quinta-feira, 7 de outubro de 2010

PEDRA DA GÁVEA - RIO

A Pedra da Gávea é um monólito de gnaisse com topo de granito subindo 842 metros acima do nível do mar, e o maior bloco de pedra a beira mar do planeta. Conhecida como uma esfinge de histórias contraditórias, desperta admiração pela imponência e mistério. É um dos pontos extremos do parque da Floresta da Tijuca e um dos mirantes mais espetaculares, situado entre os bairros de São Conrado, na Zona Sul e Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O ecossistema da Pedra da Gávea é característico da Mata Atlântica secundária. Ainda existem resquícios das matas originais nos pontos de difícil acesso. Podemos encontrar árvores de todos os portes e uma floresta exuberante na vertente da Barra. Também encontramos algumas bromélias e orquídeas, como a Laelia Lobata, que só é encontrada na Pedra da Gávea. Já a vegetação do topo da montanha está bastante prejudicada pelo próprio usuário. Os resíduos, o descuido e os incêndios intencionais e os causados pelos balões, vem descaracterizando este lugar tão especial. Os resíduos atraem animais exóticos, como os ratos, que acabam interferindo com a fauna local. O intenso uso das trilhas tem causado grandes erosões em alguns trechos, prejudicando ainda mais as florestas ao redor. A água é muito escassa nas partes altas, porém, nas bases é possível encontrar pequenas cachoeiras dentro de florestas densas.
[editar]Geologia e erosão

A Pedra da Gávea é o maior monolito a beira mar do planeta, formado por dois tipos de rocha distintas: a base de gnaisse e o topo de granito. Sua altura, localização próxima ao mar e sem obstáculos a volta, a tornam muito exposta a ação do tempo, sofrendo grandes processos erosivos. As constantes variações de temperaturas, chuvas e raios vem, ao longo das eras, moldando seus contornos, principalmente no topo. Grandes blocos de pedras já se soltaram ou estão soltos, ameaçando rolarem montanha abaixo. A perda de praticamente toda a sua cobertura vegetal original tem contribuído para os processos erosivos e o esgotamento das nascentes no topo. O topo e o lado voltado para São Conrado é o mais afetado. No topo, somente pouquíssimas árvores ainda existem, predominando o capim de fácil combustão. Já na sua vertente voltada para o nascer do sol, leste, uma pequena e exuberante floresta foi sendo destruída por sucessivos incêndios causados por raios, balões e o descuido humano. Como resultado da destruição da cobertura vegetal, temos desmoronamentos de solo, e a soltura de grandes blocos de pedra.

O Mistério da Pedra da Gávea


Entre os bairros da Barra da Tijuca e São Conrado, no Rio de Janeiro, e a 842 metros acima do nível do mar, existe uma lendária montanha com a face de um gigante desconhecido que encanta as pessoas que passam por ela com os seus mistérios.

Seu nome Gávea, remonta à época do descobrimento, quando os portugueses que aqui chegaram notaram que ela era um observatório perfeito das caravelas que chegavam.

Sua face parece uma figura esculpida, e existem inscrições antigas em um de seus lados. Sua origem é objeto de discussão há anos, mas ninguém pode provar quem as fez e porque.

A Teoria da Tumba Fenícia

Existe uma teoria, a qual é bastante difundida, de que a Pedra da Gávea seria a tumba de um rei fenício.

- Os Estudos

Tudo começa no século XIX. Algumas "marcas" na rocha chamaram a atenção do Imperador D. Pedro I, apesar de seu pai, D. João VI, rei de Portugal, já ter recebido um relatório de um padre falando sobre as marcas estranhas, as quais foram datadas de antes de 1500. Até 1839, pesquisas oficiais foram conduzidas, e no dia 23 de março, em sua 8° (oitava) seção extraordinária, o Instituto Histórico e Geográfico do Brasil decidiu que a Pedra da Gávea deveria ser extensamente analisada, e ordenou então o estudo do local e suas inscrições. Uma pequena comissão foi formada para estudar a rocha. 130 anos mais tarde, o jornal O Globo questionou tal comissão, querendo saber se eles realmente escalaram a rocha, ou se eles simplesmente estudaram-na usando binóculos. O relatório fornecido pelo grupo de pesquisa diz que eles "viram as inscrições e também algumas depressões feitas pela natureza." No entanto, qualquer um que veja estas marcas de perto irá concordar que nenhum fenômeno natural poderia ter causado estas inscrições.

Após o primeiro relatório, ninguém voltou a falar oficialmente sobre a Pedra até 1931, quando um grupo de excursionistas formou uma expedição para achar a tumba de um rei fenício que subiu ao trono em 856 a.C. Algumas escavações amadoras foram feitas sem sucesso. Dois anos depois, em 1933, um grupo de escaladas do Rio de Janeiro organizou uma expedição gigantesca com 85 membros, o qual teve a participação do professor Alfredo dos Anjos, um historiador que deu uma palestra "in loco" sobre a "Cabeça do Imperador" e suas origens.




Em 20 de janeiro de 1937, este mesmo clube organizou outra expedição, desta vez com um número ainda maior de participantes, com o objetivo de explorar a face e os olhos da cabeça até o topo, usando cordas. Esta foi a primeira vez que alguém explorava aquela parte da rocha depois dos fenícios, se a lenda está correta.

