência de energia. Pois se ela fosse usar o seu poder mental como uma civilização unida, teria o controle das energias de seu planeta natal como uma conseqüência natural. E isto inclui todas as catástrofes naturais!!! Uma civilização teórica do Tipo 1 seria até capaz de controlar todas as energias de sua galáxia natal.



Verificou-se em laboratório que um fenômeno estranho ocorre sempre que uma grande quantidade de pessoas focaliza a sua atenção numa mesma coisa, seja o Natal, o campeonato mundial de futebol, a morte do Airton Sena, a visita do Papa. Nestas ocasiões, programas geradores de números aleatórios nos computadores começam a liberar números ordenados!.. Os pesquisadores provaram com isto que uma consciência de grupo ordenada cria a ordem em todas as suas adjacências.



Mas vamos retornar ao DNA. Os pesquisadores russos concluíram que, aparentemente, ele se comporta como um supercondutor que pode funcionar na temperatura normal do corpo. Os supercondutores artificiais requerem temperaturas extremamente abaixas, entre 200 e 140° C abaixo de zero para funcionar.

Todos os supercondutores são capazes de armazenar luz e assim, informação. Este é um dado adicional de como o DNA pode armazenar informação. Há um outro fenômeno ligado ao DNA e aos seus buracos de minhoca. Normalmente estes buracos são intensamente instáveis e se mantém somente por frações mínimas de segundo. Porém, sob certas condições podem-se organizar buracos estáveis, que formarão domínios distintos do vácuo, nos quais, por exemplo, a gravidade pode se transformar em eletricidade.



Os domínios do vácuo são bolas com brilho próprio de gás ionizado que contêm quantidades consideráveis de energia. Há regiões onde tais bolas brilhantes aparecem muito freqüentemente.

Os Russos descobriram que os domínios do vácuo emitem ondas de baixa freqüência e que podem também serem produzidos por nossos cérebros. Por causa desta similaridade de ondas, eles reagem segundo os nossos pensamentos.



Muitos mestres espirituais produzem também tais bolas energéticas ou colunas de luz, muitas vezes visíveis durante uma meditação profunda ou no meio de um trabalho de energia.



As gerações anteriores que entraram em contato com tais experiências de hipercomunicação e com os domínios do vácuo visíveis estavam convencidas de que um anjo tinha aparecido diante delas.



Porém, quem sabe, nunca podemos ter certeza sobre a que formas de consciência podemos ter acesso quando estamos usando a hipercomunicação. Jonh Dee conversava com anjo através de um espelho mágico.

Muitos conceitos que foram apresentados pelos pesquisadores russos podem parecer nos parecer confusos, podem suscitar sorrisos sarcásticos dos céticos, mas com certeza esta pesquisa foi mais um gigantesco passo para que possamos entender a nossa realidade.

O Cristianismo e o Sexo



"Não, a felicidade não é um corpo e por isso não se vê com os olhos."
Santo Agostinho "Confissões", 397-400 d.C.





Um pouco antes de completar o penúltimo livro da suas "Confissões", terminado ao redor do ano 400, S.Agostinho implorou a Deus que se fosse ele o encarregado de escrever o Gênesis como anteriormente o fora Moisés, desejaria "receber de Vós uma tal arte de expressão que...até aqueles que não podem compreender como é que Deus cria... acreditassem nas minhas palavras." Foi atendido. Deus foi pródigo com ele, mas sovina com os demais escritores cristãos, tornando-o o maior e quase o único grande prosador do cristianismo até o surgimento de Pascal e do Padre Vieira, treze séculos depois.

Não satisfeito com o dom das letras e com uma espantosa facilidade de comunicação, que o colocou entre os imortais da literatura mundial, deu início, logo depois, provavelmente em 401, à redação de uma leitura própria, muito sua, do real significado do Gênesis - De Genesi ad Litteram - na qual ainda demorou-se uns quinze anos. O que já havia esboçado nas "Confissões" então tomou corpo. Fazia tempo que os primeiros evangelistas vinham hostilizando o sexo. Mas foi com S.Agostinho que a questão tornou-se dominante, reveladora da sua idéia do homem e da humanidade da qual o cristianismo, até os nossos dias, teima em não abandonar.




O horror ao sexo

Impressionados pela liberalidade sexual e vocação orgiástica da elite romana, ainda majoritariamente não-cristã, os apologistas daqueles primeiros tempos fizeram questão de manter uma marcada distância em relação aos deuses e ritos pagãos e, inspirados pelos solitários "homens do deserto", eremitas e anacoretas, inauguraram uma política de completo repúdio ao sexo. Esse radicalismo - enfatizado pelas epistolas de Paulinas - acentuou-se pela prática da abstinência carnal, transformando-se num atrativo tão forte para novos seguidores como o martírio dos crentes nas arenas romanas. Enquanto estes davam suas entranhas para as feras devorarem, outros abandonavam as práticas sexuais para sempre: o martírio e a castidade eram faces diferentes da mesma moeda.

Havia muito simbolismo atrás disso tudo. Não só a busca da perfeição atrás do "coração simples", mas uma nova visão do ser humano, na qual ele somente poderia manter-se na frescura com que saiu das mãos do criador permanecendo puro ou intocado. Sendo igualmente - por meio da propaganda do ascetismo - uma forma peculiar de manifestar abertamente seu protesto e desprezo pela época em que viviam, por sua excessiva conscupsciência, sua impiedade, libertinagem e crueldade pagã.



O sexo para o cristão

O problema que enfrentavam os pregadores da nova fé era em relação ao casamento: como conseguir manter um dos princípios básicos do cristianismo aceitos na forma do "crescei e multiplicai-vos" sem considerar a atração ou o prazer sexual?

Tentado resolver esse conflito S. Agostinho, bispo de Hipona, no norte da África, terminou por gerar sua doutrina sobre o casamento, o sexo e a privação carnal. Donde viria, indagava ele, essa miséria que nos cerca, essa corrupção, essas heresias e a crassa maldade? Existia na sociedade, concluiu ele, uma mancha inapagável motivada pelo pecado original advindo do impulso sexual, que atormentava o homem até a morte. Essa era a maldição que acompanhava Adão e Eva e seus descendentes desde a queda do Paraíso..."

Para S.Agostinho, na situação paradisíaca não havia tensão entre o impulso e o ato sexual. Foi a partir da danação dos nossos pais primevos que essa desgraça começou. Parecia-lhe que o casamento, a relação sexual e o Paraíso eram tão incompatíveis como o Paraíso e a Morte.

Desse modo, a sexualidade permanecia como o indicador da queda do homem, do seu triste declínio da anterior situação angelical, fazendo com que deslizasse para baixo, para a natureza física, e desta para a sepultura. Esta certo que os casais deveriam preocupar-se em gestar filhos, mas que o fizessem conscientes de estavam cometendo um ato de rebaixamento. Era algo necessário mas humilhante, que deveria ser praticado sob os acordes de uma intensa melancolia.



O sexo como culpa

Dessa forma, Agostinho introduziu entre os cristãos uma definitiva nódoa de consciência culpada quando faziam sexo ou tinham sentimentos e impulsos prazerosos. Trouxe para dentro dos lares e para os leitos conjugais uma sombra de coisa maligna, de impureza, perversão e vício, que arruinou a vida de incontáveis casais, para quem o sexo passou a ser associado a um "presente do demônio", ou um discordium malum, um princípio de discórdia alojado no interior de cada um desde a Queda. Opôs definitivamente a Carne a Deus!

Talvez uma das maneiras de entender-se essa obsessão dele, de Santo Agostinho, em denunciar a sexualidade deve-se a ele ter sido um renegado do erotismo. Como todo abjurado das suas paixões sensuais pregressas, votou intenso ódio ao que, no passado, o atraiu, lamentando ter desperdiçado nele tanta energia. Ele mesmo não negou ter sido dominado na sua juventude por uma intensa voluptuosidade, pela lasciva, ao ponto de que, em determinado momento, quando pediu a Deus que o fizesse casto, acrescentou... "mas não ainda!"

E foi mais longe ainda. A presença do impulso sexual nos seres humanos era a marca da corrupção da nossa natureza. Tratava-se de uma perversidade intrínseca que, tal uma erva daninha espalhada numa pradaria, jamais poderia ser removida de todo. Santo Agostinho explicava a maldade como resultante desse tumor sensual e dissoluto existente em todos nós, provocador de uma desordem crônica nas nossas relações, que o tempo inteiro nos perturba com suas poluções, com seus sonhos inconvenientes, incestuosos, inconfessáveis. Não havia dieta ou jejum que nos salvasse ou nos libertasse dele, acompanhando-nos até na velhice e no encarquilhamento, como uma cicatriz não sarada do nosso passado libidinoso e pecador.



Juliano contesta Agostinho

Foi contra isso que mobilizou-se seu rival, Juliano, bispo de Eclanum que, depois de 418, embrenhou-se numa ruidosa polêmica com ele. Juliano mostrou-se indignado com as acusações de S.Agostinho ao sexo e ao casamento. Não podia conceber, explicou ele, que o ato necessário a nossa reprodução fosse algo demoníaco ou ter que ser praticado sobre o véu da vergonha e do enxovalhamento.

Afinal, eram "impulsos do nosso corpos feitos por Deus". O prazer era necessário à reprodução, era a força que fundia as sementes masculinas e femininas num amplo calor genitalis, útil a que ocorresse uma conjunção saudável e feliz. Nada poderia haver de sinistro numa relação sexual bem realizada e completa. Bem ao contrário, viu-a natural, saudável, como "o instrumento de eleição de qualquer casamento.... merecedor

S. Agostinho em várias cartas da sua imensa correspondência tentou amenizar as objeções de Juliano, procurando mostrar-se menos radical do que nos seus escritos anteriores. Porém, sabe-se que, para a posteridade, foi essa sua visão trágica da existência - de sermos os infelizes portadores perpétuos do pecado capital - (de origem paulina-agostiniana), que irá marcar de uma maneira definitiva o cristianismo. E o sexo ficou, dali para sempre, visto como uma transgressão, como uma obscenidade... quiçá um ardil satânico para atormentar infinitamente a existência humana, até pelo menos o surgimento da psicanálise de Sigmund Freud, no século XX, que aboliu, pelos menos entre as elites ocidentais, com a idéia do pecado.



A fonte da polêmica

Essa polêmica encontra-se detalhada num dos capítulos, o 19º, do notável livro "Corpo e Sociedade" (The Body and Society", Jorge Zahar Editores, RJ.1990) de Peter Brown, um dos maiores historiadores da era clássica e professor da Universidade de Princetown, sendo o exposto acima apenas uma reduzida amostra da magistral reconstrução feita por ele da polêmica sobre a sexualidade nos tempos do cristianismo primitivo, visto pelos seus apóstolos e seguidores, como Tertuliano, Orígenes, Cipriano, Mani e João Clímaco, Ambrósio, Jerônimo e tantos outros.

As Raças Mães e O Pensamento
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por: Antonio Carvalho
A evolução em nosso Planeta e tudo que nele habita teve início no plano mental ou kamamanásico.

A Terra tinha então forma ígnea, ou de fogo, quando aqui se desenvolveu a Primeira Raça-Mãe, chamada Adâmica ou Polar.

Cada Raça-Mãe desenvolve, segundo Helena Blavatsky, complementada por Henrique José de Souza, 7 Sub-Raças, 56 Ramos Raciais.

Cada Ramo desenvolve 7 Famílias a que os livros sagrados chamam de Tribos.

Repetindo então, temos 7 Raças-Mães na Terra, a saber:

1 - ADÂMICA ou POLAR. Os seres eram considerados Chayas ou sombras, e passaram por 7 estágios que poderiam ser chamados de Sub-Raças, apesar das modificações quase imperceptíveis com o passar de milhões e milhões de anos.

Os seres eram sem sexo e tinham só forma espiritual ou mental.

O sentido correspondente foi o da visão.

A Terra foi então modificando seu estágio de ígneo para gasoso, mas sem similaridade com os gases que conhecemos hoje.

Os chamados espíritos da natureza foram construindo invólucros mais densos para surgiram seres mais densos.

2 - HIPERBÓREA, ou segunda Raça-Mãe. Apesar de os seres serem mais densos, ganhando uma espécie de escama para densificar os invólucros, eram ainda muito espirituais ou mentais, mas já desenvolvendo o chamado corpo astral.

O sentido correspondente foi o da audição, juntamente com o aprimoramento da visão, quando começaram a perceber cores. Ainda assexuados, eram chamados de filhos do suor.

Com o calor, cada gota de suor gerava outro ser. Poderiam ser chamados então de andróginos latentes.

3 - LEMURIANA. Nesta terceira Raça-Mãe, os seres passaram de andróginos latentes para andróginos propriamente ditos.

Em princípio, começaram a se desenvolver a partir de substâncias étero-astrais que, com o tempo, passaram a semi-fluídicas, mais próximas da água que temos hoje.

A reprodução foi se modificando de gotas de suor para ovos como os de galinha. Com o tempo, o ovo foi se interiorizado o surgimento do que poderia ser chamado de ovário, mas ainda eram andróginos desenvolvendo mais um sentido, o do gosto.

Em meados dessa Raça, ou há 18 milhões de anos atrás, estes seres eram gigantescos, atingindo até mais de 50 metros de altura com um olho na testa e três dedos em cada mão e três em cada pé. Foi quando aconteceu a chegada dos chamados exilados de Capela, segundo Edgar Armon, que deram àquele ser o chamado princípio de AHANKARA ou egoísmo, e a divisão deles em masculinos e femininos.

As 7 Sub-Raças já foram melhor definidas. Três sentidos: visão, audição e gosto ou paladar.

Havia muito pouco a saborear então.

Os Agnisvatas deram a esses seres os germens da emissão; os germens do mental concreto e a polarização de prana animando os corpos, dividindo-os em dois sexos.

4 - ATLANTE, ou quarta Sub-Raça. Decorreu da evolução da Lemuriana. O olho da testa foi se interiorizando e se transformou em glândula pineal. Surgiram então os dois olhos na cabeça, quando o veículo físico alcançou maior densidade.

Apesar da estatura ir diminuindo, da Raça Lemuriana para a Atlante, os atlantes eram mais densos e foram chamados Titãs.

A sensação que começaram a desenvolver foi o olfato, mas mesmo no final da última Sub-Raça da Raça Atlante, ainda não distinguiam cheiro, mas o sentido que lhe correspondia era o do tato.

As 7 Sub-Raças dos Atlantes foram já bem delineadas com seus Ramos e Fami1ias a que se referem os chamados livros sagrados das religiões.

Algumas Sub-Raças são conhecidas até pelo mundo profano, como a Quinta Sub-Raça Semita; a Sétima e última, Mongólica, bem como a dos Toltecas.

Foi a vez do mental concreto começar a se desenvolver como sempre com atuação dos elementais ou espíritos da natureza correspondentes.

Tinham 4 dedos em cada mão e 4 em cada pé, correspondentes aos 4 sentidos que possuíam.

Foi a Raça mais brilhante deste Planeta. Tais seres dominaram o átomo sem exalar radioatividade e conseguiram voar nos veículos que chamavam de Vimanas ou discos voadores, segundo o Prof. Henrique José de Souza. Daí o mito da Torre de Babel, ou o desejo de voltarem às origens celestiais, antes de terminarem a evolução na Terra, de acordo com o plano cósmico.

Nossa Raça ainda precisa lutar muito para conseguir ao menos se igualar aos Atlantes em certos setores.

5 - ARIANA, ou Quinta Raça Mãe. Consta que surgiu há 1 milhão de anos atrás, misturando-se à Quarta Raça-Mãe, ou dos Atlantes.

Foram nascendo crianças com 5 dedos em cada mão e 5 em cada pé. O Manu, ou guia Vaivásvata, separou as melhores sementes e as conduziu à meseta do Pamir, para desenvolver nelas ainda mais o mental concreto, que foi bem desenvolvido com os Atlantes, e dar início à evolução do mental abstrato.

Hoje, com cinco sentidos bem delineados, mesmo que ainda em aperfeiçoamento, visão, audição, gustação, tato e olfação, alguns de nós já tentam desenvolver os dois restantes. A obrigação de nossa Raça Ariana é desenvolver o mental abstrato.

Especificamente, a Quinta Sub-Raça, que é a nossa, tem o dever, sob pena de praticar crime contra a evolução, de desenvolver o raciocínio abstrato, dedicando-se a tudo que seja abstração: filosofias, religiões, ciências, artes, etc. Pouco importa se há pessoas praticando magia negra pelo pensamento; o que importa é que temos de desenvolver a arte de pensar, de raciocinar, para nos tornarmos racionais, sob pena de provocarmos, para nós mesmos, no futuro, um karma extraordinariamente pesado.

As Raças seguintes são as Raças BIRMÂNICA e ATABIRMÂNICA.

Quem quiser desenvolver a intuição, fazendo cessar os pensamentos, ouvindo o que Helena Blavatsky chama de A Voz do Silêncio, claro que pode e deve, porque estará já trabalhando o que a Sexta Raça deverá desenvolver, ou seja, a intuição.

E como a intuição puxa o mental abstrato e o concreto, não há problema tentar trabalhá-lo neste momento cósmico. O problema é se esquecer de se esforçar ao máximo para conseguir desenvolver o mental abstrato.

Infelizmente, a humanidade, praticamente inteira, ainda está com o mental enfocado no emocional ou ainda na Lemúria e na Atlântida.

Portanto, os que se interessam por esses assuntos são os chamados escolhidos para o Quinto Sistema ou Quinto Momento Cósmico, que já começou na Terra e deverá ser completado num local que está sendo preparado pelas hierarquias para os lados das estrelas Três Marias.

Sexo e Mentiras

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O tempo passa, mas o comportamento do homem ocidental perante o sexo, com profundas influências da civilização judaico cristã, continua desequilibrado.
Ao longo da história, várias experiências variando entre os dois extremos da questão do amor livre ao celibato foram tentadas, mas os resultados mostraram que esses não eram os caminhos certos.

Descobrir a abordagem harmônica para o sexo parte de nossa natureza e portanto algo plenamente desfrutável continua a ser um dos grandes objetivos de nossa sociedade nesta virada de milênio.
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Por: Marina Elena Costa.
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A moral cristã imposta ao mundo ocidental trouxe consigo uma das mais atrozes dúvidas ao ser humano: como encarar o sexo, uma atividade natural e necessária à espécie que, graças à idéia da virgindade santificada de Maria, transformou-se em tabu.
No decorrer dos séculos, muitos "iluminados" têm se colocado como donos da verdade defendendo o celibato ou a plena liberdade sexual; na maioria dos casos, porém, o que se constata através da história é que esses gurus não demonstram, na prática, nenhuma preocupação social, moral ou individual no que se refere à questão, apenas se utilizam de suas experiências pessoais, sejam elas repressoras ou libertinas, para proveito próprio.

Não faz muito tempo, um amigo recém chegado do Tibete nos relatou, surpreso, que em pleno século 20 um lama tibetano ainda se valia de seus superpoderes para "iluminar", através do ato sexual, mulheres em busca de um contato com seu "eu superior". Dias atrás, um outro nos dizia que um seu conhecido, declaradamente esotérico e criado segundo ensinamentos espirituais do antigo Oriente, confessou que a maior recompensa, após anos de estudo em busca da Verdade, é que seus discursos eram capazes de atrair dezenas de menininhas deslumbradas e aptas a qualquer tipo de "iniciação".

Nos primórdios da era cristã, no antigo Egito, um homem chamado Carpócrates defendia que Jesus nascera da união carnal de Maria e José; além disso, afirmava que o homem teria obrigação moral de pecar, pois o pecado era condição "sine qua non" para a salvação da alma no dia do Juízo Final. Também, segundo seu raciocínio, se era desejo de Deus que todas as riquezas fossem distribuídas fraternalmente, as mulheres estariam incluídas na relação de bens da humanidade.



Carpócrates
No século 19, a repressão sexual na Grã Bretanha e América do Norte era tão acentuada que provocou o surgimento de variadas seitas caracterizadas por seu posicionamento em relação ao sexo. Enquanto umas, a exemplo de São Paulo, praticavam o celibato, outras voltaram-se contra a estreita monogamia da sociedade ocidental, rechaçando a idéia de que a mulher era propriedade do marido.

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A Morada do Amor

Em 1840, na Inglaterra, o ex reverendo anglicano Henry James Prince fundou sua própria igreja baseada nos fiéis que reuniu na paróquia de Charlinch, no condado de Somerset, de onde fora expulso sob acusações de ter seduzido algumas das paroquianas. Devido à sua facilidade no campo da oratória, seu séquito crescia dia a dia, enquanto, em sua pregação, ele afirmava ser um enviado de Deus, um homem perfeito, incapaz de cometer um pecado.



Henry James Prince
Tempos depois, com a finalidade de confiscar os bens de seus discípulos, já que a paga pela imortalidade era representada pela riqueza material de cada um, Prince criou a Agapemone ou Morada do Amor, em Spaxton, Somerset. O nome originava se do grego agape, que significa o amor espiritual, o oposto de eros, o amor físico. Apesar disso, o "iluminado" continuava exercitando seus dotes de conquistador e seduzindo várias de suas seguidoras; embora casado, apaixonou se por uma órfã de 15 anos e tornou a sua amante. Da união nasceu uma criança e alguns de seus seguidores começaram a duvidar dos poderes do ‘Amado’ como ele se autodenominava. Mais tarde, familiares das mulheres seduzidas moveram ações contra Prince, exigindo seus bens de volta, o que obrigou o a conter gastos na Morada do Amor.

