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Oriente Médio
Países 18 ou 38
Idiomas Oriente Médio: Árabe, Aramaico, Azeri, Grego, Hebraico, Curdo, Perse, Turco
Grande Oriente Médio: Árabe, Armênio, Azeri, Balúchi, Grego, Dari, Georgiano, Hebraico, Curdo, Pachto, Perse, Panjabi, Turco, Urdu
Fusos horários UTC +8:00 (Tibet) à UTC +3:30 (Irã)
Maiores cidades Em ordem de classificação: Cairo, Istambul, Teerã, Bagdá, Riad, Ancara, Jidá
O Médio Oriente (português europeu) ou Oriente Médio (português brasileiro) (em árabe الشرق الأوسط, ash-sharq-al-awsat) é um termo que se refere a uma área geográfica à volta das partes leste e sul do Mar Mediterrâneo. É um território que se estende desde o leste do Mediterrâneo até ao Golfo Pérsico. O Médio Oriente é uma sub-região da África-Eurásia (partes da Turquia estão na Europa, e o país é considerado por alguns como parte da última), sobretudo da Ásia, e partes da África Setentrional. Comparada com o restante da Ásia, é uma região geograficamente pequena, com uma área aproximada de 7 200 000 km². A população do Oriente Médio é de 270 milhões de habitantes.
Índice [esconder]
1 Geografia
2 Demografia
2.1 Religião
3 Política
4 Territórios e regiões
5 Economia
5.1 Agropecuária
6 Ver também
[editar] Geografia
Imagem de satélite da península Arábica.O clima predominante no Oriente Médio é seco (desértico) e a região apresenta poucos rios. Os maiores e mais importantes são o Tigre e o Eufrates, entre os quais há a Mesopotâmia, região muito fértil para a agricultura e berço da civilização mesopotâmica.
Mesmo atravessando uma região árida, de poucas chuvas, os rios Tigre e Eufrates não secam, porque suas nascentes encontram-se numa região de muita chuva na Turquia. A água é um recurso natural muito escasso no Oriente Médio. Há previsões de que nesse século haverá muitas guerras e conflitos pela posse da água. Muitos países precisam importá-la ou dessalinizar água do mar para obter água potável. Essas medidas, contudo, são caras.
[editar] Demografia
O Oriente Médio destaca-se pela variedade de etnias, origens, com culturas e religiões diversas. A etnia predominante é a árabe. Israel, Turquia e Irã são países não árabes.
[editar] Religião
A religião predominante no Oriente Médio é o islamismo. Existe a adoração a Alá e a população segue os ensinamentos do profeta Maomé, registrados no Alcorão, o livro sagrado. Para os muçulmanos, Meca, na Arábia Saudita, é uma cidade sagrada.
[editar] Política
O Oriente Médio encontra-se em difíceis situações, pela posse de territórios (Israel, Líbano e Palestina), a entrada de forças da Coalizão no Iraque, e as ameaças sobre o projeto nuclear iraniano.
[editar] Territórios e regiões
██ Definição tradicional do Oriente Médio
██ Definição do G8 do Grande Oriente Médio
██ Ásia Central (algumas vezes associada ao Grande Oriente Médio)
O termo Oriente Médio define uma área de forma pouco específica, ou sem definição de fronteiras precisas. Geralmente considera-se incluir:
Arábia Saudita
Bahrein
Chipre
Egito
Turquia
Emirados Árabes Unidos
Iémen/Iêmen
Israel
Irã
Iraque
Jordânia
Kuwait
Líbano
Palestina
Omã
Qatar
Síria
Afeganistão
Destes, os únicos países não totalmente asiáticos são o Egito (que tem seu território da Península do Sinai na Ásia mas é majoritariamente africano) e a Turquia (majoritariamente asiático, mas com a Trácia incluída na Europa).
O Paquistão é considerado parte intersecional entre o Subcontinente Indiano e a Ásia Central, mas raramente no Oriente Médio.
[editar] Economia
Dubai Marina, em Dubai, Emirados Árabes Unidos.O Oriente Médio está sobre uma dobra tectônica que se inicia na Mesopotâmia e se prolonga até o Golfo Pérsico. Nela, encontra-se uma magnífica reserva de petróleo, que representa 60% das reservas mundiais desse minério.
Os principais países exportadores de petróleo são: Arábia Saudita, Iraque, Irã, Kuwait, Bahrein, Qatar e Emirados Árabes Unidos. As elevadas rendas per capita do Kuwait e da Arábia Saudita revelam que esses países obtêm muito lucro com a venda de petróleo. O petróleo é uma riqueza estranha ao Oriente Médio. Suas nações, por vezes ricas, possuem uma população miserável. O homem comum não é beneficiado com os lucros obtidos pelos governos com o mineral. A população dos países é, em geral, pobre, fato que decorre da má distribuição de renda. Os países exportadores de petróleo formam a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), hoje formada pelos países: Arábia Saudita, Argélia, Emirados Árabes Unidos, Indonésia, Irã, Iraque, Kuwait, Líbia, Nigéria e Qatar.
O Estado de Israel é um caso à parte na região, tendo um parque industrial desenvolvido e uma economia independente da exportação de petróleo.
[editar] Agropecuária
Plantação de limão em Israel.A atividade econômica tradicional do Oriente Médio é o pastoreio nômade. Destacam-se as criações de carneiros, cabras e camelos em áreas desérticas.
Na grande maioria dos países a agricultura é pouco desenvolvida, fato que se relaciona ao clima árido. Na Planície Mesopotâmica, também conhecida como "crescente fértil", cultivam-se frutas, arroz, trigo e cana-de-açúcar, utilizando-se a técnica de irrigação. Na região mediterrânea, destacam-se culturas comerciais como oliveira, fumo, trigo e tâmara. Em geral a atividade industrial não é forte.
Entretanto, Israel é uma exceção sendo uma nação muito industrializada e com agricultura forte e desenvolvida, dois dos motivos pelos quais é o único país do Oriente Médio que pertence ao grupo dos países desenvolvidos.