Segundo um artigo escrito em 1956, em 1946 o Centro de Excursionismo Brasileiro conquistou a orelha direita da cabeça, a qual está localizada a uma inclinação de 80 graus do chão e em lugar muito difícil de chegar. Qualquer erro e seria uma queda fatal de 20 metros de altura para todos os exploradores. Esta primeira escalada no lado oeste, apesar de quase vertical, foi feita virtualmente a "unha". Ali, na orelha, há a entrada para uma gruta que leva a uma longa e estreita caverna interna que vai até ao outro lado da pedra.

Em 1972, escaladores da Equipe Neblina escalaram o "Paredão do Escaravelho" - a parede do lado leste da cabeça - e cruzaram com as inscrições que estão a 30 metros abaixo do topo, em lugar de acesso muito difícil. Apesar do Rio ter uma taxa anual de chuvas muito alta, as inscrições ainda conservavam-se quase intactas.




Em 1963 um arqueólogo e professor de habilidade científica chamado Bernardo A. Silva Ramos traduziu-as como:

LAABHTEJBARRIZDABNAISINEOFRUZT

Que lidas ao contrário:

TZUR FOENISIAN BADZIR RAB JETHBAAL

Ou:

TIRO, FENÍCIA, BADEZIR PRIMOGÊNITO DE JETHBAAL


Alguns dos Fatos que Levam às Muitas Estórias Sobre a Pedra


A grande cabeça com dois olhos (não muito profundos e sem ligação entre eles) e as orelhas;
As enormes pedras no topo da cabeça a qual lembra um tipo de coroa ou adorno;
Uma enorme cavidade na forma de um portal na parte nordeste da cabeça que tem 15 metros de altura e 7 metros de largura e 2 metros de profundidade;
Um observatório na parte sudeste como um dolmen, contendo algumas marcas;
Um ponto culminante como uma pequena pirâmide feita de um único bloco de pedra no topo da cabeça;
As famosas e controversas inscrições no lado da rocha;
Algumas outras inscrições lembrando cobras, raios-solares, etc, espalhados pelo topo da montanha;
O local de um suposto nariz, que teria caído há muito tempo atrás
Roldão Pires Brandão, o presidente da Associação Brasileira de Espeleologia e Pesquisas Arqueológicas no Rio afirmou: "É uma esfinge gravada em granito pelos fenícios, a qual tem a face de um homem e o corpo de um animal deitado. A cauda deve ter caído por causa da ação do tempo. A rocha, vista de longe, tem a grandeza dos monumentos faraônicos e reproduz, em um de seus lados, a face severa de um patriarca". (O GLOBO)

Hoje já se sabe que em 856 a.C., Badezir tomou o lugar de seu pai no trono real de Tiro. Será a Pedra da Gávea o túmulo deste rei?

Segundo consta, outros túmulos fenícios que foram encontrados em Niterói, Campos e Tijuca sugerem que esse povo realmente esteve aqui. Em uma ilha na costa do Estado da Paraíba, pedras ciclope e ruínas de um castelo antigo com quartos enormes e diversos corredores e passagens foi encontrado. De acordo com alguns especialistas, o castelo seria uma relíquia deixada pelos fenícios, apesar de haver pessoas que contextem essa teoria.

Robert Frank Marx, um arqueólogo americano interessado em descobrir provas de navegantes pré-colombianos no Brasil, começou em outubro de 1982, uma série de mergulhos na Baía de Guanabara. Ele queria achar um navio fenício afundado e provar que a costa do Brasil foi, em épocas remotas, visitada por civilizações orientais. Apesar de não achar tal embarcação, o que ele encontrou pode ser considerado um tesouro valioso.

Sobre esta procura, O GLOBO publicou:

"O caso dos vasos fenícios na Baía de Guanabara sempre foi tratado com o maior sigilo e seu achado só foi revelado um ano depois, em 1978, com vagas informações. O nome do mergulhador que achou as doze peças arqueológicas só foi revelado ontem, depois de uma conferência no Museu Marinho, pelo presidente da Associação Profissional para Atividades Sub-Aquáticas, Raul Cerqueira."

Três vasos foram encontrados. Um permaneceu com José Roberto Teixeira, o mergulhador que encontrou os vasos, e os outros dois foram para a Marinha. As peças com capacidade para armazenar 36 litros, estão sob a guarda do governo brasileiro em uma localidade desconhecida.


A Escadaria

Existe uma gruta tipo sifão na parte onde o maciço toca o mar, com a parte abobadada acima do mar e com ventilação natural, onde se encontra uma escadaria em sentido ascencional, que segundo consta, levaria ao interior da Pedra. O caso mais conhecido referente a esta escadaria é o de dois rapazes que faziam caça submarina e ao encontrarem a entrada para esta gruta, resolveram entrar. Decidiram subir os degraus da escadaria e a última coisa que se lembram é de perderem os sentidos. Quando acordaram, estavam no topo da pedra a 842 metros de altitude.


Os Pés da Esfinge Brasileira

Se a Pedra da Gávea representa a cabeça de algum tipo de "esfinge", onde estaria o resto de seu corpo? Alguns estudiosos afirmam que o morro do Pão de Açúcar seria os seus pés.

E para aqueles que não se contentam com pouco, o pé da esfinge tem uma "tatuagem"...

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