Em 1899, ao falecer como um reles mortal, Prince que se dizia favorecido pelo dom da imortalidade decepcionou ainda mais seus seguidores. Providencialmente, um dos discípulos tratou de encontrar outro messias com as mesmas características, elegendo um outro clérigo da Igreja anglicana igualmente famoso por seus discursos e sua habilidade no trato com o sexo oposto. Assim, John Hugh Smyth Pigott assumiu a direção da Morada do Amor e logo criou um Círculo Superior composto por 50 noivas da alma, suas amantes. Pelo que se sabe da história, a única pessoa a ser considerada uma agapemonita ao pé da letra foi a esposa de Smyth Pigott, Catherine, que visitava idosos e enfermos e distribuía donativos aos pobres.



Com a morte de Smyth Pigott, em 1927, a comunidade, duplamente decepcionada, sobreviveu por mais 30 anos; depois, converteu se numa espécie de hospedaria.

Nos Estados Unidos, em 1840, John Humphrey Noyes criou, em Nova York, a Comunidade de Oneida, que tinha por princípio o amor livre entre as pessoas. Segundo Noyes, a conversão ao cristianismo nos brindaria com uma bênção através da qual nos tornaríamos incapazes de pecar, e por isso a promiscuidade era permitida. Porém, em sua ânsia de criar uma raça superdotada, Noyes impunha alguns pares temporais, embora os frutos dessas uniões fossem criados pela comunidade, ignorando o sentimento de pai e mãe.



O grupo, conhecido como os perfeccionistas, era trabalhador e próspero e seguiu acumulando bens. Em 1880, o caráter filosófico desapareceu e a comunidade de Oneida passou a funcionar como uma empresa.

Velha Vida Nova

Na mesma época, no Estado de Virgínia, um pregador inglês chamado Thomas Lake Harris criou um grupo denominado Fraternidade da Vida Nova. Segundo suas crenças, Deus era, ao mesmo tempo, macho e fêmea, por isso as pessoas tinham o dever de se amar fisicamente e de maneira promíscua. Com sua excêntrica teoria, Harris cativou um membro do Parlamento Britânico, Laurence Olyphant, que se converteu à Fraternidade, doando-lhe todos os seus bens. Depois de casar-se, Olyphant enviou também todo o patrimônio da esposa à Fraternidade, além de ser explorado por Harris, que o enviava como correspondente do The Times para a Grã Bretanha, retendo seus ganhos e enviando lhe apenas o indispensável para sua sobrevivência. Mais tarde, Olyphant apercebeu-se da trama e pediu seu dinheiro de volta; foi rechaçado por Harris, que o declarou louco.



Decepcionado, Olyphant e sua esposa foram para Haifa (atual Israel) e criaram um culto dedicado à Sympneumata, a união do espiritual e do terreno. Segundo eles, o estado constante de excitação sexual é que mantinha vivo o espírito. Por isso, eles se deitavam juntos, mas não era permitida a consumação do ato sexual. Depois da morte do casal Olypham, o culto se extinguiu.

Enquanto alguns procuravam a iluminação através do sexo, outros apregoavam que o estado superior da alma só poderia ser atingido através do celibato. Em 1870, em Suffolk, Inglaterra, uma extremosa mãe de dez crianças começou a ter visões de Cristo, que, em suas mensagens, afirmava ser chegada a hora de sua segunda aparição na Terra; para que o povo se preparasse. Ele elegeu Mary Ann Girling como sua mensageira. Através de suas mensagens surgiu um grupo chamado Cristãos da Bíblia. No auge do fervor religioso, em suas pregações próximas à ponte de uma ferrovia, os seguidores entravam em transe e começavam a dançar, motivo pelo qual tornaram se conhecidos como os saltadores de Walworth (nome da estação de trem próxima). O poder subiu à cabeça de madre Girling, que exigia que seus seguidores lhe entregassem os bens, permitissem a censura de sua correspondência e praticassem o celibato.



Além disso, no auge do fanatismo, madre Girling desvirtuou a mensagem, declarando-se o próprio Cristo reencarnado; como era má administradora, os negócios não prosperaram. Morreu em 1886 e, com ela, a seita que foi sua última criação.

A pureza no celibato

Os saltadores de Walworth são por vezes confundidos com os shakers ("agitadores"), outra seita criada e dirigida por uma mulher no século 19, nos Estados Unidos. Ann Lee, a madre Lee, apesar de casada, teve uma visão na qual Deus lhe revelou que o pecado original, que era a causa do mal no mundo, estava relacionado ao ato sexual. A partir daí, separou-se do marido e foi tão convincente que até mesmo seu marido tornou-se um de seus seguidores. Alguns casais permaneceram convivendo como tais, mas no regime de celibato. Também eles acreditavam que Deus era homem e mulher e, se em sua primeira aparição na Terra manifestou-se como homem, em sua segunda visita encarnava a forma feminina na figura da madre Lee. Durante mais de cem anos mantiveram uma utopia comunitária que crescia a olhos vistos; com o passar dos tempos, a rigidez de seus costumes tornou se pouco atraente ao mundo moderno e hoje restam apenas alguns poucos discípulos.

Talvez o tipo de comunidade que apregoava o amor livre mais próxima dos nossos dias estivesse representada pelos hippies dos anos 60.



Porém, o sonho acabou e nas duas décadas seguintes o sexo despojou se de preconceitos, atingindo um grau de libertinagem só contido pela Aids, na atualidade. A Igreja sempre insistiu como insiste até hoje na monogamia, e que o sexo só deve existir dentro do casamento e com a finalidade de procriação e perpetuação da espécie humana. Após o advento da psicanálise e a complexa teoria de Freud sobre a importância da vida sexual ativa no pleno desenvolvimento do ser humano adulto, a coisa tornou-se cada vez mais confusa. Conceitos abstratos como o amor e a felicidade foram associados à sexualidade, além do aspecto social, onde paixão, amor e sexo tornaram-se objetos de consumo.

Veio a revolução feminina, a guerra dos sexos; depois, liberou geral, e o que vemos na publicidade, cinema e televisão é um festival de "carícias preliminares" e cenas de cama que levam do nada a lugar nenhum. Mas vendem. E como vendem.

O sexo vendável

A propósito de tantos despropósitos, convém lembrar que não existe nenhum senso ético nas poderosas redes de comunicação; diriam os conservadores que se encontram todas a serviço de Satanás. Revistas voltadas ao público adolescente só discutem a primeira transa, a segunda transa, a centésima, a milionésima transa, sempre superficialmente, sem acrescentar nada sobre a importância real do sexo na formação do ser humano como um todo; as masculinas ainda vendem a mulher objeto, e as femininas trazem pautas das mais ridículas que vão de "Como Superar a Frigidez na Hora H" a "Dez Maneiras Infalíveis de Trair Seu Marido sem que Ele Sequer Desconfie". E a principal rede de televisão brasileira exibe às 14 horas minisséries e novelas com cenas de nudez, adultério, insatisfação sexual e tudo o que não lhes é de direito.


A hipocrisia corre solta, cada vez mais alardeada, discutida, teorizada. Será que nunca seremos capazes de resolver, bem no fundo de nós mesmos, o importante papel da sexualidade em nossas vidas? Teremos sempre de seguir os embalos do momento e intelectualizar o sexo sem saboreá-lo, digeri-lo, absorvê-lo nas entranhas de nosso corpo e no âmago de nossa alma? Ou discutiremos o tema à exaustão, deixando passar ao largo de nossas vidas essa essência do prazer? Assim como cada um deverá estar apto a encontrar sua verdade interior, também devemos usar todos os instrumentos de que dispomos ao nosso bel prazer, sem temer a onipresença e onisciência das instituições. Para ampliar nosso universo, para dar mais vida à vida, para a descoberta desse poder mágico dentro de nós, vale tudo, desde que façamos valer nossa vontade.

O DNA e As Emoções
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Experiências e respostas do DNA
em relação às nossas emoções.
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Por: Gregg Braden
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A seguir, três assombrosos experimentos com o DNA (ADN) que provam as qualidades e sua autocura em consonância com os sentimentos da pessoa (... )
EXPERIMENTO 1

O primeiro experimento foi realizado pelo Dr. Vladimir Poponin, um biólogo quântico. Nessa experiência começou-se por esvaziar um recipiente (quer dizer que se criou um vazio em seu interior) e o único elemento deixado dentro foram fótons (partículas de luz). Foi medida a distribuição desses fótons e descobriu-se que estavam distribuídos aleatoriamente dentro desse recipiente. Esse era o resultado esperado. Então foi colocada dentro do recipiente uma amostra de DNA e a localização dos fótons foi medida novamente. Dessa vez os fótons haviam se ORGANIZADO EM LINHA com o DNA.

Em outras palavras, o DNA físico produziu um efeito nos fótons não-físicos. Depois disso, a amostra de DNA foi removida do recipiente e a distribuição dos fótons foi medida novamente. Os fótons PERMANECERAM ORDENADOS e alinhados onde havia estado o DNA.
A que estão conectadas as partículas de luz?
Gregg Braden diz que estamos impelidos a aceitar a possibilidade de que exista um NOVO campo de energia e que o DNA está se comunicando com os fótons por meio desse campo.



EXPERIMENTO 2

Esse experimento foi levado a cabo pelos militares. Foram recolhidas amostras de leucócitos (células sanguíneas brancas) de um número de doadores. Essas amostras foram colocadas em um local equipado com um aparelho de medição das mudanças elétricas. Nessa experiência, o doador era colocado em um local e submetido a "estímulos emocionais" provenientes de videoclipes que geravam emoções ao doador.

O DNA era colocado em um lugar diferente do que se encontrava o doador, mas no mesmo edifício. Ambos, doador e seu DNA, eram monitorados e quando o doador mostrava seus altos e baixos emocionais (medidos em ondas elétricas) o DNA expressava RESPOSTAS IDÊNTICAS e AO MESMO TEMPO. Não houve lapso e retardo de tempo de transmissão. Os altos e baixos do DNA COINCIDIRAM EXATAMENTE com os altos e baixos do doador.

Os militares queriam saber o quão distantes podiam ser separados o doador e seu DNA e continuarem observando este efeito. Pararam de experimentar quando a separação atingiu 80 quilômetros entre o DNA e seu doador e continuaram tendo o MESMO resultado. Sem lapso e sem retardo de transmissão. O DNA e o doador tiveram as mesmas respostas ao mesmo tempo. Que significa isso?

Gregg Braden diz que as células vivas se reconhecem por uma forma de energia não reconhecida anteriormente. Essa energia não é afetada pela distância e nem pelo tempo. Essa não é uma forma de energia localizada, é uma energia que existe em todas as partes e todo o tempo.



EXPERIMENTO 3

O terceiro experimento foi realizado pelo Instituto Heart Math e o documento que lhe dá suporte tem este título: Efeitos locais e não locais de freqüências coerentes do coração e alterações na conformação do DNA (Não se fixem no título, a informação é incrível!) Esse experimento relaciona-se diretamente com a situação com o antrax (doença infecciosa).

Nesse experimento tomou-se o DNA de placenta humana (a forma mais prístina de DNA) e colocou-se em um recipiente onde se podia medir suas alterações. 28 amostras foram distribuídas, em tubos de ensaio, ao mesmo número de pesquisadores previamente treinados. Cada pesquisador havia sido treinado a gerar e SENTIR sentimentos, e cada um deles podia ter fortes emoções. O que se descobriu foi que o DNA MUDOU DE FORMA de acordo com os sentimentos dos pesquisadores.



Quando os pesquisadores sentiram gratidão, amor e apreço, o DNA respondeu RELAXANDO-SE e seus filamentos esticando-se. O DNA tornou-se mais grosso. Quando os pesquisadores SENTIRAM raiva, medo ou stress, o DNA respondeu APERTANDO-SE. Tornou-se mais curto e APAGOU muitos códigos.

Você há se sentiu alguma vez "descarregado" por emoções negativas? Agora já
sabe por que seu corpo também se descarrega! Os códigos de DNA conectaram-se novamente quando os pesquisadores tiveram sentimentos de amor, alegria, gratidão e apreço.

Essa experiência foi aplicada posteriormente a pacientes com HIV positivo. Descobriram que os sentimentos de amor, gratidão e apreço criaram RESPOSTAS DE IMUNIDADE 300.000 vezes maiores que a que tiveram sem eles. Assim, temos aqui uma resposta que nos pode auxiliar a permanecer com saúde, sem importar quão daninho seja o vírus ou a bactéria que esteja flutuando ao redor.

Mantendo os sentimentos de alegria, amor, gratidão e apreço, essas alterações emocionais foram mais além de seus efeitos eletromagnéticos. Os indivíduos treinados para sentir amor profundo foram capazes de mudar a forma de seu DNA. Gregg Braden diz que isso ilustra uma nova forma de energia que conecta toda a criação. Essa energia parece ser uma REDE ESTREITAMENTE TECIDA que conecta toda a matéria. Podemos influenciar essencialmente essa rede de criação por meio de nossas VIBRAÇÕES.



RESUMO:

O que tem a ver os resultados dessas experiências com nossa situação presente? Essa é a ciência que nos permite escolher uma linha de tempo que nos permite estar a salvo, não importa o que aconteça. Como Gregg explica em seu livro O EFEITO DE ISAÍAS, basicamente o tempo não é apenas linear (passado, presente e futuro), mas também é profundidade. A profundidade do tempo consiste em todas as linhas de tempo e de oração que possam ser pronunciadas ou que existam. Essencialmente, suas orações já foram respondidas. Simplesmente ativamos a que estamos vivendo por meio de nossos SENTIMENTOS.

É assim que criamos nossa realidade, ao a escolhermos com nossos sentimentos. Nossos sentimentos estão ativando a linha do tempo por meio da rede de criação, que conecta a energia e a matéria do universo. Lembre-se que pela Lei do Universo atraímos aquilo que colocamos em nosso foco. Se você focar em temer qualquer coisa, seja lá o que for, estará enviando uma forte mensagem ao Universo para que te envie aquilo a que você mais teme.

Em troca, se você puder se manter com sentimentos de alegria, amor, apreço ou gratidão e focar-se em trazer mais disso para sua vida, automaticamente conseguirá afastar o negativo. Com isso, você estaria escolhendo uma LINHA DE TEMPO diferente com esses sentimentos. Pode-se prevenir o contágio do antrax, ou de qualquer outra gripe ou vírus, ao se permitir sentimentos positivos que mantêm um sistema imune extraordinariamente forte. Sendo assim, essa é uma proteção para o que vier.

Busque algo pelo qual você possa estar alegre todos os dias, cada hora se possível, momento a momento, ainda que sejam alguns poucos minutos. Esta é a mais fácil e melhor das proteções que você poderá ter.
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O Fenômeno da Desmaterialização




Entre Mundos Paralelos

É possível um objeto sólido desmaterializar-se para em seguida se rematerializar no mesmo ou em outro lugar? Ou ainda passar através de outros objetos sem rompê-los? Extrapolando alguns princípios da física quântica, a resposta é positiva e aponta para a existência de uma cadeia de universos paralelos, formada por um número infinito de dimensões.
Por Anna Clara Alves


Na década de 70, um controvertido paranormal, Uri Geller, ficou conhecido em todo o mundo por entortar garfos, chaves e outros objetos de metal simplesmente esfregando-os com as pontas dos dedos. Ele também dizia ter a capacidade de produzir numerosos fenômenos de teletransporte (o desaparecimento da matéria seguido de seu reaparecimento no mesmo ou em outro lugar).



Uri Geller
Conta-se, por exemplo, que Geller estava caminhando em Manhattan, Nova York, quando, de repente, apareceu na varanda da casa de seu amigo Andrija Puharich, em Ossining - uma jornada de no mínimo uma hora.

Já a especialidade do místico hindu Sai Baba é materializar, além de pequenos objetos, um pó acinzentado conhecido como vibhuti, ou "cinza sagrada".



Sai Baba
Aos parapsicólogos ocidentais que estiveram com Sai Baba jamais se permitiu realizar experimentos sob condições controladas. Contudo, Karlis Osis e Erlendur Haraldsson examinaram uma de suas roupas e não encontraram bolsos nem outros receptáculos ocultos. Também não identificaram traços de vibhuti sob suas mangas, o que seria de se esperar caso Baba costumasse sacudi-la para fazê-la cair em suas mãos.

A esses fenômenos, também conhecidos como desmaterialização-rematerialização", relacionam-se os da passagem de matéria através de matéria. Por exemplo, a passagem de um objeto para dentro ou para fora de um recipiente vedado ou ainda o fazer e desfazer de nós sem o uso de qualquer meio normal.

Eventos desse gênero têm sido registrados em sessões espíritas, em experimentos com certos agentes psicocinéticos e em casos de poltergeist. Nestes últimos, pedras ou outros mísseis são arremessados não se sabe de onde, algumas vezes só se tornando visíveis ao colidir com outro objeto.


Um caso famoso ocorreu em 1903 com o geólogo W. F. Grottendieck, que conduzia um estudo em Sumatra (Indonésia). Certa noite, ele dormia numa cabana coberta com folhas largas quando foi despertado por pequenas pedras caindo em cima e ao redor dele. Muitos outros eventos similares ocorreram a partir de então, dando-lhe a chance de investigar sua origem. As pedras pareciam vir do teto, mas ele não conseguiu descobrir qualquer brecha na cobertura de folhas através da qual elas pudessem passar. Além disso, elas caíam com uma lentidão pouco natural e, toda vez que ele tentava pegá-las, mudavam de direção.

A ação desses projéteis inteligentes, que se manifestam com certa assiduidade em casos de poltergeist, não se concilia com os princípios da física convencional e raras vezes foi observada em condições ideais, ou seja, com acompanhamento de parapsicólogos e controles experimentais completos. Por isso, mesmo os pesquisadores que se dispõem a aceitar fenômenos mais razoáveis, como os que envolvem PES (percepção extra-sensorial), juntam-se ao coro cépticos na rejeição desses relatos, considerando-os histórias para tolos.

Vítima de zombarias e descrédito ( e por razões que parecem ter mais a ver com a natureza fantástica dos eventos que presenciou do que com qualquer imprecisão em seus relatos ou qualquer deficiência nas condições de observação), Johann Zõllner, professor de física e astronomia na Universidade de Leipzig (Alemanha), foi um dos precursores no estudo dos fenômenos de teletransporte.


Um dos vários experimentos que conduziu aconteceu na manhã de 6 de maio de 1878. Numa sala especialmente construída para isso, Zõllner segurou as mãos do médium americano Henry Slade entre as suas sobre uma mesa de jogo, ao redor da qual eles se sentaram. Cerca de um minuto depois, uma pequena mesa circular de madeira, a poucos centímetros de distância, começou a balançar para lá e para cá. Deslizou, então, vagarosamente até a mesa de jogo, tombou para trás e escorregou para baixo dela. No minuto seguinte nada pareceu acontecer. Slade estava prestes a consultar seu mentor espiritual a respeito do que se sucederia quando Zõllner, relanceando os olhos para baixo da mesa de jogo, a fim de verificar a posição precisa da mesa circular, não a encontrou. Ela havia desaparecido. Os dois homens deram uma busca pelo quarto, mas não acharam nem sinal dela.

Zõllner e Slade retornaram, então, a seus lugares, com as mãos unidas sobre a mesa de jogo e as pernas tocando-se - assim Slade não poderia fazer qualquer movimento sem que Zóllner detectasse. Após cinco minutos de expectativa, Slade viu luzes no ar - como sempre via quando qualquer coisa paranormal estava para acontecer em sua presença. Mesmo sem enxergar as luzes, Zõliner seguiu a trajetória traçada pelo olhar fixo do médium. Ao virar a cabeça para o teto às suas costas, viu a até aquele momento invisível mesa, com as pernas viradas para cima, a uma altura de cerca de 1,5m. Rapidamente ela flutuou para baixo, em direção à tampa da mesa de jogo. A mesa flutuante não era uma simples alucinação. Ao descer, desferiu um doloroso golpe na cabeça dos dois homens.


Movimentos de objetos supostamente "impossíveis" foram produzidos em outras sessões com Slade, sob a supervisão de Zõllner. Em muitas ocasiões, nós eram feitos em pedaços de barbante ou tiras de couro e outros materiais, enquanto Zõllner segurava-os ou, de alguma maneira, mantinha-os sob seu controle. Numa reunião realizada com o intuito de ligar dois aros de madeira entre si, os anéis acabaram se encaixando no suporte central da mesa circular cujo teletransporte foi descrito acima. A mesa estava totalmente fora do alcance de Slade quando o evento aconteceu, e seria impossível para qualquer agente humano colocar os aros no suporte da mesa sem desmontá-la e remontá-la em seguida. Os estudos de Zóllner ocupam numerosos volumes, mas apenas uma parte deles está disponível em inglês. Trata-se de um trabalho sério e meticuloso que merece ser retomado.