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المملكة العربية السعودية
(Al-Mamlaka al-`Arabiyya as-Sa`ūdiyya)
Reino da Arábia Saudita
Bandeira Brasão de armas
Lema: "Não há outra divindade além de Alá, e Maomé é o seu profeta." (Chahada)
Hino nacional: Aash Al Maleek
("Vida longa ao Rei")
Gentílico: Saudita ¹
Localização da Arábia Saudita
Capital Riade
24°39′N 46°46′E
Cidade mais populosa Riade
Língua oficial Árabe
Governo Monarquia absoluta
- Rei Abdallah da Arábia Saudita
- Príncipe herdeiro Sultão bin Abdul Aziz Al Saud
Formação
- Declaração da independência 8 de Janeiro de 1926
- Reconhecimento 20 de Maio de 1927
- Unificação 23 de Setembro de 1932
Área
- Total 2.149.690 km² (13.º)
- Água (%) Negligenciável
População
- Estimativa de 2009 28.686.633[1] hab. (41.º)
- Densidade 11 hab./km² (205.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2008
- Total US$ : 592,886 bilhões[2] (27.º)
- Per capita US$ : 23.814[2] (46.º)
Indicadores sociais
- IDH (2007) 0,843[3] (59.º) – elevado
- Esper. de vida 72,8 anos (86.º)
- Mort. infantil 18,8/mil nasc. (89.º)
- Alfabetização 82,9% (112.º)
Moeda Riyal (SAR)
Fuso horário AST (UTC+3)
- Verão (DST) Não usa
Cód. Internet .sa
Cód. telef. +966
¹ Utiliza-se também: Árabe-saudita[4] e Saudi-arábico.[4]
A Arábia Saudita (em árabe: السعودية, transl. as-Su’ūdiyya), oficialmente Reino da Arábia Saudita (em árabe: المملكة العربية السعودية, transl. al-Mamlaka al-ʻArabiyya as-Suʻūdiyya), é um país do Sudoeste da Ásia, sendo a maior nação do Oriente Médio. Faz fronteira com a Jordânia e com o Iraque no norte e nordeste, com o Kuwait, Catar,e Emirados Árabes Unidos no leste, com Omã no sudoeste e com o Iêmen no sul. O Golfo Pérsico fica a nordeste e o Mar Vermelho a oeste do país. Tem uma população estimada em 28 milhões de habitantes e seu tamanho é de cerca de 2.149.690 quilômetros quadrados.
O Reino é às vezes chamado de "A Terra das Duas Mesquitas Sagradas", em referência a Meca e Medina, os dois lugares mais sagrados do Islã. As duas mesquitas são Al Masjid Al-Haram e Al Masjid Al-Nabawi. O Reino atual foi fundado por Abdul-Aziz bin Saud, cujo empenho começou em 1902 quando ele capturou o ancestral de Al-Saud de Riade e culminou em 1932 com a proclamação e o reconhecimento do Reino da Arábia Saudita, apesar de suas origens nacionais remontarem a 1744 com a criação do Primeiro Estado Saudita.
A Arábia Saudita é o maior exportador de petróleo do mundo, sendo a principal fonte da economia saudita.[5] O petróleo representa mais de 90 por cento das exportações e quase 75 por cento das receitas do governo, facilitando a criação de um estado de bem-estar social,[6][7] que o governo tem encontrado dificuldades para financiar durante os períodos de baixos preços do petróleo.
Índice [esconder]
1 História
2 Geografia
3 Demografia
3.1 Religião
4 Política
4.1 Sistema legal
4.2 Símbolos nacionais
5 Subdivisões
6 Economia
6.1 Escassez de água
7 Infraestrutura
7.1 Educação
8 Cultura
8.1 Gastronomia
9 Referências e notas
10 Ver também
11 Ligações externas
[editar] História
Ver artigo principal: História da Arábia Saudita
Muitos povos têm vivido na península ao longo de mais de 5 mil anos. A cultura Dilmun, ao longo da costa do Golfo, era contemporânea dos sumérios e dos antigos egípcios, e a maior parte dos impérios do mundo antigo estabeleceu trocas comerciais com os estados da península.
A fundação do Islã por Maomé no ano de 620 da era atual e a subsequente importância religiosa das cidades árabes de Meca (também conhecida como Makkah) e Medina concederam aos governantes desse território considerável influência além da península.
O Estado Saudita surge na Arábia Central em 1744. Um chefe local, Muhammad bin Saud, uniu forças a um resgatador dos fundamentos do Islã, Muhammad Abd Al-Wahhab, para criar uma nova entidade política. O moderno Estado Saudita foi fundado pelo último Rei Abdul Aziz Al-Saud (conhecido internacionalmente como Abdul Aziz Ibn Saud).
Em 1902, Abdul Aziz Ibn Saud capturou Riade, a capital ancestral da dinastia de Al-Saud à família rival Rashid. Continuando estas conquistas, Abdul Aziz subjugou Al Hasa, o resto do Nejd e do Hijaz entre 1913 e 1926. A 8 de Janeiro de 1926 Abdul Aziz Ibn Saud torna-se Rei do Hijaz. A 29 de Janeiro de 1927 ele tomou o título de Rei do Nejd (seu título Nejdi anterior era de Sultão). Pelo Tratado de Jidá, assinado a 20 de Maio de 1927, o Reino Unido reconheceu a independência do reino de Abdul Aziz (então conhecido como Reino de Hijaz e Nejd). Em 1932, estas regiões foram unificadas como o Reino da Arábia Saudita. A descoberta de petróleo em 3 de Março de 1938 transformou o país.
O fundador da moderna Arábia Saudita, o Rei Abdul Aziz, num encontro com o Presidente norte-americano Franklin Delano Roosevelt em 1945.As fronteiras com a Jordânia, o Iraque, e o Kuwait foram estabelecidas por uma série de tratados negociados nos anos de 1920, que criaram duas "zonas neutras" -- uma com o Iraque e outra com o Kuwait. A zona neutra Saudita-Kuwaitiana foi administrada conjuntamente em 1971, com cada Estado partilhando igualitariamente os recursos petrolíferos da zona.
Tentativas de acordo para a partilha da zona neutra Saudita-Iraquiana chegaram a um termo em 1981, sendo finalizadas em 1983. A fronteira sul do país com o Iémen foi parcialmente definida em 1934 com o Tratado de Taif, pondo fim a uma breve guerra fronteiriça entre os dois Estados. Um tratado adicional assinado em Junho de 2000 delineou porções da fronteira com o Yemen. A localização e status da fronteira da Arábia Saudita com os Emirados Árabes Unidos não está finalizada; a fronteira de facto reflete um acordo de 1974. A fronteira entra a Arábia Saudita e o Qatar foi definida em Março de 2001. A fronteira com Oman ainda não está demarcada.
Durante a guerra árabe-israelense de 1973, a Arábia Saudita participou do boicote do petróleo árabe aos Estados Unidos e aos Países Baixos. Como membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), a Arábia Saudita juntou-se a outros países-membros elevando moderadamente o preço do petróleo em 1971.
Em 1990-91, o Rei Fahd desempenhou um papel-chave antes e durante a Guerra do Golfo: a Arábia Saudita acolheu a família real kuwaitiana além de 400.000 refugiados e ao mesmo tempo permitiu a entrada de tropas ocidentais e árabes em seu território para a liberação do Kuwait no ano seguinte.
Quando o então Rei Fahd sofreu um enfarte em novembro de 1995, o seu sucessor, então Príncipe Herdeiro Abdallah, assumiu muitas das responsabilidades rotineiras da condução do governo. Morto o Rei Fahd em 1 de agosto de 2005, Abdallah sucedeu-lhe, convertendo-se no atual rei do país.
[editar] Geografia
Imagem de satélite da península Arábica.Ver artigo principal: Geografia da Arábia Saudita
A Arábia Saudita é um país do sudoeste da Ásia. Ocupa 4/5 da Península Arábica e estende-se por 1950 km, de noroeste a sudeste, e por 1240 km, de sudoeste a nordeste.
