A Magia Vermelha ou Magia Sexual
A Magia Sexual, ou Magia Vermelha, conhecida no Oriente como Tantra, é a prática ritualística desenvolvida através das energias canalizadas do corpo físico, da mente e do espírito humano. O acto de criar outras vidas através de relações sexuais e instituir uma força, ou um vínculo energético entre as pessoas envolvidas, é visto como místico e sagrado. Como outras modalidades de Magia, a Magia Sexual também é um recurso usado como fonte do poder que fortalece as cerimônias ritualísticas e para obter o auto-conhecimento através da exploração do próprio corpo, psique e alma. A Magia Sexual é uma das faces mais importantes da Magia moderna.
Utilizada tanto nas escolas ocidentais como nas orientais, sua origem nos remete às práticas das crenças pré-cristãs, sendo que os primeiros registros datam de 3000 a.C.. A Antiga Religião da Europa baseava-se em ritos de fertilidade para assegurar a proliferação de animais, plantas e humanos. O conceito pagão da atividade sexual era saudável e natural. Era a mais poderosa energia que os humanos podiam experimentar através dos próprios sentidos, com a manifestação afetiva de um indivíduo ou simplesmente a acção de compartilhar prazer e desejo carnal com outra pessoa. Assim, mulheres consagradas serviam aos deuses em templos, o homossexualismo e o heterossexualismo eram apenas definições das preferências sexuais, etc.
Existem dois canais de energia no corpo humano que estão associados ao sistema nervoso central e à medula espinhal, conhecidos no Ocidente como Lunar e Solar ou Feminina e Masculina (receptiva/negativa e ativa/positiva). Geralmente, entre os não-praticantes da Magia Sexual, apenas uma das correntes de energia está aberta e fluindo. Entre as mulheres, apenas a corrente lunar flui desimpedida. Entre os homens, apenas o canal solar está realmente livre. No caso dos homossexuais, essa situação está invertida. Em todas as situações, este fato causa um desequilíbrio e influencia negativamente várias esferas da vida humana.
Portanto, segundo este raciocínio, o estado sexual natural é a bissexualidade, em que ambas as correntes fluem juntas em harmonia. A alma que habita o corpo físico não é masculina nem feminina. Desse modo, o sexo é meramente uma circunstância física. O fluxo harmonioso das correntes no corpo é simbolizado pelo antigo símbolo do Caduceu.
Um dos maiores divulgadores da Magia Sexual contemporânea ocidental é Aleister Crowley, através da doutrina do Thelema. Posteriormente, diversas escolas iniciáticas a adotaram e adaptaram de acordo com a própria filosofia. Porém, os princípios básicos permanecem inalterados. Na Índia, ainda é uma das práticas mais utilizadas no hinduísmo.
Apesar de (teoricamente) compor vários sistemas mágicos, atualmente, a maioria das tradições não incorpora a Magia Sexual em suas atividades. Isto se deve a opção pessoal dos praticantes (inibição e preocupações com as doenças sexualmente transmissíveis) e a pressão social de uma cultura judaico-cristã, onde o sexo é visto como algo pecaminoso e polêmico. Deste modo, nos ritos sexuais modernos, são usadas representações simbólicas dos antigos elementos da fertilidade, sejam objetos que representem os genitais ou apenas uma dança ou encenação erótica.
Sagrado Feminino
Nas antigas crenças pagãs, os pólos femininos da criação eram reverenciados como sagrados e a mulher era vista como o principal canal gerador de vida. A Deusa era a divindade principal, responsável pela criação de todas as formas viventes. Dessa forma, os ritos que envolviam Magia Sexual, utilizavam-se de mulheres e do sangue menstrual como elementos principais do Altar Cerimonial.
O altar sagrado é formado por uma mulher que se deita de costas, nua, com as pernas dobradas e afastadas (de forma que os calcanhares toquem as nádegas). Um cálice é colocado diretamente sobre seu umbigo, ligando-o ao cordão umbilical etéreo da Deusa, a qual é invocada em seu corpo. Derrama-se o vinho sobre o cálice. O Sumo Sacerdote pinga três gotas de vinho, uma no clitóris e uma em cada mamilo, traçando uma linha imaginária que forma um triângulo no corpo feminino, tendo o útero como centro. Segue-se um beijo em cada ponto, enquanto a invocação é recitada.
Fluidos Mágicos
Os fluidos produzidos no corpo humano de forma natural ou através da estimulação sexual, também são utilizados nas cerimônias herdadas dos povos antigos que envolvem a Magia Sexual, e são empregados para um determinado objetivo.
O vinho ritual continha três gotas do sangue menstrual da Suma Sacerdotisa do clã, que unia magicamente os celebrantes nesta vida e nas próximas encarnações. Os caçadores e guerreiros eram ungidos com pinturas ritualísticas que continham sangue menstrual. Acreditava-se que ao unir o sangue de duas pessoas, criava-se um vínculo entre ambas. Ungir os mortos com o sangue era uma forma de assegurar o retorno à vida. O sêmen era considerado energia canalizada que vitaliza o praticante que o recebe. Ainda, o estímulo dos mamilos faz com que a glândula pituitária secrete um hormônio que ativa as contrações uterinas. Isso ativa o fluxo de certos fluidos através do canal vaginal.
Criança Mágica
A criança mágica é um termo utilizado na Magia Sexual ocidental para designar uma imagem no momento do orgasmo. Neste caso, a energia sexual não é liberada como no acto sexual tradicional, mas inibida por períodos prolongados e canalizada através da mente para que se manifeste numa forma de pensamento mágico, formando uma imagem astral durante o orgasmo.
Para esta actividade, é necessário que o praticante tenha desenvolvido a arte da concentração/visualização e um controle firme sobre a própria força de vontade pessoal, de forma que no momento do orgasmo, não haja nada mais na mente que a imagem que deseja ver criada. Se estiver incompleta ou difusa, é possível que interferências negativas se manifestem e passem a consumir a energia sexual do praticante. Este conceito é uma das bases na crença dos Sucubus.
Magia sexual
Manual do Sexo Tantrico
Conta a lenda, que o coito de Shiva e Shakti durou vinte e cinco anos, sem que Shiva vertesse nela o sêmen. Como um elefante aprisionado, ele não podia se mexer. Lendas tântricas como esta tentam ilustrar a visão de mundo dos tantristas, a plenitude mágica e transformadora, alcançada quando integramos as energias masculina e feminina dentro de nós.
Mas o Tantra não é só isto. O sexo tântrico não é apenas uma forma de fazer sexo, é uma forma de ligação, uma ferramenta que entrelaça tudo, que cria uma sucessão de energia que passa de um organismo para o outro. A sexualidade no Tantra é assim sagrada: sexo é uma forma de comungar e unir-se com a manifestação divina dentro de nós.
Trata-se de uma forma de se alcançar a energia divina que há no universo. Por isto, qualquer maneira de despertar a serpente oculta que dorme em nós com ritos, massagens, meditação, e inclusive o sexo, é sempre uma prática tântrica.
Manual do Sexo Tantrico
1-Introdução ao sexo tântrico
O sexo tântrico vem de uma antiga filosofia indiana, que transporta a sexualidade do plano do fazer ao plano do ser. É uma maneira meditativa, espontânea e íntima de fazer amor. No tantra, a mulher é concebida como Shakti, a energia cósmica criativa. O tantra induz o homem a sentir sua companheira de maneira plena.
Além disso, o sexo tântrico considera a ejaculação um desperdício da energia vital, e uma de suas metas é aprender a retardá-la. Aproveite este recurso fabuloso, além de aprender todas as posturas e as técnicas desta filosofia milenar.
Prepare a cena com dedicação: espalhe almofadas confortáveis sobre a cama, tenha à mão óleos aromáticos para o corpo, arrume o ambiente com velas e incensos... Se quiser que seja uma noite inesquecível, separe um bom vinho e alguns ingredientes, como figos, uvas, cerejas, morangos. Depois, é só colocar os ensinamentos em prática...
3-Massagem tântrica
A linguagem do contato, a pressão e as carícias são o caminho para descobrir uma sensibilidade que não conhecemos ou redescobrir sensações perdidas. Na massagem tântrica, as mãos são a principal ferramenta para um encontro físico, emocional e espiritual do casal. É uma ótima experiência para conscientizar-nos de que dar e receber é um fluxo constante de energia. Além disso, pode ser um delicioso prelúdio para alcançar uma excitação antes desconhecida. Descubra as infinitas possibilidades sentidas atravéz dos corpos:
Apesar da importância de conhecer diversos movimentos de massagem, a sutileza das mãos é indispensável: elas, mais do que qualquer outra parte do corpo, são capazes de transmitir ternura e carinho.
Por isso, acariciar os dedos das mãos, onde existe uma enorme quantidade de nervos, permite um relaxamento muito especial. Comece desde as pontas dos dedos, sempre evitando fazer cócegas, até terminar com ambas as mãos unidas, palma com palma.
O rosto também é uma parte muito pessoal do corpo. Lentamente, com um pouco de óleo nas mãos, percorra os caminhos dos traços: os contornos dos olhos, da testa em direção ao nariz, o volume da boca.
Depois, acaricie o rosto de seu parceiro de forma rítmica, fazendo círculos nas bochechas ou ao redor do queixo, aliviando as marcas de preocupação. Finalmente, vá descendo da cabeça até o pescoço para descarregar as tensões.
Acariciar o umbigo de seu parceiro pode acrescentar confiança. Esta é uma área vulnerável que deve ser tratada com delicadeza. Faça movimentos circulares para relaxar tensões emocionais e físicas que reprimem o fluxo de energia sexual e vital.
Deixe de lado as palavras para que o contato seja a linguagem da calma. Aproxime-se dos genitais sem chegar a tocá-los. Quem faz as massagens deve se concentrar nas sensações produzidas pela temperatura e pela textura da pele.
Os pés são uma área especialmente sensível, já que concentra-se uma enorme quantidade de terminais nervosas que se conectam com o corpo inteiro. Sutilmente, procure a pressão apropriada para evitar cócegas e ao mesmo tempo conseguir fazer seu parceiro relaxar. Algumas pessoas podem não gostar muito deste tipo de contato. Neste caso, é melhor interromper a massagem, não quebrar a harmonia e massagear outra parte do corpo.
Com pequenos toques, começando desde as costas até chegar às pernas, percorra agora o bumbum, uma área especialmente erógena. Escolha o momento certo para deter o movimento e transmitir o calor da mão apoiado na palma em cada lado. Se o jogo já é intenso, pequenas pressões com as unhas podem disparar as mais variadas sensações.
A flexibilidade da coluna é para o Tantra um eixo fundamental de energia e sensualidade. Deslize as mãos para baixo usando óleos essenciais.
Reconheça os volumes e depressões que marcam as vértebras. Para eliminar tensões localizadas, faça movimentos circulares, mais curtos ou mais intensos utilizando dois ou três dedos.
Sem chegar a tocar os genitais, mas aproximando-se deles, esta pode ser uma ginástica extremamente sexual. Percorra o baixo ventre, acaricie a parte interna de suas coxas. Com as unhas, faça desenhos em sua pele.
Lentamente, com a mão aberta e desde o umbigo, desça mostrando uma intenção que logo é desviada para voltar ao ponto de partida. Brinque com a pele improvisando movimentos fluidos. Lembre que o mapa do corpo é diferente em cada pessoa, por isso a aprendizagem só passa pelo reconhecimento.
4-Masturbação
Comece pensando nas suas zonas erógenas, no que você gosta e o que não gosta. Para isso, entre em seu próprio mundo de sensações. O resultado será uma surpreendente revitalização e conhecimento de seu erotismo, que poderá ser compartido com seu parceiro.
Deite na cama e acaricie seu corpo inteiro, inclusive o rosto, os peitos, o ventre e as coxas. As Nas mulheres entã lentamente, faça seus dedos recorrerem aos lábios vaginais. Pressione sensualmente a vagina e o clitóris dando liberdade a tudo que a fizer sentir prazer. Nos homens comece bela base do pênis e segurando vigorosamente, mas delicadamente suba até a glande, a área mais sensivel do corpo do homem. Concentre os estimulos nestas áreas mas não esqueça que o corpo é um todo indivisivel.
Não procure chegar ao orgasmo - use bastante tempo para desfrutar de todas as sensações sexuais. À medida que você for ficando excitada, relaxe e respire regularmente, tentando fazer com que o efeito se expanda em seu corpo inteiro.
As fantasias sexuais sempre ajudam a intensificar as sensações, mas neste momento é melhor não se concentrar em imagens mentais, mas sim entrar profundamente em seu próprio físico. Quando começar a perceber a chegada das sensações orgásmicas, tensione os músculos das nádegas, suspire, gema, grite, e expresse seu erotismo sem complexos. Entregue seu corpo ao prazer.
5-Posições Tântricas
Penetração Profunda
Equilíbrio entre corpo, mente e espírito: esta é a proposta da escola tântrica. Uma das formas de alcançar isso é canalizando a energia sexual para aproveitar o seu poder e energia. A penetração profunda é uma postura da escritura tântrica mais esotérica, chamada Chandamaharosana (o grande elixir lunar). A abertura das pernas da mulher permite que a penetração se sinta em um nível diferente que o habitual. Experimente outras sensações, apoiando as pernas em seus ombros.
Inclinados
A energia do Shakti flui harmoniosamente nesta postura sensual. Ambos devem estar sentados, levemente inclinados para trás, apoiando o peso nos braços. O homem deve penetrar lentamente olhando-a intensamente nos olhos. Sutis movimentos pélvicos acompanham o jogo. Se estiverem cansados, podem deitar sem perder a postura diminuindo o ritmo, formando uma mandala com os corpos entrelaçados.
Sentados
Fazer amor sentados e com as costas erguidas entrelaça os corpos, fazendo esta energia fluir livremente e com harmonia. Nesta posição o casal se abraça e se move suavemente deixando os sentimentos e os sentidos circularem.
Postura de Kali
A imagem desta postura relembra a deusa tântrica Kali sentada sobre o falo, que representa o pênis de seu parceiro inerte, Shiva. Quando eles faziam amor, procuravam uma sexualidade desinibida e desenfreada. A mulher senta-se de cócoras sobre o homem e mexe os quadris em círculos enquanto o segura pelas mãos. Durante a relação, ela pode acariciar o seu clitóris ou deixe que ele faça isso para aumentar a sua excitação e desencadear um orgasmo profundo.
Doce oferenda
A mulher fica sobre o homem, que fica apoiado nas almofadas da cama. Desta forma, você pode mostrar o seu corpo, oferecer seus seios a ele. Os mamilos são altamente erógenos, e sua estimulação ativa os centros emocional e sexual da mente. Pelas técnicas tântricas do amor, oferecer os seios ao homem simboliza a essência da feminilidade, da amante e mãe que toda mulher potencialmente é.
Postura do elefante
Esta postura brinca com os papéis dos parceiros durante o ato sexual. Sempre existe um que domina mais que o outro o ritmo do jogo. Na postura do elefante o homem controla a situação penetrando a mulher por trás, mas agüentando o seu próprio peso com a força de seus braços, apoiados no chão. A mulher não fica totalmente passiva: pode fechar as coxas para diminuir o ângulo de penetração ou mexer os quadris para acompanhar o homem em cada investida..
A postura das tesouras
O homem esticado de lado recebe a mulher que, quase de costas para o parceiro, passa a perna por cima da cintura dele, entrelaçando os corpos de uma forma muito excitante. A postura das tesouras permite que os dois se olhem conseguindo a tão desejada comunicação serena. O casal respira sincronizadamente e se une com carícias e beijos. A perna do homem entre as da mulher pode servir para acariciar suavemente o seu clitóris e estimulá-la para alcançar um doce e profundo orgasmo.
Yantra montado
Os benefícios das variações na vida sexual de um casal são infinitos. Que a mulher coloque as pernas por cima dos ombros do seu amado e relaxe os músculos pélvicos para possibilitar uma penetração profunda. No Tantra Chandamaharosana, esta postura se denomina yantra montado. Elimina a fadiga e abre os canais energéticos da pelvis e da virilha, ao mesmo tempo em que favorece a circulação linfática.
6-Técnicas Tântricas
Contato visual
Um recurso herdado de velhas tradições indianas reside em frear o ritmo, seja qual for a posição escolhida, para poder se olhar profundamente nos olhos. É difícil consegui-lo, pois depois de realizada, a penetração parece impossível de se parar. Mas é possível sim, e muito excitante. A melhor postura para fazer isso é a que deixa os amantes cara a cara. Imóveis, a mulher e o homem se olham profundamente durante alguns segundos, nos quais o tempo parece parar, para voltar à atividade sexual com mais entusiasmo e excitação do que nunca.
O ponto de pressão
A ejaculação provoca no homem um desgaste que muitas vezes prejudica o clímax da mulher. O tantra ensina a controlar a ejaculação para canalizar a energia vital ao êxtase. Para isso, existe uma técnica que consiste em exercer uma firme pressão com os dedos sobre um ponto do períneo, situado entre o ânus e o escroto. Esta pressão consegue evitar que o sêmen saia da próstata. Diga-lhe para usar toda sua concentração e prestar atenção à respiração, que deve diminuir... Aproveite para aumentar a sua excitação. Peça a ele que a estimule ou faça isso por conta própria. Talvez demore para ele prender a segurar, mas a paciência é uma virtude...
A natureza animal
O tantra diz que devemos aceitar tanto a natureza animal como o caráter divino da sexualidade humana: "O homem monta na mulher como se fosse um touro". Relaxem e percam-se nos labirintos do mundo selvagem e varie as posições. Enquanto ele a penetra por trás, você pode deitar, subir a pélvis com uma almofada ou ficar de quatro. Quando um casal se conhece melhor sexualmente, pode brincar e aproveitar a variedade e, quanto mais solta você se sentir, melhores serão os seus orgasmos.
O Elixir
Segundo o tantra, só graças à mulher o homem pode conhecer os sagrados mistérios sexuais. As secreções sexuais femininas são o néctar, o manjar dos deuses... Quando uma mulher chega ao orgasmo, crê-se que a sua saliva possui propriedades que harmonizam a energia polar masculina e feminina, o yin-yang.
Nesse momento ela deve, beija-lo profundamente para compartilhar com ele o seu doce néctar, entregue-lhe a sua saliva delicadamente, deixando que caia em sua boca, enchendo-o de prazer e energia.
Por considerar sagradas as secreções da mulher, o tantra procura posturas que favoreçam sua satisfação mais plena. Esta é uma delas. Estando a mulher de costas para ele, o homem deve penetrar suavemente enquanto acaricia seus seios e beija seu pescoço. O pênis do homem deve absorver as suas secreções, que são "os sucos do amor". Isto também pode ser feito por meio do sexo oral.
Os pontos eróticos
A estimulação do clitóris é, para a maioria das mulheres, a porta de entrada ao prazer do orgasmo. As posições que favorecem seu acesso direto são as melhores para chegar ao clímax, seja por sua própria estimulação ou pela de seu parceiro. O ponto G também é um grande aliado na hora do seu gozo: sentada sobre o homem, que a mulher incline-se levemente para trás movendo a pelvis; isto provoca a pressão do pênis no botãozinho erógeno descoberto por Grafenberg, levando-a um orgasmo inesquecível.
7- Ejaculação e controle do orgasmo
Para conseguir fazer todas as posturas do tantra, é preciso desenvolver a flexibilidade. As figuras requerem força e elasticidade, especialmente na parte inferior do corpo, a raiz que nos conecta à terra. Por isso, exercitar-se é essencial: isto intensifica a descarga de energia orgásmica pelo corpo inteiro.
Mas mesmo que para o homem pareça uma condição fundamental, não é necessário que seu pênis esteja sempre ereto nas brincadeiras sexuais nem durante a relação sexual. Uma ereção que perca a força não deve implicar na interrupção da atividade: ao contrário, deveria estimular a volta com mais intensidade.
Para o homem, existe uma técnica chamada Mula Bandha, que possibilita segurar a ejaculação. Antes do contato genital, ele deverá agachar a cabeça e centralizar a atenção na área pélvica. Inspirando profundamente, deve contrair o músculo que rodeia o ânus e fazer três séries de dez contrações. Antes de sair, o sêmen passa pelo períneo, que fica entre o escroto e o ânus. A vontade de ejacular também é contida relaxando os músculos das nádegas e respirando harmoniosa e conscientemente. Esta é uma técnica que faz parte da proposta tântrica de que o homem deve aprender a controlar sua ejaculação.Realizando esta técnica, consegue-se bloquear o períneo e aumentar o prazer.
Não só os homens devem aprender a controlar seu orgasmo para aumentar o prazer de ambos. A mulher também deve aprender a fazê-lo, principalmente se sente que quando está chegando, nada o segura...Diminua o ritmo, distraia a mente e respire profundamente. Uma técnica tântrica recomenda, neste momento, apertar a língua contra o céu da boca enquanto esvazia a mente de tudo.
Para atrasar o orgasmo ou prolongar a relação, existe uma técnica tântrica que, pelo papel dominante do homem, traz ótimos resultados. Durante a penetração e, na clássica posição de "papai-e-mamãe", faça o seu parceiro conter o movimento quando ainda não tenham chegado ao auge da excitação. Retire o pênis deixando apenas a glande na vagina e respirem profundamente levando o ar ao abdômen. Os músculos genitais de ambos relaxarão e poderão voltar a encarar o movimento sem a necessidade de acabar imediatamente.
Magia Sexual ou Alta Magia
Publicado por Debora Rocco em Magia | 12 comentários
Qual o Objetivo de
Praticar Magia Sagrada ou Sexual?
Este post é a resposta esta pergunta ao meu amado Grupo Manufree.
Sempre me pergunto a origem de tudo, e sempre procurei a espiritualidade como uma forma de encontrar a explicação, para as coisas que não a tem no mundo físico.
Nessa busca, encontrei muitas coisas, e nem todas colaboram a meu ver para resolver os nossos problemas; faz parte de minhas crenças que tudo deve ter um propósito, e sendo assim, penso hoje, que a magia também deve ter um propósito para a sua existência.
Não falo dos motivos que nos levam a praticar esta ou aquela magia, mas sim do motivo geral de sua existência, ou mas certamente do objetivo pelo qual temos a magia ao nosso alcance.
O que é que todos os seres humanos desejam basicamente?
Viver bem e ser felizes!
Muitos dos que acreditam na espiritualidade, procuram obter a consecução de seus desejos através da magia.
Temos falado muito nos últimos dias sobre Magia Sexual, e eu fiz uma pergunta que até agora ninguém soube responder:
Qual o objetivo de praticar esta forma de magia ?
Em magia invocamos diversas divindades, e/ou dedicamos nossos ritos, rituais e oferendas a elas, para que atendam os nossos pedidos.
Então, partindo dessa premissa o Poder da realização daquilo que almejamos , está nas divindades e não em nós, sendo que somente “enviamos uma carta” em forma de rito a esses seres, que acreditamos podem nos dar aquilo que desejamos.
Eu tenho minhas crenças particulares, baseadas na minha experiencia e no conhecimento que me foi transmitido por alguns seres de outras dimensões.
Ainda que tenho muitas reservas quanto aos seres espirituais, pois acredito que muitos são tão falhos quanto nós, também invoco alguns deles em alguns de meus rituais.
Normalmente peço à Deusa as coisas de que necessito, pois para mim, ela é o Espírito da Mãe Terra, o Ser Planetário Terra, e quando invoco Vênus, é o Ser Planetário Vênus a quem me dirijo, e não a seres espirituais como as pessoas imaginam.
Aprendi que isto se faz pela tônica ou onda na qual vibra essa parte do Universo, e procuro me sintonizar com a mesma longitude de onda, que se relaciona com meu desejo nesse momento.
Por isso não acredito que exista um ser pensante chamado Vênus, ou Deus Mercúrio, ou Odin, ou o que for, que atenda nossas súplicas, mas sim que o Poder Real está em nós, e que o que fazemos é “sintonizar” com as forças que podem levar à realização de nossos desejos, porque ao estabelecermos a sintonia, atraímos as coisas que vibram na mesma longitude de onda.
Então, na verdade, que toda magia o que busca é objetivar o Poder em nós; mas…para isso, é preciso primeiro saber em que parte de nós reside o Poder Real.
Esse Poder reside em nossa melhor parte, em nossa parte mais pura, em nossa parte Luz, uma parte que muitos chamam de Eu Superior e até de essência.
O mundo físico é infinitamente mais importante que os planos espirituais, ainda que existe uma co-dependência entre os planos.
Digo isto, porque nos outros planos somente podemos observar e os outros seres também, entretanto no plano físico pode-se realizar as coisas, torná-las físicas em nossa vida.
Sei que muitos acharão isto uma heresia, e sinto muito, mas as coisas são o que são, e não o que todos gostaríamos.
Esta parte Luz que mencionei, e que é onde reside nosso Poder Real, não são nada mais que a soma de nossas memórias de existências passadas.
Além disto, para termos um resultado válido e eficiente na nossa magia, devemos obviamente levar em conta alguns dos Seres Espirituais, que habitam em outras dimensões, e que quando se unem a nós, realizam os chamados milagres (por nós) e de “Milagre da Coisa Una” por Eles.
São as vontades do Alto e do baixo unidas, resultando numa magia muito poderosa, ou Alta Magia, ou Magia Sexual.
Raramente estes Seres, ou Adeptos Maiores, se unem num ato magico com os humanos; para isso existem os Deuses, ou Espíritos Planetários.
Estes Adeptos Maiores sim se comunicam com alguns humanos para transmitir Seus conhecimentos, mas nada além disto.
A única forma de realizar “O Milagre da Coisa Una”, é através da Magia Sagrada ou Sexual, pois somente através de nossa parte Luz, de nossas memórias, da soma de nossas experiências, é que podemos “viajar” no Tempo-Espaço, para estar com Eles.
Esse é o objetivo da pratica da Magia Sexual, unir-se com os Adeptos Maiores, numa união onde todos os planos e os tempos se tornam um só, e nesse precioso instante, poderemos realizar as mudanças que desejemos no plano físico.
Fica muito por dizer…mas nem tudo pode ser revelado ainda.
Magia Sexual
A Transcendência do Amor
POR SERGE HUTIN
Este é o título de um livro escrito nos Estados Unidos,
em meados do século XIX, por um homem curioso:
o mago rosacruz Randolph.
Originalmente não era uma obra destinada à publicação,
mas apenas apontamentos confidenciais
que ele reservou para uns poucos discípulos
e que só foram levados ao grande público após sua morte.
Seu conteúdo centra-se na magia que envolve
o ato sexual resultante de uma união harmoniosa
e os poderes regeneradores dele originários.
Tradução e adaptação de Marco Antonio de Carvalho
PRIMEIRA PARTE:
PASCHOAL BEVERLY RANDOLPH
Paschoal Beverly Randolph nasceu em Nova York, a 3 de outubro de 1825. Era filho de um homem pertencente a uma família economicamente bem situada na região e de uma mulher, Flora Beverly, que descendia de ingleses, franceses e malgaxes.
Esta mulher - segundo se dizia, descendente da família real de Madagascar - morreu quando Randolph tinha apenas 5 anos, e seu desaparecimento marcou a vida do jovem para sempre.
O pai deixou-o aos cuidados de uma descuidada meia-irmã, que o largou praticamente abandonado: durante anos Randolph não foi à escola, e sua educação foi inteiramente feita nas ruas. Mais tarde, Randolph chegou a se formar em medicina - mas seus estudos foram quase inteiramente dirigidos por ele mesmo.
Durante toda sua vida Randolph guardou a lembrança do amor maternal perdido tão cedo. Na sua autobiografia, ele escreveu: "Nasci no amor de uma mãe amorosa. Sou exatamente a contrapartida de seus sentimentos, de suas paixões vulcânicas, ardentes, de seu amor que parecia o céu, mais profundo que a morte. De sua agonia, terrível como mil instrumentos de tortura. De sua esperança e confiança. Por sua solidão fui um eremita toda minha vida, mesmo entre os homens. Em uma palavra: sou a expressão exata do estado do corpo do espírito, da emoção, da alma, das tendências, das aspirações desta mulher, quando ela tomou para si a encarnação daquele que agora escreve essas linhas."
Randolph estendeu essa admi-ração a toda mulher, como poderemos ver. Mas esse lado malgaxe que tinha em si foi a origem, também, de uma série de problemas raciais. Desde cedo, foi maltratado por esse motivo. Aos 15 anos tornou-se grumete e, mais tarde, marinheiro. Tal fato levou Randolph a viajar por todo o mundo e conhecer países distantes.
Aos 20 anos, um grave acidente ocorrido quando ele cortava madeira obrigou-o a abandonar a carreira marítima. Passou então a exercer profissões diferentes, como tintureiro, cabeleireiro. Mas continuava a viajar, com os poucos recursos que conseguia reunir.
SEGUNDA PARTE:
VIAGENS AO ORIENTE E A AMÉRICA
Apaixonado desde a infância por ilusionismo e magia, ele foi, numa das suas viagens à Síria, um dos primeiros ocidentais a serem iniciados nos ritos secretos dos ansariehs. No seu retorno aos Estados Unidos, Randolph iria organizar uma seita ligada aos degraus superiores da rosacruz: os Sacerdotes de Aeth.
Na Europa, Randolph recebeu também os mais altos graus de um dos ramos mais ativos da comunidade rosacruz. Eliphas Levi, em pessoa, conferiu a Randolph o grau supremo da Fraternidade Rosacruz e também da Ordem do Lírio. Na Espanha, recebeu a iniciação secreta dos alumbrados, adeptos do Amor Puro.
Mas as viagens não pararam aí: ele visitou a América Latina, Inglaterra, novamente a França onde se tornaria amigo de Alexandre Dumas -, Grécia, Turquia, mais uma vez a Síria e Arábia.
De volta aos Estados Unidos, ele fez amizade com pessoas de posição na comunidade e adquiriu uma reputação sedutora e invejada nos meios maçônicos e rosacruzes da região. Entre os amigos maçônicos de Randolph estavam George Lippard, o general Ethan Ritchcock - autor de uma célebre pequena obra sobre os aspectos espirituais e psíquicos da alquimia, publicada em 1854 em Boston – e John Brown, autor da "cruzada antiescravagista", surgida na década de 1850 na Virgínia e que antecedeu a Guerra de Secessão.
Randolph foi, também, uma espécie de consultor espiritual de Abraham Lincoln, e isso não é tão surpreendente: ambos eram maçons e rosacruzes, ambos verdadeiros self-made-men, oriundos de uma classe social humilde, até chegarem a uma condição social superior.
Ambos eram ardentes patriotas americanos, queriam abolir a escravatura e libertar os negros. No fim da Guerra de Secessão, Lincoln encarregou Randolph de supervisionar, em seu nome, obras educativas destinadas aos escravos emancipados.
Randolph se tornara Supremo Grão-Mestre da sociedade rosacruz segundo duas patentes: uma liberada em 1858, após uma reunião realizada em Paris e presidida por Eliphas Levi, e uma outra, interior, oriunda da Fraternidade Hermética de Luxor.
Mais ou menos em 1870, Randolph participava de um círculo chamado Fraternidade de Eulis. Essa fraternidade rosacruz, atualmente com sede em Beverly Hall, Pensilvânia (EUA), é atualmente uma das organizações rosacruzes mais atuantes nos Estados Unidos.
TERCEIRA PARTE:
MAGIA:
O CONTATO COM OUTROS PLANOS
Apesar de seu grande sucesso nos meios ocultos, Randolph não teve jamais uma vida simples e feliz. Ele diria dele mesmo: "Cada gênio está destinado à miséria nessa vida, porque a sua vida nada mais é do que um desenvolvimento angular, unilateral."
Randolph morreu bastante jovem, depois de ter passado por vários problemas bastante difíceis: surgiram ataques de todo lado, resultado da total confiança que ele depositava nas pessoas, na sua generosidade. De fato, Randolph era de uma ingenuidade quase infantil com todos aqueles que se relacionavam com ele.
Mas, ainda assim, Randolph teve tempo para deixar alguns outros tratados ocultos, além da Magia Sexual: por exemplo, o Relacionamento com os Mortos, Os Mistérios Secretos de Eulis, além de uma série de romances iniciatórios, como Asrotis, Dhoula-Bell, Magh-Theson.
Madame Blavatsky não tinha Randolph em boa consideração: para ela, o americano era uma espécie de mágico, suspeito, ávido de fama e poderes nefastos. Mas este é um julgamento apressado: seria um erro crer que o autor de Magia Sexual era um homem obcecado egoisticamente com o poder às custas dos outros.
Randolph, na verdade, queria conhecer as leis supremas do universo e da vida, adquirir conhecimentos. Ele mesmo explicou: "Acreditamos na natureza, que é para nós a manifestação da inteligência suprema, e proclamamos que Deus reside em tudo e em cada um de nós. O mundo das aparências físicas não é nem de longe o único a ter uma realidade palpável. Pela magia será possível obter o contato com as outras regiões da existência."
Em “A Fraternidade de Eulis”, Randolph escreveu que crê nos mundos elétricos, etéreos e fluídicos, situados além das fronteiras do mundo material. Esses mundos, lembra ele, se estendem para o infinito, "povoados de belezas ofuscantes, ornados de nuvens e constelações insensatas, de paisagens sem limite." Esses mundos são, para nosso universo, o que este último seria para uma cidade de formigas.
QUARTA PARTE:
A MAIOR FORÇA MAGICA DA NATUREZA
Mas, para Randolph, a revelação fundamental é uma só: o sexo é a maior força mágica da natureza. Mais ainda: do amor nascem, segundo as circunstâncias, as paixões, os arrebatamentos, os estímulos para a criação divina ou humana, o surgimento de deuses ou diabos.
Daí a possibilidade dessa magia simples e eficaz, que não precisa ser temida pelos não-iniciados, pelos que não foram predestinados. Esta força, quando desencadeada, pode ser comparada àquela que, na natureza exterior, origina a tempestade.
Apesar dessa aparente simplicidade da energia sexual, Randolph acredita que somente um iniciado será capaz de dominar essa força inteiramente. Diz ele: "Este caminho está destinado e é reservado aos homens de coragem e algumas poucas mulheres, que sabem utilizar a energia sexual de uma forma útil."
Ele observa ainda que "as forças mágicas não repousam jamais nos grandes vazios das almas fracas, e elas não se revelam ao homem a não ser que as diferentes correntes de influências exteriores se acalmem, graças a uma vontade fria e paciente, comprovadas ritualmente".
Para Randolph, sua Magia Sexual seria apenas um caminho, traçado sobre um plano: o interessado deve erigir ele mesmo a vela do seu barco e orientá-lo com sua própria mão, "na direção onde brilha o Sol”.
Longe de ser um libertino cínico, Randolph mais parece, aos olhos modernos, um homem rígido, se comparado às atuais lutas pela chamada liberação sexual. Exemplo disso é que ele concebia sua magia sexual praticada apenas por um casal carinhosamente unido e amantíssimo.
São do próprio Randolph as palavras: "Não tome, para essa operação mágica, a prostituta, a virgem ignorante, nem a menor de 18 anos, nem a mulher de um outro, mas cumpra o ato solene com sua própria amada, esposa ou amante."
Ele exalta o casal a observar um sábio equilíbrio higiênico: alimentar-se com simplicidade e, de preferência, com alimentos naturais, dormir num leito duro, com a cabeça para o norte, usando travesseiros baixos, num quarto fresco e bem arejado.
Isto não quer dizer que Randolph queira tirar toda a alegria e prazer do ato sexual: "O homem não deve, jamais, tocar uma mulher que não esteja emocionada, e ele não deve deixá-la antes que os dois frissons não tenham acabado."
Ainda assim, seria falso acreditar que a multiplicação frenética das relações sexuais aumentaria os efeitos. Para Randolph, o contrário estaria mais perto da verdade. Escreve ele: "Não veja tão freqüentemente sua mulher e somente quando os dois estejam bem precisados. Durmam em quartos separados e uni-vos não mais que duas ou três vezes por semana."
Mas é interessante reforçar o fato de que a união do casal não se reduz somente ao ato sexual: "Além do prazer carnal, esteja atento à união das almas, se quereis que vossa prece seja atendida." Quando essa união atinge sua forma perfeita, ela é sagrada: "Que vosso amor vos una a Deus", espera Randolph.
QUINTA PARTE:
SEXO: CAMINHO PARA O DIVINO
Aos olhos de Randolph, seria inteiramente inconcebível acreditar que um amor verdadeiramente sincero e total possa fechar o caminho dos parceiros ao Divino.
Para ele, existem certas posições sexuais que têm efeitos mágicos, mas seria mutilar singularmente seus ensinamentos acreditar que tudo se resume a uma série de posturas fisiológicas sexuais mais eficazes. Ao contrário: Randolph crê que o ato sexual é um verdadeiro ritual mágico onde intervêm, ao mesmo tempo, os gestos, os perfumes, as cores, os sons,
Randolph precisa: "O ritual do amor mágico pode ser completado por objetivos tão variados como a vida mesma o é, mas não se pode esquecer jamais que a lei da polarização e reflexo devolve ao operador o bem e o mal que ele causa ao outro".
Essa é a idéia clássica do choque do retorno sofrido pelo enfeitiçador. Segundo Randolph, seria possível utilizar a energia sexual para a realização de toda sorte de operações mágicas: "Se um homem deseja ardentemente um certo poder e guarda este desejo do instante que penetra a mulher até o instante que a deixa, seus votos necessariamente serão satisfeitos."
Randolph desenvolveu um princípio, no qual afirma que se o ato sexual é perfeito, se a união entre o homem e a mulher se cumpre dentro de todas as esferas de seus respectivos seres, suas forças aumentam tanto mental quanto fisicamente. "E a prece, esta prece, é sempre satisfeita."
E quais seriam os resultados práticos obtidos pela magia sexual? Randolph enumera os seguintes:
1) A regenerescência da força e da energia vital e o reforço do poder magnético;
2) A produção da influência magnética, em vista da submissão do homem à mulher, ou da mulher ao homem;
3) O refinamento do poder ou dos sentidos em geral;
4) A determinação, à vontade, do sexo da criança a conceber e o reforço de suas capacidades cerebrais ou corporais;
5) A criação de visões sobre-humanas, espirituais e sublimes;
6) A realização de um projeto ou de um desejo extremo, não importa em que ordem de idéias.
SEXTA PARTE:
AS PROJEÇÕES MÁGICAS
O livro consagra os capítulos XIX e XXII à confecção minuciosa de espelhos mágicos, magneticamente carregados pelo casal. Outra proposta de Randolph seria a de quadros magicamente animados pela projeção da energia psíquica.
Para ele, seria possível realizar a magia dos quadros animados, não somente de pessoas vivas, mas de seres do passado e do futuro - e para isso bastaria que o casal soubesse realmente usar a energia sexual. Ele descreve suas próprias experiências, coroadas de êxito, e garante que os resultados podem ser alcançados por todos os seus seguidores.
Randolph explica: "Você verá, enquanto estiver confortavelmente instalado ao lado da pessoa amada, o ar do quarto escurecer gradualmente até o negro profundo. A imagem surgirá na sombra e o corpo pintado na tela estremecerá de repente. Os braços e as pernas do retrato farão movimentos incertos, como se eles se assegurassem da realidade da sua vida, e depois, lentamente, a silhueta inteira se destacará do quadro até vocês."
Uma operação como essa pode ser altamente perigosa, já que será muitas vezes suscetível de levar à materialização de entidades demoníacas, as quais tentarão seduzir a um ou outro dos operadores. Randolph, então, adverte: "Um minuto de prazer nos braços de um súcubo (o demônio feminino materializado) é um pacto assinado com o Diabo: toda sua vida pode ser sugada em um ano."
Uma curiosidade: Claude d'Ygé, autor da Nouvelle Assemblée des Philosophes, publicada em 1954, na França, afirmou ter visto vários desses quadros animados descritos por Randolph durante as reuniões de uma seita mágica em um castelo da Tchecoslováquia, nos anos 20. Essa seita, criada a partir da Fraternidade de Randolph, foi fundada pela tradutora do livro, na França: a estranha, misteriosa Maria de Naelowska
Magia sexual
A magia sexual, é aquela praticada tanto com recurso a rituais que passam pela carnalidade como forma de invocação de forças espirituais, como também aquela magia dedicada a fins amorosos, eróticos ou sexuais.
A magia com fins eróticos, é também denominada por alguns como magia vermelha. ( veja também: magia vermelha, magia negra, magia branca)
Se pensa que a magia sexual é assunto proibido na Bíblia, então pense de novo.
Observe atentamente as seguintes três passagens bíblicas:
Deus disse-me : Toma uma grande tábua e escreve nela com letra comum: «pronto-saque-rapida-pilhagem». Então tomei duas testemunhas de confiança:O sacerdotes Urias com Zacarias (…) Em seguida, eu uni-me á profetisa e ela concebeu um filho.Deus disse-me:«Da´-lhe o nome «pronto-saque-rapida-pilhagem», pois antes que o menino aprenda a dizer «papa, mamã», as riquezas de Damasco e os despojos de Samaria serão levados ao rei da Asiria.
Isaías 8, 1-4
Deus disse a Oseias: Vai, tomai uma prostituta e gera filhos de prostituição, porque o pais de prostituiu, afastando-se de Deus» Então Oseias foi e tomou Gomer, filha de Deblaim. Ela ficou grávida e deu-lhe um filho. Deus disse a Oseias:« Dá-lhe o nome de Jezrael, pois dentro em breve pedirei contas á casa de Jeú pelo sangue de Jezrael, e destruirei o reino de Israel»
Oseias 1, 2-3
Deus disse-me : Vai de novo e ama uma mulher que é amantede outro homem, que é adultera, pois é assim que Deus ama os seus filhos de Israel
Oseias 3, 1
Todos estes versos do antigo testamento revelam Deus, ( um poderoso espírito), dando instruções para que se cumpram praticas sexuais das quais resultam, ora fenómenos espirituais, ora o cumprimento de profecias, ora a manifestação dos desígnios do mundo espiritual no nosso mundo físico.
Ora, alegam certas escolas de pensamento místico, que este é precisamente o princípio da magia sexual, ou seja:
Uma sacerdotisa e um sacerdote, realizam processos sexuais, obedecendo a instruções espirituais, de forma a consumar a vontade de forças ou entidades espirituais, de forma a fazer produzir certos objectivos tanto no plano astral, como no plano físico.
Pois na verdade, para certos teólogos e místicos, este tipo de principio da magia sexual esta inscrito no velho testamento, e foi Deus o próprio a coloca-lo em pratica por mais de uma vez.
Por outro lado, a sexualidade como forma de invocação de forças espirituais, ou o sexo como veiculo do cumprimento da vontade de forças celestiais neste mundo, constituem um rico filão bíblico que passamos a expor e abordar. Vejamos os seguintes versos bíblicos:
A mulher, [Sara] foi falar assim ao marido:«Um homem de Deus veio visitar-me.pela sua aparência majestosa, parecia um anjo de Deus (…) Ele so me disse o seguinte: «Ficarás grávida (…)»
Juízes 13,6-7
O anjo de Deus apareceu novamente á mulher [Sara] quando ela estava no campo. O seu marido Manué não estava com ela (…) O anjo de Deus não apareceu mais nem a Manué nem á sua mulher (…) a mulher deu á luz um filho e deu-lhe o nome de Sansão.
Juízes 13,9-24
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Trabalhos de Magia Negra ou Branca
Amarrações, feitiços para dinheiro, amarrar amor, rituais. Relatos verídicos.
Veja: magianegra.com.pt
Em todo este capítulo do Livro de Juízes, observamos como um homem de Deus visitou Sara, esteve a SOZINHO com ela, e em consequência Sara gerou um filho, ultrapassando assim a sua esterilidade. Alguma escola de pensamento teológico e místico, tende a ver nestes encontros uma união sexual entre um ser espiritual poderoso, ( um anjo), e uma mulher.
Nesta passagem bíblica, está assim implícito que uma entidade espiritual produziu um fenómeno de natureza sexual ate á sua mais flagrante consequência: a produção de uma nova vida. E essa função sexual cumpriu-se de forma a que neste mundo se cumprisse a vontade de forças celestiais poderosas.
Mais exemplos são apontados pelos místicos defensores da magia sexual. Veja-se o próximo exemplo bíblico:
O homem uniu-se a Eva, sua mulher, e ela concebeu e deu á luz Caim. E disse:« Adquiri um homem com a ajuda de Deus». Depois ela tambem deu á luz Abel, irmão de Caim.
Génesis 4,1-2
A mais elementar lógica, dita que para conceber um filho, Eva necessitaria da ajuda, (colaboração sexual), de Adão, e não de Deus. Ao explicitamente declarar que aquele filho foi feito «com a ajuda de Deus», ( ela assim não o disse do segundo filho Abel), algumas correntes de pensamento teológico e místico advogam que Eva estava na verdade declarando que Caim foi gerado com a intervenção de um anjo de Deus.
E se assim for, então mais uma vez assistimos ao acto sexual enquanto uma forma de união entre seres espirituais e humanos.
No livro de Génesis, podemos também ler:
Deus disse a Abraão: «A tua mulher Sarai já não se chamará Sarai, mas Sara. (…) dar-te-ei um filho dela (…)»
Génesis 17,15
Ora, Abraão e Sara eram velhos, de idade avançada, e Sara já não tinha regras. Sara riu-se consigo, pensando: « agora que sou velha, vou experimentar o prazer (…)?»
Génesis 18,12
Nestes versos, Deus, ( um poderoso espírito), declara a um homem que engravidará a sua mulher, e dar-lhe-á assim um filho. Depois disso 3 homens de Deus visitaram Abraão e Sara, (Génesis 18,1-2). Os Homens de Deus anunciaram pela segunda vez esta mesma mensagem, e na verdade Sara deverá ter voltado a «conhecer o prazer», ( o acto sexual), e deu á luz um filho por intervenção divina.
Muitos encontram nesta passagem apenas a manifestação de um milagre, contudo em certas escolas de pensamento místico, estes versos encerram ocultamente a consumação de um acto de natureza sexual entre uma divindade e uma mulher. Foi a própria Sara que menciona «o prazer», em nítida alusão ao acto sexual. E na verdade, após a visita dos 3 homens de Deus, a gravidez aconteceu. Mais uma vez, o assunto fica misteriosamente no ar….
Um claro exemplo da união sexual e da sexualidade como forma de apelo de forças espirituais poderosas, (neste caso de anjos), encontramos também no livro de Génesis:
Os filhos de Deus viram que as filhas dos homens eram belas, e escolheram como esposas todas aquelas que lhes agradaram (…) Nesse tempo – isto é, quando os filhos de Deus se uniram ás filhas dos homens e geraram filhos – os gigantes habitavam a terra. Estes foram os heróis famosos dos tempos antigos.
Génesis 6,1-4
Mais uma vez observamos como a sexualidade foi um apelo irresistível aos anjos, que por ela desceram a este mundo, gerando filhas com as humanas, e criando efeitos neste mundo. O apócrifo de Enoch, decreve mesmo que em troca da sexualidade com as filhas dos homens, os anjos ofereceram á humanidade a sabedoria das esferas celetiais, sendo que assim a humanidade conheceu tanto os segredos da ciência, ( astronomia, matemática, manipulação de metais, as Leis, etc), como os segredos da magia, ( a astrologia, as artes magicas, etc).
Outros exemplos igualmente claros sobre a sexualidade e a magia, podem ser encontrados no livro de Génesis. Vejamos os próximos versos:
Ao anoitecer, os dois anjos chegaram a Sodoma (…) Lot insistiu tanto, que eles foram para casa dele (…) ainda eles não se tinham deitado, quando os homens da cidade rodearam a casa (…) chamaram Lot e disseram-lhe:«Onde estão os homens que vieram para tua casa esta noite? Trá-los, para termos relações com eles»
Génesis 19, 1-5
Nestes versos, encontramos uma das explicações para a destruição da cidade de Gomorra numa questão de natureza sexual; os anjos atraíram os desejos dos homens de Sodoma, que quiseram ter relações sexuais com eles. O pecado da sodomia, conjugado com as demais condutas reprovadas por Deus, levaram á destruição da cidade.
Mais uma vez, observamos com a sexualidade moveu forças ou entidades espirituais a actuar de uma certa forma e produzindo um certo efeito neste mundo. Por oposição á doutrina mística hebraica que encontrou na sodomia uma pratica de tal forma pecaminosa que entendeu que esse acto sexual conduziu á invocação do poder dos anjos a fim de destruir uma cidade, determinadas escolas de pensamento místico encontram nestas mesmas praticas sexuais uma forma igualmente poderosa de chamamento de entidades espirituais das trevas. Os rituais nocturnos de sexo, sodomia e dor, de teor mais ou menos sadomasoquista e de cheios de perversão, como forma de invocação de poderosos anjos das trevas, encontram raiz neste episodio Bíblico. A tese dessas escolas de pensamento místico é a seguinte: Se um acto serve para atrair tão enorme poder repulsivo de anjos de luz, então o mesmo acto servirá para atrair um enorme poder favorecedor de anjos das trevas. Seja como for, a sexualidade mais uma vez se cruza de uma forma clara com o misticismo neste relato bíblico.
Sobre a magia e o sexo, abundantes são outros relatos bíblicos, que deixam entender que desde tempos imemoriais a pratica da magia se cruza com a pratica sexual. Assim podemos ler no Antigo Testamento:
Não haverá prostituta sagrada, nem prostituto sagrado entre os israelitas
Deuteronómio 23,18
Continuam as prostituições de tua mãe Jezebel,
e as suas inúmeras magias 2 Reis 9;22
Aproximai vos, filhos da feitiçaria (….)
não sois vós que procurais a ardência do sexo?(….)
tiravas partido dos teus amantes, com os quais gostavas de ter relações; e(….)
multiplicavas as tuas prostituições
Isaías 57; 3-5
Mais uma vez verificamos que, conforme podemos atestar pelos mais diversos relatos bíblicos, a sexualidade e magia encontram-se profundamente interligados desde a aurora dos mais remotos tempos.
As práticas sexuais enquanto parte fundamental do processo mágico, e assim da invocação de forças espirituais, são descritas nos textos de Isaías e Deuteronómio.
Não só isso, como toda a noção de cruzamento entre sexo e magia são igualmente reforçadas por todo o filão de exemplos bíblicos nos quais podemos encontrar referencias mais ou menos claras da forma como a sexualidade atraiu a manifestação de influencias e entidades espirituais neste mundo, ou ate mesmo como poderosas forças espirituais actuaram neste mundo através da sexualidade.
A magia sexual, também por alguns denominada magia vermelha, esta igualmente associada ao sangue, e daí a referencia á cor vermelha.
Sobre o sangue nos processos religiosos, encontramos 2 claras referencias
no Antigo Testamento, e elas são:
«O sangue é a vida»
Deuteronómio XII, 23
O sangue é a vida da carne,
e esse sangue eu vo-lo dou para fazerdes o rito
Levítico 17,11
Magos como Aleister Crowley, defenderam que o sangue mencionado na teologia hebraica e que se destinava a ser usado nos rituais místicos, não é mais que uma mera representação dos fluidos sexuais. Defendem estas visões místicas, que quando se esta falando de sangue, está-se falando de vida. E na verdade, a geração da vida reside no sémen depositado num útero, a vida reside no processo genético gerado entre a união de um óvulo e de um espermatozóide. O sémen masculino, e o sangue menstrual da mulher, são por isso o «sangue» que alegoricamente é descrito na bíblia como instrumento primordial de uso em rituais místicos. Defendem os autores deste tipo de magia sexual, que na Bíblia a revelação sobre o sangue é feita de forma intencionalmente alegórica, porque se trata de um segredo esotérico apenas acessível a iniciados nos segredos do misticismo.
A magia sexual visa atrair forças ou entidades espirituais ligadas ao erotismo e á carnalidade, convidando-as a actuar na persecução de um determinado objectivo, seja esse a conquista do ser amado, a inebriação dos sentidos de um ser desejado sexualmente, ou mesmo a cura de problemas de natureza sexual, etc. Nesse tipo de processo, os aromas são de importância fundamental para a conjuração das forças espirituais adequadas ao processo esotérico e ritual em curso.
Os aromas afrodisíacos são potenciadores dos estímulos sexuais. Ao mesmo tempo, acredita-se que os incensos são substancias aromáticas agradáveis aos espíritos, e que por isso constituem um chamamento á sua presença e á sua influencia nas nossas vidas.
Na Bíblia, Deus instrui Moisés sobre a fórmula sagrada segundo a qual o incenso deveria ser produzido, para depois ser consagrado no altar. Deus esclareceu Moisés que o incenso criado segundo a fórmula apropriada, constituía uma aroma que Lhe era agradável e que por isso deveria ser queimado no altar em todo o tipo de rituais.
Assim sabemos através dos saberes bíblicos, que os incensos constituem um forte meio de conjuração de forças espirituais.
Deve-se por isso usar o incenso adequado para invocar a força espiritual certa para ajudar nos fins certos. Não se deve usar um aroma invocatório de forças espirituais guerreiras, num processo esotérico com fins amorosos; também não é aconselhável conjurar forças espirituais de natureza erótica para auxiliar em assuntos de natureza material. No primeiro caso, seria certo produzir uma catástrofe num relacionamento, ao passo que no segundo caso os seus objectivos seriam nitidamente frustrados e derrotados.
Num processo espiritual em que estejam sendo invocadas forças celestiais, o poder astral de Júpiter poder ser aplicado a uma questão de justiça, assim como a força astrológica de Marte num empreendimento ou em conquistas, e o poder astral de Vénus ou Plutão em assuntos eróticos ou sexuais, a influencia celestial de mercúrio na ultrapassagem de obstáculos, na protecção contra roubos, invejas e outros males, ou mesmo na revelação daquilo que desconhecemos.
No entanto, cada tipo de força astrológica ou influencia astral, deve ser invocada consoante a sua própria natureza, e atendendo ao tipo de questão que desejos abordar.
O uso inadequado de forças astrais incorrectas, pode piorar bastante aquilo que já esta complicado. Por isso, todo o estudo e sabedoria são necessários na manipulação das forças espirituais e celestiais que nos rodeiam.
Por isso também, uma magia realizada para fins eróticos, deve contemplar o uso de incensos invocatórios cujo o aroma seja uma forma de invocação e apelo agradável ás forças espirituais favorecedoras de assuntos eróticos, carnais ou sexuais.
Os aromas de incensário adequados a magias, orações e rituais fins sexuais e eróticos, são:
Sangue-de-Dragão
Cravo-da-Índia
Rosa
Baunilha
Canela;
Jasmim
Cravo-da-Índia;
Sândalo
A magia sexual desempenha grande papel no mundo, porém as pessoas normalmente não se dão conta de que vivem envolvidas por processo ativados atraves da manipulaçao de energia em nivel de sexualidade. Pela energia sexual se pode atingir negativa ou pisitivamente às pessoas. Muitos objetos de magia são preparados através de processos mágicos. Já falamos do que ocorre no período de excitação em gral e no de orgasmo em particular. É quando há maciça emissão de energia a qual serve de meio para a consecução de determinados objetivos, tais como enfeitiçamento por imagem, fetiches por meios do qual o nome é excluido. A energia sexual é o caminho mais facil para a preparaçao de amuletos, pentaclos e muitos outros elementos mágicos.
Na verdade tudo o que diz respeito à energia sexual é colocada com a etiqueta de tabu ou, quando não, como coisas que não devem ser estudadas e menos ainda praticadas por se tratarem de “obras do demônio”. Na verdade a maioria das interdições se prendem a tabus e códigos impostos pelas religiões e consequentemente pela sociedade. Nesta palestra vamos explanar um tanto sobre a maneira como isso é efetivado. Como a energia sexual exerce atividade no campo da magia?
Qualquer que seja a atividade em magia se baseia fundamentalmente em tres condições: Concentração Mental – Visualização – Disponiilidade de Energia.
A Concentração Mental não é muito facil pois a pessoa tende a se distrair. O pensamento assume o comando tirando a pessoa do alvo pretendido. O mesmo se pode dizer com referencia à Visualização. Contudo, durante a união sexual a prtir de certo momento o pensamento deixa de se impor, consequentemente a conentraçao mental se torna mais simples de ser efetivada, assim também a vizualilação. O terceiro elemento que diz respeito à energia, como já referimos em outras palestras, é na fase de excitaçao e especialmente no orgasmo que ela flui mais facilmente em grande quantidade.
O mago que se propôe a usar a energia sexual deve trabalhar na habilidade de concentração sobre uma certa imagem firmando-a claramente em sua tela mental. O objetivo é criar uma dicotomia entre a atividade corporal e a da psique. Enquanto exerce o ato sexual, qualquer que seja a forma escolhida a imagem deve ser claramente fixada na tela mental sem qualquer interrupção. Vizualização do intento sendo registrado no objeto.
Agindo dessa forma, obviamente, demorará mais para se atingir o clímax, contudo, acontecerá no final! A chave durante este processo é manter a mente na imagem escolhida, concentrando-se numa única imagem e fixando-a durante todo o processo, especialmente permitindo a imagem ser vista o mais intensamente do orgasmo. É obvio que o lado prazeroso deve ser afastado, por isso o climax se torna mais demorado, contudo acaba por ocorrer. A pessoa não deve de forma alguma se distrair, mesmo que seja no sentido do prazer. Podemos ver que esse tipo de magia diz respeito ao terceiro tipo de coito, ele não visa o prazer (primeiro), não visa procriar (segundo) e sim manipulação de energia (terceiro). Na impregnação energética do objeto é fundamental o intento, ou seja o objetivo a que ele se destina, o que deve fazer, como deve agir. A concentraçao mental se faz no objeto, na sua forma. Deve ser exercido até o nivel em que nada mais exista na tela mental do que o objeto. Por outro lado a vizualização diz respeito à ação. Visualizar ele agindo segundo o proposito do mago.
É possivel, e até mesmo comum, um mago gerar uma forma de pensamento usando esse tipo de magia sexual. O uso daquilo que for gerado depende da intenção do seu creador, assim sendo tanto pode ser uma forma auxiliadora, quano uma prejudicial. Assim ele pode gerar uma forma cujo objetivo é sugar energia de alguém, desse modo pode ser um íncubo ou um súcubo, depende do que a pessoa alvo possa sentir.
No caso citado no parágrafo anterior não há o objeto a ser impregnado, não há o fetiche, o proceso ocorre em nivel de “matéria astral”. Isso equivale à geração de um obsessor destinado a prejudicar alguém.
Numa outra aplicaçao desse tipo de atividade mágica em vez do mago negro criar uma forma de pensamento destinada a espoliar alguem, ele visualiza a si mesmo e assim vai até à pessoa visada e então agir de muitas maneiras, sendo um tanto comum especialmente usufruir do prazer sexual. Nesse caso a pessoa atingida pode ter um sonho erótico.
Transcrevemos a seguir dois paragrafos do livro MAGIA SEXUAL. “Uma variação da técnica do íncubo permite o alcance das metas da baixa magia nos reinos físico, mental e espiritual através das técnicas delineadas acima. O mago pode criar um elemental artificial ou criatura que pode ser mandada realizar certas tarefas. Os limites desta técnica são encontrados no fato de que a criatura deve ser programada para se dissolver ao completar a tarefa e não se manter como um familiar contínuo. A única exceção aqui é onde o mago está completamente confiante em sua habilidade mágika para manter a criação sob total controle. Houve muitos casos na história do ocultismo onde um elemental artificial, criado e sustentado por meios sexuais, atingiu um grau de independência de seu criador devido à negligência ou excesso de confiança e então drenava a energia de seu criador e até mesmo atrapalhava seu trabalho oculto e vida diária”.
Portanto, a chave para criar um Familiar é total controle sobre a criação e programação repetida numa base regular, coordenada com a técnica de forma que o familiar (nome dado em magia para designar alguns tipos de Formas de Pensamento – elementar) seja mantido alinhado com os requerimentos do mago. A maioria dos elementais artificiais ou familiares são programados para se dissolverem de volta ao corpo astral tanto ao alcançarem o êxito em sua missão quanto após determinado período de tempo. Este é de longe o melhor método a menos que o mago tenha uma razão específica para desejar um familiar de maior duração.
Em palestra anterior falamos na maneira como os magos agem atraves de bonecos. O voduismo faz muito uso disso. Uma tecnica para a criação de um elementar é baseada no uso de um boneco. Neste caso o boneco é usado como uma representação da pessoa visada (dá ênfase à forma e não propriamente ao nome), o boneco é usado como forma. Mas esse tipo de magina pode envolver também o nome, por isso muitos magos negros necessitam do nome da pessoa alvo, nome que ele apaga dessa maneira. Eis por que razão toda pessoa deve ter um segundo nome, nome místico, o qual deve ser mantido guarda em total sigilo para evitar que venha a ser usado nesse tipo de magia. Tendo o segundo nome se alguma forma de magia for feita usando o nome, apagando o registro, não tem grande problema porque nesse campo o que vale é o nome místico.
A Magia Sexual é algo tremendamente importante não apenas na terra, mas também no universo, por isso ela deve ser es¬tudada com muito cuidado e seriedade para que não venha a ser usada de forma deformada e perigosa.
Ela está envolvida por um grande simbolismo, e uma má interpretação do simbolismo é um convite para de¬turpações de toda espécie. Isso foi o que muitas vezes já aconteceu no seio de várias religiões e filosofias, novas e antigas, a tal ponto que algumas delas chegaram ao cúmulo de estabelecer uma prostituição oficial ligada a templos religiosos, por negligência sobre o sexo sagrado . O que devia ser uma pratica sagrada se converteu em comércio erótico.
Nesta palestra é nossa intenção falar o necessário sobre a magia do sexo a fim de que se possa ter sobre o assunto uma idéia correta, que os membros de algumas ordens não devem ignorar desde que existem representações simbólicas dessa magia não só nos templos de quase to¬das as religiões orientais.
A Maçonaria tem sido criticada por ter representações simbólicas ligadas à magia sexual, porém todas as religiões também o têm sob alguma forma. As torres das igrejas, por exemplo, em essência são representações simbólicas do princípio masculino, tal como os minaretes das mesquitas is¬lâmicos. Nos templos católicos vamos encontrar um outro elemento cuja natureza é puramente de magia sexual; o sino que nada mais é do que a representação simbólica dos órgãos sexual masculino e feminino.
Basicamente o erotismo dominou sempre a mente de todos os seres humanos por se constituir o mais evidente e fundamental dos impulsos biológicos, que vai muito além do simples instinto de conservação da espécie. Já vimos o papel que ele desempenha ligado à energia sutil, e em palestra futura mostraremos bem melhor a importância da energia sexual como ela pode ser usada para fins transcendentais.
Ante o poder do sexo, o ser geralmente não teme a morte, pois o instinto sexual sobrepuja até mesmo o instinto de auto-preservação.
Em se tratando de um instinto tão fundamentalmente forte é óbvio que ele não poderia deixar de influir profundamente em todas as ações conscientes de todas as criaturas vivas. É certo que o sexo sempre dominou totalmente as espécies. Todas foram, são, e serão dominadas fundamentalmente por essa forma de energia, pois ela é um dos aspectos daquela energia que comanda todas as transformações da natureza determinando a UNIFICAÇÃO.
Podemos estudar a magia sexual sob um duplo aspecto quanto à pessoa humana: Seu signifi-cado para o homem primitivo e para o homem já de alguma forma envolvido com as civilizações. Para o homem simples, primitivo, o sexo é uma das mais intrigantes manifestações da natureza, pois graças à união entre dois seres é que surge a vida, um verdadeiro mistério para ele. Por isso o homem primitivo via na união sexual uma forma de manifestação mágica espetacular, pois era o único ato que determinava a origem de um novo ser. Assim, ele se revestia de tamanho mis¬tério que levava a ser considerado uma manifestação divina direta. O sentido de divindade, porém, resultava não somente do encanto que o coito representava nos processos criativos, mas especialmente pela sua importância no sentido da fertilidade. O sexo se revestia de grande significado desde que as tribos dependiam diretamente dele para continuarem a se perpetuar, e até mesmo sobreviverem, pois era fundamental que ele envolvia um grande número de elementos que as pessoas consideravam importantes para serem fortes e respeitadas. Para que houvesse um grande número de pessoas numa tribo era fundamental a fecundidade. A reprodução sexual, pensavam eles, era o meio que o ser Supremo oferecia-lhes para se tornarem fortes de dominantes.
Em decorrência da necessidade da procriação o homem e a mulher deveriam ter uma alta fecundidade, por isso os órgãos sexuais eram cultuados com grande respeito nos ritos religiosos primitivos.
Por outro lado, uma tribo dependia para sua sobrevivência de rebanhos e esses cresciam, graças à reprodução. Não tardou, portanto, que os nativos descobrissem que até mesmo os vegetais se reproduziam sexualmente, que havia a necessidade da fusão de dois elementos para que houvesse descendência. Tudo isso fez com que as culturas primitivas passassem a considerar os órgãos sexuais como sagrados, desde que eram essenciais para a existência da tribo. Da importância disso nasceram os primitivos cultos à sexualidade, pois naquelas culturas todas as necessidades eram associadas a ritos especiais. Assim, é evidente, que desenvolvessem ri-tuais e criassem símbolos fálicos, não como uma manifestação erótica, mas sim como uma forma de respeito e mesmo de adoração á criação da vida na terra. Esse respeito se fez presente através do tempo e hoje dele se tem conhecimento disso graças às inscrições, aos desenhos, aos monumentos e outros ob¬jetos representativos.
Sabe-se que nos agrupamentos humanos primitivos a grande maioria dos rituais era ligada à magia sexual. Por isso existem representações em ruínas representações do "falus" (= órgão sexual masculino ). Neste ponto vamos salientar que o motivo fundamental do valor dado pelos primitivos ao sexo não era o de prazer erótico, e sim pelo que ele representava materialmente para a sobrevivência das es¬pécies, sob todos os pontos de vista. Eles não cultuavam o lado erótico do sexo, mas sim o lado prático da reprodução, e o lado mágico imposto pelo mistério que era o nascimento de um novo ser. Portanto, os cultos fálicos não eram dirigidos à emotividade, mas sim à fecundidade, pois, se abolissem o sexo, por certo não haveria descendentes, e uma tribo pequena era presa fácil para as outras maiores.
Sem a fecundidade não haveria os rebanhos suficientes para a alimentação e nem os campos produtivos para garantirem a sobrevivência tribal. O homem de civilizações mais primitivas tem uma idéia completamente diferente da nossa, no tocante ao sexo. Ele é atraído sexualmente, irresistivelmente, pela força da unificação universal como todas as coisas existentes no Universo, porém o que é muito importante é saber que ele, mesmo que usufruísse da gratificação sensual do orgasmo o faziam, porém sem considerar esse o principal componente da união sexual. Assim sendo, o nativo usa o sexo instintivamente de dois modos fundamentais: Como meio de auto-reprodução e de crescimento numérico da espécie; e como meio de aplacar o ímpeto atrativo entre duas polaridades opostas, ou seja, o atendimento de uma necessidade fi¬siológica. Já, no homem mais evoluído o sexo é utilizado sob tríplice aspecto: Gratificação Prazerosa (satisfação erótica), Reprodução, Canalização Energética e Sublimação Espiritual< Na verdade o segundo é o principal responsável pelo atendimento do impulso fisiológico primário.
No primeiro aspecto é que se estribam todas as deformações sexuais, todas as aberrações e todos os desvios de conduta que levam à ruptura da Ordem. Ele cria uma motivação a mais para o homem da qual decorrem todas as implicações que se tem conhecimento. Exatamente este é o aspecto que falta nas demais espécies biológicas e também no homem primitivo, pois aquele componente é fruto de criações mentais, é filho apenas da criatividade psíquica.
Os aspectos da sexualidade não são perigosos e nunca são pecaminosos, desde que não tendam a desviar o indivíduo da planificação moral da vida. O sentido erótico pode ser pe¬caminoso e assim mesmo se gerar culpa. Por isso é somente ele está presente na espécie humana, por ser um convite ao prazer intensional. Isso pode se revestir de pro¬blemas, haja vista as práticas sádico-masoquistas.
Freqüentemente os grandes crimes e distúrbios sociais que alteram e prejudicam tanto à vida das pessoas basicamente resultam do lado erótico Em parte é por esse aspecto que as religiões condenam, combatem, reprimem, e consideram pecaminoso o sexo.
Ao homem consciente cabe disciplinar a sexualidade erótica, embora ela possa ser devidamente utilizada sem problemas.
Algo nunca é errado ou certo por si mesmo, mas sim pelo uso que lhe é dado.
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Energia sexual como forma de Comunhão com o Sagrado”. Vemos em palestras futuras.
Não vamos nessas palestras nos aprofundarmos no trabalho e na vida do grande pesquisador e “inspirado” Mesmer. Não entraremos em detalhes sobre Mesmer, pois isso facilmente, e com grande riqueza de detalhes, pode ser obtido por pesquisa via Internet. Apenas nos referimos para mostrar que a idéia de um fluido mágico preconizado por ele já era conhecida desde priscas eras.
A magia fala de um fluido universal há milênios, mas somente a partir de Mesmer foi que o mundo ocidental tomou conhecimento disso.
Mesmer foi um famoso medico austríaco, nascido em 1734 que dedicou sua vida q muitos ramos de atividade na área médica. Em 1775, após muitas experiências, ele descobriu a capacidade de curar com suas próprias mãos, pelo que passou a acreditar que delas desprendia-se um “fluido”. Diante de tal capacidade ele chegou à seguinte conclusão. “De todos os corpos da Natureza, é próprio homem que com maior eficácia atua sobre o homem”.