Uma tentativa nesse sentido, aparentemente bem-sucedida, veio a público no verão de 1932 através da revista da American Society for Psychical Research (Sociedade Americana para Pesquisa Psíquica). O relato foi escrito por William Button, presidente da entidade, que participou das oito sessões mencionadas e que havia algum tempo acompanhava de perto o desempenho mediúnico de Margery Crandon.



Nas experiências, o espírito de Walter, irmão falecido de Margery, movimentava ostensivamente pequenos objetos para dentro e para fora de diversos tipos de recipientes, como caixas de papelão vedadas com fita adesiva e caixas de metal. Margery foi atada a uma cadeira pelos pulsos e tornozelos com várias voltas de fita adesiva. A fita foi ainda marcada à caneta com linhas que denunciariam sua eventual retirada e recolocação. A verificação da ocorrência de desmaterialização e rematerialização era feita balançando-se o recipiente e ouvindo-se se emitia algum som, sem jamais abri-lo.

No final dos anos 30, um outro pesquisador, que se tornou popular graças a seus inúmeros livros sobre temas psíquicos, publicou um artigo na mesma revista da Sociedade Americana para Pesquisa Psíquica, apresentando três casos bem documentados de teletransporte. Um deles, reproduzido por Scott Rogo em Além da Realidade (Ed. Ibrasa), narra o seguinte:

"A senhorita K, uma enfermeira e pessoa muito metódica, tinha o hábito de colocar, sempre que entrava no apartamento, seu molho de chaves sobre a mesa da sala de jantar. Um dia fez isso, como de costume (foi o que declarou), e pouco tempo depois procurou-o, ao se preparar para sair de casa. O molho de chaves havia desaparecido. Ela o procurou em toda a parte, sem encontrá-lo.

"Finalmente, foi obrigada a mandar fazer novas chaves. Alguns dias depois, ela precisava pegar uma tampa de vidro de remédio. As tampas estavam guardadas na caixa de metal, na gaveta inferior de um armário na despensa. Ela não costumava abrir essa gaveta (é o que dizia) mais do que três ou quatro vezes por ano. E ali, na caixa de metal, estava seu molho de chaves! A senhorita K declara que não abriu a gaveta no dia em questão, nem depois, até resolver pegar a tampa de vidro. Entretanto, suas chaves estavam lá, repousando tranqüilamente na caixa de metal."



Muitos eventos autenticados de teletransporte poderiam ainda ser citados. Há até um relato de alguém que realmente viu um objeto desvanecer-se. Isso ocorreu com a Senhora Kogelnik, em Londres, em 1922. A casa dos Kogelnik havia experimentado distúrbios de poltergeist durante meses, aparentemente centrados em uma empregada. Nessa ocasião, a Senhora Kogelnik estava trabalhando no sótão da casa. Seu marido conta: "Quando minha mulher viu um machado desaparecer diante de seus olhos, saiu do quarto. Isso aconteceu entre 10 e 12 horas, e a luz era suficientemente boa para a visualização."

Na verdade, apesar de a maioria dos estudiosos da paranormalidade continuar ignorando a ocorrência dessa espécie de fenômeno, há hoje evidências acumulativas de que pessoas absolutamente comuns podem experimentá-los, e com uma freqüência muito maior do que se imagina. Tanto que a Britain's Society for Psychical Research (Sociedade Britânica para Pesquisa Psíquica) lançou o Projeto Jott (Just One of Those Things, ou "exatamente uma daquelas coisas") para tentar reunir uma seleção representativa de casos.


Mas, se, de fato, esses fenômenos ocorrem, como explicá-los?

Com relação à passagem de matéria através de matéria, alguns sugerem que os átomos se deslocariam um a um para depois voltarem a se reunir. Ou que os átomos componentes de um objeto poderiam de algum modo se tornar passivos e não-coesivos, de modo a não interagir uns com os outros e permitir a passagem de outro objeto.

Um processo que apresenta analogia com esse fenômeno é o do "túnel quântico", no qual uma partícula atômica atravessa uma barreira de energia alta demais para ser transposta, cavando como que um túnel em seu caminho. Neste caso, duas questões intrigantes surgem de imediato: como o efeito do túnel quântico, registrado apenas em distâncias atômicas, poderia ser intensificado a ponto de resultar nas distâncias estimadas nos relatos paranormais? E como os bilhões de átomos que constituem objetos de tamanho normal se coordenariam para abrir o túnel simultaneamente no mesmo lugar?

Quanto à desmaterialização-rematerialização de objetos, uma das explicações mais habituais é a alucinação, que, já de saída, não pode ser contabilizada nos eventos em que se verificam mudanças estruturais permanentes - como os nós nos pedaços de barbante de Zõllner, por exemplo. Outra teoria propõe que os objetos se tornariam invisíveis temporariamente. Consistente em certos casos, esta teoria não esclarece, entretanto, a passagem de objetos para fora de caixas vedadas. Uma terceira hipótese, mais plausível, é a de que o espaço tem uma outra dimensão, ou mesmo mais. Assim, ao aparecer e desaparecer em nosso mundo, os objetos estariam na verdade se movendo para uma dessas outras dimensões, que existiriam em número infinito, formando uma cadeira de universos paralelos. Por mais fantástica que possa parecer, esta perspectiva é um conceito familiar aos cientistas que trabalham com física quântica, e os estudos na área psíquica poderiam contribuir na sua elucidação.

Para isso bastaria que os parapsicólogos, superando velhos preconceitos, conduzissem pesquisas sérias, selecionando pessoas capazes de realizar teletransportes, treinando-as para produzir efeitos sob controle ideal, catalogando as experiências de pessoas normais que também tenham participado de eventos semelhantes e empregando a moderna tecnologia eletrônica para explorar tais fenômenos.

O CÉREBRO


Uma Máquina Pensante
Será que o cérebro humano é capaz de desvendar seus próprios e intrigantes enigmas?
É o mundo tal qual o percebemos ou vivemos mergulhados num lago de ilusões?

Algumas dessas antigas indagações, temas de debate entre os primeiros filósofos, começam a ser respondidas neste final de milênio.

Os mais recentes estudos sobre o assunto utilizam ferramentas de diversas áreas do conhecimento, como a neurologia, a psicologia, a física e a própria filosofia.

As novas descobertas provam que o cérebro funciona como um computador extremamente complexo.

Em suas pequenas usinas de elaboração e decodificação de dados, distribuídas por 1,4 quilo de material orgânico, a realidade é recriada permanentemente, dia e noite.

Nas reportagens a seguir, você embarcará em uma aventura pelos mistérios da vasta mansão onde dorme a alma humana.

Capítulo I

A realidade que só existe dentro de nós

Penso, logo existo". A máxima do filósofo e matemático francês René Descartes (1596-1650) é hoje o mote de vivas polêmicas em torno dos conceitos de mente, consciência, emoção e razão. Descartes inspirou intelectuais e cientistas por séculos com seu método analítico de raciocinar.

Sua frase emblemática sugere que o homem é definido pela capacidade de pensar e pelo fato de saber que pensa. Ao mesmo tempo, no entanto, o sábio concebe a mente como uma entidade não material, habitante da cabeça dos homens, mas, em essência, diferente do cérebro.

Recentes estudos sobre o cérebro revelam que Descartes estava enganado. A identificação dos processos físicos e químicos ocorridos na imensa teia dos neurônios prova que a consciência - ou pelo menos boa parte dela - se produz no mundo da matéria.

As novas descobertas não significam, entretanto, que tenha sido desvendado o mistério da mente humana, da capacidade de sentir, de analisar e de reagir ao mundo. Ao contrário, as pesquisas mostram que o cérebro, tal qual os sistemas galácticos, encerra enigmas que desafiarão muitas das próximas gerações.

Se o astrônomo se encanta com os bilhões de pontos cintilantes que bordam a noite, o neurologista suspira diante da fantástica malha de 100 bilhões de neurônios que se espalham por 1,4 quilo de material orgânico. E os sistemas solares, as galáxias e os buracos só existem no universo cósmico porque podem ser percebidos e interpretados por esse micro-macro universo que preenche o crânio dos homens.
Sem alguém que a admire, que reconheça seu brilho e suas formas, a Lua não existe. Nem existem os poemas que a fazem personagem da vida e a integram ao teatro dos amores e das paixões.

As cores, da mesma forma, existem somente para o cérebro, capaz de "trabalhar" impulsos elétricos nervosos e transformá-los em uma interpretação particular daquilo que se vê na presença da luz. Um extraterrestre - o "monstrengo" do filme O Predador, por exemplo - habilitado a "enxergar" somente pela decodificação de sinais de calor, teria enorme dificuldade para dialogar com um jardineiro humano sobre flores multicoloridas.

O neurologista Antônio Damásio, chefe do departamento de neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Iowa, nos EUA, reúne em seu livro O Erro de Descartes novas reflexões sobre essas dicotomias: o corpo e a mente, a razão e a emoção.

Segundo ele, é chegada a hora de se reconhecer que o espírito habita um organismo vivo, em que o cérebro e o resto do corpo vivem intimamente integrados.

O cientista argumenta que os estímulos sensoriais e as emoções resultantes são fatores fundamentais na estruturação do edifício orgânico do pensar. "O cérebro humano e o resto do corpo constituem um organismo indissociável", sustenta.

De acordo com Damásio, a dificuldade da ciência em desvendar os mistérios da mente não deve diminuir o entusiasmo dos que se propõem a realizar a tarefa. Talvez, segundo ele, essa seja a mais fantástica aventura oferecida aos homens de coragem. "A emoção e os sentimentos constituem a base daquilo que os seres humanos têm descrito como alma ou espírito humano", escreve. Resumindo as inquietações de muitos de seus companheiros, o neurologista inverte a máxima de Descartes: "existo (e sinto), logo penso".




Capítulo II

Mente de carne, funcionalidade aos pedaços
Algo específico e importante mudou dentro de cada uma dessas pessoas. Um homem com perfeita saúde sofre um acidente e passa a enxergar o mundo em preto e branco. Mesmo em seus sonhos, tudo carece de cor e a memória já não lhe traz nem por um segundo o azul do céu e o verde da alface.

Uma mulher sofre um derrame cerebral e torna-se incapaz de perceber o movimento dos objetos. Não nota a aproximação dos veículos quando decide atravessar uma avenida a caminho do trabalho. Um jovem é atropelado, bate a cabeça e perde a visão, mas não aponta o problema nem se mostra incomodado com a nova condição. Um trabalhador sério e competente torna-se um piadista compulsivo e perde a noção de ética depois que uma barra de ferro lhe perfura a região frontal do cérebro.

Esses exemplos, presentes na literatura médica, ilustram a especificidade e o refinamento das tarefas executadas pelo cérebro. Revelam ainda como são particularmente complexos os processos ligados à percepção dos fatos e à interpretação do que se passa no mundo real.

A fascinação exercida pelos pacientes com lesões cerebrais explica-se justamente pela chance que oferecem de desvendar mistérios da mente. Seus casos mostram ainda como é vulnerável o sistema que nos faz perceber a realidade. Uma lesão cerebral do tamanho de um grão de milho pode acabar com a carreira de um pintor ou transformar um outrora influente diplomata em autêntico pateta.

A ciência se debruça sobre o muro das inquietações. Os especialistas não conseguem, por exemplo, explicar exatamente onde está a diferença entre um gênio da física e seu irmão que chegou aos 40 anos de idade e ainda é incapaz de efetuar contas de dividir. À parte os fatores ambientais e culturais, onde residem os elementos diferenciais na constituição das habilidades e da inteligência? Como se forma a mente humana? Confunde-se com a alma ou se trata do resultado de eventos elétricos e químicos no cérebro? Poderá um dia a mente humana ser compreendida por ela própria?

As dúvidas são antigas. O homem da Antiguidade já fazia conjecturas sobre a origem de sua consciência. Entre os pré-socráticos, Empédocles afirma: "para os homens, o sangue que lhes flui à volta do coração é o pensamento". Para Platão, a mente estava na cabeça, uma esfera, a forma geométrica perfeita.

Aristóteles também acreditava que a mente vivesse no coração, centro de vitalidade e calor do corpo. Na Idade Média, já se imaginava que o cérebro fosse o abrigo da mente. No século 17, Descartes afirmou que a mente devia, de fato, residir no cérebro, mas como algo separado, imaterial.

Nos dias atuais, a tecnologia começa a solucionar alguns desses mistérios que atormentam os filósofos e cientistas há milhares de anos. As imagens obtidas por modernos equipamentos de emissão de positrons permitem conhecer as áreas do cérebro acionadas, por exemplo, quando se comemora uma vitória do time de basquete ou quando se grita de pavor com a imagem hitchcockiana da pessoa esfaqueada debaixo do chuveiro. Pode-se literalmente ver a formação do pensamento em manchas coloridas que se distribuem por áreas distintas do cérebro.
Os pacientes com lesões cerebrais são provas vivas da materialidade da consciência. Os vários distúrbios citados nos relatos médicos, mostram como as lesões podem resultar na criação de mundos alternativos, organizados mediante novas regras de percepção e interpretação dos fatos.

O estudo dessas áreas de processamento tem resultado em um mapeamento cada vez mais perfeito das funções cerebrais e hoje oferece o caminho para a cura de doenças e para a elucidação dos mistérios que dormem atrás dos olhos humanos.


Capítulo III

A memória manipulada e o país que se esqueceu
O professor Iván Izquierdo, de 59 anos, é hoje um dos mais respeitados cientistas em atividade no Brasil. Suas pesquisas sobre os mecanismos da memória são referência obrigatória em todo o mundo para estudos de ponta sobre as funções cerebrais humanas.

No Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o professor desenvolve um minucioso trabalho de reconhecimento anatômico dos processos relacionados à memorização.

Ao mesmo tempo, permite-se utilizar das descobertas científicas para refletir sobre a maneira de pensar de nosso povo e de nossas autoridades. O professor alerta para a perda da memória histórica do país e para as mentiras que, repetidas mil vezes, tornam-se verdades. Izquierdo concedeu a seguinte entrevista ao Jornal Estado de São Paulo:

Estado: Quais são os maiores avanços recentes no estudo da memória?
Izquierdo: Posso começar dizendo que um grande passo foi a demonstração das áreas cerebrais envolvidas na memória de trabalho ou memória rápida (segundos), aquela que permite o processamento "on line" de todo tipo de informação: o córtex pre-frontal e suas conexões. A seguir, a demonstração das áreas cuja função é a formação e armazenamento inicial das memórias de fatos e eventos (memórias declarativas): o hipocampo e suas conexões.

Deve-se ressaltar a descoberta da cadeia de mecanismos bioquímicos que interagem nesses processos. Destaca-se ainda a demonstração de setores envolvidos na memória de procedimentos (nadar, correr, tocar um instrumento): as regiões subcorticais e o cerebelo.
Não se pode esquecer da importância da demonstração dos sistemas regulatórios da formação e evocação de memórias por vias nervosas e sistemas neurohumorais envolvidos nos afetos e nas emoções, inclusive a ansiedade e o estresse. Nessa área, seria válido destacar também o efeito neurotóxico do estresse repetido e continuado.

Estado: O que afinal é a memória? Qual seu papel na estruturação da mente e da consciência?

Izquierdo: Tudo no cérebro funciona através da memória. Caminhamos, falamos e nos comunicamos porque nos lembramos de como fazê-lo. O cérebro manda secretar um ou outro neurotransmissor ou hormônio quando estamos tristes ou alegres, ou quando sentimos medo ou prazer, porque se recorda como fazê-lo.
O cérebro mandar secretar hormônio de crescimento à noite e ativa a suprarrenal de manhã porque se lembra de que tem de fazê-lo. Por outro lado, a memória determina nossa individualidade como pessoas e como povos: eu sou quem sou porque me recordo de quem sou. A França é a França porque se lembra de ser a França. Se eu esquecesse quem sou, não seria ninguém, ou seria outro. O povo judaico é um exemplo fantástico disso: sobrevive, mantém sua individualidade, e até prospera, devido exclusivamente a sua memória e ao culto dessa memória.

Estado: Existe, então, uma memória transmitida de geração para geração?
Izquierdo: Impossível saber. A esse respeito só há conjecturas, não evidência científica. É bom lembrar que o cérebro funciona por meio de vias e conexões muito detalhadas e específicas, não por fantasmagorias ou crenças. Até as superstições atuam através de vias e redes nervosas.

Estado: Pode-se criar no cérebro de um cidadão ou de uma comunidade uma memória de fatos não acontecidos? Quais os perigos desse tipo de manipulação?
Izquierdo: A história do Brasil que se ensina nos colégios (ilha de tranquilidade, país manso, tolerante e benévolo, sem preconceitos e sem violência) é justamente um conjunto de memórias de fatos inexistentes. O perigo é cotidiano e visível: é esse Brasil dos massacres, da desigualdade, da prostituição infantil, dos assaltos, da inconsequência política, do trabalho escravo, da impunidade, do faz-de conta. Condicionadas pela falsa História que aprendem e ensinam, nossas elites costumam imaginar que tudo isso acontece na Índia, não na porta de casa. Ou dentro dela.

Estado: Por que nos lembramos mais nitidamente dos fatos acontecidos na infância e na juventude?
Izquierdo: Todos idealizamos os fatos acontecidos na infância e na juventude, principalmente ao atingir a velhice, e damos a eles mais importância que às coisas mais recentes. Na infância e na juventude, namorávamos, dançávamos com garbo, tínhamos ilusões, tínhamos vários futuros possíveis, jogávamos bola com mais agilidade, a expectativa de vida era longa. Há um ditado espanho que diz "todo tiempo pasado fue mejor". Para as pessoas, especialmente para os velhos, que sabem que o fim está próximo e para quem o contracheque da aposentadoria, a artrite, o câncer, a hipertensão ou a depressão fazem parte da memória de hoje, é mais agradável lembrar das coisas "daquele tempo", que real ou imaginariamente foi tão doce.

Estado: Por que, por vezes, nos esquecemos de detalhes de situações violentas ou simplesmente embaraçosas?
Izquierdo: Esquecemos (ou, aliás, suprimimos a evocação de) coisas embaraçosas ou ruins provavelmente pela intervenção de vias serotoninérgicas ou outras agindo sobre áreas cerebrais vinculadas com a memória (amígdala, hipocampo, córtex pre-frontal), ou com aspectos emocionais de sua evocação . Na depressão, que é uma doença que envolve uma disfunção dessas vias, só lembramos das coisas ruins, embaraçosas ou trágicas.

Estado: Jorge L. Borges conta o caso de um homem atormentado por se lembrar de tudo. Uma carga impossível de suportar. É necessário, de fato, limpar nossos arquivos para nova fase de aprendizado ou de adaptação? O que determina o esquecimento da conversa com a empregada de manhã e a manutenção de todos os detalhes da cerimônia de casamento da filha?
Izquierdo: Achados recentes indicam que Borges tinha, como sempre, razão e que um "Funes, o Memorioso" é, de fato, inconcebível. Os mecanismos de memória, contrariamente ao que se pensava alguns anos atrás, se saturam. Não no referente a conexões sinápticas, senão em razão da saturação de vários dos processos bioquímicos desencadeados pela formação ou evocação de memórias em populações grandes dessas células, por exemplo no hipocampo. Assim, não é necessário limpar os arquivos para formar novas memórias, mas é bom lhes dar um descanso de vez em quando.
Vale dizer que determinadas memórias, de acontecimentos importantes e com maior carga emocional, são realmente lembradas mais facilmente e com mais nitidez que outras corriqueiras. Isso ocorre justamente por causa da importância do fato e da carga emocional. Nesse caso, são estimulados mecanismos neuroquímicos que garantem a memorização.

Estado: Por que as amnésias são geralmente ligadas à memória declarativa (fatos, eventos, coisas) e não à que rege os procedimentos?
Izquierdo: Porque as áreas lesadas nas amnésias humanas, como na doença de Alzheimer, na derivada do alcoolismo crônico, na resultante de microenfartes cerebrais e na doença de Parkinson, são justamente aquelas responsáveis pelas memórias declarativas: hipocampo, regiões corticais vizinhas, entre outras. A amnésia de Parkinson se deve a lesões dessas áreas, não a lesões de áreas envolvidas com tônus muscular e com movimento. As lesões amnésicas das regiões da memória de procedimentos são muito raras.

Estado: Um homem sem memória perderia também seus conceitos de ética?
Izquierdo: Certamente perderia. Veja o que acontece na rua no dia-a-dia do Brasil, país sem memória. A fidelidade às pessoas, às idéias, aos princípios, não existe. Roubar, é bom se não te descobrem, mata-se por matar. Pergunte a qualquer um sobre o deputado em quem votou na última eleição: você se importa se seu deputado rouba? você não gostaria de roubar também, se fosse possível?

Estado: Há situações em que lesões cerebrais impedem uma pessoa de se emocionar?
Izquierdo: Sim. Há síndromes cerebrais (lesão bilateral do núcleo amigdalino, entre outras) em que o indivíduo não reage nem quando se lembra de situações ligadas à emoção.