Em área é o maior país árabe, com uma superfície de 1 960 582 km². Está limitado pela Jordânia, pelo Iraque e pelo Kuwait, a norte; pelo golfo Pérsico, pelo Qatar, pelos Emirados Árabes Unidos e por Omã, a leste; pelo Iémen, a sul; e pelo mar Vermelho, a oeste. As cidades mais importantes são Riade, a capital, com 4 260 000 habitantes (2005), Jeddah (3 400 000 hab.) (2005), Meca (1 691 100 hab.) (2005), Medina (1 300 000 hab.), Dammam (1 300 000 hab.), Tabuk (730 000 hab) e Taif (700 000 hab.) (2005).
A maior parte do território da Arábia Saudita é quase toda constituída por desertos.
[editar] Demografia
Ver artigo principal: Demografia da Arábia Saudita
A população da Arábia Saudita em 2003 é estimada em cerca de 28,3 milhões de habitantes, incluindo cerca de 6,4 milhões de residentes estrangeiros. Até à década de 1960, a maioria da população era nómada ou seminómada mas devido ao rápido crescimento económico e urbano, mais de 95% da população é agora sedentária. Algumas cidades e oásis têm densidades demográficas de mais de 1 000 habitantes por quilómetro quadrado.
A maior parte dos sauditas é etnicamente árabe. Alguns são de origem étnica mista e descendem de turcos, iranianos, indonésios, indianos, africanos e outros, a maioria dos quais chegou ao país na qualidade de peregrinos e reside na região do Hejaz, ao longo da costa do mar Vermelho. Muitos árabes de países vizinhos estão empregados no reino. Existem também números significativos de expatriados asiáticos, provenientes principalmente da Índia, Paquistão, Bangladesh, Indonésia e Filipinas. Existem menos de 100 000 cidadãos ocidentais na Arábia Saudita.
É difícil calcular números exactos relativos às religiões professadas na Arábia Saudita, porque o governo afirma que 100% dos cidadãos são muçulmanos.
[editar] Religião
A mesquita Al Masjid Al-Haram em Meca à noite.Na Arábia Saudita foi revelado o Alcorão pelo profeta Maomé, religião a qual denominou-se de Islão. Atualmente, a constituição do país é baseada no Alcorão, e nos resgates monoteístas que Muhammad Abd Al-Wahhab realizou sobre o Alcorão e a Sunnah.
A prática pública de qualquer outra religião que não o Islão é proibida naquele país. Esta medida é alvo de várias críticas de várias entidades no resto do mundo. Por exemplo, em 2003, um relatório da U.S. Commission on Religious Freedom (comissão para a liberdade religiosa), uma organização estatal americana que investiga as violações à liberdade religiosa no mundo, chamou à Arábia Saudita de o maior violador das liberdades religiosas.
Vários casos, entre os quais o caso recente do professor Mohammad al-Harbia, um professor da escola secundária saudita condenado a 40 meses de prisão e a 750 chicotadas em público por ter discutido a Bíblia e ter dado uma imagem positiva do Judaísmo aos seus alunos, têm originado uma condenação pela opinião pública internacional.
[editar] Política
Ver artigo principal: Política da Arábia Saudita
Rei Abdullah, da Arábia Saudita.A Arábia Saudita é uma monarquia absoluta, de forma que o rei não é apenas o chefe do estado mas também do governo. A lei básica adotada em 1992 declarou que Arábia Saudita é uma monarquia governada pelos filhos e pelos netos do rei Abd Al Aziz Al Saud.
O país tem mostrado um profundo desprezo pelos direitos humanos. Porém, devido à pressões internacionais vem diminuindo o rigor do seu regime absolutista. Em 2005 foram convocadas as primeiras eleições municipais daquele país, eleições transtornadas, é verdade, mas foi um grande passo para um país de tradição tão rígida.
Apesar de seu regime absolutista a Arábia Saudita é o principal aliado muçulmano dos EUA na região.
Legislativo: não há.
Partidos políticos: não há.
Constituição em vigor: não há — o rei governa de acordo com a Sharia, a lei sagrada do islamismo.
Organizações: Banco Mundial, FMI, ONU, Opep.
[editar] Sistema legal
A Lei Básica, em 1992, declarou que a Arábia Saudita é uma monarquia governada pelos descendentes de Ibn Saud. Também declarou o Alcorão como a constituição do país, governado com base na lei islâmica.[8]
Questões criminais são julgados em tribunais da Sharia no país. Esses tribunais exercem autoridade sobre toda a população. Casos envolvendo pequenas penalidades são julgados em tribunais sumários da Sharia. A maioria dos crimes graves são julgados em tribunais da Sharia de questões comuns. Tribunais de recurso julgam os recursos dos tribunais da Sharia.[8]
Causas também podem ser julgados em tribunais da Sharia, com uma exceção: os xiitas podem julgar casos desse tipo em seus próprios tribunais. Outros processos cíveis, incluindo os que envolvem queixas contra o governo e a execução de sentenças estrangeiras, são submetidos inicialmente a tribunais administrativos especializados, tais como a Comissão para a Resolução de Conflitos Laborais e o Conselho de Queixas.[8]
As principais fontes de direito saudita são a fiqh hambali, consagrada em vários tratados acadêmicos especificados por juristas competentes, outras escolas de direito, as regulamentações estatais e decretos reais (quando estes são relevantes), e o costume e a prática.[9]
O sistema legal saudita prescreve pena de morte ou castigo físico, incluindo amputação das mãos e dos pés para certos crimes, como assassinato, roubo, estupro, contrabando de drogas, atividade homossexual e adultério. O roubo é punível com a amputação da mão, embora raramente seja fixada para a primeira ofensa. Os tribunais podem impor outras penas severas, como flagelações para crimes menos graves contra a moralidade pública, como a embriaguez.[10] Homicídio, morte acidental e lesão corporal estão abertas à punição pela família da vítima. Retribuição pode ser pedida em espécie ou através de dinheiro. O dinheiro de sangue a pagar pela morte acidental de uma mulher ou de um homem cristão[11] é a metade do que para um homem muçulmano.[12] Todos os outros (hindus, budistas e sikhs) são avaliados em 1/16 daquele valor. A principal razão para isto é que, de acordo com a lei islâmica, os homens devem ser os fornecedores para as suas famílias e, portanto, espera-se que ganhem mais dinheiro em suas vidas. O dinheiro de sangue de um homem deveria sustentar sua família, pelo menos durante um curto período de tempo. Os assassinatos devido à honra também não são punidos tão severamente como assassinato. Isto geralmente decorre do fato de que os assassinatos devidos à honra ocorrem dentro de uma família e são feitos para compensar algum ato 'desonroso' cometido. A escravidão foi abolida em 1962. Muitas leis relacionadas a esta[necessário esclarecer] implicam punições severas, como flagelações por ingressar com o tipo incorreto de visto.[13][14]
[editar] Símbolos nacionais
Ver artigos principais: Bandeira da Arábia Saudita, Brasão de armas da Arábia Saudita, Hino nacional da Arábia Saudita.