' Acreditando na existência desse fluido de poder curativo, Mesmer desenvolveu alguns meios de utilização começando então tratar as pessoas. Nada era cobrado pelo tratamento e ele preferira atuar na área psíquica, mas também magnetizava água para ser usada pelas pessoas, e até mesmo objetos tais como pratos, camas, etc. Para ele a doença não era mais do que um estado de desarmonia energética. Mesmer praticou durante anos o seu método de tratamento em Viena e em Paris, com evidente êxito, mas acabou sendo expulsas de ambas as cidades pela inveja e incompreensão de muitos. Depois de cinco tentativas infrutíferas para que o seu método fosse examinado pelas autoridades de saúde e pela academia, só então em 1779 resolveu divulgá-las em uma publicação intitulada: “Dissertação sobre a descoberta do magnetismo animal”. Tornou-se muito popular e a sua popularidade prosseguiu por muitos anos, sendo então, para uns um gênio; e para outros, impostor e charlatão. Em 1792 viu-se forçado a retirar-se de Paris, vilipendiado, e perseguido, quando, então se instala em uma pequena cidade Suíça onde viveu 20 anos, sempre servindo aos necessitados gratuitamente, sem nunca desanimar e nem se queixar. Em 1812, já aos 78 anos a Academia de Ciências de Berlin convida-o para prestar esclarecimentos sobre o seu método, pois pretendia investigar a fundo o magnetismo. Ele recusa o convite e então a Academia encarregou o prof. Wlfart de entrevista-lo. O depoimento desse professor é um dos mais belos a respeito do caridoso medico: “Encontrei-o dedicando-se ao trabalho no hospital escolhido. Acrescente a isso um tesouro de conhecimentos reais em todos os ramos da ciência, tais como dificilmente acumula um sábio, associada a uma bondade imensa de coração que se revela em todo o seu ser, em suas palavras e ações, e uma força maravilhosa de dedicação aos enfermos” Em 1814 regressa a sua terra natal Iznang, onde permaneceu até os seus últimos dias aonde veio a falecer em 05/03/1815. O grande problema de Mesmer foi haver “nascido fora da época”, e de haver despertado para um ramo da ciência então desconhecida, mesmo que já houvesse sido altamente desenvolvida no Antigo Egito e na Atlântida.
Mesmer criou uma terapia cientifica que revolucionou a medicina da época, elaborou uma fisiologia humana espiritualista, mas suas descobertas estão esquecidas aguardando quem as resgate. O homem não é apenas um corpo. A complexidade da fisiologia humana ultrapassa os limites de observação dos sentidos físicos, vive imerso numa matéria sutil, que se espalha por todo o universo interligando todos os seres.
O que Mesmer descobriu foi à existência de um fluido universal, já citado pela magia tradicional. Os adeptos da magia, assim como os seguidores de Mesmer, referem-se à existência de dois fluidos: O fluido elétrico, que provém do elemento fogo; e o fluido magnético, proveniente do elemento água. Existem muitas discussões em torno desses fluidos, algumas põem em evidência a um terceiro do elemento ar, que seria um elemento compensador, e de um quarto, o terra teria ação bipolar.
MESMER
O hermetismo em nível de quinta e sexta câmaras dá grande ênfase ao estudo do “fluido Universal” para que a pessoa possa entender e aprender a trabalhar no mundo objetivo, no plano do mundo denso. Segundo o Hermetismo devem-se considerar no mínimo 4 fluidos ligados aos elementos básicos, embora existam aqueles referentes ao nível acima dos 4 elementos, pois na verdade os fluidos nada mais são do à Quinta Essência dos elementos. Segundo os estudos herméticos existem não apenas dois fluidos como a magia hodierna afirma, mas sim quatro, um correspondendo a cada elemento. Pouco se pode dizer da quinta essência dos elementos acima do fogo. Como diz Franz Bardon: “O conhecimento e o domínio desses dois fluidos dá imenso poder ao mago. Através do seu domínio o mago consegue tudo o que quiser em todas as esferas, no mundo menta, astral ou material”. A Alquimia Hermética, estudada na sexta câmara, tem base na operacionalidade dos quatro fluidos. A pessoa para chegar a ser um Adepto Alquímico, – Alquimista – aquele que tem sólidos conhecimentos e domínio sobre a matéria deve ter uma boa base na operacionalidade dos quatro fluidos. O domínio sobre os fluidos ligados aos 4 elementos dá poder sobre o mundo material, à transformação dos elementos densos. Enquanto isso o domínio sobre os falidos superiores, promove as transformações em nível mental, trata-se da chamada alquimia espiritual.
Muitos elementos citados na arte mágica são tidos como ilusões, mas, passo a passo, tudo vem sendo aceito pela própria ciência moderna. Quando se deseja uma ação mágica como, por exemplo, fazer uma cura, localizar uma pessoa desaparecida, e muitas outras ações, o mago pede algo da pessoa, uma roupa, ou mesmo algum material biológico. Para que a magia funcione deve haver algo estabelecendo algum tipo de ligação com a pessoa. A não ser um mago de alto poder de mentalização e muita energia pessoal, todos os demais sempre precisam de elementos de ligação. Um mago de alto nível não requer nenhum tipo de suporte mágico e nem qualquer elementos para servir de ligação com a pessoa.
No passado, por exemplo, uma pessoa, uma criança, ou seja, lá o que fosse, para que um mago descobrisse algo sobre ele, sua localização, etc. era preciso algum elemento pessoal. Isso ainda hoje é usual no campo da magia. Os próprios magos – sensitivos – não explicam isso, mas o Hermetismo afirma que tudo é decorrente da necessidade física de estabelecimento de ressonância vibratória. Qualquer transferência de informações, direta ou indiretamente, resulta de ressonância, afinal vivemos num mundo em que tudo só se manifesta pela vibração no que diz respeito. Qualquer interação sempre é decorrente de vibrações ressonantes. Isso é válido para a magia atuar sobre o alvo pretendido.
Na Magia um objeto, ou uma pessoa é localizada graças à ressonância, assim a origem e o alvo devem ter algo em comum que os una vibratoriamente para que seja estabelecida a interligação.
O entendimento da razão da necessidade do estabelecimento de uma ligação já era conhecida desde os primórdios do Hermetismo, pois se sabia que tudo na natureza vibra e toda interferência entre distintos elementos sempre se faz por ressonância vibratória. Assim, para o estabelecimento de uma ligação é preciso que haja ressonância.
Atualmente a ciência biológica diz que tudo está “escrito” em nível de código genético, que nele há registros de todas as etapas e vivencias do ser desde a sua origem através do DNA. Sem dúvida alguma o DNA é como se fosse uma “escrita”, ou algo como uma partitura musical.
Qualquer fluido da pessoa encerra um padrão de DNA próprio, até mesmo algo que haja tido um leve contacto com uma pessoa deixa traços do seu DNA, deixa uma marca do seu padrão individual.
Por desconhecer o papel do DNA, no passado, a ciência não dava qualquer valor à necessidade de algo próprio da pessoa para efetivar sua identificação ou relação com algo, razão pela qual considerava tolice o pedido do mago de algum objeto pessoal para a efetivação de uma busca mágica. Hoje já não mais é assim, pois a própria ciência faz o mesmo. Até existe um importante ramo de Medicina Legal direcionada para busca de provas forenses oriundas da identificação do DNA. Hoje é fundamental a presença de algo individual para identificar uma pessoa pelo DNA, ou seja, para estabelecer a ligação entre um instrumento, um lugar, etc. com um possível acusado. Também muitos condenados já tiveram suas penas atenuadas, acusações eliminadas graças ao DNA e também o inverso, muitos crimes revelados. Os detetives buscam algum material do suspeito, mesmo um fio de cabelo, fragmentos mínimos de pele, manchas de sêmen, de saliva, suor, até uma ponta de cigarro contendo resquício de saliva para através de isso identificar o DNA presente e verificar se existe similitude como o padrão de DNA do acusado.
A magia usa isso há milhares de anos embora não falasse de DNA. Trata-se de algo que somente agora a ciência está aceitando plenamente. Assim estamos vendo uma confluência daquilo que a magia dizia ser preciso, a necessidade de um elo entre o agente e o objeto.
Um dos capítulos importantes no estudo da Magia se refere à criação de “elementares”, tipos de auxiliares no exercício das atividades mágicas. Por um lado é vantajoso criar um elementar, mas é preciso que a pessoa saiba o que está fazendo, que ela tenha conhecimento de auto-proteção, do contrário está sujeito a acontecer como diz o ditado; o feitiço se voltar contra o feiticeiro .
Desde priscas eras os magos começaram a criar “suportes mágicos” para suas atividades, e não se sabe a partir de quando começaram a dar forma humana aos suportes mágicos. Não só isso, eles tentaram até hoje a dotar de vida as formas creadas. Nesse processo, muitos magos engolfaram-se de vaidade querendo competir com o Creador, mas isso apenas acarretou infortúnios para eles e outros seres.
Muitos Gnósticos dizem que a primeira tentativa já ocorreu quando o Demiurgo deu inicio a “creação dos espíritos”, a “queda de Sophia”. Segundo eles o Demiurgo (Lúcifer) criou seres imperfeitos a partir donde o Pai vem procurando reparar o mal praticado (desenvolvimento espiritual).
Talvez haja sido esse desejo competitivo que levou Rabbi Loew a criar o Golem, um ser humanóide. A do Golem é citada pela Tradição Cabalística da Idade Média. Um Golem não possui nenhuma qualidade espiritual porque o seu criador (mago) pode dar-lhe uma forma e dotar-lhe de atividades físicas, mas não consegue infundir-lhe o “hálito da vida”. Foram tentadas muitas formas, especialmente ligadas à energia sexual, mas jamais isso aconteceu, sempre as creaturas creadas foram destituídas de alma humana. O golem (nessa denominação enquadramos qualquer forma de criaturas “fabricadas” por processos mágicos) é simplesmente uma coisa animada, sem sentimentos, como um robô, sem nenhuma vida real, ou desejos próprios.
Em data mais recente, uma escritora e pesquisadora francesa, Alexandra David Neel viveu por cerca de 30 anos no Tibete. Nesse período teve necessidade de um guardião – guarda costas – Com a assistência de alguns Lamas ela construiu uma forma, graças ao poder mental dos lamas ela conseguiu a criar uma forma etérea, e depois chegando ao ponto de concretizá-la de tal forma que passou a defendê-la em suas viagens pelas estradas das montanhas. Ele a defendia em todos os momentos como se fosse uma pessoa real.
Após ser confeccionado um desses “bonecos” o mago sopra sobre ele algumas vezes, imaginando tirar a figura do estado inerte despertando-a para a vida.
É fundamental dar um nome ao “boneco”; isso se faz pronunciando o nome várias vezes sobre ele. Nesse caso se forma um ser idêntico a um “elementar”, por isso eles são assim conhecidos. As doutrinas orientais chamam de “forma de pensamento”. O Golem, citado na mística judaica da Idade Média, foi uma criação mágica desse tipo, efetuada com auxílio da Cabala.
Todo mago cria elementares para uso próprio, nesse caso os citados materiais devem ser procedente dele próprio, ou seja, no elementar de conter alguma coisa de seu organismo, sangue, urina, saliva, etc. Se o “elementar” não for para uso pessoal jamais deve ser colocada nele alguma coisa de seu próprio organismo, por essa razão atualmente o mago usa luvas no processo de confecção de suportes mágicos, em especial de bonecos, para evitar impregnação de modelos energéticos pessoais (Todos os fluidos e tecidos orgânicos contêm lembre-se de que o DNA contém modelos individuais, e assim se deve evitar que ele conte em maioria no fluido.
Dependendo do tipo de trabalho a ser feito o “boneco” – elementar – pode ser consagrado a terra, ao ar, ou à água (ao fogo é preciso um tipo especial de material que não derreta com o calor da confecção.
Um dos cuidados que se deve ter ao confeccionar um elementar é lhe atribuir um nome pelo qual ele possa ser evocado e mantido sob certo grau de controle, do contrário o mago não tem como evocá-lo e então ele passa a fazer parte do “mundo dos elementares”, onde pode se tornar um sugador de energia, podendo em muitos casos vampirizar o seu próprio criador. (Lenda de Frankenstein).
Nem todos os “suportes mágicos” têm o mesmo poder energético. Isso pode ser conferido com um pêndulo. Quando o elementar não se apresentar o bastante poderoso, então a carga energética pode ser aumentada ilimitadamente, porém jamais a um nível em que ele se torne mais poderoso do que o seu creador.
Outro cuidado importante no confeccionar um “elementar” é determinar-lhe o tempo de existência, e a forma de como descartá-lo. É importantíssimo eliminar o “elementar” quando ele não mais for necessário.
Tem grande importância dissolver qualquer “elementar” criado, pois em caso dele por algum motivo sair do controle do mago, como um mero abandono ou por morte do mago ou mesmo por morte deste, aquele ser continuará existindo por tempo indeterminado, integrando uma espécie de “lixo” do astral.Grande parte das formas de existência do mundo astral é constituída de elementares creados, o mesmo se pode dizer dos sugadores de energia.
Outro ponto que vale ser mencionado nesta palestra diz respeito ao domínio inverso, em vez do mago dominar o elementar, este dominar o mago. Trata-se do feitiço contra o feiticeiro. Por isso é que o mago deve sempre tomar ciência do poder de seus elementares.
Na história, a esteira de destruições de magos é enorme e podemos dizer que na maioria dos casos eles foram vítimas de suas próprias criações. Talvez, o mito de Frankenstein sirva de referencia para o que comumente ocorre no campo da magia operacional; a criatura se voltar contra o criador. Num outro nível podemos até lembrar que Demiurgo se voltou contra o Creador; Lúcifer contra Deus. Esse processo não foi diferente do que acontece na Magia.
A destruição de uma civilização pelos próprios seres criados foi mais patente na Civilização Tolteca Antiga e, em menor grau, na do Egito. Embora não pareça podemos dizer que poder de criar elementares é um processo fortíssimo. “Assim como é em cima é também em baixo”, por isso podemos dizer que a criação deste mundo é fruto de um processo de criação mágica.
No Antigo Egito a magia foi muito desenvolvida, assim como entre os Antigos Toltecas. No Egito, elementares eram criados em profusão, muitos visando à proteção não só dos vivos como também dos mortos e dos lugares sagrados, dos túmulos. Sem dúvida muitas das formas “protetoras” criadas então inda persistam atualmente e tudo indica que continuação no futuro. Não tem como “dissolver” um elementar a não ser por processo mágico, e nenhum trabalho tem sido feito nesse campo visando “limpar” lugares e objetos antigos.
É vital o cuidado que se deve ter com objetos de magia, tanto em manipulá-los quanto em tentativas de destruí-los, pois a pessoa pode se ligar aos efeitos energéticos e passar a ser sugado pelos “elementares”- Golem. Muitas pessoas ridicularizam, e destroem “despachos” de macumba ou similares. Cuidado, pois eles podem estar impregnados de “formas elementares” que a pessoa por não saber lidar com elas, por não conhecerem os meios mágicos de dissolução acabam absorvendo os modelos magnéticos, estando sujeito a se tornar “escravo” do elementar. Um elementar, mesmo não se querendo destruir um elementar ainda assim a pessoa pode ser vitimada, ele não tem discernimento, agem de forma automática.
O mago pode ser dominado por “elementares” criados pela magia – golens –, pois mesmo que não sejam seres vivos eles agem como se fossem, atuam como imãs captando energia, e assim se fortificando energeticamente, e nesse caso então, a primeira fonte a ser espoliada é pessoa que se envolve com eles. Muitos elementares do Antigo Egito continuam ativos e pessoas têm sido vitimas.
Um objeto sempre trás impregnações de modelos vibratórios de varias fontes, em especial de quem o manipulou de uma forma. Qualquer evento, por mais simples que seja, contém energia das pessoas e do ambiente, e isso pode ser absorvido pela pessoa, mas em nível muito mais amplo é quando uma forma elementar está ligada ele.
Nesse mundo predatório, coisas inacreditáveis acontecem, por exemplo, uma criança ao nascer, ou até mesmo antes, já pode ser vitima de elementares. Por isso nas culturas antigas, e hoje em sociedades mais simples, os recém-nascidos são protegidos por alguns usos. Até bem pouco tempo as roupas a serem usadas pela criança, e até mesmo o quarto de dormir e outros objetos eram defumados com alfazema e outras ervas aromáticas. Isso não visava apenas perfumar, mas anular impregnações e afastar sugadores. Isso é feito mesmo que as pessoas desconheçam, que façam por mera tradição, mas por trás existe uma razão maior que é a depuração energética.
Esta palestra tem por objetivo dar algumas noções aos estudantes do Hermetismo, noções apenas ilustrativas sobre alguns processos mágicos inerentes à criação de “elementares” que preferimos chamar de “Veiculador mágico”, ou “Suporte Mágico”.
Decidimos apresentar em nossas palestras uma síntese de processos de magia, mas advertimos que tudo o que está escrito pode, e deve ser usado no sentido positivo, construtivo. Muitas coisas usadas em magia, tais como bonecas de vodoo são temidas por serem e relacionadas com o mal, mas nem sempre é assim, tenha-s em conta o Princípio da Polaridade, tudo o que num pólo é positivo no outro é negativo e vice-versa. O que conta, na verdade, é o tipo de uso, a intencionalidade do operador a quem cabe a responsabilidade no tocante à utilização. Não tem como ensinar magia visando só um dos lados, pois não se podem separar as polaridades, e sim usar uma ou outra. Quem conhece magia branca igualmente conhece a oposta, por se tratarem apenas de polaridades.
Muitas pessoas para agirem no campo da magia dependem de “suportes” desde que são incapazes de terem um necessário domínio sobre concentração e visualização mental e também não manipulam a energia com eficiência. Uma visualização adequada e com suficiente carga energética não requer qualquer tipo de suporte mágico, mas como as pessoas têm pouco domínio sobre isso então fazem uso de suportes mágicos. Um “suporte mágico” pode ser abstrato, trata-se de imaginar o objeto sendo carregado, mas no sentido prático requer boa disponibilidade de energia e capacidade de concentração e de visualização. A diferença entre uma projeção simples – mental – e uma concreta é que naquela tudo tem que ser feito no momento e em nível de mentalização, enquanto que na concreta não há tempo determinado para a preparação ser feita. Na projeção com suporte é possível o uso de “fluidos mágicos” materiais que podem ser carregados por etapas. Nesse caso da própria imaginação repetida por grande número de vezes acaba por condensar energia e mensagens. Também, além dos fluidos, os próprios veículos podem servir de registro de mensagem e não apenas como os suportes para os fluidos, mesmo que com intensidade muito menor. O próprio veículo pode ser impregnado de energia por etapas, ou seja, o processo pode ser repetidos inúmeras vezes até que um índice de eficiência seja atingido, o mesmo acontecendo com a visualização. O objeto pode ser avaliado no tocante à energia, a carga, com o uso de pêndulos.
Pelo que foi dito, vê-se a razão que faz com que os suportes energéticos concretos predominem no campo da magia, desde que a maioria das pessoas não tem poder pessoal para atuar de forma direta. No processo concreto a pessoa escolhe o objeto e o carrega energeticamente e impregna-lhe com a mensagem referente ao objetivo. Também é fundamental se a pessoa não tem a capacidade de enviar a mensagem diretamente. Os objetos concretos são de incontáveis formas e naturezas, portanto pode-se escolher qualquer objeto, p.e., uma pequena estátua, uma boneca, (boneca de vodoo) etc., e depois efetivar o “carrego”. Nessa prática, cabe à intuição ajudar na decisão de como e onde usar o objeto. A mensagem mágica é impressa no fluido, mas esse geralmente é transportado em um suporte mágico.
Como o conhecimento pode ser usado tanto para o bem quanto para o mal, trabalhos maléficos e benéficos, tudo isso depende da intencionalidade do mago. Um mago de intenções nobres jamais usa a magia para práticas que possam causar prejuízos.
Na confecção de um boneco, ou de outro suporte, é importante considerar a natureza do material de que é feito. O mais usual e efetivo é argila branca e a cera (de preferência cera de abelha), mas também pode ser parafina sebo, estearina e outros produtos usados na confecção de velas.
Os bonecos de magia comumente são confeccionados com uma mistura de cera de abelhas e argila, em uma proporção de 2/3 de argila branca e 1/3 de cera, acrescentando um pouco de água para dar consistência que facilite a modelagem. Na confecção de um boneco visando uma determinada pessoa, não é importante uma figura que a retrate fisionomicamente, o importante é que no processo de modelagem, ou mesmo depois, o mago imagine o máximo possível de qualidades e características da pessoa visada, ou se possível, até mesmo algo do seu corpo, como sangue, cabelo, saliva, etc. em suma algo que contenha o DNA.
Na verdade, nenhuma imagem de “santos” das religiões, entre elas as do Catolicismo, das religiões orientais e nativas, retrata a verdadeira fisionomia do “santo”. É assim nas imagens do Catolicismo visto que a maioria dos seus “santos” viveram numa época em que nem ao menos exista fotografia. Mesmo as gravuras eram raras e mais ainda as esculturas que eram privilégios de pessoas muito importantes. Na prática não tem importância a fisionomia, pois o que conta é o nome atribuído e a impregnação mental feita com as características da pessoa, com algo que ligue à pessoa ao processo. Nenhuma das imagens usadas pelo Catolicismo retrata fisionomicamente um o respectivo santo, mas mesmo assim funcionam perfeitamente em decorrência das impregnações que são feitas pelos devotos.
O processo indireto, esse que estamos descrevendo o qual utiliza bonecos e outros objetos tem a vantagem de poderem ser impregnados passo a passo, dias ou meses não interessa o tempo, ao contrario do processo direto que a mensagem não tem veiculo condutor e dever, portanto ser imediato.
No processo indireto – concreto – o elemento veiculador deve ser feito com a massa bem compactada para a modelagem da à imagem. Ainda com a massa quente o mago faz um orifício ao longo do corpo e nele coloca o fluido impregnado com os modelos energéticos desejados, ou material orgânico. Pode ser colocado uma gota de sangue, sangue menstrual, sêmen, fragmento de pele, lágrima ou outro fluido orgânico da pessoa, qualquer coisa que contenha DNA e depois o orifícios é vedado com cera. Feito isso o suporte mágico está ponto para ser direcionado ao cumprimento da missão a ser confiada pelo mato.
A magia pode ser usada direcionada não somente a outras pessoas, também a animais e objetos. Não há número de destinações, isso depende do mago. Muitos objetos de magia são confeccionados pelo mago com vista ao uso pessoal. Alguns deles possuem uma multidão de elementares que o servem para a execução fiel de tarefas específicas. Assim o mago pode contar com “elementares” que o previnem de perigos, transmitem recados, e até mesmo o defendem fisicamente, etc. Seria inútil tentar citar todos os objetivos, pois são tantas quanto os interesses do mago, dos propósitos que ele pretenda efetivar.
Depois de confeccionado o objeto – geralmente um boneco – o mago sopra várias vezes sobre ele mentalizando um campo energético ativo, uma aura, um corpo energético; imaginando dar-lhe vida, desperta-lo para a vida, ao mesmo tempo atribuindo-lhe um nome. Repete isso tantas vezes quanto necessário. Dependendo da energia pessoal, aquele objeto tende a assumir um padrão de atividade que simula a vida.
A atribuição de um nome é importante porque será o principal meio dele ser comandado pelo mago. Na cultura ocidental criação mágica mais famosa é aquela citada pela Cabala da Tradição Judaica, e diz respeito a um ser criado por um poderoso rabino de Praga, Rabbi Loew, que mais se aproximou a dar vida a uma criatura artificial gerada por processo mágico. Sobre esse mito (talvez não seja mito) é importante que o estudante de magia tome conhecimento, especialmente em decorrência dos perigos que esse tipo de operação representa.
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No passado não se sabia por que os magos em suas operações requeriam algum objeto, ou algum fluido do alvo para poderem efetivar um processo mágico. Mas hoje se sabe perfeitamente a razão disso. Qualquer organismo está representado nos mínimos detalhes do DNA e a partir daí se efetivar a sintonia vibratória, ou a ressonância.
Na preparação de objetos de poder no mundo da magia têm relevo os fluidos mágicos. Preferimos usar o termo condensador mágico quando se tratar de compactação de energia; como pode ser feito com quatro elementos: Fogo, água, ar e terra. Usamos o temo condutor mágico quando queremos talar de algum objeto no qual é introduzida ou impressa uma mensagem mágica, um comando.
Há duas naturezas de fluidos mágicos, um deles é aquele que compreende a quinta essência dos elementos da natureza; outro os artificiais, aqueles “confeccionados” pela pessoa a partir de minerais, vegetais ou animais.
Os fluidos artificiais têm como base certos materiais que podem ser: Sólidos, líquidos e gasosos. No grupo dos sólidos incluem-se resinas e metais, em especial o ouro, que possui o valor mais elevado entre todos os metais. Pequenos fragmentos, pedacinhos mínimos de ouro, dão a qualquer liquido capacidade extraordinária de condensação energética. É por isso que os magos costumam adicionar ouro nos condensadores.
Também muito eficientes são os cristais e algumas pedras preciosas, semipreciosas, e até mesmo comuns (pedras de rolagem).
No segundo grupo situam-se óleos, lacas, tinturas e extratos feitos de resina, incluindo-se compostos produzidos a partir de diversas plantas. Como o ouro é considerado o mais nobre dentre os corpos sólidos e é relacionado com o Sol, portanto correspondente à energia solar e luminosa, tendo como equivalente líquido o sangue, e o sêmen, os quais podem substituir o ouro nas preparações. Resquícios de sangue, ou de esperma quando presente em um líquido dá a este uma capacidade extraordinária de acumulação.
No terceiro grupo estão certas substâncias aromáticas, defumadores, água de cheiro, enfim, todos os vapores.
E xistem duas formas de preparação de condensadores (condutores ou veiculadores) mágicos; os simples, ou universais, preparados a partir de uma substância, ou de uma planta, e que podem ser usados para quase tudo, mas que não têm ação muito forte. Concomitantemente existem os compostos. Trata-se de compostos preparados a partir de várias substâncias e plantas e que possuem capacidade de acumulação excepcionalmente mais forte do que o simples. É muito eficiente o uso de uma matriz energética para potencialização dos fluidos a serem preparados.
Há um preparado considerado o principal potencializador dos fluidos. Trata-se de “tintura” de ouro. Basicamente o mago deve dispor da “tintura de Ouro” para ser usado na preparação de fluidos mágicos.
Modo de Preparação da “tintura de ouro”: (Solução matriz para amplificação do poder de condensação dos fluidos mágicos. Baseia-se em água destilada e ouro.
Usar água destilada e um composto de ouro na proporção de 1:20. A tintura pode ser feita por meio de eletrólise, mas muito mais simples é usar um preparado de ouro acessível em farmácias homeopáticas. Usar o Aurum Chloratum, ou mesmo uma diluição D4 de Aurum metallicum que deve ser dissolvido em água destilada na proporção de 1:20 (uma parte da solução de ouro para 20 de água destilada).
H á um modo artesanal que pode ser usado quando não se consegue adquirir a diluição de ouro. Nesse caso aquecer um pedacinho de ouro de alto quilate e mergulhar em água destilada, na proporção de 1g. para 10 grs. de água. Repetir a operação algumas vezes. O líquido restante filtrar em linho, ou em papel de filtro. Essa será a solução matriz da qual deve ser usado de 5 a10 gotas em um fluido mágico. Não precisa fazer uma solução matriz freqüentemente, pode ser feito em quantidade suficiente e guardado para ser usado quando se vai preparar um fluido. Guardar em vidro de cor âmbar, bem melhor em vidro de cor azul.
Essa solução matriz dispensa o uso de sangue e de outros líquidos orgânicos.
CONDENSADORES SIMPLES:
Os simples são condensadores utilizados em atividades singelas, aquelas que não exigem grande concentração de energia.
“Pegue um punhado de flores de camomila frescas ou secas, coloque numa panela com água até cobri-las. Depois as leve ao fogo e deixe-as ferver por uns 20 minutos com a panela tampada. Tire do fogo e deixe esfriar, sempre com a panela tampada. Filtre a infusão e coloque novamente no fogo deixando ferver até chegar uns 50 gramos. Deixe o extrato esfriar e acrescente a mesma quantidade de álcool para conservação”.
Se o seu condensador for para finalidade pessoal você poderá reforçá-lo colocando uma gota de seu próprio sangue. Agite a infusão, filtre tudo e guarde em um frasco que deverá ser bem tampado e guardado em lugar fresco, para ser usado no futuro.
acácia, arnica, e outros. Com a prática o mago aprenderá as indicações precisas, mas de um modo geral qualquer uma age.
CONDENSADORES COMPOSTOS:
Nesse tipo são usados vários elementos, e indicado em casos de energia forte, trabalhos de influência mental, ou material denso. Os compostos são os fluidos mais usados na preparação de imagens, objetos de magia.
Os vegetais mais usados:
1 - Raiz de angélica, folhas de salvia, flores de tília.
2 - Cascas de pepino ou sementes de abóbora.
3 - Flores ou folhas de acácia.
4 - Flores de camomila, flores, folhas ou raiz de açucena 5 - Flores ou casca de canela, folha de urtiga
6 - Folhas de menta, folha de choupo 7 - Folhas ou flores de violeta e amor-perfeito.
8 - Folhas e casca de salgueiro
9 -Tabaco, verde ou seco.
Cada grupo deve ser preparado separadamente e depois unidos. Juntar algumas gotas do fluido de ouro, ou sangue, ou esperma. (Por razões culturais preferimos usar o fluido matriz de ouro que, salvo raras exceções, é mais eficiente do que aqueles preparados com secreções biológicas).
FLUIDOS ESPECIAIS PARA OS QUATRO ELEMENTOS:
Quando o mago quer trabalhar com os elementos da natureza ele pode usar alguns fluidos especiais correspondente ao elemento.
Elemento Fogo: Cebola, alho, pimenta mostarda; Evitar contacto com ele e mucosas por ser irritativo. Elemento Ar: Folha ou casca de avenca Zimbro, folhas de rosa e semente de coentro.
Elemento Água: Aveia (pode também ser usada a palha bem picadinha.
Sementes e tubérculos de diversos tipos, como cenoura, beterraba, nabo. etc.
Flores ou folhas de peônia.
Folhas de cerejeira, eventualmente também a casca. Elemento Terra: Salsa (raiz, as folha ou semente)
Semente de alcarravia.
Tranchagem forte, de folha larga ou a erva
Flores de cravo ou a erva melissa.
Citamos os fluidos mais comuns, mas o número deles é imenso. Na literatura da Magia existem formulários volumosos direcionados às indicações e preparações de fluidos. Podemos dizer que cada mago têm fluidos pessoais, formulas pessoais, que usam com finalidades distintas.
No antigo Egito existia um imenso número desses fluidos, a cultura popular daquele país era muito direcionado à magia. Também as culturas da America Central, reminiscência dos Conhecimentos da feitiçaria Tolteca, possuem muitos fluidos próprios.
Novas formas de encarar a sexualidade, com base em filosofias orientais milenares como o taoísmo e o tantrismo estão sendo difundidas. Segundo elas, o ato sexual tem uma função muito mais importante do que a reprodução e perpetuação da raça humana. Acredita-se que, durante a relação sexual, é liberada uma energia fantástica que, se utilizada corretamente, pode ajudar a manter a saúde física e mental e até produzir experiências sobrenaturais.
Estes conhecimentos sobre a magia séxual estão sendo redescobertos pela sociedade atual, depois de anos abafados em nome da moral e da religiosidade, que por muito tempo reprimiram a sexualidade.
APROVEITANDO OS BENEFÍCIOS
O Kung Fu sexual é uma das práticas adotadas pelo taoísmo para desfrutar dos benefícios da magia do sexo. Os resultados consistem em uma saúde melhor e sensações que proporcionam um prazer indescritível, totalmente desconhecido por aqueles que nunca adotaram esta técnica. Mas pode ir muito além disso. Segundo estudiOSOS do assunto, o Kung fu sexual pode levar até ao contato com forças consideradas ocultas. Disciplina e constância são requisitos esenciais para se alcançar OS objetivos desejados.
Acredita-se que, direcionando a energia liberada durante o ato sexual de maneira correta, é possível ter urna vida mais longa e saudável, além de alcançar evoluções para o espírito. Os exercícios consistem no controle de músculos, tendões e tecidos que ficam abaixo do abdômen, permitindo que as sensações sentidas nos órgãos genitais se propaguem por todo o organismo. Assim, é possível conter a ejaculação e sentir prazeres cuja intensidade pode conduzir descoberta de poderes extra-sensoriais ou ao contato com um espírito.
CONCENTRAÇÃO DE ENERGIA
Estes e outros exercícios podem conduzir a um tipo de orgas mo nunca experimentado e trazer muitos benefícios aos homens. Sua energia pode ser utilizada a nosso favor. Sabe-se que gastamos diariamente entre 25% e 40% de nossos recursos para produzir a energia sexual, o que nos leva a crer que tamanho desgaste não pode ser apenas em função da reprodução e sim pela busca de algo mais elevado. E a melhor maneira de utilizar esta energia sexual vem de muito tempo. Os egípcios e os sumérios, por exemplo, transmitiam a magia sexual aos artistas da época, que a retrataram em suas pinturas, esculturas, etc., imortalizando e possibilitando ao povo copiar as posições sexuais descritas, que eram utilizadas pelos sacerdotes da época com fins mágicos, no intento de vencer inimigos ou obter colheitas fartas.
NO FÍSICO E NA MENTE
Muitos médicos taoístas indicam o sexo em posições específicas como método de cura e restabeleciniento. Isso acontece através do processo onde a energia liberada pela relação sexual se intera do sistema hormonal e nervoso do homem, fato que se dá em pouquíssimo tempo. Aliás, nosso organismo absorve muito mais rápido a energia sexual do que a energia dos alimentos. Prova disso é a forma com que o sexo nos proporciona sensações fortíssimas dentro de poucos segundos.
O próprio Freud já dizia: “O Eros é a energia interna que nos alimenta, por ele os problemas mentais podem ser curados através do cultivo da sexualidade, e a união sexual sem prejuízos reconstrói a mente e nos liberta de velhos traumas e hábitos insanos”. Acredita-se que aquele que aprende a estimular sua energia sexual, pode também aperfeiçoar a si mesmo em vários sentidos.
A PROCURA DAS ORIGENS
Todos sabem da atração entre sexos opostos, porém poucos conseguem entender a razão de um sentimento que, aparentemente, não tem nenhum sentido para existir. Um conhecido mito de Platão tenta explicar o porquê dessa atração. Segundo ele, todos os seres eram uma espécie de andróginos, sem sexo. Mas alguns deles quiseram se tornar melhor que os deuses e, devido ao seu orgulho, foram castigados e divididos em dois sexos diferentes.
Sendo assim, seria por isso que homens e mulheres, que carregam em seu íntimo a lembrança de quando eram apenas um, buscam incessantemente unir-se outra vez. Ninguém pode afirmar se o mito tem bases reais ou não, tudo o que se sabe é que a figura do andrógeno é representada em muitas culturas e povos. No fundo, representa uma separação interna, que cada ser humano traz dentro de si e procura sanar.
A relação sexual, teria, então, a importante missão de juntar o que foi separado, extinguir todas as diferenças entre homem e mulher e fazer com que ambos esqueçam sua própria identidade para juntar-se a um plano maior e mais importante. Estes privilégios só não fazem parte de nosso dia-a dia, porque a sociedade preferiu ignorar os conhecimentos orientais a respeito da energia sexual e sua função junto ao crescimento pessoal. É preciso entender que sexo não é algo sujo nem pervertido, mas também não tem a função única de reproduzir ou dar prazer imediato ao homem. O ato sexual vai muito além disso.
EXPERIÊNCIAS ESPONTÂNEAS
Embora nossas sociedades possam ter deixado de lado o conceito defendido pelo tàoísmo e pelo tantrismo, de que o sexo faz parte do mistério da existéncia do homem e que pode ser uma porta para o sagrado, algumas pessoas se conscientizam e ficam abertas a tais experiências. Em recompensa, vivem instantes de encantamento total, onde são privilegiadas com momentos de uma harmonia extraordinária entre os corpos.
Nestes momentos, as vibrações do corpo e da mente são elevadas a tal ponto, que a pessoa envolvida pode entrar em contato com seres ou espíritos mais evoluídos e até ter iluminações espirituais. Há relatos de pessoas que sentiam que estavam flutuando em um lugar onde não havia limites de espaço e o ambiente era repleto de luzes. Elas afirmam que todas as barreiras desaparecem entre os corpos e estes deixam de ser homem e mulher para ser apenas um único ser.
Acredita-se também que experiências paranormais podem ser vividas por um casal que se dedique às filosofias citadas. Algumas pessoas contam que, durante uma noite de amor, ficaram tão unidas a seus pares que puderam visualizar urna nuvem branca envolvendo os corpos.
Esta energia liberada tem poderes mágicos e curativos e, muitas vezes, pode acontecer de forma espontânea, mesmo que o casal sequer imagine que algo assim possa existir.
RETENÇÃO DO SÊMEN
Usar esta energia para proporcionar a união entre o lado masculino e feminino (yin e yang para o taoísmo ou shiva e shakti para o tantrismo) que cada um carrega dentro de si, é o objetivo final destas filosofias. Os exercícios podem ser praticados pela pessoa sozinha ou com um par, porém, só devem ser realizados por quem já tenha se iniciado nestes conhecimentos e conte com um especialista para dar a orientação necessária.
Se estiver só, a pessoa deve apenas meditar, buscando conhecer- se melhor. Se for feita com um par, basta exercitar as práticas sexuais. O ponto principal que ambas as teorias apontam é a retenção do sêmen, ou, pelos menos, o retardamento da ejaculação. Acredita- se que o sêmen seja uma substância quase mágica, rica em proteínas e arninoácidos e, se for eliminado precipitadamente, pode afetar o físico. Se, ao contrário, o sêmen for armazenado, sua energia será direcionada às partes vitais de todo o organismo, os chakras, para o tantrismo ou pontos energéticos para o taoísmo.
Os efeitos seriam grande vitalidade sexual e rejuvenescimento, inclusive em homens de idade já avançada. A mulher, segundo estas filosofias, pode ter quantos orgasmos quiser, já que é capaz de reabsorver a energia liberada por eles e usá-la como fonte de saúde e juventude. Porém, é preciso nunca se esquecer de que pessoas inexperientes não devem praticar tais exercícios, pois se a retenção do sêmen for feita de forma inadequada pode causar problemas na próstata.
INTEGRAÇÃO COM O COSMOS
É importante nunca se esquecer de que o corpo e o espírito humano estão integrados ao cosmos, e a magia sexual é apenas o início do caminho para que esta integração seja cada vez mais perfeita. Há três coisas das quais o homem deve ter total controle antes de buscar essa união com o Universo: 1) de seus próprios pensamentos, afinal, de nada adianta buscar objetivos em um plano maior através do corpo físico quando a mente está desligada do processo; 2) da respiração, durante o ato sexual, que deve ser lenta e calma, quase imperceptível; 3) de sua fé, pois deve acreditar que realmente é capaz de vivenciar tais experiências e não buscá-las por simpIes curiosidade.
Além disso, é preciso saber que, tudo que envolve o ser humano e planos mais elevados, não é uma ciência exata, portanto, não há certo e errado ao se dire cionar a energia sexual. Para saber se está sendo válida ou não, basta observar se ela tem contribuído para seu bem-estar físico e mental. Apenas pelo fato de se fazer algo com prazer e com uma pessoa que se ama, já se está buscando a auto-satisfação e os princípios de integração com o mundo. Basta
procurar o caminho da espontaneidade e deixar de lado pensamentos egoístas para com a pessoa com quem você está e também para com aqueles com os quais convive. Este é um passo imprescindível para aprender a utilizar a energia sexual em seu benefício próprio.
Sistemas de magia
Magia do Caos - (Chaos Magic, Kaos Magick, Circle of Chaos, Círculo do Caos, L.O.T. - Illuminates of Thanateros, Iluminados de Thanateros, Pacto da IOT) - A Magia do Caos tem origem nos trabalhos de Austin Osman Spare, redescobridor do Culto de Priapo. A Magia do Caos é atualmente bastante divulgada por seu organizador Peter James Carroll, além de Adrian Savage.
Os praticantes da Magia do Caos consideram-se herdeiros mágicos de Aleister Crowley (O.T.O.) e de Austin Osman Spare (Zos-Kia Cultus). Seu sistema procura englobar tudo quanto seja válido e prático em Magia, descartando tudo quanto for mais complexo que o necessário. Caracteriza-se por não ter preconceitos contra nenhuma forma de Magia, desde que funcione!
Está se tornando o mais influente Sistema de Magia entre os intelectuais da modernidade. Entre suas práticas mais importantes vale ressaltar o uso da Magia Sexual, em especial dos métodos "da mão esquerda" (VAMA-MARG). Seus graus mágicos são cinco, em ordem decrescente: 4, 3, 2, 1 e 0.
Magia Wiccan - Um aprimoramento da Feitiçaria, a Wiccan é uma religião muito bem organizada e sistematizada, sendo que nela se aboliu a prática de sacrifícios animais, que era freqüente na Feitiçaria. Há um ramo mais elitizado da Wiccan, a Seax-Wiccan, dos seguidores de Gerald Gardner, que busca aprimorar a Wiccan, transformando-a num culto menos dogmatizado que a Wiccan tradicional.
Magia Eletrônica - É uma forma "acessória" da Magia Ritual, utilizando-se de paramentos do tipo Bobina Tesla ou Gerador Van De Graaff, para gerar poderosas energias visando potencializar os rituais.
Magia Natural - Consiste na utilização de elementos físicos, na forma de realizar atos de Magia Mumíaca (efígies de pessoas, representando-as, tornando-se receptáculos dos atos mágicos, destinados àquelas), bem como no uso de banhos energéticos, defumações, ungüentos, etc., visando obter resultados mágicos pela "via do menor esforço".
Magia Sexual - Temos aqui uma abertura para sete subsistemas, quais sejam:
Ansariético: Criado pelos Ansarichs ou Aluítas da velha Síria, o primeiro dos modernos métodos de Magia Sexual. Eulis: Criado por Pascal Beverly Randolph, um iniciado entre os Aluítas, é um método científico de Magia Sexual ocidental, muito eficiente e perigoso.
Sistema da Fraternitas Saturni (F. S.): É derivado da O.T.O., mas abertamente Luciferiano.
Sistema Maatiano: Criado por dissidentes da O.T.O., tem uma visão mais moderna da Magia Sexual.
Sistema da 0. T. 0. : Basicamente um método de Magia Sexual que busca elevação espiritual através do sexo. Tem três graus de aptidão mágica sexual - o Vlll', o IX' e o XI'. Pode ser considerado base do Tantra ocidental. Veja Sistema Thelêmico.
Sistema da 0. T. O. A.: É muito parecido com o da O.T.O., porém, faz uso não apenas da Magia Sexual praticada fisicamente, mas também práticas astrais desse tipo de Magia.
Sistema Palladium: Criado por Robert North, estudioso de Franz Bardon, P. B. Randolph, Aleister Crowley, além de outros Mestres do ocultismo.
Sistema Zos-Kia: Criado por Austin Osman Spare, consiste no uso mágico da "Auto-Magia Sexual" ou "Auto-Amor". É também um sistema muito potente e perigoso.
Sistema de PathWorking - Idêntico em tudo ao Sistema dos Tattwas, exceto que utiliza desenhos relativos às Esferas e Caminhos (Patits, daí o nome) da Árvore da Vida, que é um hieróglifo cabalístico. Pode-se, alternativamente, utilizar-se de Sigilos de diversas Entidades (visando "via ar" para as paragens habitadas por aquelas), ou até mesmo Vévés (Sigilos do Vudu), com a mesma finalidade - a auto-iniciação.
Magia Demoníaca - (Goetia, Goécia) - Consiste na evocação das entidades demoníacas, Demônios, e de habitantes da Zona Mauva ou das Qliphás. É uma variação unilateral da Magia Evocativa do Sistema Hermético.
Magia Musical - Criado por uma renomada ocultista, Juanita Wescott, estudiosa do Sistema de Franz Bardon. O Sistema de Magia Musical faz uso dos mais elevados ensinamentos do Hermetismo e da Cabala, do ponto de vista de Franz Bardon.
Magia Planetária - Criado pelo grupo Aurum Solis; baseia-se em rituais destinados a evocar ou invocar os Espíritos Olímpicos, Entidades Planetárias (Inteligências), ou Arquétipos (dos Arcanos do Tarot, Seres ou Deuses/Deusas Mitológicos, entre outros). Considerado um sistema prático, completo, eficiente, de poucos riscos e fácil de colocar em prática.
Magia de Abramelin - (os Quadrados Mágicos) - Um tipo de Magia Ritual cujo alvo principal é a conversação com o próprio Anjo da Guarda; depois, se fará uso de uma série de Quadrados Mágicos que evocam energias diversas. É um sistema poderoso e perigoso, no qual muitos experimentadores se "deram mal", aliás, muito mal. As instruções dadas no famoso livro que ensina, esse sistema, não devem ser levadas "ao pé da letra", de forma irrefletida; deve-se, porém, ter total atenção aos ensinamentos, antes de colocar os mesmos em prática.
Magia Enoquiana - (Magia Enoquiaria, Enochian Magic) - É um sistema simbolicamente complexo, que consiste na evocação de Energias ou Entidades de trinta Esferas de poder em torno da Terra. É um sistema poderoso e perigoso. Esse sistema foi descoberto por John Dee e Edward Kelley; posteriormente, foi aperfeiçoado pela Golden Dawn, por Aleister Crowley e seus muitos seguidores; entre eles vale destacar Gerald Schueler.
Os "nomes bárbaros" a que se referem muitos textos de ocultismo são os "nomes de poder" utilizados nessa magia. Aqui, trabalha-se num universo próprio, distinto daquele conhecido no Hermetismo e na Astrologia. Busca-se contato com Elementais, Anjos, Demônios e com o próprio Anjo da Guarda. Dizem alguns entendidos que a famosa Arca da União é o Tablete da União, peça fundamental desse sistema. Esse Tablete da União encontra-se à disposição de qualquer Mago que cruze o Grande Abismo Exterior, após a passagem pelo subplano de Zax, no Plano Akáshico, Etérico ou "do Espírito", local onde estão situados os subplanos Lil, Arn, Zom, Paz, Lit, Maz, Deo, Zid e Zip, os últimos entre os trinta Aethyrs ou subplanos. Essa região é logo anterior ao último "anel pelo qual nada passa", tudo isso dentro do conceito do Universo pela física enoquiaria.
Magia Psicotrônica - É uma forma de Magia Pragmática, pois utiliza o simbolismo próprio do Mago (uma vez que será este a determinar quais os números a serem utilizados, qual o tempo de exposição ao poder do equipamento utilizado, ou ainda uma série enorme de "coisas" passíveis de emissão psicotrônica, detectadas ou determinadas por meios radiestésicos ou intuitivos), aliado à eletricidade e à eletrônica, para produzir seus efeitos, Apesar de utilizar-se de aparato muitas vezes sofisticado, tem o mesmo tipo de ação que outras variedades de Magia Ritual, isto é, depende Inteiramente (ou quase) das qualidades mágicas do operador.
Magia Radiônica - É a única modalidade de Magia que, apesar de totalmente encaixada no sistema de Magia Ritual, e herdeira única do Sistema Psicotrônico, reúne em si, simultaneamente, as características de Dogmatismo e Pragmatismo. Os métodos utilizados para a detecção das energias são nitidamente Pragmáticos, uma vez que fazem uso de pêndulos (radiestesia) ou das placas-de-fricção (sistemas sujeitos à Lei das Sincronicidades, de Carl Gustav Jung).
Magia Druídica - Há muito em comum entre o Druidismo moderno e a Wiccan (nome dado nos países de língua inglesa à Bruxaria). As principais diferenças residem na mitologia utilizada nos seus rituais (a celta), além dos locais de culto (entre árvores de carvalho ou círculos de pedras). O Druidismo pode ser resumido corno um culto à Mãe Natureza em todas as suas manifestações rituais.
Magia Luciférica - (Luciferianismo, Fraternitas Saturni) - Muito parecido com o Sistema de Magia da O.T.O. (Thelêmico), centralizando suas práticas a Magia Sexual (em especial nas práticas da "mão esquerda"), a Magia Ritual e a Magia Eletrônica, conta, porém, com uma distinção fundamental do sistema pregado por Aleister Crowley: enquanto a O.T.O busca-se a fusão com a energia criadora, através da dissolução do ego, na Fraternitas Saturni (F. S.) busca-se elevar o espírito humano a uma condição de Divindade, alcançando o mesmo estado que o da Divindade cultuada: Lúcifer, a oitava superior de Saturno, cuja região central é o Dermurgo, e cuja oitava inferior é Satã, Satan, Shatan ou Satanás (e sua contraparte feminina, Satana). Portanto, Lúcifer e Satã são entidades distintas. Na F. S., há 33 graus, alguns mágicos, outros administrativos.
Magia Necronômica - (do Necronomicon) - Uma variação da Magia Ritual, que baseia-se na mitologia presente nos contos de horror do autor Howard Phillips Lovecraft, em especial no deus Cthulhu, e rio livro mágico Necronomicon (citado com freqüência pelo autor). Atualmente, diversos grupos fazem uso desse sistema na prática, entre eles valendo destacar a I.O.T., a O.R.M. e a Igreja de Satanas. Frank G. Ripel, ocultista italiano que lidera a O.R.M., pode ser considerado o mais importante divulgador dessa Magia, além de ser o renovador do Sistema Thelêmico; o I.0.T. tem sido o responsável pela modernização (e explicação racional) dessa poderosa Magia. E por ser perigosa tem atraído muitos incautos, tanto que foi criada uma coleção de RPG's versando sobre o culto de Cthulhu, o Necronomicon e outras idéias de H. P. Lovecraft. Há muitas Ordens Thelêmicas, como a O.R.M (Ordo Rosae Misticae), dirigida por Frank G. Ripel, por exemplo, que seguem a filosofia básica, mas com ditames próprios - como utilizar uma "Arvore da Vida" com doze "esferas" (fora Daath), o que resulta num Tarot com 24 Arcanos Maiores.
Magia Shamânica - O Shamanismo é a raiz de toda forma de Magia. Floresceu pelo mundo todo, nas mais diversas maneiras, dando origem a diversos cultos e religiões. Sua origem remonta à Idade da Pedra, com inúmeras evidências disso em cavernas habitadas nessa era. O Shamanismo moderno está ainda embrionário, embora suas raízes sejam profundas e fortes. O Shamã é uma espécie de curandeiro, com poderes especiais nos planos sutis. O Shamanismo caracteriza-se pela habilidade do Shamã entrar em transe com grande facilidade, sempre que deseja.
Magia Thelêmica - (Thelema, Aleister, Crowley) - Criado acidentalmente (foi a partir da visita de uma Entidade que Aleister Crowley tomou o direcionamento, que o faria criar este Sistema), este Sistema original é, atualmente, um dos mais comentados e pouco conhecidos. Tendo como ponto de partida o Liber AI Vel Legis (O Livro da Lei), ditado por uma Entidade não-humana (o Deus Egípcio Hórus, Deus da Guerra), o sistema Thelêmico ampliou suas fronteiras, fazendo uma revisão na Magia Ritual, na Magia Sexual e nas Artes Divinatórias. Faz uso, a "Corrente 93" das Correntes Draconiana, Ofidioniana e Tifoniana.
Thelema, em grego, significa vontade, Os thelemitas reconhecem como equivalente numerológico cabalístico o número 93. Os Thelemitas chamam aos ensinamentos contidos no "Livro da Lei (The Book ofthe Law) de "Corrente 93". As duas frases mágicas dos Thelemitas são: "Faze o que tu queres pois é tudo da lei" (Do what thou wilt shall be the whole of the Law") e "Amor é a lei, amor sob vontade" (Love is the law, love under will"), que dizem respeito aos mais sublimes segredos do Livro da Lei. As músicas "A Lei" e "Sociedade Alternativa", de autoria de Raul Seixas, definem bem a filosofia Thelemita. Rituais importantes são realizados nos dois solstícios e nos dois equinócios, o que, demonstra uma influência da Bruxaria.
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Aurum Solis - Uma variação do Sistema da Golden Dawn, bastante completo, tendo como principal adição ao Sistema mencionado, o uso de práticas de Magia Sexual. Este grupo é liderado pelos renomados ocultistas Melita Derming e Osborne Phillips.
Quabbalah - (Kabalah, Fórmulas Mágicas) - É a prática do misticismo das letras (isto é, do conhecimento das cores, notas musicais, elementos naturais e suas respectivas qualidades, regiões do corpo em que cada letra atua, etc.), daí ao uso de palavras e de sentenças; o emprego de mais de uma letra, cabalisticamente, tem o nome de Fórmula Cabalística.
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Bruxaria - (Wlthcraft) - Não era considerado um sistema de Magia até virem à luz os trabalhos de Gerald Gardner, Raymond Buckland e Scott Cuningham. As bruxas e os bruxos se reúnem nos covens, que por sua vez encontram-se nos sabbats, as oito grandes festividades definidas pelos solstícios, pelos equinócios e pelos dias eqüidistantes entre esses. Os últimos são considerados mais importantes.
A Bruxaria é um misto de métodos de Magia clássica (Ritual, Sexual, etc), com práticas de Magia natural (uso de velas, incensos, ervas, banhos, poções, etc), cultuando entidades pagãs em geral. Nada tem a ver com o Satanismo. Um Bom exemplo desse sistema pode ser observado no Livro Brida de Paulo Coelho.
Candomblé - Muito parecido com o Vodu, mas simplificado. Na verdade, o Candomblé é um culto aos Deuses e Deusas do Panteão nagô, onde, predomina a Magia Natural, com grande ênfase nos sacrifícios animais, na criação de Elementares Artificiais e em outras tantas práticas de magia - como os banhos de ervas, o uso de pós mágicos, etc. - além de Evocações e Invocações dos Orixás.
Vodu - (Voudoun, Voodoo) - Apesar de ser tido como uma religião Primitiva, o Vodu é na realidade, um Sistema de Magia bastante completo. Nele há todos os princípios da Magia: Invocação, Evocação, Divinação, Encantamento e Iluminação. Práticas não encontradas nos outros cultos afro (Candomblé, Lucumí, Santeria), como por exemplo a Magia Sexual, estão presentes, no Vodu, embora de forma não muito aprimorada, exceto dentro do Voudon Gnóstico e do Hoodoa.
As possessões que ocorrem no Vodu (como no Candomblé, Umbanda, Quimbanda, Lucumí e Santeria), são reais, fruto da Invocação das Entidades. A possessão no Vodu é um fenômeno completo e real. O demônio "monta" o indivíduo da mesma forma que um ser humano monta num cavalo. As entidades "sobem" do solo para o corpo do indivíduo, penetrando inicialmente pelos seus pés, daí "subindo", e isso é uma sensação única e terrível, que só pode ser descrita por quem já teve tal experiência. Cada Loa (Deus ou Deusa) do Vodu tem sua personalidade distinta, poderes específicos, regiões de autoridade, além de insígnias ou emblemas - "Vevés" e ferramentas.
As Entidades do Vodu são "assentadas" (fixadas) em receptáculos diversos, que vão desde vasos contendo diversos elementos orgânicos misturados (os Assentamentos), até garrafas com tampa, passando pelas Atuas - caixinhas de madeira pintadas com os sigilos (Vévés) dos Loas, com tampa, altamente atrativas para os Espíritos.
Quimbanda - Muito parecido com a Magia da Umbanda, somente que aqui se trabalha com entidades demoníacas; é basicamente um culto de Magia Negra.
Umbanda - Consiste na Invocação de Entidades de um Panteão próprio e extremamente complexo, visando obter os favores das Entidades "incorporadas"; também existe a Evocação quando se faz "oferendas" de coisas diversas para as Entidades. É basicamente um culto de Magia Branca.
Sangreal - Criado pelo famoso ocultista William G. Gray, é um sistema que busca fundir a tradição ocidental em suas principais manifestações: a Cabala e a Magia. Na verdade, a Cabala aqui abordada é a teórica, que aliás é utilizada em todas as escolas de Ocultismo, exceto aquelas que abraçam o Sistema de Cabala Prática de Franz Bardon, do Sistema Hermético. Sua principal característica é a de "criar" (dentro de cada praticante) um "Sistema Solar" em miniatura. A partir daí, cada iniciado trabalha em seu Microcosmo, e no Macrocosmo,de forma idêntica.
Algumas religiões, seitas ou escolas esotéricas tratam a sexualidade duma forma quase sempre repressiva ou a pender para a libertinagem gerando conflitos psicofísicos que podem causar desvios de comportamentos ou graves perturbações no indivíduo e sua postura na Sociedade onde se integra.
Os verdadeiros Mestres da Sabedoria sempre souberam que a energia sexual é uma energia poderosa (criadora ou destruidora) que nos seres humanos pode ser fonte de vida e saúde como de morte ou degradação, dependendo do uso (ou abuso) que influencia nosso Ego e pode levar à santidade ou profanação atrofiando capacidades criativas da mente, causando decrepitude pelos excessos de fornicação.
Devido a isso, algumas escolas e religiões optaram por instituir o celibato como forma de evitar a degeneração sexual dos seus seguidores concentrando suas atenções e energias para a espiritualidade.
Por outro lado os verdadeiros Iniciados no Conhecimento sempre souberam que o caminho da vida é do Equilíbrio. Ou seja, os verdadeiros Mestres que fazem jus a esse título, nunca foram extremistas ou fundamentalistas em relação à sexualidade e apenas deram orientações que visam promover a saúde, a longevidade e o despertar progressivo dos poderes da mente canalizando para o cérebro parte da energia sexual que ali deve chegar e desenvolver a função das glândulas pituitária/pineal.
Na verdade, perde-se inutilmente, ao longo da vida, grande parte das nossas “quinta-essências” pelas ‘concupiscências’ da carne focalizada na satisfação do desejo ou prazer sensorial que muitos ‘sexólogos’ hoje aconselham à prática desmedida do sexo sem saber talvez que estão dando sua pior contribuição para o desenvolvimento da animalidade em vez da humanização. Tal se verifica cada vez mais nos tempos que correm com a crescente perversidade sexual onde se perdem todos os ‘tabus’ mas aumenta a DEGRADAÇÃO.
Deste modo, a supraconsciência humana não pode se expressar plenamente, pois nossos corpos densos precisam ser subtilizados, fortalecidos e harmonizados, para alcançar estados superiores de energia que se perde irremediavelmente na ‘horizontal’ e vai faltando na ‘vertical’. De resto, a energia Kundalini (ou sexual segundo o conceito oriental) deve subir pela espinal medula passando por todos os centros energéticos que possuimos no corpo humano conhecidos como ‘chakras’ e esses podem ser mais activados pela “Magia Sexual” que uns confundem com mil e uma posições do ‘Kama Sutra’ ou práticas do Tantra Yoga, já não falando da Pornografia em nossos dias que enchem revistas e telas de televisão para estimular o desejo de muita gente que perdeu a verdadeira noção do Sexo e o limita a meras práticas de fornicação.
Em tudo isto se perde a energia sagrada da vida (ou do “Espírito Santo” como é conhecida pelos Mestres da Espiritualidade), levando muitos a perderem luminosidade em sua alma que obscurece pela crescente degeneração.
Desta forma, é preciso instruir os seres humanos que devem encarar o sexo como um instrumento de elevação e não perversão, tratando-o com o devido cuidado e respeito que merece para terem mais saúde e vitalidade, lucidez e felicidade, iluminação e longevidade, além do desenvolvimento de poderes lactentes no ser humano para o bem da Humanidade.
É esta de resto a verdadeira ‘Magia’ e função do Sexo além da procriação.
Pausa para reflexão”
Rui Palmela
TANTRISMO, A MAGIA SEXUAL
O Tantrismo, considerado a essência da yoga, é o desenvolvimento da energia vital através do ato sexual. Essa energia vital, denominada Kundalini, é a mesma energia sexual dinamizada e transmutada que sobe pela medula em direção ao cérebro, eliminando os casos de impotência ou ejaculação precoce, proporcionando com o tempo melhoria da inteligência, melhor qualidade de saúde, de raciocínio, criatividade artística e intelectual, cura do estresse e da depressão, alegria de viver, prazer e permanente sensação de bem estar. Isto sem entrar no mérito das implicações filosóficas, morais ou religiosas ocidentais que aconselham ou não o tantrismo como doutrina.
Esse método oriental da yoga tântrica consiste na prática do ato sexual entre casais que concordam mutuamente em relaxar antes do clímax e depois continuar, podendo o ato prolongar-se por horas a fio com prazer e sem cansar.
A vantagem funcional dessa prática é gerar e economizar o esperma dentro das suas glândulas e canais, fazendo-o circular, renovando-o e o tornando um combustível de alta qualidade energética para o bom desempenho do organismo e das faculdades psíquicas, neurológicas e cerebrais.
Tanto o homem como a mulher devem estar conscientes desse objetivo em comum que, antes de causar apenas o prazer proporcionado pelo orgasmo puro e simples, com o derramamento de esperma, é retê-lo e desenvolver um prazer maior e quase permanente, o da prática do ato sexual a qualquer momento e sem a necessidade de recompor energias.
Quem o pratica pode transar sem cansar por uma, duas, três ou mais horas, com prazer constante, sem a necessidade de aguardar ansiosamente pelo orgasmo comum, que não acontece, pois fica sob controle, mas é substituído por um estado de gozo permanente enquanto durar o ato, como uma espécie de “êxtase” prolongado.
Eu tive a oportunidade de comprovar a eficácia desse método ao conviver, em Porto Alegre, com um casal de amigos que o praticava havia já algum tempo e sobre o qual falavam abertamente comigo. Ela era professora (52 anos) e ele dono de uma loja de calçados (57). Transavam diariamente, em diferentes horários. E dava gosto de ver como se relacionavam bem, como se fossem um casal de namorados, com uma grande ternura espiritual, verdadeiramente felizes e apaixonados um pelo outro.
Como tinham apenas uma filha de l5 anos e não desejavam ter mais filhos, haviam começado a freqüentar um grupo de estudos de yoga tântrica que se reunia para assistir a aulas teóricas, sob a supervisão de um mestre que seguia os ensinamentos do indiano Rashneesh. Mas com o passar do tempo, infelizmente, esse mesmo grupo começou a desvirtuar a essência da doutrina e este casal resolveu se afastar.
Então continuaram praticando em casa, uma vez que as regras do tantrismo eram, e são, bastante simples de serem seguidas.
Tudo começa com as carícias preliminares. Depois vem o ato, propriamente dito, que deve iniciar-se o mais suavemente possível. Na medida em que a coisa for esquentando, ambos devem ir relaxando, conforme a necessidade de cada um para dominar o impulso do gozo, até adquirirem um perfeito e absoluto controle do prazer, prolongando-o indefinidamente.
No início podem ocorrer “acidentes de percurso”. Isso é normal. Se acontecer, com um ou com outro, devem ter paciência com a ligeira e agradável exaustão que sucede ao orgasmo. Mas vão precisar de algum tempo para recompor a energia perdida. E aí devem recomeçar tudo novamente. Até aprender.
Quando lograrem esse objetivo, de interromper o ato sexual no momento que desejarem e o retomarem quando quiserem, então estarão prontos para o adestramento dessa prática maravilhosa, cujos bons resultados serão obtidos com o passar do tempo.
Entre as muitas vantagens do tantrismo, também denominado alquimia ou magia sexual, está a eliminação natural da possibilidade de engravidar, para os casais que não desejarem ter filhos. Antes, porém, de o tentarem, recomendaria consultarem um especialista no assunto, lerem o método e tomarem conhecimento de eventuais reações adversas como eventuais dores de cabeça e outros pequenos mal-estares comuns aos iniciantes.
(Luciano Machado)
Três estrelas porque eu tenho uma explicação melhor. Mas as referências históricas do texto desse site são muito boas.
1) Introdução
Feitiçaria sexual é um dos aspectos mais importantes da magia moderna por revelar um método de feitiçaria que é encontrado no próprio corpo humano.
Por ser uma tradição que une tanto o ocidente quanto o oriente e usa técnicas de diferentes escolas. Para entender plenamente a Feitiçaria Sexual deve-se pôr de lado todos os preconceitos e adentrar o estudo com uma mente aberta e uma predisposição de considerar uma nova via para entender e experienciar o Universo e si mesmo.
2) As Escolas Orientais de Feitiçaria Sexual
Símbolos rituais tântricos têm sido encontrados datados aproximadamente de três mil anos antes de Cristo, estes símbolos de fertilidade parecem ser de origem Indo-européia e demonstram a antigüidade dos cultos tântricos.
3) Tantra (que significa "a via")
É a mais antiga das religiões do mundo oriental. Seus textos primários são conhecidos como "Tantras" e são tão velhos quanto os Vedas (pelo menos dois mil anos antes de Cristo), se não mais velhos. A influência do tantrismo pode ser vista na maior parte das culturas antigas, na grande China podemos ler sobre Alquimia Sexual e os mistérios da libido, milhares de anos antes de Freud e nos cultos Gnósticos lemos sobre a encarnação da Deidade em marido e esposa. Outros exemplos podem ser encontrados no Egito, Creta e Roma onde a feitiçaria sexual era central para a maioria das tradições iniciáticas secretas. Mesmo hoje em dia o Tantra ainda está vivo na Índia moderna, ocupando um dos lugares mais sagrados dos Hindus, Kamrup in Assam, sendo a representação da Yoni ou vagina da própria deusa.
4) As Escolas Ocidentais de Feitiçaria Sexual
Gnosticismo é uma escola religiosa de pensamento que é tida como tendo sido desenvolvida em algum momento ao redor do advento de Jesus. Suas origens são encontradas no Egito e na Suméria, enquanto suas formas externas tenderam a ser de extração hebraica. Por muitos anos os ensinamentos do Gnosticismo não eram conhecidos, até recentemente quando pesquisas descobriram que a essência da tradição Gnóstica era uma forma ocidental de Tantra. Este 'tantrismo' tinha ritos iniciáticos e práticas adaptadas de várias tradições ainda que operando sob uma mesma estrutura organizacional generalizada.
Parece que a morte do Gnosticismo, ou ainda o seu movimento nos anais do ocultismo, tomou lugar por volta de 200 d.C. e que seu ressurgimento ocorreu através de ordens secretas tais quais a Ordem de Sião e os Cavaleiros Templários.
Por volta de meados do século passado quando muitos eruditos ingleses começaram a pesquisar sobre as tradições tântricas sobreviventes em ambas suas formas oriental e ocidental e isto gerou ordens como a O.T.O. e num menor grau a Golden Dawn e outras ordens herméticas relacionadas. No caso Golden Dawn acredita-se que embora a ordem funcionasse com um foco Cristão-Judeu, sob esta fachada uma forte tradição de feitiçaria sexual floresceu, embora estas tradições não mais são ensinadas pelas derivações modernas da GD.
A Ordo Templi Orientis também conhecida como a Ordem dos Templários do Oriente é uma ordem explicitamente tântrica com tonalidades maçônicas. Em 1912 a sua revista, Oriflamme, deixara claro que a sua premissa central de ensinamento era a feitiçaria sexual. A ordem possui a chave que abre todos os segredos herméticos e maçônicos, isto é, o ensinamento da Magia Sexual e este ensinamento explica sem exceção todos os segredos da Livre Maçonaria.
5) Feitiçaria Sexual no Novo Aeon
Com o advento do Novo Aeon em 1904, Mestre Therion (Aleister Crowley) formulou a Astrum Argentinum como uma ordem semi-física para manifestar a nova corrente mágika. Uma das primeiras ordens fora desta estrutura a aceitar a Lei de Thelema foi a OTO. O Mestre Therion então remodelou seus trabalhos para refletir a natureza do Novo Aeon e incorporar novas práticas e teorias de tantrismo ocidental e oriental. Entretanto, sendo que a OTO ainda tinha uma base maçônica, sob a pressão do Novo Aeon deu lugar a uma nova forma de ordem baseada no princípio de ensinamento boca a boca ao invés de formas de organização autocráticas. Com esta mudança os ensinamentos da feitiçaria sexual e do Tantra foram aumentados pela pesquisa e pela prática do vasto número de feiticeiros thelemitas ocidentais e orientais e a síntese resultante é encontrada nas várias escolas tântricas modernas thelêmicas.
Estas incluem tão variadas ordens como a OTO Tiphoniana encabeçada por Kenneth Grant, a Ordem Arcana dos Cavaleiros de Shamballa (AMOOKOS), o Culto da Serpente Negra e a Ordem de Prometheus (Austrália).
A publicação deste manual de treino é parte do processo onde a experiência direta da feitiçaria Sexual pode ser alcançada por indivíduos e grupos pequenos sem a segregação e controle das estruturas das ordens, acreditamos que tal ato está em concordância com o espírito aberto do Aeon de Hórus.
"Se você trouxer para fora aquilo que está dentro de você, isto o salvará.
Se você não trouxer para fora o que está dentro de você, isto o destruirá."
O evangelho gnóstico de Tomé.
"...quando você se despe da vestimenta da vergonha, quando os dois se tornam um
e o macho e a fêmea não é nem macho nem fêmea.”.
O evangelho de acordo com Egyptiana.
6) Os Cinco M da Feitiçaria Sexual
A escola oriental de feitiçaria sexual conhecida por Tantra é dividida em cinco categorias distintas, refletindo estas os diferentes níveis de trabalho que podem ser realizados. Embora se originem na tradição oriental elas são encontradas tão significantemente no ocidente, entretanto talvez, sendo ensinadas sob diferentes títulos e com diferentes sistemas de símbolos e ênfase.