Estado: Qual a esperança para pessoas afetadas por doenças que afetam a memória, como Parkinson?
Izquierdo: A esperança para o Parkinson, o Alzheimer, e todas as demais doenças degenerativas cerebrais com morte neuronal está, hoje, na possibilidade de desenvolvimento dos tratamentos preventivos. Para poder desenvolvê-lo, é preciso avançar mais no conhecimento básico dos mecanismos moleculares dessas patologias. Por enquanto, existem poucas drogas preventivas dessas doenças que sejam realmente úteis. A nicotina é uma, mas seus efeitos secundários são grandes.
Os agentes que diminuem os radicais livres talvez tenham algum efeito, mas faltam conhecimentos básicos sobre seu mecanismo de ação e estudos epistemológicos sobre seu uso. Não há, no momento, tratamento algum que consiga recuperar a função de áreas cerebrais em que morrem neurônios: estes são células que não se reproduzem e quando morrem levam toda a informação que continham.
Existem drogas, o tacrinal, por exemplo, com efeito paliativo sobre o quadro amnésico dos pacientes com doenças degenerativas cerebrais. No caso do Parkinson, evidentemente, a terapêutica de base da doença (como ocorre na depressão) corrige em parte o quadro amnésico que a acompanha. Não há, de momento, nenhuma droga que "melhore a memória", somente algumas que estimulam a atenção, melhoram o sono ou diminuem a sensação de fadiga. Nenhuma delas, no entanto, traz benefícios efetivos à memória, e todas possuem efeitos secundários potencialmente graves.


Capítulo IV

A fabulosa biblioteca da vida
A memória é concebida hoje como uma das mais importantes funções cerebrais e está intimamente ligada ao aprendizado e à capacidade de repetir os acertos e evitar os erros já cometidos. No caso da memória visual, por exemplo, tudo tem início com os sinais luminosos captados pela retina. Os impulsos elétricos migram para o nervo óptico e, daí, para o córtex cerebral, a matéria cinza que concentra as funções cerebrais mais evoluídas. O impulso morre, mas a passagem do impulso por um determinado caminho estabelece conexões entre neurônios e possibilita ao cérebro recriar futuramente a imagem.

As sensações vividas podem ser reproduzidas, sempre que se julgar necessário. Os neurônios se incumbem de enviar impulsos elétricos pelo caminho já trilhado. Sons, imagens ou a combinação de estímulos permitem ao indivíduo ativar novamente esses padrões de conexão. A formação e o armazenamento inicial das memórias de fatos e eventos se fazem na região do hipocampo e suas conexões. A amigdala guarda impressões de medo e alerta. O gânglio basal estoca informações de hábitos e habilidades físicas. O cerebelo guarda memória de procedimentos.

A memória rápida ocorre no córtex prefrontal e em suas conexões. A natureza fragmentada dos arquivos de memória permite ao indivíduo refinar suas impressões do passado. Ao mesmo tempo, habilita o homem a selecionar, pela via das emoções e processos químicos a elas relacionados, as memórias que pretende guardar e aquelas que jamais gostaria de restabelecer. Como em uma imensa biblioteca parcialmente incendiada, o cérebro lesado pode guardar coleções de livros absolutamente intactos.


Capítulo V
O neurologista que virou filme e seus pacientes
O neurologista inglês Olivers Sacks, de 64 anos, é hoje um dos mais respeitados exploradores dos segredos do cérebro. Para quem tem boa memória, Sacks é o médico vivido pelo ator Robin Williams no filme Tempo de Despertar (1990), em que contracena com Robert DeNiro, um paciente que acorda depois de anos de sono profundo.

Em seu último best-seller, Um Antropólogo em Marte, Sacks narra sete impressionantes histórias de casos clínicos em que predominam deficiências e distúrbios neurológicos. Em todos os episódios, é surpreendente a excentricidade dos processos de adaptação do indivíduo aos novos conceitos de realidade. Há um pintor que passa a ver o mundo em preto e branco aos 65 anos de idade. Há o caso de um jovem que perde a visão e a capacidade de armazenar dados além de poucos minutos.

Nessa dramática história, cujo título é O Último Hippie, Sacks trata de Greg F., um rapaz vítima de um tumor sofre sérias lesões no cérebro. A glândula pituitária e a região do quiasma óptico adjacente são destruídas, em um processo de devastação que atinge ambos os lados do lobo frontal, os lobos posteriores e temporais, além do diencéfalo e o prosencéfalo. Greg perde a noção do que significa "ver" e não admite estar cego. Ao mesmo tempo, perde a capacidade de estocar novas memórias. Intactas permanecem as lembranças do período anterior à doença, especialmente os anos 60, em que o jovem se deliciou com o rock de protesto e seguiu a doutrina de vida do hippies.

Greg tem uma memória que parece funcionar com pilhas cuja energia se esgota rapidamente. Ele se emociona ao receber a notícia da morte do pai. Minutos depois, no entanto, se esquece por completo da informação. Não se trata, evidentemente de um benefício da memória. A cada vez que é confrontado com a perda tudo se repete como se fosse a primeira vez: o choque da notícia, a tristeza aguda e a prostração. Apesar de todas as lesões irreversíveis, Greg parece muitas vezes viver feliz. Faz piadas, canta e brinca com os colegas. Preso em seu mundo de curtas emoções e escuridão, o último hippie criou sua própria realidade, suas formas de perceber o mundo exterior e lidar com ele.


Capítulo VI
O homem que perdeu o caráter



Na história da neurologia, nenhum outro personagem merece tantos estudos e citações quanto o trabalhador braçal Phineas Gage. Em 1848, Gage atuava como contramestre de um grupo de operários que construía uma linha de trem no Estado norte-americano de Vermont.

Uma explosão acidental fez com que um barra de ferro acabasse trespassasse sua cabeça, caindo a trinta metros de distância, envolta em sangue e pedaços de carne. Para espanto de todos, não morreu. Levantou-se atordoado e foi procurar um médico. Gage teve um abscesso no lobo frontal e reclamou de um certo mal estar nas semanas seguintes. Mesmo assim, o processo de recuperação pareceu milagroso. Em poucos meses, foi dado como curado.

A princípio, os resultados do tratamento reforçaram a crença de que largas porções do cérebro não tinham função alguma. Entretanto, com o passar do tempo, os amigos passaram a notar uma mudança radical no comportamento de Gage. Tornou-se inquieto, irreverente, dado a brincadeiras grosseiras. Antes do acidente, era tido como um trabalhador atento e diligente, um homem de negócios sério e competente. Essas características se perderam.

Passou a se dedicar a inúmeros projetos que eram logo abandonados em favor de outros. A lesão do lobo frontal parecia ter criado um outro homem, infantil, inconseqüente, escravo de seus instintos animais. Mudara em Gage não as habilidades, a destreza em lidar com as ferramentas de trabalho, mas o espírito. Os colegas logo perceberam a transfiguração e admitiram estar diante de outra pessoa.

Os estudos sobre Gage, que morreu 13 anos depois do acidente, ajudaram a traçar um mapa mais aprimorado das funções cerebrais. Uma das particularidades dignas de nota do cérebro humano é justamente o desenvolvimento dos lobos frontais, muito menos evoluídos nos macacos e insignificantes em outros mamíferos. Trata-se da parte do cérebro que mais se desenvolve depois do nascimento. As partes superiores do cérebro são hoje tidas como centros reguladores das características mais elevadas do comportamento, como o senso de ética, a capacidade de antecipar o futuro e a responsabilidade.


Capítulo VII
Ver e a ilusão de ver




A visão mobiliza alguns dos mecanismos cerebrais mais complexos. Para que possamos desfrutar do deleite estético oferecido por um quadro de Rafael ou pelas fantasias multicoloridas do Salgueiro, milhões de conexões neuronais são acionadas.

Ao mesmo tempo, vários centros, extremamente especializados, entram em ação para responder aos estímulos captados pela retina. Cada neurônio está ligado a 15 mil outros e as conexões possíveis chegam à casa dos trilhões, com complicadas operações que se realizam em milésimos de segundo. Todo esse sofisticado sistema ainda não está pronto quando do nascimento do bebê. É preciso que ele aprenda a ver e exercite as conexões internas do cérebro.

A criança que nasce vítima de catarata ou outra obstrução ocular terá sérios problemas visuais no futuro caso não seja tratada de imediato. Se não tiver removido o obstáculo até os seis meses de idade, ficará cega pelo resto da vida. Ao contrário, um homem de 60 anos que tiver passado cinco anos com a visão obstruída voltará a enxergar normalmente depois de uma cirurgia corretiva. Na verdade, boa parte da visão depende de convenções compreendidas internamente pelo cérebro por meio do exercício constante.

A cada estímulo, os neurônios se comunicam por pequenos impulsos elétricos em uma fantástica malha de intrincadas conexões. Se essas conexões não são repetidamente estimuladas nos primeiros meses de vida, quando o cérebro está na fase de formação, acabam se atrofiando e morrem.

Vários subsistemas se unem para dar ao homem, internamente, a ilusão de que pode captar toda a realidade com seus olhos. Entre os pré-socráticos, Empédocles se dedicou a estudar o mistério dos olhos e, assim, escreve: "O fogo primitivo escondeu-se em membranas finas e tecidos, atrás das redondas meninas dos olhos, varadas de passagens maravilhosas. Afastam as águas profundas que as cercam e deixam passar o fogo, por ser mais fino e sutil."

Segundo o grego, o interior do olho é de fogo e seu exterior é feito de água e terra. O olho seria como uma lanterna à noite, o fogo protegido da água por uma película ou vidro. Por meio do fogo, veríamos os objetos brilhantes. Por meio da água, enxergaríamos o que fosse opaco e sombrio. O semelhante vê o semelhante.

O que surpreende nos estudos de Empédocles é que já imaginava a existência de subsistemas da visão. O fogo que vê as coisas brilhantes e a água que decodifica as imagens opacas e sombrias. Os modernos estudos em pacientes com lesões cerebrais, mostra que há áreas dedicadas a aspectos específicos da visão. Alguns setores, por exemplo, ocupam-se exclusivamente de detectar os movimentos dos objetos. Problemas nessas áreas impedem o indivíduo de perceber a aproximação dos carros quando atravessa a rua.

A estrutura parece ser tão complexa que guarda até um arquivo específico para o conceito de visão. Pessoas vítimas da Síndrome de Anton tornam-se cegas mas não se queixam ou fazem relatos de seus problemas. Simplesmente, não sabem que estão cegas. No momento da lesão, toda a estrutura da consciência é remodelada.


Capítulo VIII
Os neurônios fabricantes de cores

O mistério da percepção das cores tem chamado a atenção de filósofos, físicos, biólogos e escritores há séculos. Não por acaso, o assunto mereceu especial atenção de sábios e pesquisadores influenciados pelo Iluminismo. O alemão Johann Wolfgang Goethe (1749-1832) escreveu seu tratado sobre as cores impressionado com a incompatibilidade entre as teorias clássicas e a realidade. Goethe reconheceu e analisou, no final do século 18, alguns fenômenos que seriam identificados quase duzentos anos depois.
O escritor cientista notava a persistência mágica de imagens na retina e as ilusões produzidas pela cor e por outros estímulos visuais. Goethe estava preocupado com a maneira como vemos a realidade, como a transformamos em registros particulares do mundo externo. Segundo ele, esses fenômenos não são explicados pela física de Newton, mas pelo funcionamento interno do cérebro. Para o escritor, "a ilusão de óptica é a verdade óptica".

O escrito de Goethe foi muito criticado na época, tido como uma espécie de exercício pseudocientífico. Outro alemão, Hermann von Helmholtz (1821-1894), entretanto, daria novos subsídios aos adeptos da teoria da ilusão das cores. O cientista demonstrou que, no processo de percepção, as cores dos objetos são preservadas mesmo com grandes e significativas alterações no comprimento de onda que os iluminam.

O comprimento de onda da luz que ilumina uma banana, por exemplo, varia de acordo com a fonte de luz e a posição do observador. No entanto, a fruta permanece sempre amarela. Esse fenômeno não poderia ser uma simples transformação dos dados do comprimento da onda em cor. Helmholtz concluiu que deveria haver uma "inferência consciente", um processo de correção automática dos dados recebidos, uma maneira interna de organizar o caos de estímulos e dar-lhes um significado.

Em 1957, Edwin Land (1909-1991), o inventor da Polaroid, realizou uma formidável demonstração teórica da ilusão das cores. Fez duas imagens em preto e branco da mesma cena, usando dois filtros: um vermelho e outro verde. Depois projetou a primeira imagem com filtro vermelho e, sobre ela, a segunda, com luz branca comum. Esperava-se uma imagem em tons caóticos de rosa. Mas, para surpresa geral, brotou na tela uma moça com cabelos loiros, casaco vermelho e perfeitos tons naturais de pele.

O teatro das células cerebrais - A experiência não pôde ser satisfatoriamente explicada na ocasião e não rendeu novos conceitos científicos. Para muitos, no entanto, provava a teoria de Goethe, da ilusão das cores. O azul e o vermelho não estão lá, de fato, mas são impressões criadas pelo cérebro.

Um dos mais respeitados neurocientistas do mundo, o doutor Rodolfo Llinás, da Escola Médica da Universidade Nova York, acredita que a consciência é mero resultado de sinais elétricos coordenados. Usando um magnetoencefalógrafo, que mede correntes elétricas dentro do cérebro, Llinás mediu a resposta a estímulos musicais. Segundo ele, vários grupos de células saltam para cima e para baixo, ao mesmo tempo, de acordo com a especificidade do estímulo externo.

São padrões simultâneos e também coordenados de funcionamento da estrutura cerebral. Llinás afirma que a máquina de pensar funciona 24 horas por dia na construção de modelos de percepção do mundo e de recriação da realidade captada. As cores não existem fora de nosso cérebro. O som nada mais é que a relação entre determinadas vibrações externas e o cérebro.

"Acordados ou durante o sono, vivemos em um estado de sonho", costuma afirmar. Embora nossas impressões sejam bastante semelhantes a determinados aspectos da realidade externa, nada podemos falar sobre uma realidade objetiva. Criamos nossas cidades com o trabalho das mãos, mas as vemos segundo os caprichos do cérebro. No grande teatro da vida, vemos apenas as peças que as células do cérebro decidem representar.


Capítulo IX
Microscópicas redes de informação

Os neurônios são a base de toda a estrutura de processamento de informações e procedimentos do cérebro. São cerca de 100 bilhões em cerca de 1,4 quilo de massa orgânica. De suas conexões depende a percepção do mundo, o aprendizado, o desenvolvimento das paixões, a raiva e o altruísmo. Uma vez estimulado, um neurônio repassa a informação a outro neurônio por meio de um processo eletroquímico. Os sinais elétricos se propagam como ondas pelos axônios, algo como longos tentáculos do neurônio. Esses impulsos são transformados em sinais químicos nas sinapses, o ponto de contato entre neurônios.
Quando em descanso, a membrana externa do neurônio é mais permeável aos íons de potássio que aos íons de sódio. No momento em que a célula é estimulada, entretanto, a permeabilidade ao sódio aumenta, determinando um influxo de cargas positivas. Esse evento desencadeia um impulso, iniciado na junção entre o corpo da célula e o axônio.

Quando o impulso encontra o terminal pré-sináptico, provoca a liberação de moléculas neurotransmissoras. Esses transmissores se espalham por uma pequena fenda, de um milhonésimo de polegada, e se engatam aos receptores da membrana pós-sináptica. Os engates permitem a abertura de canais iônicos e, em seguida, a geração de impulsos no neurônio pós-sináptico.

A diversidade nos mecanismos de neurotransmissão permite ao cérebro atender a várias demandas. Algumas ações requerem rápidas respostas, como pisar com o pé no freio, desviar a bola para o gol ou tirar a mão de uma chapa quente. Para processar e enviar a informação necessária, existem grandes fibras nervosas que conduzem os impulsos a cerca de 100 metros por segundo. Outras atividades, como algumas ligadas ao aprendizado, carregam a informação mais lentamente, a 20 ou 30 metros por segundo.

A transferência de informação entre as sinapses é um processo complexo e cheio de diversidades. Nem todos os sinais repassados de neurônio a neurônio têm como mensagem a estimulação. Em alguns casos, o neurotransmissor liberado tem justamente a missão de "tranquilizar" e inibir a célula vizinha. Sem esse efeito modulador, o cérebro entraria em colapso. A estimulação simultânea e desordenada de células resulta em manifestações desastrosas, como as crises epiléticas.


Capítulo X
Um chaveiro de neurônios

O jovem cientista alemão Andreas Draguhn, de 35 anos, tem se debruçado durante anos sobre o quebra-cabeça dos microscópicos eventos ocorridos nas redes neuronais. Na Universidade Max Planck, seus olhos perscrutam diariamente estruturas moleculares do cérebro humano, o que lhe permite estabelecer padrões de comportamento dessas micro centrais de transmissão de dados.
Células clonadas, artificiais, oferecem a Draguhn a oportunidade de estudar a estrutura e função das moléculas, especialmente nas regiões pós-sinápticas. Ali, registram-se os in-puts de informação no neurônio. Nessa área, tem sido importante o estudo dos receptores, como que pontos de engate que se sensibilizam ao contato com os neurotransmissores.

"Temos uma enorme gama de eventos que se produzem durante esse processo de comunicação entre os neurônios", afirma Draguhn. "Várias doenças e disfunções apresentam como causa alterações nesse processo", diz. Conhecidos problemas neuropsicológicos têm, de fato, origem em distúrbios no funcionamento dos receptores. Nesse caso, de nada adiantariam doses suplementares de substâncias neurotransmissoras, como a serotonina e a dopamina.

Seria como se houvesse um grande estoque de chaves de boa qualidade, tornadas inúteis pela mudança nos segredos das fechaduras em que se conectavam. Somente a serotonina tem mais de uma dezena de diferentes receptores. Equívocos na hora de se abrir a "caixa do correio" neuronal podem ser responsáveis por diversas patologias, como o distúrbio obsessivo compulsivo, a esquizofrênia e a síndrome de pânico.

"O conhecimento desses elaborados sistemas de conexão pode resultar, no futuro, no desenvolvimento de novas drogas ou em eventuais práticas de prevenção de doenças", afirma o cientista. O desafio hoje é conhecer melhor os padrões das múltiplas conexões entre as células, reconhecer suas especificidades e catalogar o repertório de funções dos neurotransmissores. Por último, entram em ação os chaveiros moleculares, como Draguhn, cuja especialidade é desvendar o segredo das fechaduras dos receptores. Encontrar a chave para a solução de mais um mistério na grande aventura do conhecimento do cérebro.


Capítulo XI
Crianças: na gênese da consciência

Na espessa e intrincada teia de neurônios, tudo está perfeitamente organizado, dividido, catalogado e indexado. Complicadas conexões nos permitem ver, ouvir, memorizar, vibrar e, ao contrário dos outros animais, planejar o futuro. O mais espantoso é que tudo se faz mediante um projeto meticuloso da natureza, nada se desenvolve ao acaso. As malhas de neurônios são geradas no lugar certo e na proporção exata. Todas as informações necessárias à estruturação dos mecanismos cerebrais já estão demarcadas no "guia de montagem e instalação" oferecido pelo DNA.
Logo depois do nascimento da criança, no entanto, vários processos são desencadeados no desenvolvimento das funções cerebrais. Um recém-nascido apresenta cerca de um quarto da massa cerebral de um indivíduo adulto, mas já tem quase todos os neurônios dos quais se valerá pelo resto de seus dias. Isso porque os neurônios e suas conexões crescem em tamanho, expandem-se, organizam-se em grandes linhas de processamento.

Para que o cérebro desenvolva todo seu potencial, é preciso que seja estimulado, provocado, trabalhado em suas centrais de comunicação. Nos primeiros anos de vida, o exercício de "musculação" mental garante o desenvolvimento das fibras nervosas capazes de ativar o cérebro e dotá-lo de habilidades.

Os primeiros quatro anos da criança são particularmente fundamentais para a estruturação das funções cerebrais. Um bebê que passe deitado, sem estimulação física, a maior parte do primeiro ano de vida certamente apresentará sérias anomalias em sua evolução. Muitos não conseguem se sentar antes de 21 meses e 85% deles não conseguem andar antes de três anos de idade. O mesmo ocorre com a visão. É fundamental o estímulo e peso da experiência no processo de aprender a ver.

No início da vida, as células nervosas são pequenas e esparsas. Não há uma malha fechada de conexões. Os neurônios processam sensações e informações somente quando estão agrupados em redes de especialização. A ginástica cerebral ajuda a estabelecer essas refinadas conexões e a sofisticá-las. A falta de uso condena os neurônios à morte.


Capítulo XII
As habilidades eletivas

As mais recentes pesquisas mostram que cada habilidade depende de um tipo específico de conexão, cada uma delas com um tempo de maturação determinado pela natureza. No caso da linguagem, em algum momento do período que vai dos sete aos dez meses, a criança já identifica e imita os fonemas da língua materna. Ao chegar aos dois anos, os circuitos neurais estão em uma fase importante da evolução e estabelecimento de ligações. Nesse momento, é fundamental conversar com a criança para enriquecer-lhe o vocabulário.
É justamente nessa fase que o indivíduo começa a traduzir o pensamento em frases e a misturar as palavras, seguindo um projeto mental lógico. Os especialistas recomendam ensinar uma segunda língua antes dos dez anos de idade. Há grandes chances de que o novo idioma seja falado sem sotaque. No caso da música, a chamada porta da oportunidade está aberta entre 3 e 10 anos de idade. E, de fato, a maioria dos grandes músicos começou a desenvolver suas habilidades exatamente nessa idade.