A bandeira nacional consiste de um pano verde com texto em caracteres árabes brancos sobre uma espada, também branca. O texto na bandeira é o da shahada a declaração de fé islâmica:
لا إلاه إلالله محمد رسول الله
La ilaha Ilallah Muhammadar Rasululah
"Não há deus senão Alá, e Maomé é o seu mensageiro"
O brasão de armas é composto por duas espadas cruzadas com fios de cor prata e empunhaduras de cor ouro, ambas com suas pontas colocadas para baixo e situadas abaixo de uma palmeira de cor verde. Este emblema foi adotado em 1950, embora as duas espadas cruzadas tem figurado com anterioridade em antigas bandeiras sauditas. A palmeira e as duas espadas cruzadas aparecem representadas, em outras insígnias do país, em um dos quadrantes superiores do estandarte do monarca saudita.
Aash Al Maleek ("Vida Longa ao Rei") é o hino nacional da Arábia Saudita.
[editar] Subdivisões
Ver artigo principal: Subdivisões da Arábia Saudita
Províncias da Arábia SauditaA Arábia Saudita está dividida em 13 províncias (manatiq; singular: mintaqah):
Al Bahah
Al Hudud ash Shamaliyah
Al Jawf
Al Madinah
Al Qasim
Ar Riyad
Ash Sharqiyah
'Asir
Ha'il
Jizan
Makkah
Najran
Tabuk
[editar] Economia
Ver artigo principal: Economia da Arábia Saudita
Panorama de Riade, capital e maior cidade do país.A extração e exportação do petróleo constitui a atividade econômica mais importante, sendo a Arábia Saudita o maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), onde tem se firmado como maior produtor aumentando suas exportações.[15] Também são produzidas quantidades significativas de gás natural.
Até há pouco tempo, a produção agrícola era limitada pela inexistência de água e pela grande salinidade do solo.
Agora, graças à irrigação, a Arábia Saudita tornou-se num grande produtor de trigo. A tâmara, o tomate, a melancia, a cevada, a uva, o pepino, a abóbora, a berinjela, a batata, a cenoura e a cebola são também culturas importantes.
Os principais parceiros comerciais da Arábia Saudita são os Estados Unidos da América, o Japão, o Reino Unido, a Alemanha, a França e a Coreia do Sul.
A Arábia Saudita é um grande destino de imigração proveniente do sul e leste da Ásia e da África Oriental, principalmente de trabalhadores não especializados.
[editar] Escassez de água
A região não tem lagos ou rios[16]. Por isso, o país sofre com a escassez de água e para suprir essa necessidade realiza a dessalinização da água. A capital Riad é abastecida com água transportada por 370 km do Golfo da Árabia para então ser dessalinizada. Com o aperfeiçoamento da tecnologia, os custos do processo têm diminuído[17].
Outra tentativa envolve a procura por água em aquíferos subterrâneos. Em março de 2010, o processo foi iniciado por cientistas alemães contratados pelo governo saudita que têm feito a abertura de buracos com até 2 mil metros de profundidade[16].
Cerca de 85% da água é utilizada na agricultura[16].
[editar] Infraestrutura
[editar] Educação
Ver artigo principal: Educação na Arábia Saudita
Quando o Reino da Arábia Saudita foi fundado em 1932, a educação não era acessível a todas as pessoas, e era limitada a instrução individualizada nas escolas religiosas em mesquitas nas áreas urbanas. Essas escolas ensinavam leis islâmicas e habilidades básicas de leitura. No final do século XX, a Arábia Saudita possuía um sistema educacional que cobria todo o país, provendo treinamento gratuito da pré-escola até a universidade a todos os cidadãos.
O sistema educacional primário na Arábia Saudita começou na década de 1930. Em 1945, o Rei Abdulaziz bin Abdelrahman Al-Saud, o fundador do país, iniciou um extensivo programa para estabelecer escolas no reinado. Seis anos depois, em 1951, o país possuía 226 escolas e 29.887 estudantes. Em 1954, o Ministério da Educação foi fundado, chefiado pelo príncipe Fahd bin Abdulaziz como o primeiro Ministro da Educação. A primeira universidade foi King Saud University, fundada em 1957.
No início do século XXI o sistema nacional de educação pública possui vinte universidades, mais que 24 mil escolas, e uma grande quantidade de colégios e outras instituições de educação e treinamento. O sistema provê aos estudantes educação e livro gratuito, serviços de saúde, e é acessível para todos os cidadãos. Mais que 25% da receita anual do estado é para a educação, incluindo treinamento vocacional. O reinado tem também trabalhado em programas escolares para enviar estudantes para os Estados Unidos da América, Canadá, França, Reino Unido, Austrália, Japão, Malásia e outras nações. No início do século XXI milhares de estudantes são mandados para o exterior através de programas de educação superior todos os anos.
O estudo do Islã permanece como o centro do sistema educacional da Arábia Saudita. Os aspectos islâmicos do currículo nacional foram examinados em 2006 em um relatório por Freedom House.[18] O relatório percebeu que nas classes de educação religiosa (e em qualquer escola religiosa) as crianças eram ensinadas a depreciar outras religiões, assim como outras ramificações do Islã.[19] O currículo de estudos religiosos da Arábia Saudita é ensinado fora do Reino em madraçais espalhados pelo mundo.
[editar] Cultura
Ver artigo principal: Cultura da Arábia Saudita
A cultura da Arábia Saudita é assentada, praticamente, nas tradições da religião islâmica, predominante. Na Arábia Saudita ficam dois dos locais mais sagrados do Islão, os quais se consideram os berços da religião, as cidades de Meca e Medina, tomadas por peregrinos do mundo inteiro durante a cerimónia do Hajj.
[editar] Gastronomia
A comida local é bastante condimentada. As carnes mais comuns são o frango e o carneiro, sendo a carne suína proibida por lei, segundo a sharia. As comidas mais encontradas são o arroz, as lentilhas, homus (pasta de grão-de-bico), kultra (espetadas de frango ou carneiro), kebab (servido com sopa e legumes), mezze (entradas variadas) e muhalabia (pudim de arroz). O álcool é proibido no país, e ser apanhado bêbado pode causar graves problemas.
Israel (em hebraico: יִשְׂרָאֵל, Yisra'el; em árabe: إِسْرَائِيلُ, Isrā'īl), oficialmente Estado de Israel (em hebraico ? מדינת ישראל, transl. Medīnát Isra'él; em árabe: دولة إسرائيل, transl. Dawlát Isrā'īl), é um país da Ásia Ocidental situado na margem oriental do Mar Mediterrâneo. Embora parcialmente definidas[nota 4], Israel atualmente divide fronteiras com o Líbano ao norte, Síria e Jordânia ao leste e Egito no sudoeste.[5] A Cisjordânia e a Faixa de Gaza também são confrontantes. Israel é o único Estado do mundo predominantemente judeu,[6] com uma população de cerca de 7,5 milhões de habitantes, dos quais aproximadamente 5,62 milhões são judeus.[7][8] A maior minoria étnica do país é o segmento denominado como árabes israelenses, enquanto grupos religiosos minoritários incluem muçulmanos, cristãos, drusos, samaritanos e outros, a maioria dos quais são encontradas dentro do segmento árabe.