Os cinco M ou Pancha Makara podem ser interpretados de duas maneiras diferentes, cada modo reflete um foco diferente de cada Makara, um sutil e outro distintamente físico. Não se trata de julgamento moral mas um ponto prático que deve ser notado. A interpretação sutil é relacionada ao simbólico ou Caminho da Mão Direita (CMD), em inglês 'Right Hand Path', que envolve a interpretação do simbolismo tântrico de uma maneira não sexual e não corporal. Enquanto a interpretação física (e sexual) é relacionada ao Caminho da Mão Esquerda (CME) 'Left Hand Path'. A razão por trás da designação Direita-Esquerda é que nos ritos sexuais orientais o foco da paixão (normalmente uma mulher) quando colocado à direita significava um ritual simbólico, entretanto quando passado à esquerda implicava num rito sexual.
Antes de começarmos a descrição dos Pancha Makara, é importante entender que as práticas sexuais são apenas um dos M da feitiçaria sexual. Muitas escolas hoje enfatizam o quinto M da atividade sexual enquanto ignoram os outros quatro, isto não apenas é impreciso mas também perigoso. Feitiçaria sexual pode envolver rito sexual mas, certamente, não apenas rito sexual.
O Primeiro "M": Madya Sadhana
A aplicação do Caminho da Mão Esquerda ao primeiro M envolve o uso correto de intoxicantes em suas diversas formas. Madya significa licor podendo então ser interpretada tanto neste contexto ou naquele do Caminho da Mão Direita, onde designa a ativação do Chakra Sahasrara e o uso de suas secreções física e parafísica. Até mesmo a ciência moderna tem hoje iniciado investigação dos efeitos de secreções hormonais das glândulas endócrinas sobre a consciência. A maior diferença entre esta investigação e nossa experiência é que no Madya Sadhana as secreções são tidas como simultaneamente físicas (hormonais) e parafísicas.
O Segundo "M": Mamsa Sadhana
A aplicação do CME no segundo M envolve uma quantidade de práticas diferentes. Sendo que o termo Mamsa pode ser traduzido como 'carne', pode ser usada para representar o uso de carne ritualisticamente (por exemplo, um banquete ou Eucaristia). Pode também ser entendida, de acordo com uma tradução menos literal dos textos tântricos, como 'fala', então podendo ser entendida como o uso da invocação ou fala extática dentro de um contexto ritual. A interpretação do CMD deste Sadhana envolve tanto o entendimento de carne no contexto de alimento, tal qual numa dieta controlada (normalmente vegetariana) e o efeito da comida na consciência e o uso da fala duma maneira ritual. Esta segunda utilização inclui práticas como invocação, cânticos, mantras, oração extática e por aí vai.
O Terceiro "M": Matsya Sadhana
O terceiro M tende a ser traduzido como 'peixe' e é usado da mesma maneira para o CME quanto para o CMD. É visto como referindo-se ao fluxo psíquico que corre através dos canais Ida e Pingala na espinha dorsal. Uma minoria de eruditos também utiliza-se do termo para referir-se ao consumo ritual de peixe num banquete ou Eucaristia.
O Quarto "M": Mudra Sadhana
Mudra é o único M bem conhecido fora dos círculos tântricos. É utilizado de maneiras similares no CME e no CMD e representa o uso de posições específicas do corpo (mais especificamente, da mão) para simbolizar certas verdades, para encarnar certas forças e/ou efetuar mudanças na consciência. Este M também inclui o uso de vários Asanas ou Mudras Corporais.
O Quinto "M" : Maithuna Sadhana
O quinto M está relacionado primariamente com atividade sexual, o termo Maithuna refere-se a união sexual mas também inclui outras formas de prática sexual. A interpretação do CMD deste M envolve o uso simbólico da sexualidade dentro do organismo. Isto é melhor ilustrado no Kechari Mudra, no qual se traz a língua para a garganta e 'temporariamente fecha-se o sistema'. Aqui a ponta da língua é vista como representando o pênis, a faringe nasal a vagina e a uvula como a vulva. A interpretação do CME do Maithuna é de ritualística sexual, onde o termo Mão Esquerda refere-se ao veículo da paixão sendo colocado na posição Lunar ou esquerda. Em algumas escolas tântricas os cinco M também são interpretados como Sub Sadhanas dentro do quinto M, Maithuna. Com tal entendimento em mente, daremos a seguinte classificação dos Sub Sadhana. Sub Sadhanas no Maithuna:
Madya Sadhana Amrita : uso sacramental de fluidos sexuais.
Mamsa Sadhana Felação
Mataya Sadhana Cunilíngua
Mudra Sadhana Posturas Sexuais
Maethuna Sadhana Comunhão sexual (congrex)
7) Feitiçaria Sexual : Um Esquema
A feitiçaria sexual como é ensinada dentro da Escola Tântrica Thelemica é composta de cinco categorias, qualquer uma destas cinco pode novamente ser subdividida nos cinco M, se assim desejado. Contudo, descobriu-se que os cinco M como subclasses pertencem às técnicas Gamma e Epsilon em relação ao CME ou às técnicas Delta, se interpretadas pelo CMD. As classificações da feitiçaria sexual estão baseadas em esquemas tradicionais como ensinados pela OTO e AA. Entretanto, elas receberam títulos de letras gregas para acabarem com o obsoleto sistema de graus maçônicos previamente em uso pelo sistema sexual da OTO.
A teoria e a prática da feitiçaria sexual é baseada no fato de Eros, ou conduta sexual, ser uma das mais poderosas dentro do organismo humano e se usada corretamente centro de uma situação ritual, pode atingir grandes resultados. Neste esquema nós não pretendemos organizar toda a estrutura da magia sexual, mas dar uma visão das técnicas básicas e alguns usos para as mesmas. Ofereceremos também uma discussão de alguns dos princípios básicos nos quais a magia sexual está baseada, tais como Shiva e Shakti, a Semente Sagrada, o Grande Rito e Eros e Thanatos. É importante dominar estas teorias, pois toda prática tântrica estende-se de seu fundamento.
Alphaísmo (Alfa) Magia Sexual Solitária
Alfaísmo é usado para carregar talismãs, encantamentos e Armas e Ferramentas Mágikas, obter controle dos sonhos e vários tópicos correlatos.
Betaísmo (Beta) Magia Sexual Solitária
Betaísmo é usado com um parceiro projetado astralmente, envolvendo uma série de práticas tais como energização do sistema astral, criação de elementares, proteção e ataque psíquicos, desenvolvimento de características internas através da ciência de projeção extracorpórea.
Gamaísmo (Gamma) Magia Heterossexual ou Polarizada
Gamaísmo pode ser usado para diferentes formas de magia, incluindo a criação de Amrita, comunicação com outras formas de Vida, criação de seres artificiais, evolução espiritual de ambos os parceiros e por aí vai.
Magia Sexual
Pelo prazer de dois corpos a amarem-se mutuamente, grandes portais se abrem e vibrações de alto calibre são produzidas.
Fica aqui umas noções de Tantra para enriquecer a nossa Magia Sexual
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É uma maneira meditativa, espontânea e íntima de fazer amor. No tantra, a mulher é concebida como a energia cósmica criativa. O tantra induz o homem a sentir sua companheira de maneira plena.
Além disso, o sexo tântrico considera a ejaculação um desperdício da energia vital, e uma de suas metas é aprender a retardá-la. Aproveite este recurso fabuloso, além de aprender todas as posturas e as técnicas desta filosofia milenar.
Prepare a cena com dedicação: espalhe almofadas confortáveis sobre a cama, tenha à mão óleos aromáticos para o corpo, arrume o ambiente com velas e incensos... Se quiser que seja uma noite inesquecível, separe um bom vinho e alguns ingredientes, como figos, uvas, cerejas, morangos. Depois, é só colocar os ensinamentos em prática...
Primeiros toques
Prepare um lugar confortável, sensual e tranqüilo. Decidam qual dos dois será, desta vez, o ativo e quem receberá as carícias. Na próxima vez, mudem os papéis.
Para poder experimentar as sensações táteis, é necessário prestar uma atenção especial à certos detalhes. No preparo do ritual, recomenda-se tomar um banho quente para suavizar a pele e relaxar.
A iluminação deve ser fraca: ascender velas é uma boa opção. Finalmente, esquentem os corpos com óleos de essências afrodisíacas; por exemplo, de rosa ou sândalo.
Devem dispor de tempo suficiente para livrarem-se de todas as preocupações. Durante pelo menos uma hora, cada um deve tocar e explorar o corpo do outro. Lembre-se que este terreno é tão acessível quanto inesgotável. Depois disso, conversem sobre as sensações descobertas e desejos despertados.
Massagem tântrica
A linguagem do contato, a pressão e as carícias são o caminho para descobrir uma sensibilidade que não conhecemos ou redescobrir sensações perdidas. Na massagem tântrica, as mãos são a principal ferramenta para um encontro físico, emocional e espiritual do casal. É uma ótima experiência para conscientizar-nos de que dar e receber é um fluxo constante de energia. Além disso, pode ser um delicioso prelúdio para alcançar uma excitação antes desconhecida. Descubra as infinitas possibilidades sentidas atravéz dos corpos:
Apesar da importância de conhecer diversos movimentos de massagem, a sutileza das mãos é indispensável: elas, mais do que qualquer outra parte do corpo, são capazes de transmitir ternura e carinho.
Por isso, acariciar os dedos das mãos, onde existe uma enorme quantidade de nervos, permite um relaxamento muito especial. Comece desde as pontas dos dedos, sempre evitando fazer cócegas, até terminar com ambas as mãos unidas, palma com palma.
O rosto também é uma parte muito pessoal do corpo. Lentamente, com um pouco de óleo nas mãos, percorra os caminhos dos traços: os contornos dos olhos, da testa em direção ao nariz, o volume da boca.
Depois, acaricie o rosto de seu parceiro de forma rítmica, fazendo círculos nas bochechas ou ao redor do queixo, aliviando as marcas de preocupação. Finalmente, vá descendo da cabeça até o pescoço para descarregar as tensões.
Acariciar o umbigo de seu parceiro pode acrescentar confiança. Esta é uma área vulnerável que deve ser tratada com delicadeza. Faça movimentos circulares para relaxar tensões emocionais e físicas que reprimem o fluxo de energia sexual e vital.
Deixe de lado as palavras para que o contato seja a linguagem da calma. Aproxime-se dos genitais sem chegar a tocá-los. Quem faz as massagens deve se concentrar nas sensações produzidas pela temperatura e pela textura da pele.
Os pés são uma área especialmente sensível, já que concentra-se uma enorme quantidade de terminais nervosas que se conectam com o corpo inteiro. Sutilmente, procure a pressão apropriada para evitar cócegas e ao mesmo tempo conseguir fazer seu parceiro relaxar. Algumas pessoas podem não gostar muito deste tipo de contato. Neste caso, é melhor interromper a massagem, não quebrar a harmonia e massagear outra parte do corpo.
Com pequenos toques, começando desde as costas até chegar às pernas, percorra agora o bumbum, uma área especialmente erógena. Escolha o momento certo para deter o movimento e transmitir o calor da mão apoiado na palma em cada lado. Se o jogo já é intenso, pequenas pressões com as unhas podem disparar as mais variadas sensações.
A flexibilidade da coluna é para o Tantra um eixo fundamental de energia e sensualidade. Deslize as mãos para baixo usando óleos essenciais.
Reconheça os volumes e depressões que marcam as vértebras. Para eliminar tensões localizadas, faça movimentos circulares, mais curtos ou mais intensos utilizando dois ou três dedos.
Sem chegar a tocar os genitais, mas aproximando-se deles, esta pode ser uma ginástica extremamente sexual. Percorra o baixo ventre, acaricie a parte interna de suas coxas. Com as unhas, faça desenhos em sua pele.
Lentamente, com a mão aberta e desde o umbigo, desça mostrando uma intensão que logo é desviada para voltar ao ponto de partida. Brinque com a pele improvisando movimentos fluidos. Lembre que o mapa do corpo é diferente em cada pessoa, por isso o aprendizagem só passa pelo reconhecimento.
Masturbação
Comece pensando nas suas zonas erógenas, no que você gosta e o que não gosta. Para isso, entre em seu próprio mundo de sensações. O resultado será uma surpreendente revitalização e conhecimento de seu erotismo, que poderá ser compartido com seu parceiro.
Deite na cama e acaricie seu corpo inteiro, inclusive o rosto, os peitos, o ventre e as coxas. As Nas mulheres entã lentamente, faça seus dedos recorrerem aos lábios vaginais. Pressione sensualmente a vagina e o clitóris dando liberdade a tudo que a fizer sentir prazer. Nos homens comece bela base do pênis e segurando vigorosamente, mas delicadamente suba até a glande, a área mais sensivel do corpo do homem. Concentre os estimulos nestas áreas mas não esqueça que o corpo é um todo indivisivel.
Não procure chegar ao orgasmo - use bastante tempo para desfrutar de todas as sensações sexuais. À medida que você for ficando excitada, relaxe e respire regularmente, tentando fazer com que o efeito se expanda em seu corpo inteiro.
As fantasias sexuais sempre ajudam a intensificar as sensações, mas neste momento é melhor não se concentrar em imagens mentais, mas sim entrar profundamente em seu próprio físico. Quando começar a perceber a chegada das sensações orgásmicas, tensione os músculos das nádegas, suspire, gema, grite, e expresse seu erotismo sem complexos. Entregue seu corpo ao prazer.
Posições Tântricas
Penetração Profunda
Equilíbrio entre corpo, mente e espírito: esta é a proposta da escola tântrica. Uma das formas de alcançar isso é canalizando a energia sexual para aproveitar o seu poder e energia. A penetração profunda é uma postura da escritura tântrica mais esotérica, chamada Chandamaharosana (o grande elixir lunar). A abertura das pernas da mulher permite que a penetração se sinta em um nível diferente que o habitual. Experimente outras sensações, apoiando as pernas em seus ombros.
Inclinados
A energia do Shakti flui harmoniosamente nesta postura sensual. Ambos devem estar sentados, levemente inclinados para trás, apoiando o peso nos braços. O homem deve penetrar lentamente olhando-a intensamente nos olhos. Sutis movimentos pélvicos acompanham o jogo. Se estiverem cansados, podem deitar sem perder a postura diminuindo o ritmo, formando uma mandala com os corpos entrelaçados.
Sentados
Fazer amor sentados e com as costas erguidas entrelaça os corpos, fazendo esta energia fluir livremente e com harmonia. Nesta posição o casal se abraça e se move suavemente deixando os sentimentos e os sentidos circularem.
Postura de Kali
A imagem desta postura relembra a deusa tântrica Kali sentada sobre o falo, que representa o pênis de seu parceiro inerte, Shiva. Quando eles faziam amor, procuravam uma sexualidade desinibida e desenfreada. A mulher senta-se de cócoras sobre o homem e mexe os quadris em círculos enquanto o segura pelas mãos. Durante a relação, ela pode acariciar o seu clitóris ou deixe que ele faça isso para aumentar a sua excitação e desencadear um orgasmo profundo.
Doce oferenda
A mulher fica sobre o homem, que fica apoiado nas almofadas da cama. Desta forma, você pode mostrar o seu corpo, oferecer seus seios a ele. Os mamilos são altamente erógenos, e sua estimulação ativa os centros emocional e sexual da mente. Pelas técnicas tântricas do amor, oferecer os seios ao homem simboliza a essência da feminilidade, da amante e mãe que toda mulher potencialmente é.
Postura do elefante
Esta postura brinca com os papéis dos parceiros durante o ato sexual. Sempre existe um que domina mais que o outro o ritmo do jogo. Na postura do elefante o homem controla a situação penetrando a mulher por trás, mas agüentando o seu próprio peso com a força de seus braços, apoiados no chão. A mulher não fica totalmente passiva: pode fechar as coxas para diminuir o ângulo de penetração ou mexer os quadris para acompanhar o homem em cada investida..
A postura das tesouras
O homem esticado de lado recebe a mulher que, quase de costas para o parceiro, passa a perna por cima da cintura dele, entrelaçando os corpos de uma forma muito excitante. A postura das tesouras permite que os dois se olhem conseguindo a tão desejada comunicação serena. O casal respira sincronizadamente e se une com carícias e beijos. A perna do homem entre as da mulher pode servir para acariciar suavemente o seu clitóris e estimulá-la para alcançar um doce e profundo orgasmo.
Yantra montado
Os benefícios das variações na vida sexual de um casal são infinitos. Que a mulher coloque as pernas por cima dos ombros do seu amado e relaxe os músculos pélvicos para possibilitar uma penetração profunda. No Tantra Chandamaharosana, esta postura se denomina yantra montado. Elimina a fadiga e abre os canais energéticos da pelvis e da virilha, ao mesmo tempo em que favorece a circulação linfática.
Técnicas Tântricas
Contato visual
Um recurso herdado de velhas tradições indianas reside em frear o ritmo, seja qual for a posição escolhida, para poder se olhar profundamente nos olhos. É difícil consegui-lo, pois depois de realizada, a penetração parece impossível de se parar. Mas é possível sim, e muito excitante. A melhor postura para fazer isso é a que deixa os amantes cara a cara. Imóveis, a mulher e o homem se olham profundamente durante alguns segundos, nos quais o tempo parece parar, para voltar à atividade sexual com mais entusiasmo e excitação do que nunca.
O ponto de pressão
A ejaculação provoca no homem um desgaste que muitas vezes prejudica o clímax da mulher. O tantra ensina a controlar a ejaculação para canalizar a energia vital ao êxtase. Para isso, existe uma técnica que consiste em exercer uma firme pressão com os dedos sobre um ponto do períneo, situado entre o ânus e o escroto. Esta pressão consegue evitar que o sêmen saia da próstata. Diga-lhe para usar toda sua concentração e prestar atenção à respiração, que deve diminuir... Aproveite para aumentar a sua excitação. Peça a ele que a estimule ou faça isso por conta própria. Talvez demore para ele prender a segurar, mas a paciência é uma virtude...
A natureza animal
O tantra diz que devemos aceitar tanto a natureza animal como o caráter divino da sexualidade humana: "O homem monta na mulher como se fosse um touro". Relaxem e percam-se nos labirintos do mundo selvagem e varie as posições. Enquanto ele a penetra por trás, você pode deitar, subir a pélvis com uma almofada ou ficar de quatro. Quando um casal se conhece melhor sexualmente, pode brincar e aproveitar a variedade e, quanto mais solta você se sentir, melhores serão os seus orgasmos.
O Elixir
Segundo o tantra, só graças à mulher o homem pode conhecer os sagrados mistérios sexuais. As secreções sexuais femininas são o néctar, o manjar dos deuses... Quando uma mulher chega ao orgasmo, crê-se que a sua saliva possui propriedades que harmonizam a energia polar masculina e feminina, o yin-yang.
Nesse momento ela deve, beija-lo profundamente para compartilhar com ele o seu doce néctar, entregue-lhe a sua saliva delicadamente, deixando que caia em sua boca, enchendo-o de prazer e energia.
Por considerar sagradas as secreções da mulher, o tantra procura posturas que favoreçam sua satisfação mais plena. Esta é uma delas. Estando a mulher de costas para ele, o homem deve penetrar suavemente enquanto acaricia seus seios e beija seu pescoço. O pênis do homem deve absorver as suas secreções, que são "os sucos do amor". Isto também pode ser feito por meio do sexo oral.
Os pontos eróticos
A estimulação do clitóris é, para a maioria das mulheres, a porta de entrada ao prazer do orgasmo. As posições que favorecem seu acesso direto são as melhores para chegar ao clímax, seja por sua própria estimulação ou pela de seu parceiro. O ponto G também é um grande aliado na hora do seu gozo: sentada sobre o homem, que a mulher incline-se levemente para trás movendo a pelvis; isto provoca a pressão do pênis no botãozinho erógeno descoberto por Grafenberg, levando-a um orgasmo inesquecível.
Ejaculação e controle do orgasmo
Para conseguir fazer todas as posturas do tantra, é preciso desenvolver a flexibilidade. As figuras requerem força e elasticidade, especialmente na parte inferior do corpo, a raiz que nos conecta à terra. Por isso, exercitar-se é essencial: isto intensifica a descarga de energia orgásmica pelo corpo inteiro.
Mas mesmo que para o homem pareça uma condição fundamental, não é necessário que seu pênis esteja sempre ereto nas brincadeiras sexuais nem durante a relação sexual. Uma ereção que perca a força não deve implicar na interrupção da atividade: ao contrário, deveria estimular a volta com mais intensidade.
Para o homem, existe uma técnica chamada Mula Bandha, que possibilita segurar a ejaculação. Antes do contato genital, ele deverá agachar a cabeça e centralizar a atenção na área pélvica. Inspirando profundamente, deve contrair o músculo que rodeia o ânus e fazer três séries de dez contrações. Antes de sair, o sêmen passa pelo períneo, que fica entre o escroto e o ânus. A vontade de ejacular também é contida relaxando os músculos das nádegas e respirando harmoniosa e conscientemente. Esta é uma técnica que faz parte da proposta tântrica de que o homem deve aprender a controlar sua ejaculação.Realizando esta técnica, consegue-se bloquear o períneo e aumentar o prazer.
Não só os homens devem aprender a controlar seu orgasmo para aumentar o prazer de ambos. A mulher também deve aprender a fazê-lo, principalmente se sente que quando está chegando, nada o segura...Diminua o ritmo, distraia a mente e respire profundamente. Uma técnica tântrica recomenda, neste momento, apertar a língua contra o céu da boca enquanto esvazia a mente de tudo.
Para atrasar o orgasmo ou prolongar a relação, existe uma técnica tântrica que, pelo papel dominante do homem, traz ótimos resultados. Durante a penetração e, na clássica posição de "papai-e-mamãe", faça o seu parceiro conter o movimento quando ainda não tenham chegado ao auge da excitação. Retire o pênis deixando apenas a glande na vagina e respirem profundamente levando o ar ao abdômen. Os músculos genitais de ambos relaxarão e poderão voltar a encarar o movimento sem a necessidade de acabar imediatamente.
FEITIÇARIA SEXUAL UM MANUAL PRÁTICO DE MAGIA SEXUAL O UNIVERSO TÂNTRICO Introdução Feitiçaria sexual é um dos aspectos mais importantes da magia moderna por revelar um método de feitiçaria que é encontrado no próprio corpo humano. Por ser uma tradição que une tanto o ocidente quanto o oriente e usa técnicas de diferentes escolas. Para entender plenamente a Feitiçaria Sexual deve-se pôr de lado todos os preconceitos e adentrar o estudo com uma mente aberta e uma predisposição de considerar uma nova via para entender e experienciar o Universo e si mesmo. As Escolas Orientais de Feitiçaria Sexual Símbolos rituais tântricos têm sido encontrados datados aproximadamente de três mil anos antes de Cristo, estes símbolos de fertilidade parecem ser de origem Indo-européia e demonstram a antigüidade dos cultos tântricos. Tantra (que significa "a via") é a mais das religiões do mundo oriental. Seus textos primários são conhecidos como "Tantras" e são tão velhos quanto os Vedas (pelo menos dois mil anos antes de Cristo), se não mais velhos. A influência do tantrismo pode ser vista na maior parte das cultur as antigas, na grande China podemos ler sobre Alquimia Sexual e os mistérios da libido milhares de anos antes de Freud e nos cultos Gnósticos lemos sobre a encarnação da Deidade em marido e esposa. Outros exemplos podem ser encontrados no Egito, Creta e Roma onde a feitiçaria sexual era central para a maioria das tradições iniciáticas secretas. Mesmo hoje em dia Tantra ainda está vivo na Índia moderna, ocupando um dos lugares mais sagrados dos Hindus, Kamrup in Assam, sendo a representação da Yoni ou vag ina da própria deusa. As Escolas Ocidentais de Feitiçaria Sexual Gnosticismo é uma escola religiosa de pensamento que é tida como tendo sido desenvolvida em algum momento ao redor do advento de Jesus. Suas origens são encontradas no Egito e na Suméria, enquanto suas formas externas tenderam a ser de extração hebraica. Por muitos anos os ensinamentos do Gnosticismo não eram conhecidos, até recentemente quando pesquisas descobriram que a essência da tradição Gnóstica era uma forma ocidental de Tantra. Este 'tantrismo' tinha ritos iniciáticos e práticas adaptadas de vári as tradições ainda que operando sob uma mesma estrutura organizacional generalizada. Parece que a morte do Gnosticismo, ou ainda o seu movimento nos anais do ocultismo, tomou lugar por volta de 200 d.C. e que seu ressurgimento ocorreu através de ordens secretas tais quais a Ordem de Sião e os Cavaleiros Templários. Por volta de meados do século passado quando muitos eruditos ingleses começaram a pesquisar sobre as tradições tântricas sobreviventes em ambas suas formas oriental e ocidental e isto gerou ordens como a O.T.O. e num menor grau a Golden Dawn e outras ordens herméticas relacionadas. No caso Golden Dawn acredita-se que embora a ordem funcionasse com um foco Cristão-Judeu, sob esta fachada uma forte tradição de feitiçaria sexual floresceu, embora estas tradições não mais são ensinadas pelas derivações moder nas da GD. A Ordo Templi Orientis também conhecida como a Ordem dos Templários do Oriente é uma ordem explicitamente tântrica com tonalidades maçônicas. Em 1912 a sua revista, Oriflamme, deixara claro que a sua premissa central de ensinamento era a feitiçaria sexual. A ordem possui a chave que abre todos os segredos herméticos e maçônicos, isto é, o ensinamento da Magia Sexual e este ensinamento explica sem exceção todos os segredos da Livre Maçonaria. Feitiçaria Sexual no Novo Aeon Com o advento do Novo Aeon em 1904, Mestre Therion (Aleister Crowley) formulou a Astrum Argentinum como uma ordem semi-física para manifestar a nova corrente mágika. Uma das primeiras ordens fora desta estrutura a aceitar a Lei de Thelema foi a OTO. O Mestre Therion então remodelou seus trabalhos para refletir a natureza do Novo Aeon e incorporar novas práticas e teorias de tantrismo ocidental e oriental. Entretanto, sendo que a OTO ainda tinha uma base maçônica, sob a pressão do Novo Aeon deu lugar a um a nova forma de ordem baseada no princípio de ensinamento boca a boca ao invés de formas de organização autocráticas. Com esta mudança os ensinamentos da feitiçaria sexual e do Tantra foram aumentados pela pesquisa e pela prática do vasto número de feiticeiros thelemitas ocidentais e orientais e a síntese resultante é encontrada nas várias escolas tântricas modernas thelêmicas. Estas incluem tão variadas ordens como a OTO Tiphoniana encabeçada por Kenneth Grant, a Ordem Arcana dos Cavaleiros de Shamballa (AMOOKOS), o Culto da Serpente Negra e a Ordem de Prometheus (Austrália). A publicação deste manual de treino é parte do processo onde a experiência direta da Feitiçaria Sexual pode ser alcançada por indivíduos e grupos pequenos sem a segregação e controle das estruturas das ordens, acreditamos que tal ato está em concordância com o espírito aberto do Aeon de Hórus. "Se você trouxer para fora aquilo que está dentro de você, isto o salvará. Se você não trouxer para fora o que está dentro de você, isto o destruirá." O evangelho gnóstico de Tomé. "...quando você se despe da vestimenta da vergonha, quando os dois se tornam um e o macho e a fêmea não é nem macho nem fêmea." O evangelho de acordo com Egyptiana. Os Cinco M da Feitiçaria Sexual A escola oriental de feitiçaria sexual conhecida por Tantra é dividida em cinco categorias distintas, refletindo estas os diferentes níveis de trabalho que podem ser realizados. Embora se originem na tradição oriental elas são encontradas tão significantemente no ocidente, entretanto talvez, sendo ensinadas sob diferentes títulos e com diferentes sistemas de símbolos e ênfase. Os cinco M ou Pancha Makara podem ser interpretados de duas maneiras diferentes, cada modo reflete um foco diferente de cada Maka ra, um sutil e outro distintamente físico. Não se trata de julgamento moral mas um ponto prático que deve ser notado. A interpretação sutil é relacionada ao simbólico ou Caminho da Mão Direita (CMD), em inglês 'Right Hand Path', que envolve a interpretação do simbolismo tântrico de uma maneira não sexual e não corporal. Enquanto a interpretação física (e sexual) é relacionada ao Caminho da Mão Esquerda (CME) 'Left Hand Path'. A razão por trás da designação Direita-Esquerda é que nos ritos sexuais orientai s o foco da paixão (normalmente uma mulher) quando colocado à direita significava um ritual simbólico, entretanto quando passado à esquerda implicava num rito sexual. Antes de começarmos a descrição dos Pancha Makara, é importante entender que as práticas sexuais são apenas um dos M da feitiçaria sexual. Muitas escolas hoje enfatizam o quinto M da atividade sexual enquanto ignoram os outros quatro, isto não apenas é impreciso mas também perigoso. Feitiçaria sexual pode envolver rito sexual mas, certamente, não apenas rito sexual. O Primeiro M : Madya Sadhana A aplicação do Caminho da Mão Esquerda ao primeiro M envolve o uso correto de intoxicantes em suas diversas formas. Madya significa licor podendo então ser interpretada tanto neste contexto ou naquele do Caminho da Mão Direita, onde designa a ativação do Chakra Sahasrara e o uso de suas secreções física e parafísica. Até mesmo a ciência moderna tem hoje iniciado investigação dos efeitos de secreções hormonais das glândulas endócrinas sobre a consciência. A maior diferença entre esta investigação e nossa experiência é que no Madya Sadhana as secreções são tidas como simultaneamente físicas (hormonais) e parafísicas. O Segundo M : Mamsa Sadhana A aplicação do CME no segundo M envolve uma quantidade de práticas diferentes. Sendo que o termo Mamsa pode ser traduzido como 'carne', pode ser usada para representar o uso de carne ritualisticamente (por exemplo, um banquete ou Eucaristia). Pode também ser entendida, de acordo com uma tradução menos literal dos textos tântricos, como 'fala', então podendo ser entendida como o uso da invocação ou fala extática dentro de um contexto ritual. A interpretação do CMD deste Sadhana envolve tanto o entendimento de carne no contexto de alimento, tal qual numa dieta controlada (normalmente vegetariana) e o efeito da comida na consciência e o uso da fala duma maneira ritual. Esta segunda utilização inclui práticas como invocação, cânticos, mantras, oração extática e por aí vai. O Terceiro M : Matsya Sadhana O terceiro M tende a ser traduzido como 'peixe' e é usado da mesma maneira para o CME quanto para o CMD. É visto como referindo-se ao fluxo psíquico que corre através dos canais Ida e Pingala na espinha dorsal. Uma minoria de eruditos também utiliza-se do termo para referir-se ao consumo ritual de peixe num banquete ou Eucaristia. O Quarto M : Mudra Sadhana Mudra é o único M bem conhecido fora dos círculos tântricos. É utilizado de maneiras similares no CME e no CMD e representa o uso de posições específicas do corpo (mais especificamente, da mão) para simbolizar certas verdades, para encarnar certas forças e/ou efetuar mudanças na consciência. Este M também inclui o uso de vários Asanas ou Mudras Corporais. O Quinto M : Maithuna Sadhana O quinto M está relacionado primariamente com atividade sexual, o termo Maithuna refere-se a união sexual mas também inclui outras formas de prática sexual. A interpretação do CMD deste M envolve o uso simbólico da sexualidade dentro do organismo. Isto é melhor ilustrado no Kechari Mudra, no qual se traz a língua para a garganta e 'temporariamente fecha-se o sistema'. Aqui a ponta da língua é vista como representando o pênis, a faringe nasal a vagina e a uvula como a vulva. A interpretação do CME do Maithuna é de ritualística sexual, onde o termo Mão Esquerda refere-se ao veículo da paixão sendo colocado na posição Lunar ou esquerda. Em algumas escolas tântricas os cinco M também são interpretados como Sub Sadhanas dentro do quinto M, Maithuna. Com tal entendimento em mente, daremos a seguinte classificação dos Sub Sadhana. Sub Sadhanas no Maithuna Madya Sadhana Amrita : uso sacramental de fluidos sexuais. Mamsa Sadhana Felação Mataya Sadhana Cunilíngua Mudra Sadhana Posturas Sexuais Maethuna Sadhana Comunhão sexual (congrex) Feitiçaria Sexual : Um Esquema A feitiçaria sexual como é ensinada dentro da Escola Tântrica Thelemica é composta de cinco categorias, qualquer uma destas cinco pode novamente ser subdividida nos cinco M, se assim desejado. Contudo, descobriu-se que os cinco M como subclasses pertencem às técnicas Gamma e Epsilon em relação ao CME ou às técnicas Delta, se interpretadas pelo CMD. As classificações da feitiçaria sexual estão baseadas em esquemas tradicionais como ensinados pela OTO e AA. Entretanto, elas receberam títulos de letras greg as para acabarem com o obsoleto sistema de graus maçônicos previamente em uso pelo sistema sexual da OTO. A teoria e a prática da feitiçaria sexual é baseada no fato de Eros, ou conduta sexual, ser uma das mais poderosas dentro do organismo humano e se usada corretamente centro de uma situação ritual, pode atingir grandes resultados. Neste esquema nós não pretendemos organizar toda a estrutura da magia sexual, mas dar uma visão das técnicas básicas e alguns usos para as mesmas. Ofereceremos também uma discussão de alguns dos princípios básicos nos quais a magia sexual está baseada, tais como Shiva e Shakti, a Semente Sagrada, o Grande Rito e Eros e Thanatos. É importante dominar estas teorias, pois toda prática tântrica estende-se de seu fundamento. Alphaísmo (Alfa) Magia Sexual Solitária Alfaísmo é usado para carregar talismãs, encantamentos e Armas e Ferramentas Mágikas, obter controle dos sonhos e vários tópicos correlatos. Betaísmo (Beta) Magia Sexual Solitária Betaísmo é usado com um parceiro projetado astralmente, envolvendo uma série de práticas tais como energização do sistema astral, criação de elementares, proteção e ataque psíquicos, desenvolvimento de características internas através da ciência de projeção extracorpórea. Gamaísmo (Gamma) Magia Heterossexual ou Polarizada Gamaísmo pode ser usado para diferentes formas de magia, incluindo a criação de Amrita, comunicação com outras formas de Vida, criação de seres artificiais, evolução espiritual de ambos os parceiros e por aí vai. Deltaísmo (Delta) Magia Sexual para Chakras Deltaísmo envolve o uso de técnicas Alfa, Beta, Gamma e Epsilon para ativar e purificar os chakras. É uma forma avançada de Kundalini Yoga sexual. Epsilonismo (Epsilon) Magia Homossexual ou Apolar Esta técnica é um espelho do Gamaísmo, tem muitos usos idênticos às técnicas Gamma com o banefício da não produção sexual ou astral. Muitas escolas, incluindo a Escola Tântrica Thelemita, descobriram que intercurso anal com um membro do sexo oposto ou sexo durante o ciclo menstrual pode ser usado como uma aproximação de uma expressão puramente homossexual desta fórmula. (Embora a interpretação homossexual parece mais precisa e segura.) Há muitos outros usos para estas técnicas e estas serão esquematizadas conforme progredimos em nosso estudo. Nesse ínterim, é importante entender que a diferença entre as técnicas heterossexuais e homossexuais (Epsilon e Gamma) é maior do que o obviamente físico. Foi descoberto que mesmo que a prática Gamma seja feita com uso de anticoncepcional, um feto astral é sempre gerado. Algumas vezes isto é útil, algumas vezes não. Equanto que numa relação puramente homossexual da fórmula Epsilon isto não ocorre devido às características específicas encontradas no campo de polaridade, que iremos discutir em detalhes mais à frente. Há muitos princípios diferentes envolvidos na Magia Sexual e para entendê-los será necessário um certo estudo. Para começar, vamos olhar em detalhe quatro princípios fundamentais básicos do Tantra. Shakti, Shiva e Papéis Sexuais Shiva e Shakti formam os pólos opostos no culto tântrico, Shiva representa o poder da deidade masculino, enquanto Shakti representa a deusa primal. De acordo com o Tantra hindu tradicional, a Grande Deusa tem dez encarnações maiores ou formas. A primeira e certamente mais antiga é Kali, enquanto que as outras nove são Tara, Shodamhi, Bhuvameshvari, Bhairvai, Chinnamasta, Dhumavati, Bagala, Matangi e Kamala. Em muitos cultos tântricos, como o Kaulasedkaha, Shakti é vista como a fonte primordial de todas a s coisas, sendo então idêntica ao antigo conceito egípcio de Nuit, a deusa do espaço infinito, enquanto sua projeção, Hadit, é idêntica a Shiva. Em termos universais esta oposição é a mesma de Ain e Kether (de acordo com a Qabbalah) com Shakti representando a ação dinâmica e Shiva representando o estado estático. Em algumas tradições uma trindade é formada de Brahma, Vishnu e Shiva, onde Shiva é especificamente relacionado a Saturno ou a Sephirah Binah. Esta correspondência é, em certo contexto, compreensível, pois Shiva pode ser relacionado ao Deus Negro e sua parceira Shakti que é encontrada dentro dele. Contudo, também é possível entender a re lação Shakti-Shiva nos termos mais absolutos de Ain e Kether, usando seus atributos num papel universal, menos específico. Pode ser dito que a trindade é uma forma mais exotérica, enquanto a dualidade de Shiva e Shakti é uma atribuição universal e esotérica. A relação entre Shiva e Shakti é de total interdependência, um ditado tântrico diz que "Shiva sem Shakti é Shava (cadáver)." Quando Shiva e Shakti são traduzidos em termos humanos, certas considerações devem ser levadas em conta, em algumas tradições o macho é considerado Shiva e a fêmea Shakti, e de certa maneira isto é correto. Entretanto, isso foi usado, no passado, para justificar um sexismo às avessas onde a fêmea é tomada em grande reverência em detrimento do macho. Na atualidade, as tradições de M agia Sexual demandam que macho e fêmea sejam tomados em igualdade e mesmo que possa ser feita conotação sexual de Shiva e Shakti, é igualmente verdade o fato de que dentro da cada ser humano, macho ou fêmea, ambos Shiva e Shakti existem mutuamente. Esta atribuição é baseada no fato de que em cada sexo há os pólos Shiva e Shakti, no macho a chakra básica é Shiva, enquanto que a Coroa ou Sahasrara Chakra é Shakti, na fêmea estas atribuições são ao contrário. Quando estas polaridades são aplicadas aos trabalhos sexuais Gamma e Epsilon certos fatos importantes precisam ser considerados. No Gamma, um circuito completo é formado e um vórtice circular de energia é creado, portanto todas operações de Magia Gamma produzem uma criança astral ou física. Num trabalho Epsilon o circuito formado cria um padrão 'X', tal formação gera energias de natureza selvagem e caótica, sem a produção de qualquer forma de criança astral. Ambas fórmulas têm usos importantes na prática da Magia Sexual e cada uma delas oferece oportunidades energéticas únicas. A Semente Sagrada O conceito de "Semente Sagrada e Fluidos Sacros" forma a base de muitos trabalhos Gamma. De acordo com a magia sexual tradicional e moderna, os fluidos sexuais do macho e da fêmea contém nutrientes tanto físicos quanto parafísicos, sendo usados portanto numa forma de Eucaristia. "A mais alta forma de Eucaristia é aquela na qual o elemento consagrado Um. É uma substância e não duas, nem viva nem morta, nem líquida nem sólida, nem quente nem fria, nem masculina nem feminina....O mais alto sacramento, o de um elemento, é universal na sua operação, de acordo com o propósito declarado do trabalho, o resultado também o será. É a chave universal de toda Magia (Mágika)." Magick in Theory & Practice by Aleister Crowley A base da Eucaristia é que os fluidos do organismo humano, masculino e feminino, contêm certas essências conhecidas como Kalas. Estes Kalas são dezesseis no Iniciado e quatorze na pessoa comum. Estudos recentes em sexologia tornaram conhecidas estas quatorze essências, entretanto, o sucesso da Eucaristia é baseado na correta ativação do Sacerdote e da Sacerdotisa para que os dezesseis Kalas sejam formados nos fluidos. Estes fluidos, quando combinados (hetero ou homossexual) formam uma substância conhecida com Amrita. Esta substância forma a base de muitos trabalhos mágikos, em alquimia sexual é conhecida como a "pedra filosofal" e é o foco central da maioria dos cultos tântricos hindus. O Grande Rito Além do conceito da Semente Sagrada e dos Fluidos Sacros é importante entender o poder mágiko posto em ação no rito sexual. Em todas as religiões antigas o ato do sexo era visto como um ato de poder e portanto considerado sagrado. Hoje, estamos num período subsequente ao da Era Vitoriana onde o sexo era visto simplesmente como a descarga de uma frustração, contudo, da posição tântrica, nem depravação nem puritanismo são corretos. O sexo é um impulso creativo, um ato de poder. É uma extensão do conceito m ágiko de Amor, nem sentimentalismo nem luxúria, mas um poder de 'atração entre partículas'. Na Bruxaria, o clímax da iniciação vem no que é conhecido como "Terceiro ou Grande Grau". Este grau, também conhecido como o "Grande Rito", envolve intercurso sexual e assunção de Formas de Deuses tais como Pan e Aradia. Esta assunção de Formas de Deidades durante a relação sexual forma uma parte integral de nosso uso da sexualidade na Escola Thelemica de Magia Sexual. Mesmo quando atos sexuais não são feitos com propósitos de ocultismo, o mago deve ainda assim treinar-se para assumir a forma de Hadit, H órus, Set e para tanto visualizar a parceira na forma de Nuit, Isis, etc. Variações com o sexo e a orientação sexual são óbvias. No Livro da Lei afirma-se que "todos os atos de amor devem ser feitos a Nuit", não importando como vemos este texto, este conceito é vital pois enfatiza a necessidade de que todos os atos sejam atos de magia sexual e, portanto, atos de Vontade Verdadeira. Este ideal inclui a máxima filosófica do "Monge ou Freira de Thelema" e um "Novo Celibato", onde todos os atos sexuais são vistos como sacramentais e mesmo se o parceiro não partilha deste conceito, o feiticeiro deve por si próprio visualizar dentro do parceiro uma expressão da forma-deus que ele estiver projetando. A respeito da relação entre sexo e amor, no contexto thelemita amor é definido como "atração mágika de partículas" e não nos termos sentimentalistas usados pelos cristãos e membros de outras religiões. Todos os atos de magia sexual, e portanto, todos os atos sexuais na vida de um mago, são expressões do amor mágiko, sendo que eles representam o trazer à tona os aspectos divinos internos dos indivíduos envolvidos. No mais, isto não é compatível com o conceito de monogamia, nem com a degeneração do sexo em atos meramente físicos. A partir destas considerações, deve tornar-se claro que uma suruba não é magia sexual ! Eros e Thanatos A psicologia da magia sexual é baseada nas idéias opostas primeiramente postuladas, em tempos modernos, pelos mitos de Eros e Thanatos explorados por Sigmund Freud. Estas forças opostas representam a dualidade do nascimento e da morte. O nascimento é entendido como o impulso sexual (libido), enquanto a morte não é necessariamente o impulso destrutivo per se mas a conduta de religação com as dimensões espirituais. Em magia sexual ambas as condutas são usadas para levar o indivíduo a um estado de consciênc ia mais amplo. O impulso Eros é cultivado através dos vários ritos e práticas sexuais, enquanto que o impulso Thanatos é cultivado através dos ritos secretos do "Culto Mórbido de Kali". Estes ritos de morte representam um dos segredos mais profundos da magia e são tradicionalmente ensinados apenas àqueles que tenham completado seu treinamento tântrico e tenham dominado toda a teoria e prática da magia. Através do cultivo de Eros e Thanatos dentro da psique do indivíduo, o estado final de androginia pode ser realizado. A magia sexual e seus diversos ritos leva o mago aos estágios finais de sua transmutação em Andrógino, realiza grandes mudanças de consciência e um sublime fluxo interno de poder. Conforme ele avança pelos altos reinos da Iniciação e continua com os Ritos dos Antigos e os mistérios do Necronomicon, ele é levado a confrontar-se com seu Anti-Eu (anti-self) e um estado de união dinâmica é atingido. Isto é completado pela conquista do impulso Thanatos e sua ascensão ao estado andrógino de Humano Superior. Este caminho é ensinado com dificuldades e pode levar uma vida inteira ou mais para se completar, contudo, o resultado final vai além da espécie humana e alcança o próximo estágio da evolução. Deve ser lembrado, entretanto, que o estado de Humano Superior está tão distante do humano quanto este está do macaco e, portanto, a transição envolve mudanças que podemos apenas postular depois que elas sejam experimentadas. Conclusões Neste capítulo começamos a examinar as facetas mais profundas dos mistérios da Magia Sexual, muitos destes podem ser assustadores e, talvez, até mesmo repulsivos para o mago que não estava preparado para sua revelação. Mas deve ser lembrado que a transição deste estado de consciência para o próximo é uma total transformação do nosso estado de ser. Não é simplesmente uma troca de roupas por assim dizer, mas uma revolução total no que conhecemos e no porque pensamos da maneira como pensamos. Portanto, muitas das técnicas de magia sexual são muito exigentes e difíceis, mas conforme alcancemos os estágios mais profundos da Iniciação as mudanças começarão e paulatinamente, mas com certeza, nós chegaremos a uma nova e mais dinâmica compreensão de nós mesmos e do Universo. A DIMENSÃO PERDIDA DO SEXO Introdução "O que está em cima é como o que está embaixo..." assim diz o grande axioma de Hermes que forma a premissa central dos ensinamentos da Magia (e do Hermetismo, por ocasião). As grandes forças do Universo estão refletidas no organismo no qual temos nosso ser, portanto, os Mistérios tanto são fisiológicos como espirituais e o simbolismo dos Mistérios reflete ambos sistemas de Gnosis. Através da história encontramos pistas deste arcano tântrico, um dos mais conhecidos ícones do Tantrismo era a Missa do Espírito Santo, que formava o santuário simbólico da Alquimia Sexual. Aqui o pão era o corpo; o vinho, as secreções sagradas e a pomba que descendia simbolizava Vênus, o planeta do erotismo. Ícones mais antigos deram pistas de sua origem tântrica, o Jardim do Éden era a sagrada Yoni (vagina), a montanha era o Lingam (falo), os rios eram as secreções sexuais e por aí vai. Num estudo mode rno de magia sexual, o uso de tal simbolismo não é mais necessário, embora às vezes tenha mérito artístico. A base da magia sexual moderna é estreita e precisa e é encontrada no simples dito de Hermes, que claramente ilustra como as forças do Universo não apenas fluem dentro e ao redor do humano como espécie, mas que também existe em cada organismo individual como um reflexo do Todo. A Natureza do Orgasmo O orgasmo tem muitas utilizações, em magia sexual a libido ou impulso sexual não é desperdiçada mas encarnada num meio ou forma previamente formulada. Isto forma a base para muitos dos usos das energias sexuais na magia. O orgasmo é usado para crear um vórtice de energia que é então encarnado num corpo específico para que um certo resultado possa ser manifestado na realidade. O resultado alcançado pode variar de necessidades pessoais e físicas até a impregnação dum símbolo para exploração de dimensões as trais mais altas. O orgasmo, quando a ejaculação é adequadamente controlada, pode ser usado para energizar certas imagens de grande pode, estas imagens, evocadas e fixadas na mente, tomam forma e cream vida própria, sendo de uso prático em muitos aspectos da Grande Obra. Os dois pré-requisitos desta forma de magia sexual são a fixação da mente no símbolo durante o processo e a obtenção de um orgasmo extremamente intenso pelo prolongamento da estimulação. Os dois fatores nunca podem ser postos de lado, portanto o pretenso mago deve começar sua exploração imediatamente. A concentração de uma imagem no olho da mente pode ser alcançada por prática intensa das várias artes de concentração e visualização, enquanto que o segundo fator, o de aumentar a intensidade orgasmática, pode ser praticado através de vários exercícios encontrados nas técnicas Alfa de magia sexual. Com este assunto em mente, é importante vir a se compreender a relação entre ejaculação e orgasmo. Orgasmo é uma experiência de êxtase sexual, é normalmente atingida através da ejaculação, não sendo, entretant o, sempre assim. Na magia sexual o orgasmo deve ser atingido com certa voracidade e isto é melhor conseguido através da retardação gradual da ejaculação durante o processo sexual, levando a um nível mais alto de clímax na ejaculação. Desta maneira, o entendimento dos magos sobre a ejaculação e orgasmo tem muito mais a ver com o clímax pleno de uma mulher do que uma simples emissão de fluidos. Esta intensidade do orgasmo pode ser facilmente desenvolvida pela mulher, talvez, até mesmo mais prontamente, pois a técnica da ma sturbação feminina oferece um clímax muito mais forte e de maior valor mágiko do que a simples emissão masculina. A Criação de Crianças Astrais Como discutido antes, todas as formas de sexo geram algum resultado. Sexo heterossexual gera crianças, astrais ou físicas. Num ato sexual onde não há produção física (um feto) então o resultado é astral. Pelo uso do sexo uma criação pode ser formulada nos planos espirituais, isto pode ser atingido tanto por uma técnica masturbatória (alfa/beta) quanto por uma técnica utilizando parceiro (gamma/epsilon). Esta criação pode tomar a forma de um elemental artificial (elementar) que é programado para atingir c ertas metas e dissolver-se após concluída a tarefa, ou um íncubo, que é utilizado para se explorar suas próprias realidades internas. Crianças astrais também podem ser usadas para controlar sonhos e girar 'a teia da Ilusão'. Controle onírico é um aspecto importante da magia sexual, pois em seus ensinamentos o Tantrismo oferece uma forma única de manipulação onírica pela qual os sonhos podem ser controlados e usados para moldar a própria realidade. Esta técnica de "Sonhar de Verdade" foi primeiramente ensi nada em cultos Draconianos do Egito e tornada popular nas adaptações mais modernas do ocultismo encontrado nos escritos de Dion Fortune. Assunção de Formas de Deuses Formas de deuses (godforms) são um aspecto importante do treinamento oculto, contudo, na magia sexual seu uso assume relevância máxima. Normalmente, a faceta sexual da forma-deus é exagerada para auxiliar no processo de identificação. O verdadeiro personagem da forma-deus pode incluir uma variedade de formas humanas e animais. Duas formas específicas são de suma importância, as de Babalon e Therion. Num nível superficial Babalon e Therion são simplesmente as máscaras sexuais feminina e masculina usadas nos ritos de natureza polarizada. Estas máscaras devem ser assumidas sempre astralmente, invocando-se os poderes de Binah e Chokmah. Quando isso ocorre com sucesso os resultados produzidos são localizados em Daath, podendo então ser transferidos para qualquer das Sephiroth mais baixas à vontade. Num rótulo mais esotérico, contudo, os papéis de Babalon e Therion têm uma utilização secreta. "Há a pomba e há a serpente. Escolha a sua bem ! Ele, meu profeta, escolheu conhecendo a lei do forte e o grande mistério da casa de Deus." Liber al Vel Legis 1 : 57 O extrato acima, do Livro da lei, sugere um entendimento esotérico de Babalon e Therion. Babalon sendo a pomba e Therion, a serpente. Eles representam não as técnicas de magia hetero e homossexual, mas variações dentro de cada técnica, por assim dizer, a habilidade de trabalhar magia polarizada e apolar. O mago necessita entender ambos trabalhos e como eles podem ser usados, ele também necessita dissolver o conceito de que há uma simples divisão entre práticas heterossexuais e homossexuais. Em magia sexu al há quatro possibilidades distintas ou elementos : Heterossexual, polarizado e apolar; Homossexual, polarizado e apolar. Estas possibilidades incorporam o mistério do Forte (o Templo do Mistério Quádruplo) e o Mistério da Casa de Deus (letra Beth). Eles também envolvem o segredo do Magus. Além disso, encontramos uma pista adjunta na associação animal do arcano Magus, o pássaro Íbis. O Íbis é uma ave que lava o ânus com seu próprio bico sendo então considerada na mitologia como bissexual. Portanto, o mis tério do Magus é que ele é andrógino e não escolhe entre seus lados homossexual ou heterossexual mas usa as variações de ambos de acordo com a natureza do trabalho. Estas quatro possibilidades são conhecidas como os elementos tântricos. Os Elementos Tântricos Antes examinamos os vários ciclos na Magia Sexual, isto é, as formações O e X e a atribuição das letras gregas a estas operações. Aqui, queremos ir mais longe e esquematizar as quatro ferramentas do mago. Considerando a atribuição, a quinta ferramenta ou elemento é o Akasha e portanto é o próprio mago, que deve ser uma mistura de todas as quatro possibilidades. As quatro possibilidades como esquematizadas são vistas como : OO - O trabalho Gamma de Magia Heterossexual. XX - O trabalho Epsilon de Magia Homossexual Cada uma tem dois potenciais, a plena expressão de sua própria modalidade e os elementos cruzados. A plena expressão inclui Gamma de Gamma (Magia totalmente polarizada como em ritos puramente heterossexuais) e Epsilon de Epsilon (Magia totalmente apolar como em ritos puramente homossexuais). Esta forma de magia puramente apolar é muito volátil e é mais utilizada em trabalhos Qliphóthicos e do Necronomicon. Entre estes pólos estão dois outros potenciais, conhecidos como "Os Elementos Tântricos Cruzados" e incluem : OX - O trabalho Gamma usando assunção de formas de deuses como se fosse trabalho Epsilon. (Por exemplo, macho e fêmea assumindo imagens de deuses do mesmo sexo). XO - O trabalho Epsilon usando formas de deuses como fosse trabalho Gamma. (Por exemplo, dois homens assumindo imagens de deuses de sexos opostos). Estes elementos misturados são utilizados numa variedade de trabalhos, sendo, conduto, imperativo ao mago entender estes papéis e seus usos. No mais antigo dos mistérios, o Organismo Estelar (o corpo astral) era atribuído ao deus Set, enquanto que os corpos espirituais eram atribuídos ao deus Hórus. A batalha entre estes deuses acirrou-se e o organismo integral pareceu dividir-se em partidos opostos. Entretanto, a ligação descoberta entre os Deuses das Estrelas e os Deuses do Fogo estava na corrente Lunar ou sexual, que era governada por Thoth (o Íbis). Portanto, a Magia Sexual é o método pelo qual as várias facetas do mago podem ser explorad as, purificadas e integradas para formar uma nova identidade, estimulada pelo impulso da Vontade Verdadeira. A Base Biológica dos Mistérios As evidências aparecem vindas dos lugares mais estranhos. Wilhelm Reich (1897-1957) era um arquimaterialista e consorte de Sigmund Freud, que gastou a maior parte de sua juventude em estudos de psicanálise e de ciências. Contudo, sua pesquisa mais tardia concentrou-se na descoberta de 'Bions', células azuis de energia parafísica que eram libertadas pelo fluxo livre da libido expressa dentro do organismo. Seu trabalho teve empecilhos por parte do governo e das igrejas da época e ele morreu na prisão em 19 57 condenado por charlatanismo. Seu trabalho, porém, é altamente relevante pois dá uma base científica para as antigas teorias tântricas, especificamente as de que as secreções sexuais do organismo, tanto macho quanto fêmea, produzem uma forma especial de energia. Esta forma de energia era conhecida como Kalas no oriente e pode mudar a concentração de acordo com a situação. No não iniciado sexualmente há apenas quatorze kalas, entretanto, naqueles com libido excessiva e orientação do Eu (Self), os décimo quarto, décimo quinto e décimo sexto kalas são despertados e o ciclo total é manifestado. Em corrupções tântricas tardias estes kalas eram tidos fluírem apenas da Shakti ou Sacerdotisa, mas isto não corresponde com os Mistérios originais. Todos iniciados no Tantra tornam-se "Irmãs da Estrela Prateada", por assim dizer, e portanto todos iniciados têm os Kalas em atividade. O papel da "Irmã" é balancear as polaridades dentro de si mesma e preencher as condições do Livro da Lei, capítulo dois, verso vinte e quatro. Neste verso lemos sobre os Eremitas, que vivem em camas purpúreas e são acariciados por magnificentes mulheres bestiais com membros compridos e fogo nos olhos. Este verso é uma descrição codificada de uma "Irmã" em transe com os K alas ativados, isto pode ser igualmente aplicado para ambos os sexos. As frases-chave aqui são 'as camas purpúreas', isto é, iluminadas pela Sahasrara Chakra e 'Fogo e Luz nos seus olhos', isto é, elas estão em transe e a plena expressão de su Vontade é expressa através delas. Aqui, entendemos a base biológica da Magia Sexual, o fluxo e refluxo do universo como refletido pelos Aeons acima nas secreções do organismo e do ciclo dos Kalas abaixo. A Yôga do Sexo Tantra é a yôga do sexo, não requerendo, entretanto, uso de longas sessões de Asana ou posturas peculiares. Requer, porém, a disciplina do instinto sexual e sua modificação em formas utilizáveis pelo Mago em sua busca por si mesmo (Self). No Tibet, por exemplo, o Tantra é conhecido como "Prayôga" e a primeira coisa que se nota nestes mestres Yogis é sus conduta sexual, o iniciado deve cultivar sua libido e usá-la como outra de suas ferramentas mágikas. Yôga Sexual é uma das mais secretas tradições dos Yo gis, mesmo no Gnosticismo era ensinada escondida sob o véu do simbolismo. Por exemplo, na terminologia Gnóstica egípcia, a Tumba era o símbolo do útero e, portanto, no pensamento original Gnóstico percebemos que a morte e ressurreição do Cristos, era, em certo nível, um mito sexual. Este mito reflete a destruição do eu inferior (ego) e a afirmação do Eu Mais Interno através do uso de Magia Sexual. É interessante notar que no livro 'A Morte de Cristo' de Wilhelm Reich, uma interpretação biológica similar d o mito de Cristão é oferecida. Em tempos mais recentes, a pesquisa de John Allegro (autor de "The Sacred Mushroom and The Cross", "The Dead Sea Scrolls", "End of The Road, etc.) foi um passo adiante e descobriu que o termo 'Christós' realmente referia-se ao sêmen sagrado, outra sugestão velada referindo-se aos Mistérios Sexuais Gnósticos. A Yôga do Sexo ou Magia Sexual é uma parte importante da Vontade para se fortalecer, pois oferece ao mago controle das partes instintivas de sua natureza e estas, sem dúvida, têm a chave para muito mais poder. O sexo, nos trabalhos de muitos psicólogos modernos é a conduta humana suprema, embora possamos não aceitar esta afirmação, sabemos que realizá-lo corretamente abre uma porta para um imensurável poder pessoal. Os Chakras O orgasmo pode ocorrer em qualquer um dos seis chakras inferiores, mas se ocorre no sétimo, então todos os chakras serão ativados através de meios sexuais, a serpente sendo levantada dos centros mais baixos (através de libido controlada) e no final resulta a união da serpente com a pomba do Sahasrara Chakra. A energia que é levantada através dos chakras é conhecida como Ojas e é absorvida dos fluidos sexuais e redirecionada para a coluna vertebral no orgasmo, sendo secrecionada no sêmen a energia não abs orvida. O uso de feitiçaria sexual como parte do desenvolvimento da Kundalini é um aspecto importante dos ensinamentos tântricos (corresponde-se com Delta). Dá ao mago controle sobre seu organismo e habilidade para controlar o largo espectro de estados de consciência. Como pode ser rapidamente deduzido, os sete estados de consciência podem ser relacionados aos sete chakras e portanto ao uso correto do corpo, experimentar estados alterados de consciência é possível e necessário como parte do processo de desenvolv imento. A Luxúria e o Novo Aeon : Arcanos do Tarot Nas chaves da Luxúria e do Novo Aeon nós temos dois segredos da Magia Sexual, outros Arcanos Tântricos do Tarot incluem 'A Torre' e 'O Enforcado'. Na fórmula da Luxúria temos Babalon cavalgando a Besta (o Eu cavalgando o corpo) que tem sete cabeças (os chakras) e está tocando o ventre de Nuit. Por trás de Babalon a serpente ergue-se sugerindo o uso correto da energia sexual para ativar os chakras e estimular os estados intuitivos de consciência simbolizados por Babalon em seu aspecto Saturnino. Babalon é claramente a representação de Nuit nos mundos inferiores, o lado feminino do Eu (Self). Acima da representação de Nuit estão dez serpentes projetadas, as sephiroth da Árvore da Vida movendo-se em plena atividade através da conjunção da Besta e de Babalon. O número desta carta é onze pelo arcano e portanto refere-se à magia em ação; pela atribuição hebraica é Teth ou nove, a serpente. Juntos, estes números tornam-se vinte, as cartas do novo aeon para o qual é a chave. No arcano do novo aeon temos Nuit, seu corpo arqueado por amor, algo como o Graal, vertendo os Kalas para os Magos da Noite. Em seu ventre está o trono real de Hadit, o poder do Eu (Self). A união de Hadit e Babalon produz a criança conquistadora, Hórus, que é o senhor do aeon representado na frente da carta. Ele representa os vários 'eus espirituais' do humano fluindo pelos Aeons, fortalecidos e individualizados pela Vontade, simbolizado por Hadit. Para este arcano é atribuída a letra Shin, o fogo secre to, o fogo da luxúria divina, cuja natureza forja o Eu na glória de Nu. A HISTÓRIA DO TANTRISMO Introdução Os traços mais primevos de Magia Sexual são encontrados na adoração pré-histórica da Grande Mãe, cuja natureza era celebrada na mudança das estações e cuja presença era experienciada através de fenômenos naturais. Esta forma primitiva de Magia Sexual era basicamente animista e traços de seu simbolismo gerador e religioso têm sido encontrados e datados até por volta de 18 mil anos a.C. nas paredes de cavernas do Paleolítico. Exceto por estes traços precoces, os primeiros registros de adoração tântrica são encontrados numa região conhecida como a Tartária. A Tartária Uma idéia predominante na antropologia moderna é que a disseminação do pensamento e práticas Xamânicas e Tântricas originaram-se de uma área central de difusão. A região mais favorecida por aqueles que abraçam esta teoria é a do deserto de Gobi. Tal deserto é uma terra de lendas e magia, era conhecida pela tradição como a terra dos Tártaros ou Tartária. Embora haja pouca informação restante a respeito deste título, menciona-se sobre a terra grega de Tartarus, que existia nas areias profundas e sem sol al ém de Hades, para onde os Titãs haviam sido banidos por um Aeon. Em sua 'Doutrina Secreta' Blavatsky sugere que a Tartária era o lar da Grande Fraternidade Branca e que já havia sido um grande mar continental, no centro do qual residiam os remanescentes da raça que nos precedera e que detinha grande poder e sabedoria. Portanto, na literatura Teosófica, a Tartária é vista como o ponto de difusão para a sobrevivência de uma raça de uma época muito antiga. Esta teoria não é apenas encontrada na literatura teosófica, de fato muitas tradições sustentam uma idéia similar e a lenda da Tartária em si mesma pode encontrar paralelos nas lendas de Thule no misticismo nórdico, a fabulosa lenda de Dilmun no pensamento sumério e a terra da Grande Fraternidade Branca, que era conhecida como Agharti Shamballa. Shamballa é o título dado à Tartária nas lendas do oriente, é dito que esta era a terra dos deuses, que ensinaram a mais antiga Gnosis aos discípulos humanos. Um a estranha lenda é também contada sobre o que aconteceu com Shamballa, é dito que uma batalha irrompeu entre os praticantes do CMD de Shamballa e os praticantes do CME de Agharti. Tal batalha teria durado vinte anos com o resultado do desperdício das terras, restando o que vemos hoje no deserto de Gobi. A sobrevivência do Tantra se deu com os Agharti indo viver no subsolo e levando consigo os segredos, durante muitos anos fundindo os mistérios do CMD e do CME e propagaram estes ensinamentos aos preparados através dos antigos e secretos Tantras. Esta propagação de ensinamentos também tomou lugar pela migração dos remanescentes destas fabulosas civilizações através de Uddiyana. A Uddiyana A Uddiyana é uma região localizada no vale Swat no norte do Afeganistão, acreditando-se ser esta a região que recebera alguns dos remanescentes de Agharti, sendo também dito que outros esconderam-se no subsolo para formar uma colônia nas profundezas da terra. Em Uddiyana o ensinamento do Tantra floresceu e foi desenvolvido numa fina arte, há rumores de que Uddiyana era governada por mulheres e que era conhecida como Stri-Rajya, o reino das mulheres. Em Uddiyana foi usada a sabedoria do Tantra com uma nov a fúria religiosa, sendo a sabedoria secreta ensinada através de um sistema de iniciação em graus em conclaves fechados. Nestes conclaves eram praticadas as artes da adoração Fálica, magia, tantrismo, YabYum, ritos heterossexuais e homossexuais e uma grande variedade de outras formas de feitiçaria. Tsiuen Tsang (por volta de 650 d.C.) escreve sobre as seitas por ele encontradas em suas jornadas através destas regiões. Ele nos conta sobre um mundo estranho de monastérios regidos por mulheres, promiscuidade sexual, trabalho criativo e artes de magia. A religião Uddiyana teve uma fantástica influência na formação da filosofia tântrica, não apenas a espalhando para os reinos de Bengala e Assam, onde estas artes foram finalmente refinadas para um novo nível de sutileza, mas Uddiyana produziu uma longa lista de mestres e discípulos. Algumas das mais notáveis 'crianças de Uddiyana' incluem Chang Tao Ling (+ 200 d.C.), o fundador do Taoísmo moderno, Shenrab (+ 500 d.C.), sistematizador da religião tibetana Bon Po e Matsyendra (+ 800 d.C.) fundador da seita Natha. Alquimia Sexual Chinesa Os ensinamentos do Tantra chinês tomam a forma de Alquimia Sexual, sendo sua origem não plenamente determinada. Entretanto, a influência de dois mestres de magia, Hsuang Ti e Lao Tse, teve o profundo efeito de trazer os ensinamentos do Tantra chinês para um cânone mais organizado e refinado. Lao Tse foi o autor do Tao Teh Ching e fundador do Taoísmo, sendo este um intrincado sistema de misticismo baseado nas interações do Yin e do Yang, as duas energias cósmicas opostas primais, ainda que complementares. Estas interações do Yin e do Yang são tratadas no I Ching e formam a base do conhecimento terápico, mágiko, místico, filosófico, do controle da respiração e das secreções, extensão da saúde e outros aspectos do sistema chinês de alquimia. Embora possa ser realmente difícil retratar a Lao Tse muita de 'sua' filosofia, sua vida tornou-se uma lenda, sendo iluminador o estudo de seus ensinamentos. Chang Tao Ling oferece um sistema centrado no entendimento sexual da alquimia chinesa e esquematiza um programa detalhado de trabalho de fisiologia sexual, ritualística e ocultismo. A Religião Bon do Tibet Há rumores lendários que um dos portões da tribo remanescente de Agharti, agora vivendo dentro da terra em cavernas subterrâneas, está no Tibet. O Tibet é uma nação de mágika e ritualística, sendo a religião Bon a sobrevivente das práticas xamânicas nativas na forma externa do Budismo. Foi primeiramente sistematizada por Shenrab por volta de 300 d.C., que formou um sacerdócio tântrico e um cânone autorizado. Há dez graus distintos no Sacerdócio Bon, sendo o décimo não registrado e conhecido apenas pelos mais altos adeptos, enquanto que os outros nove são abertos para a classe de sacerdotes genéricos. Embora eles envolvam um sistema extremamente complexo de demonolgia e ritual, seu poder não pode ser negado. As tradições do Bon cobrem um espectro completo de prática oculta incluindo artes divinatórias, oráculos, exorcismo, evocação, vampirismo, teorias post-mortem, como a do Bardö (o estado após a morte), tratando de 360 formas de morte e muito mais. Em 750 d.C. uma revisão da religião Bon tomou lugar sob a orientação de Padma Sambhava, o então príncipe de Uddiyana. O Bon foi reorganizado numa linha com vários sistemas de Tantra de Uddiyana e foi então formulado num sistema mais refinado de prática mágika e tântrica. O Tantrismo no Tibet é associado com muitas artes obscuras de feitiçaria e portanto afastado por muitas das seitas budistas mais ortodoxas. Contudo, mesmo os Dalai Lamas envolveram-se em muitas de suas práticas. O quinto Dalai Lama, por exemplo, que morreu em 1680 d.C. estudou profundamente o s mistérios do Tantra, sendo que muitas das suas canções e poemas de amor ainda são estudados por muitos magos sexuais. Diz-se que quando ele foi questionado a respeito de seu uso de ritos sexuais, ele disse : " Sim, é verdade que eu tenho mulheres mas você que acha-me errado também as tem e a cópula para mim não é a mesma coisa para você." O Tantra na Índia Há histórias de cultos fálicos primevos e ritos de fertilidade na Índia, entretanto, até a migração dos Uddiyana via Kashmir e Himalaia para Deccan no sul e Bengala no leste, o Tantrismo não havia realmente começado a firmar-se nas mentes e corpos do povo hindu. Em Bengala a tradição do Tantra era a mais forte, que até linhagens de reis, os Palas (760 - 1142 d.C.) e os Senas (1095 - 1119 d.C.) fundaram um grande número de escolas e universidades tântricas. Durante este período até mesmo as côrtes reais t inham seus astrólogos residentes e altos sacerdotes tântricos, apenas no fim do século treze isto foi destruído com as invasões de hordas muçulmanas. Os mistérios tântricos, contudo, ainda sobrevivem