Também as emoções e o equilíbrio psicológico dependem de exercícios cerebrais.
O processo tem início no primeiro minuto de existência e se estende até a adolescência. O sistema límbico é o principal centro ativado para essas funções. Essa maravilhosa usina das emoções funciona bem ou mal de acordo com o combustível que recebe e com a diligência dos operários que lhe dão manutenção. Um agrado ao menino que acertou um charada, por exemplo, estimula e fortalece as conexões do sistema límbico.
Dar parabéns ao garoto por ajudar um colega que se machucou tem o mesmo efeito. É como se programar a máquina do pensar para que no futuro o indivíduo seja sociável e solidário. Essa é a gênese física do bom cidadão, daquele que poderá, na maturidade, desprezar o "jeitinho". O que não quer dizer que doses de exercícios desse tipo possam transformar o pequeno em um Ghandi, ou em um Luther King. Para que surja um fora-de-série desse tipo é necessária uma complexa combinação de fatores genéticos, educacionais e ambientais.

Moldando o caráter da criança - Segundo o consagrado neurologista norte-americano Antônio Damasio, emoção e razão estão intimamente ligadas e "acertar" na vida depende muito da qualidade dessa mistura. Um abraço e palavras de estímulo à criança que caiu do escorregador podem produzir importante diferença na conformação dos microscópicos circuitos de entrelaçamento das emoções e da razão. Uma sucessão de experiências desse tipo pode conferir à criança a capacidade de controlar as emoções e, anos depois, sair-se bem de situações embaraçosas ou de risco.

As experiências ligadas ao medo também são importantes nesse aprendizado. A amígadala (uma região destinada a tocar a sineta do alarme e da inibição) é responsável pelo grito de horror da criança acuada por um gato enraivecido. A experiência fica gravada de acordo com a intensidade da emoção. A memória desses fatos funciona como um guia de conduta futura para o indivíduo, auto-instruído a não enfiar a mão na jaula do leões quando levar os próprios filhos ao zoológico.

O esportista e a dançarina - Por volta dos cinco anos de idade, a criança desenvolve o senso de lateralidade e de direcionalidade. Completa a estrutura mental que lhe permite reconhecer conceitos como o de em cima e embaixo. Enfim, aprende a se localizar no espaço. É o momento indicado para iniciar atividades como a dança e o esporte.

Depois de várias fases de desenvolvimento, a criança ultrapassa os dez anos e passa a cultivar o pensamento abstrato. É o primeiro passo para o amadurecimento final. O cérebro do adolescente já formula hipóteses e tira conclusões a partir dos fatos observados. Nesse momento, o indivíduo passa a conhecer as próprias habilidades e pode definir, por si próprio, de que maneira pode ajudar o próprio cérebro a completar o ciclo de evolução.


Capítulo XIII
O tortuoso caminho do conhecimento

Conhecer as complexas relações entre a cognição (aquisição de conhecimento, percepção), o comportamento humano e as atividades do sistema nervoso sempre foi um desafio para a ciência. Em anos recentes, a tarefa de desvendar esses mistérios vem sendo realizada metodicamente pelos especialistas em neuropsicologia. Nesse campo, reúnem-se estudos de anatomia, fisiologia, neurologia, psicologia, psiquiatria e etologia. Uma das metas perseguidas há séculos tem sido reconhecer a causa de distúrbios da cognição e da especificidade de determinados comportamentos humanos.
A importância dessa pesquisa já era conhecida na Grécia antiga. Era uma época em que o homem passava a ser o centro das atenções da atividade intelectual. Não por acaso, um filósofo foi o introdutor do estudo das relações entre cérebro e comportamento. Alcmaeon, habitante de Crotona, uma cidade grega do sul da atual Itália, dissecou cadáveres e buscou no cérebro o segredo para as atitudes humanas. Na mesma época, a função do cérebro na manutenção da consciência e como controlador dos movimentos já era conhecida por Hipócrates, um dos fundadores da medicina.

No século 18, Franz Joseph Gall (1758-1828), concluiu que as funções mentais seriam localizadas em regiões específicas do córtex cerebral. O anatomista descreve as distinções entre a substância cinzenta e a substância branca do cérebro. Segundo ele, a primeira seria matéria fundamental para as atividades da mente. A comprovação de que áreas específicas do cérebro estavam relacionadas à cognição só ocorreu no século passado. Até então, as idéias localizacionistas eram repudiadas por médicos e psicólogos. Não se acreditava que funções complexas pudessem se concentrar em áreas restritas.

Em 1861, Pierre Paul Broca (1824-1880) descobriu que uma grave lesão na base do terceiro giro frontal esquerdo provocava sérios distúrbios da expressão verbal. O cientista chegou à conclusão, tempos depois, de que essa área era o centro da imagem motora das palavras.

"Foram descobertas que estimularam a abertura de um enorme campo de estudos, capaz de iluminar o porão escuro onde se ocultam alguns dos maiores segredos humanos", afirma o professor Ricardo Nitrini, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, um dos mais conhecidos e conceituados neurologistas do País. "Esses estudos evoluíram a ponto de hoje investigarmos as mais finas estruturas cerebrais, como a composição molecular das redes neuronais", diz.

Na verdade, o estudo da neurologia reúne hoje a observação cuidadosa de comportamentos, do funcionamento de macro-regiões do cérebro e, por último, de eventos microscópicos que ocorrem nas células. O avanço nessas pesquisas mostrou que o mapeamento das funções cerebrais é mais complexo do que se imaginava.

Hoje, o conceito mais aceito é o de que as funções superiores se engendrem mediante complicados sistemas funcionais. Uma função complexa não depende unicamente de um "centro", mas da ação sincronizada de diversas regiões conectadas entre si. Cada área é, de fato, responsável por uma ou mais atividades elementares, que contribuem de modo específico para um função particular.
Há, portanto, uma intercomunicação entre os diversos "departamentos" do cérebro. Trata-se de um espécie de fábrica, com setores encarregados de funções específicas, mas interdependentes. Um atraso na linha de montagem final de geladeiras pode não ser provocado por um problema com as máquinas ou operários do setor. Pode, na verdade, ter como causa uma falha na área encarregada de abastecer a linha de produção com as portinholas do congelador.



Capítulo XIV
Um passeio guiado pela cidade cerebral

O cérebro humano é uma enorme megalópole eletrificada, em funcionamento 24 horas por dia, residência de bilhões de diferentes "etnias" de neurônios. Nessa grande urbe, cada um tem sua "profissão". Visto como indivíduo, um neurônio pode parecer pouco importante. Se concebido como parte de uma fantástica teia de trabalho e produção, no entanto, consistem em uma das mais perfeitas e misteriosas criações da natureza. É solidário e dado a um certo tipo de socialismo: costuma repassar aos irmãos tudo o que recebe, em organizados processos de troca e interação.
Emocionalmente, é um camarada desinibido e afetuoso. Toca a parceira com seus longos axônios (braços de comunicação) e promove processos eletroquímicos extremamente sensuais nas sinapses. Adoram a vida em família. No córtex cerebral, convivem pacificamente em clãs, como os estrelados e os piramidais. Quando o neurônio "pensa" - em um exercício de metalinguagem - tem clara sua missão de movimentar o complexo mecanismo que permite ao homem raciocinar, tomar decisões e se apaixonar.

A cidade cerebral tem cruzadas e entrelaçadas vias expressas, tem avenidas, ruas e becos. São feixes de nervos que permitem ao eventual visitante deslocar-se rapidamente por seus "bairros" e conhecer as modernas usinas processadoras de informações. O conjunto "urbano" é formado por quatro estruturas interligadas: a medula espinhal, a soma do tronco cerebral e do cerebelo, o diencéfalo e os hemisférios cerebrais.

A medula espinhal tem funções apenas indiretamente ligadas às atividades nervosas superiores. É como um município autônomo, porta de entrada para o interior do "país", o corpo humano. O tronco cerebral (bulbo, ponte e mesencéfalo) é o pólo fabril dedicado a exercer efeito modulador sobre os neurônios corticais. Humor e concentração, por exemplo, dependem dessa função. O cerebelo é um núcleo dedicado a múltiplas atividades, entre elas o equilíbrio e a coordenação.

O diencéfalo é um importante centro coordenador de funções, formado pelo tálamo e o hipotálamo. O primeiro consiste em uma massa cinzenta que processa a maior parte das informações destinadas aos hemisférios cerebrais. É uma grande estação de elaboração dos sentidos. O hipotálamo mistura as funções de um posto de gasolina e de um complexo CPD. Regula a função de abastecimento do sistema endócrino e processa inúmeras informações necessárias à constância do meio-interno corporal. Coordena, por exemplo, a pressão arterial, a sensação de fome e o desejo sexual.

O hipocampo é um grande banco de dados. Nele, milhares de "neurônios" bibliotecários armazenam registros de fatos e eventos. As informações ali guardadas servem para regular a atividade de várias outras áreas do cérebro. A região conhecida como amígdala também trabalha na seleção de dados e ainda dispara sinais de alerta quando reconhece um perigo ou situação de ameaça.

Na grande cidade do pensamento, os hemisférios cerebrais são o que há de mais moderno. Todo neurônio gostaria de trabalhar ali. Seja nos gânglios basais, na substância branca ou no córtex cerebral. São essas centrais que comandam as atividades mais evoluídas do cérebro e distingüem o homem dos outros animais. O hemisfério esquerdo controla o lado direito do corpo, enquanto o hemisfério direito controla o lado esquerdo.

De muitas formas, cada hemisfério é um espelho do outro, mas há especializações no trabalho. Em muitos indivíduos, as principais áreas que controlam o desenvolvimento e uso da linguagem estão do lado esquerdo. Ao mesmo tempo em que o hemisfério direito concentra áreas dedicadas ao processamento da visão tridimensional.

O córtex ocupa o andar mais alto dos "prédios"dos hemisférios. São uma capa de substância cinzenta de 0,3 centímetros de espessura. Seus sulcos e fissuras definem as regiões do lobo frontal, temporal, parietal e occipital. O lobo frontal é um lugar para trabalhadores altamente especializados, cultos e íntegros. Concentra-se ali uma enorme variedade de importantes funções, incluindo o controle de movimentos e de comportamentos necessários à vida social humana, como a compreensão dos padrões éticos e morais e a capacidade de prever as consequências de uma atitude.

O lobo parietal recebe e processa informações dos sentidos, enviadas pelo lado oposto do corpo. O lobo temporal é um moderno estúdio que acolhe desde grandes orquestras até grupos de Axé Music: está permanentemente envolvido em processos ligados a audição e memorização. O lobo occipital é uma espécie de central cinematográfica, o centro que analisa as informações captadas pelos olhos e as interpreta mediante um intrincado processo de comparação, seleção e integração.

Na superfície medial do hemisfério cerebral, encontra-se o corpo caloso, um feixe de 200 milhões de fibras nervosas que une os dois hemisférios. Uma espécie de ponte entre os dois arranha-céus da mente. Mesmo apresentando regiões extremamente especializadas, uma boa área do córtex não é utilizada em funções sensórias ou motoras, atuando em complicadas atividades mentais. É uma área secreta, de segurança, onde não são permitidas visitas públicas.



Capítulo XV
A inútil palavra

Como bom cientista, o professor Izquierdo gosta de desconfiar. Na mira, especialmente os testes para medição de coeficiente intelectual. Na verdade, o professor identifica o cérebro como uma enorme área de matas intocadas, onde ainda se escondem pequenas usinas de processamento de informações. O funcionamento desses sistemas constitui-se em um enigma incapaz de ser decifrado pela trilha dos questionários. Izquierdo afirma que a palavra inteligência talvez já não seja útil, por não designar nenhuma função ou capacidade específica do cérebro. As habilidades de cada um seriam o imprevisível resultado do cruzamento de características hereditárias e de todos os fatores culturais e ambientais.
Estado: Em sua opinião, quais foram, nos últimos anos, os maiores avanços no estudo do cérebro?
Izquierdo: Posso dizer que são vários. Em primeiro lugar, a descoberta da estrutura e função da maioria dos receptores sinápticos importantes. Em segundo, o conhecimento detalhado da função sináptica, inclusive das alterações causadas pela experiência.
Em seguida, o conhecimento funcional de várias vias nervosas importantes, principalmente as das percepções. Temos de destacar também a determinação de genes ligados a várias funções fisiológicas e em diferentes estados patológicos. Há também o desenvolvimento de várias drogas úteis e com poucos efeitos secundários para o tratamento de depressão, ansiedade, esquizofrenia e várias formas de epilepsia.
Ainda temos de sublinhar o desenvolvimento, em psiquiatria e neurologia, de métodos de diagnóstico precisos para a localização de lesões ou disfunções cerebrais. Em nosso campo, demonstrou-se que existem vários tipos de memória, cada um com mecanismos neurais próprios.

Estado: Quais foram, nos últimos anos, os grandes avanços nas pesquisas sobre a inteligência humana e as habilidades específicas?
Izquierdo: Houve poucos avanços reais nesse campo. Acontece que, na verdade, é bem possível que a palavra inteligência já não seja mais útil: não designa nenhuma função ou capacidade específica do cérebro. O termo abrange um conjunto difuso de funções cognitivas, que incluem percepção, memória e várias outras. Essa expressão omite o condicionamento por fatores ambientais, culturais e emocionais.

Estado: Afirma-se hoje que a "inteligência emocional" é fator fundamental na avaliação de capacidades e habilidades humanas. Testes de aptidão são utilizados por escolas e empresas, em adição aos exames que verificam habilidades lógico-matemáticas. Pode-se acreditar na criação de um teste confiável, que de fato avalie as potencialidades do indivíduo?
Izquierdo - O termo inteligência emocional é pior ainda que o termo inteligência. Implica na adjetivação de um substantivo cujo significado não conhecemos. Os pesquisadores sérios nessa área não usam essa expressão. Ela provém do título de um "best seller" que é divertido e às vezes interessante de ler, mas não é um livro científico e está cheio de conjecturas e suposições apresentadas como se fossem coisas demonstradas.
O que sim é importante, motivo de estudo e objeto de diversas formas de avaliação, é a participação das emoções na cognição, na memória ou no desempenho de uma forma geral. Há vários testes para medir isso, cujos resultados se expressam, às vezes, em termos de "coeficiente emocional".
Esse coeficiente fornece uma melhor estimativa de desempenho futuro que o famigerado Q.I.. De pouco adianta contratar, numa empresa ou num time de futebol, um grande especialista em determinada área se a pessoa é agressiva e pouco sociável.

Estado: Herança genética ou educação. O que define a mente humana em termos de desempenho?
Izquierdo: Tanto a herança genética quanto a educação são importantes para o comportamento humano. É impossível saber em que proporção ambas influem na mente humana ou no desempenho. Deve variar muito de pessoa para pessoa. Veja o caso de Stephen Hanking, com mente 100 e desempenho zero. Ou o de Garrincha, quase o oposto. Em ambos os casos, tudo depende do que queiramos chamar mente e do que queiramos chamar desempenho.

As Máquinas Radiônicas
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Por José Roberto Abrahão
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As Máquinas Radiônicas são de um tipo de sintonizadores de freqüências (freqüências das ondas biológicas) , para a recepção (detecção) e transmissão (emissão) a distância, isto é, sem um contato físico com o sujeito passivo (paciente).
Desta forma, detectam vibrações (ondas) biológicas, e emitem ondas (vibrações) identicamente biológicas, portanto, permitindo um diagnóstico e posterior terapia, tudo a distância, mediante apenas uma "amostra" (no sentido radiestésico do termo) do paciente ( foto, cabelo, sangue, saliva, assinatura, digital, aparas de unha, etc.).

As Máquinas Radiônicas são, em sua aparência, caixas com montagens eletro-eletrônico (e, em alguns casos, eletro-mecânicas também) dentro, com diversos botões de sintonia e chaves de seleções, uma placa de fricção para o uso do praticante, e um (ou mais) poço, aonde se introduz o testemunho do paciente.
As Máquinas Radiônicas foram batizadas, nos países de língua inglesa, de "Black Box" (caixa preta) , pois no início deste século, eram montadas em caixas de madeira forradas de couro granulado preto, e no painel superior onde eram montados os controles era de material isolante também preto (ebonite) .
A Radiônica é uma forma de magia cerimonial, opinião compartilhada por inúmeros praticantes de Radiônica.

A Máquina Radiônica ( também chamada "Sintonizador Biológico" ou "Sintonizador Radiônico" ) é apenas uma "forma pensamento solidificada" e as " frequências/ índices" utilizados na Radiônica são apenas um acordo com a egrégora em questão ( o conjunto de índices é a parte intelectualmente inteligível da egrégora da Máquina Radiônica que se utiliza) . Com essa definição, muitos praticantes de radiônica concordam, mas alguns discordam de forma inflamada.
Com uma coisa, porém, todos concordam: - quanto maior o número de praticantes de um sistema particular, melhor o dito sistema funcionará para todos.
Os radionicistas Marty Mart in e Peter A. Lindermann, em 1978, no estado do Havaí (USA) , concluíram, após muitas pesquisas, qual o mecanismo operacional da radiônica.

Quando, por qualquer razão a função do RNA num organismo está inibida, os tratamentos radiônicos tornam-se quase que totalmente ineficientes.
Mas, quando o RNA é estimulado por um tratamento específico para o mesmo RNA, então todos os outros tratamentos radiônicos tornam-se eficientes. Com a repetição deste fenômeno inúmeras vezes, os dois pesquisadores chegaram a uma conclusão - todos os remédios são elaborados no corpo pelo DNA!

O sistema radiônico da terapia, é apenas uma forma de conversar com o DNA.
Se o DNA não conseguir enviar sua mensagem às células através do RNA, o tratamento parece não funcionar. Isto talvez auxilie os praticantes da radiônica a obter resultados mais consistentes.

- QUE TIPO DE FENÔMENO PERMITE A EMISSÃO A DISTÂNCIA:

A) - Pulsos eletro-magnéticos;
B) - Luz polarizada;
C) - Ondas de forma;
D) - Relação espacial.

Portanto, um equipamento radiônico precisa enquadrar seu sistema de emissão de energia num dos quatro acima; caso contrário, teremos um equipamento psicotrônico, e não radiônico.

Isto é, teremos um equipamento que só emitirá enquanto o operador estiver concentrado no aparelho, bem como na qualidade da energia desejada e no paciente.

Basta que o operador "vire-se de costas" para a "operação" que a mesma cessará, isto é, a máquina deixará de emitir.

Nas Máquinas Radiônicas a emissão é autônoma e independe da vontade ou atenção do operador.

Assim, ao se projetar um equipamento Radiônico, deve-se levar em conta esses parâmetros, pois são a única forma de emitir qualquer tipo de energia a distância, seja a energia de números, sigilos, desenhos influentes, cores, remédios, substâncias esotéricas, ou de qualquer outra "coisa".

Outras formas quaisquer de emitir dependerão da força da mente do sujeito ativo do experimento (o Mago/ Emissor) , ou de alguma Entidade.

O Planeta Invasor
A..

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Por: Marcia Villas-Boas
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Foi a Voyager que despertou nossa atenção para a importância das colisões, declarou o cientista Edward Stone, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, chefe do Programa Voyager. Os choques cósmicos foram os potentes escultores do sistema solar. Mas os sumérios já haviam esclarecido esse fato há 6 mil anos. O ponto central de sua cosmogonia, visão de mundo e religião, foi o cataclismo, chamado de Batalha Celeste e o texto mais completo que chegou até nós trata da formação do sistema solar antes da batalha celeste e explica enigmas que ainda preocupam nossos astrônomos e astrofísicos. E o que é mais importante: sempre que os cientistas chegam a uma resposta satisfatória, ela se adapta à realidade suméria e a corrobora. Num estudo feito nos planetas do nossos sistema, a probabilidade de uma colisão celeste surgiu como a única resposta plausível. As luas de Urano, bem como sua posição, levaram os cientistas da NASA à conclusão de que uma colisão com algo do tamanho da terra, viajando a mais de 60 mil quilômetros por hora, poderia ter causado isso, declararam, sugerindo que provavelmente isso aconteceu há cerca de 4 milhões de anos.

Os sumérios falam de um único acontecimento global e seus textos são mais esclarecedores do que os astrônomos modernos, quando tentam explicar os planetas exteriores. Os documentos antigos também explicam assuntos mais próximos de nós, como a origem da terra e da Lua, do Cinturão de Asteróides e dos cometas.



Os textos suméricos relatam que tudo começou quando o sistema solar ainda era jovem. O Sol e Tiamat foram os primeiros membros do sistema solar, que gradualmente foi se expandindo com o nascimento de mais três pares planetários, os planetas que chamamos de Vênus, Marte e Mercúrio e depois o par de gigantes Júpiter e Saturno e, além de Tiamat, Urano e Netuno mais afastados ainda. Nesse sistema solar inicial, ainda instável logo após a formação (tempo calculado em cerca de 4 milhões de anos), surgiu um invasor. Os sumérios o chamavam de Nibiru; os babilônios o rebatizaram de Marduk em homenagem ao seu deus nacional. Ele surgiu do espaço exterior, mas ao aproximar-se dos planetas exteriores do sistema solar, começou a ser atraído para dentro dele.