O moderno Estado de Israel tem as suas raízes históricas e religiosas na bíblica Terra de Israel (Eretz Israel), um conceito central para o judaísmo desde os tempos antigos,[9][10][11] e no coração dos antigos reinos de Israel e Judá.[12] Após o nascimento do sionismo político, em 1897, e da Declaração de Balfour, a Liga das Nações concedeu ao Reino Unido o Mandato Britânico da Palestina após a Primeira Guerra Mundial, com a responsabilidade para o estabelecimento de "…tais condições políticas, administrativas e econômicas para garantir o estabelecimento do lar nacional judaico, tal como previsto no preâmbulo e no desenvolvimento de instituições autônomas, e também para a salvaguarda dos direitos civis e religiosos de todos os habitantes da Palestina, sem distinção de raça e de religião… ".[13]
Em novembro de 1947, as Nações Unidas recomendaram a partição da Palestina em um Estado judeu, um Estado árabe e uma administração direta das Nações Unidas sob Jerusalém.[14] A partição foi aceita pelos líderes sionistas, mas rejeitada pelos líderes árabes, o que conduziu à Guerra Civil de 1947-1948. Israel declarou sua independência em 14 de maio de 1948 e Estados árabes vizinhos atacaram o país no dia seguinte. Desde então, Israel travou uma série de guerras com os Estados árabes vizinhos[15] e, como consequência, Israel atualmente controla territórios além daqueles delineados no Armistício israelo-árabe de 1949. Algumas das fronteiras internacionais do país continuam em disputa, mas Israel assinou tratados de paz com o Egito e com a Jordânia e apesar de esforços para resolver o conflito com os palestinos, até agora só se encontrou sucesso limitado.
A capital declarada (mas não reconhecida pela comunidade internacional) do país e sede do governo é Jerusalém,[i] que é também a residência do presidente da nação, repartições do governo, suprema corte e o Knesset (parlamento). A Lei Básica estabelece que "Jerusalém, completa e unida, é a capital de Israel" apesar de a Autoridade Palestina ver Jerusalém Oriental como futura capital da Palestina e as Nações Unidas e a maioria dos países não aceitarem a Lei Básica, argumentando que o status final deve esperar futuras negociações entre Israel e a Autoridade Palestina. A maioria dos países mantém sua embaixada em Tel Aviv, principal centro financeiro do país.[3][16]
Israel é um país desenvolvido e uma democracia representativa com Sufrágio universal[3], com um sistema parlamentar.[17][18] O Primeiro-ministro serve como chefe de governo e o Knesset serve como órgão legislativo de Israel. A economia do país, com base no produto interno bruto nominal, em 2008 situou-se entre as 41 maiores do mundo. Israel está em primeiro lugar entre os países do Oriente Médio no Índice de Desenvolvimento Humano, publicado pela ONU,[19] além de ser considerado pelo FMI uma das 34 economias avançadas do mundo[20] e o país mais avançado da região em termos de regulamentações empresariais e [21] competição econômica.[22] Grupos como a Anistia Internacional e o Human Rights Watch têm sido críticos das políticas de Israel em relação aos palestinos, enquanto o governo dos Estados Unidos[23] e alguns países da Europa, como o Reino Unido e a Alemanha, geralmente apoiam Israel bélica e financeiramente.[24]
Índice [esconder]
1 Etimologia
2 História
2.1 Raízes históricas
2.2 Sionismo e o Mandato Britânico
2.3 Independência e primeiros anos
2.4 Conflitos e tratados de paz
3 Geografia
3.1 Fauna e flora
3.2 Clima
4 Demografia
4.1 Religião
5 Política
5.1 Distritos administrativos
5.2 Territórios ocupados
5.3 Relações internacionais
5.4 Forças armadas
6 Economia
6.1 Turismo
7 Infraestrutura
7.1 Educação
7.2 Ciência e tecnologia
7.3 Comunicações
7.4 Saúde
7.5 Transportes
8 Cultura
8.1 Literatura
8.2 As belas artes: pintura, escultura e fotografia
8.3 Música e dança
8.4 Esportes
8.5 Feriados e eventos
9 Ver também
10 Notas
11 Referências
12 Bibliografia
13 Ligações externas
[editar] Etimologia
Fragmento da estela de Merenptah mencionando Israel.O primeiro registro histórico conhecido do termo Israel surge na Estela de Merenptah, monumento que celebra as vitórias militares do faraó Merenptah, datado do final do século XIII a.C..[25] O nome Israel é o único precedido pelo determinativo para povo, assinalando a sua distinção em relação às populações de cidades-estado presentes na mesma inscrição, o que sugere uma identidade contrastante com a dos seus vizinhos.[26]
É consensual entre os académicos a derivação de Israel a partir de uma forma verbal semita ocidental como śārâ (lutar, prevalecer, reinar [com]), e do elemento teofórico El ("Deus"), o que indicia que a designação poderá ter partido do próprio povo que a usou, podendo-se supor que partilharia uma identidade cultural e uma noção comum de religiosidade (culto a El), assim como, talvez, uma propensão para a guerra.[27]
A tradição judaica dá-o como acrograma hebraico das iniciais dos patriarcas e matriarcas, dos quais se originou o povo de Israel: Isaac e Jacó (י), Sara (ש), Rebeca e Raquel (ר), Abraão (א), Lea (ל). A sua etimologia é sugerida na passagem do Gênesis 32:28, na qual Jacó luta contra um anjo de Deus e o vence, após o que recebe de Deus o nome de Israel. O nome conteria, assim, o significado para a realização de um pacto entre Deus e Israel, mantendo a memória e identidade do povo através dos tempos, e definindo as regras de sua relação com o divino.[28]
O atual país foi designado por Medinat Yisrael, ou Estado de Israel, após serem rejeitadas outras propostas como Eretz Israel ("Terra de Israel"), Sião e Judeia.[29] O uso do termo hebraico israeli para se referir a um cidadão de Israel foi decidido pelo governo do país após a independência e anunciado pelo então Ministro das Relações Exteriores de Israel, Moshe Sharett.[30] Em português, os cidadãos de Israel são denominados "israelenses" (no Brasil) ou "israelitas" (em Portugal e nos PALOP).
[editar] História
Ver artigo principal: História de Israel
[editar] Raízes históricas
Ver artigos principais: História da Antiga Israel, Terra de Israel.
Vista geral de Massada.A história da Antiga Israel abrange o período desde o século XX a.C. até à expulsão e Diáspora do povo judaico no século I, na área compreendida entre o Mar Mediterrâneo, o deserto do Sinai, as montanhas do Líbano e o deserto da Judeia. Concentra-se especialmente no estudo do povo judeu neste período, e de forma secundária dos outros povos que com ele conviveram, como os filisteus, fenícios, moabitas, idumeus, hititas, madianitas, amoritas e amonitas. As fontes sobre este período são principalmente a escrita clássica como a Bíblia hebraica ou Tanakh (conhecida pelos cristãos como Antigo Testamento), o Talmude, o livro etíope Kebra Nagast e escritos de Nicolau de Damasco, Artapano de Alexandria, Fílon e Josefo. Outra fonte principal de informação são os achados arqueológicos no Egito, Moab, Assíria ou Babilónia, e os vestígios e inscrições no próprio território.