em várias seitas secretas e semi-secretas da Índia. As duas mais importantes destas seitas tântricas budistas são a Kalachakra (Culto da Roda de Kali) e a Vajrayana (Culto do Trovão). À parte de seitas hindus, existem muitas, a tradição tântrica no hinduísmo é excepcionalmente forte e toma uma grande variedade de formas, algumas destas sendo os Shaivitas (Culto a Shiva), Shaktitas (Culto a Shakti), Sauras (Culto a Shani ou Saturno), Kaulas (Culto a Kali) e os Ganapatyas (Culto a Ganesha). Além disso, há várias derivações, por exemplo, dos Shaivitas derivam os Lakulishas, que adoram Shiva como o senhor do cajado, e os Pashupatas, que adoram Shiva como o senhor das bestas, cada uma enfatizando diferentes facetas do mesmo sistema religioso. Primórdios da Magia Sexual Ocidental Os ensinamentos do Tantra vagarosamente passaram ao ocidente, sendo os registros mais antigos os trabalhos de Edward Sellon por volta de meados do século XIX e os muitos textos escritos por John Woodroffe. Sir John era um juíz de alto escalão em Calcutá, que traduziu para o inglês a maioria dos textos originais de tantrismo pela primeira vez. Vintras (1875), Boullan (1893) e Van Haecke (1912) foram alguns dos mais velhos ocidentais a revelarem um completo sistema de magia sexual. Seu sistema era baseado no uso de ritos sexuais em conjunção com a criação de formas astrais, incluindo o que eles chamavam de 'Humanimaux', elementares meio animal, meio humanos. Seu sistema enfatizava a possibilidade de imortalidade através da sexualidade e usa um largo espectro de técnicas sexuais. Vintras pode ser entendido como tendo reavivado uma tradição ocidental esotérica de magia sexual, cuja origem pode ser rastreada de volta ao Gnosticismo do primeiro século da era cristã. Embora haja pouca imformação disponível pare ce que um sistema baseado numa síntese de conhecimento mágiko e sexual da Tartária estava sendo ensinado por várias fraternidades na região do Mar Morto. Estas fraternidades, uma das quais era conhecida como 'os Essênios', estavam envolvidas num sistema de magia muito parecido com os ensinados no Tibet e na Índia. Já está demonstrado que Jesus foi iniciado numa destas fraternidades e que muito do Gnosticismo original formou-se desta maneira. Certamente os trabalhos de John Allegro decifram muito do Novo T estamento através deste elemento tântrico. O problema é que os ensinamentos gnósticos de Jesus foram suprimidos e um evangelho mais social foi colocado para o público. Por sorte, contudo, o professor Ormus ( 6 d.C.) renovou o ensinamento da doutrina tântrica e permitiu sua sobrevivência até quando os Cavaleiros Templários e a Ordem de Sião tomaram esta tarefa. Outras ordens mais tardias de orientação Rosacruz e Maçônica também levaram adiante o ensinamento em segredo. O tantrismo de Randolph Paschal (187 5) demonstra uma mistura de tantrismo gnóstico e tártaro. Tendo viajado bastante, desenvolveu um sistema ocidental de tantra, que mais tarde foi adaptado na estrutura maçônica da OTO original. O Trabalho de Gurdjieff Gurdjieff viajou através das regiões da outrora Suméria, da Mongólia e do Tibet e foi treinado pelo mestre Karagoz, um dos últimos mestres remanescentes do Tantra da Tartária. Após radicar-se em Paris, Gurdjieff desenvolveu e ensinou um sistema baseado numa síntese de dança e misticismo Sufi bem como na Gnosis Tântrica original. Seu comportamento sexual era selvagem e imprevisível, muito parecido com seu contemporâneo Aleister Crowley. Seu sistema sobrevive ainda hoje e oferece muito ao estudante de magi a moderna. Aleister Crowley e a O.T.O. A Ordem do Templo do Oriente foi formada em 1902 por Karl Kellner, baseada no arcano tântrico esquematizado nos trabalhos de Randolph Paschal. A estrutura da ordem utilizava um sistema de dez graus, os seis primeiros sendo maçônicos, com o conhecimento sexual sendo revelado apenas nos quatro graus restantes e mesmo neles, numa forma muito mais teórica que prática. Após um breve período de existência veio a cair sob supervisão de Aleister Crowley, que inovou seus ensinamentos de um misticismo pseudo-maçôn ico para uma Magia do Novo Aeon. Ele também adicionou um grau extra, o décimo primeiro grau, de acordo com certos requerimentos tântricos específicos. A nova OTO como construída por Crowley marcou o ressurgimento da tradição original tântrica da Tartária. A história da OTO após seu óbito parece extremamente confusa, deixando a impressão que ele assim o quis, sendo seus estudantes desta maneira forçados a permanecerem 'em terra'. Embora haja várias reclamações sobre o título da OTO, não é nosso objetivo adentrar uma consideração sobre as várias reclamações de validade, ou falta dela. Após o óbito de Crowley, um vórtice astral foi criado para segurar o conhecimento da magia sexual. Este vórtice, escola ou loja é conhecido como o Santuário Soberano Astrum Ar gentinum. Esta loja tem muitos representantes físicos, embora qualquer um reclamando autoridade, baseado em qualquer evidência, física ou astral, deve ser duvidado. A Astrum Argentinum confirma o Tantra Tártaro bem como esquemas de vários derivativos da magia sexual como encontrados nos sistemas hindu e chinês. Esta corrente confirma os ensinamentos de Agharti e sua aparição posterior no mito de Shaitan dos Yezidis e no Tantra Draconiano do Antigo Egito. A Magia Sexual obscura de Agharti reapareceu novamente, num sistema que une técnicas tanto simbólicas quanto físicas e que formula uma nova e pura ética baseada na beleza e majestade do Santuário Mais Interno da Vontade. Sua mensagem é clara, o caminho da liberdade está contido dentro de nossas mentes e corpos, não há necessidade em se olhar além ! AUTO-INICIAÇÃO ATRAVÉS DA MAGIA SEXUAL Introdução A ciência da Feitiçaria Sexual forma o arcano interno da Magia, oferecendo experiência direta de estados de ser superiores e criando uma situação onde tanto o corpo quanto a mente podem ser modificados. Esta transformação permite a manifestação da Vontade mais interna sem o impedimento do ego. O processo de auto-iniciação como ensinado pelas escolas de magia sexual não é fácil, envolvendo o recondicionamento do instinto sexual sendo totalmente alheio então às demandas de condicionamento social, operando como uma máquina programada. Os primeiros estágios dentro dos procedimentos da autoiniciação tântrica são os mais difíceis, pois eles envolvem a superação da maior parte de apreensões morais e preferências pessoais que todos têm, em favor de uma nova ética baseada na Amoralidade do Humano Superior. O objetivo da iniciação tântrica é alinhar o corpo com o eu superior, para ativar os diversos centros energéticos, ajustando-os para o que é conhecido como o "Animal"; uma criaturas obediente. Esta criatura deve ser domesticada para obede cer os comandos do Eu (Self) sem distinção ao gosto pessoal. O eu superior ou 'anjo' realiza seus comandos através da mente treinada ou Adepto e é importante para esta mente ser clara e analítica bem como aberta e intuitiva. Estas três funções, o Animal, Adepto e o Anjo são os três A da Magia Sexual. O Animal deve ser forte e obediente, o Adepto deve ser inteligente e refinado e o Anjo deve ser Pura Vontade e nada mais. Primeiros Passos na Iniciação Tântrica Barreiras Psicológicas O primeiro estágio na iniciação tântrica é explorar seu próprio entendimento da sexualidade e chegar a uma nova compreensão de como você se relaciona com seu corpo e nas relações sexuais com os outros. É imperativo ao mago chegar a um entendimento de que os atos sexuais são atos de Poder, não de dominação deste poder, como a sexualidade subutilizada da Era Vitoriana, mas de poder despertando do próprio ato. Amor é um subproduto deste senso de poder e pode realmente ser sentido apenas por aqueles cuja Von tade é centrada. Todos os outros atos de sexualidade são simples evacuações do organismo. Conforme o mago explorar seu entendimento da sexualidade, o conceito de bissexualidade deve também ser explorado. Para muitas pessoas o conceito de homossexualismo parece repulsivo, ainda que possa ser prontamente visto nos trabalhos da psicologia, especificamente no de Freud e Jung, que todas as coisas são andróginas e um balanço dos arquétipos duais, principalmente feminino e masculino. Conforme exploremos estes ar quétipos a tendência é manifestá-los na personalidade, primeiro, como uma tendência à androginia e, posteriormente, em direção a uma manifestação genital da bissexualidade. O conceito da Criança Coroada do Novo Aeon também tange nisto quando percebemos que Hórus é andrógino e aglutina os aspectos opostos de Ísis e Osíris dentro de seu seio e os resolve com sua própria androginia. Este conceito não é para ser tomado como questão dogmática, mas é posto em discussão como matéria de meditação e pensamento. Pa ra preparar o estudante para o processo iniciático da magia sexual, oferecemos os exercícios das páginas seguintes. O primeiro é baseado no processo de redescoberta do corpo, aceitando-o como ferramenta mágika. O segundo é uma visualização baseada no balanço do organismo e estimulação de um potencial mais andrógino. Concentração na Magia Sexual Após os exercícios psicológicos básicos, o mago deve começar a trabalhar na habilidade de concentração sobre uma certa imagem e firmar esta imagem claramente em sua tela mental. Esta técnica não é simples visualização pois envolve a fixação da imagem claramente durante o ato sexual. A tarefa central aqui é criar uma dicotomia entre a atividade corporal e a da psique, para que enquanto pratica-se o ato sexual, qualquer que seja a forma que esta atividade possa tomar, a imagem possa ser claramente fixada n a tela mental sem qualquer interrupção. O primeiro passo neste procedimento é experimentar técnicas masturbatórias, não controle o corpo, deixe-se levar pelo processo físico enquanto concentra-se em algo mais. Obviamente, demorará para se atingir o ápice, contudo, acontecerá no final! A chave durante este processo é manter a mente na imagem escolhida. Você pode desejar, de primeira, começar com uma série de imagens, mesmo uma história visual conforme a eficácia aumenta, concentrando-se numa única imagem e aprendendo a fixá-la durante todo o pr ocesso, especialmente permitindo a imagem ser vista na sua mais resplandecente glória no momento do orgasmo. Função de Múltiplos Orgasmos A função de orgasmos múltiplos é um aspecto importante de muitos trabalhos tântricos avançados, o potencial para tanto macho quanto fêmea atingirem isto está muito além do que a maioria das pessoas imaginam. Por anos, especialmente após as revelações de Masters e Johnson, a realização do potencial feminino orgasmático tornou-se bem conhecida. Mas podemos perguntar : e como fica o macho ? Nos anos 70 algum material tornou-se disponível a partir de pesquisas conduzidas num laboratório de desenvolvimento na América. Foi tornada pública num artigo da revista Gnostica durante Maio/Junho de 1979. A maioria dos leitores, contudo, não perceberam a importância desta mensagem. Após muita pesquisa foi descoberto que não apenas havia possibilidade de orgasmo múltiplo masculino, mas que era possível se alcançar um estado de quase constante e contínuo orgasmo. Este estado cobre um período de tempo tal que alguns homens seriam capazes de terem mais de 500 orgasmos contínuos, acompanhados por repetidas (mas não contínuas) ejaculações. Também foi descoberto que há uma relação estatística entre a estimulação do lobo frontal, atividade criativa e orgasmos múltiplos. Foi notado que um g rande percentual de adolescentes rebeldes de alto QI chegando ao final da adolescência estavam experimentando uma atividade do lobo frontal na forma de criatividade avançada. Esta estava sendo, contudo, rejeitada pelo sistema social por causa de ser causada sexualmente e tinha, em certos momentos, conotações sexuais incomuns. Deduziu-se desta pesquisa que há uma relação direta entre estados superiores de consciência e impulso sexual excessivo. Este impulso é notado na maior parte da literatura tântrica o riental e ocidental e sugere haver um método de disparar estados alterados através de sua correta utilização. Nós acreditamos portanto que é imperativo para o mago começar a experimentar técnicas de orgasmos múltiplos, estas são mais importantes do que simples exploração sexual, pois abrem portas neurais do cérebro e tornam disponíveis experiências de estados alterados. As técnicas de orgasmo múltiplo também formam um dos primeiros passos em direção ao despertar da Kundalini e o desenvolvimento do complexo treinado Animal/Adepto para a manifestação da Verdadeira Vontade. A maioria das mulheres tem compreensão de orgasmos múltiplos pois elas não têm aquela obsessão que os homens têm de relacionar a ejaculação ao orgasmo. A ejaculação é apenas um aspecto do orgasmo mas certamente não o fim requerido. Trabalhando incansavelmente através dos seguintes procedimentos sugeridos, é possível atingir-se uma experiência de orgasmos múltiplos e um estado de "Nirvana Orgasmático" : 1. Comece avaliando seu estado emocional, localizando quaisquer barreiras que impeçam um bom orgasmo. Muitos homens ainda sentem culpa relacionada às questões sexuais, tente resolver estas questões. (Se elas não puderem ser facilmente resolvidas, pelo menos torne conhecida sua existência para si mesmo.) 2. Crie um estado mental de satisfação, entenda que você não tem necessidade alguma de sentir-se retraído ou culpado, crie uma paisagem de energia positiva pessoal, sinta-se relaxado e esperançoso, sinta uma força e vontade internas. 3. Procure o orgasmo, tanto sozinho quanto com um amigo(a). 4. Conforme seu orgasmo se aproxima, o que parece ser seu clímax, deliberadamente abandone o controle da consciência, permita-se ser absorvido pelo orgasmo, dissolvendo os limites de seu ego na experiência orgásmica. 5. Neste ponto assegure-se de não voltar ao seu estado de pensamento normal, permita-se fluir com esta nova sensação, esqueça o passado, presente e futuro e EXPERIENCIE. Se você se deixar levar, você começará a experimentar uma continuação do espasmo orgásmico. 6. Após a primeira experiência de orgasmo múltiplo, as coisas tendem a tornarem-se mais fáceis no processo. Entretanto, deve ser lembrado que a chave está em deixar-se levar, deixar o ego esvair-se, com suas restrições acompanhantes e experimentar o orgasmo pelo que ele é. Um completo estado corporal alterado de magnífico potencial. A MEDITAÇÃO DE ÁTUM 1. Sente-se pacificamente e entre num estado de profundo relaxamento. 2. Remova as roupas, ao mesmo tempo meditando na remoção das barreiras mentais. 3. Medite na Declaração de Átum. (Declaração Pirâmide 527) "Átum foi criativo em proceder na masturbação solitária em Heliópolis, ele pôs seu pênis em sua mão para poder obter o prazer da ejaculação pela qual havia nascido irmão e irmã, isto é, Shu e Tefnut, a criação do mundo em termos humanos." 4. Medite no balanço dos atributos internos femininos e masculinos, criado pelo uso correto do orgasmo sexual. 5. Visualize suas barreiras sexuais sendo removidas e sua natureza como Vontade Verdadeira sendo manifestada. 6. Comece a masturbar-se utilizando o mantram 'Humn'. 7. Visualize-se atingindo a beleza escura do espaço infinito, use qualquer gênero sexual que preferir e improvise suas próprias imagens. 8. Prolongue o orgasmo por quanto tempo for possível. 9. Alcance o orgasmo e sinta-se libertando-se de suas inibições. No momento do clímax, utilize o mantram 'Ghaa'. 10. Relaxe novamente num estado de silêncio meditativo e de iluminação. MEDITAÇÃO DE ANDROGINIA ASTRAL Esta meditação deve ser repetida por um período de tempo até que a eficácia seja alcançada. Levará mais tempo para alguns do que para outros. 1. Relaxe profundamente usando exercícios respiratórios. 2. Remova as roupas meditando na remoção das inibições. 3. Comece a masturbar-se visualizando alguém que te atraia sexualmente. 4. Conforme aumenta o ritmo masturbatório, troque o sexo da sua visualização. Transfira todos seus pontos de atração para o sexo oposto ao de sua preferência normal. Por exemplo, veja as belas pernas de uma mulher num homem, note o olhar, etc. Durante este processo tente aumentar a excitação ao invés de deixá-la esvair. 5. Prolongue a visualização da imagem. Se necessário, retorne para a primeira imagem e então troque novamente para a segunda, continuando este "troca-troca" até que a segunda imagem possa ser sustentada com excitação. 6. No orgasmo, libere-se. Permita com que sua excitação possibilite a aceitação de excitação de uma fonte da qual no passado você não haveria obtido estímulo. 7. Continue este exercício até que você possa praticar usando imagens de ambos os sexos com excitamento físico. 8. Transfira este experimento para a prática. Exercícios Preliminares na Magia Sexual Os seguintes exercícios têm o objetivo de levar o mago na experiência do uso da magia sexual na atividade sexual rotineira. O sexo é um sacramento e o corpo é nosso templo, cada orgasmo deve ser uma experiência de força e poder internos. Nos exercícios seguintes o mago começará a experimentar algumas das várias possibilidades dentro da antiga arte do sexo. Os exercícios estão divididos em três categorias : 1. Individual 2. Casal 3. Geral Quando for especificado o uso de casal, eles podem ser de qualquer orientação sexual, entretanto, a pessoa a trabalhar com você deve ser, pelo menos, concordante ao seu envolvimento com magia, se não desejar experimentá-lo com você. EXERCÍCIOS INDIVIDUAIS 1. Sente-se num estado meditativo, nu. Medite no seu estado de nudez, chegue a uma experiência de como o corpo se sente, note movimentos internos, sensações, note o efeito de elementos externos no corpo, a brisa que passa e por aí vai. Torne-se consciente de seu corpo e então prossiga. 2. Experiencie seu próprio corpo. Explore as várias áreas de seu corpo com cuidado e curiosidade, usando óleo ou creme passe suas mãos por todo seu corpo e experiencie-o plenamente. Explore as fendas conforme você se torna sexualmente estimulado, explore seu orgasmo sexual, leve-se vagarosamente ao orgasmo experienciando seu corpo e atingindo uma melhor compreensão de suas ações e reações. Termine a sessão com um longo banho relaxante. 3. Sente-se num estado meditativo. Comece a vibrar palavras de poder, comece com, talvez, Aum e então prossiga para palavras como Thelema, Agape, Abrahadabra, etc. Vibre estas palavras, cante estas palavras, adentre numa experiência sonora, varie a altura do som e mova a vibração. Sinta o som sendo transferido do órgão para o orgasmo, experiencie-o como um estimulante sexual e use o som em conjunto com a masturbação para aumentar a força do orgasmo. RESPIRAÇÃO E MANTRAS NA EXPERIÊNCIA SEXUAL SOLITÁRIA 1. Sente-se com a cabeça reta e o abdome vazio, a espinha deve estar ereta e a mente alerta, mas relaxada. 2. Inspire pelo nariz, preencha os pulmões completamente, visualizando os mesmos cheios de Fogo Cósmico. 3. Expire todo o ar usando os músculos do abdome e o diafragma, sinta o fogo deixando o corpo, embora reste um resíduo nos pulmões. 4. A respiração deve ser rítmica, contínua e cíclica, sentindo que o resíduo ígneo aumenta a cada ciclo. 5. Conforme o fogo aumenta, assegure-se de manter a respiração num ritmo calmo. 6. Sinta o fogo acumulado explodindo pelo corpo estimulando todos os órgãos, especialmente aqueles de natureza sexual. Continue até que um estado de tensão e êxtase sexual intervenha, dando seqüência ao mesmo com um mantram específico e o ato sexual. OS MANTRAS MURMURANTES Humm... primeiramente baixo e então aumentando a altura, sinta o corpo tornando-se vivo com o som monótono. Aumente a sensação durante a experiência sexual. Um procedimento para os mantras murmurantes poderia ser assim : 1. Pressione a língua contra o céu da boca, aperte o abdome para dentro e para cima. 2. Comece a murmurar suave e calmamente, aumentando em ritmo e volume. 3. Aumente o som até que todo seu corpo pareça vibrar num estado extático. Prossiga com a experiência sexual. Mantras específicos devem ser usados em conjunto com os procedimentos dados. Alguns mantras murmurantes orientais excelentes são : Humn / Yungm / Ghaa Mantras usados para rejuvenescimento sexual. Humn / Ghaa Humn é para ser usado no congresso sexual e Ghaa para o orgasmo. Hunga Este mantram estimulam o chakra básico. Linga Este mantram estimula as emoções através do chakra cardíaco. OS MANTRAS SONOROS Comece com os mantras murmurantes e então conecte os sonoros com os daquela natureza. Por exemplo, você pode ouvir um som de abelha enquanto murmura, portanto oriente a sonorização para sons de abelha. Flua com as variedades de som e você se pegará experimentando um largo espectro de estados alterados e experiências. Esta técnica pode ser adaptada para qualquer experiência sexual, contudo, maestria individual deve ser alcançada primeiro. EXERCÍCIOS EM CASAIS Os três primeiros procedimentos esquematizados abaixo têm o objetivo de ajudar casais desenvolverem concentração de uma ordem superior. A importância disto é criar uma dicotomia entre o corpo e a psique para eles poderem controlar seus corpos enquanto suas mentes se concentram na magia. 1. Criaturas Imaginárias A. Sente-se de frente para seu parceiro, ambos nus. B. Induza um estado de relaxamento. C. Pare durante o ato e imagine um elefante cor-de-rosa passando, enquanto ambos viram-se para vê-lo, continue com o ato sexual, evitando conversar. A chave aqui é que a atenção está no elefante, não no ato sexual. 2. Conversação A. Faça o mesmo que no exercício um. B. Agora, no entanto, vocês devem iniciar uma conversa e mantê-la duma maneira coerente até pouco antes do orgasmo. C. No orgasmo, pare a conversa e jogue-se no orgasmo como se você tivesse disparado um segundo reflexo. 3. Exercício Humorístico Use as mesmas técnicas mas agora faça uso do humor numa tentativa de afastar o foco para a psique e permitir que o corpo trabalhe automaticamente. ROTINA SEXUAL PARA NOVE DIAS Primeiro Dia - Um centímetro de penetração, conservando-a desta maneira. - Atinja o orgasmo por exploração corporal e masturbação. - A penetração não deve ser mais profunda do que especificado. Segundo Dia - Como no primeiro, exceto que agora deve-se manter o pênis ereto e em posição por dez minutos ininterruptos. - Não atinja a ejaculação. Terceiro Dia - Sem atividade sexual. Quarto Dia - Como no segundo dia. Quinto Dia - Use masturbação acompanhada por meditação na União Cósmica de Therion e Babalon (Shiva e Shakti, ou qualquer equivalente que preferir). Veja seus papéis refletidos no interior de um e do outro e nos seus interiores. Sexto Dia - Faça como no primeiro dia, mas mantenha a posição por pelo menos meia hora e no máximo uma hora. Sétimo Dia - Realizem o congresso sexual meditando na sua união como a união das duas metades que existem dentro de cada um de ambos. Oitavo Dia - Como no sétimo dia, mas explorando orgasmo múltiplo. Nono Dia - Retorne para a atividade "normal". O Procedimento do Congresso Sexual Durante os dias sete e oito o seguinte procedimento deve ser usado. Pode também ser explorado durante a prática diária do sexo. 1. Entre em relaxamento profundo. 2. Visualize ambos como encarnações da formas de deuses escolhidos (Therion e Babalon, Shiva e Shakti, etc.) 3. Vibre energia através dos chakras, concentre-se no chakra básico. 4. Vibre o mantram 'Humn'. 5. Aumente o som do mantram conforme começar o intercurso. 6. Penetre com o som de 'Humn' sendo aumentado. Alcance o orgasmo com o mantram 'Ghaa'. 7. Retorne para o estado de relaxamento. Conclusão Todos estes exercícios formam os passos preliminares na Magia Sexual. Experimente-os, torne-os seus. Através destas experiências você deve ter uma idéia do potencial do organismo humano quando usado com intenção mágika. Conforme progredirmos, serão delineadas as técnicas avançadas e serão dados os procedimentos de como a magia sexual pode ser usada para otimizar e acentuar a maior parte das operações mágikas. Lembre-se sempre que o corpo é um Templo vivo e os órgãos sexuais, seu altar. Para alguns Magos, o uso do corpo pode levar algum tempo, isto é comum. O processo da Magia Sexual pode ser usado por todo Mago não importando o tamanho, a forma ou antecedente pessoal. Os Mistérios da Magia Sexual trabalham pelo seu próprio poder interno e todos os magos os acharão eficazes. Parecerá difícil, para a maioria, num primeiro momento, de diferentes formas, mas conforme a experiência acontece e se desenvolve, os medos cairão e uma nova força interior ascenderá...e este é o começo da iniciação . OS MISTÉRIOS DA FÊNIX O Simbolismo da Fênix A Fênix era o pássaro simbólico do retorno, representando vários ciclos de tempo como ensinado nas antigas escolas de mistérios. A Fênix era a constelação na qual Sothis (A Estrela de Set) era a estrela principal. Como uma constelação provavelmente correspondera à de Cygnus e Aquila, a Águia. Tanto o cisne quanto a águia eram representações de Bennu ou pássaro do retorno. Estes podem ser encontrados representados nas tradições mais antigas de formas similares. a Fênix dos romanos era a Águia, enquanto qu e a alternativa dos Hindus e Sumérios (Yezidi) foi o Pavão. De acordo com Plinius, a vida da Fênix tem direta conexão com o ano maior do ciclo de renovação, a duração deste ciclo, no qual as estrelas e constelações retornam a suas posições originais, varia de acordo com diferentes autoridades. Um prescreve um período de 666 anos, outro, de 1461 anos, sendo este período o específico do ciclo de Sirius. Heródoto afirma que a Fênix ressurge a cada quinhentos anos, dando ele, portanto, este número como a duração do ano maior de retorno cíclico. Os adoradores de Set eram os astrônomos mais eruditos do Antigo Egito, havendo rumores de eles terem sido os construtores da Grande Pirâmide. Eles estavam informados do ciclo de recessão e calcularam-no como um período de 52 períodos da Fênix, sendo cada um destes de quinhentos anos. Portanto, de acordo com o Sacerdócio de Set original, o Grande Ano tinha 26 mil anos. A Fênix era conhecida como "A Dupla Trilha", a ave do retorno e a eterna vindoura e, como tal, era representada na Ordem da Aurora Dourada (GD) como o Mestre que empunhava a vara da Fênix. Este título específico é também mencionado no terceiro capítulo do Livro da Lei e é de relevância específica como expressão da fórmula dinâmica de Thelema e Agape na magia sexual moderna. No Egito, a ave Bennu ou Fênix era representada pelo Heron ou Falcão e sendo que o falcão dourado era visto como o veículo solar e f álico de Hórus, podemos ver a relação direta com a mensagem do Livro da Lei e a comunicação de Aiwaz. A Fênix era escolhida como um glifo do Cajado Duplo (Double Wanded One) porque simbolizava retorno cíclico ou aeonico. O Aeon renova-se como a Fênix e portanto a relação entre estes dois conceitos dá algum crédito a uma mensagem interna por trás de Thelema. A mensagem interna está baseada no fato de que o primeiro herói celestial não foi o Sol, mas o conquistador do fogo solar, representado pela estrela Cão (Canis) não apenas como um Senhor do Fogo mas como um governante do fogo. Portanto, quando o Sol a chava-se no signo de Leão e o calor africano estava perto do intolerável, Set como a Estrela Cão ou Set/Hórus (Orion) ascendia. E então quando o Sol atingia sua altura máxima e começava a declinar, a Estrela Cão de Sirius e os gêmeos Hórus/Set (Orion) eram adorados como conquistadores das causas de tormenta. O Deus Set que derrotou o Leão do Sol e trouxe a cheia do Nilo era o arauto das transbordantes águas de Nuit que salvam as terras de aniquilação. Em termos esotéricos, Set é a besta que salta do sol ou Falo e ascende como a Fênix do dilúvio das águas cósmicas que irradiam de Nuit através do abismo em direção aos mundos ou dimensões mais baixas. Crowley restaurou a tradição Draconiana mais antiga e o culto sem nome que se espargiu além dos Aeons e trouxe a humanidade para o limiar dos diversos ciclos Aeonicos. Estes ciclos são preparatórios para a ascensão do ser humano, como uma Fênix, em um novo estado de ser, o Homem Superior. Para entender plenamente a mensagem do pássaro Bennu, devemos primeiramente examinar na Qabbalah esta fascinante criatura e sua relação com a formação do Homem Superior e as vindouras correntes de energia. Análise Cabalística da Fênix Antes de podermos entender verdadeiramente as atividades da Fênix como a ave de dupla vara na Árvore da Vida, devemos estruturar a Árvore duma maneira que nosso conjunto de imagens seja coerente dentro desta forma de simbolismo. Primeiramente, dividamos a Árvore em três formas de correntes de energia : Estelar, Solar e Lunar. 1. Forças Estelares : Substância Raiz : Set, Nuit ou Ain. Força Oculta : Hadit ou Kether. 2. Forças Solares : Substância Raiz : Therion ou Chokmah Aspectos Planetários : Hórus / Set (modo superior de Tipheret) Osíris / Typhon (modo inferior de Tipheret) 3. Forças Lunares : Substância Raiz : Babalon ou Binah Aspecto Planetário : Ísis / Hecate ou Yesod Este sistema de divisão formula a Árvore da Vida de tal modo que reflete as formas trinas de Força Cósmica. As Forças Estelares irradiam dos Supernais e usando a substância raiz de Therion e Babalon formam as correntes Solar e Lunar na Árvore. A corrente Solar é formada pela Cruz Circular Cósmica, sendo a força de Tipheret dividida em quatro pólos : A Metade Superior é composta de Hórus e Set em seus modos solares. Eles recebem as forças das Supernais e as irradiam para os mundos inferiores via esfera Lunar. A Metade Inferior é composta da egrégora solar (ou mente-grupo) deixada pelo Aeon passado, é sombreada pelas forças do topo, mas ainda tende a influenciar a radiação da força. Esta dualidade Topo/Fundo traz à mente a necessidade imperativa de reavaliar e reinterpretar os ensinamentos do velho Aeon sob uma nova luz ao invés de rejeitá-los duma só vez. Esta ação redime as energias do centro inferior de Tipheret e alinha-as com a nova corrente. Embora energia seja irradiada de Binah nas esferas Lunares, a maior radiação de força no centro Lunar é através da Cruz Circular Solar. Esta radiação é importante pois focaliza o mediante de energias no Centro Sol da Criança Coroada e é nesta localidade que o mistério da Fênix começa. Irradiações de Energia As energias irradiadas dos Supernais entram em Tipheret através das águas do Abismo, aqui a energia é filtrada e adaptada e aquelas vibrações afins com a esfera Lunar são irradiadas através dos Caminhos para o vórtice Lunar. Estes centros de irradiação energética estão no centro de Tipheret, a Criança Solar ou Hórus, que forma o glifo externo da Fênix. Hórus ou Heru-Ra-Ha é o Senhor do Duplo Cajado, cuja imagem exotérica é solar em orientação. Entretanto, esta é apenas uma aparência, a verdadeira naturez a da Fênix é encontrada dentro dos aspectos mais escuros deste ícone. Por assim dizer, sua natureza real é Ain ou Set. Isto é óbvio na imagem do Pavão como usada pelos Yezidis Sumérios. A Fênix suméria era simbolizada pelo Pavão, pois cada uma de suas penas contém um "olho". A numeração de "olho" é setenta ou Ain. A Fênix em todas suas formas, é o distribuidor central de energia da Árvore da Vida, suas formas estendendo-se por toda a criação através de Hórus e para o Nada através de Set. Sua forma, então, cria uma ponte entre os ciclos a partir da manifestação em direção à dissolução. A Ressurreição da Fênix Em mitologias antigas, a Fênix lança-se sobre as cinzas de civilizações caídas para nascer novamente. Esta imagem forma o aspecto mais importante da análise cabalística do pássaro Bennu. Conforme manifesta-se o Novo Aeon e as forças de Set irradiam-se mais forte do seio de Hórus, a Fênix ergue-se de seu local em Tipheret e move-se para os mundos superiores, e conforme ocorre este movimento, a onda de vida é arrastada através do Abismo e os escombros da civilização caída são deixados para trás. Conforme a scende, suas asas englobam Babalon e Therion, que são então unidos em seu peito como Baphomet, Pan, Hadit ou Kether (andrógino). Aqui, agora, Hórus torna-se o Senhor da Criação e, ainda, o ciclo não está completado. Hórus como Hadit afoga-se na eternidade de Set (Nuit) e o Universo retorna para o sono cósmico (Pralaya). Apenas aqueles que entraram na Fênix podem alcançar o Presente de Set, apenas aqueles que se tornaram imortais através do poder da Vontade podem atingir o Dom da Verdadeira Vontade. Este p rocesso envolve um pleno entendimento de práticas esotéricas da Fórmula da Fênix. Aspectos Esotéricos da Fênix na Magia Sexual Para questões de fisiologia a Fênix é conhecida como "A que retorna" e era representada pelo Íbis, que era o veículo de Thoth, o Deus da Magia e da linguagem escrita e falada. De acordo com Plutarco, o íbis instruiu a humanidade na lavagem anal, que a própria ave realizava com seu bico. Este fator é imperativo a respeito da aplicação da fórmula da Fênix no décimo primeiro grau da OTO e o grau de Epsilon dentro do sistema da Astrum Argum. Este grau envolve o reverso do processo copulativo "normal". É válido saber que os Altos Sacerdotes do Egito conhecessem o Pássaro Bennu ou Fênix, e nenhum outro, como o portador da essência vital, conhecida como "Trilha", sobre a qual dizia-se originar numa região secreta e inacessível. A "Trilha", em inglês 'Hike', pode ser igualada à Hekt egípcia, à Hecate grega e à germânica Hexe, portanto, podendo se ver os poderes mais obscuros da fórmula. Crowley assumiu o título de Fênix ao alcançar os graus mais altos da OTO, mas apenas internamente à ordem. Em público, ele tomou o título de Baphomet. Estes dois combinados dão informações avançadas da fórmula. Num texto de caixão antigo do Egito, o Livro dos Mortos, a alma Triunfante exclama... "Eu venho da Ilha de Fogo, tendo preenchido meu corpo com a Trilha, como aquele Pássaro que preencheu o mundo com aquilo que não conhecia." Crowley descreveu a Fênix de Thelema como aquela que irá surgir dos escombros da civilização, num breve mas potente trabalho entitulado "O Coração do Mestre" (The Heart of the Master). Aqui vemos a mistura de ambas a fórmula da Fênix e seus papéis no progresso cabalístico pelos Aeons. De acordo com Heródoto (Livro 11:58), os egípcios celebravam o retorno anual da estrela Sirius com ritos caracterizados por cópula anal (algum tempo depois, corrupções apareceram e celebrações com cópula bestial também eram usadas). Crowley, estudando a fórmula anal, descobriu seu uso em arcanos ocultos de magia e ensinou-os como os Mistérios do décimo primeiro grau da OTO (Epsilon). Esta fórmula permaneceu mais poderosa do que outras alternativas devido ao seu uso especial e simbólico com membros de cada sexo, mas especialmente em atividades homossexuais. O deus oculto, Set, representado por Sirius, a Estrela Cão, tipificou esta fórmula peculiar dos Mistérios. É neste sentido que Crowley, em conclave secreto com Frater Achad, assumiu o título esotérico de Fênix em 1915. Sendo a Fênix a ave do retorno cíclico, que administra sua própria cloaca, é portanto um símbolo importante de ambos aspectos, místico e físico, dos Mistérios. Dion Fortune nota que Vênus ou emoção é finalmente transcendida em Sirius e portanto, vemos a nova forma de "Love Under Will" (Amo r Sob Vontade) expressa na fórmula da Fênix. John Mumford, um expert neste campo, tinha o seguinte a dizer em seu livro "Ocultismo Sexual" (Sexual Occultism) : " A tradição secreta do Tantra Mágiko ensina que o ânus é uma zona erógena ultrasensível, diretamente ligada ao Muladahara, o chakra básico. Oculto dentro da base do chakra enrolado e enroscado, como uma mola, jaz o poder primal do sistema nervoso, manifesto como a deusa serpente, Kundalini. A palavra 'esfíncter' significa um nó ou faixa e é derivada da mesma raiz grega de Esfinge, a besta mitológica, epítome dos mistérios ocultos. O mestre do sexo tântrico abre o esfíncter anal de sua Shakti, solucionando então o enigma da Esfinge." O intercurso anal é um método específico de despertar a Kundalini. Uma referência ao texto de anatomia de Gray revela a existência de uma glândula oval irregular entre a parede retal e a ponta do osso caudular ou cóccix, chamada "o corpo coccígeo", embora sua função seja desconhecida para o fisiologista ocidental. Em Magia Sexual é conhecida como a "glândula Kundalini". A ativação sexual desta glândula é direta e rápida através da dilatação do esfíncter anal com um efeito reflexo consequente sobre os doi s ramos do sistema nervoso autônomo. Além de alterar o sistema nervoso autônomo, o intercurso anal resulta em ejaculação de sêmen no reto que nutre a glândula Kundalini e desperta os fogos internos. Trabalho Astral e Fisiológico da Fênix O mago deve gastar seu tempo assumindo a forma da Fênix, este trabalho começará a realizar muitas mudanças na consciência e na atitude psicológica. Conforme o mago cria a imagem astral ele deve desenvolver uma atitude mental específica em conjunto com sua assunção, todos os aspectos da vida devem ser vistos como escombros diante da Fênix. Conforme a imagem surge na tela mental as ocorrências da vida rotineira diária e as memórias e imagens que relampejam pela mente devem ser vistas como escombros abaixo da Fênix ascensa. A combinação de visualização e atitude mental devem ser continuadas em relação à outra fórmula da Fênix. A assunção ritual da forma da Fênix deve também ser realizada, os braços devem ser vistos como asas, a boca como o bico e assim vai até que tenha ocorrido uma transformação total na tela mental. Estes processos devem ser praticados até que um alto grau de eficiência tenha sido atingido, podendo então ser seguidos pela Missa da Fênix. A Missa da Fênix A Missa da Fênix é um ritual simples que afirma a identidade do mago como a Fênix / Humano Superior, o que ergue-se acima da vida para se tornar mais que humano. Deve ser realizada regularmente, mas não freqüentemente e com fortes exercícios preliminares. A receita para os pães de luz é encontrada no terceiro capítulo do Livro da Lei. O uso de sangue dentro deste rito é importante por mostrar os ciclos de criação e dissolução, o eterno ciclo de recorrência que o mago percebe e do qual se liberta. Uma variação deste ritual é fazê-lo apenas com sêmen ou fluidos sexuais. É uma boa idéia experimentá-lo de ambas as formas por um período de tempo, meditando na natureza da vida em suas variadas formas tais como sofrimento e alegria, como recorrência eterna e como força imortal. Conclusões A Fênix é um símbolo vivo e potente do desenvolvimento humano dentro do Aeon de Hórus. Junta uma larga amplitude de simbologias e práticas, sugerindo tanto o mistério do intercurso anal e a transformação da Árvore da Vida no contexto Aeonico. O uso pessoal e iniciático da Fênix como um símbolo do Humano Superior e como uma fórmula prática é central para a Magia. Contudo, será de muito trabalho e prática a plena integração da energia da Fênix. Assim como a Fênix ascende, nós também podemos ascender sobre as ruínas da vida superficial e do pensamento diário para o santuário escuro da eternidade da Vontade, onde a Fênix governa num ninho de fogo escurecido no qual os limites de nossas mentes e corpos são queimados e a Pura Vontade, imortal, perfeita e livre de propósito é forjada. LIBER XLIV -- A MISSA DA FÊNIX -- O mago, com seu peito nu, está diante dum altar no qual estão seu punhal, sino, turíbulo e dois pães de luz. No sinal do entrante ele alcança o oeste através do altar e grita : "Salve ! Ra, que vais em tua barca em direção às cavernas que a escuridão marca !" Ele dá o sinal do silêncio e toma o sino e o fogo em suas mãos dizendo : "Leste do altar veja-me de pés no chão, com luz e música em minha mão !" Ele bate no sino onze vezes (333-55555-333) e põe fogo no turíbulo, enquanto profere : " Eu sôo o sino, eu acendo a chama, sou eu quem inflama o misterioso nome ABRAHADABRA." Ele soa o sino onze vezes novamente e diz : " Agora começo a orar. Tu, criança, teu nome é sagrado e imaculado. Teu reino já está neste lugar. Tua Vontade está feita. Aqui estão o pão e o sangue Leve-me ao Sol através da meia-noite. Salve-me do mal e do bem. Que tua Coroa de todas as dez, aqui mesmo e agora, seja minha. Amen." Ele põe o primeiro pão de luz no fogo do turíbulo. "Queimo este pão como incenso, proclamo estas adorações de teu nome." Ele usa os pães como no Liber Legis e novamente soa o sino onze vezes. Com o punhal ele faz então, sobre seu peito, o sigilo do triângulo solar apontado para cima. Então profere : "Cuidado ! Da mente este peito sangrento, talhado com o signo do sacramento." Ele põe o segundo pão de luz na ferida : "Eu estanco o sangue, o pão o enxuga e o Sumo Sacerdote invoca." Ele come o segundo pão : "Este pão eu como, este juramento profiro enquanto inflamo-me em adoração. Não há culpa, não há benção, esta é a Lei. Faze o que tu queres!" Ele bate no sino de novo onze vezes e grita : "ABRAHADABRA ! Eu entrei com desgosto e júbilo. Eu agora me vou satisfeito por realizar meu prazer na terra entre as legiões dos vivos." E o mago se vai. Notas Na versão em inglês os versos rimam, tornando a cerimônia muito mais eficaz com seu lirismo. A rima também ajuda como recurso mnemônico, tornando o rito fácil de se decorar após uma ou duas vezes de executado, sendo que ao ser feito decorado é possível dar mais ritmo e espontaneidade ao andamento do mesmo, aumentando também a eficácia. Em português já é mais difícil manter a rima em conjunto com o sentido que se quer dar às palavras. Quando possível, a rima foi mantida na tradução, mas quando a rima prejudicou a tradução, deu-se preferência a esta, porque as idéias assim fizeram mais sentido. Há várias edições do próprio Crowley. Para um exemplo das primeiras versões, veja "Magick", apêndice VI, editado por Symonds e Grant, Samuel Weiser, 1973 e várias outras edições. Para facilitar a vida daqueles que desejem praticar a Missa da Fênix original, vai abaixo a versão em inglês. LIBER XLIV -- THE MASS OF THE PHOENIX -- The Magician, his breast bare, stands before an altar on which are his Burin, Bell, Thurible, and two of the Cakes of Light. In the Sign of the Enterer he reaches West across the Altar, and cries : "Hail Ra, that goest in thy bark Into the caverns of the Dark! " He gives the sign of Silence, and takes the Bell, and Fire, in his hands. "East of the Altar see me stand With light and musick in my hand!" He strikes Eleven times upon the Bell (333 - 55555 - 333) and places the Fire in the Thurible. "I strike the Bell; I light the Flame; I utter the mysterious Name. ABRAHADABRA !" He strikes eleven times upon the Bell. "Now I begin to pray: Thou Child, Holy Thy name and undefiled! Thy reign is come; Thy will is done. Here is the Bread; here is the Blood. Bring me through midnight to the Sun! Save me from Evil and from Good! That Thy one crown of all the Ten Even now and here be mine. AMEN." He puts the first Cake on the Fire of the Thurible. "I burn the Incense-cake, proclaim These adorations of Thy name." He makes them as in Liber Legis, and strikes again Eleven times upon the Bell. With the Burin he then makes upon his breast the sigil of the upright solar triangle. "Behold this bleeding breast of mine Gashed with the sacramental sign!" He puts the second Cake to the wound. "I stanch the Blood; the wafer soaks It up, and the high priest invokes!" He eats the second Cake. "This Bread I eat. This Oath I swear As I enflame myself with prayer: There is no grace: there is no guilt: This is the Law: DO WHAT THOU WILT!" He strikes Eleven times upon the Bell, and cries "ABRAHADABRA. I entered in with woe; with mirth I now go forth, and with thanksgiving, To do my pleasure on the earth Among the legions of the living." He goeth forth. O CIRCUITO PSICO-SEXUAL Introdução O organismo humano é uma árvore da vida e do conhecimento, é um mecanismo que funciona de acordo com a antiga fisiologia da Feitiçaria Sexual. Muitas descobertas modernas da sexologia atual são realmente apenas redescobertas do antigo arcano sexual dos mistérios que foram ensinados simbolicamente por tempos imemoriais. O Circuito Psico-Sexual é a estrutura do organismo como entendido pelos magos sexuais, é uma compreensão que vai além do conhecimento da ciência moderna e engloba visões tanto físicas quanto parafísicas dos Mistérios. A fisiologia que é delineada neste capítulo deve ser estudada com diligência, pois forma a base pela qual a magia sexual opera. Assuntos como as Kalas e o Amrita podem apenas ser entendidos se este circuito psico-sexual é adequadamente compreendido de antemão. "O adepto deve identificar-se com seu corpo e transformá-lo, pois o corpo é a ligação entre o cósmico e o terrestre. Como a extensão material da expressão psíquica, o corpo brilha, irradia e anima-se na alegria de ser ele mesmo." Sir John Woodroffe O Circuito Psico-Sexual Humano A configuração psico-sexual humana é um Tarot vivo. Embora, no passado, este termo tenha sido usado exclusivamente a respeito das Chaves dos Mistérios (as cartas do Tarot), tem um significado mais avançado na forma de um circuito de eesência. O termo Tarot pode, pela Temurah, ser entendido como Lei (Torah), Roda (Rotah) e Essência (Taro). Estas definições quando conjuntas sugerem que o Tarot é a Roda da Essência. Este conceito de um ciclo de manifestação pode ser aplicado tanto num sentido ideológico, como nos 22 Arcanos Maiores do Tarot, e num sentido psicológico, para o Tarot vivo dentro do corpo humano. O corpo humano é um sistema intrincado de forças interconectadas, é coberto por milhões de meridianos e linhas de energia, que se interligam para formar tanto os Marmas quanto os Chakras. Estes são ligações vitais com o fluxo de energia sexual dentro do organismo e oferecem as chaves de como opera a Magia Sexual. O Marma Ajna Psico-Sexual Este é o primeiro Marma e está localizado no Ajna Chakra, entre as sombrancelhas. A atribuição cabalística para este Marma é a letra Ayin ou setenta. Sua atividade é a do Olho de Shiva, quando o olho se abre o mundo de aparências e ilusões desvanece e a realidade é experimentada, algumas vezes em sua brutal totalidade. Esta experiência pode ser de extrema intensidade e é apenas para os que estão preparados (veja 'A História do Grande Deus Pan' de Arthur Machen como exemplo). Está relacionado astrologicam ente com o signo de Capricórnio por simbolizar a experiência de Pan, a visão da integridade e unicidade de todas as coisas. O Marma Psico-Sexual Qoph O segundo Marma está localizado na nuca, sendo o trono cerebral da atividade sexual dentro da espécie humana e é atribuído à letra hebraica Qoph, de número cem. Esta enumeração pode ser entendida como a união do P (Phalus, falo em grego), 80, com o K (Ktéis, vagina em grego), 20. Qoph é atribuída à esfera lunar e este centro está envolvido com as secreções que estimulam o impulso e o desenvolvimento sexuais. O Marma Psico-Sexual Visuddha O terceiro Marma está oposto ao Qoph e está localizado no Chakra Visuddha, o centro laríngeo. Sua atividade em magia sexual é emanar a palavra (Logos) que é criada pela interação dos centros Ajna e Qoph. Esta união de Vontade e Vibração cria o Logos que é manifesto em Daath, ou seja, a garganta. Esta atribuição difere da Qabbalah moderna mas é imperativa para um entendimento do circuito psico-sexual. Esta interação entre os Marmas Ajna e Qoph no Visuddha é central para uma compreensão da fixação da força sexual. A Gematria de Ayin e Qoph prova ser informativa : Ayin + Qoph = 170 170 é o número dos gigantes ou Nephilim. Os seres que são criados pela Vontade sozinha e que podem ser comparados aos Titãs da mitologia grega. Eles são seres de puro Logos; formulações da Vontade que são criadas pelo Eu (Self) em Ayin através das forças sexuais de Qoph e manifestas no Visuddha. "...e a palavra transformou-se em carne." Evangelho de João, capítulo um. Os Marmas Psico-Sexuais das Palmas Estes marmas encontram-se nas palmas das mãos, mas são tratados como um só marma no circuito geral. Eles estão atribuídos à letra Kaph e cada palma tem o número 20. As palmas são usadas para focalizar p fluxo de energia com o circuito. A esquerda é negativa e a direita é positiva, embora isso possa variar de mago para mago. Juntas, as duas palmas dão o número 40, que por Gematria significa o Libertador e Leite, ambas referências aplicam-se para o uso das mãos para liberar fluidos sexuais durante rituais tântricos. Outras referências relacionadas incluem a Mão do Eterno e Mem, que pode ser definida tanto como sangue, fluidos (sexuais) ou vinho, todos novamente enfatizando o papel das mãos como libertadoras de secreções. O Marma Psico-Sexual Genital O quinto marma psico-sexual é os próprios órgãos sexuais, atribuídos a Ayin, de número setenta. Os órgãos são o segundo Olho e representam o esconderijo secreto da serpente (Kundalini). Este número setenta pode também ser aplicado para LIL (noite) e SVD (segredo), ambos relacionados com esta zona psico-sexual como originadora dos Kalas, as secreções noturnas que sempre fluem ou Ain (Kali / Nuit). Setenta também é o número de CHBS ou Estrela, isto está implícito na mensagem "o Khabs está no Khu e não o Khu no Khabs" do Livro da Lei. Esta mensagem codificada refere-se ao fato de que a essência das estrelas não é encontrada na eternidade do espaço, mas nas secreções sexuais da Estrela enca rnada como entidade. Uma implicação mais avançada a respeito deste Marma é encontrada na palavra INN, que significa vinho, representando o sacramento deste marma psico-sexual, que conhecemos como Amrita. O Marma Psico-Sexual do Olho Secreto O Olho Secreto é o Olho de Set e portanto, é o reverso dos órgãos sexuais. Também atribuí-se a Ayin (70), entretanto, sua aplicação é na região anal e sua associação com a Kundalini. Aqui, temos o ânus do bode como é visto no Sabbat das Bruxas e o mistério de SVD, que é o olho do bode como visto na imagem de Baphomet encontrada nos ritos dos Cavaleiros Tamplários. O Marma Psico-Sexual de Bindu Este marma é o fogo interno, atribuído à letra Yod (10). Representa o Ponto Bindu, o ponto onde os dois sistemas sexuais conectados unem-se para formar uma simbiose. Pela Gematria, encontramos que dez está relacionado a Elevado, Planar e Janela. Todas estas imagens podem se relacionar ao uso do calor sexual para ir além do organismo em direção às visões do espaço interno. O Circuito Quando examinamos os sete marmas acima, chegamos a um ciclo de força psico-sexual, sendo este ciclo composto de oito segmentos ou zonas. Se considerarmos as duas palmas como zonas separadas, quando juntas com os outros centros formula-se um ciclo completo de 360 graus. Este círculo é o ciclo interno de Aeons, sete embora oito, o oitavo sendo o final do ciclo no Ponto Bindu de realização, este ciclo forma o ABRASAX interno, o senhor gnóstico de 360 graus. A Vontade como criada e fortalecida pelo ciclo int erno de Aeons e secreções. O sistema numérico deste ciclo é : AYIN (70) + QOPH (100) + KAPH / KAPH (20 e 20) + AYIN : órgãos sexuais (70) + AYIN : ânus (70) + PONTO BINDU : YOD (10) = 360 graus Os cinco graus restantes (para formar um ano) são os graus esotéricos do Círculo, os cinco dígitos da Deusa. Eles são atribuídos a vários Deuses e Deusas e têm um uso específico tanto na ciência macrocósmica de registro do tempo como na ciência microcósmica do corpo e suas correntes, que é conhecida no oriente como Kalavidya, Este ciclo não é apenas encontrado na seqüência sexual de marmas aqui descrita mas também dentro dos chakras gerais como encontrado na Kundalini Yôga tradicional. Ambos sistemas, be m como as atribuições físicas da Árvore da Vida, interagem como círculos numa grade cósmica, cada um forma um ciclo de manifestação e está envolvido na Árvore da Vida animada que o corpo humano forma. Ao invés de a Qabbalah ser uma realidade separada de Sephiroth e Caminhos, é um corpo vivo, um sistema de experiência e possibilidade internas. No sistema tradicional de chakras o ciclo é composto de raios dentro de cada chakra, estes raios representando as emanações dos pés da Deusa Primal após ela ter se elevado ao Shasrara Chakra. Portanto, as emanações deste chakra são vistas como as da própria Deusa, ou em termos mais adequados, do Eu e assim não são contadas no cálculo dos raios. Ajna Chakra Região Pituitária 64 raios Visuddha Chakra Região Tiroidal 72 raios Anahata Chakra Região Cardíaca 54 raios Manipura Chakra Plexo Solar 56 raios Swadisthana Chakra Região Genital 62 raios Muladahara Chakra Região Coccígea/Anal 56 raios Ciclo Completo 360 raios Dentro destes 360 graus existem outras divisões conhecidas como : Estelar, Solar e Lunar. Estas relacionam-se aos três segmentos do ritual tântrico e aos três segmentos da coluna dorsal : Ida, Susumna e Pingala. 118 graus são atribuídos ao Fogo (Estelar), 106 são atribuídos às influências Solares e 136 à Lunar, os cinco restantes são portanto, mais uma vez, os dígitos secretos da Deusa Kali (Ain). Como será prontamente notado, as imagens ou formas de deuses usadas variam de acordo com a tradição, Kali, Set e Nuit podem ser todos atribuídos a Ain e usados de acordo com trabalhos e desejo ou inclinação. Como pode ser visto acima, um sistema de atribuição pode ser formulado baseado nestes graus. Estes podem ser interpretados de diversas maneiras : os oito segmentos ou marmas, até mesmo os oito chakras, mais o Sahasrara chakra, trabalhando como um todo. Podemos até mesmo relacionar com os oito trigramas do I Ching e quando multiplicados por si em 64 possibilidades do Tao. Isto pode criar um ciclo completo por relacionar-se com a dupla Árvore da Vida (32 x 2). Pode também ser entendido que em qualquer organismo há dezesseis aspectos sexuais, físicos e etéricos. Portanto, em qualquer ato de união sexual há trinta e dois segmentos vivos, uma dupla Árvore da Vida sexual. Quando estes Marmas são relacionados aos 16 Kalas ou secreções isso pode ser ainda melhor entendido. O ciclo formado pelos hexagramas do I Ching é interessante, pois a alquimia sexual chinesa é uma das mais intactas tradições sobreviventes do Tantra. Ajna Chakra Hexagrama Li Sol e Sol Centro Qoph Hexagrama Khan Lua e Lua Visuddha Chakra Trigrama Sun Ar e Ar Palmas Li e Khan Reflete Ajna/Qoph Órgãos Sexuais Quian / Kun Falo / Vagina Hexagrama Tui Água de Água Ânus Hexagrama Gen Terra de Terra Ponto Bindu Hexagrama Zhen Fogo de Fogo Em consideração às diversas maneiras de intitular os Hexagramas, a lista seguinte guiará o estudante que procura explorar mais profundamente. A pronúncia em parênteses é uma alternativa de pronúncia por causa dos dialetos chineses. Li Hexagrama 30 Tiphareth Kan (Khan) Hexagrama 29 Yesod Sun Hex. 57 Daath Quian (Qian) Hex. 1 Kether Kun (Khwn) Hex. 2 Malkuth Tui (Dui) Hex. 58 Chesed Gen (Ken) Hex. 52 Netzach Zhen (Ch'en) Hex. 51 Geburah Tabela de Marmas Psico-Sexuais 1. Ajna chakra (Vontade) Ayin 70 Olho de Shiva 2. Nuca Qoph 100 Origem da Força Sexual 3. Visuddha chakra Ayin/Qoph 170 Logos Manifesto A união de Ayin e qoph criam a energia de 170 no Visuddha, este é o poder para criar os 'Nephilim' ou Gigantes Rebentos da Vontade, formações do Eu puro ativado por meios sexuais e manifesto através do poder da 'palavra' mágika (Logos). 4. Palmas das Mãos Kaph 20 cada Ativadores das Zonas Sexuais 5. Órgãos Sexuais Ayin 70 6. Região Anal Ayin 70 O Olho Secreto Ambas zonas são atribuídas a Ayin e relacionam-se ao uso mágiko dos órgãos sexuais, frontais e dorsais à Kundalini. 7. Ponto Bindu Yod 10 O Ponto de Foco Aqueles interessado em exploração mais detalhada do ciclo psico-sexual podem querer estudar as correspondências na página 40. Elas estão baseadas numa tabulação de Crowley e oferecem algumas introspecções (insights) interessantes sobre o ciclo sexual e sua relação às Sephiroth. A partir destes ciclos, vamos perceber que a Árvore da Vida é um ciclo vivente de essência e, portanto, os Caminhos ou pontos conectores também devem representar fluxos de energia ou secreções dentro do organismo. O estudo seguinte dos pontos conectores como secreções do organismo vivo deve se lido em conjunto com as descrições dos Caminhos como letras hebraicas e arcanos do Tarot, encontrados em sistemas da Qabbalah tradicional e outros sistemas de atribuição. OS CAMINHOS CONECTORES NA ÁRVORE DA VIDA COMO SECREÇÕES O padrão de Tarot formado pela Árvore da Vida humana é uma parte intrincada da Qabbalah esotérica do Novo Aeon. Entre as Sephiroth vivas do corpo estão vários caminhos conectores ou emanações que transmitem as secreções dos reinos trans-Kether de Ain para o organismo. Estas emanações realizam a transformação gradual do corpo e da mente e podem ser entendidas duma maneira peculiarmente tântrica com as atribuições mais tradicionais sendo comparadas e manipuladas de acordo com o engenho do próprio mago. A décima primeira secreção é aquela do Espírito Santo. O Santo intoxicado é simbolizado pela respiração cósmica e pela águia de duas cabeças. É associado com o trigésimo terceiro grau da maçonaria e tem uma conexão elemental com Akasha. O Ovo Negro ou chama desta secreção pode também se relacionar a Sebek, o senhor crocodilo e a manifestação de Set. A décima segunda secreção é aquela do Mestre de Maya e é governada por Hermes ou Mercúrio. Ele é o senhor do Falo e entende o segredo dos pólos opostos, a Pomba e a Serpente e da Casa de Deus (Beth). Seus poderes dualistas são a magia polarizada e apolar e ele controla todas as formas de transmissão de energia. A décima terceira secreção é aquela da Alta Sacerdotisa Lunar, a Deusa tripla em seu estado virginal ou adormecido, a Ísis dormente, Artemís e Donzela. Ela é a essência e transmite os Kalas de Plutão através das areias de Urano. A décima quarta secreção é a Grande Mãe, a porta pela qual a manifestação é alcançada, ela é a governante da magia polarizada e é representada na Alquimia Sexual pelo elemento do Sal. Seu domínio planetário é Vênus, que é finalmente transcendido em Sirius, portanto, ela é Daleth, a ligação entre os mundos. A décima quinta secreção é altamente importante no Novo Aeon devido à injunção do Livro da Lei de transferir os títulos do Imperador e da Estrela. Esta secreção é agora a Estrela de Aquário, as secreções fluidas da Deusa que transforma o humano (Tiphareth) em Besta (Chokmah). A estrela representa a fórmula do Khabs no Khu, onde a essência do espaço infinito é encontrada dentro das secreções do organismo. A décima sexta secreção é aquela do Alto Sacerdote dentro do culto do Humano Superior, tipificado por Touro. Nos velhos cultos a besta era exterminada como sacrifício, hoje, o uso do instinto animal alcança seu estágio mais alto de consciência. O Touro traz a força da Besta 666 para a manifestação como o divino rei de Júpiter. O número dezesseis também significa a secreção ou Kala secreto, que é o acúmulo dos quinze Kalas anteriores, que vieram ao seu clímax dentro da Estrela (Kala quinze) e manifestaram-se no vórtice do décimo sexto Kala, o Humano Superior. A décima sétima secreção complementa e balanceia a da estrela da décima quinta e é usada pelo Humano Superior da décima sexta. A décima sétima secreção é a dos gêmeos, governantes duais de Zain, Hórus e Set. Portanto, nesta combinação de secreções nós começamos a ver a estrutura do sistema do Novo Aeon. A décima terceira, décima quarta e décima quinta secreções são a Deusa Tripla que é Virgem, Prostituta e Mãe Sagradas. A décima sexta secreção é o Humano Superior, Taurus, o Touro da Deusa, cuja forma externa é Hórus e cuja Vontade Verdadeira é Set e isso é novamente reafirmado nos Gêmeos da décima sétima secreção. Quando olhamos profundamente nos Mistérios destas secreções, vemos que Osíris era simplesmente uma forma mais antiga de Hórus. Portanto, Hórus era tanto o consorte quanto a criança de Ísis. Enquanto Set é Vontade Verdadeira de ambos, cuja mensagem não será plenamente compreendida até que a mensagem de Maat seja anunciada em conjunto. Portanto, os gêmeos não são apenas Hórus e Set, mas Set e Maat. "Pois duas coisas são feitas e uma terceira é começada. Ísis e Osíris estão dados a incesto e adultério. Hórus salta do seio de sua mãe com três braços. Harpócrates, seu gêmeo, está oculto dentro dele. SET é seu pacto sagrado, que deve mostrar-se no grande dia de M.A.A.T. (cujo nome é verdade)." Liber A'Ash vel Capricorni Pneumatici, de Aleister Crowley A décima oitava secreção é o impulso criativo e sexual do Mestre, balanceia o Humano Superior da décima sexta, representando a força de Câncer ou Cheth. Câncer é o caranguejo e é usado para simbolizar o caminho tântrico de Viparita Karani, indo para trás ou de lado (reversão dos sentidos) para atingir uma finalidade mágika. A décima nona secreção é a Luxúria do Leão, que representa a semente da serpente que ativa a porta de Daleth da Sacerdotisa. É atribuída a Teth, a serpente fálica. A combinação de Daleth e da Semente da Serpente forma o Espermatozoon ou Elixir Sexual : O Ermitão de Virgem. A vigésima secreção é o Espermatozoon ou Eu Sexual do Ermitão, ele é o Rebento da Vontade; o Eu Verdadeiro que é formado pela união das formas opostas da psique e do corpo, Babalon e a Besta. A vigésima primeira secreção é o Senhor do Karma, o Ermitão que foi formado pela Besta e por Babalon e está trabalhando na iniciação do Humano Superior. Ele aprende a superar a onda de recorrência eterna presente na roda eterna. A vigésima segunda secreção é a de Libra, ajuste através da evolução do Eu além da recorrência eterna, via Magia Sexual. O Mago alinha a realidade com a iniciação pela qual ele está passando, sendo que esta ação detona a experiência do arcano do Enforcado. A vigésima terceira secreção é a iniciação das Secreções Sexuais. O Mago cai no inconsciente através dos processos da Magia Sexual e começa a retificar o que está contido dentro de seus limites. Um dos métodos para se atingir isto está na próxima secreção. A décima quarta secreção é Escorpião. Representa o orgasmo como uma "pequena morte". Sua lição é o uso do orgasmo para programar a psique e a invocação do excesso sexual para experienciar os limites da mente e do corpo. A décima quinta secreção representa o uso da paixão animal para atingir um estado de Androginia. Esta imagem é representada como o Sagitário ou Baphomet e conforme a paixão aumenta, transforma o mago em experiências das Secreções do Bode. A vigésima sexta secreção é a de Capricórnio, o Bode. Representa o uso de forte paixão animal para quebrar a ilusão (tipificada pela imagem do diabo) e transformá-la em Vontade pura. O produto disto é a manifestação do poder da projeção sexual como visto na próxima secreção. A vigésima sétima secreção é a do uso do Falo como ferramenta de projeção. É atribuído a Marte, mas não num aspecto negativo, representa o jato de sêmen, criando estrelas e imagens através da programação do orgasmo. Também representa a ativação da Kundalini e sua ascensão pela torre ou coluna vertebral, detonadas pelas práticas Delta. A vigésima oitava secreção é atribuída ao Imperador e a Áries. Tem diversas aplicações, uma das quais é o uso da tintura Vermelha, isto é, as secreções menstruais de uma Maga. Pode também se relacionar ao uso de paixão excessiva ou luxúria extrema para superar barreiras e limites e atingir o frenesi orgásmico da Torre. A vigésima nona secreção é a da Lua. Está sob o governo de Qoph e portanto nossa discussão prévia de Qoph deve ser considerada. É uma passagem especial conectada ao instinto e, às vezes, até mesmo à transformação licantrópica. A trigésima secreção é a do Sol, sendo o poder da aspiração e dos ideais que influenciam o fluxo da energia sexual. Deve ser entendida em conjunto com a informação já discutida a respeito do Ajna chakra. O produto da qual é visto no Logos ou palavra da trigésima primeira chave. A trigésima primeira secreção é o Aeon, o arauto da Nova corrente. A mensagem do fluxo interno de Aeon-Kalas trabalhando em conjunto com a eternidade da progressão temporal. Seu número é 31 e reflete a mensagem do Livro da Lei (LIber AL ou 31), enquanto que seu reverso é treze, a Sacerdotisa da Estrela de Prata. A trigésima segunda secreção é a da Manifestação. Tau em extensão, seu número é 440, secreções movendo-se para a plena materialização. É tanto o primeiro passo nos Mistérios ou a manifestação do Humano Superior na Terra. Tau é o sigilo do Deus Set e o ciclo está completado. Notas sobre os Caminhos como Secreções As secreções da Árvore da Vida biológica reúnem os vários métodos de interpretação a respeito dos Caminhos. Quando unidos, eles criam um fluxo em forma de Mandala. Há várias fontes para informação avançada : os vários livros de Kenneth Grant, tais como "Cults of the Shadows", Cultos das Sombras, (Muller, 1975), entretanto, cegueiras deliberadas em muitas de suas interpretações são infelizes. Para ajudar na organização destes conceitos em um sistema coerente, a seguinte tabela dos Caminhos das Secreções é feita para a exploração. SUMÁRIOS DOS CAMINHOS COMO SECREÇÕES 11. Espírito Santo Santo Intoxicado 12. Chaos Pomba e Serpente 13. Alta Sacerdotisa Deusa Dormente 14. Babalon Deusa Sexual 15. Estrela Mãe do Espaço 16. Homus superioris Kala Secreto, Alto Sacerdote 17. Gêmeos Set e Maat 18. Impulso Criativo Princípio da Reversão 19. Semente da Serpente Impregnação de Babalon 20. Espermatozoon Ermitão como Criança Cósmica 21. Senhor do Karma Controle da Realidade 22. Fuga Livrando-se do ciclo terrestre 23. Iniciação Explorando o Inconsciente 24. Orgasmo Thanatos absorvido em Eros 25. Baphomet Androginia 26. Capricórnio Exploração 27. Projeção Fálica Paixão animal destrói a Ilusão 28. Tintura Vermelha Excesso de paixão 29. Lua Originador sexual 30. Sol Ajna chakra 31. Aeon Mensagem como Logos 32. Sigilo de Set Manifestação ou começo. Combinações Especiais Válidas de Atenção 13, 14 e 15 : Tripla Deusa que é estimulada por 16, Alto Sacerdote : Quem ativa a décima sexta e 17, os Gêmeos manifestos na dualidade de Set e Maat, impulso criativo interno e externo (18, 19). 