O primeiro planeta a atrair Nibiru/Marduk com sua força gravitacional foi Netuno. Faíscas e raios foram arremessados por ele quando passou por Netuno e Urano. Pode ter chegado com seus próprios satélites orbitando a sua volta ou adquiriu alguns pela força gravitacional dos planetas exteriores. Os textos antigos falam de seus membros perfeitos... difíceis de distinguir. Quando passou próximo de Netuno, um lado de Nibiru/Marduk se soltou e tudo leva a crer que se transformou em Tritão, lua de Netuno. Um aspecto que reforça essa possibilidade é que Nibiru/Marduk entrou no sistema solar numa órbita retrógrada (no sentido horário) ao contrário do movimento dos outros planetas. Apenas esse detalhe sumério de que o planeta invasor tinha um movimento orbital contrário aos dos outros planetas pode explicar o movimento retrógrado de Tritão, as órbitas muito elípticas dos outros satélites e cometas.

Outros satélites foram criados quando Nibiru/Marduk passou por Urano havendo, nos textos sumérios, uma clara referência à formação das quatro luas principais de Urano, que aconteceu durante a colisão que inclinou esse planeta. Ao mesmo tempo, numa passagem posterior do texto, é dito que Nibiru/Marduk ganhou mais três satélites como resultado desse encontro.



Passando por Netuno e Urano, Nibiru/Marduk penetrou ainda mais no sistema solar e alcançou a imensa força gravitacional de Saturno, que mudou para sempre a órbita de Nibiru/Marduk. Foi também quando Plutão (que era satélite de Saturno) foi afastado em direção a Marte e Vênus, fazendo uma vasta órbita elíptica e retornando para os confins do sistema solar.

O novo trajeto orbital de Nibiru/Marduk estava irrevogavelmente traçado na direção do planeta Tiamat. Apesar de estarem em processo de colisão, Tiamat orbitando em sentido anti-horário e Nibiru/Marduk em sentido horário, os dois planetas não colidiram – fato de importância astronônica fundamental. Foram os satélites de Nibiru/Marduk que golpearam Tiamat e colidiram com seus satélites. Desta colisão, Tiamat fendeu-se em grandes rachaduras e seu satélite principal, Kingu, perdeu sua órbita independente. Nibiru/Marduk continuou seguindo seu novo destino, em volta do Sol e, em seu retorno, novamente voltou a Tiamat.



Com isso, o ato de criação dos céus atingiu seu estágio final e iniciou-se a criação da Terra e sua Lua. Primeiro, os novos impactos partiram completamente Tiamat ao meio. A parte superior foi golpeada por um dos satélites de Nibiru/Marduk que a levou, junto com Kingu, a locais antes desconhecidos- a uma órbita inteiramente nova onde antes não havia nenhum planeta. A Terra e a Lua estavam criadas. A outra metade de Tiamat partiu-se com os impactos em pequenos pedaços, formando o Cinturão de Asteróides.

Depois disso, Nibiru/Marduk cruzou os céus e avaliou as regiões e, segundo o texto antigo, também deu a Plutão seu destino final, designando-lhe um lugar oculto – uma parte ainda desconhecida do céu. Era além da posição de Netuno; pelo que dizem, era no abismo- distante no espaço. Desse modo, Plutão foi localizado na órbita que hoje ocupa.
Diz o texto que, ao construir as estações para os planetas, Nibiru fez para si duas moradas. Uma ficava no Firmamento (como também é chamado o Cinturão de Asteróides nos textos antigos) e a outra distante, no abismo, que era chamada a grande morada. Os astrônomos modernos chamam essas duas posições planetárias de perigeu – o ponto orbital mais próximo do Sol – e apogeu – o ponto mais distante. Assim chegou o Invasor do espaço exterior – Nibiru/Marduk - para se transformar em mais um membro do Sistema Solar, com uma órbita que leva 3600 anos para se completar.

Larvas Astrais e Vibriões Psíquicos.
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Por: Maísa Intelisano
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Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, vibrião é a designação comum às bactérias móveis em forma de bastonetes. E larva vem do latim larvae que significa máscara, boneco, espantalho, demônio, espectro que se apodera das pessoas. Entre os antigos romanos, a palavra larva designava o espectro ou fantasma de pessoa que teve morte violenta ou de criminoso, que se supunha vagar entre os vivos para atormentá-los.
Já em zoologia, passou a designar o estágio imaturo, pós-embrionário, de um animal, quando este difere sensivelmente do adulto, como os insetos, por exemplo, porque, neste estágio, o animal estaria "mascarado", disfarçado. Como vemos, portanto, são também chamadas vibriões astrais, as larvas mentais, larvas espirituais, larvas fluídicas, larvas energéticas, vermes astrais, vibriões mentais, bacilos psíquicos, larvas psíquicas, etc.

Como vemos, portanto, larvas astrais ou vibriões psíquicos são formas-pensamento semelhantes a micróbios físicos, criados pela viciação mental e/ou emocional da consciência, em atitudes, pensamentos e sentimentos desequilibrados. Vejamos algumas descrições de André Luiz no capítulo 3 do livro Missionários da Luz, ao examinar mais de perto alguns candidatos ao desenvolvimento mediúnico:

"Fiquei estupefato. As glândulas geradoras emitiam fraquíssima luminosidade que parecia abafada por aluviões de corpúsculos negros, a se caracterizarem por espantosa mobilidade. Começavam a movimentação sob a bexiga urinária e vibraram ao longo de todo o cordão espermático, formando colônias compactas nas vesículas seminais, na próstata, nas mucosas uretrais, invadiam os canais seminíferos e lutavam com as células sexuais, aniquilando-as. As mais vigorosas daquelas feras microscópicas situavam-se no epidídimo, onde absorviam, famélicas, os embriões delicados da vida orgânica. Estava assombrado. ... Seriam expressões mal conhecidas da sífilis?"

Ao que o instrutor Alexandre responde: "- Não, André. Não temos sob os olhos o espiroqueta de Schaudinn, nem qualquer nova forma suscetível de análise material por bacteriologistas humanos. São bacilos psíquicos da tortura sexual, produzidos pela sede febril de prazeres inferiores. O dicionário médico do mundo não os conhece e, na ausência de terminologia adequada aos seus conhecimentos, chamemos-lhes larvas, simplesmente. Têm sido cultivados por este companheiro, não só pela incontinência no domínio das emoções próprias, através de experiências sexuais variadas, senão também pelo contato com entidades grosseiras que se afinam com as predileções dele, entidades que o visitam com freqüência, à maneira de imperceptíveis vampiros."

Observando outro candidato habituado a ingerir álcool em excesso, André Luiz nos dá a seguinte descrição: "Espantava-me o fígado enorme. Pequeninas figuras horripilantes postavam-se, vorazes, ao longo da veia porta, lutando desesperadamente com os elementos sangüíneos mais novos. Toda a estrutura do órgão se mantinha alterada."

Ainda no mesmo capítulo ele examina também uma mulher com distúrbios alimentares e diz: "Em grande zona do ventre superlotado de alimentação, viam-se muitos parasitos conhecidos mas, além deles, divisava outros corpúsculos semelhantes a lesmas voracíssimas que se agrupavam em grandes colônias, desde os músculos e as fibras do estômago até a válvula ileocecal. Semelhantes parasitos atacavam os sucos nutritivos com assombroso potencial de destruição."

Para entender como surgem as larvas astrais vamos continuar com o que diz o instrutor Alexandre a André Luiz, no capítulo 4 do livro Missionários da Luz: "Você não ignora que, no círculo das enfermidades terrestres, cada espécie de micróbio tem o seu ambiente preferido. ... Acredita você que semelhantes formações microscópicas se circunscrevem à carne transitória? Não sabe que o macrocosmo está repleto de surpresas em suas formas variadas? No campo infinitesimal, as revelações obedecem à mesma ordem surpreendente. André, meu amigo, as doenças psíquicas são muito mais deploráveis. A patogênese da alma está dividida em quadros dolorosos. A cólera, a intemperança, os desvarios do sexo, as viciações de vários matizes, formam criações inferiores que afetam profundamente a vida íntima. Quase sempre o corpo doente assinala a mente enfermiça. A organização fisiológica, segundo conhecemos no campo das cogitações terrestres, não vai além do vaso de barro, dentro do molde preexistente do corpo espiritual. Atingido o molde em sua estrutura pelos golpes das vibrações inferiores, o vaso refletirá imediatamente."

Ainda no mesmo capítulo, Alexandre continua: "Primeiramente a semeadura, depois a colheita; ... Não tenha dúvida. Nas moléstias da alma, como nas enfermidades do corpo físico, antes da afecção existe o ambiente. As ações produzem efeitos, os sentimentos geram criações, os pensamentos dão origem a formas e conseqüências de infinitas expressões. E, em virtude de cada Espírito representar um universo por si, cada um de nós é responsável pela emissão das forças que lança em circulação nas coerentes da vida. A cólera, a desesperação, o ódio e o vício oferecem campo a perigosos germens psíquicos na esfera da alma. E, qual acontece no terreno das enfermidades do corpo, o contágio aqui é fato consumado, desde que a imprevidência ou a necessidade de luta estabeleça ambiente propício, entre companheiros do mesmo nível. ... Cada viciação particular da personalidade produz as formas sombrias que lhe são conseqüentes, e estas, como as plantas inferiores que se alastram no solo, por relaxamento do responsável, são extensivas às regiões próximas, onde não prevalece o espírito de vigilância e defesa."

Como vemos, as larvas astrais surgem dos excessos e desequilíbrios físicos, emocionais e espirituais de toda sorte, pela repetição contínua de uma mesma conduta, física e/ ou mental, o que causa o acúmulo de energias mais densas em determinadas regiões do organismo, as quais se organizam na forma de colônias de microorganismos astrais.

As conseqüências são as mais variadas, podendo ir desde problemas físicos, graves ou não, até perturbações espirituais que, se não combatidas a tempo, podem se transformar em sérios distúrbios psíquicos, acarretando sérias complicações para o encarnado, nesta vida e nas próximas. Larvas astrais são bastante "aderentes" e se multiplicam com muita facilidade, bastando, para isso, que se lhes ofereçam as mínimas condições mentais e energéticas.

Dependendo da extensão do problema, serão necessárias muitas aplicações energéticas para limpeza, desinfecção e re-harmonização da região afetada, o que pode exigir a atuação de vários aplicadores, em várias sessões, para que estas colônias sejam enfraquecidas e não possam mais se expandir, vindo a desaparecer. Mas, como em qualquer tratamento físico, a colaboração do "paciente" é imprescindível, uma vez que estas larvas são criadas e alimentadas pelas energias geradas pelos seus próprios pensamentos e sentimentos. Assim, além das aplicações energéticas, é necessário que se oriente e conscientize a pessoa sobre como e porque mudar os seus hábitos mentais e as suas atitudes, garantindo que ela mesma não mais oferecerá condições para que estas larvas se instalem e espalhem.

Se larvas astrais são criações mentais, geradas a partir de pensamentos e sentimentos desequilibrados, a prevenção se faz, também aqui, pelo equilíbrio e o controle do que pensamos e sentimos. Não há outro meio. Como já dito muitas vezes, sintonia é a "alma" do universo. Tudo funciona segundo as suas leis e só viveremos com aquilo que nós mesmos criarmos ou atrairmos a partir do que geramos dentro de nós.

Ovóides

Parasitas ovóides são, como diz o Dr. Ricardo Di Bernardi, "espíritos humanos que, pela manutenção de uma idéia fixa e doentia (monoideísmo), acabam estabelecendo uma vibração de baixa freqüência e comprimento de onda longo que, com o passar do tempo, produz uma deformação progressiva no seu CORPO ESPIRITUAL."

Ovóides são, portanto, espíritos em estado de perturbação tão profundo que perderam a consciência de sua natureza humana, perdendo também a forma humana de seu PERISPÍRITO.

Portanto, não perdem o perispírito, não se manifestam apenas em corpo mental, mas estão com o perispírito ou corpo espiritual ou psicossoma tão deformado que este não tem mais a forma humana, apenas uma forma ovalada.

Di Bernardi diz ainda que "trata-se de um monoideísmo auto-hipnotizante. Ele vibra de forma contínua e constante, de maneira desequilibrada, gerando uma energia que gira sempre de maneira igual e repetida pelo mesmo pensamento desequilibrado. Ao vibrar repetidamente na mesma freqüência e em desequilíbrio com a Lei Cósmica Universal, gera este circuito arredondado que o vai deformando e tornando-o ovóide."

Assim, a insistência do espírito em, por auto-hipnose, reviver pensamentos e sentimentos negativos, geralmente de apego, remorso e vingança, faz com que perca a noção de tempo e espaço, fazendo com que se deforme, aos poucos, atrofiando, por falta de função, os órgãos do psicossoma, assumindo a forma do círculo vicioso em que vive mentalmente.

Quando uma pessoa entra em estado vegetativo com o seu corpo físico, não tem mais a capacidade de se manifestar com ele, mas não o perde, o corpo continua vivo, embora inerte. No caso do ovóide e do psicossoma é a mesma coisa. Por isso, não podemos falar em segunda morte, como querem alguns, assim como o estado vegetativo do corpo físico ainda não é a primeira morte, embora possa estar em vias de ser. Ou seja, o perispírito entra numa espécie de estado vegetativo, mas não se desintegra ou desaparece. O ovóide não o perde. É justamente o perispírito, aliás, que fica ovalado.

Ainda segundo Di Bernardi, este processo de "ovoidização" ocorre porque o "psicossoma também é composto de moléculas, tal como o corpo físico. Por analogia, imaginemos as moléculas do corpo astral como as moléculas dos gases: elas são maleáveis e se modificam ao sabor da pressão, da temperatura e até do recipiente que as contém. As moléculas do perispírito são moldáveis pelo pensamento e pelo sentimento; tomam formas de acordo com a vibração do espírito. Assim, se tornam brilhantes, opacas, densas ou leves."

Quando esses ovóides se ligam a uma consciência, encarnada ou desencarnada, em especial, fica caracterizado, então, o processo obsessivo por parasita ovóide. Neste caso, a massa fluídica em que se transformou o perispírito do desencarnado, envolve sutilmente o seu alvo e, depois, liga-se ou cola-se ao seu corpo, físico ou astral, distorcendo-lhe idéias, pensamentos, opiniões e atitudes. O ovóide só é incapaz de manipular energias, locomover-se e interagir CONSCIENTEMENTE, de livre e espontânea vontade, mas pode fazê-lo no automático, pelo instinto, atraído pela sintonia. E para isso, precisa do psicossoma, ainda que em estado precário, assim como mantemos funções básicas automáticas como respirar, urinar e defecar, mesmo em estado vegetativo do corpo físico.

O ovóide pode chegar à aura de alguém somente pela atração que essa pessoa exerce sobre ele. Nada mais é necessário como ponte. Basta a sintonia entre os dois. Como ímãs. Além da influência psicológica, os parasitas ovóides agem também drenando energias do obsidiado, podendo levá-lo até ao desencarne, caso seja encarnado.

É importante notar, no entanto, que como em qualquer processo obsessivo a ligação do parasita ovóide com a sua "vítima" nunca acontece sem a anuência ou permissão da própria vítima, ainda que inconsciente, pelo hábito de cultivar pensamentos de remorso, ódio, egoísmo, desejo de vingança, apego excessivo a coisas e pessoas, etc.

Os ovóides também podem ser hipnotizados por outras consciências e não só auto-hipnotizados, infelizmente. Existem espíritos que têm profundos conhecimentos de hipnose e usam esse conhecimento para manipular a mente de outros desencarnados, transformando-os em ovóides e alojando-os na aura ou no perispírito de encarnados que querem prejudicar. Isso, infelizmente, é mais comum do que se pensa.

As citações do Dr. Di Bernardi podem ser encontradas no site A Jornada e mais sobre ovóides pode ser lido nos seguintes livros de André Luiz:
- Nosso Lar, capítulo 31;
- Evolução em Dois Mundos, Parte I, capítulo 14

Quanto aos ovóides que alguns chamam de benéficos, creio que não poderíamos chama-los "ovóides", pois não são espíritos que estejam sofrendo de monoideísmo mas, aí sim, provavelmente, espíritos num grau tal de evolução e luz que se manifestam sem o perispírito, exclusivamente com seu corpo mental, o qual não tem forma humana e se apresenta para nós, que estamos limitados pela percepção tridimensional, como bolas de luz, dando a impressão de que seriam ovóides luminosos.

Nesse caso, eles não estão confinados a um círculo vicioso por terem se auto-hipnotizado numa única idéia. É justamente o contrário. Eles expandiram tanto os seus horizontes espirituais que prescindem da forma humana e do perispírito para se manifestarem e se apresentam apenas em seu corpo mental.

Os OVNIs de Vórtice


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Uma água-viva gigante flutuando no ar?
As especulações de ufólogos em torno desta fotografia são praticamente tão fantásticas. Mas a verdade pode ser ainda mais. O caso se deu em uma gelada manhã de domingo em 17 de novembro de 1974, quando o senhor Laursen saiu para caminhar com seu cachorro perto do lago Nørre Sø em Viborg, Dinamarca. Ele gostava de observar pássaros perto do lago, para o que havia levado sua câmera fotográfica colorida de 35 mm. Repentinamente viu um enorme objeto no ar, pegou sua câmera e logo conseguiu tirar uma foto.

Olhou então ao redor procurando por outras pessoas que pudessem corroborar o incrível objeto que havia fotografado, mas não encontrou ninguém. Quando virou sua face de volta o objeto voador já havia desaparecido. A imagem capturada no filme Kodacolor, no entanto, já iria constituir uma das mais curiosas evidências físicas de OVNIs. Em 1979 o caso foi divulgado na revista UFO-Kontakt, onde uma análise pelo major húngaro reformado Colman VonKevieczky declarava que o objeto era uma "típica" nave extraterrestre discóide envolta em névoa.

Diversas outras publicações ufológicas pelo mundo ainda iriam afirmar ao longo dos anos que seria o flagrante de um disco voador se camuflando como uma insuspeita nuvem. Talvez porque existiriam "importantes bases da OTAN" na área. E este não seria o primeiro caso do gênero.

Fort Belvoir, EUA, 1957. O soldado "X" (de identidade preservada) estava em um prédio na seção de engenharia do Fort Belvoir, base militar em Virgínia, também no período da manhã. Alguém do lado de fora chamou as pessoas para observar um curioso objeto no ar. O soldado X e várias outras testemunhas saíram a tempo de ver um objeto negro em forma de anel se aproximando ao norte. Ele se apressou para o carro onde pegou sua câmera Brownie 127, com a qual conseguiu tirar uma notável série de seis fotografias em preto e branco. Entre a segunda e a terceira, o OVNI negro começou a ser cercado por uma fumaça branca, que acabou por envolvê-lo completamente ao final da série de fotos. Em 1967 as fotos foram finalmente divulgadas em uma revista popular, que apresentava o OVNI em formato de anel como um completo mistério. Seria outro disco voador flagrado camuflando-se como uma nuvem?

De fato, ambos os casos foram solucionados. E, antes de mais nada, não envolvem qualquer fraude.





Simulação de bomba atômica

Em resposta à divulgação das fotos do OVNI em Fort Belvoir, um estudante da Universidade de Wisconsin relatou ter presenciado nuvens de fumaça fruto de explosões que seriam iguais ao OVNI negro em formato de anel. A inusitada explicação não foi levada a sério pelos investigadores da Força Aérea. Eles a consideraram melhor quando o sargento-major A.M. Wagner do Fort Belvoir prontamente identificou as fotos, sem que ninguém lhe sugerisse, como nuvens de fumaça produzidas por "demonstrações de simulações de bomba atômica" que eram realizadas com freqüência para oficiais e cadetes visitantes.

Tais simulações de explosões atômicas produziam o cogumelo de fumaça característico e eram realizadas dispondo gasolina, diesel, TNT e fósforo branco em um círculo e detonando-os. A bola de fogo resultante subia em um formato de cogumelo, sendo o topo um anel de vórtice de fumaça estável – como todo 'cogumelo de fumaça' – que dependendo das condições da explosão e do tempo podia continuar subindo estável como um anel de fumaça negro e coeso, separando-se da coluna de fumaça abaixo.



Neste caso, com o tempo o fósforo produziria uma fumaça branca que acabaria envolvendo o anel de fumaça negra produzida pela explosão do diesel, precisamente como registrado nas fotografias do soldado X. Wagner também mostrou um mapa da base, indicando o local onde tais explosões eram realizadas, e ficava claro que o OVNI fotografado pelo soldado X poderia ter partido do local.

O relatório oficial da Força Aérea americana sobre OVNIs, o 'relatório Condon', concluiu que o anel negro se 'camuflando' em nuvem no Fort Belvoir era assim apenas um anel de fumaça, produzido por simulações de explosões atômicas. Seriam basicamente iguais aos singelos anéis de fumaça que fumantes podem criar no ar por diversão – que por acaso também são anéis de vórtice, guardadas as devidas proporções.



Anéis de vórtice

Se anéis de fumaça resultado de 'simulações de bombas atômicas' não parecem uma explicação muito convincente ao OVNI de Fort Belvoir, cabe notar que tais 'simulações' – ou mesmo fumantes – não são a única forma pela qual anéis de vórtice estáveis podem se formar. Em uma outra foto acima você confere um pequeno anel de fumaça produzido pelo disparo de um canhão, e mais relevante, abaixo pode ver duas imagens de um anel de fumaça produzido pela explosão de bombas em um show aéreo realizado em 2002 na cidade de Brownsville, EUA. A semelhança com o OVNI do Fort Belvoir é clara.