A Terra de Israel, conhecida em hebraico como Eretz Israel, é sagrada para o povo judeu desde os tempos bíblicos. De acordo com a Torá, a Terra de Israel foi prometida aos três patriarcas do povo judeu, por Deus, como a sua pátria;[31][32] estudiosos têm colocado este período no início do 2º milênio a.C..[33] A terra de Israel guarda um lugar especial nas obrigações religiosas judaicas, englobando os mais importantes locais do judaísmo (como os restos do Primeiro e Segundo Templos do povo judeu). A partir do século X a.C.[34] uma série de reinos e estados judaicos estabeleceram um controle intermitente sobre a região que durou cerca de 150 anos, para o Reino de Israel, até à sua conquista pelos assírios em 721 a.C., e quatro séculos para o Reino de Judá, até à sua conquista por Nabucodonosor em 586 a.C. e destruição do Templo de Salomão pelos babilónios.[35] Em 140 a.C. a revolta dos Macabeus levou ao estabelecimento do Reino Hasmoneu de Israel, cuja existência enquanto reino independente durou 77 anos, até à conquista de Jerusalém por Pompeu em 63 a.C, altura em que se tornou um reino tributário do Império Romano.[36]
A menorá saqueada de Jerusalém, imagem do Arco de Tito.Sob o domínio assírio, babilônico, persa, grego, romano, bizantino e (brevemente) sassânido, a presença judaica na região diminuiu por causa de expulsões em massa. Em particular, o fracasso na revolta de Bar Kokhba contra o Império Romano em 132 resultou em uma expulsão dos judeus em larga escala. Durante este tempo os romanos deram o nome de Syria Palæstina à região geográfica, numa tentativa de apagar laços judaicos com a terra. No entanto, a presença judaica na Palestina manteve-se, com o deslocamento de judeus da Judeia para a cidade de Tiberíades, na Galileia.[37] No início do século XII ainda permaneciam cerca de 50 famílias judaicas na cidade.[38] A Mishná e o Talmud de Jerusalém, dois dos textos judaicos mais importantes, foram compostos na região durante esse período. A terra foi conquistada do Império Bizantino em 638 durante o período inicial das conquistas muçulmanas. O niqqud hebraico foi inventado em Tiberíades nessa época. A área foi dominada pelos omíadas, depois pelos abássidas, cruzados, os corésmios e mongóis, antes de se tornar parte do império dos mamelucos (1260-1516) e o Império Otomano em 1517.[39]
Embora a presença judaica na Palestina tenha sido constante, os judeus que "sempre lá estiveram" reduziam-se à pequena comunidade rural de Peki'in, árabes em tudo excepto na religião.[40] Durante os séculos XII e XIII, houve um pequeno, mas constante movimento de imigrantes judeus para a região, especialmente vindos do Norte de África.[41] Após o Decreto de Alhambra em 1492, muitos judeus expulsos de Espanha partiram para a Terra Santa,[42] embora se tenham fixado nas cidades onde viviam da caridade e do halukka enviado pelos seus pares na Diáspora.[40] Após 1517, sob o domínio Otomano, a região tornou-se uma província esquecida do Império, declinando em população devido à extrema pobreza, impostos exorbitantes, doença e falta de segurança. A população era maioritariamente muçulmana, da qual dez por cento eram católicos. Em 1777, judeus europeus começaram a voltar à região, juntando-se à pequena comunidade sefardita local.[43] Por volta de 1800, a população judaica rondaria os três milhares,[40] vivendo sobretudo nas "Quatro Cidades Sagradas", Jerusalém, Hebron, Safed e Tiberíades. Despreparados para a rudeza da região, sem conseguir arranjar emprego e impedidos de possuir terras, os judeus europeus viviam na miséria, sobrevivendo, mais uma vez, do halukka.[43]
Já na década de 1850, os judeus chegariam mesmo a constituir pelo menos a metade da população de Safed, Tiberíades e Jerusalém.[44][45]
[editar] Sionismo e o Mandato Britânico
Ver artigos principais: Sionismo e Mandato Britânico da Palestina.
Theodor Herzl, visionário do Estado judeu, em 1901.Algumas fontes afirmam que primeira grande onda de imigração moderna, conhecida como a primeira Aliyah (hebraico: עלייה), começou em 1881, quando os judeus fugiram dos pogroms na Europa Oriental.[46] Outras, no entanto, apresentam dados que demonstram que os fluxos de imigração judaica provenientes da Europa entre os anos de 1880 a 1929 tinham como destino em sua maior parte, os países americanos e não a Palestina para onde se dirigiu um número minoritário de judeus até o início da Segunda Guerra Mundial.[47]
Enquanto o movimento sionista já existia, em teoria, Theodor Herzl foi creditado como o fundador do sionismo político,[48] um movimento que inspirado no nacionalismo alemão pretendia estabelecer um Estado judaico na terra de Israel, buscando uma solução estadista para a questão judaica.[49] Em 1896, Herzl publicou Der Judenstaat ("O Estado Judeu"), que oferece a sua visão de um futuro Estado judeu. No ano seguinte, ele presidiu o primeiro Congresso Mundial Sionista.[50]
A segunda Aliyah (1904-1914), começou após o pogrom de Kishinev. Cerca de 40 000 judeus se estabeleceram na Palestina.[46] Tanto a primeira quanto a segunda onda de imigrantes foi principalmente de judeus ortodoxos,[51] porém na Segunda Aliyah também vieram alguns socialistas pioneiros que criaram o movimento kibbutz.[52] A 2 de novembro de 1917, durante a Primeira Guerra Mundial, o Ministro Britânico de Relações Exteriores, Arthur Balfour emitiu o que ficou conhecido como a Declaração de Balfour, que diz "O governo de Sua Majestade encara favoravelmente o estabelecimento na Palestina de um lar nacional para o Povo Judeu…". A pedido de Edwin Samuel Montagu e de Lord Curzon, uma linha foi inserida na declaração afirmando "que seja claramente entendido que nada será feito que possa prejudicar os direitos civis e religiosos das comunidades não-judaicas na Palestina, ou os direitos e estatuto político usufruídos pelos judeus em qualquer outro país".[53] A Legião Judaica, um grupo de batalhões compostos sobretudo de voluntários sionistas, havia assistido os britânicos na conquista da Palestina. A utilização do termo ambíguo "lar nacional" alarmou os árabes e, de forma a aplacá-los, em 7 de novembro de 1918 o Reino Unido assinou com a França a Declaração Anglo-Francesa,[54] declarando como objectivo comum a ambos os países "a libertação final e completa dos povos que há muito vêm sendo oprimidos pelos turcos, e o estabelecimento de governos nacionais e administrações [na Síria, Iraque e Palestina] cuja autoridade deriva do livre exercício da iniciativa e escolha por parte das populações indígenas".[55] No entanto, em 1919, num memorando governamental interno, Balfour declarou que não tinha intenção de consultar os habitantes da Palestina sobre as suas aspirações, contrariando assim a Declaração de 1918 e a Declaração de Balfour na sua promessa de não prejudicar os direitos civis e religiosos das comunidades não-judaicas da Palestina.[54] A oposição árabe a este plano levou aos distúrbios de 1920 na Palestina e à formação da organização judaica conhecida como Haganah ("a Defesa", em hebraico), da qual mais tarde se separaram os grupos Irgun e Lehi.[56]
Em 1922, a Liga das Nações concedeu ao Reino Unido um mandato na Palestina em condições semelhantes à Declaração Balfour.[57] A população da área neste momento era predominantemente muçulmana, enquanto na maior área urbana da região, Jerusalém, era maioritariamente judaica.[58] A terceira (1919-1923) e a quarta Aliyah (1924-1929) trouxeram 100 000 judeus para a Palestina.[46] A partir de 1921 os britânicos sujeitaram a imigração judaica a quotas e a maioria do território designado para o estado judaico foi alocado à Transjordânia.[59]
A ascensão do nazismo na década de 1930 levou à quinta Aliyah, com um fluxo de 250 mil judeus. Este fluxo provocou a Revolta árabe de 1936-1939, e levou os britânicos a conter a imigração através do Livro Branco de 1939. Com países de todo o mundo recebendo refugiados judeus fugidos do Holocausto, um movimento clandestino conhecido como Aliyah Bet foi organizado para transportar judeus para a Palestina.[46] Pelo final da Segunda Guerra Mundial, os judeus representavam 33% da população da Palestina, quando eram 11% em 1922.[60]
[editar] Independência e primeiros anos
Ver artigos principais: Guerra árabe-israelense de 1948 e Declaração de Independência do Estado de Israel.