14, Babalon, que dá nascimento ao Rebento do Eu, 20, o Ermitão : as iniciações de quem compreende os caminhos 21 a 26, resultando na união de Ajna e Qoph (29, 30) 31, a declaração do Novo Aeon e 32, a Manifestação do Novo Aeon. O Simbolismo da Mandala Um dos mais antigos métodos de simbolizar o ciclo dos Kalas é encontrado na Mandala, esta jóia visual, que embora desenhada em duas dimensões é na verdade de caráter tridimensional. Embora nem sempre desenhada, magos avançados podem formá-la mentalmente. Mandalas tendem a ser circulares em forma, focalizadas num ponto central. Normalmente são povoadas por imagens de Deuses, Deusas e Espíritos dos mais diversos e são símbolos do circuito psico-sexual. A mandalas mais antigas são encontradas nas escolas tântricas e delineiam os ensinamentos sexuais com simplicidade. Um exemplo clássico é encontrado no Shri-Yantra. O Shri-Yantra é baseado num triângulo invertido, no centro do qual há um ponto representando o Sêmen. O triângulo em si é a vulva. Está contido em um triângulo de apontado para cima, que representa o Falo. Novamente este é cercado por um triângulo apontado para baixo, que é cercado por um triângulo apontado para cima, até completarem-se nove triângulos no desenho, normalmente, sugerindo a interação da vulva e do falo no coito. A borda externa é coberta por imagens de lótus e outras flores para criar uma proteção em torno da atividade ali contida. A mandala das artes exemplificadas pelas figuras do Bon tibetano é normalmente criada de várias zonas. São ocupadas por Senhores do Submundo, esqueletos, demônios, cenas tétricas e amostras de cópula. Há muito em comum com as mandalas da adoração de Kali, que usam a representação do sexo e da morte para alcançar a catarse de Eros e Thanatos. A importância da mandala é ofato de que é uma máquina oculta, um aparato vivo que pode ser usado para trabalhar as várias facetas do circuito psico-sexual de essência. As formas da mandala podem variar de trabalho para trabalho...em trabalhos mais obscuros, as mandalas do Tibet e do culto de Kali podem ser usadas, enquanto trabalhos com os Antigos (estilo do Necronomicon) podem apresentar melhores resultados com Mandalas Trapezóides das tradições necromânticas germânicas. As mandalas são representações vivas do processo da magia, elas são bem sucedidas por sua mensagem afundar rapidamente no inconsciente, perdendo a maior parte do mediador consciente e alcançando seu objetivo sem impedimento. No ocidente, as mandalas sobrevivem na forma do círculo sagrado, do disco, do anel e até mesmo no Ouroborus Cósmico, que está sempre balançando sua própria cauda (Falo). Na prática, a mandala é de significância por trazer juntas as várias facetas de um dado ciclo e transmiti-las profundamente ao inconsciente. Ao contemplar um trabalho, crie uma mandala, antiga ou moderna, para sintetizar os trabalhos e então, usando técnicas meditativas, programe o inconsciente antes do trabalho, otimizando a qualidade e o poder do ritual. Conclusão Para concluir este capítulo, deixaremos você com um poema de um mestre do tantra moderno, Dadaji, de suas séries póstumas : "Na alquimia da yôga iluminadora, a servidão se rompe mas a alma sobrevive ao fogo. Neste caminho nós exterminamos obstruções e vemos o vazio do desejo mundano. Este é o caminho que você fez, não há volta, remorso ou lágrimas, mesmo se pesadas como a chuva, não mais têm significado agora e você deve encarar a semente plantada, renascida mais uma vez. Em beatitude e alegria de profunda 'possessão de si mesmo' (samadhi), ainda que nada procure, é apenas serenidade. Então virá a realização suprema, que você é uma alma e que sempre esteve livre." A NATUREZA DOS KALAS Introdução "Kalas. Tempo, essência, raio, divisão, dígito. Um termo usado no Tantra para denotar a essência ou fragrância do Suvasini. Em seu sentido de tempo, nossa palavra 'calendário' deriva de Kala, em seu sentido de essência ou vibração, nossa palavra 'cor'. Portanto, as flores da Deusa são seus Kalas." Outside the Circles of Time (Fora dos Círculos do Tempo) Kenneth Grant (Muller, 1980) O termo Kala é usado no vocabulário da magia sexual de duas maneiras distintas. Macrocosmicamente, os Kalas são as emanações de Kali-Ain na forma de Aeons e ciclos de evolução. Microcosmicamente, eles são as secreções produzidas pelos órgãos sexuais do macho e da fêmea durante rituais sexuais esotéricos (estes rituais podem ser 'solo' ou com parceiros de ambos os sexos). Estas secreções são as flores do organismo, tradicionalmente, o termo Suvasini ou Dama de Cheiro Doce tem sido usado para designar a Sacerdotisa dos Kalas. Contudo, este termo insinua preconceito para com Shakti ou a Sacerdotisa encontrado em derivados do Tantra na Índia. O Tantrismo verdadeiro é baseado no uso tanto das secreções masculinas quanto femininas, ambas produzindo os Kalas ou flores da essência. O termo Kala é encontrado em muitas culturas, de muitas formas, sua larga amplitude de significado insinua o poder esotérico de sua natureza. Na África e no Egito o termo Ka significava a Sacerdotisa iniciada, derivando disto o termo Khu, significando essência ou poder mágiko. Khu significando especificamente o alto, Qoph significando Magia Lunar e em inglês Q, onde o O é a abertura e o \ é o falo. A Natureza dos Kalas Os kalas são, em termos simples, as secreções sexuais do mago, macho e fêmea, destiladas durante os ritos de intenção tântrica. Estas secreções são raios ou flores emanando de Nox ou Matriz de Ain encontrada no Sahasrara chakra e fluindo através dos vários chakras manifestando-se através das genitálias. Esta energia dentro do corpo é conhecida como Ojas, contudo, quando manifesta através da saída genital é conhecida como Kalas ou flores da essência. Os Kalas são quatorze no não iniciado e dezesseis no iniciado, quando corretamente ativados. Na sexologia, quatorze destas secreções foram isoladas nos sumos vaginais e muitos nos fluidos masculinos, contudo, os outros dois ainda estão a serem descobertos. Os Kalas são a representação microcósmica de forças macrocósmicas da Árvore da Vida, cujos Kalas ou Caminhos e Sephiroth irradiam-se de Kali ou Ain. No tantrismo Kali é vista como aquela cuja natureza divide o tempo em Kalas ou vibrações, o fluxo e ref luxo do universo é portanto encontrado dentro bem como fora do organismo, todas as coisas sendo parte de um fluxo ou onda primal. Na mitologia primitiva, o pavão e o arco-íris eram vistos como imagens dos Kalas, as diversas variações de cor (cor sendo a forma de Kalas no português) representando as vibrações de Nox. Em alguns derivados tântricos, a fêmea era adorada como originadora das forças de Kali. Entretanto, o mito tântrico mais antigo e autoritivo, o baseado em cultos tártaros, afirma que os Kalas são encontrados em ambos os sexos e a Suvasini é a alta sacerdotisaque foi androginizada pelo uso dos fluidos sexuais ou Kalas. Tempo e Kalas O circuito psico-sexual representa o ciclo de Kalas, num círculo (360º) e mais 5 graus restantes representando os cinco dias negativos dentro de cada lua ou mês. Isto pode relacionar-se ao ciclo periódico de menstruação. É um segredo bem guardado que o macho também tem estes ciclos e que em combinação estes dois ciclos podem produzir imenso poder oculto. O período do ciclo Lunar de lua cheia até a nova era o ciclo da Lua Negra, o da lua nova para a cheia era o ciclo da Lua Brilhante. Estes eram divididos em quinze setores que se relacionam com o fluxo das forças lunares, os movimentos dos Kalas do espaço (Aeons) e o fluxo de secreções dentro do mago. O décimo quinto Kala é o tempo, portanto, é de localização atemporal, enquanto que o décimo sexto Kala é aquele que vai além do tempo, é o Kala de Nu e pode ser atribuído à própria Kali, sendo uma combinação de todos os quinze Kalas anteriores. O Décimo Sexto Kala "Eu sou a serpente enrolada a ponto e saltar, no meu enrolar há alegria. Se eu levanto minha cabeça, eu e Nuit somos uma. Se eu abaixo minha cabeça e atiro veneno, então há êxtase da terra, e eu e a terra somos uma. Há grande perigo em mim." Livro da Lei, II:26 O mistério do décimo sexto Kala é insinuado no verso acima do Grimório do Novo Aeon. Estes são dois aspectos do uso correto dos Kalas combinados no décimo sexto. O primeiro é Néctar, o segundo é Veneno. O Néctar é simbolizado por Aquário, que é a décima primeira casa do zodíaco e transmite as influências de Set ou Saturno. Representa o uso dos fluidos carregados por invocações e usos de formas de energia elevadiças. Isto cria uma porta através da qual comunicação e contato com seres de rincões mais elevados da árvore evolutiva é possível. O Veneno é simbolizado por Escorpião, a força da serpente, que é formado com o uso de evocações e fluxos de forças telúricas. Abre uma porta com os mundos dos Qlipphoth e forças dos elementais e atavismos dos rincões mais baixos dos ciclos evolutivos. Aquário representa os puros Kalas invocados e despertos nos períodos da Lua Brilhante, então produzidos são representados pelo signo de Aquário e as duas ondas, que sugerem os Kalas masculinos e femininos. Escorpião representa os Kalas negros evocados nos ciclos lunares escuros, então produzidos são representados por Escorpião, que simboliza a semente misturada. Estes podem ser produzidos pela combinação de qualquer sexo. A Magia polarizada marca o ciclo de luz, a apolar, o escuro, obviamente, as formas mais altas de trabalhos de Aquário devem ser heterossexuais, enquanto que as mais obscuras dos trabalhos de Escorpião, homossexuais. O arcano mais antigo dos mistérios afirma que tanto Aquário e Escorpião são formas da letra caldeu primitiva M e seus derivados mais recentes no Egípcio, Grego e Hebraico. A letra M representa as águas da vida e em sânscrito era conhecida como Emkara, que como uma letra simboliza o ciclo completo de manifestação, sustentação e dissolução. I.'. A.'. O.'. como uma Fórmula dos Kalas A fórmula IAO tão familiar para muitos estudantes de magia, tem também uma relevância especial em relação à natureza dos Kalas e insinua a divisão trina das formas de Kalas. I ou Yod é o Eremita do Tarot, sua é a semente solitária e é portanto atribuído a Virgem. A ou Apophis é a serpente ou Escorpião. Representa o grande ato sexual que, por desejo, é transformado na magia da luxúria. O ou Capricórnio é o poder de Ayin ou olho. É o último ciclo pelo qual a luxúria desperta os Kalas e cria o Veneno ou o Néctar. Escondidos dentro desta fórmula estão também os três estágios da Magia Sexual, mais uma vez estes foram esquematizados sob a guisa do Shaktismo e são portanto orientados para a Sacerdotisa, mas eles se aplicam igualmente a ambos os sexos. I como a Virgem, A como a prostituta enquanto O é a Deusa desperta. Crowley circundava esta fórmula adicionando a ela um F em cada ponta, para significar a letra grega Diggama, denotando o fato de que o sucesso nesta prática esotérica é apenas possível se começar e term inar com o Eu Verdadeiro (Tipheret). Isto também sugere que a natureza do Novo Aeon de Escorpião-Aquário liga Hórus e Set. As Três Classes de Kalas Em ensinamentos antigos a respeito dos Kalas encontramos uma distinção de três tipos. Isso reflete, em alguma extensão, a fórmula IAO em ação, apenas que na atribuição dos três graus do Livro da Lei, o Ermitão é visto como o andrógino ou Baphomet e portanto deve ser diferenciado do Eremita de Yod, a semente solitária. "Quem nos chamar de Thelemitas não estará errado, se ele olhar a palavra bem de perto. Pois ali há três graus : O Ermitão e o Amante e o Homem da Terra..." Livro da Lei, I:40 O número deste verso é 40 e relaciona-se a Mem (Escorpião-Aquário), o número do sangue e das secreções e portanto é a chave para seu entendimento. Os Kalas estão divididos em três grupos de cinco e são classificados como segue. Tamas Símbolo Alquímico : Sal O Homem da Terra representa a Lava Negra dos Qlipphoth, as emanações da serpente ou Veneno que é produzido sob a influência de Sol. Na fórmula IAO é o I, não como o início do processo mas como uma primeira manifestação do resultado. Rajas Símbolo Alquímico : Enxofre O Amante representa o Pó Vermelho ou fogo do vermelho-rubro. São as secreções Kalas que estão entre as secreções dos Qlipphoth e do Néctar. É atribuído ao A dentro do simbolismo de resultados, Apophis como Fogo. Sattva Símbolo Alquímico : Mercúrio O Eremita como Andrógino representa o puro vinho da Lua. A força de calmo e frio Néctar, portanto é atribuída ao Eremita Andrógino e ao O como Capricórnio. Estas três classes podem se aplicar para combinações de secreções masculinas e/ou femininas. As cores são simbólicas e na verdade representam as cores dos chakras dentro do processo e, secundariamente, segmentos do ciclo lunar. Este ciclo lunar como atribuído à fêmea forma parte de um ciclo maior de quinze que atinge seu clímax no décimo sexto, o verdadeiro poder do intercurso como visto em Tamas. Os primeiros dias menstruais são escuros e portanto são Tamas, o Rajas é o período de dois ou três dias depo is e Sattva é o néctar emanado no final do ciclo de retorno, isto é, períodos Negro e Brilhante da Lua. Um reverso deste ciclo é a escura emanação lunar de Tamas, onde o vinho lunar é de uma natureza mais escura e representa o Graal da Escuridão. Juntas, estas três divisões formam o Tribundu ou semente tripla de Shanti, Shakti e Shambdu ou Paz, Poder e Plenitude. Os Ensinamentos Esotéricos Kala-Chakra Estes são ensinamentos esotéricos a respeito dos chakras que devem ser considerados sob a luz de como entendemos os kalas e os ciclos lunares. Estas atribuições são baseadas no antigo arcano tântrico e portanto afastam muitos sistemas de atribuição modernos. O sistema é baseado na dualidade do Sol e da Lua, onde os planetas são atribuídos conforme esta dualidade. Portanto, as atribuições são as seguintes : "Pois ele é sempre um Sol, ela sempre uma Lua." Livro da Lei Ajna Mercúrio e Plutão Terceiro Olho e Cérebro Visuddha Júpiter e Saturno Língua e Garganta Anahata Lua Coração Manipura Sol Plexo Solar Svadhistana Vênus e Urano Ânus e esfíncter Muladhara Marte e Netuno Kanda e órgãos sexuais Acompanhando a atribuição acima está a associação esotérica glandular. O primeiro planeta é Solar, o segundo, Lunar. Então encontramos Mercúrio dominado pelo Sol e controlando a fala, pensamento e genialidade, enquanto Plutão é dominado pela Lua e controla a escuridão, silêncio e máscaras. Desta maneira se vêem os outros planetas. Além disto, podemos querer os planetas avaliados nos ciclos Lunar e Sazonal, e portanto criamos uma ligação entre os Kalas, Chakras e Planetas. Plutão é misterioso como a Lua Nova, Marte é quente como o Verão, Vênus, a 'estrela' do novo amor é como o Outono, Júpiter é como o Inverno, Netuno é como a Lua Crescente, Urano como a Lua Cheia, Saturno como a Lua Minguante e por aí vai. Além da informação esotérica dada acima podemos também examinar os três sub-chakras no organismo masculino e feminino, sendo e stes relacionados à fórmula IAO, após algum estudo e meditação em seu uso. Eles emanam do Muladahara chakra, têm localidades e cores atribuídas. Macho 1. Lótus Anal Carmim; Marrom com reflexos dourados 2. Lótus da Próstata Branco, Diamante. 3. Glande Púrpura, lilás e vermelho. Fêmea 1. Lótus Anal Carmim; marrom c/ reflexos dourados 2. Entre a Uretra e o cérvix uterino Laranja 3. Clitóris Verde Novamente, chegamos a um sistema de atribuição alternativo, sendo possível polarizar as Sephiroth nos chakras. Por exemplo, Binah e Chokmah podem trabalhar juntos no Ajna chakra, contudo, é igualmente possível criar uma correlação dos setes maiores e dos três sub-chakras com Malkuth, Yesod e Hod como os sub-chakras sexuais que se estendem do Muladhara até Netzach, Tiphereth como o genital, Geburah como o plexo solar, Chesed como o Coração, Chokmah como a garganta, Binah como Ajna e Kether como o Sahasra ra. Todas estas correspondências provêm algumas possibilidades interessantes, oferecendo uma avenida pronta para ser explorada pelo mago empreendedor. Tabelas de Kalas Nas páginas seguintes estão as tabelas de Kalas, delineando os quinze kalas básicos e o décimo sexto como sua síntese. A natureza destes pode ser conhecida de maneira mais avançada notando-se que são 16 + 16 e portanto formam uma completa Árvore da Vida e têm correspondências cabalísticas. As associações tradicionais em textos tântricos hindus antigos incluem nome, o chakra que governa aquele kala, divisão tripla e Nuitya ou designação hindu. OS KALAS Nome Chakra Astrologia Nuitya Máscara Ajna Plutão Nilapataka Ocultador Visuddha Saturno Vijaya Frio Anahata Lua Nuitya Controlador Svadhisthana Urano Sarvamanga Sedutora Muladhara Netuno Jvalamalini Limpo Ajna Ar Bherunda Molhado Visuddha Terra Nityaklinna Misturado --- Éter Citra Vagina Svadhisthana Água Vhagamalini Voluptuoso Muladhara Fogo Kameshvari Agitador Ajna Mercúrio Tvarita Dador Visuddha Júpiter Sivaduti Brilho Manipura Sol Kulasundari Amante Svadhisthana Vênus Vajreshvari Chama Muladhara Marte Vahivasini Tamas rege de Nilapakata a Nityaklinna Sattvas rege de Citra a Sivaduti Rajas rege de Kulasundari a Vahivasini KALAS E OS ELEMENTOS DE TAROT Nome Tarot Astrologia / Qabbalah Máscara Nil Kether / Chokmah Ocultador Diabo/Estrela/ Capricórnio/Aquário Universo Frio Sacerdotisa/Carro Câncer Controlador Nil Binah / Chesed Sedutora Nil Geburah / Tipheret Limpo Louco Nil Molhado Nil Yesod / Malkuth Misturado Nil Netzach / Hod Vagina Enforcado Nil Voluptuoso Aeon Nil Agitador Magus/Amantes/Ermitão Gêmeos / Virgem Dador Roda/Arte/Lua Sagitário / Peixes Brilho Sol / Luxúria/Emperatriz/ Leão Hierofante Amante Ajuste Touro / Libra Chama Torre/Morte/Emperatriz Escorpião / Áries Novamente, estas atribuições são feitas a partir dos planetas e seu governo astrológico, a partir destes um sistema de Tarot e Qabbalah pode ser desenvolvido. As modificações são deixadas para seu engenho pessoal. Os Kalas e o Tarot Entendemos os kalas formando-se a partir do esotérico e microcósmico fluxo e refluxo do universo, mas nos diversos estudos dos Kalas nunca foi esquematizada uma possível relação entre os Kalas e o Tarot. Antes, fizemos um estudo da interpretação tântrica dos caminhos como secreções, agora, na tabela da página anterior você pode ver a correlação entre os Kalas, Caminhos e o Tarot. Esta é uma lista experimental e está baseada nas atribuições planetárias tradicionais para os Kalas e seu governo astrológico, não foi oferecida aqui como uma solução final mas como uma possível correlação para os Kalas e a Árvore que se encaixa na informação disponível. A informação a respeito das atribuições é especificamente baseada nos dados astrológicos encontrados no grimório conhecido como Grimório Vinte e Sete. As primeiras coisas que podemos fazer com este sistema de atribuição é entender a natureza do sistema. Embora haja 32 potenciais dentro do sistema (os Kalas de ambos os sexos), suas naturezas também estão refletidas em cada organismo, sendo que cada série de 16 contém a chave para a informação de 32. Esquematiza-se isto da seguinte maneira. As cinco atribuições acima são Plutão, Netuno, Urano, Terra e Éter são as chaves para os arcanos e para as sefiras, cada uma regendo duas seções, isto é, Plutão rege Kether e Chokmah, Netuno rege Binah e Chesed, Urano, Geburah e Tipheret, Éter, Netzach e Hod, e Terra, Yesod e Malkuth. Cada uma cobre as possibilidades destas Sephiroth e arcanos menores nos quatro mundos (Paus, Espada, Ouros e Copas). Estas foram colocadas em conjunto com outras atribuições como códigos para manter estas revelações longe d os destreinados. Os naipes são atribuídos como Reis-Plutão, Rainhas-Netuno, Valetes-Urano e Terra-Cavaleiros (ou Princesas). O Éter não é atribuído a naipes. Utilizando-se de tal sistema de atribuição temos 10 kalas sobrando, sendo estes atribuídos como acima, os Kalas elementais governam as atribuições elementais : Ar-Louco, Água-Enforcado, Fogo-Aeon, os sete restantes provêm a chave para atribuirmos o resto do Tarot. Os sete planetas são atribuídos aos arcanos restantes, bem como a regência astrológica às 12 chaves do Tarot. Portanto, o sistema de atribuição é este esquematizado. A regência pode ser decifrada por um conhecimento elementar dos planetas e dos signos do zodíaco que eles regem, disponíveis em qualquer texto básico de astrologia. Ciclos dos Kalas Ao trazer estas atribuições em perspectiva, vamos examinar as ligações entre os Kalas e o Universo, nossos corpos e os Sistemas Estelares. Se aceitamos que Sirius é o nosso sol secreto, então devemos basear nosso entendimento no padrão de Sirius de sessenta batidas por minuto. Isto também pode ser aplicado nos ciclos respiratórios de acordo com a compreensão de que uma respiração completa deve levar quatro segundos (inalação e exalação). Num período de vinte minutos deveria haver 360 respirações, em vinte e quatro horas, 21.600 respirações. Se ligarmos isto com os 360 graus do zodíaco, encontramos 1.800 respirações para cada constelação e s essenta para cada grau para cada minuto. Resulta disto que quinze respirações, que se relacionam com os quinze kalas ou ciclos iguais a um grau do zodíaco. Encontramos então uma relação direta entre o homem e o Universo. Conclusão A Magia Sexual restaura no humano o ritmo da natureza e o movimento do universo, restaura seu corpo e sua mente para seus lugares corretos como veículos da manifestação do Eu e transmissores de Ojas de dimensões externas e internas. A Magia Sexual traz para o Mago a realização que ele ou ela é a ligação entre os Universos objetivo e subjetivo e que o Humano Superior não apenas forma um novo estágio na evolução humana, mas uma compreensão totalmente nova da vida. Este despertar era conhecido pelos antigos como "A Visão do Deus Pan"... ALQUIMIA SEXUAL : A MISSA DO ESPÍRITO SANTO Introdução Os segredos da Alquimia Sexual são baseados numa compreensão do uso das secreções do organismo dentro de uma forma específica de prática ritual. As práticas reais de Alquimia Sexual cobrem todo o espectro da Feitiçaria Tântrica, enquanto sua síntese é encontrada num único rito, a Missa do Espírito Santo. Este rito é a base da Eucaristia Tântrica e é a chave para a formação de missas mais avançadas tais como a Missa Gnóstica e a Missa dos Esquecidos. A Missa do Espírito Santo é uma exposição de um rito totalmente tântrico, combinando elementos da Alquimia, do mais físico ao mais espiritual. Está centrada no uso do Cálice sagrado no qual o vinho da vida é despejado, a oblação é então consumida, sendo a manifestação da pedra viva dos filósofos, a Pedra Filosofal, também conhecida como Amrita ou Orvalho da Imortalidade. O simbolismo da Missa tem sido sempre ensinado de uma maneira velada para proteger o rito de abuso. Os ritos usam a polaridade divina assumida dentro de uma situação ritual. Esta polaridade pode ser tanto numa técnica sexual Gamma ou Epsilon com considerações associadas (Formas de Deuses, etc.). A Missa do Espírito Santo ajunta as várias facetas da prática oculta para abrir uma porta para os poderes da transmutação, de acordo com isto deve ser bem estudada com Vontade e Luxúria. O Simbolismo da Missa Ilustrando o texto de Franz Hartmann "O Simbolismo Secreto dos Rosacruzes", encontramos a imagem da sereia do universo levantando-se no oceano cósmico. Este glifo é a Missa do Espírito Santo cifrada, seus seios sendo seguros em suas mãos e deles jorram duas correntes retornando ao mar. Estas, por sua vez, produzem duas correntes internas ao mar, que levantam a sereia. Hartmann dá a seguinte descrição da figura : "A figura representa o fundamento das coisas e do qual todas as coisas nascem. É um princípio dual da natureza, seus pais são o Sol e a Lua, produz água e vinho, ouro e prata, pelo Deus bendito. Se você torturar a águia, o leão se tornará delicado. A águia derrama lágrimas e o sangue vermelho do leão deve se encontrar e misturar-se com elas. A águia e o leão banham-se e amam-se mutuamente. Eles se tornarão como a Salamandra e tornam-se constantes no fogo." Pela descrição acima, vemos que Yod é o Leão Vermelho enquanto que He é a Águia Branca, aqui estão os dois pólos do rito que provém da Mãe Cósmica de Ain. O princípio ativo é o He, enquanto o passivo, nesta aplicação, é Yod. Aqui encontramos o reverso dos papéis cabalísticos tradicionais com o passivo sendo aplicado no papel superior. Esta interpretação é importante pois cria o segredo da Missa do Espírito Santo. Os papéis de macho e fêmea podem também ser aplicados aqui com a fêmea como Yod e o macho co mo He, contudo, estes devem, novamente, ser entendidos mais como papéis do que como tipos físicos rígidos. Na Alquimia tradicional o princípio de Yod é aplicado a Chokmah, como um papel passivo ou feminino. O título dado a este papel é "O Athanor", que é descrito no Anphiteatrum de Khunrat como "uma fornalha teosófica selada cabalísticamente." Enquanto que o princípio He é aplicado a Binah, num papel ativo e é conhecido como "A Cucurbita". É descrita por Khunrat como "uma vasilha circular e cristalina, de proporção ajustada para a qualidade de seu conteúdo". O Athanor e a Cucurbita formam os dois pólos da Missa do Espírito Santo, eles são diferenciações da Mãe Cósmica, que pode ser entendida como NOX ou Kali, com o potencial de Kether habitando em seu seio. Os Dois Produtos Do Athanor e da Cucurbita são produzidos dois eflúvios. Estes são usados em conjunto para criar o ouro líquido ou a Pedra Filosofal. Estes eflúvios são expelidos do Athanor e da Curcubita durante os ritos de Magia Sexual. Eles são o Sangue do Leão Vermelho e as Lágrimas da Águia Branca. O sangue que é expelido do Athanor é também conhecido como a "Serpente", por relacionar-se com o conceito hindu de Kundalini como força feminina. O Leão Vermelho é uma imagem peculiar relacionada à antiga deusa Sekhmet, q ue era a personificação do calor sexual. Enquanto que a Águia Branca relaciona-se ao fluxo de sêmen do princípio masculino. Estes dois fluidos contém os Kalas, quando combinados eles interagem formando uma nova substância. O foco do rito tântrico é estimular os kalas e dar impulso à secreção de dezesseis emanações ao invés das quatorze do não iniciado. Conforme discutido anteriormente, existem três formas de Kalas. Estas são formadas pelas variações na polaridade : magia apolar produz a Lava Negra, magia polarizada produz Néctar Frio, enquanto que a combinação de ambos produz o Pó Vermelho. Estas cores são simbólicas dos Kalas e não devem ser tomadas como a coloração física das secreções. A Fórmula IAO como Alquimia Sexual "Solve et Coagula." O processo completo da Missa do Espírito Santo pode ser entendido como o processo de 'Solve et Coagula' (dissolver e aglutinar). A primeira parte do rito é a combinação dos dois fluidos, isto é entendido em termos alquímicos como a corrupção das Lágrimas ou Glúten pela Serpente ou como o processo de Solve. A segunda parte do processo é a Fênix, que ascende desta corrupção através da morte ou absorção da serpente e cria o talismã ou Eucaristia como entendido em Coagula. Esta substância é então consumida ou usada num ato de consagração. As considerações físicas a respeito desta fórmula são também importantes, se um processo macho-fêmea está sendo usado, então a serpente (normalmente a mulher) corromperia as lágrimas em seu orifício vaginal. Se, entretanto, o objetivo é para trabalhos apolares então uma ênfase maior é dada na assunção astral de formas apolares visto que as combinações macho-fêmea tendem a enfatizar a polarização. A mesma consideração deve ser aplicada para trabalhos homossexuais sendo que sua tendência é criar Kalas apol ares (Lava Negra). Nestes trabalhos (com dois homens) a mistura da substância deve ser feita num Cálice consagrado ou com um dos participantes assumindo o papel do Leão, o outro o da Águia. Enquanto que com duas mulheres o orifício vaginal de um dos magos deve ser escolhido como Leão, o outro, da Águia. Não se pode subestimar quão importante é para todos os trabalhos de alquimia sexual a assunção de formas astrais. Os trabalhos astrais devem sempre ser considerados em combinação com a atividade física do sexo. A Magia Sexual combina a magia em todos os níveis portanto o processo físico não pode ser usado sozinho ou sem a execução adequada das facetas astrais e espirituais. IAO A fórmula IAO é um foco central para muito de nossa compreensão do processo da Magia Sexual. Quando corretamente entendida também forma uma chave central para a Missa do Espírito Santo. A fórmula IAO de acordo com o arcano do Novo Aeon é precedida e seguida pela letra grega Digamma (F), cujo som é extremamente similar à nossa letra V ou à letra hebraica Vav. Esta letra refere-se à imagem de Hórus. Quando aplicada no microcosmo é o Rebento da Vontade ou Eu Verdadeiro. A fórmula em si é aplicada como se se gue, precedida e seguida pelo Digamma da Vontade. F (V) Vontade Verdadeira I Virgem - A Semente Solitária A Escorpião - Paixão O Capricórnio - União F(V) Vontade Verdadeira A interpretação dada acima é baseada na fórmula como aplicada no processo usado na Missa do Espírito Santo. É também possível interpretá-la em termos relacionados ao indivíduo envolvido no processo de transformação pessoal através da Magia Sexual. Essa interpretação é a seguinte : F Eu Pueril - Latente (Não Desenvolvido) I Virgem - Virginal, não desflorado A Escorpião - Mago Sexual O Capricórnio - Andrógino F Eu Verdadeiro - Humano Superior Conclusões Os ritos tântricos como vistos na Missa do Espírito Santo são ritos de magia sexual usando a assunção de formas de Deuses para dentro do(s) mago(s) e a formação de um produto sexual através da mistura de Kalas repletos de secreções. Dependendo da maneira pela qual as formas de Deuses são assumidas (o grau de polarização) uma variedade de resultados podem ser condicionados de acordo com os três tipos de Kalas. Os aspectos mais importantes do processo são a sustentação do calor sexual e a assunção e fixação das formas de Deuses (God-forms). O elixir criado é tanto consumido como usado para carregar um Talismã ou item similar. Este Orvalho da Imortalidade criado da mistura de fluidos variará em poder na proporção direta do crescimento espiritual dos envolvidos e das contrapartes astrais do rito a respeito da preparação e procedimentos rituais. Exemplos de uma Missa do Espírito Santo completa são encontrados em f ormas ritualísticas tais como a Missa Gnóstica e a Missa dos Esquecidos. Neste ponto não oferecemos procedimentos estritos para a Missa, deixando-os para a própria experimentação dos magos. Apêndice Um : Sobre Simbolismo Alquímico Há algum debate na verdadeira interpretação do simbolismo da alquimia em relação ao processo tântrico. A interpretação dada é baseada nas tradições de Feitiçaria Sexual. O Athanor refere-se ao papel passivo ou feminino por denotar uma fornalha selada, que obviamente é uma vagina ou forma de orifício. A Curcubita ou vaso é um tubo ou suporte, que pode ser relacionado ao Falo. A Serpente e o Sangue do Leão tendem a ser relacionados ao princípio passivo por dois motivos : primeiro, a atribuição feminina da Kundalini ou a Serpente na prática tântrica hindu; segundo, a relação entre o fluxo menstrual e o sangue do Leão. O Glúten ou as Lágrimas podem ser ligadas à brancura do sêmen. Em alguns textos de alquimia o produto é dividido em dois estados, a Primeira Matéria e a Pedra Filosofal. Também seguimos esta distinção, sendo a Primeira Matéria a combinação de fluidos antes da ativação ritual final e a Pedra Filosofal ou Orvalho da Imortalidade sendo o produto final. Em alguns livros tais como "Sexualidade, Magia e Perversão" (Sexuality, Magic & Perversion), de Francis King (New England Library), embora contendo textos excelentes, é perpetuado o erro de que o Athanor é masculino e que o vaso é feminino. Isto pode refletir o sexismo de alguns escritos tântricos antigos, mas se usado com consistência interna ainda atingirá resultados, pois a prática é mais relevante do que a teoria acadêmica. Contudo, oferecemos esta consideração do simbolismo alquímico e tântrico para a sua referência. Apêndice Dois : O Santuário Soberano Astrum Argum e as Modernas Ordens Crowleyanas O Santuário Soberano Astrum Argum é uma ordem astral que focaliza seu trabalho na Magia Sexual. Pelo mundo afora, muitas ordens, grupos e indivíduos têm comunicação, de uma forma ou de outra, consciente ou inconsciente, com esta fonte. Acreditamos que não haja nenhuma manifestação física desta ordem e a reclamação solitária de tal poder deve ser considerada suspeita. Nossa visão é que Crowley deliberadamente jogou a OTO em confusão na sua morte, demandando que seus estudantes pusessem ambos pés no chão. Desde aquele momento muitos reclamarem o título, mas na mente do autor, declarações físicas de linhagem são totalmente irrelevantes. A importância está no resultado dos seus trabalhos, não na propriedade física de alguma forma de autoridade. Eu encontrei grupos seguindo o espírito da OTO sem nenhuma autoridade envolvida (num nível físico) e com ainda mais autoridade e spiritual do que qualquer das ordens 'aceitas'. Embora respeitemos aqueles que clamam 'prova histórica de linhagem', a opinião de nossa Ordem é "os conhecereis pelos vossos frutos" e que "para provar o bolo, só comendo". Se qualquer ordem ajuda-o a crescer, então ela é 'de linhagem' para você. A respeito dos materiais publicados aqui eles são o produto de anos de pesquisa dos trabalhos de nossa Ordem sob a orientação espiritual da Ordem astral "Astrum Argum". Nós reimprimimos vários trabalhos de referência neste texto. No espírito de compartilhar esta mensagem com aqueles procurando sabedoria. Não clamamos por qualquer ordem física ou tradições características, pois não sentimos necessidade. A experiência é o maior mestre. Tenho dito ! MAGIA SEXUAL DELINEADA Introdução "Todo homem deve aprender a dominar suas paixões absolutamente. A condição preliminar de sucesso é obter uma visão clara do assunto em cada detalhe, através de análise íntima e precisa. O primeiro passo é obviamente o medo a fascinação que a mais suave ilusão do assunto despertam no humano comum. É entretanto essencial para as pessoas adquirirem um domínio intelectual completo do assunto. Quando elas puderem contemplar qualquer idéia sobre o sexo sem emoção de qualquer tipo, elas estão bem no caminho para a liberdade. É meramente o mesmo princípio treinado por um estudante de medicina para observar operações e dissecar cadáveres sem chorar, desmaiar ou ficar com medo, etc. O cirurgião deve olhar seu paciente como um crítico de arte olha uma pintura ou como um advogado olha um processo. Quanto maior sua excitação, menos estreitamente ele poderá enxergar, tornando-se confuso e totalmente in útil para pronunciar uma opinião ou tomar a ação adequada. Isto pode soar trivial ainda que a maioria das pessoas não possam entender tal explicação acima - a mera menção do assunto joga-as num espasmo cego de luxúria, explodindo ou em Priapismo ou camuflado em indignação chocada." Six Articles on Drugs (Seis Artigos sobre Drogas) Aleister Crowley Concentração e desapego são as chaves para toda a Magia Sexual. Como colocado no exerto acima apenas um total exame objetivo da sexualidade permitirá ao Mago trilhar o caminho da Iluminação Tântrica. O sexo deve ser entendido como uma ferramenta de trabalho, que é, portanto, totalmente controlada pela Vontade e usada de acordo com os ditames da necessidade ao invés de devido aos espasmos da luxúria e do desejo. Claro, luxúria e desejo têm o seu lugar, mas eles são apenas de valor quando suas forças são desencadeadas e usadas num dado rito. Atividade sexual indiscrimi nada é um desperdício de energia e poder concentrado. Portanto, além de Concentração e Desapego, a maior lição é o controle. O impulso sexual deve ser tomado sob a dominação da Vontade e usado como um veículo para o alcance de estados superiores. Deve ser condicionado num estado onde possa ser ligado e desligado pelo comando da Vontade. Neste estado o mago está verdadeiramente no controle, ao invés de ser controlado por seu instinto corporal. As técnicas de magia sexual devem ser estudadas com diligência bem como com objetividade. Elas são complexas e envolvem os aspectos maiores do espectro humano da sexualidade e ainda, dentro de suas fronteiras, é a chave secreta para o sistema de desenvolvimento mágiko do Novo Aeon e para a manifestação do Humano Superior. xxxxxxA Estrutura de Graus do Tantra Tradicional A OTO foi a primeira ordem fora a Astrum Argum a aceitar a Lei de Thelema. Seus trabalhos eram primariamente maçônicos até o sexto grau com o Tantra esquematizado nos graus superiores. O título OTO era primariamente uma cifra, resumindo os mistérios do Novo Aeon de um maneira simples. O T era Teth, a serpente da Kundalini e Set, enquanto que os O's eram os olhos de Hórus e Set (HoorPaarKraat e RaHoorKhuit) conforme eles manifestavam-se com a dualidade da época presente. O T também relaciona-se à Torre co mo um cajado fálico e como a Torre de Maat, numericamente o título dá 149, ALIM CHIIM : os Deuses Vivos. Também se iguala ao quadrado de treze, a passagem pelo Abismo. Portanto, os títulos referem-se aos alcances de poder superiores onde o humano é transfigurado em estados superiores de ser. A OTO passou por diversas mudanças após a morte de Crowley, muitos dos ensinamentos perderam-se dentro da estrutura pseudo-maçônica que muitas ordens insistem em sustentar. Muito do Misticismo Sexual da ordem foi absorvido pelo Santuário Soberano da Astrum Argentum. O termo Astrum Argum significa "Estrela de Prata" e refere-se a Sirius, a alma de Ísis e representa o ponto de origem para os ensinamentos dos Mistérios e das correntes de energia da era presente. O sistema de graus da OTO esquematizou seu arcano tântrico através dos graus sétimo a décimo primeiro, sendo ensinados em nosso sistema representados pelas letras gregas de Alfa a Epsilon. Estes ensinamentos tântricos ainda têm a mesma relevância que eles tinham em tempos passados e oferecem um sistema válido de transmutação interna que leva o homem para novos estágios de evolução, onde ele se torna um dos "Deuses Vivos". Santuário Soberano Astrum Argum O Santuário Soberano Astrum Argentinum compreende os vários arcanos de Magia Sexual. Está dividido em cinco classes distintas, com algumas subclasses adicionais dentro de certos graus como Gamma e Epsilon. As técnicas de cada classificação devem ser estudadas e dominadas. As classes Alfa e Beta devem ser dominadas sucessivamente, enquanto que as classes Gamma, Delta e Epsilon podem ser trabalhadas concomitantemente. As subclasses extras de Dianismo e Qodosh devem ser trabalhadas em uníssono com as técnic as Gamma e Epsilon. Trabalho Pré-Alfa Antes de trabalhar as várias fases da tradição tântrica do Santuário, é imperativo ao mago chegar a uma experiência de desapego a respeito do ato sexual. É óbvio que todos os magos experimentarão as chacoalhadas do desejo e da luxúria, mas estas devem ser controladas e usadas de tal maneira que elas formem o veículo pelo qual a imaginação concentrada pode se projetar para a realidade. Os magos devem gastar algum tempo explorando as várias avenidas de experiência sexual disponível e desenvolver uma atitude objetiva em direção ao uso do organismo como a mais potente arma ou ferramenta mágika. O mago deve meditar na localização das ferramentas elementais dentro do corpo para atingir um estado tal quando o corpo físico em si mesmo é experienciado como templo vivo do Eu. Alfaísmo O grau Alfa de Magia Sexual é baseado nas técnicas de masturbação. Pode ser usado por ambos os sexos e está centrado no uso do orgasmo para programar certos desejos. Quando trabalhando com esta forma de magia é imperativo a prática da bilocação de consciência para que a concentração não se quebre no orgasmo, como ocorre com o sexo rotineiro, mas propalar a mente para os mundos psíquicos. As técnicas de prolongamento do orgasmo e aumento da voracidade do orgasmo devem também ser praticados neste grau. O uso da masturbação é ilimitado, alguns dos trabalhos tântricos mais comuns deste átrio são a Consagração de Talismãs, Encantamentos, ferramentas e afins, várias fórmulas de Controle Onírico, Magia Fetichista (Doll Magick) e Assunção de Formas de Deuses. Alguns exemplos incluem uma técnica de controle onírico onde a masturbação é usada antes de dormir mas sem se completar, para que um estado de sonho seja disparado num modo semi-consciente. Magia Fetichista, onde uma urna é usada como gerador para dar vida a desejos inconscientes e assunção de formas de Deuses onde o organismo estimula o corpo astral a tomar a forma de uma dada Sephirah, Deus ou entidade. As últimas técnicas, contudo, margeiam o Átrio Beta. Betaísmo O grau Beta da Magia Sexual é baseado no uso da masturbação com ênfase no controle do corpo astral. Após este controle tenha sido atingido o grau se expande para incluir a assunção de uma larga amplitude de formas de Deuses numa plena experiência de sua força. Esta experiência varia da possessão na qual demanda ao mago estar sempre em total controle do que está sendo experimentado. Outras variações deste átrio incluem a manipulação do corpo astral usando a força sexual para criar experiências de animais e insetos. Estas forças, que representam fases primevas da consciência pré-humana oferecem grandes possibilidades de desenvolvimento interno. Inclusos neste grau estão a habilidade especial de separar um segmento do corpo astral e experimentar congresso sexual com outras formas de vida, tanto como projeções internas, como separadas e reais, inteligências não humanas. Técnicas de Magia usando a masturbação estão neste grau de treino. Estas são alcançadas pelo uso de glóbulos, criados pela masturbação e pensamento focalizado, são programados para realizar certas tarefas. Estes glóbulos podem variar desde elementais artificiais até seres marcadamente reais (golem). Gamaísmo As técnicas Gamma são baseadas nos trabalhos de Magia polarizada, por assim dizer, ambos parceiros, de qualquer sexo, concordam em assumir formas de Deuses complementares por natureza (passivo e ativo). Embora trabalhos com o mesmo sexo com a assunção de formas de Deuses sejam bem sucedidos na maioria dos trabalhos Gamma, há algumas exceções tais como a encarnação de forças em forma física. Bons exemplos são achados no livro "Moonchild" de Aleister Crowley. Epsilonismo Devemos agora pular para os trabalhos Epsilon, sendo eles um reflexo direto dos do Gamma, embora estejam baseados em Magia apolar. Por assim dizer, cada parceiro deve assumir uma forma de um Deus, mas ambos do mesmo sexo. Esta forma de trabalho pode ser alcançada através de qualquer orientação sexual, contudo, muito do trabalho Epsilon é baseado na técnica que não produza criança astral e portanto a técnica homossexual é preferida. Quando trabalhando com a exploração dos Qlipphoth e do Universo B, os trabalhos Epsilon são mais adequados, provendo um dínamo de força apolar de grande magnitude que pode ser focalizado na direção do Kala/Túnel sendo usado. Gamma - Epsilon Há muitos trabalhos que podem ser adotados tanto em técnicas heterossexuais quanto homossexuais. Estes incluem a assunção de formas de Deuses para que ambos os parceiros tornem-se manifestações daquela força, comunicação com outras formas de vida além da humana (usando o campo sexual de energia como um triângulo de manifestação), a indução de estados alterados, o controle do tempo e a experiência de outras dimensões. A Eucaristia A Eucaristia é uma função primária dos graus Gamma e Epsilon. Sendo que ambos os sexos têm Kalas dentro de seus fluidos a possibilidade de sacramento por secreções é sempre possível. É de se notar que os sacramentos heterossexuais estão ligados ao Universo A (Árvore da Vida frontal), enquanto que os sacramentos homossexuais estão ligados ao Universo B (Árvore da Vida dorsal), embora uma forte assunção de formas de Deuses possa influenciar tais ocorrências. O sacramento pode ser usado num largo espectro d e rituais incluindo a cura, despertar da Kundalini e manifestação de forças na consciência através do sacramento como veículo. Dianismo Dianismo é uma técnica que pode ser usada tanto nos trabalhos Gamma quanto nos Epsilon. Envolve o congresso sexual sem a ejaculação. Este procedimento então pode ser usado para canalizar o Prana ou Ojas dos fluidos sexuais de volta pelos canais da coluna dorsal e inclui estados alterados. Tem também usos importantes dentro das técnicas de Kundalini do Arcano Delta. Tem grande potencial em relação a assunção de formas de Deuses onde o estado de êxtase sexual é prolongado e os efeitos da assunção são aguçados. Uma variação desta técnica é a projeção da sua própria Vontade Verdadeira em seu parceiro durante o Dianismo para que uma experiência desta natureza possa ser alcançada. Entretanto, isto só será bem sucedido após muito preparo. Qodosh Qodosh é a técnica de congresso sexual completo usando o prolongamento do orgasmo para manifestar os desejos da imaginação concentrada. esta técnica pode ser usada com sucesso por qualquer orientação sexual. Contudo, sendo a concentração um imperativo, a prioridade deve ser dada a um parceiro sexual com o qual você não está profundamente atraído, sexual ou emocionalmente. É claro que isso criará uma forma profunda de desapego que ajudará no sucesso dos trabalhos Qodosh. O uso primário desta fórmula inclui a manifestação de vários desejos na realidade. Deltaísmo Há uma larga amplitude de técnicas para despertar a Kundalini, incluindo concentração, drogas, choques, música, movimento e dança, emoção, êxtase religioso e técnicas sexuais. O grau Delta concerne-se com todos estes métodos menos o de choque e violência, pois tendem a ser contraprodutivos. As técnicas sexuais deste grau incluem variações de métodos tanto de Dianismo e Qodosh bem como Gamma e Epsilon. A ênfase neste grau é a ativação dos chakras e o despertar da Kundalini para que o organismo se transforme por completo num veículo adequado para o nascimento do Humano Superior. Trabalhos Específicos Aqui começamos a ver as possibilidades da Magia Sexual na prática. Conforme estudarmos os detalhes deste sistema sexual conseguiremos compreendê-lo mais ainda. É sempre importante perceber que a sexualidade é um aspecto do sistema, um aspecto importantíssimo, mas ainda assim, apenas um aspecto. Deve ser usado com moderação com as outras facetas do treino mágiko e oculto. Apenas com uma mente treinada e um corpo disciplinado a magia Sexual se provará bem sucedida. Se você apenas deseja sexo, não procure o Tantra. A magia sexual demanda controle e concentração e isto deve ser mantido claro na mente ao examinar-se as várias classes de rituais. Após a consideração destes graus poderemos pensar como eles podem se relacionar com os Kalas/Túneis/Caminhos da Árvore viva. Nas páginas seguintes ofereceremos tabelas de algumas possibilidades a se considerar. São tabelas cujas chaves trabalham melhor para se atingir resultados dos caminhos dados. Poderá se provar útil a aceitação da atribuição Gamma-frontal e Epsilon-dorsal para a Árvore como uma equação básica de trabalho. Seguindo estas tabelas iremos discutir as várias classes em detalhes com a elucidação das técnicnas e práticas. A seguinte tabulação é apenas uma pequena amostra das possibilidades, na realidade, ela apenas arranha a superfície. Outras possibilidades em reinos Qlipphóticos, etc. podem ser experimentadas de acordo com o engenho do mago. Acima de tudo o mago deve perceber que a Magia Sexual é uma arte empírica e portanto a experiência é o melhor professor. TABELA DO ARCANO TÂNTRICO DO SANTUÁRIO SOBERANO ALFA (SÉTIMO GRAU) Magia masturbatória, Consagração de Talismãs, Controle Onírico, Projeção Globular, Assunção de Formas Astrais de Deuses. BETA (OITAVO GRAU) Criação de Formas Astrais (elementais artificiais, golens, etc.), Assunção de Formas Astrais, Magia das Máscaras, Licantropia. GAMMA (NONO GRAU) Magia Polarizada, Criança Astral, Missas Ocultas, etc. DELTA (DÉCIMO GRAU) Despertar da Kundalini, Estimulação dos centros de energia (chakras). EPSILON (DÉCIMO PRIMEIRO GRAU) Magia Apolar, Magia Qlipphótica, intrusões em reinos de escuridão. GAMMA OU EPSILON (10º / 11º GRAUS) Estes trabalhos podem ser Projeções, Controle do Tempo, Assunção de Formas adaptadas para Gamma ou Epsilon, Comunicações com outras Formas de Vida Não Humanas, Estados Alterados, Conjurações Rituais, etc. EUCARISTIA (TODOS OS GRAUS) Uso de Eucaristia Sexual, cura, despertar da Kundalini e Missas Ocultas. DIANISMO E QODOSH Sexo Gamma/Epsilon não ejaculatório. Assunção de Formas de Deuses, Estimulação dos Chakras, Alquimia Interna, Disparo do Êxtase, Projeção da Imaginação. Uso do orgasmo como programador, Manifestação da Imaginação na Realidade. TRABALHOS ESPECÍFICOS Alfa - Sacerdote/Sacerdotisa Solitário Consagração dos 15 Kalas Materialização dos Kalas 13/ 18 e Rituais Talismânicos Beta - Sacerdote/isa por Sacerdote/isa Indução de Transe, Nutrição e Vigor (16º Kala), Ativando o corpo como veículo para os Kalas para a Eucaristia (14º kala) - Sacerdote/isa por Sacerdote (qualquer combinação) Êxtase/ Oráculo - Oral / Manual Magia com Máscaras e Atavismos (27º kala) Feitiços/Ilusões (29º kala ) Gamma - Criação, Intuição Polarizada - Eucaristia do 19º Kala Inspiração - Polarizada Após a preparação do 14º Kala Trabalho com o Universo B Polarizado Negativamente Delta - Solitário (manual) 24º Kala - Sacerdote/isa por Sacerdote/isa Despertar da Kundalini (arcano da Torre) - Apolar Arcano da Torre e do Aeon (oral) Epsilon Materialização do 26º kala, Invocação dos Qlipphoth (11º e 26º Kalas) e Túneis Individuais dos Qlipphoth A ÁRVORE DA VIDA COM AS CHAVES TÂNTRICAS Arcano do Tarot Descrição do Trabalho Grau Louco Induzir estado de êxtase. Alfa Glóbulos para exploração astral. Gamma Trabalhos com Ain. Delta Magus Controle dos Elementos. Epsilon Invocação da Vontade Verdadeira. Alfa/Beta Sacerdotisa Projeção além da Morte. Qodosh Visão de Kether (Hadit). Epsilon/Gamma Emperatriz Invocar Babalon e Therion. Delta Encarnação de Forças. Gamma Estrela Kalas induzidos como Frio e Limpo. Gamma Hierofante Invocação de Forças da Terra. Alfa/Delta Manifestação do desejo. Gamma Amantes Invocação de Hórus/Set. Epsilon Experiência de Set como a camada interna. Epsilon/Delta Carro Controle do Organismo. Alfa Luxúria Chave dos trabalhos Gamma/Epsilon Ermitão Experiência da Vontade Interna Alfa/Dianismo Roda Baixa Magia (ênfase em Qodosh). Ajuste Visões Kármicas. Todos graus Enforcado Exploração do inconsciente. Epsilon/Beta (oral) Inconsciente Qlipphótico - morte Epsilon - morte Exploração Qlipphótica. Epsilon apolar Arte Transmutação Interna. Delta Morte Qlipphoth. Epsilon Diabo Invocação da Vontade universal. Epsilon/ Delta/Gamma Visão de Pan. Dianismo/Qodosh Torre Despertar da Kundalini. Delta Emperador Controle das Paixões. Pré-Alfa Lua Forças Lunares. Gamma - fertilidade Feitiços, ilusões. Epsilon/Beta Sol Hórus, trabalhos leves. Gamma Disco solar negro e chamuscante. Exploração Qlipphótica. Epsilon Formas animais. Aeon Invocação da Corrente do Aeon Todos graus Universo Magia da Manifestação Todos graus ALFAÍSMO Introdução Alfa forma o primeiro grau da tradição tântrica do Santuário, sendo baseado no uso da masturbação para atingir uma ampla variedade de resultados. Para ser plenamente bem sucedido nesta série de técnicas, várias considerações devem ser trazidas à tona. Primeiro, em qualquer ato de Magia Masturbatória o orgasmo deve ser forte e portanto, se possível, prolongado. A ejaculação não é sinal de orgasmo forte, o estímulo deve ser prolongado através de uma masturbação contínua e controlada até que um estado semi-extático seja alcançado. Então o orgasmo pode ser usado para propelir a imagem concentrada no inconsciente. Segundo, em qualquer ato de Magia Alfa a concentração é de importância suprema. Uma imagem a ser usada em qualquer trabalho Alfa deve ser claramente visualizada na tela mental e fixada numa visão clara durante o orgasmo. Isto é imperativo para que se propague a imagem para as profundezas do inconsciente e irá requerer alguma prática. Terceiro, em qualquer ato de Magia Alfa o ato deve ser esquecido após completado. Isto parece incomum mas é importante pois permite à imagem aprofundar-se no inconsciente e alcançar sua programação. Apenas permitindo o sigilo do rito afundar lentamente nas profundezas pode o ritual funcionar, qualquer pensamento consciente sobre sua natureza irá claramente impedir o processo. O último estágio do processo é ilustrado num antigo conto alquímico onde, no estágio final de um processo alquímico maior, o mago disse a seu aprendiz "Não pense em Verde" e é claro, tudo que ele pensou foi verde e o experimento falhou. A chave aqui, mais uma vez, é permitir ao símbolo incubar-se no inconsciente e atingir sua tarefa sem interferência consciente. Preliminares do Trabalho Alfa Antes de embarcarmos no verdadeiro caminho da Magia Alfa sugerimos que o mago passe por exercícios preliminares para alcançar o sucesso nos trabalhos básicos da Magia Sexual Alfa. Os primeiros trabalhos devem ser para prolongar e aumentar a potência do orgasmo, isto deve ser praticado até que um forte estado de frenesi orgásmico possa ser induzido. Em muitos casos o celibato, por um curto período de tempo anterior ao trabalho, aumentará o potencial orgásmico. Os trabalhos seguintes devem ser baseados na fixação de uma imagem na mente durante o procedimento Alfa. Isto será dificultoso para muitos porque a mente pode tender a relacionar imagens de cunho sexual. A resposta aqui é praticar a manipulação associada com um símbolo não sexual para que o corpo acostume-se a trabalhar por si só. Também é possível combinar imagens sexuais com o procedimento, concentrando na imagem apenas no momento do orgasmo. Esta técnica tende a baixar o poder do rito, mas é um ótimo ponto de partida dentro das práticas Alfa. Após estas duas técnicas serem dominadas, o mago deve praticá-las em conjunto usando símbolos Geométricos e Cabalísticos básicos. Após certa medida de sucesso tenha sido conseguida, você então pode proceder com técnicas posteriores. Procedimentos Alfa para Viagem Espiritual Este procedimento pode ser usado com qualquer sigilo ou símbolo representando um dado Cminho, Kala, Sephiroth ou algo fora dos limites normais de consciência. O primeiro passo é tornar-se totalmente familiarizado com o símbolo : examine sua forma, tamanho, cor, todos os detalhes, visualizando-o cada vez mais claro na tela mental até que você possa vê-lo com precisão sem qualquer estímulo externo. Quando isto for atingido, você pode se preparar para o trabalho : queime um incenso apropriado, faça algum ti po de banimento e entre num estado de profundo relaxamento, traga a imagem para a mente e fixe-a claramente. Comece a masturbação, vagarosamente dirigindo-se a um estado de estímulo. Assegure-se que a imagem ainda esteja mantida claramente em foco enquanto você aumenta o estímulo, leve-o a um pico. No orgasmo você se vê atravessando o símbolo como um portal e inicia a exploração da realidade alternativa. Um vasta amplitude de símbolos podem ser usados neste processo incluindo : Tattwas, símbolos do I Ching, glifos astrológicos e elementais e por aí vai, até mesmo formas Geomânticas podem ser exploradas desta maneira. Consagração Usando Técnicas Alfa A consagração utilizando procedimentos Alfa é uma das mais poderosas. Pode ser usada com grande sucesso para carregar Talismãs, Sigilos e imagens. Novamente, nesta forma de trabalho, a imagem concentrada do sigilo usado, fixa na tela mental, é de longe o componente mais importante do processo. O primeiro estágio do procedimento da consagração Alfa é preparar seu espaço ritualístico de acordo com os procedimentos mágikos normais, isto é, banimentos, etc. entrando num estado de relaxação e tal. O mago deve então meditar no símbolo que irá ser usado na consagração, já purificado ritualísticamente. Se o item é uma ferramenta ritual, a meditação deve estar em seu papel e correspondência ocultos. Se for uma imagem talismânica, a meditação deve estar na sua ação ou seu simbolismo, dependendo do resultado desejado. Conforme começa a masturbação, o mago deve sentir a energia movendo-se pelos chakras a partir do Sahasrara, sendo que a cada chakra deve-se visualizar a imagem sendo usada com a cor de fundo correspondente ao chakra que se está trabalhando. Alacançando-se o chakra básico, uma sensação de orga smo por todo o corpo deve ser sentida até que um clímax seja conseguido e a imagem é sentida emanando para o item a ser consagrado através das secreções (deve-se ejacular ou verter a ejaculação sobre o objeto sendo consagrado). Um rito completo para este propósito é conhecido como "Criação de Vórtice pelo Alfaísmo" e está esquematizado no final deste capítulo. Controle Onírico através do Alfaísmo O estado de sonho é um continuum complexo da consciência que, na realidade, cobre uma amplitude de estados desde o Sushupti ou livre pensamento até aquele estado que reflete as atividades do corpo, conhecido como Jugrat. Swapna ou consciência onírica é um estado fronteiriço entre as possibilidades astrais e mentais. Este estado varia durante todo o período do sono, em algum estágio irá refletir as ocorrências do passadoe portanto reside em reinos mentais, enquanto que em outros períodos, a consciência va gará pelos reinos astrais, entrando em estados além das limitações mentais. Nas técnicas de Controle Onírico o mago aprende a dominar esta vibração no padrão do sono através das técnicas Alfa e usa a flutuação astral-mental para "Sonhar de Verdade" e influenciar sua experiência da realidade. O conceito de sonhar de verdade é encontrado em muitos dos grandes sistemas de magia moderna. Nos trabalhos de Dion Fortune, particularmente suas novelas, encontramos um sistema de sonho diurno controlado que influencia a experiência da realidade e a busca iniciática. Nos trabalhos de Austin Osman Spare, também encontramos um sistema de controle onírico, baseado no uso de sigilos e letras. No sistema tântrico de Controle Onírico usamos o período de transição entre a vigília e o sono e as técnicas Alfa para disparar um estado onde o mago pode moldar o sonho que ele experiencia e efetuar sua experiência de realidade via reprogramação da consciência. Esta técnica tende a ser mais efetiva do que "Sonho Criativo" de Dion Fortune, por permitir a influência do mago a trabalhar mais profundamente dentro dos reinos do inconsciente. A técnica de Controle Onírico é bem simples. Logo antes do sono, relaxe profundamente e permita-se cair num estado 'fronteiriço' de consciência (entre o sono inconsciente e a vigília). Neste estágio, masturbe-se até que um estado de excitação seja alcançado mas deixe-o amainar. Não atinja o orgasmo ou ejacule. Repita isto um número de vezes até que um estado fronteiriço de sono-excitação seja alcançado, então permita-se cair no sono. Neste estágio duas coisas podem acontecer : a primeira é que você pode entrar num estado de sono profundo e neste estado experimentará sonhos vívidos, a segunda é que você pode imediatamente começar a experimentar um estado de sonho vívido. Em qualquer destas ocorrências você deverá começar o segundo estágio da técnica de Controle Onírico. O segundo estágio desta técnica levará pouco tempo para se dominar e envolve um certo 'truque'. O mago deve ver-se no sonho e influenciar o modo como ocorre o sonho. Primeiro, o mago deve simplesmente explorar a experiência, mais tarde ele deve começar de verdade a modificar o que está ocorrendo. Após você começar a influenciar o sonho, você pode entrar neste estado com algum elemento de programação. Isto pode ser alcançado, durante o estado fronteiriço, pelo mago fixando em sua mente um símbolo ou cânti co silencioso de um mantra baseado no que ele deseja experienciar ou aprender. Permitindo estes programas afundarem no inconsciente ou entrar no estado de sonho é possível condicionar o ambiente resultante do sonho. Conforme sua eficiência nestes procedimentos aumentar você se achará apto a realizar trabalhos no estado de sonho. Usando sigilos e mantras você pode criar o sonho desejado e tomar uma variedade de atividades rituais em muitos níveis diferentes. Você pode até mesmo não se lembrar da experiência, mas simplesmente acordar com a sensação de que algum resultado foi ganho. Esta faceta do trabalho Alfa é muito importante e pode tomar muitos meses de prática antes de dominá-la. Sigilização "No geral parece que a maioria dos mantras são compostos de uma série de sílabas que perderam seu significado etimológico ou que nunca tiveram significado etimológico. Vasubandha diz em seu Bodhisattvabhumi que esta absoluta falta de significado é a real significância dos mantras. Um Sadhaka medita nestes mantras como algo absolutamente sem significado esta meditação constante irá gradualmente levá-lo a um estado mental onde lhe será muito fácil meditar sobre a natureza final dos Dharmas como absolutamen te sem significado. Esta falta de significado é a natureza vazia dos Dharmas e portanto a meditação dos mantras gradualmente levará um Sadhaka a perceber a natureza vazia dos Dharmas." Introduction to Tantrick Buddhism (Introdução ao Budismo Tântrico) S.B. Dasgupta No exerto acima vemos a natureza dos Mantras de uma perspectiva esotérica. Em sua essência, todas as coisas são vazias, então um mantra é uma frase sem sentido que é constantemente repetida. Isto afunda no inconsciente que, esperando apenas informação com significado, explora a frase ou palavra procurando algum sentido. O resultado final é a percepção de que não há significado algum, a não ser no estado de Ain ou Vazio. Quando trabalhando com técnicas práticas de sigilização isto deve ser mantido na mente, pois é a chave do sucesso do trabalho com sigilos. Se uma quantidade de informação com sentido é reduzida a combinações de letras sem significado, isto enganará o "Censor" da mente consciente mais baixa e adentrar o inconsciente e alcançar seu desejo sem ser molestada. O Censor é o aspecto da mente consciente que reduz toda informação para aspectos adequados ao preenchimento, e também, por causa de sua natureza, remo ve o significado programado de uma informação e arquiva apenas facetas inatas. Portanto, apenas (aparentemente) um mantra ou sigilo sem significado pode transmitir às regiões mais profundas do inconsciente um programa com sucesso. "A mente subconsciente é o depósito de todas imagens, todas idéias, todos conceitos. A comunicação com ela só é possível através de símbolos, e para fazê-los trafegar, uma linguagem simbólica é necessária. Os únicos símbolos efetivamente mágikos são aqueles carregados com a vitalidade peculiar do subconsciente. Sendo assim, o desejo deve ser formulado em termos simbólicos e projetado no submundo, também deve desviar-se do censor endopsíquico. Um desejo conscientemente formulado alcança sua satisfação gradualmente e é normalmente realizado quando o desejo cessou. Este tipo deve ser evitado como uma dissipação de tempo e energia, sendo que evidentemente não é uma perte essencial da Vontade Verdadeira ou 'son ho inerente'." Aleister Crowley e o Deus Oculto Kenneth Grant, Muller, 1978 É importante enfatizar o uso dos mantras sem qualquer significado, inato ou óbvio, para induzir estados de êxtase e experimentação do Vazio. É igualmente importante perceber que se um mantra tem um significado inato por trás da aparente falta de sentido, então uma programação do subconsciente pode ocorrer e desejos podem se manifestar alinhados com a Vontade Verdadeira (ao invés de estarem alinhados com os meandros da mente consciente). O procedimento para criar um sigilo para alcançar este propósito é simples e mesmo assim, trabalhoso. O primeiro estágio é escolher a frase específica do que você deseja atingir. Por exemplo, 'Eu quero a força de um tigre'. Então você junta tudo numa só seqüência para formar, neste caso, EUQUEROAFORÇADEUMTIGRE. A partir daí, as letras que se repetem devem ser removidas, resultando em EUQROAFÇDMTIG. Então estas letras podem ser usadas para formar um sigilo. O primeiro desenho pode resultar numa simples combinação de letras, enquanto que com mais refinação o resultado poderia ser um sigilo artístico que contenha a essência do sigilo sem a forma externa. Em seguida deve-se esquecer o significado do sigilo imediatamente após o procedimento ritual. O verdadeiro procedimento ritual para a Sigilização pode ser de duas formas, ativo ou passivo. A Forma Ativa é o uso do procedimento de consagração normal. A Forma Passiva é a da Magia de Controle Onírico. Em ambos procedimentos é imperativo deixar o sigilo no incosciente e fazer algum trabalho oculto posterior, esquecendo de seu desejo e deixando o programa fazer o seu trabalho. Será muito interessante se antes de colocar o sigilo em ação se fizer uma exploração de suas reações mentais ao sigilo e suas possibilidades através tanto do controle de sonhos ou viagem espiritual. Isto é algumas vezes uma experiência iluminadora e revela os motivos reais antes de que o tempo seja desperdiçado num desejo ou pedid o inadequado. Variações Há uma enorme amplitude de variações possíveis com estas técnicas Alfa, podendo ser exploradas pelo mago até que um espectro de técnicas particulares seja formado de acordo com as necessidades e habilidades pessoais. Algumas possibilidades interessantes são encontradas dentro do trabalho de Austin Osman Spare, embora seu sistema seja inteiramente pessoal e idiossincrático, uma de suas ofertas mais acessíveis é "Urn Magick" (Magia da Urna). A urna é usada para simbolizar o inconsciente e a similaridade entre esta e Urnas primitivas encontradas na África e no Egito que eram enterradas com os mortos não deve se perder. Estas urnas não eram simples presentes ao falecido mas símbolos do útero que incubava os desejos dos que haviam morrido. A verdadeira técnica da Urna é baseada em fixar o desejo claro na mente enquanto se impregna o sigilo com as secreções e os sela numa urna simbolizando o útero do inconsciente. Então é enterrada para representar a sua descida para as profundezas da psique e todos os pensamentos do processo são enterrados com ele. O programa então atinge sua finalidade da mesma maneira que a Sigilização descrita antes, mas com a ajuda adicional do ritual que os antigos usavam para concentrar suas energias e que muitos mag os ainda hoje acharão de grande valia. Outras variações incluem o uso do "sonhar de verdade" para curar e moldar a estrutura física do organismo. Em todos os aspectos de Magia Sexual é imperativo para o mago explorar as possibilidades disponíveis e se necessário, criar novas para si mesmo. Como a Magia Sexual é a arte e a ciência do corpo e como o corpo varia infinitamente, tanto as técnicas quanto as possibilidades variam infinitamente na mesma proporção. Conclusões Os procedimentos Alfa são baseados no fato de que o orgasmo pode ser usado como uma força impulsionadora para atingir uma variedade enorme de resultados. O corpo é usado como um mecanismo para criar um estado alterado pelo qual sigilos e símbolos são projetados nas profundezas do inconsciente. Evitar o censor através do uso de combinações incomuns e imagens sem sentido, sigilos e símbolos são semeados e crescem em direção aos resultados que desejamos. Os dois elementos aqui são a imaginação e o Orgasmo, ou nas imagens de Austin O. Spare, o Olho e a Mão. Sua interação cria a interação da Vontade e da Crença (paradigma) e através destes alinhamentos sagrados o processo da Magia Sexual é alcançado. Para terminar este capítulo oferecemos uma tradução da evocação usada por Austin Spare em seu Livro da Palavra Viva de Zos (Book of the Living Word of Zos), no qual ele delineia o processo da Sigilização. É dedicado a Rehctaw, a palavra 'Watcher' ao contrário, para sugerir a descida às regiões profundas do incosnciente ... a jornada retroativa além da mente consciente. Em português, traduzimos 'Watcher' como Sentinela, e sua inversão como Alenitnes. "Ó poderosos Alenitnes ! Tu que existe em tudo que é erógeno, Nós te evocamos ! Pelo poder dos significados surgindo destas formas que eu faço Nós te evocamos ! Pelos Talismãs que falam do motivo secreto do desejo Nós te evocamos ! Pelos sacrifícios, abstinências e avaliações que fazemos Nós te evocamos ! Pelos conceitos do sagrado intervalo Dê-nos a carne ! Pela Quadriga Sexualis, Dê-nos desejo invariável ! Pela conquista da fadiga, Pela mais sagrada palavra do Céu, Dê-nos ressurgência eterna ! Nós te invocamos !" RITUAL DE VÓRTICE ALFA Exigências : Sigilo do desejo, incenso solar, pequena chama. Pré-Requisitos : Meditação sobre o objetivo do ritual, realizar um banimento de algum tipo e tomar um banho de purificação antes do rito. O Rito O Alto(a) Sacerdote/isa entra no templo e realiza o Rubi Estrela ou alguma forma de banimento ritual (de preferência que não seja o Banimento Menor do Pentagrama da Golden Dawn ou porcaria equivalente) e sente-se dentro de um círculo de velas acesas. O sacerdote/isa encara o altar e afirma "Do what thou wilt shall be the whole of the Law". Os magos respondem "Love is the Law. Love under Will." O sacerdote/isa encara o altar e afirma "Quando todos os fantasmas tenham desaparecido, tu verás o fogo sem forma, aquele fogo que crepita e relampeja através das profundezas ocultas do Universo...Escuta tu a voz do Fogo." Seguem-se então Invocações dos Quatro Elementos, acompanhadas pelo desenho do pentagrama invertido em cada quadrante... ORO IBAH AOZPI Pelos nomes e letras do Grande Quadrângulo do Leste, eu vos invoco, espíritos da Torre de Vigília do Leste. MOR DIAL HECTEGA Pelos nomes e letras do Grande Quadrângulo do Norte, eu vos invoco, espíritos da Torre de Vigília do Norte. EMPEH ARSEL GAIOL Pelos nomes e letras do Grande Quadrângulo do Oeste, eu vos invoco, espíritos da Torre de Vigília do Oeste. OIP TEAA PIDOC Pelos nomes e letras do Grande Quadrângulo do Sul, eu vos invoco, espíritos da Torre de Vigília do Sul. O Alto(a) Sacerdote/isa retorna para o centro e encarando o altar, invoca os quatro nomes da Tábua da União : EXARP, BITOM, NANTA, HCOMA Pelos nomes e letras da Tábua da União, eu vos invoco, forças do fluxo e refluxo da vida e da morte. Segue-se então uma invocação de Hadit, que deve ser entendida como a essência de cada indivíduo ... "Sagrado És Tu, Senhor do Universo. Sagrado És Tu, Não formado pela Natureza. Sagrado És Tu, Vasto e Poderoso. Sagrado És Tu, Senhor da Luz e das Trevas." Segue-se uma benção quíntupla. O sacerdote/isa beija e então unge os cinco pontos dos Pés, Joelhos, Genitais, Peito e o Terceiro Olho de cada mago, dando um explicação de cada ponto como relacionado à Grande Obra. Pés - O Caminho Espiritual Joelhos - Devoção à Vontade Verdadeira Genitais -Uso correto dos instintos Peito(Coração) - Autoconhecimento Espiritual Terceiro Olho - Sabedoria Espiritual Após isto se completar, um mago escolhido dá o beijo quíntuplo no sacerdote/isa sem a explicação e lê o epílogo do Prólogo do Não-Nascido (Liber Liberi vel Lapidid Lazvli, Sub Figura VII) "À minha solidão vem O som duma flauta em bosquedos sombrios que assobram os maiores [ morros. Mesmo do rio bravio eles ensinam o limite da selvageria [ e eu contemplo Pan. As neves são eternas acima, acima - E seus perfumes sobem até as narinas das estrelas. Mas o que tenho eu a ver com isso ? Para mim na flauta distante, a visão estarrecedora de Pan. Em todos os lados Pan para o olho, para o ouvido... O perfume de Pan permeando, o seu sabor preenchendo [ absolutamente minha boca, fazendo a língua deslanchar numa [ fala bizarra e monstruosa. O abraço dele intneso em cada centro de dor e prazer. O sexto sentido interior incendeia-se com o Eu mais interno dele. Eu mesmo jogado no precipício do ser. Mesmo ao abismo, aniquilação, Um fim à solidão, bem como a tudo. PAN ! PAN ! IO PAN ! IO PAN ! Conforme começar a última frase da invocação, os magos e o sacerdote/isa cantam IO PAN num cântico contínuo, cada um começando uma dança espiral no sentido antihorário, girando cada vez mais rápido com o canto aumentando e diminuindo, cada um com sua mente focalizada na imagem talismânica sendo usada, os olhos fechados até que cheguem a um frenesi rodopiante e caiam ao chão. Todos se recuperam, o trabalho Alfa começa. Conforme ele começa, o sacerdote/isa faz a primeira invocação, sendo seguido pelos magos, repetindo-se o processo a cada linha. "Luxúria da minha alma, luxúria do meu anjo. Ó meu anjo Verta-te em minha alma. O olho, Daiomonos Folianates, meu Senhor, A luxúria do Bode, Meu Anjo, meu iniciador." Conforme o trabalho se desenvolve, a segunda invocação é realizada pelo mesmo processo : "Tu Bode exaltado sobre a Terra em luxúria Tu Serpente exaltada sobre a Terra em Vida Erga tu em mim, fluindo livremente Salte, tu me devoras. (Repita um número de vezes.) Tu me devora Salta Tu me devoras...." No clímax, a imagem do que se quer deve ser firmemente projetada nos fluidos da ejaculação em cima do Talismã com a seguinte invocação, cada mago repetindo ao atingir o próprio clímax. Tu me exaltastes Salta ! Isto ! Salta ! Vê, o estouro das sementes da imortalidade. Os magos e o sacerdote/isa devem dar-se as mãos num círculo, o Talismã deve então ser visualizado crescendo e espargindo-se pelos reinos astrais. É então queimado na chama, sendo sua tarefa visualizada como completada. Após ser fachado o círculo, o rito deve ser esquecido e o Talismã é deixado a realizar seu propósito. Notas Enquanto o Talismã estiver queimando, é uma boa idéia visualizá-lo como uma força viva e conforme ele queima todos movem suas mãos e em conjunto com sua respiração, cantam "ele cresce, ele respira". Também é possível usar um talismã de metal ou madeira e dá-lo à pessoa envolvida, se a pessoa é o objetivo do ritual. Contudo, isto tende a reduzir o efeito do rito pois o talismã astral tende a manifestar-se melhor sem a necessidade de um ponto de foco físico. O uso de percussão, música e o cântico IO PAN podem aumentar em muito o efeito do ritual. O termo Alto Sacerdote refere-se a ambos os sexos. BETAÍSMO Introdução Betaísmo é o segundo estágio dos ensinamentos tântricos do Santuário, sendo continuação do grau Alfa por ser de natureza masturbatória. Desta maneira, é imperativo ter dominado o grau Alfa antes de proceder mais profundamente no Santuário. O núcleo central das técnicas delineadas dentro do Arcano Beta é a habilidade de moldar o corpo astral através do orgasmo intensificado. O corpo astral, como um campo semifísico, eletromagnético, é influenciado tanto pelas atividades do organismo físico quanto do mental. Isto está ilustrado na mudança de sua forma, tamanho e cor de acordo com as variações na saúde e na emoção. Portanto, o uso da imaginação bem treinada e pensamento claro podem realizar mudanças no corpo astral e o uso da mente pode manip ular completamente e influenciar o corpo astral para atingir uma ampla variedade de resultados. Este processo de manipulação é dividido em três formas do Arcano Beta. Manipulação Interna Esta forma de Betaísmo é onde o corpo astral é manipulado para refletir uma forma Divina escolhida e para despertar energia de dentro do organismo. As técnicas usadas nesta fórmula incluem Assunção de Formas de Deuses auxiliada pela masturbação, Magia com Máscaras e em seus estágios avançados, Mutação da Forma (licantropia ou shapeshifting). Manipulação Externa Esta forma de Betaísmo é onde o corpo astral é manipulado de tal maneira que uma forma semi-separada é criada através do excesso de energia. esta forma então é usada tanto para "vagar por aí", como na Baixa Magia, ou personificar um Íncubo ou Súcubo para uma forma específica de Magia Sexual. Em muitas escolas de magia medievais esta técnica era estendida, podendo assim incluir várias formas astrais de sexo, onde o congresso era alcançado com um grande número de deuses, demônios, anjos e até mesmo persona gens históricos. Manipulação Externa-Interna Esta forma de Betaísmo combina ambas técnicas acima e é baseada na Lei de Correspondência e trabalha pela formação de uma forma semi-externa em relação direta com a "forma externa" que o mago deseja trabalhar. A forma astral semi-externa trabalha como um mediador e direciona a energia desejada para o organismo. Devido à delicada natureza deste trabalho, ele deve ser realizado com grande cuidado, podendo ser descrito como o sistema tântrico de invocação e evocação. Quando usada como uma forma de evocação, às vezes é combinada com uma máscara e forma de animal e até mesmo, sob circunstâncias especiais, Mutação de Forma. A partir daí podemos chegar a uma compreensão do mecanismo pelo qual opera este grau, agora vamos examinar os vários aspectos práticos destes teoremas. Assunção Sexual de Formas Divinas A assunção sexual de formas de deuses é uma técnica baseada no uso do orgasmo para moldar o corpo astral na forma do ser sendo invocado. Utiliza a técnica não sexual básica com algumas modificações, o importante nesta técnica é prolongar a masturbação e sentir o corpo astral tornando-se fluido, até que, no orgasmo, ele se transforme totalmente na forma do Deus invocado e se solidifica. Normalmente uma forma divina deste porte não precisa ser banida, produzindo na mente as associações que a forma divina p ode trazer consigo. Se um banimento for necessário, um Rubi Estrela normal ou equivalente irá atingir o fim desejado. A técnica em si é a seguinte. A preparação deve ser uso de incenso, algum tipo de banimento e invocações preliminares do Deus(a) envolvido. A Fórmula para Assunção Sexual de Formas Divinas 1. Fique em pé ou sente-se na posição do Deus(a) envolvido. Isto pode ser modificado para uma posição mais confortável, se necessário. 