Tampouco anéis de fumaça são exclusivamente artificiais. Uma fonte particularmente abundante de anéis de vórtice enormes e quase perfeitos é o monte Etna, na Itália, um dos vulcões mais ativos do mundo. Seus canais secundários expelem fumaça, que por vezes assumem justamente a configuração de anéis de vórtice. A visão lembra auréolas angelicais, mas é outra vez 'apenas' fumaça.






Naturalmente, não é realmente 'apenas' fumaça. É um vórtice toroidal (em forma de 'donut') de fumaça. A fumaça está girando em torno de si mesma em um anel, o que gera diferenças de pressão internas garantindo coesão. A física por trás dos vórtices toróides é em verdade muito complexa, porém mesmo sem entendê-la qualquer pessoa que tenha visto anéis de fumaça produzidos por fumantes pode notar que eles podem se manter no ar por muito mais tempo do que se esperaria de 'simples' fumaça.



Vórtices toroidais também não são gerados apenas em explosões. Há brinquedos à venda capazes de disparar vórtices toroidais de fumaça perfumada com cheiro de cereja, nada perigosos. E, como se não fosse o bastante, um dos mais famosos outdoors do século XX, criado na época da segunda guerra mundial nos EUA para não consumir a energia elétrica racionada mas ainda assim chamar atenção, foi o de uma marca de cigarros que criava anéis de fumaça de um metro e meio de tamanho em plena esquina da Broadway com a 44th Street, em Nova Iorque.


Viborg

E voltamos assim à fotografia que inicia este artigo. Não parece tanto um anel, poderia assim ser explicado como um vórtice toroidal? Em 1993, o artista Ned Kahn, que inclui entre suas criações interativas um mini-tornado de 3 metros de altura no World Financial Center em Nova Iorque, criou a obra "Anéis de Nuvem", que você pode conferir ao lado. Pressionando um tambor, uma nuvem de fumaça de formato inusitado sai do orifício central. Uma rápida olhada na nuvem deve provocar um imediato dejá vù.

O anel de nuvem de Kahn também é um vórtice toroidal estável subindo lentamente pelo ar, e tanto em sua forma discóide superior como nas formas mais soltas abaixo é uma reprodução exata do OVNI fotografado em Viborg naquela gelada manhã de 1974, salvo as devidas proporções. Resta apenas saber de onde veio o vórtice de fumaça dinamarquês.

Ole Henningsen, do grupo de investigação SUFOI (Scandinavian UFO Information), investigou o caso a fundo e, entrevistando a testemunha que tirou a fotografia, pôde determinar o local e a direção onde ela foi tomada. Descobriu que por pouco, a fotografia do homem de negócios não capturou a usina de aquecimento de Houlkærvænget que está logo abaixo, à direita de onde o OVNI-nuvem foi fotografado. A liberação dessas nuvens de fumaça características não seria incomum quando as caldeiras do centro de aquecimento eram limpas. A intrigante fotografia de Viborg está plenamente explicada, e tem realmente pouco a ver com bases da OTAN ou naves alienígenas se camuflando como nuvens.






Acima: Comparação entre o quadro completo da fotografia do OVNI de Viborg, com uma fotografia posterior tomada no mesmo local e direção, com um enquadramento mais amplo, pelo investigador Ole Henningsen. No canto inferior direito pode-se ver a usina de aquecimento da qual o OVNI de vórtice deve ter partido. A usina é retratada também na fotografia ao lado. Todas as três fotografias, © SUFOI Picture Library/www.ufo.dk

OVNIs de vórtice

Fort Belvoir e Viborg por sua vez não têm o monopólio sobre os OVNIs de vórtice, que são mais comuns do que se imagina. Já apresentamos os vórtices produzidos pelos canais secundários do monte Etna, em explosões, por brinquedos, em exposições de arte interativa e mesmo em anúncios publicitários, mas cabe listar rapidamente dois outros casos, que talvez agora possam ser mais facilmente entendidos.


Chile, 1997

Os espectadores de um show da Força Aérea do Chile em Pucón viram muito mais do que acrobacias do grupo "Los Halcones" na tarde do dia 28 de fevereiro. Um anel esbranquiçado pairando no ar surgiu e foi testemunhado por muitos e mesmo registrado em vídeo por um canal de TV local. Muito se disse sobre o OVNI. No entanto, Carlos Ruminot Núñez, controlador de tráfego aéreo e piloto privado, esclarece o caso ao investigador chileno Diego Zúñiga:
"Posso assegurar que o objeto avistado corresponde a um 'anel de vórtice', produzido pela compressão de uma coluna de fumaça devido à tração da hélice de um dos Extra 300 na apresentação acrobática. Esta coluna de fumaça, ao ser comprimida, explode até as margens, com pequenos "cogumelos", os quais se desprendem dela. Um deles, ao ser atravessado por uma "flecha de ar", forma um anel (vortex ring), cuja substância (fumaça), gira em torno de seu próprio eixo. Enquanto mantenha sua rotação, manterá a forma circular. O deslocamento e o tempo que mantém esta forma circular dependerão da direção e intensidade do vento."



EUA, 2003 – Durante a chuva veio o raio. E depois do raio, surgiu um anel negro de fumaça, que parecia um círculo quase perfeito no ar. Tudo ocorreu em 8 de julho, na cidade de San Antonio, Texas. Chuck Fehlis e Kimberly Montoya conseguiram capturar imagens do anel de fumaça, que gradual e lentamente se desfez no ar. Especialistas do National Weather Service pensaram inicialmente que o anel fotografado por Fehlis seria um efeito de halo, mas logo descobriram que era de fato um anel de vórtice. O relâmpago atingiu um transformador, que em sua explosão gerou ainda outro vórtice toroidal de fumaça.



Há muitos OVNIs de vórtice pelo mundo, que periodicamente continuam a levar ufólogos às mais selvagens especulações. A fascinante verdade é que nenhum destes OVNIs virou fumaça no ar. Sempre foram.

Universo Holográfico
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por Marcos Torrigo
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Comungo da idéia cada vez mais fortemente aceita entre os cientistas e também professada pelas grandes sabedorias ancestrais, de que o Universo se comporta como um gigantesco holograma, no qual cada uma de suas partes traz em si uma imagem do todo. Entendo assim que uma das melhores maneiras de explorá lo seja abraçar o caminho do auto-conhecimento.
Às vezes, em minhas reflexões, pergunto me diante do abismo: "Quem somos nós?" ou, "Qual o nosso papel neste mundo? Há um sentido maior em estarmos vivos?". Escuto apenas meu eco reverberando as respostas, a sinto como se entrasse num labirinto de espelhos. Nessas horas, ocorre me a frase do mago Aleister Crowley: "O Universo é um espelho"; e o que vemos é o nosso reflexo. O leitor pode aqui se perguntar: "Então nunca conhecerei a Verdade?". A mais sincera resposta é admitir socraticamente "não sei". Sabemos muito pouco acerca dos mistérios da vida. Gosto de dizer que "o Universo é imutável em suas mutações".

Como hologramas que somos do Universo, nós também vivemos em constante mutação a as nossas verdades sofrem o mesmo processo. Sempre percebemos o mundo através de nossa ótica; somos “editores do real”. Afinal, o mundo visto pelos meus olhos é diferente daquele percebido por um índio ou por uma abelha.

Muitas pessoas têm uma visão estática e a estas pode soar desalentador ou mesmo aterrador que a vida seja um eterno devir, um "vir a ser". Mas, basta aceitarmos esse fato e imediatamente a vida cria milhares de possibilidades, transformando todos os seres vivos em artistas da Criação, que deixa de ser algo impessoal acontecido lá atrás, no Big Bang, senão algo que continua acontecendo
a todo instante, em todas as dimensões possíveis a especialmente em cada um de nós.

A mecânica quântica não aceita aquele Universo comportado dentro dos limites cartesianos, mas o percebe como um corpo vivo a coeso, em que as infinitas relações entre seus componentes fazem brotar a realidade.

Esta fabulosa interconexão dá um sentido unitivo e mutável àquilo que entendemos por "mundo real". A física moderna demonstra que o observador se torna parte de seus experimentos, interage com eles, altera seus resultados. Isso quer dizer que nossa consciência influencia os aspectos da realidade.

As perspectivas abertas por essa descoberta são incríveis. Uma delas nos ensina que o contrário de uma verdade não é necessariamente uma mentira, pode ser outra verdade. Com base nisso, grande parte dos físicos quânticos não acredita na existência objetiva da realidade. Afinal, o Universo não existiria sem um observador, mesmo porque ele seria resultado da soma dos vários universos, construídos pela interação de milhares de fatores. Algo como uma grande teia tecida pela aranha do destino, em que cada fio está interligado a todos os outros. Quando um deles é tocado, a impressão é passada ao conjunto, e qualquer mudança reverbera na teia inteira.

Ter consciência disso é criar nosso próprio universo holográfico, qual uma dança em que cada um interage com o outro a com o Universo. Dançando a dança da vida, criamos assim um novo espaço a realidade, que é muito maior que a mera soma das partes. Quem sabe seja por isso que não devamos crer num Deus que não saiba dançar, como disse o filósofo. E nessa jornada infinita e bela, cujo navegar nos pede que nos orientemos pelas estrelas, devemos saber que elas, entretanto, nunca são alcançadas, mas isso não importa. A travessia dos oceanos da consciência e do espaço tempo vale por si mesma!

Mais Rápido Que a Luz ?!


...


É comum ouvirmos e repetirmos
que "nada pode ser mais rápido que a
velocidade da luz no vácuo" (300 000
quilômetros por segundo) mas em 2000
cientistas demonstraram que não é bem
assim.
Lijun Wang e sua equipe do
Instituto de Pesquisas NEC (NECI)
em Princeton, Nova Jersey, nos EUA,
fizeram uma controversa experiência que
mostrou que um pulso de luz pode
ultrapassar 300 vezes a velocidade
da luz. É tão rápido que o pico de
um pulso saiu de uma câmara especial
com átomos de césio quando mal tinha entrado
nela! Um fenômeno aparentemente "impossível"
uma vez que as teorias da causalidade
dizem que as causas sempre devem
anteceder seus efeitos.

É bem verdade que nada que tenha
massa pode vencer o limite da
velocidade da luz, mas os físicos
agora sustentam que um pulso de
luz, que é um grupo de ondas
individuais sem massa, pode fazê-lo
sem problemas.

A experiência naturalmente causou
muita polêmica e alguns físicos
acham que o fenômeno observado
não foi interpretado corretamente.

A bem da verdade, segundo os
físicos norte-americanos Jeremy Munday
e Bill Robertson cientistas vem quebrando
os limites da velocidade da luz há mais de
duas décadas. Eles mesmos conseguiram
transmitir sinais elétricos em velocidade
quatro vezes superior à da luz usando
equipamentos elementares.
uem Somos Nós?
.

..AKE
Por: Olga Mendonça
.
Quanto mais se estuda a física quântica, mais misteriosa e fantástica ela se torna. A física quântica, falando de uma maneira bem simples, é uma física de possibilidades. São questões pertinentes de como sentimos o mundo em relação a nós.
Será que existe uma diferença entre o modo de sentirmos o mundo e como ele realmente é?

Todas as épocas e gerações têm suas próprias suposições:
O mundo é plano, o mundo é redondo, etc.

Existem centenas de suposições que acreditamos ser verdadeiras, mas que podem ou não ser.

Estamos presos à certos preceitos sem saber disso.

É um paradoxo.



O materialismo moderno tira das pessoas a necessidade de se sentirem responsáveis por suas vidas, assim como a religião! Mas eu acho que se você levar a mecânica quântica a sério, verá que ela coloca a responsabilidade nas nossas mãos e não nos dá respostas reconfortantes...

Por que continuamos recriando a mesma realidade?

Por que continuamos tendo os mesmos relacionamentos?

Por que continuamos tendo os mesmos empregos repetidamente?

A ciência moderna nos diz que, o que acontece dentro de nós é que vai criar o que acontece fora.



Existe uma realidade física que é absolutamente sólida, mas só começa a existir quando colide com outro pedaço de realidade física.


Como parte desse momento, esse outro pedaço de realidade pode ser você ou eu...
Filósofos no passado diziam: “Se eu chutar uma pedra e machucar o meu dedo é real. Estou sentindo, é vívido.” Mas não quer dizer que é a realidade...
Não passa de uma experiência, a percepção dessa pessoa do que é real.

Experimentos científicos nos mostram que se conectarmos o cérebro de uma pessoa a computadores e scanners e pedirmos para olharem para determinados objetos, podemos ver certas partes do cérebro sendo ativadas.
Se pedirmos para fecharem os olhos e imaginarem o mesmo objeto, as mesmas áreas do cérebro se ativarão, como se estivessem vendo os objetos.



Então os cientistas se perguntam: quem vê os objetos, o cérebro ou os olhos? O que é a realidade?
É o que vemos com nosso cérebro? Ou é o que vemos com nossos olhos?
A verdade é que o cérebro não sabe a diferença entre o que vê no ambiente e o que se lembra, pois os mesmos neurônios são ativados.
Então devemos nos questionar, o que é realidade?

Do jeito que nosso cérebro funciona, só conseguimos ver o que acreditamos ser possível.
Nós criamos a realidade, de acordo com os padrões de associação que já existem dentro de nós, ou seja, através do condicionamento.

Então é possível que o mundo todo seja uma grande ilusão da qual não conseguimos sair para a verdadeira realidade?
Se estivermos ou não vivendo em um grande mundo virtual, é uma pergunta sem uma boa resposta, é um grande problema filosófico...



A física quântica calcula apenas possibilidades.
Em vez de pensarmos nas coisas como possibilidades, temos o hábito de pensar que os objetos que nos cercam, existem sem a nossa contribuição, sem a nossa escolha... Você precisa banir essa forma de pensar; e reconhecer que no mundo material - as cadeiras, as mesas, as salas, os tapetes - não são nada além de possíveis movimentos da consciência.

E eu estou escolhendo momentos nesses movimentos para manifestar minha experiência atual.
É algo radical que precisamos compreender, mas é muito difícil, pois achamos que o mundo já existe independente da nossa experiência.
Mas não é assim, e a física quântica é bem clara.

O próprio Heisenberg, depois da descoberta da física quântica, disse que os átomos não são objetos, são tendências.
Em vez de pensar em objetos, você deve pensar em possibilidades.
Tudo é possibilidade subconscientemente!

A todo momento, as pessoas estão afetando a realidade que vemos.
Mas se elas não afetam a realidade de forma consistente, é porque não acreditam que possam fazê-lo. Elas escrevem uma intenção e logo depois a apagam, pois acham que é tolice.
"Não consigo fazer isso".
Escrevem de novo e apagam.



Se você acreditar com todo o seu ser que pode andar sobre a água, isso acontecerá. É como pensamento positivo, que é um conceito maravilhoso. Mas geralmente temos uma névoa de pensamento positivo, cobrindo uma enorme massa de pensamento negativo.
Pensar positivo apenas disfarça o nosso pensamento negativo.

Quando pensamos em objetos, tornamos a realidade mais completa do que realmente ela é. E é aí que você fica preso.
Ficamos presos na uniformidade da realidade, pois se ela é completa e eu sou insignificante, não posso alterá-la. Mas, se a realidade é minha possibilidade - possibilidade da própria consciência – aí sim, podemos alterá-la...



No pensamento antigo, não podíamos mudar nada, pois não tínhamos papel na realidade. Ela já estava lá, feita de objetos que se moviam de acordo com certas leis.
A matemática determinava como reagiriam em determinada situação.
Nós não tínhamos papel algum ...

Na nova visão quântica , eu escolho a experiência: Dessa forma eu crio minha própria realidade...

As pessoas continuam trabalhando, se aborrecendo, almoçando... Elas vão para casa e vivem a vida como se nada de especial estivesse acontecendo, pois é assim que se acostumaram; existe essa incrível mágica bem na sua frente e elas não vêem.

Os Dons Psi Contra o Crime

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por: Elsie Dubugras
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O grande obstáculo para a plena aceitação dos fenômenos paranormais reside no fato de que a comprovação de sua autenticidade por métodos científicos é dificultada, uma vez que nem sempre eles são produzidos segundo a vontade dos sensitivos. Isso ocorre porque tais fenômenos são regidos por leis próprias, que ainda não foram totalmente descobertas pelos homens.
Não tosse isso, a polícia poderia empregar pessoas sensitivas que, usando suas faculdades paranormais, estariam capacitadas a descobrir os desaparecidos e os criminosos. Contudo, apesar desse contratempo, sabe se que as forças policiais de alguns países europeus tem recorrido a médiuns, os quais conseguem pistas que conduzem aos lugares onde os crimes foram cometidos e até aos que os praticaram.

Um professor e conhecido sociólogo húngaro, o Dr. Antal Hermann, propôs na década de 30 que existisse urda aceitação mais ampla cios métodos metafísicos e de sugestão tanto nas atividades criminológicas quanto com os delinqüentes já encarcerados. Para reforçar sua proposta, ele lembrou que os bons policiais fazem uso ainda que de forma inconsciente do seu sexto sentido e, também, que os departamentos encarregados de fraudes e de identificação empregam a grafologia, uma arte não reconhecida pela ciência oficial.



Os paranormais podem ser úteis na descoberta de pessoas desaparecidas
Outros especialistas acreditam que a polícia poderia usar o hipnotismo com as testemunhas para que os detalhes esquecidos no estado de vigília fossem rememorados. Esta prática também foi defendida por um policial parisiense, mas o seu argumento para a utilização do hipnotismo era diferente do dos ocultistas: dizia ele que os criminosos são tão supersticiosos que usam uma série de métodos ocultos para efetuar e encobrir seus crimes. Por esse motivo, eles ficariam temerosos se soubessem que a polícia também estava se utilizando de métodos semelhantes para apanhá los. O resultado final seria bem positivo.

Esse mesmo policial, que preferiu manter se no anonimato, disse que, no seu trabalho, já contara com a colaboração de clarividentes, astrólogos, etc. Os resultados obtidos não foram perfeitos, mas, lembrou ele, "também são falhos os que a polícia consegue usando métodos tradicionais. No entanto, a polícia tem a seu dispor um corpo de homens altamente especializados, facilidade e rapidez nas comunicações e um equipamento moderno para auxiliá los nas buscas e apreensões".

O que se tem verificado até aqui é que, em certas circunstâncias, um sensitivo poderá descobrir o caminho percorrido por um criminoso e chegar ao lugar onde um cadáver ou os objetos roubados foram escondidos. Um fato interessante ocorreu com uma médium que, consultada pela polícia, descreveu, mais ou menos corretamente, como fora praticado um assalto a uma joalheria. Contudo, em vez de chegar ao autor do crime, a sensitiva seguiu seu comparsa um homem com feições marcantes. Ele foi preso, mas o mentor intelectual e, portanto, o verdadeiro autor do crime conseguiu fugir, isso porque suas características físicas não atraíram a atenção da médium.



Os policiais podem ser ajudados pelos sensitivos
na captura de criminosos
Em outra ocasião essa mesma sensitiva a Srta. Megalis conseguiu resultados positivos em casos muito curiosos. Como, em sua pátria, ela trabalhava sempre com o mesmo policial (Dr. Thoma), a dupla tornou se famosa e, numa certa ocasião, essa fama produziu um resultado inesperado. Quando o criminoso soube que os dois estavam tentando desvendar o crime que cometera, confessou o por vontade própria, pois estava certo de que seria descoberto.

Outro caso ocorreu com uma moça que, por estar em estado de coma, não pôde ser identificada: desacordada, fora levada para um hospital em Viena, onde os médicos em vão tentaram faze-la voltar a si. Depois de minuciosos exames, descobriram que ela havia ingerido cerca de 25 g. de quinino dissolvido em água. Enquanto estava sendo tratada por meio de lavagens no estômago, a paciente começou a sofrer ataques e, mesmo inconsciente, gritava que não queria que os médicos a tocassem. Por fim, voltou a si e acalmou se. Quando foi considerada fora de perigo, a moça teve alta, mas, já em sua casa, os ataques recomeçaram.

O médico encarregado do caso se especializara em hipnotismo e, por este motivo, teve condições de reconhecer os sintomas apresentados pela paciente. Assim, diagnosticou seu estado como sendo de natureza hipnótica e, pelas palavras que ela pronunciava, deduziu que o hipnotizador poderia ter sugerido que a moça estava apaixonada e só a morte resolveria seu problema. Aos poucos, outros detalhes surgiram, e o caso foi esclarecido.
A paciente, mãe de dois filhos e esposa de um famoso pianista, sofria do fígado e, para que suas dores desaparecessem, um violinista, que era conhecido da família e trabalhava numa pequena boate, começou a hipnotizá la. Ao mesmo tempo, sugeriu que ela estava apaixonada por ele (o violinista) e que não se deixasse examinar por médicos. Procurando possivelmente melhorar sua situação financeira, artística e social, usou seus poderes hipnóticos no marido, sugerindo que os três sempre estivessem juntos.