O atentado terrorista ao Hotel King David marcou o início da luta pela independência judaica na Palestina.Após 1942, com a rejeição do Livro Branco de 1939 por parte dos líderes sionistas, o Reino Unido tornou-se cada vez mais envolvido num conflito violento com os judeus.[61] Vários ataques armados foram levados a cabo pelos sionistas contra alvos britânicos, dos quais se destacam o assassinato do ministro de estado britânico Lord Moyne no Cairo em novembro de 1944 pelo Stern Gang, liderado por Yitzhak Shamir, e a explosão do Hotel King David pelo Irgun, liderado por Menachem Begin, em 1946. No início de 1947, o governo britânico, percebendo o encargo político e económico que estava a ser o conflito na Palestina, decidiu acabar com o Mandato, declarando que era incapaz de chegar a uma solução aceitável para ambos os lados, árabes e judeus.[62]
A recém-criada Organização das Nações Unidas recomendou a aplicação do Plano de partição da Palestina, aprovado pela Assembleia Geral das Nações Unidas através da Resolução 181, de 29 de novembro de 1947, propondo a divisão do país em dois Estados, um árabe e um judeu. Segundo esta proposta, a cidade de Jerusalém teria um estatuto de cidade internacional - um corpus separatum - administrada pelas Nações Unidas para evitar um possível conflito sobre o seu estatuto.[63] A Agência Judaica aceitou o plano,[64] embora nunca tivesse afirmado que limitaria o futuro Estado judaico à área proposta pela Resolução 181. A 30 de novembro de 1947 a Alta Comissão Árabe rejeitou o plano, na esperança de que o assunto fosse revisto e uma proposta alternativa apresentada. Nesta altura, a Liga Árabe não considerava ainda uma intervenção armada na Palestina, à qual se opunha a Alta Comissão Árabe.[65] No dia seguinte à rejeição do plano, o conflito armado estendeu-se a toda a Palestina. As organizações paramilitares sionistas, em especial o Haganah e os voluntários internacionais que se lhes juntaram, iniciaram o que David Ben Gurion chamou de "defesa agressiva", na qual qualquer ataque árabe seria respondido de forma decisiva, com destruição do lugar, expulsão dos seus moradores e captura da posição. Em março de 1948 foi colocado em prática o Plano Dalet, com o objectivo de capturar aldeias, bairros e cidades árabes. No mês seguinte, dois importantes acontecimentos geraram ondas de choque através da Palestina e de todo o mundo árabe: A morte de Abd al-Qader al-Husseini defendendo a aldeia árabe de Al-Qastal, e o massacre da aldeia de Deir Yassin, perpetrado pelo Irgun e pelo Stern Gang. Estes acontecimentos levaram os países árabes, reunidos na Liga Árabe, a considerar uma intervenção na Palestina com os seus exércitos regulares.[66] A economia árabe-palestina desmoronou e 250 000 árabes-palestinos fugiram ou foram expulsos.[67]
David Ben-Gurion discursa, em 14 de maio de 1948, na Declaração do Estado de Israel com um retrato de Theodor Herzl ao fundo.Em 14 de maio de 1948, um dia antes do fim do Mandato Britânico, a Agência Judaica proclamou a independência, nomeando o país de Israel. No dia seguinte, cinco países da Liga Árabe, Egito, Síria, Jordânia, Líbano e Iraque, apoiados pela Arábia Saudita e pelo Iêmen, invadiram[68] o território do antigo Mandato Britânico da Palestina, iniciando a Guerra árabe-israelense de 1948.[69] Marrocos, Sudão, Iêmen e Arábia Saudita também enviaram tropas para ajudar os invasores. Após um ano de combates, um cessar-fogo foi declarado e uma fronteira temporária, conhecida como Linha Verde, foi estabelecida. Os territórios anexados da Jordânia tornaram-se conhecidos como Cisjordânia e Jerusalém Oriental, o Egito assumiu o controle da Faixa de Gaza. Israel foi admitido como membro das Nações Unidas em 11 de maio de 1949.[70] Durante o conflito 711 000 árabes, de acordo com estimativas das Nações Unidas, ou cerca de 80% da população árabe anterior, fugiram do país.[71] O destino dos refugiados palestinos de hoje é um grande ponto de discórdia no conflito israelo-palestino.[72][73]
Homem em um campo de refugiados palestinos resultante do Nakba, em 1948.Nos primeiros anos do Estado, o Sionismo trabalhista, movimento sionista liderado pelo então Primeiro-ministro David Ben-Gurion dominava a política israelita.[74][75] Esses anos foram marcados pela imigração maciça dos sobreviventes do Holocausto e um influxo de judeus perseguidos em terras árabes. A população de Israel aumentou de 800 000 para dois milhões entre 1948 e 1958.[76] A maioria dos refugiados que chegaram sem posses e foram alojados em campos temporários conhecidos como ma'abarot. Em 1952, mais de 200 000 imigrantes viviam nestas "cidades tenda". A necessidade de resolver a crise levou Ben-Gurion a assinar um acordo com a Alemanha Ocidental que desencadeou protestos em massa de judeus que eram contrários a ideia de Israel "fazer negócios" com a Alemanha.[77] Durante a década de 1950, Israel foi atacado constantemente por militantes, principalmente a partir da Faixa de Gaza, que estava sob controle egípcio.[78] Em 1956, Israel criou uma aliança secreta com o Reino Unido e a França destinada a recapturar o canal do Suez, que os egípcios tinham nacionalizado (ver Guerra do Suez). Apesar da captura da Península do Sinai, Israel foi forçado a recuar devido à pressão dos Estados Unidos e da União Soviética, em troca de garantias de direitos marítimos de Israel no Mar Vermelho e no Canal.[79]
No início da década seguinte, Israel capturou Adolf Eichmann, um dos criadores da Solução Final escondido na Argentina, e o trouxe para julgamento.[80] O julgamento teve um impacto importante sobre a conscientização do público sobre o Holocausto,[81] Eichmann foi única pessoa executada por Israel,[82] embora John Demjanjuk tivesse sido condenado a morrer antes de sua condenação ser anulada pela Suprema Corte de Israel.[83]
[editar] Conflitos e tratados de paz
Ver artigos principais: Conflito árabe-israelense e Conflito israelo-palestino.