2. Vibre o nome do Deus(a). Assegure-se que você traga o nome para o corpo através das narinas e sinta-o movendo-se através do corpo pelos pulmões ao coração, então no plexo solar e assentando-se nos órgãos sexuais. 3. Visualize a forma divina. Fixe-a na tela mental enquanto inicia a atividade sexual, conforme o estímulo aumenta, sinta o corpo astral tornando-se mais e mais líquido. 4. No orgasmo. Sinta o organismo astral solidificar-se na forma divina escolhida, sinta o corpo inundar-se de luz e uma transformação da consciência afim com a forma envolvida. 5. Este processo pode ser feito de dois modos. A. Uma sensação da forma pode ser integrada à consciência e uma dada mudança na consciência será notada em relação direta à forma escolhida ou B. O processo pode ser levado até um estado de intoxicação pela forma seja atingido e oráculos surgem daí. Isto só deve ser realizado na companhia de outros magos e dentro dos confins de uma ambiente magikamente controlado. Formas Animais As formas animais são importantes em qualquer sistema de magia por representarem os vários estágios primitivosde consciência pré-humana. No Xamanismo tradicional elas são de grande uso e corretamente, pois elas são a fonte do qual muito poder flui para o que entendemos como "homem civilizado". O uso de formas animais é uma tradição complexa dentro da Magia Ocidental e como tal merece muito estudo. Envolve o uso de imagens de animais e formas de insetospara evocar energias Qlipphóticas e acessar as faceta s mais profundas do incosnciente pessoal e coletivo. Sendo que as formas animais representam estados pré-humanos de consciência seu despertar na "consciência racional" é normalmente dinâmico e poderoso, deve ser realizado apenas num 'espaço seguro' e é melhor trabalhado com um grupo de magos do que sozinho. Os procedimentos usados podem variar de uma técnica similar à assunção de forma divina até uma aproximação mais Xamânica ou Vodunista. Sentimos que uma combinação tanto de invocação quanto de possessão é a mais eficaz. Usando o procedimento de trabalho acima até que o estágio quatro tenha sido atingido com sucesso, quando o corpo é "travado" na forma animal, sinta a consciência daquele animal tomando o organismo. O estado resultante será uma manifestação do animal na consciência. Pode então seguir-se uma técnica para acelerar os efeitos da forma animal, baseada em tradições xamânicas. O mago deve ver-se dividido em dois aspectos distintos, podendo ser vistos como o intelecto e os instintos ou melhor ainda, como o caçador e o animal. Ele então deve correr ao redordo círculo como se perseguisse e possuísse um animal, ele, o caçador. Conforme a corrida chega a um clímax (e ele está perto da exaustão), ele deve jogar-se em frenesi e o caçador e o animal fundem-se tornam-se um. Neste estágio ele deve experienciar a plena força da forma animal sendo invocada. A importância da experiência de animais e insetos dentro de uma fórmula ritual é que eles são representativos dos estágios primários da evolução cósmica e podem ser percebidos e experienciados como um retorno do poder pessoal destes estágios. Quanto mais alto na escada da evolução esperamos chegar, mais baixo será o rincão do qual devemos chamar nosso poder. O Uso de Máscaras O uso de máscaras é uma faceta tradicional das mais primitivas formas de magia. Seu uso é portanto imperativo quando se trabalha com os níveis mais baixos de consciência pré-humana como exemplificado nas formas de animais e de insetos. Nos trabalhos de formas divinas as máscaras também podem ser de uso primário na sustentação da identificação pessoal com uma dada forma e numa fórmula ritual envolvendo um número de pessoas onde p número de formas assumidas demanda alguma maneira de aumentar a eficácia das imagens relacionadas. Em relação a formas animais as correspondências devem surgir pessoalmente, embora existam algumas associações como encontradas no Culto de Maat, entre outros. Estes estão especificamente relacionados com interpretações das imagens de animais totalmente dirigidas pela orientação de um tipo específico de trabalho. Além destes, associações pessoais são o único método válido. Por exemplo, a forma do Leão. Se usamos as associações cabalísticas tradicionais podemos colocá-lo em Tiphereth em relação ao signo de Leão. Mas ainda assim poderia ser atribuído ao signo de Leão por causa do calor sexual (como nas atribições do Antigo Egito) e portanto formando uma ligação com Sekhmet , colocada em Yesod. Totens Todas formas animais devem ser formadas através da experiência pessoal. A psicologia podem também nos dar algumas pistas interessantes sobre a razão por trás da constante reaparição de um animal dentro das visualizações. Estes animais são conhecidos como 'Totem' e tendem a ser externalizações de nossas fontes internas de poder. Eles devem ser explorados e aceitos como glifos pessoais, muito parecido com assumir um mote ou sigilo pessoal. Eles também podem ser fortalecidos e usados nas técnicas de manipul ação, aplicados especificamente no uso de Íncubos e Súcubos. Íncubos e Súcubos (Incubus et Sucubus) De acordo com a demonologia um íncubo é um pesadelo vivente que se alimenta de energias sexuais drenando a vida daqueles por quem se atrai. A variação do sexo foi levada em conta na variação do nome. De acordo com o Tantrismo moderno o íncubo (usamos este termos para se referir a ambos os sexos e ambos termos) é uma forma específica de ser astral formado através da energia sexual. Tem muitos usos e apenas torna-se um problema quando é permitida uma perda de controle. O íncubo é criado através da externalização de uma forma astral por um período extenso usando as técnicas Beta. Primeiro a forma é um organismo humano nebuloso sem sexo ou características distintas. Conforme é externalizado toma energia do organismo e assume forma distinta. O organismo pode também usá-lo para coletar energia e portanto o íncubo e o mago trabalham em união simbólica. Após a forma tenha sido externalizada pode então ser usada numa grande variedade de práticas mágikas. O primeiro estágio é moldar este ser numa forma que você deseja trabalhar, por exemplo, você pode querer atingir uma experiência de Hórus, portanto formando o ser numa forma com cabeça de falcão com a qual você pode realizar um intercurso sexual. Obviamente as variações do encontro são muitas e você poderia provavelmente dividir este arcano em subgraus se você quiser, isto é, Beta-Beta, Beta-Gamma, Beta- Delta, etc. de acordo com a forma de congresso utilizada. Estas técnicas podem ser aprofundadas e desenvolverem-se numa forma de trabalho pessoal usando uma variedade de cruzamentos entre Deuses, demônios, anjos e até mesmo personagens históricos para ilustrar a natureza dos trabalhos e atingir a experiência requerida. A origem desta técnica está provavelmente localizada no antigo Tantra da Tartária, enquanto que muito do seu desenvolvimento técnico é encontrado nos trabalhos de dois magos medievais, Vintras e Boullan. Em 1859, Vintras e Boullan encontraram a Sociedade para Reparo das Almas, uma descrição de suas técnicas delineia os procedimentos básicos como ensinados dentro de sua ordem interna, que era conhecida como a "Igreja de Carmel". "Documentos sobrevivem mostrando que Boullan e seus seguidores engajaram-se numa cópula com anjos, querubins, serafins e espíritos de figuras históricas como Cleópatra e Alexandre, o Grande. As técnicas usadas eram masturbação, com o operador fortemente imaginando que ele ou ela estava em coito com o anjo desejado ou o intercurso sexual espiritual e real no qual cada participante identificava o outro com o ser apropriado desencorporado." Sexualidade, Magia e Perversão (Sexuality, Magic e Perversion) de Francis King. O exerto acima delineia a técnica Beta básica para criar e usar uma forma astral externalizada. O segundo estrato desta técnica margeia as do Gammaísmo ou Epsilonismo em seu uso de parceiro sexual físico, mas que é abarcada no Arcano devido à sua interrelação com a técnica básica de projeção Beta. O caminho de trabalho sexual deve evoluir da experiência e um conhecimento do Tarot, Qabbalah e técnicas de jornada astral. A sua experiência será sempre intensamente pessoal e levará o mago a estados de êxtase e poder pessoal além dos confins dos caminhos de trabalho definidos. Baixa Magia Uma variação da técnica do íncubo permite o alcance das metas da baixa magia nos reinos físico, mental e espiritual através das técnicas delineadas acima. O mago pode criar um elemental artificial ou criatura que pode ser mandada realizar certas tarefas. Os limites desta técnica são encontrados no fato de que a criatura deve ser programada para se dissolver ao completar a tarefa e não se manter como um familiar contínuo. A única exceção aqui é onde o mago está completamente confiante em sua habilidade má gika para manter a criação sob total controle. Houve muitos casos na história do ocultismo onde um elemental artificial, criado e sustentado por meios sexuais, atingiu um grau de independência de seu criador devido à negligência ou excesso de confiança e então drenava a energia de seu criador e até mesmo atrapalhava seu trabalho oculto e vida diária. Portanto, a chave para criar um Familiar é total controle sobre a criação e programação repetida numa base regular, coordenada com a técnica Beta repetida para que o familiar seja mantido alinhado com os requerimentos do mago. A maioria dos elementais artificiais ou familiares são programados para se dissolverem de volta ao corpo astral tanto ao alcançarem o êxito em sua missão quanto após determinado período de tempo. Este é de longe o melhor método a menos que o mago tenha uma razão específica para des ejar um familiar de maior duração. Magia com Bonecos Uma técnica interessante para a criação de um familiar é baseada no uso de um boneco. Varia desde a técnica do Vodu tão popular nas histórias de terror de segunda categoria, no qual o boneco não é usado como um símbolo da pessoa que você deseja influenciar mas como uma extensão tangível do corpo astral do mago. Pode estar relacionado à idéia do duende ou manequim. O boneco é criado para representar um familiar que o mago deseja usar, é impregnado com os fluidos vitais numa sucessão de ritos e a cada orga smo o corpo astral é sentido como se estendendo e envolvendo o molde do boneco numa 'forma viva' refletindo o mago. Um aspecto importante deste trabalho é que o boneco é usado como um canal de influência pelo qual o mago pode influenciar a realidade e explorar os reinos astrais. Não se deve operar de maneira oposta, pois se cair nas mãos erradas pode ser facilmente desconectado, se programado corretamente e, se a ligação foi programada erroneamente, então poderá ser usado para influenciar o próprio mago ! O fator importante, portanto, é a criação do boneco como uma conexão externalizada do corpo astral, não um aspecto interno do organismo astral. Os usos destes bonecos são ilimitados, no nível físico pode ser facilmente usado para atingir uma ampla variedade de tarefas afins às de um elemental artificial ou familiar. Contudo, as mesmas considerações dadas para um elemental duradouro também se aplicam ao Boneco Familiar. Nos planos astrais pode ser usado para explorar os vários mundos, como uma forma astra l extremamente poderosa moldada para refletir tanto o totem pessoal do mago ou um certo Deus ou força animal. É uma excelente forma pela qual o mago pode conscientemente explorar os vários mundos e dimensões. Conclusões Dentro de todo o trabalho tomado no Arcano Beta a importância está na habilidade de usar o estímulo sexual para transformar a aparência do organismo astral para refletir os requerimentos do mago. Pode apenas ser alcançado com sucesso se a imagem do Deus, animal, inseto ou o que seja, fique fixa claramente na tela mental e por um período prolongado de tempo durante o ritual Beta. Não há limite para as variações dentro do Arcano, nem em seu potencial. Esta técnica oferece uma larga amplitude de possibilida des de baixa magia bem como oferece potencial para experienciar as várias Sephiroth, Caminhos, mundos, dimensões e por aí vai, de uma maneira direta e dinâmica através do fórmula de congresso sexual do íncubo. GAMAÍSMO Introdução Gamaísmo é o grau de Magia Sexual baseado no arcano da polarização. Por assim dizer, todos os trabalhos dentro deste grau devem estar focalizados na força de Binah e Chokmah (ativo e passivo) como representantes dos dois pólos do Universo. Este grau não é, necessariamente, heterossexual, embora formas divinas masculina e feminina devem ser assumidas em todas suas formas ritualísticas. A única exceção para isto é encontrada na criação da criança Planetária, onde os ritos heterossexuais são a única alterna tiva viável, pelo menos no presente. A polarização dentro deste grau é baseada nos arquétipos de Therion e Babalon, estas duas forças simbolizando o balanço dinâmico de Força e Forma dentro do Cosmos vivente para que o balanço destas forças possa ser manifesto dentro dos magos do ritual. As Naturezas de Therion e Babalon "Ele é sempre um sol e ela uma lua." Livro da Lei I:16 "Eu, a Besta 666 sou chamado para mostrar esta adoração e enviá-la pelo mundo. Pela minha mulher que recebe e transmite minha palavra e meu ser solares, neste trabalho é alcançado." Trabalho Djeridensis (Djeridensis Working) A Natureza de Therion A natureza de Therion é encontrada na sua atribuição a Chokmah e Netuno. Ele é o senhor do inconsciente e no macrocosmo, o submundo. Ele guarda o Abismo como Netuno olha sobre o mar e governa com o Tridente de Noventa e Três (as Supernais). Ele é uma força selvagem e descontrolada e é conhecido como a "Esfinge". Ele portanto tem as chaves para o mistério da palavra quádrupla : Saber, Ousar, Fazer e Calar. Sua força é primeriamente solar e é irradiada para os mundos mais baixos através de Tiphereth. Seu n úmero é 666, abarcando o processo do homem (6) tornando-se, em todos aspectos (3 números 6), Deus (3). A Natureza de Babalon Babalon é o complemento de Therion, ela é atribuída a Binah e Saturno e é a Deusa do corpo da matéria e forma. Ela é forma, corpo e lei e é conhecida como a Rainha Vitoriosa. Seu número é 56, o Portão do Sol. A combinação destas formas são vistas nas imagens do Antigo Egito do culto Draconiano. Os desertos de Set formam o ambiente, os ventos da morte varrem as areias formando um cenário mutante para iniciação. Nas paragens distantes está a Esfinge de Therion, simbolizando o poder eterno de força e energia, atrás da Esfinge, a luz espectral do submundo ergue-se brilhando dos túneis que se esgueiram por entre as areias. Mais ao longe, bem à direita, estão as pirâmides de Babalon, um epitáfio aos poderes da maté ria e forma. Juntos eles energizam o deserto no qual estão as onze torres solitárias das Sephiroth e sob as quais os Túneis de Set viram-se e torcem-se. Num cenário ritual estas formas podem ser assumidas para que o congresso resultante crie um vórtice similar em natureza a Daath. Este vórtice pode ser então programado de acordo com o desejo do mago. O vórtice mais forte será formado por ritos heterossexuais, sendo que estes têm a vantagem de já serem polarizados, contudo, mais uma vez, a assunção de formas divinas pode sobrepor-se a qualquer obstáculo. Trabalhos práticos usando estas formas podem ser divididos em duas classes : religioso e mágiko. 1. Religioso Os trabalhos religiosos são ilustrados por tais rituais como a Missa Gnóstica e celebram os vários aspectos da mensagem de Thelema. Usa as formas divinas de Babalon e Therion duma maneira semi-devocional além da energização de fluidos sexuaiscomo usados na Eucaristia Tântrica. 2. Mágiko Os usos mágikos deste arcano incluem assunção de formas divinas, indução de estados alterados de consciência, consagração, criança planetária, alquimia interna e a destilação do Sacramento. Esta última técnica engloba tanto a aplicação religiosa quanto mágika do arcano Gamma. Dianismo Dianismo é a classe específica de Magia Sexual que pode ser aplicada tanto para os graus Gamma quanto Epsilon dos Mistérios. Seu uso primário na magia é encontrado na indução de estados alterados de níveis superiores bem como nos benefícios adicionais a respeito da alquimia interna. A este respeito, esbarra em algo dos trabalhos Delta. A técnica geral usada dentro deste arcano do Dianismo é conhecida como "Karezza", que é o congresso sexual sem ejaculação. Esta técnica, quando corretamente usada, dispara um estado estendido de êxtase. Este estado criado pelo orgasmo sexual ocorrendo dentro do corpo durante o estímulo sexual prolongado sem ejaculação. A técnica também pode ser usada em certos cenários iniciáticos como exemplificado no que se chama de "hiper-eroticismo" ou "Lucidez por Eroto-comatose" (um esquema completo é encontrado em nossos comentários sobre 'De Art Magica'). Um sumário básico da técnica é a total exaustão do organismo de toda perspectiva sexual até que um estado profundo de transe extático intervenha. Em técnicas normais de Dianismo o Karezza não é levado a este extremo. Há muitos usos benéficos do dianismo, o primeiro sendo uma habilidade para manifestar uma amplitude de estados alterados, que permitem a exploração das dimensões espirituais. Outros usos incluem sigilização e baixa magia. Outro uso importante da técnica do dianismo é a conjunção com a técnica de controle onírico Alfa. Esta técnica permite o uso de Karezza para condicionar o estado de sono resultante e criar uma onda inundante de Vontade e imaginação em direção à mudança da realidade rotineira. A Técnica de Controle dos Sonhos Alfa-Dianismo 1. Pratique o Karezza até que um estado de sono intervenha. Isto pode se estender a uma forma de hiper-eroticismo, se requerido. 2. Num estado de sonho tenha o congresso sexual com uma figura de sombras que de alguma maneira tenha relação com o desejo com o qual concerne o processo, no orgasmo em sonho o sigilo ou selo do desejo deve ser visto como "um sonho dentro de um sonho". 3. Ou despertando, o sigilo ou selo é destruído e o desejo é aceito como preenchido. Uma técnica de Magia de Urna pode também ser usada como uma alternativa para destruir o selo. Qodosh Na ordem tântrica da GBG este grau (também chamado de Qedash) era simplesmente relacionado ao Gamma ou nono grau tântrico da OTO. Contudo, quando examinamos os trabalhos reais do grau no sistema da GBG (como descrito no trabalho de Culling), descobrimos que o grau concerne primariamente com o que podemos chamar de "Controle da Realidade" ao invés de simples prática sexual Gamma. O grau de Qodosh representa o topo das técnicas de controle onírico e baixa magia, seus procedimento afins com aqueles das técnicas Dianismo-Alfa já descritas acima. Estas, na prática, devem na verdade ser classificadas como uma técnica Qodosh, embora elas usem a fórmula do Dianismo. As técnicas práticas deste grau são as várias técnicas de baixa magia dos arcanos Alfa e Beta, reforçadas pelo Dianismo e pela ejaculação no sigilo melhorada após um longo período de Karezza, sendo o sigilo jogado no submund o. Quando corretamente usada, esta técnica trará a habilidade de moldar a realidade ao nosso redor, alinhando-se com o poder da Vontade Verdadeira. Assunção de Formas Divinas A assunção de formas divinas dentro do arcano Gamma é uma extensão natural do que foi delineado no arcano Beta, salvo que nesta técnica ambos os parceiros polarizam as formas divinas, para que uma complemente a outra e o poder da forma flua entre os dois operadores. A natureza das formas assumidas devem ser plenamente investigadas antes de serem atribuídas para trabalhos Gamma ou Epsilon, pois há infinitas variações na atribuição e associação. A chave para a interpretação é que formas polarizadas trabalh am para complementar uma a outra e portanto tendem a ter papéis opostos dentro de um procedimento (Nuit e Hadit). Enquanto que formas apolares tendem a ter papéis idênticos como no caso de Hórus e Set ou Harpócrates. Acima de tudo, a adaptação e atribuição pessoais são o mais importante e exceções e variações são sempre possíveis. Crianças Planetárias O conceito da criação de uma forma artificial de acordo com os meios ocultos tem estado entre nós por muitos séculos. É encontrado nos textos hebraicos antigos sobre magia e em muitos grimórios medievais. Sua forma mais desenvolvida e prática é "De Homuncula Epistola" publicado como um documento do nono grau da OTO em 1914. Antes de descrevermos e discutirmos o documento, deve ficar claro a atitude em relação aos documentos da OTO e de Aleister Crowley. Não clamamos qualquer propriedade ou direitos autorais sobre estes documentos, eles foram deixados por Crowley para o mundo inteiro e embora pareçam haver argumentos constantes dentro da OTO sobre a quem realmente pertencem os documentos, o consenso geral é de que seja com a "OTO de Aleister Crowley" também conhecida como Califado da OTO. Oferecemos estes documentos com noss os comentários para referência e pesquisa, imprimimos eles com o mesmo espírito daqueles que oferecem comentários de "textos religiosos" de outras tradições espirituais tais como a Bíblia, o Corão ou o que seja, mas com uma análise mais científica e analítica. A definição de um Homúnculo dada neste documento é : "Um ser vivo em forma lembrando um homem e possuindo aquelas qualidades de um homem que o distinguem das bestas, nomeadas intelecto e poder de comunicação. Mas não criado nem nascido da maneira da geração humana nem habitado por uma alma humana." No arcano tântrico moderno a técnica para riar um Homúnculo tem sido ensinada sob a guisa de crianças lunares, este título baseado no livro 'Moonchild' (criança da lua), de Crowley. Delineia uma técnica para encarnar uma força lunar num veículo físico sob a guisa de ficção. Esta técnica, é claro, pode ser estendida para toda a variedade de forças planetárias, elementais e interdimensionais. O conceito de encarnação de uma forma não humana é baseado na crença do ocultismo de que o feto é vazio de qualquer alma durante os primeiros três meses de gestação e só após este período é que atrai uma "alma" ou em termos budistas, o feto desenvolve-se e interage com os fatores kármicos que reformulam um semblante do eu. Portanto, é possível, antes deste período, pelo processo da invocação ritual, estimulação sensória e tal, atrair determinada força para a esfera do feto e alcançar a encarnação da força com sucesso. O verdadeiro processo para atingir este resultado é dividido em nove seções distintas e é delineado n a "De Homuncula Epistola", a qual passamos na íntegra. De Homuncula Epistola I. Tome uma mulher adequada, desejosa de ajudá-lo no trabalho. Explique a ela todas as precauções a serem tomadas e o modo de vida necessário. Deixe seu horóscopo, se possível, adequado à natureza do Homúnculo proposto, para ter um espírito de benevolência encarnado, deixe Júpiter estar ascendendo em Peixes com bons aspectos com o Sol, Vênus e Lua e nenhuma disposição contrária notável, tanto quanto possível. II. Tome agora um homem adequado, se conveniente, você mesmo ou algum outro irmão da Gnosis, tanto quanto possível, deixe seu horóscopo também harmonioso com a natureza do trabalho. III. Deixe o homem e a mulher copularem continuamente (mas especialmente em momentos astrológicos favoráveis ao seu trabalho) e duma maneira cerimonial num templo preparado, cuja decoração e arranjo específicos também são adequados ao trabalho. E deixe-os ardentemente e constantemente prepararem o sucesso de seu trabalho, negando todos os outros desejos. Então prossiga até que resulte gravidez. IV. Agora deixe a mulher ser retirada e levada para um local preparado. E este local deve ser um grande deserto, onde raras almas humanas vagueiem procurando encarnar. Depois desenhe um grande círculo e consagrado à esfera do trabalho e a fórmula de banimento das Sephiroth e especialmente de Kether deve ser feita frequentemente, de cinco a sete vezes ao dia. Nunca deixe a mulher sair do grande círculo. Faça com que a mente da mulher seja reforçada para resistir a todas impressões, exceto as do espírito desejado. Qeuime o incenso deste espírito continuamente. Deixe apenas suas cores serem vistas e apenas suas formas aparecem, sendo isto tão forte que deve estar em tudo. Depois deixe-o ser invocado constantemente e sinceramente num templo dedicado, a mulher sendo colocada num grande triângulo enquanto tu formas o círculo, realizando a evocação adequada para aparição material. E faça isto duas vezes todos os dias, uma enquanto está desperta e outra quando estiver adormecida. V. E deixe o encontro ser um banquete de recepção ao espírito. Portanto, deve-se omitir os banimentos. VI. E durante o resto da gravidez deixe haver Carga ao Espírito (assim o período total do trabalho é como se fosse uma expansão em termos, como se fosse da Fórmula e Arte da Evocação) desta maneira. Deixe a mulher ser constantemente educada pelas palavras e pelos livros e pelas figuras de uma natureza consoante, para que todas as causas trabalhem em conjunto para a defesa e sustentação do espírito e para seu verdadeiro desenvolvimento. VII. E deixe o parto ser retardado ou avançado, tanto quanto possível, para assegurar um signo adequado para a criança tal como requerido. VIII. Tendo a criança nascido deve ser dedicada, purificada e consagrada, de acordo com as fórmulas do planeta, elemento ou signo encarnado. IX. Agora então tu tens um ser de perfeita forma humana, com todos poderes e privilégios de um humano mas com a essência de uma força particular escolhida e com todo o conhecimento e poder de sua esfera e este ser é tua criação e dependente, para ele, tu és Deus e Senhor, e ele deve serví-lo. Logo, o todo daquela parte da natureza de onde não pertence é seu domínio e tu és Magister Octinomous. A seguinte afirmação está na finalização do procedimento nônuplo para criar um Homúnculo, deve ser bem considerado. "Esteja atento irmão adepto e escolha bem teu objeto e não poupe dor e labor no início de tua operação; pois para ter milho de tão sutil semente é uma grande coisa uma primeira vez, alcançá-lo duas vezes, foi a máscara de uma energia primal tão maravilhosa, que duvidamos se houve um homem nascido em dez vezes dez mil anos que tenha tal poder fantástico." SACRAMENTOS SEXUAIS Introdução Um sacramento sexual é a combinação de secreções produzidas durante um ato de contato sexual, normalmente combinando dois sistemas sexuais, Mas não necessariamente. É coletado no pico da paixão sexual e usado em atos de consagração e magia, mas mais frequentemente, numa Eucaristia sexual. A natureza única do sacramento é encontrada na sua posse dos trinta e dois Kalas originados nos participantes iniciados. Uma descrição da antiguidade de seu uso é encontrada no 'Panarion' de Epiphanus, que afirma : "... após eles terem intercurso na paixão da fornicação eles ergue sua própria blasfêmia ao céu. A mulher e o homem pegam o fluido da emissão do homem em suas mãos, eles ficam de pé, levantam as mãos ao céu trazendo ao pai da natureza de tudo, aquilo que eles têm em suas mãos e dizem 'nós oferecemos este presente, o corpo de Cristo' e eles o comem." A descrição acima certamente captura o uso gnóstico do sacramento sexual por volta do tempo da escola de Mistérios Essênia. Nas escolas tântricas do oriente e do ocidente o uso iniciático do sacramento sexual é uma importante faceta dos ensinamentos secretos. A tradição tântrica do Santuário abarca estes mistérios e ensina-os sob a guisa de "A Eucaristia". O uso da Eucaristia pode ser dividido em duas fases, religiosa e ritualística. 1. Uso Ritual da Eucaristia Incluem-se cura, consagração e outras práticas ocultas. 2. Uso Religioso da Eucaristia Está baseado na manifestação das forças universais através dos participantes para seus Kalas ativados que são emitidos nos magos sexuais. Este uso é visto na Missa Gnóstica e outras missas usadas e muitas ordens tântricas modernas. Estes ritos são extremamente poderosos e manifestam forças de outras dimensões diretamente na experiência dos magos envolvidos na Missa. Consumindo o Sacramento Sexual É interessante notar a reação dos magos ocidentais em relação ao consumo de secreções sexuais dentro de uma situação ritual. No livro 'Sexual Occultism' de John Mumford, ele explica a razão para esta reação nos seguintes termos : "... qualquer repugnância em relação ao sexo oral entre os ocidentais é devida à confusão disseminada sobre as diferenças entre excreções corporais (produtos eliminados não mais necessários) e secreções sexuais (fluidos ricos em nutrientes)." É imperativo para o mago vir a entender a natureza das secreções sexuais, elas não são apenas ricas em nutrientes (portanto o seu uso em certos ritos de cura) mas são um veículo para a manifestação dos Kalas, através dos quais formas de natureza parafísica materializam-se e podem ser usadas. Sendo que o consumo da Eucaristia é o aspecto central de várias missas tântricas, a repugnância sentida em relação ao consumo de fluidos sexuais deve ser resolvida e substituída com uma atitude saudável diante do cor po e seeus produtos. A Fórmula da Eucaristia A Eucaristia como exemplificada na Missa Gnóstica é baseada na fórmula de 0=2, algumas outras eucaristias, tais como a da Missa de Maat, são baseadas em fórmulas variantes. Contudo, todos ritos Eucarísticos do presente Aeon são baseados no princípio da dualidade, as forças de Ain estando manifestas dentro das fontes sexuais duais dentro de um rito (de qualquer combinação sexual). Pode qualquer número de pessoas dentro do ritual, geralmente os dois formam a combinação central Sacerdote / Sacerdotisa dentr o de qualquer missa. A função chave do ritual é a invocação de Formas Divinas no Sacerdote e Sacerdotisa, a estimulação ritual dos centros sexuais, o orgasmo extático, a coleta de secreções e seu uso duma maneira Eucarística. Os fluidos são coletados pelo Sacerdote/isa e então passados aos outros magos representando "a Manifestação" das forças invocadas. No Tantrismo Gnóstico este sacramento era conhecido como o "Corpo de Cristo", o pão e vinho sendo símbolos das duas fontes de Kalas, sêmen e fluidos vaginais. Formas de Amrita Amrita poderia ser melhor definido como "A Ambrósia Psico-Sexual" e é a secreção com Kalas ativados. Pode ser dividido numa variedade de formas diferentes. O meio tradicional de verificar a natureza dos Kalas e do Amrita é baseado na divisão tripla dos Kalas como delineado antes : Tamas, Rajas e Sattva. Estes correspondem às definições de Lava Negra (Sal); Veneno (Sacramento Qlipphótico), Pó Vermelho (Enxofre); Combinado e Mercúrio; Frio e Calmo. Esta três classes de Amrita podem também relacionar-se com nossas tabelas de várias formas de magia sexual, como ilustrado abaixo. Gamma de Gamma Frio Puro e Néctar Calmo Epsilon de Gamma Pó Vermelho Gamma de Epsilon Pó Vermelho Epsilon de Epsilon Lava Negra Sendo o Pó Vermelho uma classificação transicional, é possível subdividí-lo em duas subclassificações posteriores, como segue : Epsilon de Gamma Pó Vermelho - Ênfase no Veneno Gamma de Epsilon Pó Vermelho - Ênfase no Néctar A partir dos dados acima as diferentes formas de sacramento podem ser averiguadas, como se notará, os sacramentos puramente heterossexuais e homossexuais são os extremos com variações baseadas no poder das Formas Divinas assumidas. Coletando Amrita Há uma grande variedade de maneiras de coletar Amrita. Uma das variações óbvias está na natureza do sacramento. Obviamente, num rito heterossexual os fluidos podem ser coletados através do orifício vaginal após a penetração, enquanto que, num rito homossexual, os fluidos devem ser ejaculados diretamente num cálice ou vasilha de coleta. Em alguns casos um método oral direto pode ser usado, em outros casos os fluidos são coletados e então consumidos. O último método é encontrado em muitas escolas tântricas onde os fluidos eram coletados com um cálice (de formato um pouco como uma molheira) ou uma folha e então, após a benção, usado na Eucaristia. Uma ilustração importante de uma variação da Eucaristia Tântrica é encontrada no que é conhecido como "O Sacramento de Nu", em termos comuns, é posição 'meia-nove' (69). O Sacramento de Nu "Quando Satã deita-se com uma bruxa na forma de um homem, ele toma para si o corpo de alguém que foi enforcado." Discours Sorciers (Discurso de Feitiçaria), 1590. "Malditos seja o homem que se faz terra e a mulher, céu." Maomé "Invoque-me sob as estrelas." Livro da Lei I:57 "Acima, o precioso azul celeste é o esplendor nu de Nuit, ela se curva em êxtase para beijar os ardores secretos de Hadit." Livro da Lei I:14 O primeiro exerto ilustra a natureza esotérica do Sacramento ou posição de Nu. Em textos esotéricos tradicionais a posição era ilustrada sob o glifo do Enforcado invertido no sono de Siloam. Nesta posição ele estava de ponta cabeça, o que sugeria o segredo interno da posição 'meia-nove'. No Livro da Lei o Sacramento torna-se óbvio pelas várias referências descritivas às interações de Nuit e Hadit. Tanto faz que o sacramento seja heterossexual ou homossexual, os parceiros estão em posição para que os fluidos sexuais sejam consumidos direto do genitais um do outro. Nesta forma de magia não é necessária a penetração. Na magia polarizada este procedimento normalmente gera um estado andrógino dentro de cada mago e dispara um balanceamento dos campos de energia para que cada mago reflita a androginia de Pan. Enquanto um sacramento apolar tende a disparar um campo de energia de poder enorme que pode ser usado com sucesso para ingressar em outras dimensões. Uma variação desta última fórmula é encontrada na imagem da Torre do Tarot. Esta fórmula de sexo oral vê um homem no papel fálicoe o outro participante (macho ou fêmea ) é o papel passivo, no orgasmo o espasmo do falo pode ser usado para entrar no inconsciente, muito similar a do Sacramento de Nu. Pode também ser usado em combinação com técnicas Delta para a estimulação da Kundalini. Apêndice : Exposição da Posição de Nu Ao discutir-se a fórmula de Nu, é interessante notar as várias exposições da prática thelêmica. Uma das mais completas delineações é encontrada no Livro das Mentiras, de Crowley, este texto foi escrito como uma coleção de criptogramas contendo vários mistérios Cabalísticos, Herméticos e Thelêmicos. Contudo, o capítulo sessenta e nove tem um nível obviamente profundo de interpretação baseada no Tantrismo. A interpretação acompanhando este capítulo é claramente baseada no uso hermético do hexagrama mas uma dica de possível interpretação sexual também está presente e óbvia à observação. Colocamos o capítulo abaixo como uma brilhante exposição do Sacramento de Nu. O LIVRO DAS MENTIRAS Capítulo 69 O caminho do sucesso - e a maneira de chupar ovos ! Este é o hexagrama sagrado, Mergulhe das alturas, Ó homem e engate-se com homem ! Mergulhe das alturas, Ó homem e engate-se com a besta ! O Triângulo Vermelho é a língua descendente da graça. O Triângulo Azul é a língua ascendente do prazer. Esta troca, o dom du´plo das línguas, a palavra de duplo poder - ABRAHADABRA - é o signo da GRANDE OBRA para que a GRANDE OBRA seja completada no Silêncio. E atrás está a palavra igual Cheth, que é Câncer, cujo sigilo é Este trabalho também se come, atinge seu próprio fim, nutre o trabalhador, Não deixa semente e é perfeito em si mesmo. Pequenas crianças, amem-se. Comentário Sessenta e Dois A chave para entender este capítulo é dada no número e no título, o primeiro sendo inteligível para todas as nações que empregam figuras arábicas, o segundo apenas para experts em decifrar o inglês. O capítulo alude ao desenho de Levi do Hexagrama e é uma crítica dele, ou seu melhoramento. É o hexagrama comum, o hexagrama da natureza, o triângulo azul está de pé como fogo e o azul está de ponta cabeça como água. No Hexagrama mágiko isto é invertido, o triângulo descendente é o de Hórus, um signo especificamente revelado por ele pessoalmente, no Equinócio dos Deuses (é a chama descendo sobre o altar e envolvendo a oferenda queimada). O triângulo azul representa a aspiração, sendo que o azul é a cor da devoção, e o triângulo, cineticamente considerado, é o símbolo da força dirigida. Nos três primeiros versos a formação do hexagrama é explicada, sendo um símbolo da separação mútua do Sagrado Anjo Guardião e seu cli ente. Na conjunção é indicada a consumação do trabalho. O verso quatro explica em linguagem suavemente diferente o que dissemos acima e a imagem escrita das línguas é introduzida. No verso cinco, o simbolismo das línguas é desenvolvido. ABRAHADABRA é um exemplo primal de uma palavra criptográfica. Assumimos que o leitor tenha estudado suficientemente esta palavra no Liber D, etc.O sigilo de Câncer liga este simbolismo com o número do capítulo. Os versos restantes continuam o simbolismo Gálico. DELTAÍSMO Introdução "Eu serpente secreta enroscada a ponto de saltar; no meu enroscar há alegria, Se levanto meu coração, eu e minha Nuit somos um. Se eu abaixo minha cabeça, eu lanço veneno, então há êxtasena terra e eu e a terra somos um." Livro da Lei II:26 O arcano Delta é baseado nas várias técnicas da Magia Tântrica de Kundalini, estas técnicassão a síntese de ambas fontes ocidental e oriental. No oriente a relação entre magia sexual e a Kundalini é íntima e óbvia como esquematizada dentro dos Tantras. Contudo, no ocidente as chaves para a Magia da Kundalini têm sido escondidas sob a guisa de simbolismo Alquímico e de Tarot e portanto a conexão tem sido conhecida apenas pelos magos. O grau Delta delineia as técnicas para o despertar da Kundalini e discut e a relação entre estas e o fluxo de Kalas e Amrita na forma de Veneno e Néctar. Esta conexão é claramente sugerida no verso do exerto acima. As Dez Facetas do Despertar da Kundalini Quando examinanos as várias técnicas do despertar da Kundalini (incluindo a purificação e estimulação dos Chakras), descobrimos que pode ser dividida em dez aspectos. Estes dez aspectos devem ser dominados individualmente como facetas do treainamento dos magos dentro do arcano Delta. Estas dez facetas podem ser sumarizadas como segue : 1. Concentração Total 2. Drogas e enteógenos 3. Paradigmas Alternativos 4. Músika (música & mágika) 5. Dança 6. Técnica Sexual 7. Estados Extáticos 8. Estados Impessoais de Êxtase 9. Frenesi Religioso 10. Entusiasmo Dissolúvel Embora estas dez técnicas possam ser bem sucedidas isoladas, a qualidade do estado de consciência resultante deve ser considerada bem como as demandas de procedimentos usados num estado isolado. O grau Delta da Magia da Kundalini deve integrar todos estes aspectos numa variedade de técnicas mágikas. A Magia Sexual, quando aplicada à ativação da Kundalini, abre uma porta ampla para a exploração pessoal, sendo impossível de cobrir todos os métodos potenciais facilmente. Portanto, esquematizaremos os vários requisitos do grau e uma seleção de técnicas possíveis e deixaremos a exploração para o próprio mago. Embora todos aspectos do grau devem ser dominados, as facetas da Magia da Kundalini, especialmente em seus aspectos extremos, oferecem um amplo espectro de possibilidades para formar uma adaptação altamente individual e pessoal dos trabalhos dentro do grau Delta. As Dez Facetas do Despertar da Kundalini na Prática 1. Na prática, a faceta da concentração total é a chave para trabalhar todas as outras facetas do grau Delta. Apenas centrando a mente e concentrando suas energias podem as várias forças internas das chakras serem manipuladas de acordo com as várias práticas da Magia da Kundalini. É portanto imperativo para o mago aumentar tanto sua Vontade e imaginação antes de embarcar na jornada do arcano Delta. 2. O uso de drogas, isto é, substâncias, naturais ou artificiais, que provoquem estados alterados de consciência é tradicional como parte do arcano da Kundalini. Nas antigas escolas várias formas de alteradores da mente eram usados para que fossem induzidos estados de consciência alterada. Embora estas técnicas fossem usadas com muito sucesso, falta a muitos magos modernos o antecedente cultural para usar estas substâncias de acordo ao seu natureza correta, e embora sendo parte do arcano, seu uso só deve se efetivar se o mago tiver total controle. Controle total significa um pleno conhecimento de seu uso e reações, perigos, etc. e experimentação cuidadosa (certamente não o vício). 3. Paradigmas alternativos formam um sistema de Raja ou Yôga mental baseada na Qabbalah que dispara estados da Kundalini através do controle da mente através do uso de programação mental. O mago acha pelo estudo de vários sistemas cabalísticos de correspondência uma situação que surge onde a mente está programada pelos vários esquemas de informação contraditórios. Esta programação dispara uma reação mental onde a mente é levada até a submissão, sob o controle do Eu Interníssimo e uma reação da Kundalini é disparada no processo. Este sistema ocidental é afim ao da Raja Yôga. Alguns exemplos mais avançados deste sistema são encontrados em estruturas teóricas mais complexas da Teosofia e da Qaballah onde a teoria torna-se uma Yôga dentro se si mesma. 4. e 5. O uso de Música e Dança na Magia da Kundalini pode ser examinada nas várias escolas tradicionais dos Sufis e dos Dervixes. Ambas usam som repetitivo, como percussão junto à dança para que um estado superior de estimulação corporal possa ser alcançado e a energia circular através do sistema. Alguns aspectos deste sistema, especialmente a respeito da técnica de dança dervixe, manipulava o fluxo da Kundalini através do organismo físico duma maneira afim à HatHa Yôga no oriente. 6. As técnicas sexuais da magia da Kundalini cobrem um amplo espectro de possibilidades, podendo usar todas da dez facetasda ativação da Kundalinibem com um número de variações sexuais. 7. Estados extáticos formam uma parte integral do arcano Delta, podendo ser induzidos através de uma variedade ampla de métodos incluindo aqueles sugeridos em facetas anteriores. A importância destes estados está no fato de que eles induzem à purificação dos chakras e na direção correta, a manipulação do fluxo Ojas e a ativação da força da Kundalini. 8. e 9. As formas como esses estados podem variar de acordo com os meios usados, por exemplo, por via religiosa (devoção ou Bhakti), através da meditação impessoal, através da absorção em um ideal, etc. 10. Meditações Kali ou dissolutivas formam uma das facetas esotéricas não apenas no grau Delta mas do Tantrismo em geral. Elas oferecem uma nova apreciação da morte e do uso de Thanatos (o impulso entrópico) como uma ferramenta de inciação. Extremos de estados de êxtase incluem tais possibilidades como dor controlada e trabalhos de prazer, asceticismo, hedonismo extremo, 'body piercing' e modificações físicas, etc. Todas estas são consideradas como possibilidades válidas tanto quanto os trabalhos excessivos do grau são mantidos na mente sempre controlados pela Vontade. Obssessões por esta fórmulas podem causar desastre para o mago. Mantendo estas dez facetas em mente oferecemos as seguintes técnicas para os trabalhos Delta, cada um podendo ser moldado de acordo com o conhecimento, experiências e preferências pessoais. Alquimia Interna A prática da Alquimia Interna é encontrada nas escolas de Magia da Kundalini tanto tântricas como não tântricas. As preliminares desta prática incluem trabalhos como o Mudra Khechari. Nesta prática a língua é parcialmente inclinada para trás em direção à garganta, alcançando mais fundo com a prática e repetição da técnica. Finalmente alcança a região da faringe nasal atrás e acima do palato e produz um efeito marcante reportando uma variedade de estímulos ao cérebro e induzindo um estado de purificação c hákrica e um gradual despertar da Kundalini. Os mecanismos deste mudra são a língua como representação do Pênis; a faringe nasal, o Orifício (vaginal ou anal) e a carne moldada na forma de um U do palato, o clitóris. Estas representações criam uma estimulação semi-sexual das forças da Kundalini e representam a técnica autosexual preliminar do arcano Delta. A partir disto um mago pode praticar as várias facetas da Alquimia Interna que são baseadas na bilocação de Ojas dos fluidos sexuais e seu redirecionamento através dos chakras em direção oa Sahas rara Chakra. Estes procedimentos podem ser realizados por dois meios distintos. O método mais tradicional é baseado no uso de uma técnica de Karezza masturbatório ou Karezza Gamma/Epsilon, onde os fluidos, embora estimulados, não são ejaculados mas o Ojas é redirecionado através dos Chakras. Esta é a Via Seca. Uma prática moderna é usar a ejaculação mas no orgasmo bilocar o fluxo de sêmen e redirecionar o Ojas através dos Chakras, os fluidos sexuais físicos deixados para trás após esta atividade não devem ser usados por sua falta de elementos de Ojas e portanto são excrementos em natureza apenas. A Torre A Torre é uma fórmula de sexo oral baseada no arcano Delta, a Torre pode ser entendida tanto como a coluna dorsal como o falo. Portanto, é um procedimento de base masculina. Conforme a estimulação seja aplicada ao falo (Torre), cuja letra é Pe ou a boca, o orgasmo resultante deve ser relacionado ao despertar das energias da Kundalini subindo a espinha. Os testículos podem ser relacionados aos canais Ida e Pingala de cada lado da coluna ou Sushumna através do qual as forças da Kundalini sobem. Este processo deve ser acompanhado por concentração intensa nas imagens dos chakras bem como nas palavras de poder entoadas para estimular a atividade de cada centro. A escolha de mantras é deixada para a discrição individual, uma técnica sexual de Pilar do Meio é o resultado que deve ser objetivado. Outras Técnicas Outras técnicas da Magia da Kundalini podem ser exploradas pelo mago individual, o uso de intercurso anal é uma conexão com a Kundalini que já foi discutida, em algum detalhe, no Mistério da Fênix. Um dos procedimentos mais abrangentes para o Despertar da Kundalini é encontrado no Liber HHH (O Livro das Três Mães), Seção SSS (baseada na letra mãe Shin). LIBER HHH SEÇÃO SSS SUB FIGURA CCCXI "Tu és uma coisa bonita, mais branca que uma mulher na coluna desta vibração. Eu disparo verticalmente como uma flecha e torno-me aquilo acima. Mas é a morte e a chama da pira. Ascenda na chama da pira, Ó minh'alma ! Teu Deus é como o vazio frio do último céu, no qual tu irradias tua pequena luz. Quando tu vieres a me conhecer, Ó Deus vazio, minha chama deverá expirar em tua grande Nox.." Liber Lapidid Lazuli, I:36-40 0. Sente-se em seu Asana, preferivelmente o do Trovão. É essencial que tua espinha esteja vertical. 1. Nesta prática a cavidade do cérebro é a Yoni, a coluna dorsal, o Lingam. 2. Concentre teu pensamento na adoração do cérebro. 3. Agora comece a despertar a espinha desta maneira. Cencentra o teu pensamento na base da espinha e mova-o para cima um pouco por vez. Por este meio, tu te tornarás consciente da espinha, sentindo cada vértebra como uma entidade separada. Deve-se atingir isto perfeita e plenamente antes de começar qualquer prática posterior. 4. Depois, adore o cérebro como antes, mas imagine, para ti, seu conteúdo como infinito. Faça-o ser o útero de Ísis ou o corpo de Nuit. 5. Depois, identifica-te com a base da espinha como antes, mas imagine, para ti, sua energia como infinita. Veja-a como o falo de Osíris ou o ser de Hadit. 6. Estas duas concentrações 4 & 5 podem ser ampurradas ao ponto de Samadhi. ainda assim, não perca controle da Vontade, não deixe o Samadhi ser seu mestre. 7. Agora então, estando consciente tanto do cérebro e da espinha, e incosnciente de todo o resto, faça-te imaginar a voracidade de um pelo outro, o vazio do cérebro, a dor da espinha, mesmo como o vazio do espaço e a falta de objetivo da matéria. E se tu tens esperiência da Eucaristia de ambos os modos, deve ajudar tua imaginação ali. 8. Deixe esta agonia crescer até que se torne insuportável, resistindo pela Vontade toda tentação. Não até que todo teu corpo esteja banhado de suor, ou pelo suor do sangue, e até que um choro de lânguidez intolerável seja forçado dos seus lábios fechados, tu deverás proceder. 9. Agora deixe uma corrente de luz, azul profunda com tons escarlates, suba e desça pela coluna golpeando como se estivesse sobre ti estivesse enrolada uma serpente na base. Permita que isto seja excedentemente vagaroso e sutil e que seja acompanhado de prazer, resista e será acompanhado de dor, resista. 10. Isto tu deves continuar até que tu esteja exausto, nunca relaxando o controle. Até que tu não possas mais realizar esta seção nove durante toda uma hora, não prossiga. E retire-se da meditação por um ato de Vontade, passando para um suave Pranayama e Khumbakham e meditando sobre Harpócrates, o deus silente e virginal. 11. Então, afinal, estando bem ajustados corpo e mente, fixados na paz, debaixo de um céu noturno majestoso coberto de estrelas, num clima calmo e morno, tu podes aumentar a velocidade do movimento da luz até que tome todo o cérebro e a espinha, independentemente da tua Vontade. 12. Se nesta hora tu deves morrer, não está escrito... "Benditos são os mortos que morrem no Senhor." Sim, benditos são os mortos que morrem no Senhor ! Conclusão Os procedimentos do grau Delta incluem alguns dos trabalhos de maiores prazos dentro do Arcano da Magia Sexual. O despertar da Kundalini não é atingido simplesmente por meios sexuais, mas através da perseverança e um esforço concentrado por muito tempo de prática. O procedimento descrito no Liber HHH, seção SSS, é a melhor descrição disponível para um trabalho da Kundalini de longo prazo. Deve ser suplementado pela prática do Mudra Khechan bem como outras práticas sexuais da Kundalini. É imperativo entender que o despertar da Kundalini é um trabalho mágiko de muito tempo, portanto é classificado como o grau Delta, ou no sistema da OTO, o décimo grau, que é relacionado a Kether, a Verdadeira Vontade. Portanto, o processo da Kundalini pode ser compreendido como a manifestação da Vontade Verdadeira nas correntes fisiológicas e etéricasdo organismo e embora trabalhosa, forme uma faceta integral da tradição Tântrica do Santuário. EPSILONISMO Introdução "Sacerdote junto com sacerdote. Renomado rei do Cajado. Venha tu, Hermes, rumo às palavras não criadas." O Trabalho de Paris. Aleister Crowley A Magia apolar é a natureza do grau Epsilon, seu poder primário é encontrado no fato de que suas atividades não produzem resultado físico (isto é, crianças) ou resultado astral. Toda atividade sexual polarizada e, num grau menor, toda atividade heterossexual produz produzem um resultado físico (mesmo com contraceptivos) ou astral, este resultado não é encontrado nos trabalhos Epsilon. Estes são geralmente de uma natureza homossexual específica e portanto o campo de energia criado não é de uma forma polar izada e é por natureza extremamente volátil e dinâmica. Os Sacramentos formados são de uso particular em trabalhos Qlipphóticos e interdimensionais. A Lava Negra dos ritos homossexuais é de valor particular para crear intrusões do submundo e formar interações com os Deuses Antigos em tais tradições como aquelas incorporadas no Necronomicon. Enquanto que no Sacramento heterossexual apolar na fase de Lava Negra do Pó Vermelho é conhecido como a Poeira Escurecida e é de uso menor nestes trabalho, mas tem val or específico nos trabalhos com atividades do tipo Maatianas e com trabalhos do tipo Vodu como exemplificado nos ritos mais obscuros de Maat e Hecate. A importância do grau Epsilon é o maior poder inerente no Sacramento formado e no trabalho em si mesmo, tão bem particularmente ilustrado no que veio a ser conhecido como o Trabalho de Paris, que tomou lugar em 1914 entre Aleister Crowley e Victor Neuberg. Neste trabalho o sacramento puro de Lava Negra era usado para assentar uma variedade de forças planetárias que eram usadas como Oráculos para atingir altos níveis proféticos. Fórmulas Epsilon Ao discutir-se a fórmula do grau Epsilon, é importante entender sua natureza dual. Embora também haja um aspecto dual no arcano Gamma, é muito mais pronunciado dentro dos trabalhos Epsilon. Em base, na prática oculta o Sacramento usado dentro do grau Epsilon é alcançado através de atividade tanto homossexual quanto heterossexual, com um foco nas formas divinas apolares. O verdadeiro sacramento criado pela atividade homossexual é a mistura das secreções de dois machos ou duas fêmeas, em ambos os casos o título dado para esta fórmula é de 'Lava Negra'. Isto não tem significado físico mas refere-se à fórmula dinâmica e Qlipphótica do Sacramento. A respeito de sua forma física real, em muitas tradições é conhecida como a 'Neve Branca' em relação à sua fluidez. Estas duas definições devem ser mantidas na mente. A respeito do Sacramento Epsilon heterossexual, conhecido como 'Pó ou Poeira Negra', refere-se à sua natureza como o pólo Lava Negra da fase de Pó Vermelho no ciclo do Amrita. Este título pode ter alguma manifestação física por causa de muitos magos usarem o ciclo menstrual da mulher para aumentar a natureza apolar do processo sexual. Eles podem também ser aplicados ao sacramento lésbico da Lava Negra, obviamente, contudo, isto não equivale à versão masculina do Sacramento a respeito de sua forma física, salvo no título de 'Neve Branca'. Intrusões Qlipphóthicas A natureza volátil do Sacramento Epsilon permite a manifestação de forças de além dos reinos da Árvore da Vida. Estas forças do Universo B manifestam-se numa ampla variedade de campos de energia e portanto podem ser usados para muitos propósitos diferentes. A intrusão Qlipphóthica mais comum é encontrada dentro dos trabalhos do Necronomicon, que opera como um grimório para a manifestação dos Antigos. Esta intrusão é imperativa à vida do mago por operar numa união simbiótica com o processo da invocação da Vontade Mais Alta e criar uma transmutação de consciência no mais alto grau. Um bom exemplo de aspectos deste processo é encontrado no Liber Samekh, é importante entender como estas intrusões são efetuadas através do sacramento Epsilon em qualquer uma de suas formas. A natureza do trabalho Epsilon forma um campo de energia dinâmico que não está limitado tanto quanto a necessidade de manifestação fisica está removida e portanto sua energia pode ser moldada para qualquer resultado requerido. Geralmente, contudo, a natureza volátil do campo criado tem a tendência para criar uma rachadura na consciência que trabalha para formar uma porta entre as regiões frontal e dorsal dos Universos A e B. Esta rachadura pode ser usada para realizar intrusões das várias dimensões na co nsciência mundana. A Missa do Espelho Um método de realizar essas intrusões é encontrado na 'Missa do Espelho'. Esta Missa é uma técnica simples usando uma variante do arcano Epsilon para disparar uma intrusão/experiência de um segmento específico da realidade do Universo B. A missa é baseada na colocação de um espelho a uns 10 metros de distância do mago que é o foco central do rito, o mago é estimulado de acordo com a 'eroto-comatose' até que intervenha um estado de transe. Não devem ser usadas formas divinas polarizadas. Ao entrar no transe o mago projeta através do espelho, numa realidade alternativa, símbolos já escolhidos. Em muitos casos a forma divina sendo usada manifestar-se-á no espelho durante a experiência. Após o mago tenha completado o trabalho, ele enmtrará num estado de sono profundo, do qual ele não deve ser despertado, sendo que é durante este momento que as energias são regeneradas, preparando-se para a reentrada na experiência do Universo B. Esta Missa pode ser usada por qualquer sexo em qualquer modali dade do arcano Epsilon, embora trabalhos do mesmo sexo tendem a ser mais eficientes com as intrusões Qlipphóthicas avançadas. Os sigilos usados podem vir de uma fonte tradicional, contudo, aqueles descobertos por trabalhos de transe pessoal ou visionarização (scrying) antes do rito são normalmente mais promissores. A Fórmula Anal A fórmula anal a respeito do grau Delta já foi discutida em relação ao seu modo Kundalini no capítulo do mistério da Fênix. Em sus utilização Epsilon deve ser considerada em conjunção ao arcano Delta, mas com uma ênfase diferente. O papel do processo anal nos trabalhos Epsilon é como um órgão não reprodutivo afim à Magia de Urnas. Sua conexão com a Kundalini permite uma estimulação máxima do organismo psíquico enquanto não permite uma manifestação exceto duma maneira pré-programada. A fórmula anal do gra u Epsilon portanto é a técnica de intrusão por excelência, pois permite a acumulação de uma grande quantidade de energia volátil, que é posteriormente aumentada através de seu eco pelos chakras e sem qualquer manifestação, permite a total manipulação desta força de acordo as necessidades do mago. Isto também permite uma aplicação de Baixa Magia. Contudo, sendo que essa energia tende a criar uma 'rachadura entre os mundos' seu uso é melhor aproveitado nos trabalhos com forças das Qlipphoth e dimensões alte rnativas. Deve-se notar que estes trabalhos são melhores apenas depois de uma experiência da Vontade Verdadeira e portanto alguma forma de processo ritual afim ao Liber Samekh ou Abramelin deve ser trabalhada antes destas operações. Oráculos Um uso interessante da fórmula Epsilon encontra-se na arte dos Oráculos Proféticos. Em muitos sacerdócios tradicionais o papel do homossexual era aquele de visionário ou profeta (exemplo, Xamãs Siberianos) e portantodentro deste arcano encontra-se a possibilidade de uma profecia extremamente precisa. A técnica verdadeira é muito diferente da Divinação, sendo derivada dos métodos usados no Trabalho de Paris. Este trabalho, realizado por Aleister Crowley e Victor Neuburg em 1914, usou uma técnica homossexu al (anal e oral) para criar um portal entre as dimensões e usar os planetas como um sistema de classificação, manifestou revelações proféticas a respeito de eventos futuros bem como comentários filosóficos e outros materiais. A chave para esta fórmula é a total concentração dos magos envolvidos no sigilo ou símbolo sendo usado, a mente estando elevada com invocações e o ato sexual ocorrendo por puro intstinto sem foco consciente. Esta técnica embora difícil, cria a possibilidade de receber vários oráculos e revelações proféticas de uma variedade de dimensões e realidades. Estes oráculos e revelações devem sempre ser checadas contra a revelação preliminar sobre o Aeon (neste Aeon, o Livro da Lei) e contra as regras do bom-senso. Sempre é possível, devido a um pequeno escorregão em algum aspecto da fórmula, manifesta-se uma fórmula corrompida ou fragmentada de pouco valor ou até mesmo perigosa. Embora o procedimento de receber oráculos seja simples quando os estágios de concentração e bilocação instintiva s ejam atingidos, a pureza do oráculo é sempre uma questão difícil, apenas por ser totalmente inflamado em invocação pode a interferência consciente ser limitada e apenas checando os oráculos e não permitindo interferência egóica pode o valor real do oráculo ser atribuído. Androginia Oculta "Venha tu, Vênus, Nascida do mar, filha do pai. Escuta tu as canções sedutoras do Pênis, eu oro. Possa a nossa sina não ser ter as bundas fodidas, Mas deixe a buceta sempre em chamas com meu amor." Trabalho de Paris, Aleister Crowley Uma das chaves emite uma compreensão de que a relação entre os trabalhos Gamma e Epsilon é aquela da Androginia. Em muitas tradições ocultas a ênfase do balanço entre os arquétipos masculino e feminino tem sido clara mas a questão da manifestação física destes arquétipos dentro de tanto um estilo de vida andrógino como na atividade bissexual nunca foi tornado claro. No Novo Aeon a ênfase na androginia é clara, Hórus como o senhor reinante é uma figura andrógina como eram muitas das imagens sagradas nos cultos de magia através dos tempos (exemplo, Baphomet). De acordo, a necessidade de balanço destes dois fatores dentro da psique é uma faceta importante dentro do sistema do Novo Aeon e desde este período o meio desta época é as secreções sexuais. então a sugestão inerente é a deque o mago deve desenvolver uma forma de bissexualidade. Afirmamos uma forma de bissexualidade por causa do cerne da bissexualidade que tende a refletir uma confusão a respeito da imagem sexual mais do que uma habilidade real de usar corretamente as energias sexuais de qualquer sexo. O arcano do tantrismo é baseado no mago sendo capaz de funcionar com qualquer sexo bem como de usar o sexo como uma função sacramental. Por assim dizer, a tradição tântrica do Santuário concebe que todos os atos de cunho sexual para o mago devem ser atos de "Amor sob Vontade" e dev em ser realizados desta perspectiva. Um dos processos no desenvolvimento da androginia oculta é a experiência da Vontade Veradadeira e o despertar da força plena do inconsciente. Cada ser humano está apto a funcionar plenamente com ambos os sexos. Esta visão tem sido abundantemente clara de vários princípios da psicologia moderna. Contudo, apenas o mago realmente entende o poder inerente dentro destas potências duais e está apto a usá-las para seu próprio desenvolvimento iniciático. Para muitos a exploração duma sexualidade estranha para a sua própria é matéria de grande dificuldade, entretanto, será descoberto que como o mago desenvolve que, através da tradição tântrica do Santuário, seu impulso sexual aumentará e que um desejo natural surgirá para explorar ambos os pólos de sua natureza. Isto pode ser posteriormente estimulado por fantasias masturbatórias como discutido em capítulos anteriores. Para magos mais velhos este aspecto da Grande Obra pode ainda provar-se um problema, co ntudo, estudos sobre Reversão dos Sentidos, etc. podem oferecer chaves avançadas para superar esta barreira bem como uma expansão geral dos horizontes. Uma das facetas mais importantes deste arcano está na tentativa inerente de transformar a sexualidade mundana no "Frenesi Orgásmico de Pan"; esta tentativa inerente pode transmutar até mesmo as estruturas mentais mais rebeldes. MAGIA SEXUAL NAS TRADIÇÕES GNÓSTICAS Introdução "Como crianças são aqueles que entram no reino. Quando vocês, como estas pequenas crianças, tirarem suas roupas sem vergonha, quando vocês fizerem dois tornarem-se um, quando vocês fizerem macho e fêmea numa unidade, então vocês entrarão no reino." Evangelho de Thomás Os mistérios da Magia Sexual não são apenas descobertos no oriente. Se aceitarmos a hipótese de difusão central e localizarmos o ponto de partida dos Mistérios na Tartária, cujos restos são encontrados hoje no deserto de Gobi, então podemos facilmente ver como os mistérios se espalharam nos templos do ocidente como do oriente. O Gnosticismo foi de longe o maior culto tântrico dentro da história ocidental, não podendo ser definido como um movimento pois cobre uma grande variedade de diferentes teorias e práticas muito afins aos vários sectos encontrados dentro do Hinduísmo ou Budismo). Contudo, teorias gerais abraçadas em comum pelas seitas gnósticas e estas formam uma ligação ocidental importante para as nossas modernas tradições tântricas. Remanescentes Tântricos Dentro do Cristianismo Nos trabalhos de John Allegro as origens do cristianismo são, afinal, deixadas nuas. O cristianismo é mostrado como sendo derivado dos cultos antigos de fertilidade do Oriente Médio com uma doutrina primária sendo o uso de ritos sexuais na forma de Eucaristia. Encontramos, num exame, que os deuses centrais, tanto na tradição grega quanto hebraica, Zeus e IHVH derivam de um único e comum termo composto de duas sílabas, IA e U. IA significa sumo e U significa cópula. Portanto, os nomes divinos destas tribos cifram a imagem do "Sumo da Cópula". Aqui descobrimos uma ligação direta entre a presença de uma força externa ao homem e sua manifestação na Eucaristia do pão e do vinho, símbolos do sêmen e fluidos vaginais. É também interessante considerar os ideais sagrados do cristianismo como restos do ensinamentos gnósticos originais. A Torah, por exemplo, no Judaísmo é a 'consumação' da semente do conhecimento, portanto, em termos gnósticos, o Alto Sacerdote é o receptor e intérprete da Semente Sagrada. Isto é ainda mais explícito quando consideramos o mistério sexual do Tabernáculo Sagrado. O Tabernáculo Tântrico O Tabernáculo era o templo sagrado construído pelos povos hebreus durante sua diáspora pelas terras inexploradas. De acordo com vários eruditos sua estrutura tem sido assinalada por uma variedade de interpretações religiosas. Contudo, quando examinamos o tabernáculo alinhado com o sistema gnóstico do Tantrismo surgem interessantes paralelos. O Tabernáculo por todo o Oriente Médio tinha regras específicas e era uniforme, quando examinado mais de perto descobrimos que representa o microcosmo terreno do útero. A construção em si mesma é composta de três segmentos distintos : - A Côrte Externa ou Portal : representa o Véu ou orifício vaginal até o hímem. - O Saguão : representa a própria vagina. - O Santuário dos Santuários (Sanctum Sanctorum) : Que representa o Útero. O Alto Sacerdote do templo vestia robes elaborados cobertos de seivas e resinas, que claramente simbolizavam a potência do falo, além de vestir duas placas que representavam os testículos suspendendo a lança sagrada. Em muitas ocasiões ritualísticas o Alto Sacerdote, sozinho, poderia entrar no Saguão, enquanto que uma vez por ano o Alto Sacerdote entrava no Sanctum Sanctorum por um grande ato de penetração, sendo este cercado por muitos dias de cerimônias religiosas. Ritos de Batismo Batismo por imersão ou asperção marcava a entrada de um iniciado no Culto Tântrico Gnóstico. Nos primeiros sectos tais como os essênios, este ritual era realizado em dois estágios : os batismo de água e o de fogo. Um fino exemplo do ritual de batismo é encontrado no culto a Mithra, onde precedendo o Batismo o iniciado era deitado como fosse um morto enrijecido e o Hierofante o puxava pela mão direita simbolizando sua ressurreição numa nova vida. Seguia-se então o verdadeiro ato de batismo, onde o iniciad o era posto num poço, nu, debaixo de uma grade e um touro ou animal similar era sacrificado sobre o poço para que o sangue jorra-se e banha-se o iniciado. A isto associava-se a troca do velho nome para a de um novo nome e um juramento dedicacional. Esta forma de batismo é bem similar ao das tradições gnósticas salvo que seu uso de sangue reflete seu tom militar ao invés das práticas usuais do Gnosticismo. É encontrado nos primevos cultos gnósticos não influenciados pela mensagem militar de Mithra que o batismo era alcançado através do uso de secreções sexuais. Este uso de fluidos sexuais é certamente provado pelos registros de tais grupos como os essênios. Mesmo na versão bíblica do batismo de Jesus encontramos o uso da imagem da pomba, que era especificamente o símbolo de secreções sexuais no culto Essênio. O segundo batismo, o de fogo, era também conhecido como o 'Rito de Shin'. Dava aos iniciados plena admissão no culto de mistérios e era celebrado po uma ocasião ritual bem como as primeiras experiências do 'Rito da Câmara Nupcial.' Seu propósito era marcar a confirmação de um iniciado nos mistérios e sua aceitação na e pela comunidade gnóstica. O Rito da Câmara Nupcial Nas imagens religiosas do novo e velho testamentos a deidade era vista como o patriarca de seu povo. No Apocalipse (Apoc. 21:2, 22:17) a Igreja é vividamente retratada como a noiva de Cristo e na Canção de Salomão do velho testamento, o abraço erótico de Deus e da Igreja é explicitamente descrito. Há muito tempo que já é aceita que a alegoria destes textos é a de que Deus e sua Igreja uniram-se em abraço conjugal. Nos cultos gnósticos acreditava-se que através da união das várias facetas dos Aeons (afins às Sephiroth) Aeons posteriores eram produzidos, estes seguindo até que posteriores Aeons fossem produzidos e por aí vai, ao infinito. De tempos em tempos os gnósticos celebravam o Rito da Câmara Nupcial para reconciliar estas forças Aeônicas, tanto externamente quanto internamente em relação a eles mesmos. O ideal sendo um estado de androginia divina. "O Senhor disse num Mistério 'se você não fizer os dois tornarem-se um, o macho como a fêmea, o esquerdo como o direito, o que está diante de você como o que está atrás de você e as coisas acima como as que estão abaixo, você não verá o reino'." O Evangelho de Thomás Na Câmara Nupcial o sacerdote e a sacerdotisa participantes assumem a forma divina do Redentor (Soter) e da Sabedoria (Sophia) de acordo com os ritos antigos, após o qual eles consumam sua união. Seguindo esta congregação faz-se exatamente com igual força a visualização das formas de Soter e Sophia. Acreditava-se que estes ritos manifestavam a Shekinah ou presença do Espírito Santo e transformava os iniciados através de sua união mística com Cristo. Neste contexto o termo 'Cristo' refere-se à sua semânti ca na palavra grega 'Christós' que significa a força ungidora, o filho-sol (sun-son) formado pela união do Soter e Sophia. Este rito é, numa forma primitiva, uma celebração religiosa da Missa Gnóstica (Gamaísmo) como ensinada dentro da tradição tântrica do Santuário. Ilustra a continuidade dos Mistérios dentro do ocidente e revela o significado esotérico destes símbolos que tem sido tão distorcidos pelas Igrejas Cristãs Modernas. "Se qualquer pessoa torna-se um filho da Câmara Nupcial, ele receberá luz. Se qualquer pesso não a recebe enquanto neste lugar, ele não a receberá em nenhum outro lugar." O Evangelho de Filipe Os Eleutérios Os Eleuterianos são um exemplo primal de uma comunidade Gnóstica e Tântrica primeva, conhecida como "Alento do Livre Espírito", basearam sua filosofia no ideal de que se nós somos realmente santificados e estamos mesmo num estado de 'Graça' então estamos além das restrições morais. De acordo, as coisas que podem condenar um 'homem da carne' são as mesmas coisas que podem ser usadas sem culpabilidade moral para o 'Homem do Espírito Livre'. Esta idéia era baseada numa compreensão radical de vários textos do novo testamento, onde o Novo Eu foi tomado como estando além dos confins das restrições morais e legais das leis do velho testamento. "Consequentemente de agora em diante não conhecemos homens de acordo com a carne, mesmo se tivéssemos conhecido Cristo de acordo com a carne, certamente não mais o conhecemos. Consequentemente, se qualquer um está em união com Cristo, ele é uma nova criação, a velha passa ao longe. Olhe ! Novas coisas tomaram existência." 