Um detetive de polícia norte americano demonstra uma técnica hipnótica
Quanto à parte amorosa, o hipnotizador foi tão bem sucedido que a moça se apaixonou por ele a ponto de tornar se inconveniente e, para se livrar dos problemas que sua paixão causava, sugeriu que ela se suicidasse. Quando tudo ficou esclarecido, o violinista foi condenado pela justiça a cumprir três anos de reclusão. Mas, como vimos, a descoberta só se tornou possível porque o médico também era uni hipnotizador.

Um acontecimento também curioso envolveu um criminoso chamado Georg Mittelmann, condenado por estelionato. Georg foi colocado numa cela com diversos outros presos, os quais ele rapidamente hipnotizou, fazendo os praticar os mais estranhos atos. Sugeriu a um velho ladrão que ele era um gato e, como resultado, o preso se pós a caminhar de quatro, miando. Em compensação, outro, também hipnotizado, achava que era um cão, e começou a correr atrás do gatinho. Em seguida, Georg embebedou um colega com algumas gotas de água e pós um outro gorducho a bailar pela cela. A confusão era tão grande que o hipnotizados foi colocado numa cela individual. Então ele deve ter hipnotizado os guardas pois se evadiu da prisão e nunca mais foi encontrado Estes fatos ocorreram em Berlim, Alemanha, em 1931.

Todavia, em geral, o paciente só obedece àquilo que o hipnotizador o induz quando as sugestões não contrariam seus princípios. Em outras palavras, uma pessoa honesta no seu modo de proceder não cometeria um roubo: as reconhecidas normas de comportamento do indivíduo não são violentadas pela sugestão hipnótica.



A hipnose não viola as normas de comportamento de uma pessoa
Apesar da relativa segurança que a prática do hipnotismo oferece, a polícia do mundo ocidental não utiliza esse método para conseguir informações de natureza criminosa, pois, segundo um de seus representantes, ele é desnecessário: se um criminoso não quer confessar não se submete à hipnose, e se a pessoa não aquiesce, o estado hipnótico não ocorre. Mas, se é seu desejo confessar, o hipnotismo não se faz necessário.

Quanto à utilização da grafologia como urna forma ele descobrir o caráter das pessoas, devemos lembrar nos de que ela se tornou respeitável nos meios legais a partir do momento em que começou a ser usada no Registro Geral para a identificação dos cidadãos e, no Instituto de criminalística, para detectar fraudes, estelionatos, etc.

Existem diversos fatos interessantes, mas pouco conhecidos, relacionados à grafologia. Na cidade de Cracóvia (Polónia) morava um cidadão austríaco chamado Raphael Schermann, o qual, na sua juventude, começou a colecionar envelopes para comparar a letra do remetente com a de pessoas amigas ou conhecidas. As comparações constantes permitiram que Schermann conhecesse as características dos que subscritavam os envelopes. Corno exemplo, ele citou o fato d que a letra dos corcundas difere da caligrafia de pessoas que possuem a coluna reta, e o mesmo ocorre com os mancos.



A grafologia pode revelar o carater de um homem
Depois, para reforçar seus conhecimentos grafológicos, Schermann começou a pedir aos seus conhecidos que escrevessem algumas frases em um caderno. Estudando os pontos marcantes das sentenças, ele viu que a inclinação e a separação entre as linhas, o espaço entre as palavras, entre outros detalhes, também retratavam certas características de seus autores.

Essa descoberta o levou a estudar o lado psicológico dos problemas e, aos poucos, Schermann percebeu que todas as experiências que o ser humano sofre ficam retratadas na sua caligrafia e, através da sua letra, tanto os fatos do passado como as tendências futuras podem ser conhecidas.
Como se isso não bastasse; Schermann inverteu o processo: depois de estudar o físico de uma pessoa, ele começou a reproduzir a sua caligrafia.
Urna terrível série de assassinatos cometidos em Budapeste (Hungria), em 1916, mostrou como os conhecimentos de Schermann foram úteis para se chegar a um criminoso. O delito em questão tinha a ver com a descoberta de sete cilindros de metal, hermeticamente fechados, contendo os cadáveres, bem preservados, de sete mulheres. Todas estavam nuas.



A letra de uma pessoa evolui de acordo com a vida dela
Depois de muitas pesquisas, a polícia descobriu que todas teriam
sido empregadas domésticas que haviam respondido ao anúncio de "um cavalheiro de boa aparência que procurava uma companheira''. Assim que alguma mulher respondesse ao convite, o anunciante procurava travar uma amizade mais íntima e, aos poucos, abstraía qualquer dinheiro que ela tivesse. Felizmente, a polícia encontrou um cartão postal, escrito pelo assassino. Através dele Schermann ajudou a elucidar outros detalhes.

Estudando a caligrafia, ele concluiu que o criminoso era profundamente erótico e que bem cedo na vida começou a conviver com prostitutas. Isso, contudo, não satisfez ao assassino, que, então, procurou conhecer mulheres de diferences tipos e classes sociais, progressivamente melhorando a técnica de seduzi ias. Schermann concluiu que, para conseguir este propósito, o homem teria de ser insinuante e de aparência agradável.

Mais tarde se descobriu que o criminoso logo se cansava das mulheres que conquistava e, para se livrar dela, as matava. Pela sua caligrafia, Schermann viu que ele praticava uma rígida auto-censura, não revelando a ninguém seu verdadeiro caráter. É possível que só na morte suas vítimas compreendessem que ele era um assassino.

À polícia, Schermann explicou que este autocontrole ficava evidenciado pela forma meticulosa com que o criminoso cruzava as letras ‘1’, punha os pingos no ‘i’ e ‘j’ e corrigia tudo e qualquer erro. As letras arredondadas mostravam que ele era jovial e afável com as pessoas que procurava atrair, mas os floreios revelavam que ele era um talentoso artista aquilo que aparentava não passava de uma farsa Um detalhe curioso mereceu a atenção de Schermann: o criminoso mutilava a letra 7, especialmente quando fazia parte do nome do uma mulher. E a direção que as linhas tomavam mostrava que o criminoso procurava lutar contra suas fraquezas morais, mas não era bem sucedido.

Com a experiência de muitos anos de estudo, Schermann chegou ainda a outra conclusão: o assassino havia machucado sua mão, possivelmente quando, sozinho, colocava os cadáveres nos cilindros. Esta torção ficou clara na sua caligrafia.

Através das descrições fornecidas pelo grafólogo, a polícia por fim conseguiu identificar o assassino: era um encanador chamado Bela Kiss. Não foi possível prendê lo porque, logo no início da Primeira Guerra Mundial, ele foi aprisionado pelos russos e desapareceu.

Outro aspecto curioso sobre o estudo de Schermann, é que ele não só observava as letras, as palavras, e as sentenças, mas também virava o papel de cabeça para baixo porque essa visão revelava o que a caligrafia normal ainda ocultava.

Mas, além da sua extraordinária habilidade como grafólogo, Schermann também era dotado de faculdades telepáticas e de clarividência. Com estes dons, mesmo com os olhos vendados ou com um envelope fechado e lacrado, ele conseguia descrever a pessoa que escrevera uma carta e suas características físicas psicológicas. Schermann foi um dos mais notáveis grafólogos que o mundo conheceu.

O Mundo Assombrado Pelos Demônios


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Nas discussões esotéricas ou de teorias conspiratórias que acompanho pela web, sempre surge um sabichão que, em vez de contra-argumentar, apenas pergunta, com um certo desdém: Você já leu o livro "O mundo assombrado pelos demônios", de Carl Sagan?
Esta é a bíblia dos céticos, pois nela o cientista mais popular dos anos 80 resolve rebater todas as teorias místicas, esotéricas, conspiratórias, e como a própria sinopse diz: "Nesse livro, Carl Sagan demonstra o quanto nossas vidas são influenciadas por crendices e bobagens sem nenhum fundamento. Mostra o quanto o universo é mais simples e mais compreensível do que se pensa".

Sabe, é realmente uma decepção ver aquele cientista, que parecia estar à frente do seu tempo na série "Cosmos", parecer um velho rabugento e frustrado cujo prazer é dizer que as coisas nas quais os "outros" (leia-se não-cientistas) acreditam e estudam não existem.



Não digais: Encontrei a verdade. Dizei de preferência: Encontrei uma verdade. Nenhum homem poderá revelar-vos nada senão o que já está adormecido na aurora do vosso entendimento. O astrônomo poderá falar-vos de sua compreensão do espaço, mas não vos poderá dar sua compreensão.

Porque a visão do homem não empresta suas asas a outro homem. E assim como cada um de vós se mantém só no conhecimento de Deus, assim cada um de vós deve ter sua própria compreensão de Deus e sua própria interpretação das coisas da Terra (Gibran Khalil Gibran) Uma coisa é você ser um cientista e dizer que não há evidências científicas que suportem tais teorias. Outra é dizer que, por não haver tais evidências, o que a outra pessoa acredita é uma bobagem que pode ser facilmente explicada, e então inventar uma explicação pseudo-científica que poderia ser dita pelo Padre Quevedo ou qualquer pessoa imaginativa que queira desacreditar alguém (tipo dizer pra um piloto de avião que avista um OVNI: "Você viu o planeta Vênus, amigão, e devido a um problema de pressão na cabine o ar rarefeito fez você achar que o planeta estava dando piruetas... não é nada com que se preocupar.").

Vejamos o capítulo 10, que, muito convenientemente, fica na página 171 do livro: UM DRAGÃO NA MINHA GARAGEM.



“Um dragão que cospe fogo pelas ventas vive na minha garagem.

Suponhamos que eu lhe faça seriamente essa afirmação. Com certeza você iria querer verificá-la por si mesmo. São inumeráveis as histórias de dragões no decorrer dos séculos, mas não há evidências reais. Que oportunidade!

- Mostre-me - você diz.

Eu o levo até minha garagem. Você olha para dentro e vê uma escada de mão, latas de tinta vazias, um velho triciclo, mas nada de dragão.

- Onde está o dragão? - você pergunta.

- Oh, está ali - respondo, acenando vagamente. Esqueci de lhe dizer que é um dragão invisível.
Você propõe espalhar farinha no chão da garagem parar tornar visíveis as pegadas do dragão.

- Boa idéia - digo eu -, mas esse dragão flutua no ar.

Então você quer usar um sensor infravermelho para detectar o fogo invisível.

- Boa idéia, mas o fogo invisível é também desprovido de calor.

Você quer borrifar o dragão com tinta para torná-lo visível.

- Boa idéia, só que é um dragão incorpóreo e a tinta não vai aderir.

E assim por diante. Eu me oponho a todo teste físico que você propõe com uma explicação especial de por que não vai funcionar.

Ora, qual é a diferença entre um dragão invisível, incorpóreo, flutuante, que cospe fogo atérmico, e um dragão inexistente? Se não há como refutar a minha afirmação, se nenhum experimento concebido vale contra ela, o que significa dizer que o meu dragão existe? A sua incapacidade de invalidar a minha hipótese não é absolutamente a mesma coisa que provar a veracidade dela. Alegações que não podem ser testadas, afirmações imunes a refutações não possuem caráter verídico, seja qual for o valor que possam ter por nos inspirar ou estimular nosso sentimento de admiração. O que estou pedindo a você é tão-somente que, em face da ausência de evidências, acredite na minha palavra.

A única coisa que você realmente descobriu com a minha insistência de que há um dragão na minha garagem é que algo estranho está se passando na minha mente. Você se perguntaria, já que nenhum teste físico se aplica, o que me fez acreditar nisso. A possibilidade de que foi sonho ou alucinação passaria certamente pela sua cabeça. Mas, nesse caso, por que eu levo a história tão a sério? Talvez eu precise de ajuda.

Pelo menos, talvez eu tenha subestimado seriamente a falibilidade humana.



Apesar de nenhum dos testes ter funcionado, imagine que você queira ser escrupulosamente liberal. Você não rejeita de imediato a noção de que há um dragão que cospe fogo na minha garagem. Apenas deixa idéia cozinhando em banho-maria. As evidências presentes são fortemente contrárias a ela, mas, se surgirem novos dados, você está pronto a examiná-los para ver se são convincentes. Decerto não é correto de minha parte ficar ofendido por não acreditarem em mim; ou criticá-lo por ser chato ou sem imaginação - só porque você apresentou o veredicto escocês de "não comprovado".

Imagine que as coisas tivessem acontecido de outra maneira. O dragão é invisível, certo, mas aparecem pegadas na farinha enquanto você observa. O seu detector infravermelho lê dados fora da escala. A tinta borrifada revela um espinhaço dentado oscilando à sua frente. Por mais cético que você pudesse ser a respeito da existência dos dragões - ainda mais dragões invisíveis -, teria de reconhecer que existe alguma coisa no ar, e que de forma preliminar ela é compatível com um dragão invisível que cospe fogo pelas ventas. Agora outro roteiro: vamos supor que não seja apenas eu. Vamos supor que vários conhecidos seus, inclusive pessoas que você tem certeza de que não se conheceram, lhe dizem que há dragões nas suas garagens - mas, em todos os casos, a evidência é enlouquecedoramente impalpável. Todos nós admitimos nossa perturbação quando ficamos tomados por uma convicção tão estranha e tão mal sustentada pela evidência física. Nenhum de nós é lunático. Especulamos sobre o que isso significaria, caso dragões invisíveis estivessem realmente se escondendo nas garagens em todo o mundo, e nós, humanos, só agora estivéssemos percebendo. Eu gostaria de que não fosse verdade, acredite. Mas talvez todos aqueles mitos europeus e chineses sobre dragões não fossem mitos afinal... Motivo de satisfação, algumas pegadas compatíveis com o tamanho de um dragão são agora noticiadas. Mas elas nunca surgem quando um cético está observando. Outra explicação se apresenta: sob exame cuidadoso, parece claro que podem ter sido simuladas. Outro crente nos dragões aparece com um dedo queimado e atribui a queimadura a uma rara manifestação física do sopro ardente do animal. Porém, mais uma vez, existem outras possibilidades. Sabemos que há várias maneiras de queimar os dedos além do sopro de dragões invisíveis. Essa "evidência" - por mais importante que seja para os defensores da existência do dragão - está longe de ser convincente. De novo, a única abordagem sensata é rejeitar em princípio a hipótese do dragão, manter-se receptivo a futuros dados físicos e perguntar-se qual poderia ser a razão para tantas pessoas aparentemente normais e sensatas partilharem a mesma ilusão estranha.

Convencer a comunidade científica de que existe algo fora dos seus paradigmas exige muito mais do que provas. O caso da existência de vida após a morte é um exemplo clássico. Não é algo novo, ao contrário, é registrado nas mais diversas culturas, temos escritos até de Platão sobre um caso de saída do corpo, depoimentos de pessoas das mais diversas condições intelectuais e sociais, milhares de casos impressionantes de lembranças de vidas passadas, mas não temos o "carimbo" da "ciência". E nem é por falta de evidências materiais ou dados a serem analisados. A transcomunicação veio para registrar vozes de pessoas mortas e compará-las com a de quando estavam vivos. Sonia Rinaldi, pesquisadora e pioneira, possui mais de 300 telefonemas gravados, sendo que cerca de 90% destes, são pais que perderam filhos, que receberam depois a gravação e em 83% dos casos reconheceu-se a voz do filho ou filha... em entrevista para o Ufovia ela rebate as críticas:
"Acho ridícula a idéia de que as frases podem aparecer como influência da mente do transcomunicador, como quer o Padre Quevedo. Aliás, como se vê, ao dizer isso, ele está admitindo que as vozes acontecem - mas, dá a interpretação de que vem da mente de quem grava. Bobagem. Como, eu, no caso, poderia gravar coisas que nunca soube, ou produzir centenas de diferentes vozes? E, principalmente, temos dois casos autenticados por cientistas, um no Brasil (USP) e outro na Itália, identificando a voz comparada da pessoa falecida com a dela mesma quando viva."



Pois é... as pegadas estão por toda a parte... mas a melhor parte do livro é quando Sagan dá sua explicação "científica" para "a sensação de estar caindo de uma altura, ao adormecer, e nossos membros se movem por si. Talvez seja um resíduo dos tempos em que nossos antepassados dormiam nas árvores". Será que eu li direito? ISSO é ciência? Vocês aí, têm sonhado muito com o tempo em que pulavam de galho em galho? Será que acreditar em memória residual dos antepassados é mais científico que acreditar em reencanação? AMBOS estão baseados em terreno imaterial e movediço, incomprováveis por métodos científicos. Então, por que ridicularizar um e não o outro?

Lendo o texto do dragão,até parece que os cientistas estão realmente interessados em analisar se existe ou não o tal dragão invisível, mas é público e notório o desdém com qualquer coisa que pareça "mística". Freud e Jung que o digam... Se houvesse mesmo, por que os cientistas não se debruçam com afinco sobre o caso da Noite oficial dos UFOs no Brasil? Onde estão os "cientistas" pra analisar o fenômeno do "chupa-chupa" em Colares? Por que só a Aeronáutica foi destacada? Onde estão os relatórios? Onde estão as CONCLUSÕES?

De acordo com o "mundo de Sagan", a resposta é que as pessoas envolvidas nos dois casos ou forjaram tudo, ou tiveram uma alucinação coletiva e precisam de tratamento psiquiátrico. É simples assim! Isso responde por qualquer anormalidade que ocorra no mundo! Deviam usar isso na física quântica também: Quando alguém se questionar o porquê da luz se comportar ora como onda, ora como partícula, simplesmente lhe diga: "eu conheço um bom psiquiatra que pode lhe ajudar". Afinal, pra que perder tempo com coisas controversas? Um Universo com 11 dimensões? Tarja preta nele!

É interessante como Sagan pega exemplos calculadamente revoltantes para associá-los com o que ele quer denegrir. O hinduísmo ele associa ao Mararishi, cuja organização de 3 bilhões de dólares promete, mediante o pagamento de uma contribuição, "dar às pessoas, através da meditação, o poder de atravessar paredes, tornar-se invisível e voar". A percepção extra-sensorial e a cura pela fé ele associa ao Aum Shinrikyo, aquela seita japonesa que espalhou gás sarin no metrô de Tóquio. E associa o advento da pseudociência (como ele chama tudo quanto é metafísico) a épocas de ditadura, como a ascensão de Hitler e dos Czares russos. Parabéns, Sagan...
totalmente imparcial e isento, assim como o subtítulo do livro: "A ciência vista como uma vela no escuro". Temos uma nova religião: "Só a Ciência é grande e Carl Sagan é o seu profeta!!"

Sagan ficou popular como um cético quanto ao assunto OVNIs. Mas esse ceticismo era só fachada. Ademar José Gevaerd, editor da Revista UFO, teve a oportunidade de ouro de conversar com o Dr. Joseph Allen Hynek, cientista contratado pela USAF para o projeto Blue Book, e ele trabalhou ao lado de Sagan, num laboratório da Universidade de Cornell, em Nova York.



Gevaerd conta neste artigo que Hynek falou que "ele e Sagan discutiam sempre sobre UFOs - e Sagan era super interessado pelo assunto. Na época, Hynek estava deixando sua posição de cético ufológico de plantão da USAF para adotar uma outra mais progressiva e de resultados. Pensava-se que Hynek, já não mais como cético, mas sim como ufólogo, faria revoluções na forma como a Ufologia era vista (e fez, mas não tão grandes assim). E Carl Sagan, segundo o Dr. Hynek, teve parte nisso, pois também era consultor da USAF para assuntos de Ufologia. (Imagine só!) E também tinha visto muitas evidências extraordinárias sobre os UFOs: seus contatos, suas abduções, suas quedas etc. Mas seu cargo o impedia de falar a respeito. Ambos discutiam horas e horas sobre Ufologia, quando Sagan tinha oportunidade de encontrar em Hynek um colega e confidente discreto. Alguns anos depois, no entanto, Hynek falecia e Sagan exibia sua série Cosmos, mentindo sobre UFOs e seu conhecimento a respeito. Hynek morreu honrado: fundou um fantástico centro de estudos, viajou pelo mundo instruindo e incentivando ufólogos, deixou vários livros e foi honesto consigo mesmo. Sagan ainda é um vilão que não tem coragem - como Hynek teve - de vir a público e confessar o que sabe. Por quê? Por razões inconfessáveis que só os contracheques do governo norte-americano um dia poderão atestar."

Após o exposto, não seria razoável da minha parte terminar o post sem dizer que Sagan também teve bons motivos pra escrever esse livro do jeito que escreveu. Logo no primeiro capítulo vemos a razão: Depois do sucesso da série Cosmos, ele virou uma espécie de "embaixador da ciência", e ele não agüentava mais as pessoas que lhes perguntavam coisas sobre a Atlântida, Roswell, cristais, terapias alternativas... o cara era um astrofísico, poxa!

E o norte-americano, mais do que qualquer outro cidadão do planeta, acredita em tudo o que passa na TV como a verdade absoluta. E a TV estava (ainda está) cheia de pessoas "místicas" prometendo curas milagrosas, rejuvenescimento, felicidade eterna, bastando apenas ligar 011 1406 e fornecer o número do seu cartão de crédito! O livro está cheio de casos onde o bom-senso passou longe, mas que, infelizmente, para muitos é preciso que um cientista de reputação venha e diga: "acordem, isso é uma farsa!" Pena que ele não tenha separado o joio do trigo...

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