2 Conríntios 5:16,17 "De tal liberdade Cristo nos vê livres. Ainda assim fique alerta e não se deixe confinar novamente numa escravatura opressiva." Galations, 5:1 Ampliando esta filsofia, o Alento do Espírito Livre, mais tarde conhecido como a Intelligentiae Homines (Pessoas com gnosis), desenvolveu sistemas de misticismo sexual usando técnicas afins ao Karezza. Estas eram usadas induzir estados de êxtase bem como revelações e visões. O serviço da Igreja era feito nu e os sacramentos das secreções sexuais eram usados bem como uma imensa variedade de técnicas sexuais usando códigos bíblicos como cifras. Por exemplo, o Karezza era conhecido como o 'Rito do Fluxo Asc endente do Jordão'. Este culto gnóstico em especial sobreviveu muitos séculos, em 1516 Hieronymus Bosch, o famoso pintor, era um membro de um grupo derivado do Alento e historiadores modernos até descobriram ligações entre eles e os primeiros Anabatistas. O Mistério de Shin Ao examinarmos a história do Tantrismo Gnóstico, a questão de sua relação à Magia Sexual moderna pode surgir. Para entender esta relação devemos examinar o Mistério de Shin em relação às práticas Gnósticas e Tântricas. O movimento moderno em direção à realização da Gnosis na Magia Sexual pode ser dividida em três movimentos distintos, cada um relacionado a um aspecto do Fogo do Triplo Shin ou Shekinah. O Fogo do Corpo Este fogo é encontrado nas técnicas físicas da Magia Sexual que oferecem ao mago a habilidade de aprender e usar o organismo físico com seus fluxos e refluxos para atingir crescimento espiritual. O Fogo do Espírito Este Fogo é a essência dos Mistérios, compreendendo a matriz astral da Astrum Argum que engloba a corrente de Thelema (93) e a de Maat (896) para guiar aqueles que buscam o estado de Humano Superior. O Fogo da Alma O fogo é o personagem ou forma. É forma pela influência conjunta dos fogos opostos do corpo e do espírito e tem uma grande variedade de aplicações. É pessoalmente adaptado pelo indivíduo de acordo com a personalidade, cultura e período de tempo. Como foi escrito sobre uma porta de um templo budista no Ceilão : "Para cada cem monges, há cem religiões." Assim também é o fogo da alma, que se amolda numa variedade de fórmulas e personagens. Estas possibilidades ilustram como a mensagem do Novo Aeon é com certeza uma mensagem para todos, podendo ser adaptada a uma amplitude enorme de almas e culturas, enquanto é sustentada a pureza da mensagem. O fogo de Shin é um símbolo da corrente que está varrendo a civilização e irá, em seus vários aspectos, transformar e transmutar aqueles que estão prontos, no próximo estágio de desenvolvimento pós-humano, o Humano Superior. O TAROT SEXUAL Introdução A magia sexual é inerente às vinte e duas imagens dos arcanos maiores do Tarot Egípcio (O Livro de Thoth). Sendo que o Tarot teve suas origens muito além da base ideológica do Antigo Egito e muito provavelmente nas areias da Suméria, a verossimilhança de um Tantra secreto dentro de suas imagens é muito forte. Quando consideramos que um dos nomes do Tarot é Rota ou roda, entramos em contato diretamente com o conceito do circuito psico-sexual descrito anteriormente. Já discutimos o uso prático dos Caminhos na Magia Sexual. Aqui objetivamos primariamente examinar o simbolismo sexual inato de cada arcano e deixamos a aplicação prática para o mago. Um conhecimento prévio do Tarot de Thoth deve ser sugerido para que se possa apreciar plenamente os detalhes dados a respeito de cada carta. Mantendo cada carta em vist a ao estudar este capítulo também seria de grande ajuda. O Simbolismo Tântrico Ao examinarmos os glifos dos vinte e dois arcanos maiores, descobrimos que cada um contém um tipo específico, por assim dizer, cada um focaliza um imagem específica (normalmente humana) que pode ser relacionada a fenômenos estritamente biológicos. Não queremos dizer que a interpretação deva ser baseada no físico, mas sugerimos que dentro de cada arcano está um glifo secreto delineando o processo físico pelo qual um estado alterado de consciência, em relação direta com a imagem contida no arcano, pode ser disparado. Numa certa extensão eles são precedidos pelas letras hebraicas que, por meio do simbolismo, sugerem uma inferência sexual para cada arcano. Por exemplo, a chave da Torre é atribuída a Peh, cuja imagem é a boca, a relação simbólica da Torre fálica e da boca precedem a imagem sexual da carta, que é, em parte, uma fórmula de sexo oral. Os Arcanos da Magia Sexual O Espermatozoon O louco, criança do Espermatozoon representa o que é entendido como o Duende ou pequeno Eu. Este diminuto eu é projetado para fora da consciência usando técnicas Alfa ou Beta e realiza as tarefas ordenadas pelo mago. Pode ser usado para explorar dimensões alternativas e realizar atos de feitiçaria. É um estágio mais evoluído do que o Espermatozoon sugerido no arcano do Ermitão pois não é uma simples projeção da psique treinada mas um aspecto parcial da Vontade Verdadeira colocado em ação. A letra Aleph retorna a essa atribuição pois simboliza uma criança ou arado, a criança sendo uma imagem do Duende ou pequeno eu e o arado representando o pequeno eu sendo uma ferramenta da Vontade Verdadeira, cultivando os campos da eternidade. Sua cor é de um branco iluminado (em Atziluth, Briah e Yetzirah) refletindo a alegoria do sêmen. O Andrógino O Andrógino é o Senhor da Casa de Deus, seu reflexo mais baixo encontra-se na bissexualidade do diabo, enquanto que o Andrógino representa a integração perfeita das várias modalidades da sexualidade humana. O número atribuído é dois, refletindo a dualidade do Andrógino que manifesta sua androginia na expressão sexual com ambos os sexos. Isto também pode ser visto na imagem da Casa de Deus com suas portas frontal e dorsal. Os quatro elementos que o Andrógino usa são as facetas de seu próprio organismo : a vareta Fálica, o cálice Anal/Vaginal, a espada do Intelecto e o corpo inteiro como um Pantáculo. As associações mercuriais relacionam o Andrógino ao Néctar Frio da Deusa e a paixão do Capricórnio, bem como as outras atribuições relativas às secreções Sattva. A Sacerdotisa A Sacerdotisa é o Camelo que cruza o Abismo, na simbologia cabalística. Na magia sexual o camelo é entendido como o armazenador dos fluidos sacros, que os coleta e os mantém por um período e então os expele. A conexão lunar enfatiza a associação deste arcano com os Kalas. Portanto este arcano é o símbolo da Yoni por excelência. Amor Sob Vontade Amor sob Vontade juntará a força fálica de Chokmah/Therion e a força vaginal de Binah/Babalon. Independentemente do incômodo da orientação física e sexual a atribuição da porta ou portal (Daleth) ilustra a chave física da fórmula, congresso sexual usando formas divinas polarizadas. O número quatro sugere, mais uma vez, o balanço da fórmula dentro deste arcano e seu poder de manifestar-se nos quatro mundos (quatro, tettragrammaton, esfinge, etc.) Identidade : Estrela A identidade Estrela sugere o fluxo de Amrita em sua pureza. Seu reflexo sendo encontrado nas correntes do arcano da Arte. A Identidade Estrela exibe os mais altos fluxos de Kalas cósmicos comibnados como na Arte, mas totalmente transformados pela força inata da vontade humana. Sua chave astrológica é o signo Aquário, o fluxo de Kalas numa base macrocósmica que é manifesta nas secreções corporais, que no alfabeto hebraico (letra He) é simbolizado como a Janela do organismo físico (masculino ou feminino). Isto também sugere as possibilidades interdimensionais de fórmula sexual, abrindo uma janela para outras dimensões através de secreções Kalas programadas. Papéis Sexuais Papéis Sexuais é o título do arcano tântrico do Hierofante, onde temos a imagem de balanço sexual como sugerido no andrógino manifesto da personalidade dual como ilustrado neste arcano. O símbolo hebreu do Prego (Vau) sugere o poder fálico do masculino destes papéis mas é contrabalanceado pelo fato de que Vau é seis e sugere o balanço masculino e feminino do Hexagrama. A ênfase astrológica sugere não o balanço de alto e baixo do Andrógino mas a presença deste balanço na vasilha da terra. União União é a chave do balanço dos aspectos da sexualidade, interna e externamente. É atribuída a Gemini, os gêmeos, e portanto enfatiza a dualidade em seus trabalhos. Por assim dizer, o uso externo de técnicas sexuais trazendo mudanças internas de consciência. Gêmeos é governado por Mercúrio e portanto vemos que a natureza desta carta é transicional, trazendo a união permanente da dualidade no Magus ou Andrógino de Mercúrio. A imagem associada com a letra hebraica é a Espada, que combina o poder fálico da lâmina com a força feminina da bainha. Mesmo dentro da letra em si, Z-aiyn, vemos a polaridade de Z ou S como a serpente e Ain o vazio do útero cósmico. Paixão Paixão é a chave para a Grande Obra, representando a prática das artes tântricas e ocultas que usam o corpo instintivo como um veículo ou carruagem (mercabah) pela qual a Verdadeira Vontade experiencia o Universo. A letra hebraica desta chave é Chet, que, quando totalmente numerada chega a 418, o número da Grande Obra. Seus símbolos são o cercado e a cercania que representa a necessidade de estrutura e controle sobre os veículos mais grossos, enquanto Câncer sugere o balanço intrincado que demanda seu pr ocesso de controle. Como se notará da imagem da chave da Paixão, os quatro animais da esfinge, os poderes da paixão não são controlados por cordas externas mas pelo poder da Verdadeira Vontade. Ajuste O arcano do Ajuste representa o processo de ajuste das facetas de nossa experiência sexual para que estejam sintonizadas com os fluxos das correntes aeonicas prevalecentes. A chave é assinalada a Libra, governado por Vênus e com Saturno exaltado. Isto nos dá a chave para interpretar este arcano, Vênus, as energias da paixão são transformadas através do ajuste de acordo às técnicas de magia sexual em uma forma de Libra balanceado, que é levado a Nuit, sendo um de seus guias Saturno ou Babalon. Como será no tado esconde-se sob a imagem de Saturno ou Babalon, também, o glifo de Set. Semente Solitária A Semente Solitária ou Ermitão é a fase do Louco divino do Espermatozoon, sendo atribuída a Yod, a Mão e portanto sugere a fórmula Alfa, ativando toda Árvore da Vida (Yod=10) através da técnica de controle de imagens. Na mão o Mestre da Semente Solitária é a lanterna, contendo em si o fogo primal do instinto sexual através do qual o Mestre adquire seu poder. Sua atribuição a Virgo sugere perfeccionismo requerido para o Ermitão ganhar seu prezado status, enquanto seu governante e signo de exaltação sendo Mercúrio, a pureza do elixir ganho desta atividade sendo também sugerida (isto é, Mercúrio, Sattva, Néctar Frio) bem como o conhecimento ganho através do recolhimento e estudo. A Palma A palma (Kaph) expande o uso da mão do ermitão. Através da palma da mão o Mago está apto para realizar mudanças no mundo (Roda da Fortuna) através do uso de controle onírico e moldar a realidade (arcano Beta), ilustrados na carta estão as três formas de Gunas que simbolizam a classificação tripla de Kalas e do Sacramento. O arcano é atribuído a Júpiter e portnato sugere a via destas técnicas para que o mago possa dominar as sete sephiroth abaixo das supernais e até mesmo tornar-se o Demiurgo, mas apenas se dissolver as facetas desbalanceadas da personalidade ele poderá cruzar o Abismo. Dentro desta mensagem está o aviso de que um mago usando técnicas Alfa/Beta solitariamente pode tender a auto-obsessão e egoísmo a menos que trabalhos mais altos como Gamaísmo e Epsilonismo sejam usados. Esta é nossa experiência também. Luxúria A carta da Luxúria explica o fogo instintivo que o mago usa. Relacionado diretamente à chave da Corrente (Shin) mas é diferenciada pelo fato de que naquela ela é formulada internamente, enquanto a corrente é tanto uma micro e uma macro manifestações. É atribuído à letra Teth, cuja imagem é a cobra, que relaciona sua força básica até à da Kundalini. A atribuição astrológica de Leo é importante pois simboliza Sekhmet, a Deusa do Calor Instintivo. Portanto, chegamos a entender que a Luxúria é uma combinação de força instintiva e energias da Kundalini controladas pela Vontade sob a guia da corrente aeonica. De alguma forma, a Luxúria poderia ser vista como o mais baixo dos Yod triplos ou Shindentro da chave da corrente do Novo Aeon. Ressurgência Atávica Esta chave representa o uso de técnicas sexuais para mergulhar no inconsciente. A letra Mem associada a esta carta está relacionada ao conceito de sangue e sugere que a exploração do incosciente é difícil e dolorosa e envolve trazer à tona velhas programações mentais para investigação. Portanto, o Enforcado está pendurado sobre a água ainda que muito de seu corpo não esteja afundado nela. A letra hebraica Mem é também uma letra mãe, sugerindo a gravidez pela qual o inconsciente existe, os grandes montes de poder que estão contidos dentro de suas formas e ao qual pode ser dada a luz através da Magia Sexual. As crianças desta união são dissolvidas, exterminadas ou deixadas crescer dependendo de sua utilidade, a imagem das crianças aqui, é claro, relacionando-se aos programas inconscientes e quão difícil pode ser destruí-los e ainda, em muitos casos, as programações são como parasitas drenando nossa força vital a partir da superfície. Orgasmo Sexo e morte têm sido sempre inter-relacionadas, em Aeons passados experienciamos o sexo através da via de ideal sacrificável para, estando o sexo sob uma capa de pecado. A morte no Novo Aeon é experienciada através do sexo para que a paixão absorva todo medo e nos trasnforme em veículos sexuais vivos. A atribuição de Escorpião sugere a fórmula do Orgasmo, é a serpente Kundalini, mas pronta para dar o bote, sendo esta mordida letal para o não iniciado e iluminadora para as crianças das Estrelas. Escorpiã o é governado por Marte, que é o aspecto marcial de Hórus, o Senhor do Aeon. Marte destrói o não iniciado através da guerra e sanguinolência e salva o mago através da paixão e secreções sexuais. As imagens associadas com a letra hebraica Nun são o peixe e a água, portanto sugerindo a relação entre Ojas e os fluidos sexuais, sendo a chave para sua correta utilização a programação do Orgasmo com o poder da Verdadeira Vontade. Transmutação A Chave da Transmutação relata a preparação do Sacramento, onde sua pureza final é alcançada na Estrela. Neste arcano encontramos a Flecha de Sagitário penetrando o Arco-Íris que é formado pelos últimos três caminhos da Árvore da Vida (conhecidos como Qesteth). Este simbolismo sugere o congresso usado e o Amrita coletado "no começo e no fim do arco-íris". Na carta vemos a mistura das secreções, sua união no caldeirão (que pode simbolizar uma Yoni ou uma ferramenta separada como o Cálice) e seu poder resultante que é simbolizado pela figura andrógina unindo-as. O andrógino atingiu este estado através do uso da Estrela, cujos primeiros estágios são encontrados na chave da Transmutação (Magus formado pela Estrela, cujas origens são a Arte.) Bissexualidade Aqui temos o reflexo mais baixo do andrógino, o Mago Bissexual, as forças da sexualidade dual têm sido estimuladas mas ainda estão sendo refinadas. Portanto sua dualidade é ilusória. Por trás destas imagens estão a perfeição do Eu, o Olho ou Ayinque existe em Ain. O verdadeiro mago é andrógino e usa ambas experiências sexuais com naturalidade como expressões da Vontade Verdadeira. O diabo é uma expressão da crença de que a androginia é composta de funções duais, separadas uma pela outra como na bissexual idade. Esta ilusão só é rasgada quando o mago passa pelo diabo e vai para Ain. Kundalini A Torre/Falo é a Kundalini como descrita nos textos hindus, ligada ao Sahasrara através do canal Sushumna na espinha. Este sendo estimulado através do uso de técnicas masturbatórias como visto na Semente Solitária e na Palma e pela fórmula oral como visto em Pe, cuja imagem é a boca. Inerente ao arcano da Kundalini é o pleno despertar da Kundalini que explode a consciência para uma fase mais alta. Neste entendimento a boca pode também referir-se à coleta de Amrita através da sexo oral a partir do centro da Kundalini manifestando-se nas genitálias durante o despertar da Kundalini. Isto pode ser aplicado para qualquer sexo pois a Torre é inerente ao Sushumna ao invés de ser apenas um apêndice masculino. Sublimação O assunto da Sublimação está atracado ao arcano do Imperador. O Imperador liga Netzach a Yesod e representa o uso controlado da paixão e da luxúria alinhadas com a Vontade Verdadeira. Portanto, a imagem relacionada é o Anzol, isto é, o gancho da paixão que fisga o adormecido. Deve-se lidar com as energias sexuais de uma maneira ou de outra, elas podem ser sublimadas e usadas internamente como detalhado no arcano Delta ou usadas em ritos de magia sexual. Em qualquer caso sua força deve ser reconquistada e usada com cuidado. Na feitiçaria sexual moderna é entendido que a sublimação pura ou uso constante não são as respostas, um sistema cuidadosamente balanceado de magia sexual pessoal baseado no uso de todo o espectro de práticas é o melhor e mais bem sucedido caminho para a iluminação. Yoni A Yoni já foi glifada na Alta Sacerdotisa, esta manifestação, entretanto, é mais de Babalon, a imagem sexual de Yoni ao invés da espiritual. Aqui temos a imagem de Qoph, a nuca, onde os impulsos sexuais se originam e a Yoni, onde eles se manifestam. Deve ser compreendido que neste contexto a Yoni refere-se ao ssexo feminino, contudo, suas forças também se manifestam no macho, na região Kanda. Este é um espaço triangular acima da púbis. Falo O Falo foi glifado no Andrógino, onde é visto seu papel na consciência unificada. Aqui temos o poder fálico em seu papel sexual ilustrado originando-se nos veios frontais e manifestando-se no falo. na fêmea é o clítoris. Corrente A Corrente é encontrada no poder triplo de Shin, seu símbolo é o fogo divino, a intoxicação do instinto como englobado no impulso evolutivo. É o fogo triplo que reúne o corpo, alma e Vontade e encapsula a corrente no organismo transformado, personagem e Vontade do Humano Superior. O Corpo O arcano final é onde tudo está embasado, o organismo físico cuja imagem é o Tau, a cruz de Set. A cruz ou Falo de Set ilustra a extensão de Ain na mais material das realidades e ainda, ao mesmo tempo, permanecendo inerentemente puro e capaz de ascender aos limites da matéria para readquirir seu status espiritual. Ath O ciclo está completo. De Aleph a Tau como entendido nos Mistérios da tradição tântrica do Santuário, o circuito psico-sexual como manifesto nos vinte e dois sigilos. Se reunirmos as letras Aleph e Tau, o resultado é Aeth ou Essência, a Verdadeira Vontade e essência sexual, os Kalas. Seria até mesmo correto dizer que a manifestação corpórea ou emissário da Vontade Verdadeira é a força dos Kalas ou Ojas, pois através de seu uso podemos viajar de volta àquele rio de instinto e paixão e experienciar novamente a essência primal em sua fonte. Para completar este capítulo, oferecemos a seguinte Tabela de Interpretação Tântrica do Santuário dos Vinte e Dois Arcanos do Tarot. TANTRISMO DO TAROT Tantra Interpretação Tarot 1. Espermatozoon Eu Anão, Pequeno Eu Louco 2. Andrógino Mestre Andrógino Magus 3. Sacerdotisa A Yoni Sacerdotisa 4. Amor sob Vontade Polaridade e Cópula Emperatriz 5. Identidade : Estrela Amrita Puro, Vontade Verdadeira Estrela 6. Papéis Sexuais Equilíbrio dos Papéis Sexuais Hierofante 7. União Equilíbrio da Sexualidade Amantes 8. Paixão Controle dos Institntos Carro 9. Ajuste Alinhamento com a Vontade Verdadeira Ajuste 10. Semente Solitária Arcano Alfa Ermitão 11. Palma Arcano Beta Roda 12. Luxúria Instinto e Kundalini Luxúria 13. Atavismo Exploração do Inconsciente Enforcado 14. Orgasmo Eros como Iniciador Morte 15. Trasnmutação Sacramento Sexual Arte 16. Bissexualidade Ilusão da Dualidade Diabo 17. Kundalini Kundalini Torre 18. Sublimação Uso Correto do Sexo Emperador 19. Yoni Corrente Lunar Lua 20. Falo Corrente Solar Sol 21. Corrente Fogo do Aeon, Humano Superior Aeon 22. Corpo Organismo Físico Universo Ath Aleph + Tau Essência INICIAÇÃO A THANATOS Introdução Shakti, a consorte de Shiva tece pelo universo a triplicidade dos Gunas (Sattvas, Rjas e Tamas) cujas qualidades estão nas formas das secreções cósmicas de Kalas que são manifestos em sua encarnação superior, Kali. Shakti tem dez formas distintas, das quais a mais alta é Kali. De kali emanam as outras nove formas que dão corpo ao seu espectro de atividade. Tara Poder de Creação Sodasi Materialização do Desejo Bhairavi Infinidade de Formas Bhuvanesvari Forças Materiais Chinnamasta Distribuição da Força de Vida Dhumabati Forças da Paixão Bagala Destruidor do Desequilíbrio Matangi Dominação Kamala Unidade Juntas, estas encarnações formam a Qaballah de Kali, que é a matriz Ain/Kether da Árvore Negativa (universo B). Ela é a Mahavidya e a Deusa Primal. Cuja forma externa é furiosa e terrível, ela é ainda a dadora e destruidora do tempo e molda o universo em todas as suas formas. Para entender a interação entre a Magia Sexual e os reinos Qlipphóticos, devemos adentrar o culto de Kali. Seu Yantra é o triângulo invertido (a Yoni), seu mantram é o som raiz de Krim e seu Tantra é aquele da Magia Sexual em solo de cremação, onde todos os desejos são queimados salvo o da pureza do Eu. Aqui, todas as forças são absorvidas no vórtice do Eros cósmico e as experiências de medo e morte são transformadas em pura paixão de Vontade Perfeita. Uma Descrição de Kali O termo Kali vem do radical 'Kal' que significa 'impelir'. Kali é a Deusa Secreta dos Tantristas e deste modo impele o mago a encarar os aspectos finais da Iniciação. Sua relação com Nuit é a de que ela é a máscara da Iniciação da Morte (Thanatos). A experiência de Kali é muito afim àquela do Antigo Egito, onde, no auge da iniciação, é dito ao neófito que 'Osíris é um Deus Negro' e o neófito fica face a face com Set, o Senhor Negro. Set sendo aquele que despe o mago de todos conceitos e o leva à experiên cia da morte, que finalmente causa a total manifestação do Humano Superior. Uma descrição completa de Kali é encontrada no livro 'Caminho Tântrico' (Tantrick Way), de Ajit Mookerjee e Madhu Khanna, Thames e Hudson, 1977. "Kali é o símbolo do poder ativo do tempo eterno, Kala, e neste aspecto ela significa aniquilação, através da morte ou destruição. Creação, a semente da vida, emerge como a destruição da semente leva ao nascimento da árvore. Portanto, desintegração é um passo normal e necessário da natureza movendo-se em direção ao progresso ou desdobramento. "Kali é a materialização da creação, preservação e aniquilação. Ela inspira repúdia e amor ao mesmo tempo. Como uma tendência desintegradora, Kali é representada em preto 'pois todas cores desaparecem no negro, portanto todos os nomes e formas nela desaparecem' (Thanirvana Tantra). A densidade da escuridão é também identificada com a consciência massiva, compacta, sem divisões, pura. Em hinos tântricos à deusa Kali, ela é descrita como 'digambar', trajada no espaço, em sua nudez, ela está livre de qualqu er cobertura de ilusão. Ela tem o peito inflado, sua maternidade, uma creação incessável denotando preservação. Seu cabelo desgrenhado, 'Clokeshi', forma uma cortina de morte que permeia a vida com mistério. Sua grinalda de cinquenta cabeças humanas representando uma das cinquenta letras do alfabeto sânscrito, simboliza o repositório de poder e conhecimento; as letras são elementos sonoros nucleares simbolizando o poder dos mantras. Ela veste um cinto de mãos humanas, mãos são os principais instrumentos d e trabalho e portanto significam a ação do Karma ou relações acumuladas para serem desfrutadas em nascimentos subsequentes, constatemente relembrando que a liberdade suprema é condicionada pelos frutos das ações perpetradas. Seus três olhos governam as três forças de Creação, Preservação e Destruição. Seus dentes brancos, símbolos de Sattvas, a inteligência translúcida, pressionam sua língua vermelha para fora da boca, indicativa de Rajas, um nível determinado de existência conduzindo para Tamas, inércia. Kali tem quatro mãos, uma mão esquerda porta uma cabeça separada, indicando destruição, e a outra carrega a espada da exterminação física, com a qual ela corta a linha da escravidão. Suas duas mãos da direita expulsam o medo e exortam para força espiritual. Ela é o poder imutável, ilimitado, primordial (Adyasakti), atuando no grande drama despertando o imanifesto Shiva, um observado passivo. Sua unidade inseparável reflete a não dualidade." Iniciação a Thanatos Uma das mais profundas iniciações da Magia é a de Thanatos ou morte. Em Aeons passados a fórmula para experienciar Thanatos e Eros era através do sacrifício, onde o ego inferior morria e com ele as paixões e era ressuscitado mais tarde em um Novo Eu. A fórmula sacrificial era útil no velho Aeon de Osíris pois trazia liberação (Moksha) do Verdadeiro Eu do ciclo de recorrência eterna. Após esta experiência a alma recém-nascida começa a reencarnar, no verdadeiro sentido da palavra, e ganhar experiência. A e xperiência e gradução supremas para esta alma é a iniciação de Thanatos, onde através de ritos sexuais, os medos e destruições das facetas Qlipphóticas do Universo são tão necessárias como os aspectos Sephiróticos e tudo é consumido na paixão erótica de Kali. Para algum mago, pode ser possível que ele tenha encontrado seu Verdadeiro Eu em Aeons prévios, portanto seu trabalho, nesta época, é aplicar aquela Vontade para plena manifestação. Para outros, simplesmente a descoberta do Eu Verdadeiro será tarefa suficiente. É imperativo notar a diferença ! A magia de Kali toma o mago que encontrou seu Verdadeiro Eu e o empurra além para a plena manifestação (Humano Superior). Da mesma maneira, a descoberta do Eu Verdadeiro é um pré-requisito para esta forma de trabal ho. Trabalhos preliminares focalizados em meditações sobre a morte, como as quarenta meditações da morte no Budismo ou o Liber HHH, seção AAA (de Crowley) são úteis, contudo, meditações em cemitérios não podem ser superadas. A iniciação a Thanatos usa as imagens da morte, volência, medo e dor e é baseada nos Princípios de Reversão Sensorial. Na feitiçaria de Kali as imagens reúnem os dois aspectos da energia universal, positividade e negatividade e através de sua interação cria uma nova força. Este processo é afim à dialética filosófica de Hegel, onde Tese + Antítese = Síntese. Contudo, o duelo pessoal de imagens de vida e morte é de longe mais imperativo do que uma discussão filosófica. A iniciação em Thanatos reúne sexo e morte, gosto e desgosto, forçando o mago a experienciar todas as coisas sem respeito a preferências, gostos, normalidades, etc. É a mais terrível de todas as iniciações e engloba a experiência tradicional de "cruzar o Abismo". Esta experiência usa os opostos diretos do que experienciamos para mostrar a totalidade do universo e portanto oferece a maior libertação possível e ainda, é uma das maiores demandas de todo o ocultismo, magia e tantrismo. O Solo de Cremação O solo de cremação é a cena da iniciação, aqui o mago é despido de todos suportes e máscaras. Thanatos e Eros atuam como os aspectos duais de uma força, sua Shakti ou Kali, que materializa as forças e o ritual torna-se um ato simbólico de necrofilia onde o processo sexual leva-o diretamente a um encontro sexual com o equilíbrio entre vida e morte. Isto é acompanhado por imagens de violência e intoxicação intensas. As imagens de violência são um imperativo ao processo, elas demonstram a finalidade do ciclo de sofrimento a respeito da vida mortal e destrói as ilusões finais dentro da mente do mago. Sadomasoquismo é normalmente usado para aprimorar a experiência, entretanto, morte e dor não são o objeto mas são postos como aspectos do processo para experienciar a Vontade Verdadeira. Em tempos antigos, os Thuggi levaram este aspecto muito longe e literalmente usavam de violência e assassinato em sua adoração a Kali. I sto é o mais distante que você pode estar da feitiçaria de Kali ! O uso de imagens violentas e conceitos de morte levam o iniciado a um estado pessoal de confusão onde a morte e a vida, sofrimento e prazer, emergem num redemoinho de frenesi sexual e emoção, amor, ódio, terror, beleza. Através disto um novo sentido despontapor sobre estas dualidades e forma uma experiência suprema do Eu Verdadeiro manifestando-se nos veículos inferiores aperfeiçoados. Apenas através deste processo de 'cruzar o Abismo' é qu e é possível a total manifestação da consciência do Humano Superior. A Sombra " O confronto de alguém com seu próprio mal pode ser uma experiência mortificante, similar à morte, mas como esta, está além do significado pessoal de existência, representando o primeiro estágio no encontro do Eu. Não há, de fato, acesso ao inconsciente e da nossa própria realidade a não ser através da Sombra. Apenas quando percebemos aquela parte de nós mesmos que até agora não havíamos visto ou preferimos não enxergar podemos então prosseguir com a busca e encontrar as fontes da qual se alimenta e a b ase na qual se sustenta. "Portanto, nenhum progresso ou crescimento na análise é possível até que a Sombra esteja adequada e confrontar significa mais do que meramente conhecer sobre ela. Não até que fiquemos verdadeiramente chocados de nos vermos como realmente somos, ao invés de como desejamos ou esperançosamente assumimos que somos, que poderemos tomar o primeiro passo em direção à individualidade." A Busca Simbólica (The Symbolic Quest), de Edward C. Whitmont O exerto acima sugere que a experiência similar à morte é disparada através do encontro com a Sombra. A Sombra é melhor entendida como a faceta do ego inferior que nos força ao conflito dentro do inconsciente para que uma experiência mais plena do Eu Verdadeiro seja possível. Esta Sombra é responsável pelos terrores que experimentamos nos primórdios de nosso treinamento oculto e os períodos de crise que experimentamos logo após começarmos nossa busca iniciática. Deste modo é algumas vezes conhecida como o "Habitante da Entrada". Esta força de crise leva-nos a nos ver como realmente somos e é o primeiro passo no processo que deve desembocar na Iniciação a Thanatos. A relação entre a Sombra e o Ego é refletida de perto na dualidade de Set e Hórus, escondido dentro da força de Hórus está o aspecto oculto de Set. Set é como a Sombra, mas numa base macrocósmica. Ele purifica o planeta para prepará-lo para uma plena experiência de despertar, este sendo a visão de Ain, que é na realidade a verdadeira natureza d a Sombra ou Set exaltado. Kali como Matriz Iniciática Kali é, portanto, a mais alta matriz iniciática. Ela resume sob um glifo as imagens de vida e morte e oferece as experiências de Thanatos e Eros moldadas juntas para levar a uma iniciação final nas Supernais. As verdadeiras técnicas da Iniciação a Thanatos são as de reversão dos sentidos, entretanto, o fator chave da feitiçaria de Kali é a de que ela é intensamente pessoal e altamente destrutivaantes de ser construtiva. Oferece a maior experiência iniciática possível, a dissolução de todas as barreiras entre os veículos inferiores e o Eu, a transfiguração do Humano Superior através da total visão da realidade. Para completar este capítulo, repetiremos a velha oração a Kali encontrada em Chandi, Capítulo Cinco, versos 16-80 : Aquele poder que é definido como consciência em todos os seres, Reverência a ela, reverência a ela, reverência a ela, Reverência, reverência. Aquele poder que é conhecido como razão em todos os seres, Reverência a ela, reverência a ela, reverência a ela, Reverência, reverência. Aquele poder que existe em todos os seres como fome, Reverência a ela, reverência a ela, reverência a ela, Reverência, reverência. Aquele poder que existe em todos os seres como Sombra, Reverência a ela, reverência a ela, reverência a ela, Reverência, reverência. Aquele poder que existe em todos os seres como energia, Reverência a ela, reverência a ela, reverência a ela, Reverência, reverência. Aquele poder que existe em todos os seres na forma de sede, Reverência a ela, reverência a ela, reverência a ela, Reverência, reverência. Aquele poder que existe em todos os seres na forma de ilusão, Reverência a ela, reverência a ela, reverência a ela, Reverência, reverência. DOCUMENTOS DE FONTES TÂNTRICAS DOS CASAMENTOS SECRETOS DOS DEUSES COM OS HOMENS Publicado originalmente como um documento do 8º grau dentro da OTO sob o selo de Baphomet 10º grau (Mestre Therion). Introdução "Dos Casamentos Secretos dos Deuses com os Homens" é um estudo de teoremas básicos da Magia Sexual. Foi originalmente publicado sob o juramento de segredo dentro do 8º grau da OTO e é de autoria de Mestre Therion em seu papel como Baphomet, o décimo grau, administrador chefe da ordem na Irlanda, Iona e todo Reino Unido. O documento usa simbolismo maçônico tradicional e hermético e portanto deve ser estudado alinhado com as tradições ocidentais, embora o assunto ocasionalmente extraia algo das fontes tântricas orientais. Sabendo disto, certas reinterpretações de terminologia são imperativas. Os termos Caminho da Mão Esquerda/Direita, por exemplo, são usados neste documento de acordo com os ditames do pensamento Hermetista e maçônico ao invés de seus significados tântricos originais. Portanto, eles são aqui usados para re presentar aqueles que dissolvem o ego sob a revelação da Vontade Verdadeira (CMD) e aqueles que usam de meios ocultos para sustentar a substância egóica abaixo do Abismo (CME). Esta segunda classe é vista como aqueles que evitam o Eu Verdadeiro e criam um estado de desequilíbrio e destruição internos. Além destas definições devemos entender que o termo Castidade especificamente refere-se àqueles que usam sua sexualidade alinhada com a meta de atingir a Vontade Verdadeira e não no sentido de abstinência. M antendo estas definições na mente e examinando o documento em conjunto com seus comentários, o mago descobrirá uma riqueza de informações a respeito da teoria e prática da Magia Sexual, O texto em si está escrito em itálico, com os comentários em fonte normal. SOBRE OS CASAMENTOS SECRETOS DOS DEUSES COM OS HOMENS DE NEUPRIIS SECRETIS DEORUM CUM HOMINIBUS Baphomet Xº OTO do trono da Irlanda, Iona e todo o Reino Unido, que estão no Santuário da Gnosis para os Adeptos Perfeitamente Iluminados do Areopagus Secreto do Oitavo Grau, Pontífice e Epópeta dos Iluminatti, Saudações e Paz. Sob o selo de obrigação do VIII. Sobre a Castidade Queridos amados, na guerra da casta do Caminho da Mão Esquerda contra a Gnosis, cuja primeira fase terminou no estabelecimento daquela tirania e superstição que é chamada de Cristianismo. Muitas verdades foram roubadas pela Loja Negra e pervertidas por seus usos vis. E o mais nocivo em sua corrupção é a castração do homem chamada de Castidade. A atrofia das partes mais nobres do corpo que são os órgãos de redenção adequados, ambos Gaian e Ouranian (terra e céu). Nós que então no sétimo grau juramos solen emente castidade, tanto interna quanto externamente,, que observamos com nossos olhos agora como Epópetas dos Iluminatti e como perfeitos Pontífices de nossa nobre ordem administrada com nossos membros, a iniciação cujo nome é Ressurreição na luz. Logo, nós somos aptos a iluminar os locais mais escuros da terra e considerar sabiamente o que jaz no império dos Maus. Leia, portanto, estas passagens na falsificação chamada a Epístola de Paulo aos Romanos... 'Não deixe, por esse motivo, nenhum pecado reinar em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões. Nem ofereçais vossos membros ao pecado como instrumentos da iniqüidade, mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros a Deus como instrumentos da retidão. Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne, assim como vós oferecestes vossos membros como servos da impureza e de iniqüidade a iniqüidade. Mesmo agora oferecei vossos membros como servos da ret idão para a santificação. Pois quando éreis escravos do pecado, vós estivéreis livres a respeito da retidão. Que frutos tivéreis então ainda naquele tempo a não ser as coisas das quais agora vos envergonhais. O fim daquelas coisas é a morte. Mas agora estando livres do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação e, por fim, vida eterna.' Romanos VI : 12 e 13, 19-22 Considere também estas passagens do Velho Testamento : 'E o Senhor disse-me : Tome uma grande tábua e escreve nela de maneira inteligível Maher-Shalal-Hash-Baz. E eu tomarei comigo testemunhas fidedignas para testemunhar a Uriah, o sacerdote, e Zacariah, o filho de Jeberequiah. E eu fui à profetisa e ela concebeu e deu à luz um filho. Então o Senhor me disse : Põe-lhe o nome de Maher-Shalal-Hash-Baz.' Isaías VIII : 1-4 'Quando o Senhor pela primeira vez falou por meio de Oséias, então o Senhor lhe disse : Vai, tomai uma mulher de prostituição e crianças de prostituição, pois a terra cometeu grande prostituição, desviando-se do Senhor. Ele então se foi e tomou Goher, filha de Diblaim e ela lhe concebeu e deu à luz um filho.' Oséias I : 2 e 3 'E disse-me o Senhor : Vai outra vez, ama uma mulher amada de seu amigo e adúltera, como o Senhor ama os filhos de Israel, embora eles olhem para outros deuses e amem bolos e uva-passa. Então comprei-a por quinze peças de prata e um ômer e meio de cevada e lhe disse : Tu me suportarás por muitos dias, tu não deves te prostituir, nem serás de outro homem, assim eu também te suportarei.' Oséias III : 1-3 O primeiro aspecto deste documento discute como os irmãos do CME são aqueles que corrompem os Mistérios, eles são primariamente vistos como aqueles da fé cristã. Dois aspectos específicos de sua corrupção são a remoção dos ensinamentos dos verdadeiros Mistérios no qual todos os magos são Pontífices, não simplesmente um tolo no Vaticano e a destruição dos Mistérios da Magia Sexual. O cristianismo é claramente identificado como a pior corrupção da Gnosis, sendo que originalmente detinha os Mistérios mas os deformou e traiu os segredos que estavam em sua possessão. A Igreja desembasou o conceito de sexualidade religiosa e o substituiu com genitais atrofiados e 'castidade' como abstinência. A natureza das iniciações da OTO e em qualquer ordem thelêmica focaliza-se na ressurreição na luz ou, em termos menos religiosos, a invocação da Vontade Verdadeira. Este conhecimento inclui a crença de que todos os corpos devem ser usados como veículos para a manifestação do Eu Verdadeiro, mas mais especialmente o corpo instintivo que reforça o organismo através do sistema Chakras-Kundalini. Os versos bíblicos sugerem uma interpretação gnóstica da escritura a respeito da Magia Sexual. O primeiro verso descreve a natureza real das forças sexuais. O estado de 'pecado' é aquele de não estar em contato com o Verdadeiro Eu. O homem mundanoestá neste estado por não ter entendimento de seu ser interior, o uso de seus instintos pouco lhe importa pois ele não tem tal consciência. Contudo, o mago deve perceber sua posição em relação ao seus instintos, pois estes são uma expressão de seu Eu Verdadeiro e portanto devem ser usados APENAS dentro deste processo de santificação (purificação dos corpos) e retidão (estar ligado ao Universo). Qualquer outro uso está fora de contexto com seu estado de iniciação. Para o mago, a sexualidade é um foco do status de sua Vontade Verdadeira e portanto é usado de acordo com essas condições, este é o significado real da Castidade e Brahmacharya. Os versos do Velho Testamento sugerem a fórmula esotérica de Babalon. Por meio da qual o papel real da Sacerdotisa é sexual tanto no papel da Magia Reprodutiva (Gamaísmo) e atos gerais da Magia Sexual. No último verso está óbvio que ela não é uma esposa, mas uma Sacerdotisa dos Mistérios consagrada, usando um arcano sexual. Em todos estes versos vemos uma descrição velada das bases da Magia Sexual como ensinada na Gnosis atemporal e ainda escondida dentro dos ensinamentos do Cristianismo ainda muito temp o após ter perdido a custódia dos Mistérios. UMA NOTA IMPORTANTÍSSIMA Nos últimos anos, reclamações ridículas têm sido feitas contra a comunidade ocultista em relação a sacrifícios humanos, particularmente, sacrifícios infantis. Deve ficar claro que nenhum mago, ocultista ou magista que tenha qualquer poder real (ou cérebro) acredita ou usa sacrifícios humanos de qualquer forma. Mesmo o sacrifício animal é abominado pela comunidade ocultista moderna. O sacrifício é uma virtude primariamente cristã tendo se desenvolvido do conceito judeu de expiação. Nos tempos do Velho Testamento os judeus sacrificavam suas crianças (especialmente seu primeiro filho nascido) e quando isto se tornou inaceitável, substituíram-no por sacrifício animal e circuncisão. Esta ética sacrificial se arrastou até a expiação substitutiva de Jesus através de seu sacrifício de sangue pela humanidade. As seções seguintes do "De Neupriis Secretis Deorum cum Hominibus" foram escritas sarcásticamente por Mestre Therion. Sendo que a Igreja Católica acredita que 'derramar a semente', isto é, masturbar-se, era um desperdício de potencial para as crianças e um pecado contra Deus, Crowley viu isso como uma grande diversão ridicularizar sua ignorância e estupidez; ele assim o fez usando a imagem do sacrifício. Ele afirmou, por exemplo, no 'Magia em Teoria e Prática', que ele matava uma criança por dia. O que e le queria dizer ? É óbvio que isto significa que ele se masturbava bastante todos os dias, nada mais, nada menos ! As seções seguintes são obviamente sarcásticas e comentários velados sobre práticas sexuais usando imagens de Igreja Católica contra a mesma. No jargão da Magia Sexual de Crowley uma criança era um código para os fluidos sexuais masculinos e femininos combinados, enquanto que um adulto representava fluidos de apenas um sexo. Copiamos estas seções com esta consideração em mente. Crowley, nós mesmos e todos os thelemitas modernos ficam desgostosos com sacrifício e deixam isto para qualquer cristão que possa pegar este livro e tentar usá-lo contra nós, para seriamente considerar a virtude de sua própria fé pois eles adoram um humano sacrificado, mutilado e torturado e pendurado numa cruz. Sobre os Ritos de Sangue Diz-se que há uma seita judaica chamada Chassidim, cuja prática é o sacrifício do homem. Embora de preferência uma criança, mas também um adulto, é tomado entre os gentios e cerimonialmente imolada, para que nenhuma gota de sangue seja perdida, para que o espírito da vítima não escape ao exorcista, refugiando-se na gota. Seu sangue é então consumido como um sacramento ou empregado para propósitos talismânicos. Pois o espírito do imolado está selado no sangue derramado e reunido,daí é multiplicado em cada parte, como na missa do Corpo de Cristo,onde é dito que esteja igualmente em todas as miríades de hóstias consagradas, e seu sangue em cada gota de vinho consagrado, em qualquer lugar e por sua eficácia. Considere isto. Novamente, está bem claro que Crowley está atacando as crenças sacrificiais das comunidades judaica e cristã. Ele tomou a velha lenda de judeus sacrificando crianças e a virou de ponta-cabeça para explicar um conceito esotérico. Para Crowley o código é claro : sangue = fluidos sexuais. Não há sugestão do uso real de sacrifício mas uma clara e precisa análise da lenda judaica e cristã. A mensagem básica é a de que em cada gota de fluido sexual há uma grande concentração de força psíquica (alma) e que est e fluido pode ser usado como sacramento afim ao rito da comunidade cristã. O uso deliberado da imagem sacrificial e o conceito de comunidade nesta seção novamente mostra o forte sarcasmo de Crowley e seu desgosto (se essa for uma palavra suficientemente forte) pela ética sacrificial judaico-cristã. Sobre Certos Ritos Secretamente Praticados na Rússia Há um corpo dentro da Igreja Grega que mantém uma doutrina esotérica e pratica um rito secreto. Nos encontros deste corpo, as luzes são extinguidas, os adoradores, liderados por um sacerdote e uma sacerdotisa escolhida e consagrada procuram um pelo outro através do toque e por atração sutil, então eles consumam a caridade pura de seus corações em zelo sagrado. Se pela graça e habitação do Espírito Santo a sacerdotisa deste rito despose, e também virgem conceba e dê a luz, então a criança é batizada por s eu pai, o sacerdote para a purificação de água e para a consagração de fogo,assada e dividida entre os adoradores para seu uso como sacramento, como um talismã e como remédio contra todas as doenças.Isto também é dito dos Cavaleiros de nossa própria ordem sagrada do Templo, esta descendência de qualquer um deles através de uma virgem, era assada e um ungüento era feito de sua gordura com o qual o mago untava uma figura inefável de Baphomet. Considere isto. Mais uma vez, o sarcasmo flui. Com suficiente conhecimento de Thelema podemos novamente ver a referência codificada. Crowley usava fluidos sexuais combinados como um remédio e acreditava que era usado como agente de unção pelos Cavaleiros Templários. O verdadeiro ungüento era como uma bateria, armazenava o frenesi orgásmico combinado dos Cavaleiros (disparado pelo sexo com uma virgem) numa espécie de 'acumulador orgônico'. Mais uma vez, torna-se abundantemente claro no texto que sangue = fluidos sexuais, criança = fluidos sexuais combinados, expelidos de maneira ocultista. A consagração do fogo ou Shin no hebraico relaciona diretamente à luxúria ou poder instintivo. Qualquer Mago que acredite que estas referências na verdade condenam o sacrifício ritual devem pôr este livro de lado imediatamente e retornar para seus estudos ocultistas básicos ! Sobre a Missa Negra Dentro da Igreja Romana têm sido encontrados desde o começo até hoje pessoas e sociedades conformadas na aparência com este culto materialista, internamente revoltadas contra ele, ainda tão frequentemente ignorantes de nossa Luz e na verdade para eles o alcance da Vida, Liberdade e Amor, parece possível apenas através da profanação de seus próprios Mistérios. Pois eles não sabiam que estes Mistérios eram eles mesmos mas profanação e corrupção dos verdadeiros e perfeitos Mistérios dos Adeptos. Eles estabe leceram portanto um culto cuja fórmula fundamenteal era o definhamento da hóstia consagrada. O sacerdote portanto tendo feito o pão em Corpo de Cristo (como ele teoricamente poderia fazer pela virtude de seu poder apostólico), como ele pensava, definhava este corpo usando-o como o objeto e veículo da luxúria. Crianças heróicas da liberdade, mas triplamente cegos ! Sansões que perecem com os Filisteus. Pois se a teoria eclesiástica é verdadeira, de fato eles incorrem em danação, se falsa, eles verdadeirame nte perdem seu trabalho. Mas pelo menos eles colocam o Homem contra o falso demônio do Cristão, e leva-se em conta para a sua retidão. Mas veja, vós Irmãos, adeptos perfeitamente iluminados, quão grande é o erro deles que por sua revolta devem ser reis.Pois não são na verdade as excentricidades simiescas do sacerdote que consagram o pão mas seu poder masculino que deve tornar sagrada todas as suas ações. Considere isto. Esta descrição magnificente explica, até mesmo justifica as seções anteriores estranhas e sarcásticas. Aqui, Crowley torna claro que o uso de qualquer forma de profanação (incluindo o sacrifício) é uma tentativa estúpida e vazia de se revoltar contra o cristianismo e portanto é simplesmente uma corrupção de uma corrupção. Esta passagem claramente rejeita não apenas o sacrifício mas a estupidez de ambos o profanador da Igreja ( nas excentricidades da Missa Negra) e a ignorância banal dos próprios sacerdot es. Esta seção mostra como a Missa Negra, embora possa ser uma revolta significante contra a Igreja, termina tornando-se tão bárbara e idiota quanto os ritos do inimigo que objetivou vencer. A sugestão está no fato de que o poder da Igreja está em sua sexualidade sublimada, o poder do sacerdote está em seu falo, não em suas palavras inconscientes pelas quais ele clama transformar o pão em 'jantar judeu'. A essência desta seção é a de que todo sacrifício é uma reação a ou produto da ética Cristã e Judaica e da mesma maneira aqueles que praticam a Missa Negra, etc. estão reagindo contra a Igreja e são simplesmente um produto dela. Eles certamente não são dos Mistérios, nem de nós. Do Sabbath dos Adeptos Nas horas negras da terra quando a superstição cristã com malogro caído secou malignamente a maioria dos povos da Europa, quando nossa ordem sagrada foi dispersada e a santidade de seus preceitos jazia violada, havia ainda certeza em manter a Verdade em seus corações e amar a luz para guardar a lamparina da virtude sob um manto de sigilo. E estes em certas estações por caminhos abertos ou escondidos, em charnecas ou montanhas, eles dançavam juntos e com estranhas iguarias e feitiços, chamavam ele, cuja e nergia chamaram ignorantemente de 'Satã', que era na verdade o grande deus Pan, Baco, ou até mesmo Baphomet que os Templários adoravam secretamente, e ainda adoram pois no VI todos Cavaleiros ilustres da sagrada ordem do Kodosh, todas as damas de companhia do Santo Graal são ensinados a adorarem; ou BABALON a bela ou até mesmo Zeus, o Apolo dos gregos. E cada um quando primeiramente induzido para a festa era feito parceiro daquele encarnado pela consumação do rito de casamento. Considere isto. O Sabbath como entendido dentro da tradição tântrica do Santuário é o sobrevivente das formas primordiais de Magia Sexual Gnóstica, quando a Igreja degradou os Mistérios, as formas primevas foram ressuscitadas pelos Magos e ensinadas em florestas e montanhas. A chave para o ensinamento estava no direito divino de casamento através do qual o mago dedicava-se à força criativa do universo e identificava sua sexualidade com aquela dos Mistérios, ao invés de degradá-la na vida rotineira. Este processo é afim ao ensinado dentro do arcano Gama, técnica Qodosh. Sobre Fábulas Clássicas Os antigos de qualquer nação relatavam seus heróis como sendo nascidos do casamento dos Deuses com homens mortais. Como Rômulo e Remo nasceram de uma vestal virgem inseminada pelo Deus Marte, Hércules de Zeus, Buddha de Vishnu, na forma de um elefante com seis trombas, Jesus de Jeová com uma virgem e muitos outros. Mesmo Deuses verdadeiros nasciam de mães mortais, como Dionisos de Sêmele. Também eles contam muitos amores do céu pela terra, Diana por Endymion, Zeus por Leda, Dana, Europa e o resto. Mesmo Hades saiu de seu reino de penumbra para desposar a donzela Perséfone. Há também amores de Deuses por ninfas, Baco por Ariadne, Zeus por Io, Pan por Syrinx. Não há limite. E sátiros, faunos, centauros, dríades, milhares de graciosas tribos, brilhante e luxuriosamente pelas lendas. De novo temos os amores de fadas pela humanidade e o comércio dos Beni-Elohim pelas filhas dos homens, e novamente o casamento de Orfeus com Euridice, uma ninfa,e as redes fidedignas que as Laura Melusina, as sereias,, Lilith e muitas outras jogaram para os homens. É até mesmo dito que para cada iniciado da ordem da Astrum Argum podem aparecer na forma de um demônio ou uma mulher para pervertê-lo. Dentro de nosso próprio conhecimento temos que não menos que nove irmãos que foram absolutamente jogados para fora desse modo. Há também amores fúteis como o de Ixion por Hera, de Actaeon por Artemís. Considere isto. A primeira mensagem dentro desta seção é a descrição da idéia do uso de congresso sexual com formas astrais. Nesta ilustração, Deuses e Deusas. O propósito chave desse congresso sendo tanto a produção de uma manifestação desta força (crianças espirituais) ou a criação do elixir. Isto é ilustrado de acordo com os diferentes métodos que podem ser usados, Deuses e Ninfas, Fadas e Homens, Deuses e Mortais e por aí vai, cada ilustração oferecendo um tipo levemente diferente de fórmula. Além dessas fórmulas, há as que as sereias e afins oferecem , a fórmula do aprisionamento através da magia sexual. Uma fórmula que deve ser usada com extremo cuidado, para detalhes desta fórmula, a fórmula de Vampiro de Alhim é encontrada no "De Ars Magica". Nos últimos versos é dado o aviso de que a criação de uma forma astral não deve ser confundida com um homem ou mulher físicos, embora ele/ela possa tomar o lugar do sacerdote/isa dentro do rito, esta confusão pode levar a obsessão e a perda da vontad e mágika. Sobre Certos Ritos Gregos Entre os povos da península dos Balcãs e especialmente os gregos, por trás do disfarce de falso cristianismo, está escondido o trigo de Deméter. E como o muçulmano confia estar unido pela morte ao Hur al Ayn do paraíso, também estes outros ainda pensam que casamento mundano não é mais do que fornicação, pois a morte é nupcial posto que a alma está unida àquele Deus ou Deusa para quem na terra sua paixão aspirava. Portanto, mesmo no abraço de seus amantes, seus corações estavam fixos em Artemís ou em Afro dite, ou em Ares ou em Apolo, conforme a tendência interna incita e daí a intuição. Considere isto. Esta seção continua com a idéia do uso de imagens astrais em conjunto com as várias formas de magia sexual. A diferença, entretanto, sendo que aqui o processo é moldado numa forma de Bhakti ou yôga devocional. Esta forma de prática yôguica usa o orgasmo sexual (a 'pequena' morte) para realizar um estado de união extática com a imagem escolhida. Um extensão natural desta técnica pode ser feita na feitiçaria comum, onde os trabalhos nos caminhos e sephiroth podem ser expandidos através do congresso sexual com os vários habitantes destes locais. Obviamente isto garante mais sucesso do que as técnicas mais tradicionais de trabalho dos caminhos. Sobre Súcubos e Íncubos De todos os tempos a vida do homem agora e novamente caiu no sono, sem vontade e apenas reflete-se vagamente e fantasticamente pelos sonhos e seu conhecimento. Agora sendo que nada pode ser perdido em qualquer plano, mas apenas mudado na aparência, a substância interna dessa forma de vida de fato cria monstros, em parte materiais, que os doutores da Idade Média chamavam íncubos ou súcubos de acordo com suas funções masculina e feminina. Estes também, criaram crianças em mulheres, mas não o contrário, par a o súcubo, pois todas suas funções femininas são tão masculinas quanto as de seu irmão. Destes amantes monstruosos alguns até se tornaram famosos na terra como aquele que tentou Santo Antônio, e o anjo que brigou com Jacó num lugar chamado Paniel. Também Merlin era a criança de um íncubo, e assim foram criados muitos heróis da antiguidade. Considere isto. As primeiras linhas desta seção descrevem a teoria básica por trás da emissão sexual, também as emissões sexuais ejetam tanto para o reino físico quanto astral um grau de força de vida ou Ojas. Esta força, quando não controlada pela vontade, tende a operar de uma maneira descontrolada, criando uma variedade ampla de formas baseadas no estado de sonho que é associado com o orgasmo sexual. Uma das criações resultantes é o íncubo, que representa uma forma de estímulo sexualque é criado pelos sonhos associad os com as emissões sexuais, isto pode ser formado durante o sono ou estados despertos. Se propriamente controladas, tais criações são de grande valor para realizar trabalhos Gama e Epsilon dentro das esferas astrais sem intervenção física bem como outras possibilidades mágikas. Sobre o Trabalho dos Adeptos Não é apenasuma provação e como uma preparação para, a maior chave que é dada ao iniciado do Santuário da Gnosis é o IX OTO, mas por sua própria graça e o valor prático e permanente de seus efeitos como um trabalho menor para ser realizado por Epópetas - e muito mais por Pontífices - dos Iluminatti. E este trabalho é triplo ... 1. Devoção ao mais alto intensificada em todos os planos até que se acumule em união conjugal ratificada por todos Deuses tão firmemente que a própria morte é o portal para seu mais pleno e permanente desfrute. E a alma é para criar-se como uma criança para a nova encarnação sobre o corpo da grande Deusa. Como está escrito, assim deve ser falado sobre ti ! "Ó Tu tens formado teu pai e feito fértil tua mãe." 2. Aceitação da devoção de um ser inferior ou parcial tal como uma ninfa ou um elemental de tal maneira que por meio desta seja redimida e feita uma perfeita alma através da morte que deve ser paga como preço pela união com o homem. 3. A creação deliberada e bem considerada de novas ordens de seres. Esta seção, descrevendo o trabalho do adepto, resume os trabalhos básicos que devem ser completados com sucesso como parte das aplicações práticas primordiais da Magia Sexual. A primeira seção descreve o procedimento por meio do qual, através de congresso sexual com formas astrais, relacionados aos caminhos e às Sephiroth, uma nova forma é creada, um novo eu; o Eu Verdadeiro é creado e moldado e nasce através da consciência do velho eu. A seguir, o mago usando as técnicas de íncubos e súcubos toma um ele mental ou ser parcial para atingir certas tarefas, reforçar sua vontade e explorar os mundos inferiores. O resultado final deste processo sendo a aceleração do crescimento do elemental e sua graduação, na morte, aos rincões inferiores da corrente de vida humana. A seção final sugere todo o trabalho realizado pelo mago durante os estágios primários de seu treinamento tântrico, mesmo o processo inteiro, a creação de novas ordens de seres. Casamentos Maiores 1. O meio supremo está plenamente declarado nas publicações da fraternidade augusta mais sagrada Astrum Argum - Liber XI e Liber DLV. 2. Seu outro método é sugerido a cada ocasião antes do sono : que o adepto imagine sua Deusa diante dele, mantendo-a ardentemente na imaginação e exaltando-se com toda a intensidade em direção a ela. E que ele considere todos movimentos involuntários da mente como adultério, vil e criminal. Logo, com ou sem assistente, que ele purifique-se livre e plenamente, ao final do comedimento treinado e ordenado até a exaustão, concentrando-se sempre ardentemente sobre o corpo de sua grande Deusa e que a oferenda seja preservada em seu templo consagrado ou num talismã especialmente preparado para essa prática. E não deixe o desejo por qualquer outro entrar em seu coração. Então será no final que a Grande Deusa descerá e vestirá sua beleza em véus de carne rodeando sua fortaleza casta do Olimpo para teu assalto, Ó Titã, filho da terra ! Ou pelo menos isto sendo negado a ti, ainda que toda tua vida em coração e espírito sendo Dela tua morte será a consumação desses noivados, uma entrada no palácio fechado de tua dam a. E de tais desposamentos deves tu ler no Liber CCCXVIII, mais especificamente no nono e segundo Aethyres. É de se notar de tudo isso que tanto Deus quanto a Alma são macho ou fêmea conforme a conveniência requerer. Veja, por um curioso exemplo, o tratrado místico chamado Bagh I Muattar. Os métodos básicos de magia devocional estão descritos no Liber Nu e no Liber Had, eles são a base para todos os trabalhos devocionais dentro da Astrum Argum como sugere a seção acima. O segundo método de magia devocional está então descrito para estudantes mais avançados, sendo baseado no uso de técnicas Beta ou magia masturbatória. Por meio da qual a imagem formada é a do Deus(a) para o qual o iniciado aspira, como sugere o último verso esta figura pode, na realidade, ser de qualquer sexo ou forma que a preferência ditar. (O Bagh I Muattar é um texto místico homossexual). Este método é apenas bem sucedido se todos os pensamentos forem focalizados na imagem da devoção e se o orgasmo for disparado apenas quando a mente estiver totalmente consumida pela forma divina. Embora uma ampla variedade de formas divinas possa ser usada, sendo que o treino é o aspecto devocional de Hadit e Nuit, todas imagens usadas devem refletir a relação entre Ain e Kether, de acordo com o entendimento pessoal de sua interação. No Liber CCCXVIII : A Visão e A Voz, a matéria de devoção às supernais através de meios sexuais e místicos é discutida no segundo e nono Aethyres. Casamentos Menores Esta matéria é fácil, pois as almas dos elementos constantemente desejam esta salvação. Mas que o adepto esteja alerta. 1. Que ele escolha sabiamente uma alma razoável, dócil, apta, bela e de todas as formas merecedora de amor. 2. Que ele nunca caia do amor para com a Grande Deusa em amor a esse inferior, mas dê apenas como mestre e de sua compaixão, sabendo que isso também é serviço a sua alta Dama acima. 3. Que de tais espíritos familiares, ele tenha apenas quatro. E que ele regule seu serviço, apontando horas para cada um. 4. Que ele os trate com gentileza e firmeza, estando de guarda contra seus truques. Estando dito isto, é suficiente, ou tê-los é, mas as dores de chamá-los de seus lares. E os espíritos das tábuas elementais dadas pelo Dr. Dee e Sir Edward Kelley são os melhores, sendo muito perfeitos em sua natureza e fiéis, afetivos (sic) pela raça humana. E se não tão poderosos, eles são menos perigosos do que os espíritos planetários, pois estes são tempestuosos e distraindo-se as estrelas são facilmente perturbáveis e afligíveis. Logo, chame-os pelas chaves de Enoch como estão escritas no livro qu e conhecemos e que seja após as chamadas e evocação pela varinha e que a essência da varinha seja preservada dentro da pirâmide de letras que fazem o nome do espírito. Agora a menos que seja bem experiente na arte mágika, tu não deves ousar convocar os três grandes Deuses da grande tábua ou o rei serpente, ou os seis senhores majestosos, ou até mesmo os Deuses das cruzes do calvário nos ângulos menores. Mas o governantes Querúbicos, tu na verdade e amen, há teus parceiros, e tu podes mais seguramente conv ocar os assistentes dos ângulos menores. E aqueles que forem noviços nesta arte devem mais sabiamente convocar apenas o trigrammaton ou os sub-elementos. Aqui temos uma clara descrição para o trabalho com elmentais, quer entendamos eles como forças externas ou facetas internas da consciência externalizadas, devemos tratar com cuidado e compreensão. Pois em troca por seus serviços eles atingirão uma medida de consciência humana através de sua experiência com nossas naturezas. Associado a isto os quatro requisitos são listados claramente acima bem como um lembrete de que estes são seres inferiores e eles nunca devem ser colocados numa posição que obstrua no ssas metas e ganhos espirituais. Para o tipo de elemental ou espírito que é melhor usado, é sugerido o sistema de trabalho Enochiano de John Dee , este sistema está descrito em muitos textos derivados da Ordem Hermética da Aurora Dourada (Golden Dawn) com outras versões preferidas no quinto volume de "Filosofia Mágika" (Magickal Philosophy), de Denning e Phillips e num estilo mais teatral e menos preciso, na Bíblia Satânica de Anton LaVey. Sistemas planetários tais como o de Franz Bardon (Practical Evocational Magic) também são úteis ma s devem ser usados com extremo cuidado, pois como mencionado acima, os espíritos são mais tempestuosos e facilmente perturbadas e aflitas estrelas no preparo. Sobre o Novo Santo Reino Está escrito no papiro de Nes Min que o sol falou em seu nome Tum e disse : 'Eu copulei com meu punho, eu emiti sêmen na sombra, eu ejaculei na minha boca, eu emanei prole como Shu, eu verti identidade como Tefnut. Shu e Tefnut revelaram a meu olho...eu chorei sobre eles, a humanidade veio à existência das lágrimas que corriam de meu olho. Shu e Tefnut revelaram Keb e Nut, Keb e Nut revelaram Osíris e o cego Hórus e Set e Ísis e Nephthys da barriga, um após o outro, e eles revelaram suas multidões nesta terra.' e novamente 'Eu copulei com meu punho, meu coração veio a minha mão, o sêmen caiu em minha boca. Eu emanei prole como Shu, eu verti identidade como Tefnut, de um deus eu era três deuses...' Portanto o sol formou macho e fêmea, cujas crianças são a terra e o céu, cujas crianças são os cinco elementos ou Tattvas, dos quais todas as coisas visíveis são feitas, que os adeptos façam dois talismãs, puro masculino e feminino, sem mistura de qualquer dos princípios inferiores que eles consagrem-se como o sol, e vertam vida sobre eles vivificando eles desta maneira, então eles devem se unir, fazendo sobre eles um novo céu e uma nova terra, cuja união deve originar elementos e multidões de seres para viverem e amarem em liberdade debaixo de sua luz, como um grupo de vrigens cantando louvores entre as chamas da glória pelas quais o Senhor abriu sua boca, cujos trabalhos devem ser uma canção de honra e o louvor de seus Deuses em sua creação. O trabalho do adepto como descrito nesta seção é baseado na simples formação de dois talismãs, nos quais são isolados os arquétipos masculino e feminino pelo uso de Alfaísmo estes são ativados e trazidos à vida. Portanto quando eles são unidos uma união dos arquétipos masculino e feminino é experimentada na consciência. Esta união realiza a união de várias faculdades dos lados esquerdo e direito do cérebro que até agora estiveram separadas devido às limitações sexuais da fórmula de Osíris. Esse processo pode levar um longo período de trabalho mágiko mas o resultado é a androginização da consciência, o despertar interno de Baphomet. Sobre a Danação Lembrem-se, queridos amados, adeptos perfeitamente iluminados do Aeropagus Secreto, que do começo dos votos de sua iniciação têm invocado sobre vocês a mais amedrontadora de todas as penalidades de desobediência. Pois tão logo vós tenheis erigido qualquer coisa natural e comum numa fórmula de magia, tão logo vós excitais a corrente contrária. Portanto, enquanto cada criança lê e fala livremente dos pilares do templo do rei Salomão pelo nome, os maçons ousam não mais do que letrá-los sem precaução. E enqu anto o homem privado possa falar mal do rei blasfêmia de Deus sem risco, ainda o servo do rei, e o ministro de Deus, podem agasalhar-se com reverência mesmo que esta possa não estar em seu coração, por esta razão que eles invocaram o rei e Deus como espada e escudo de sua própria autoridade. "Ó você, então,se ousou usar essa força do falo sagrado, seu abuso é fidedigno e mortal. Para o homem da terra pouco importa se ele sofre polução noturna ou entrega-se a indolências, para vocês que são adeptos é ruína absoluta ou toda aquela força que passa sob seu controle, a menos que tão dirigida e fortificada pela sua vontade é como um soldado leal, fiel até a morte é como artilharia abandonada que é capturada pelo inimigo e jogada contra vocês, um tiro certeiro sobre vocês e toda a fortaleza que sua herança de Deus, e sua própria arte sagrada que a construiu sobre vocês, não tem força para resistir este assalto traiçoeiro. Estejam alerta portanto, por obsessão, desperdício corpóreo e doença, loucura e mesmo assassinato sobre vocês pode ser inflingido pelos motores que vocês forjaram para o serviço da humanidade e para a glória do Senhor, deixados à malignidade do demônio que pode voltá-los para sua própria destruição." Esta seção é clara, qualquer mago que pisa no caminho da Magia Sexual e então abusa de sua sexualidade planta a semente de sua própria destruição. Dois dos abusos mais comuns são o uso da sexualidade por desejos mundanos ao invés de finalidades espirituais e permitir ocorrerem emissões noturnas que poderiam ser controladas através de técnicas Alfa. Uma reprovação Escuta então, queridos amados, esta reprovação, primeiro, reforça o máximo poder de comedimento pela prática diária como é ensinado pelos hindus e árabes, mestres desta ciência, em seus livros. Shiva Sanhita Hatha Yoga Pradipika Kama Sutra Anaga Ranga O Jardim Perfumado do Sheik Nefzzawi e muitos outros. Segundo, evite os perigos da inadvertência pela prática constante e regular dos trabalhos maior e menor do Epópeta e Pontífice dos Iluminatti e do Mistério do Reino Novo e Santo. Terceiro, durma sempre num círculo consagrado ou numa sala cheia de imagens sagradas diante de cuja glória os poderes da escuridão tremem todos os dias. Tais imagens são : 1. O Sol 2. O Falo Sagrado 3. O Grande Selo de Babalon 4. A Estéla da Revelação 5. O Grande Selo da OTO 6. O Grande Selo de Baphomet 7. A Imagem de Babalon 8. O Olho com o Triângulo 9. A Rosa Cruz 10. As Imagens de Harpócrates sobre a lótus ou de pé sobre crocodilos 11. A Imagem de Babalon com a referência fálica 'Om Mani Padme Hum' 12. A Figura de Ísis com Hórus 13. O Crucifixo, mas apenas se seu significado solar-fálico esteja firmemente aparente e seja um escudo sigiloso contra o vulgar. 14. Talismãs apropriados para a questão. 15. Uma chama viva 16. Os símbolos e insígnias da OTO que seu grau intitula-te a usar. Anéis mágikos e colares também podem ser vestidos noite e dia. Os rituais de defesa e proteção devem ser praticados com perfeição. Todos as excreções corporais, como unhas e cabelos cortados devem ser queimados, a saliva deve ser destruída ou exposta ao sol, a urina e fezes devem ser descartadas de maneira que nenhuma outra pessoa obtenha a posse delas. também é desejável, na teoria, que o linho não deve ser lavado por estranhos e que roupas velhas não devem ser dadas aos pobres até algum tempo após seu último uso. Mas muitas vezes estas precauções não são necessári as, apenas se estiver engajado em operações de maior importância é indispensável observá-las. Esta seção descreve, em síntese, as facetas básicas do mestre da Magia Sexual dentro das tradições tântricas do Santuário, no começo sugere-se que um conhecimento mais forte da teoria e prática da Magia Sexual é imperativo, os textos esquematizados ainda são alguns dos melhores livros disponíveis, alguns outros incluem os de Sir John Woodroffe (Arthur Avalon) e os trabalhos de Kenneth Grant (exemplos de seus trabalhos incluem o Culto das Sombras, Aleister Crowley e o Deus Oculto, O Lado Noturno do Éden, A Revivência Mágika, Imagens e Oráculos de Austin Spare, Os Círculos do Tempo e a Fonte de Hecate) estes últimos textos devem ser estudados com uma visão crítica, embora eles tenham grande valor, eles tendem a abundar com cegueiras e, por assim dizer, erros deliberados. Além do conhecimento destes assuntos o mago deve estar em trabalho constante, especialmente a respeito da magia sexual devocional (Bhakti Yôga ou Casamento Maior), trabalhos com elementais (Casamento Menor) e androginização (Reino Sagrado) . A respeito de seu modo de vida, o mago deve saturar sua vida com estudos e imagens relacionadas ao seu trabalho para programar sua consciência com a carga correta de informação esotérica. Listadas acima estão as imagens que são melhor usadas em tal processo, seria notado o fato de que nenhum dos sigilos da Astrum Argum são listados, isto é porque este documento foi publicado pela OTO e não pela Estrela de Prata. Contudo, quaisquer sigilos da OTO/AA ou ordens correlatas podem ser incluidos na lista acima. Seguindo-se disto, autodefesa psíquica é uma boa idéia, mas como sugerido, medidas extremas apenas são úteis durante trabalhos de maior importância. A paranóia não é uma boa companheira da prática mágika. Sobre a Dissimulação desta Instrução Agora a respeito desta investida, pode ser que certos julgamentos aqui contidos tenham coisas monstruosas ou extravagantes, deixe-os considerar isso como um deleite de sua própria intuição e apreensão e mais ainda, como a grossura do véu que ainda está entre este aerópago e o Santuário da Gnosis. Pois perfeitamente iluminados vós sois, amada irmandade, pense nisso, que possa haver mais escuridão do que toda vossa luz. Amen. E amen. E amen de amen. Vós sois grandes pelo sinal, eu troco com vocês o símbolo , eu sussurro a palavra como eu a recebi e não de outra maneira, eu invoco sobre vós a luz de nosso Senhor, o Sol, eu confiro sobre vós a benção de nosso Senhor Therion, pelo nome de ON e pelo nome de AMEN, eu convoco os poderes da Vida, do Amor e da Liberdade sobre vós. E possa a glória do Santuário da Gnosis brilhar através do véu e a ostentação do banquete Graal passar novamente diante de vossos olhos ! Ave, Irmandade, amados do mais alto, Ave, Adeptos perfeitos e iluminados do nosso aerópago secreto, triplo Ave, Pontífices e Epópetas dos Iluminatti, Ave e adeus ! Pelo nome de Babalon e da Besta unidos, do salvador secreto e de IAO. Apêndice Nos livros sagrados de Thelema constantemente aparecem as núpcias de Deus e do homem. Veja o Liber LX (1): 20, 22-28, 47-48, 64-65; (2) : 4-16, 30-31,45-46, 50-54, 57-61; (3) : 31-36, 40-54, 60, 63-65; (4) : 1-5, 7-9, 24, 30-40, 42-56, 61-65 e (5) : 8-12, 21-24. Conclusão O documento 'Dos Casamentos Secretos dos Deuses com os Homens' foi originalmente publicado como um documento do 8º grau da OTO e deve ser entendido neste contexto. Originalmente a Astrum Argum era uma ordem de treinamento em Magia, a OTO ensinava um sistema religioso de Magia Sexual e a Igreja Gnóstica Católica era uma aplicação religiosa dos ensinamentos de ambas estas ordens em conjunto. Após o óbito de Aleister Crowley e várias mudanças antes de sua morte, a Astrum Argentum tornou-se uma ordem astral e vários clamaram seguir com a tradição da OTO. Não temos nenhum interesse de entrar num debate a respeito de linhagem exceto dizer que a experiência é mais importante do que qualquer clamor histórico de fama. O vórtice astral da Astrum Argum ensina Magia Sexual, que é um sistema científico do Tantrismo, enquanto que o Tantrismo religioso é deixado para aplicação pessoal. Este novo sistema permite a plena aplicação da injunção "O Método da Ciência, a Meta da Religião" e uma completa exposição da Magia Sex ual era encontrada dentro deste grau. Os títulos religiosos tais como Casamentos Maior e Menor, o Novo Reino e tal são usados dentro da ordem mais por prática simbólica do que verdadeiramente religiosa. Portanto, o Casamento Maior é mais aplicável dentro dos Libri Nu e Had, o Casamento Menor com as instruções do Betaísmo e o Novo Reino como uma combinação de Gama e Epsilon de acordo com a interpretação talismânica. O material de fonte dentro deste documento deve ser estudado diligentemente, não menos, poi s oferece um resumo excelente da teoria tântrica bem como algumas novas instrospecções interessantes sobre os procedimentos da Magia Sexual. Todo mago deve mergulhar profundamente em todas fontes disponíveis bem como realizar um estudo dos vários textos disponíveis sobre Tantrismo, usando as chaves do Santuário providas dentro deste estudo, para que todos os magos possam sentir a luz da Verdadeira Vontade e verdadeiramente tornarem-se adeptos perfeitamente iluminados. DE ART MAGICA DE ARS MAGICA SOBRE A ARTE MÁGICA Secundum Ritum Gradus Nonum O.T.O. Epistola Anno Belli Universalis (1914) Ne Perdat Arcanum Scripta Baphomet X Rex Summus Sanctissimus O.T.O. Grão Mestre Nacional e vitalício da Irlanda, Ion e toda a Bretanha, pelo nome do mestre secreto AUMN. Saudações e paz para nossos mais sagrados, mais iluminados, mais ilustres e mais queridos irmãos, sua excelência Sir James Thomas Windram X grau OTO nosso vice-rei na união da África do Sul e envias estas para seu prazer e instrução e para comunicação da Gnosis IX que já : A. Mostrou pelo poder sua aptidão para o grau ou B. Mostrou por sua sabedoria sua adequabilidade ao Arcano. Também para outros confiáveis irmãos do VIII, VII e VI escolhidos para este momento de perigo. Pois nesta hora as nuvens se encontram novamente sobre a face do sol, nosso pai, todos aqueles que sabem podem perecer na guerra mundial, como está escrito no ritual do quinto grau. "É a hora quando o véu do templo foi rasgado em tiras. Quando a escuridão começou a se espalhar por sobre a terra, quando o altar foi jogado ao chão, a estrela chamada absinto caiu sobre a terra, quando a estrela resplandecente foi eclipsada, o tau sagrado foi definhado com sangue e água, desepero e tribulação visitaram-nos e o mundo estava perdido." Agora que as inundações ameaçam a terra, o inverno da civilização é geral, é adequado que um arco do Santuário seja construído onde o falo sagrado possa ser escondido, um campo semeado onde o gérmen da vida possa ser preservado pois embora a tradição seja destruída com a destruição dos cérebros que a contém, será possível para aqueles vindos depois de nós e que possam ser merecedores de recobrarem a palavra perdida. Esta introdução descreve a natureza de De Art Magica, preservando os aspectos esotéricos dos ensinamentos da Magia Sexual para que, mesmo se as tradições forem perdidas em períodos de guerra e tribulação, a palavra perdida, isto é, a tradição esotérica, possa ser redescoberta por aqueles que a perseguirem. No grau da OTO estas instruções eram para aqueles adeptos que atingiram o nono grau, que está absorvido pelo arcano Gamma da Tradição Tântrica do Santuário. Também algumas vezes era dado àqueles de graus mais baixos, dependendo de seu merecimento inerente, em nosso sistema é dado como um aspecto do Arcano Gamma, alinhado com a necessidade de treinamento tântrico do Homem Superior, preparando-se para o perigo vindouro (como sugere o verso do ritual do quinto grau da OTO). O documento foi originalmente uma sequencia do Liber Agape (veja seção Um abaixo), contudo, sendo que o Liber Agape era simplesmente um documento maçônico, com indicações sobre o segredo íntimo da Feitiçaria Sexual e o uso das secreções corporais, há pouca necessidade de copiá-lo como parte de nosso estudo. Portanto, continuaremos diretamente com De Art Magica. O texto original está em itálico enquanto o comentário que segue cada seção está claramente em letra normal. Sobre Ararat O segredo supremo da OTO está escrito em detalhes no livro chamado Agape e também está escrito claramente no Liber CCCXXXIII, capítulo XXXVI. Mas agora também achamos adequado adicionarmos nosso comentário a este livro Agape que escrevemos com nossas próprias palavras para a adequada propagação deste segredo que nos foi ensinado em nossa iniciação no grau IX da OTO. E este livro recebeu sua aprovação oficial em cada palavra. Mas neste comentário não propagamos o segredo em si, mas apenas nossas próprias idéias como uso correto, com outras matérias pertinentes, pensando que aquelas em cujas mãos possam chegar possam entender plenamente a importância ulterior deste segredo que tem sido o pivô do nosso trabalho por tão longo período e que possa ajudar tais pessoas a atingir a maestria perfeita desta arte sagrada e imperial. Como sugerido no começo, este documento segue os passos do Liber Agape que simplesmente descreve o arcano da Magia Sexual em termos maçônicos e portanto não foi reproduzido. Enquanto que o Liber CCCXXXIII (Livro das Mentiras) também sugere esta fórmula em seu trigésimo sexto capítulo, onde afirma-se "Que o adepto esteja armado com sua vara mágika e munido de sua rosa mística.", o capítulo sessenta e nove do mesmo texto também segue a mesma linha. De Art Magica é um documento descrevendo os vários aspecto s da Magia Sexual de acordo com a experiência dos magos da OTO em seu período primevo, embora tendo sido na verdade escrito pelo Mestre Therion. Sobre a Importância do Segredo Este segredo é a verdadeira chave da Magia, isto é, pelo uso correto deste segredo, o homem pode impor sua vontade sobre a própria natureza, como aparecerá mais tarde neste comentário. Desta maneira, embora todo conhecimento registrado seja destruído, seria possível para um adepto do segredo restaurá-lo. A chave para a Magia está na manifestação da Verdadeira Vontade, consegue-se isto, em parte, pelo uso da chave secreta da Magia Sexual. Através desta chave, a Mágika é entendida pela experiência de tal modo que mesmo que todos registros escritos dela fossem destruídos os adeptos ainda seriam capazes de recriá-la, pois existe como um estado de espírito ao invés de uma fórmula intelectual. O conceito de impor-se a vontade sobre a natureza é imperativo para nosso entendimento do processo de superação da ond a de recorrência eterna e alcançar um estado de Vontade Verdadeira. A Vontade pode apenas existir por um ato de força, este ato é atingido através dos processos da Magia. Entretanto, além destes procedimentos a Vontade deve moldar a realidade e trazer a campo seu direito de dominar a natureza que se perdeu através dos tempos por causa da ignorância. Sobre a Mente do Adepto Em nossa ilha mais sagrada encontra-se um ser chamado Leprechaun. Esta criatura, uma vez vista, é fácil de pegar e uma vez pega ela leva à captura de seu grande tesouro, contanto que nunca por uma piscadela ele relaxe sua vigilância e o Leprechaun por todo tipo de truque procura distrair a atenção dele que o fez prisioneiro. Isto é um simulacro mágiko ou fábula do máximo abismo de verdade. Pois na preparação do Sacramento, e também em seu consumo, a mente do iniciado deve ser consumida absolutamente em u ma chama impetuosa de vontade sobre o determinado objeto de sua operação. Pois não há ato mais fácil e natural para o homem do que sua preparação, nenhum que requeira menos auxiliário. E ainda de longe a maior parte da humanidade é ignorante e incapaz de sua performance adequada pois é dito que a perfeição nela é tanto uma ciência quanto uma arte, requerendo não menos estudo do que a mais obtusa das filosofias e não menos prática do que a mais difícil das destrezas. Mas é inteiramente vã a menos que a pri meira condição seja preenchida e tão difícil é isto, não apenas pela superação do transe corporal mas por causa da natureza errante da própria mente. E portanto apenas por treino preliminar longo e duro na arte da meditação e por constante prática e experiência pode este ato tornar-se frutífero na magia. Esta seção é direta e é imperativa para qualquer sucesso na Magia Sexual. Leia e aplique. Sobre Momentos e Estações Embora nenhuma instrução tenha sido dada sobre esta matéria, ainda é evidente, não apenas pelas considerações da natureza das coisas, mas de nossas próprias experiências destes dois anos, que a produtividade de seu sacramento varia constantemente, como parece sem causa racional, nem nós entendemos plenamente as melhores condições. Mas é nossa opinião que o adepto deva sofrer premonição interna de quando a hora seja propícia ou não. Ainda foi observado frequentemente que através de violência extrema para com a natureza resultados são obtidos iguais àqueles acumulados quando a natureza urge veementemente o ato por entusiasmo. Mas estados medíocres de corpo e mente devem ser evitados. Como está escrito "Se tu estivesses frio ou quente eu manteria, mas porque tu estás tépido, vomitá-lo-ei de minha boca." Nem é necessário ser menosprezado como superstição para determinar que certas horas do dia e certos aspectos das estrelas são mais favoráveis do que outros, ao invés, devem ser criticados e investigados de acordo com os métodos da ciência verdadeira. Ao examinarmos esta seção sobre tempo e estações a primeira coisa que é necessário notar é que "por extrema violência à natureza resultados são obtidos iguais àqueles acumulados quando a natureza urge veementemente ", isto é, o humano poderá sempre sobrepujar os fluxos das estações climáticas se a necessidade surgir. Este fator é a chave para o uso correto dos métodos astrológicos em combinação com a Magia Sexual, mesmo se os aspectos estiverem contra um trabalho. Se necessário, o poder da pura Vontade p ode superar a interferência, isto deve ser contrabalanceado com o fato de que os aspectos positivos irão obviamente permitir ao trabalho um sucesso facilitado do que aspectos a ele opostos. Ao considerar os três tipos de Kalas também encontramos uma possível base astrológica, o Néctar Frio é mais forte na lua cheia e a Lava Negra na lua nova, outras correlações incluem os quadrados planetários, especialmente Vênus, Marte, Netuno e a Lua são especialmente importantes nos trabalhos sexuais quando o objetivo está centrado na criação de portais para outras dimensões. Um quadrado de Marte é potentíssimo em magia homossexual masculina, e o quadrado da Lua e a Lua, na feminina. Tais matérias devem ser exploradas individualmente não esquecendo o uso dos dias e horas planetários para planejar um trabalho para coincidir com os fluxos e refluxos corretos dentro e fora do organismo. Sobre Estados Corporais Aqui há uma certa dificuldade no fato de que o corpo estando cheio de carne e vinho está mais apto para a preparação, como se diz "Sine cereri et Baccho, Venus friget." (Sem comida e sem Baco, Venus esfria-se), enquanto que para a consumação o corpo deve estar esvaziado de todo nutriente grosso, assim o elixir pode ser sugado avidamente e correr nobremente para toda parte, revificando a unidade. Será melhor, em nossa opinião, se uma refeição completa seja feita não menos do que três horas antes do início da cerimônia após a qual nenhuma comida, embora estimulantes da mente ou de agentes mais sutis pode ser continuado pois assim o corpo vai de excitação em excitação e então está apto para a exaltação adequada encaixável no trabalho. Mas em tudo isto os homens podem diferir e não há regra a não ser entalhar sobre sua mesa através da chama da experiência. Sem comentários necessários. Sobre Operações desta Arte, sejam elas indivduais ou múltiplas Temos dúvida também nesta matéria caso uma operação falhe, se é sábio reiterar. Um único ato implica perfeição e fé total no adepto, se ele a repetir, isso é medo e argüe imperfeição na primeira tentativa, ainda possivelmente em grandes operações cósmicas será melhor realizar uma série de sacramentos, mas neste caso a série deve ser arranjada de antemão e realizada regularmente. Por exemplo, as dezessseis operações de Júpiter feitas na cidade de Paris durante a passagem do Sol de 10 graus de Capricórnio para 22 graus de Aquário um IX em nossa experiência, repetições tomadas por causa de aparente falha algumas vezes pareceram fatais, na verdade. Parando o que pode razoavelmente ter ocorrido, e que algumas vezes ocorreu após cessarmos com tais tentativas. Mas também notamos que em tais casos o resultado foi grande e favorável como se as operações repetidas tivessem construído uma barragem restringindo a corrente natural das forças favoráveis. Então mantendo-as retraídas para torná-las mais eficazes no fina l. Mas isto pode ser uma falsa interpretação dos fenômenos observados. E, novamente, uma série de tais sacramentos foi fútil até que um último trabalho atingiu sucesso. Ainda, novamente, isto pode ter sido coincidência, resultado do primeiro trabalho mas atrasado. O adepto desenvolverá a intuição em todas estas questões, sendo provável que a avaliação pessoal é importantíssima e que nenhuma regra universal absoluta, sempre em todo lugar, e por todos os homens a serem observados, existe. A chave para a questão de trabalhos individuais ou múltiplos é inerente à idéia da intenção. Se você pretende um trabalho ou uma série de trabalhos, esta intenção ou vontade deve estar concernente, de outra maneira o trabalho falhará em muitos casos. Trabalhos múltiplos são melhores em operações de grande importância, contudo, isto deve ser pretendido de antemão, mudanças de última hora refletem um estado mental disperso e portanto não poderá inserir um fluxo forte de vontade ordenada. Se um rito pareça falhar, pode ser por um grande número de razões, a mais provável sendo a falta de intenção concentrada. Repetir este rito é inútil pois esta vontade novamente refletirá menos intenção do que o primeiro ritual e a descrença no sucesso da força de Vontade aplicada no primeiro rito. Contudo, se um mago pode reunir um pleno sentido de Vontade e repetir o rito, então um resultado mais forte é possível e provável. A chave aqui está na intenção e concentração da pura vontade, não na questão de operações únicas o u múltiplas, que na verdade, é apenas um reflexo da intenção posta em ação. Sobre Certas Inibições Desconhecidas e Seu Efeito Temos marcado sutil e regularmente as condições e resultados de diversos trabalhos desta Arte, e esta é a maravilha, agora os resultados seguem suaves e perfeitos, novamente um grupo de resultados menores relacionados ao resultado desejado, agora apenas movimentos leves sugestivos do resultado, e não apenas falha perfeita, mas a repentina reviravolta de todas as esperanças, desespero e ruína. Mais claramente, se X é o objeto do trabalho, o resultado às vezes é X mas outras é XXXX, algumas vezes é A(X), o utras é -(X) ou -XXXX ou -X. Concretamente, suponha que alguém trabalhe esta Arte para obter grande fortuna. Então a fortuna chegará de uma vez, ou dentro de oito horas após ou ocorrerá um evento envolvendo o ganho daquela soma. Em outro momento meramente ocorrerão um grupo de circunstâncias favoráveis, em outro momento um quantia menor chegará mas também estas poderão ser revertidas. Na pior hipótese ocorre a perda da soma proposta ou a ocorrência de um evento que poderá envolver a perda ou pelo menos de sapontar alguma expectativa razoável daquele ganho. Se o caso é de emprego do sacramento para o elixir da vida, seu mau uso pode causar envelhecimento prematuro, doenças, ou até mesmo a morte, como é dito, mas nós não concordamos que estes resultados possam se seguir a uma falha em em qualquer outra operação. Achamos que a retribuição é para ser o reflexo mau e invertido da recompensa e em seu plano. Adeptos mostrarão então prudência através da experiência com operações menores, onde a falha não implica e m desastre irreparável até que eles tenham o conhecimento e experiência que lhes dará uma confiança razoável. A primeira coisa tornada clara nesta seção é que qualquer variação nas metodologias usando a Magia Sexual pode mudar a forma do resultado, como ilustrado no exemplo uma pequena variação pode mudar X para -X. Sendo que estamos trabalhando com campos de energia esta variação pode não parecer muito medonha no que diz respeito às forças envolvidas, mas as manifestações no mundo material (Assiah) poderiam ser totalmente transformadas. Portanto, é imperativo refinar as técnicas usando os trabalhos tântricos e experimentar com os componentes de seu sistema pessoal, certificando-se de resultados palpáveis. Um fator proeminente nesta seção é o de que um trabalho pode resultar de um pedido interno para desenvolvimento espiritual ao invés de desejos externos vindos do ego. Portanto, se um mago distanciou-se de um conhecimento objetivo da Vontade Verdadeira para ganhar dinheiro, pode resultar numa falência pois é isto que é requerido para despertar novamente sua objetividade, embora não sendo o que esperava seu ego consciente ! Sobre a Teoria desta Mágika Arte A teoria desta arte parece envolver certas hipóteses cósmicas para as quais talvez não sejam impossíveis dar provas pelo menos por tentativas, mas que não são ainda provadas. A idéia de Prana de alguma forma mais mística do que aquela que a identifica com as idéias dos médicos é talvez inerente. Na mera consumação do sacramento para saúde e vitalidade não há violação da razão, mas no máximo um exagero de antecipação, pois o assunto do sacramento é indubitavelmente microcósmico, mas uma extensão deste sac ramento para sua validade na mágika é um hiato comparável àquele que existe na teoria da astrologia, mesmo garantindo que um ângulo de 120 subentende que o olho do observador na terra entre Sol e Saturno (exempli gratia) é acompanhado de certas previsões, isto pode ser casual ou não. Contudo, neste assunto não temos dúvida da eficiência do processo e são entretanto válidos os jogos com hipóteses, investigando como a probabilidade pode determinar o modo de agir. Então podemos assumir como Aethyr ou Akasa, insuflado ou retraído por um prana específico. E todas as retrações em seu Akasa sendo um tipo finalmente, embora intermediariamente diverso, pode ser tão fácil interromper o curso da terra como destruir um verme. Pois o trabalho tem lugar num mundo de causas fluidas e não sólidas, em Yetzirah (ou mesmo Briah) ao invés de Assiah. Será impossível ou dificílimo mover a infantaria de uma asa da linha engajada para a outra, mas nos quartéis dos auxiliares é indiferente para aquele corpo, estando na base, ser empurrado para qualquer um deles. Não se pode facilmente oxidar o ouro precipitado do Cloreto, mas tendo o cloreto, é fácil preparar o óxido ao invés do metal. E em todos assuntos a razão deve ser a guia e a experiência o professor, assim o adepto não procura realizar coisas impossíveis na natureza, e então blasfema o sacramento e o traz a contento. Ainda deve ser dito, para o iniciado consumado e sublime pode parecer que sobre ele foi escrito "com Deus todas as coisas são possíveis". Contudo, o próprio D eus não interfere arbitrariamente com o curso da natureza, mas trabalha dentro de suas leia. Que o adepto não aja de outra maneira. Esta seção tende a falar por si mesma, mas adicionemos, entretanto, que qualquer que seja o mecanismo do processo tântrico, e com nosso conhecimento de sua fisiologia (Kalas), temos uma sugestão clara de como deve operar. Ainda é imperativo notar que o núcleo do processo encontra-se na Vontade Verdadeira e sua órbita, a Magia Sexual só é útil quando cria um veículo inteiro para a manifestação e expressão do Eu. Não é um fim em si mesma e apenas opera de verdade dentro dos confins da natureza interna ou a "Órbita Mágika Pessoal da Estrela". Sobre o Curso da Lua e sua Influência Diz-se que a segunda parte é inútil, até mesmo perigosa, quando a influência da lua mostra-se (Ainda assim o movimento da terra implicando grande causas em Briah e Yetzirah deve ser difícil de se checar, a menos que por forças Briáticas de muita intensidade) mas no segundo dia e após talvez não no último dia, o sacramento seja mais eficaz do que em outros momentos, como figurado por nossos antepassados, os Alquimistas, em su preferência pela tintura vermelha ao invés da branca. Isso também acreditamos, e mbora queiramos deixar claro que não é provado. A consideração a respeito da Sacerdotisa está aberta para investigação pessoal, especialmente sendo notado nos parênteses que a influência da lua na terra seria de grandes proporções em Briah para efetuar os Kalas e isto é considerado improvável. Todavia os alquimistas preferiam a tintura vermelha coletada algum tempo após a lua nova ao invés da tintura branca, que possui apenas o início do fluxo de Kalas e portanto é de menor valor do que o Néctar Frio da lua cheia, a Lava Negra da lua nova e a Poeira V ermelha ou tintura misturada. Aqui novamente prevalece a investigação pessoal. Sobre a Segunda Parte desta Arte, Quer a Iniciação Seja Desejável ou Não Se o outro parceiro do sacramento seja também do nono grau e iniciado no Santuário da Gnosis, parece-nos urgente que o objeto de ambos seja um só, que também o interesse geral e natureza deles seja uma só, vem a divisão, o inimigo da vontade e falha total segue-se. E, o ser todo considerado cuidadosamente, opinamos que é melhor e mais fácil que o outro parceiro deva ser ignorante do sagrado caráter do ofício. É suficiente se o assistente seja formado pela natureza unicamente para a tarefa física, robusto e vigoroso, ávido, sensual, quente e saudável, os nervos e o sangue estando tensos, rápida e facilmente inflamados e não extinguível. Aqui encontramos que os avanços no estudo da Magia Sexual têm feito algumas mudanças nos requerimentos de um parceiro no trabalho de ritos tântricos. Sendo que os Kalas estão presentes em ambos os sexos qualquer combinação é possível, dependendo do objetivo, contudo, ambos devem ser iniciados para que um pleno espectro (16 + 16) seja formado. Em certos trabalhos um espectro menor pode ser suficiente (16 + 14). Entretanto, os resultados são provavelmente de muito menor "voltagem" e de nenhum valor nos tra balhos de grande intensidade. As características físicas genéricas ainda são um bom guia para o que deve ser observado num parceiro, contudo, como sempre, a Vontade Verdadeira e aspiração pura podem facilmente superar limitações físicas. Sobre Certos Ritos e Análogos Àqueles do Nono Grau É dito por certos iniciados que para se obter dons espirituais e ajudar a natureza o sacramento deve ser, como era, uma núpcia do povo da terra, mas que a magia é do veneno e que por uma certa perversão do ofício, podem ser criados elementais adequados para realizar a vontade do mago. Aqui neste ponto há uma dificuldade, sendo que neste caso, o assunto do sacramento não pode existir, pois não há águia branca para gerar glúten. Como seja, afirmamos que neste rito há grande eficácia, pode ser que por certa s operações seja igual ou superior àquele explicado para os iniciados do nono grau. Mas afirmamos que neste caso o Sacerdote precisa ser um iniciado, pois é sua vontade que determina o caráter mágiko de seu leão, e portanto se ele não tiver nenhum propósito a não ser o da Deusa Adonai, ele não poderá ascender Agape ao seu senhor Thelema, nem irá a intenção da Sacerdotisa, embora um alto iniciado, repor o poder essencial do Sacerdote sobre o qual ele é apenas um veículo e guardião. Por esta razão, o nono g rau não é tão fácil de tornar-se efetivo por mulheres iniciadas. Seja qual for o resultado do desenvolvimento paralelo àquele indicado entre as nobres e castas damas da Ordem, no presente é impossível declarar uso, mas antes parece que embora o leão e a águia sejam a melhor combinação, o Leão é mais provável de estar apto a dispensar a a assistência da águia, do que a águia substituir a ausência do leão. Pois o glúten é um menstruo ou solvente e nada contém em si mesmo. A tradição também de certas iniciaç ões menores confirma isto. Ainda que considerações de divindade e filosofia até mesmo da física assegurem que nosso modo destaca-se de outros mesmo como a primavera destaca-se do calor. A Água não queima a pele mesmo, e o óleo de VITROL apenas vagarosamente, mas adicione uma gota de água à gota de óleo e instantaneamente advêm o calor e uma dor intensa e aguda. Isto é apenas uma analogia, ainda que justa e agradável ao filósofo. Esta seção é bem obscura e contém um conceito básico errado que deve ser corrigido sob a luz da ciência e tantrismo modernos. O glúten feminino não é apenas veículo para a semente masculina como ensinado no arcano original da OTO, mas tem poder inerente, afim ao do macho, em seus Kalas. Ambas as secreções podem trabalhar isoladas bem como combinadas. Além disto, o resto desta seção está correta e o simbolismo usado deriva de fonte alquímica ao invés de tântrica e portanto a Águia Branca é uma fêmea e o L eão é o macho. Descreve uso de secreções "em núpcias do povo da terra", isto é, fora do corpo na aplicação específica do décimo primeiro grau da OTO ou Arcano Epsilon. Sugere que é mais difícil para a fêmea do que para o macho nestes graus, pois o macho pode mais prontamente produzir uma secreção coletável, novamente, isto é muito variável e depende dos indivíduos envolvidos. Nos primeiros anos deste século esta afirmação era obviamente correta, hoje, com o surgimento do papel sexual da fêmea é deixada em aberto para investigação pessoal de acordo com a habilidade dos magos feminino e masculino dentro do Santuário. O termo VITROL refere-se ao processo da procura e/ou do encontro da pedra filosofal nas bacias da terra - A aplicação sexual a respeito do intercurso anal e a manifestação da secreção fora do organismo é obviamente inerente à fórmula. Se a Kundalini é ativada analmente e as secreções coletadas fora do corpo, tem grande aplicação nos trabalhos Epsilon. Sobre a Escolha de Um Assistente A respeito da escolha de alguém para servir o sacramento, o homem é tão confuso mentalmente, e tão facilmente iludido neste assunto, que parece-nos razoável permitir os caprichos do momento se expandirem. Pois este assim chamado capricho é na verdade talvez a voz do subconsciente, que a escolha deliberada do próprio falo sagrado. "O falo é a base fisiológica da Alma Superior." Por esta razão estes muitos homens desencaminham-se, perdem a castidade e arruínam-se. Mas deixe a Vontade consciente ser inteiramente devota à Grande Obra então o subconsciente escolherá inevitavelmente o veículo apontado do trabalho. É por esta razão que já no sétimo grau os Sires Cavaleiros juram castidade e esta castidade é a abstinência de todos atos sexuais mundanos de qualquer tipo. Além do mais, isto deve ser observado na escolha, que a segunda parte deve consentir entusiasticamente a cooperar fis icamente com o Sacerdote, para que o leão dissolva-se perfeitamente numa porção de Glúten. E sendo este preparo feito de verdade e impecavelmente é conhecido pela aparência da Matéria do sacramento, e também por seu gosto. Pois não está escrito inutilmente no Livro dos Juízes. "O que é mais doce do que mel e mais forte do que um leão." E que este segredo é aqui manifesto pelo Espírito Santo é claro pelo esquartejador de Sansão : "Se vós não tiveréis arado com minha bezerra, ainda não encontrastes minha charada." A escolha de um assistente é um estudo claro e preciso. É óbvio que sendo a consciência o "olho" do inconsciente, a intuição espontânea é o melhor guia. Como também se nota, o juramento do sétimo grau obriga os iniciados usarem todos os atos sexuais como atos divinos de Magia, não como paixões mundanas ou sentimentalismos baratos. As considerações a respeito do envolvimento do assistente devem ser levadas um passo adiante, em todos os trabalhos o assistente deve ter a mente unida com o(a) Sacerdote/isa, de outra maneira o fluido não será programado de acordo com o desejo do rito. Isto é especificamente importante em trabalhos de técnicas sexuais mais complexas como a Missa Gnóstica e os Rituais Maatianos. Sobre Certas Teorias Judaicas Entre os judeus estão certos iniciados instruídos na sua Qabbalah, que mantém, como entendemos, a visão de que no Zraa ou o próprio sêmen jaz uma força criativa inerente que não pode ser impedida. Então eles dizem que antes de que Eva fosse feita, os sonhos de Adão produziram Lilith, um demônio, e deste intercurso com ela espalharam-se raças de demônios. Agora, para explorar as estradas da enseada do amor conjugal com muitas restrições como estas ..... 1. Deve ser um ato sagrado, precedido de abluções e orações. 2. Todos pensamentos luxuriosos devem ser rigidamente excluídos. 3. O propósito deve ser somente o de procriação. 4. A benção de Deus deve ser sinceramente invocada, para que a criança esteja sob sua proteção especial. Em outra linguagem, esta é sua teoria, o ato de amor causa uma perturbação mágika no Éter ou Akasha de tal natureza a atrair ou criar um espírito humano desencarnado. Todos os outros atos sexuais envolvendo emissão de sêmen portanto atraem ou excitam outros espíritos, incompletos e portanto, maus. Logo, a polução noturna traz Succubi, que são capazes de existência separada e de vampirizar o seu criador. Mas atos voluntários e estéreis criam demônios e (se feito com concentração e intenção mágika) tais de mônios podem subordinar-se à intenção. Logo, como Levi testifica, para enxertar uma árvore com sucesso a graduação é fixada por uma mulher enquanto que o homem copula com ela per ver nefandum. Também narramos pela graça da completude seu método - de atingir o êxtase espiritual por meios sexuais e este método chamamos de "lucidez na eroto-comatose." Sob analogia vamos aqui entender a potência mágika do sêmen, que se usado de maneira a estar sob a vontade concentrada é capaz de criar e sustentar toda matéria de vida elemental e artificial. A chave aqui é "sob vontade concentrada" pois sem vontade estas criações podem drenar o criador e vampirizar seu campo de energia. As restrições judaicas no amor conjugal ('emprestada' dos antigos egípcios) são instruções excelentes a respeito de trabalhos Gamma e Epsilon, salvo que a terceira deve ser mudado para real "todos os atos devem estar somente sob a vontade do mago e entendido como tendo existência separada." A existência separada refere-se à sua potência como um campo de energia parafísica e astral gerado pela luxúria. A Luxúria é útil apenas quando usada como veículo para estimular o organismo alinhando-o com o rito, portanto, a seção 2 acima entendemos neste conteúdo. Está portanto claro que o ponto focal de qualquer rito deve estar no propósito mágiko, não no parceiro ou o ato físico em si mesmo. Sobre a Consumação do Elemento Diuno, Seja a Quantidade tão Importante quanto a Qualidade e Seja seu Desperdício um Sacrilégio É dito pela OHO que deste remédio perfeito apenas uma gota de orvalho é suficiente, e isto pode ser verdade. Ainda que humildemente toda nossa deferência e adoração na nossa opinião é de que cada gota gerada (tanto quanto possível) deve ser consumida. Primeiramente, que este presente da natureza mais precioso que todos não se perca ou seja profanado - de fato os Romanos tenham apontado instruções excelentíssimas para o tratamento em todos aspectos da Hóstia consagrada. Que os adeptos deste grau estudem 'Missale Romanum-Ritus Servandus In Celebrationa Missae' e 'De Defectibus In Celebrationa Missirum Ocurrentibus' - e encontrem a partir daí os adjuntos cerimoniais, a atitude mental e por aí vai, como guia para seu próprio trabalho neste alto sacramento . E também achamos que a consumação deva ser completa nesta consideração, se de fato seja o Prana contido que opera o milagre, então a quantidade é tão importante quanto a qualidade, como se trabalhando com eletricidade a amperagem é tão importante quanto a voltagem. E isto acreditamos especificamente ser verdade no caso de milagres reais, ou a tocaia do espírito de David contra o Golias da matéria. E embora esta proporção seja pequena, não é indefinidamente pequena, mas pode ser que a ação desta substânci a divina seja catalítica e capaz de transmutar uma quantidade ilimitada de matéria base sem forma na imagem plástica e dócil da vontade. E esta teoria está mais de acordo com a tradição da Pedra e do Remédio. A chave para entender a relação entre a quantidade e a qualidade a respeito do sacramento Amrita encontra-se no conceito de "verter toda a vida no Cálice de Babalon", ambos parceiros devem dedicar-se integralmente ao trabalho e serem totalmente inflamados em intoxicação divina. Apenas neste estado está a plena quantidade do sacramento vertido, portanto a quantidade não é medida em porções mas no grau de intoxicação divina experienciado pelos participantes, isto obviamente também relaciona-se à qualidade de maneira que apenas um sacerdote/isa totalmente ativado(a) irá emitir o pelno espectro dos Kalas ao invés apenas dos mundanos encontrados em todas as espécies humanas. Sobre a Lucidez na Eroto-comatose O candidato apronta-se para a ordália através de treino atlético geral e banquetes. No dia designado ele é atendido por um ou mais assistentes escolhidos e experientes cujo dever é : A. Levá-lo à exaustão sexual por todos os meios conhecidos. B. Elevá-lo sexualmente por todos os meios conhecidos, todo artifício e aparelho do cortesão é para ser empregado e todo estimulante conhecido do médico. Nem os assistentes devem medir o perigo, mas caçar impiedosamente sua presa determinada. Finalmente, o candidato irá mergulhar num sono de exaustão ulterior, parecendo o coma, e é agora que a delicadeza e a perícia devem ser primorosas.Que ele seja despertado deste sono pelo estímulo definitivo e exclusivo de um tipo sexual. Ainda, se conveniente, música sabiamente regulada ajudará. Os assistentes olharão com assiduidade por sinais de despertar e no momento que esses ocorrerem, todo estímulo deve cessar instantaneamente e que o candidato caia novamente no sono.Mas não tão cedo isto tenha ocorrido que a primeira prática é retomada. Esta alternativa é para continuar indefinidamente até que o candidato esteja num estado que não seja nem sono nem vigília e no qual seu espírito, libertado por perfeita exaustão do corpo, e prevenido de adentrar na cidade do so no, comunga com o Altíssimo e Mais Sagrado Senhor Deus de seus seres, feitor do céu e da terra. A ordália termina através de falha - a ocorrência do sono invencível - ou de sucesso, no qual a vigília é seguida por uma performance final de ato sexual. O iniciado pode então dormir ou a prática pode ser renovada e persistida até que a morte termine tudo. A morte mais favorável é a que ocorre durante o orgasmo, chamada de Mors Justi. Como está escrito "Deixe-me morrer a morte dos justos, e que meu final seja como esse !" Esta seção descreve uma técnica que tem muitos usos nas tradições da Magia Sexual. Ela cria um estado onde a alma não está em comunhão nem com o mundo desperto nem com o mundo do sono e logo está apta a realizar o que poderia ser chamado de "Sonho Controlado". Esta ocorrência, portanto, tem grande uso nos vários aspectos do controle onírico como descrito no Arcano Alfa bem como em viagem interdimensional. O estado resultante de consciência é afim ao da "Postura da Morte" de Austin O. Spare, onde todo est ímulo como natureza externa é detido e um estado temporário de total controle sensorial é atingido com a focalização da psique no estado interno solitário. Nesta programação de informação bem como a exploração do inconsciente é extremamente bem sucedida, logo, seu uso é encontrado em muitas iniciações rituais dentro das lojas mágikas de muitas tradições. Sobre Certas Teorias Hindus como os judeus, os sábios da Índia têm uma crença que um certo Prana (ou força) específico, reside no Bindu ou sêmen. Mas toda sua teoria de Magia e meditação reverbatória, portanto sua 'comunhão com Deus' é apenas uma 'comunhão com o Eu' e todos seus artifícios para o desenvolvimento de poderes nos seus próprios corpos e mentes, oposto à idéia ocidental de estender estes poderes para influenciar os outros; achamos natural que assim como eles procuram restringir a respiração, ou evitar sua violenta expu lsão pelas narinas, perdendo o Prana, e como eles praticam a sucção de água no retorno, para que na defecação eles estejam aptos a reter o Apana, ou virtude específica, e recolocá-la no Svadisthana Chakra, assim eles também realizam seu labor extravagante para reter o Prana primal da vida, ou Bindu. Logo, eles estimulam ao máximo sua produção fazendo uma prostituta consagrada excitar seus órgãos e ao mesmo tempo vigorosamente segurá-lo pela vontade. Após um pouco de exercício eles clamam poder deflorar at é oito virgens numa noite sem perder uma única gota de Bindu, este nunca deve ser perdido, mas absorvido através dos tecidos do corpo. os órgãos então agem com um sifão para drenar constantemente suprimentos frescos de vida do reservatório cósmico, e inundar o corpo com sua virtude frutificante. O iniciado é convidado a comparar e contrastar este capítulo com o capítulo XIV, observando em particular, sublinhando ambos sistemas, esse é um postulado. No próprio sêmen existe uma força física que pode ser dir igida para as finalidades mágikas e místicas do adepto. Iniciados notarão também que os filósofos pagãos deram um passo adiante em direção à verdade quando eles dizem que o Sol e a Lua devem ser unidos antes da reabsorção (veja também qualquer Tantra, em particular, Shiva Sanhita). Mas a glória plena do Sol, o simples e mais eficaz e mais sagrado sacramento, é reservado para os eleitos, os iluminados, os iniciados do Santuário da Gnosis. Esta descrição mostra o uso do sacramento de um modo interno, complementando o uso do Amrita dentro da Eucaristia e demonstra a possível Eucaristia de um elemento dentro do corpo. Quando comparado com o capítulo XIV, o poder inerente das secreções sexuais é óbvio, mas como notado antes este assunto realmente aplica-se a ambos os sexos, não simplesmente ao sêmen. Os Kalas estão presentes tanto nas secreções sexuais do macho quanto nas da fêmea e isto não pode ser ignorado. Há uma tendência no oriente de a dorar Shakti, fêmea sobre macho, enquanto no ocidente isto é ao contrário. Contudo, nenhuma destas perspectivas é completa. Sendo que ambos os sexos são sagrados, suas secreções são sagradas e devem ser todas reverenciadas como sagradas e usadas de acordo. Sobre um Curso de Experimento Sugerido Aqui está uma série de operações desta Mágika Arte do IX sugerida para o uso de um iniciado conforme ele começa seu trabalho. 1. Força sexual e atração sexual (para assegurar o curso regular destas operações). 2. Compreensão dos Mistérios do IX e sabedoria no seu uso (para assegurar a performance correta destas operações). 3. Aumento da O.T.O. (Como um dever e para assegurar herdeiros adequados para o segredo. Isto é especialmente importante se o iniciado é X). 4. [Se necessário] Facilitação das circunstâncias. (Para assegurar lazer para estas operações e aumentar o campo de escolha de um segundo parceiro.) 5. Estabelecimento de um corpo de guarda-costas formado de guerreiros invisíveis (Para assegurar a liberdade de não ser interrompido no curso destas operações. Isto pode incluir a preservação da saúde.) 6. Conhecimento e Conversação do Santo Anjo Guerdião. 7. Desenvolvimento espiritual, isto é, devoção a Nuit-Babalon-Baphomet. 8. Introspecção avançada sobre a Natureza e suas leis. 9. A fundação de uma abadia da OTO. 10. O estabelecimento do reino de Ra Hoor Khuit sobre a terra. Também diversos assuntos como o rejuvenescimento do corpo de alguém, se desejado, o poder de cura e tal. Parecerá que estas poucas operações preenchem cada lótus do universo com seus Buddhas. Mas pode ser que cada operação deva ser trabalhada em detalhe com provas digitais ao invés de compreendidas num toque, para que cada ato prático do iniciado possa precisar de uma consagração em separado. Ou para que grandes operações, como a X na lista acima, possam ser arranjadas para fazer sacramento especialmente elaborado cada Domingo (por exemplo) no ano, os dias de interregno sendo devotados a detalhes da constru ção. Mas o iniciado logo irá desenvolver um método próprio para extrair o mais eficiente mel de seu favo. Esta série de operações são um ponto inicial excelente para explorar os potenciais da Magia Sexual, elas são autoexplicativas, salvo em duas considerações específicas. Sendo que, na minha mente, as estruturas gerais da OTO (em todas as denominações) são de molde maçônico jurássico, seria melhor dar energia para o reservatório geral de energia no astral que alimenta todas as ordens ocultas ao invés de focalizar na OTO. A respeito do SAG, sinto que a maioria dos magos trabalhando com Tantra devem já ter al guma medida de conhecimento e conversação com seu ser interior, logo, isto deve ser usado para explorar e expandir esta intimidade. A respeito das verdadeiras técnicas sexuais para esta operação, podem variar de mago para mago. Por exemplo, uma técnica Beta usando uma forma astral projetada seria provavelmente útil para a operação SAG, enquanto que um rito Gama elaborado seria melhor para X e numa base regular. Sobre um Certo Outro Método de Magia, Não Incluído na Instrução da OTO Pode não ser de todo inapropriado aludir a um método de vampirismo, normalmente praticado. O vampiro seleciona a vítima, robusta e vigorosa, como deve ser e com a intenção mágika de transferir toda aquela força para si, exaure a caça através de uso apropriado do corpo, mais comumente a boca, sem que ele próprio entre de qualquer outro modo no assunto. Alguns pensam que isto é de natureza de magia negra. A exaustão deve ser completa, se o trabalho for executado com perícia, uns poucos minutos serão sufici entes para produzir um estado que lembra, e que não está longe de ser, coma. Os experientes podem levar esta prática até o ponto da morte da vítima logo não meramente obtendo a força física mas aprisionando e escravizando a alma. A alma então serve como um espírito familiar. Esta prática é tida como perigosa, e era usada por Oscar Wilde em seus anos finais, pelo Sr. e Sra. Horos, também de uma forma modificada por S.L. Mathers e sua esposa e por E.W. Berridge. A inaptidão dos últimos três salvou-os do des tino dos três primeiros. A questão central desta técnica de Feitiçaria é encontrada na última afirmação do segundo parágrafo "Alguns pensam que isto é de natureza de magia negra." Está óbvio neste estranho comentário que esta técnica não é Negra na definição do De Art Magica, mas dependendo de seu uso pode ser de grande valia em muitos trabalhos, mas a natureza perigosa da fórmula deve ser observada. Por exemplo, tem grande uso na extração do Ojas da secreção para usos talismânicos e tal. A chave aqui é que deve ser usada apenas com o consentimento dos envolvidos e de tal maneira que apenas uma quantia específica de energia seja removida. Obviamente, usando-a para disparar o coma ou a morte não é afim ao espírito dos Mistérios, a única exceção sendo o coma extático da Lucidez na Eroto-Comatose. Sobre o Adepto desta Arte Em armadura de chamas fulgurosas que o adepto vocifere pelo universo, majestoso e irresistível como o Sol. Que nenhum olho o contemple sem exaltação, que ele golpeie os pescoços dos profanos. Que ele seja uma poderosa luz de conforto e o pai de toda a fertilidade. Que ele envie chuva na devida estação, e a terra cresça verde em sua chegada. Que seus planetas girem sobre sua roda, que ele envie seus cometas como anjos a sua raça, e que ele dê luz a todo seu reino. Que nenhum olho o contemple sem exaltação, que ele golpeie os pescoços dos profanos. Sobre o Léxico da O.T.O. Lembre-se destes tesouros a serem preservados : 1. O Segredo do IX. 2. O Segredo do VIII. A respeito da irmandade universal, no macrocosmo, o Sol senhor de toda vida, no microcosmo, o Falo senhor de toda vida, indubitável, inegável, uma base para a fé de todos homens. 3. O Segredo do VII. Nosso método particular de instrução, seleção, governo e iniciação. 4. O Segredo do VI. A história do templo, o mistério de Baphomet, nossa guerra contra aqueles nunca completamente subjugados inimigos da humanidade, a tirania e a superstição. 5. O Segredo do V. O Mistério da Rosa e da Cruz e da Lei Única, "Do what thou wilt." 6. Os Segredos dos Graus Menores. Ex Nihil, Nihil Fiat. 7. O Segredo destas coisas reverenciadas, o Sol, a Lua, o Falo, a Árvore, o Ancestral, o Fogo, o Leão, a Cobra e a Montanha. Se fosse para reescrever estes sete segredos como entendidos no século vinte dentro da tradição tântrica do Santuário, eles seriam designados como : 1. Os trabalhos do Gamaísmo. 2. A Filosofia do Betaísmo. 3. Os métodos de treino do Alfaísmo. 4. A Filosofia da Corrente do Novo Aeon. 5. O Mistério da Vontade Verdadeira. 6. Os Segredos da Feitiçaria Geral. 7. Os Símbolos Sagrados. Esses tesouros a serem preservados não são segredos para serem mantidos longe daqueles que querem aprender, mas princípios que devem ser ensinados no contexto e compreensão corretos. O uso que tradição do Santuário faz destas sete classificações inclui modificações especiais, tais como a importância do entendimento da Imortalidade Condicional e a Vontade para o Poder como no item 5 e a psicologia das imagens e símbolos sexuais no item 7. Será notado que os graus sétimo e décimo primeiro (Delta e Epsilon) não aparecem, embora o Epsilonismo tenha sido referido no texto. Isto é porque ambos os graus são considerados os aspectos secretos dos ensinamentos e só podem ser ensinados aos qualificados, enquanto os outros graus podem ser ensinados para quem quer que seja, sendo adequada a sua revelação, embora com muita discrição e cuidado para sustentar sua pureza. Despedida Agora que tudo está dito, mais sagrado, mais iluminado, mais ilustre e mais querido irmão. Pelo nome do Mestre Secreto, Salve e Adeus. Dado pelo trono da Irlanda, Iona e toda Bretanha. Neste Dia de Júpiter. An X. Sol in 0º Libra 35 21 Lua em Sagitário 28 6 Vale de Londres Conclusões Ao se estudar um documento como 'De Art Magica', o contexto é excepcionalmente importante, a OTO historicamente é considerada a primeira emanação da Astrum Argum, por assim dizer, a AA ensinou o sistema tradicional de Magia Cerimonial e Thelema, enquanto a OTO ensinou o sistema sexual de magia. O Tantrismo ensinado pela OTO era misturado com um sistema desenvolvido de simbolismo maçônico e religioso e coincidiu com a Igreja Católica Gnóstica, que ensinava o simbolismo religioso dos Mistérios, bem como a Missa Gnóstica. Este sistema provou-se ineficiente e acreditamos que pouco antes da morte de Mestre Therion, ele deu instruções para debandar com a OTO totalmente e criar um novo sistema de iniciação, contudo, ele não foi capaz de completar o mesmo antes de sua passagem. Acreditamos que após sua morte a Astrum Argentinum tornou-se o vórtice espiritual para o ensino da Magia Sexual e a Magia do Novo Aeon, este vórtice pode ser acessado por qualquer um, em qualquer lugar e não tem sequer uma manifestação física. Nós somos simplesmente uma manifestação das forças que canaliza. O sistema usa códigos de Alfa a Epsilon para afastar ligações maçônicas desnecessárias e ensinar os Mistérios de uma maneira precisa e científica. Tendo dito isto, nós apreciamos qualquer clamor de ordem consolidando a Astrum Argum, OTO ou, para este assunto, qualquer corrente do Novo Aeon e esperamos que este texto se prove de uso prático para todos os indivíduos, grupos e ordens procurando usar o poder da Magia Sexual. Ganesha, 1991 LIBER HHH O LIVRO DAS TRÊS MÃES. SUB FIGURA CCCXLI , CONTINENT CAPITULA TRIA HHH : AAA et SSS. SEÇÃO AAA. "............................................, esses desatando os pés de Osíris, para que o Deus flamejante possa rugir pelo firmamento com sua lança." Liber Lapidid Lazuli VII : III 0. Senta-te em teu Asana, ou deitado em Shavasana ou na posição do Buddha moribundo. 1. Pensa em tua morte, imagine as várias doenças que podem atacar-te ou acidentes que possam surpreender-te. Visualize os processos de morte, aplicando-os a ti. (Uma preliminar útil é ler livros de patologia e visitar museus e salas de dissecação.) 2. Continue esta prática a menos que a morte seja completa. Siga o cadáver através dos processos de embalsamamento, embrulho e funeral. 3. Agora visualize um sopro divino entrando pelas narinas. 4. Depois, visualize uma luz divina entrando pelos olhos. 5. Agora, visualize uma voz divina despertando os ouvidos. 6. Agora, visualize um beijo divino fixado nos lábios. 7. Depois, visualize a energia divina informando os nervos e músculos do corpo, e concentre no fenômeno que já terá sido observado no 3, a restauração da circulação. 8. Por último, visualize o retorno do poder reprodutivo e empregue-o para a impregnação do Ovo de luz no qual o homem é banhado. 9. Agora representa para ti mesmo que esse ovo é o disco do Sol, assentado no oeste. 10. Deixe-o mergulhar na escuridão, transportado na barca do céu, sobre as costas da vaca sagrada, Hathor. E pode ser que tu suportes os gemidos disso. 11. Deixe-o tornar-se mais negro que toda negritude e nesta meditação tu deves estar se medo, pois a Negritude que aparecerá diante de ti é uma coisa pavorosa além de toda a compreensão. E deverá vir a passar se tu realizares bem e adequadamente essa meditação, tu ouvirás o zumbido e o estrondo de um besouro. 12. Agora então deve a escuridão passar e com rosa e ouro deves tu ascender no leste, com o grito de um falcão ressoando em teu ouvido. Alto será e estridente. 13. Ao final tu deves ascender e parar no meio do céu, um globo de glória e daí deve surgir o poderoso som que os homens sagrados têm ligado ao rugido de um leão. 14. Então tu deves retirar-te da visão, juntando-te à divina forma de Osíris sobre seu trono. 15. Então tu deves repetir audivelmente o grito de triunfo do Deus renascido, como foi dado a ti por teu superior. 16. E sendo isto feito tu poderás adentrar novamente a visão e daí ser aperfeiçoado em ti. 17. Após isto tu deves retornar ao corpo e dar graças ao mais alto Deus, IAIDA, e ao ainda mais alto Deus, IAIDA. Comentário O trabalho deve ser construído por trabalhos menores baseados em partes dele, isto é, a seção um e dois devem ser dominadas primeiro, então, adicionando a três e a quatro e por aí vai. É um excelente trabalho Delta e portanto um trabalho Alfa na seção oito é um bom adjunto, os sons experimentados são signos da força da Kundalini ascendendo. Enquanto o signo da seção 15 é qualquer signo que simbolize sua experiência pessoal do Eu Verdadeiro. O Deus IAIDA é tomado das chamadas enochianas, podendo ser substituído por qualquer deidade adequada, uma como Kali é uma boa idéia. O ELIXIR DA VIDA - Aleister Crowley Embora eu tenha sido admitido no trigésimo terceiro e último grau da Maçonaria tanto tempo atrás em 1900, até o verão de 1912 não havia sido confirmada minha suspeita. Falo de minha crença de que por trás das frivolidades e socialidades de nossa maior instituição jaz na verdade, um segredo inefável e miraculoso, potente para controlar as forças da natureza e não apenas para fazer os homens irmãos, mas para fazê-los divinos. Mas no momento em que falo um homem veio até a mim, um homem daqueles que são mes tres misteriosos da Maçonaria esotérica, semelhantemente seus olhos e seu cérebro, e que existe na névoa - desconhecido, frequentemente, até mesmo para seus chefes reconhecidos. Este homem esteve observando por alguns anos minha carreira no ocultismo e declarou-me agora merecedor de partilhar dos Mistérios Maiores. Com estes ele prosseguiu a me informar, e minha vida desde então tornou-se devota principalmente em seu estudo e prática. Eu digo prática, não como mera obtenção intelectual, pelo contrário, seria simples para mim comunicar o conhecimento do segredo principal em três palavras, se eu não estivesse atado por meu juramento e por meu natural bom-senso. É a aplicação prática do segredo que demanda labor, inteligência e algo mais. No meu caso os dois anos e meio de pesquisa por estas linhas não foram suficientes para me fazer perfeito, apenas para fazer-me pronto para apostar por volta de três contra um em qualquer operação a qu e eu suceda. No manifesto da mais secreta Ordem da qual o meu mestre é o líder está escrito : "Em seu (da Ordem) seio repousam os Mistérios Maiores, seu cérebro resolveu todos os problemas da filosofia e da vida. Possui o segredo da Pedra dos Sábios, o Elixir da Imortalidade e da Panacéia Universal. Mais ainda, possui um segredo capaz de realizar os velhos sonhos do mundo da Irmandade do homem." Justo nesta conjuntura seus adeptos estão ocupados no último trabalho mencionado acima; eles querem dar uma mão na reconstrução do velho mundo e fazer outra catástrofe tal como a presente guerra, impossível. Ao mesmo tempo eles dão boas-vindas à guerra por lhes ter dado uma oportunidade. Mas agora meu propósito é falar do Elixir da Vida. Na natureza não há nada 'a priori' impossível a menos que seja, em termos, uma contradição. Não há nada impossível, então, na idéia de prolongar a vida e a juventude. A mera higiene já fez um grandissíssimo avanço no curso de uma geração, e as companhias de seguro tem feito fortuna em consequência. Vamos, entretanto, examinar de perto a natureza do problema. Considere o corpo humano, o porquê ele decai. Cada célula no corpo é teoricamente imortal no sentido biológico. Pode reproduzir-se sem perda. As pró prias leis da conservação da matéria e da energia mostram que assim deve ser. Toda mudança no universo é compensada por outra mudança. Huxley mostra que organismos mais simples são de fato, imortais. Eles crescem, reproduzem-se por divisão, crescem novamente, dividem-se, dividem-se de novo e por aí vai pelos tempos a menos que algum acidente interfira. Agora o organismo muito mais complexo, o ser humano, pode por tudo que sabemos, ser imune ao tempo. Pelo menos, sabemos isto, a carreira deste ser humano é marcada por chances infelizes e que a soma destas é a causa da morte. Muito poucos morrem de velhice, pura e simples. Titian pintava com a idade de 99 e pegou uma epidemia de cólera que o matou. Pode ser facilmente que um homem, apartado de todo acidente possa viver até uma idade além do atual. Mas mesmo como as coisas são temos diversos casos de pessoas que chegaram aos 150. Contudo, perguntemos o que produz a senilidade. Nenhum acidente maior como a febre tifóide é requerido. É a vagarosa degeneração pelo envenenamento, diminuto, imperceptível, que trabalha o dano. É a doença, longamente preparada no sistema, tal como Diabetes, Gota, Reumatismo, Artério Esclerose, que conta. E logo, devo pedir ao leitor para considerar cada depósito de veneno no sistema como um acidente, um dos menores acidentes cuja soma é a morte. Isto é agora novo, embora Metchnikoff e outros tenham proposto a obtenção da imortalidade aperfeiçoando o sistema excretor. Eles acreditam, e eu parcialmente mantenho contraditório, que se apenas nutrição pura entrasse no organismo, este renovaria-se em perfeição ao invés de naquela suave imperfeição, o que faz sua história uma lenta mas certa tragédia. Há portanto dois problemas a serem resolvidos. 1. Remover do corpo cada substância que tende a injuriá-lo; e 2. Nutrir o corpo com uma substância tão pura, tão quintessencialmente vital, que possa inundar o homem com vida, ao mesmo tempo não colocando empecilho aos órgãos. Esta substância é conhecida. Sobre ela os sábios de outrora escreveram em muitos símbolos. Hermes Trismegistus na sua Tábua de Esmeralda gravou que "O Sol é seu Pai, a Lua sua Mãe : é nascido do vento e a Terra é sua nutridora." Todo mundo tem parte dela, ninguém tem toda ela, morre a seu nascimento, e vive em sua morte. Eliphas Levi a chamou de "Eletricidade Magnetizada." Na Bíblia é perguntada concernindo "O que é mais doce que mel e mais forte que um leão ?". É feita dissolvendo Enxofre no Sal. É feita do orvalho sobre uma rosa o u a pérola de qualquer ostra. Todas essas charadas têm apenas uma resposta, e o que puder lhe dar a melhor solução é o mais sábio homem da terra. Esta substância é não apenas a coisa mais forte da terra, mas a mais sensível, é mestre da humanidade, e ainda assim perfeitamente obediente à vontade do homem. Diga a ela 'Traga dinheiro' e ela obedece, peça para curar os enfermos e estritamente eles são curados. Acredito que não evento dentro da gama de possiblidades que não possam ser realizados por seu uso. Tão grandes são as potencialidades desta substância que o conhecimento dela só é confiado a altos iniciados e então apenas após anos de serviço à Ordem. Tão rara e preciosa é essa substância, que se seu valor fosse conhecido desta raça de lunáticos dos quais somos ornamentos instantaneamente eles começariam a se matar para obtê-la. Não é apenas o Elixir da Vida, mas também da Morte. O trabalho específico de rejuvenescimento é um processo longo e dificultoso e eu nunca tive tempo disponível para realizá-lo. Ainda, como efeito colateral dos experimentos eu vi minha vitalidade aumentar, minha saúde se aprimorar, minha aparência mudou...estou propondo curtamente realizar um retiro em companhia de outro iniciado, para levar a cabo o processo completo, e delimitar os limites de seu poder. Não imagino que o relógio possa ser girado para trás além do ponto crítico do Equilíbrio com Vantagem , que a adolescência possa substituir a maturidade, mas estou certo de que tanto quanto o corpo esteja sem danos, pode tornar-se um meio perfeito para a plena corrente da vida e vigor e não só a decadência possa ser interrompida, mas sua própria semente esterilizada. É proibido agora como sempre foi revelar a operação ou mesmo chamar a atenção pública para seus resultados. Apenas para interessar e encorajar aqueles que sejam merecedores de uma medida completa de conhecimento é permitido exibir um assunto menor. Possuímos uma certa substância que tem a propriedade de despertar um homem, ainda que exausto, para sua mais alta atividade por uma noite inteira, pela manhã ele estará tão repousado quanto se ele tivesse tido um longo sono. Apenas na noite seguinte ele deve r etirar-se cedo e dormir bastante, pois a ação desta substância é apenas temporária e não é sábio renovar sua aplicação a menos em casos de urgência. Isto eu estou preparado para demonstrar. Não garanto sucesso instantâneo em todos os casos, pois esta substância é sutil em sua ação e a dose adequada para qualquer homem deve ser determinada pela experiência. E minha experiência ela variava de 50 a 450 gotas e sou inapto a julgar o que qualquer dada pessoa necessita. A maior tolerância de suas ações que eu já vi foi no caso de uma garota de 20. Contudo, dois ou três experimentos são normalmente suficientes e daí se tem a melhor "razão de emergência" já descoberta. 212 aMa Sexual Thelêa
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