Begin, Carter e Sadat em Camp David, no momento da assinatura do tratado de paz entre Israel e Egito.Ao longo dos anos os países árabes recusaram-se a manter relações diplomáticas com Israel não reconhecendo a existência do Estado judeu e, além disso, árabes nacionalistas liderados por Nasser lutaram pela destruição do Estado judeu.[84][85] Em 1967, o Egito, a Síria e a Jordânia mandaram suas tropas até as fronteiras israelenses, expulsando as forças de paz da ONU e bloqueando o acesso de Israel ao Mar Vermelho. Israel viu essas ações como um casus belli para um conflito, iniciando a Guerra dos Seis Dias. Israel conseguiu uma vitória decisiva nesta guerra e capturou os territórios árabes da Cisjordânia, Faixa de Gaza, Península do Sinai e as Colinas de Golã.[86] Desde 1949 a chamada Linha Verde passou a ser a fronteira administrativa entre Israel e os territórios ocupados. As fronteiras de Jerusalém foram ampliadas por Israel que incorporou Jerusalém Oriental. A Lei de Jerusalém, promulgada em 1980, reafirmou esta medida e reacendeu polêmica internacional sobre o estatuto de Jerusalém.[87]
O fracasso dos Estados Árabes na guerra de 1967 levou ao surgimento de organizações não-estatais árabes no conflito, sendo a mais importante a Organização de Libertação da Palestina (OLP), que foi concebida sob o lema "a luta armada como única forma de libertar a pátria.".[88][89] No final da década de 1960 e início da década de 1970, grupos palestinos[90][91] lançaram uma onda de ataques contra alvos israelenses ao redor do mundo,[92] incluindo um massacre de atletas israelitas nos Jogos Olímpicos de Verão de 1972, em Munique na Alemanha. Israel reagiu com a Operação Cólera de Deus, no decurso da qual os responsáveis pelo massacre de Munique foram encontrados e executados.[93] Em 6 de outubro de 1973, no Yom Kippur, dia mais santo do calendário judaico, os exércitos do Egito e da Síria lançaram um ataque surpresa contra Israel. A guerra terminou em 26 de outubro com o êxito israelense, que conseguiu repelir as forças egípcias e sírias, porém sofrendo grandes perdas.[94] Um inquérito interno exonerou o governo israelense da responsabilidade pelo conflito, porém a insatisfação popular forçou a então Primeira-Ministra Golda Meir a renunciar.[95]
Primeira-Ministra Golda Meir, que renunciou após a Guerra do Yom Kippur.As eleições de 1977 do Knesset marcaram uma virada importante na história política israelense, quando Menachem Begin do Partido Likud assumiu o controle do Partido Trabalhista.[96] Mais tarde, no mesmo ano, o então Presidente Egípcio Anwar El Sadat fez uma visita a Israel e falou perante o Knesset, esta foi a primeira vez que um chefe de Estado árabe reconheceu o Estado de Israel.[97] Nos dois anos que se seguiram, Sadat e Menachem Begin assinaram o Acordo de Camp David e o Tratado de Paz Israel-Egito.[98] Israel retirou-se da Península do Sinai e concordou em iniciar negociações sobre uma possível autonomia para palestinos em toda a Linha Verde, um plano que nunca foi executado. O governo israelense começou a encorajar assentamentos judeus no território da Cisjordânia, criando atritos com os palestinos que viviam nessas áreas.[99]
Em 7 de junho de 1981, Israel bombardeou pesadamente o reator nuclear Osirak no Iraque durante a chama Operação Ópera, com fim de desabilitá-lo. A inteligência israelense tinha uma suspeita de que o Iraque pretendia utilizar este reator para o desenvolvimento de armas nucleares. Em 1982, Israel interveio na Guerra Civil Libanesa, destruindo as bases da Organização de Libertação da Palestina, que, em resposta, lançou ataques e mísseis ao norte de Israel. Esse movimento se desenvolveu para a Guerra do Líbano de 1982.[100] Israel retirou a maior parte se suas tropas do Líbano, em 1986, mas manteve uma "zona de segurança" até 2000. A Primeira Intifada, um levante palestino contra Israel, eclodiu em 1987,[101] com ondas de violência nos territórios ocupados. Ao longo dos seis anos seguintes, mais de mil pessoas foram mortas, muitas das quais por atos internos de violência dos palestinos.[102] Durante a Guerra do Golfo em 1991, a OLP e os palestinos apoiaram os ataques de mísseis lançados contra Israel pelo líder iraquiano Saddam Hussein, na tentativa de provocar a entrada de Israel para a guerra.[103][104]
Yitzhak Rabin e Yasser Arafat dão as mãos, acompanhados por Bill Clinton, quando ocorreu a assinatura dos Acordos de Oslo, em 13 de setembro de 1993.Em 1992, Yitzhak Rabin tornou-se Primeiro-Ministro, ele e seu partido estabeleceram compromissos com os vizinhos de Israel.[105][106] No ano seguinte, Shimon Peres e Mahmoud Abbas, em nome de Israel e da OLP, assinaram os Acordos de paz de Oslo, que deram à Autoridade Nacional Palestina o direito de auto-governar partes da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.[107] A intenção era o reconhecimento do direito do estado de Israel existir e uma forma de dar fim ao terrorismo. Em 26 de outubro de 1994 foi assinado o Tratado de paz Israel-Jordânia, sendo a Jordânia o segundo país árabe que normalizou suas relações com Israel.[108] O apoio público dos árabes aos Acordos foi danificado pelo Massacre do Túmulo dos Patriarcas,[109] pela continuação dos assentamentos judeus, e pela deterioração das condições econômicas. O apoio da opinião pública israelense aos Acordos diminuiu quando Israel foi atingido por ataques suicidas palestinos.[110] Em novembro de 1995 o assassinato de Yitzhak Rabin por um militante de extrema-direita judeu, chocou o país.[111]
No final da década de 1990, Israel, sob a liderança de Benjamin Netanyahu, desistiu de Hebron,[112] assinando o Memorando de Wye River, dando maior controle da região para a Autoridade Nacional Palestina.[113] Ehud Barak, eleito primeiro-ministro em 1999, começou por retirar forças israelenses do sul do Líbano, realizando negociações com a Autoridade Palestina Yasser Arafat e o Presidente dos Estados Unidos Bill Clinton durante a Cúpula de Camp David de 2000. Durante esta cimeira, Barak ofereceu um plano para o estabelecimento de um Estado palestino na Faixa de Gaza e 91% da Cisjordânia, retendo porém o controlo sobre todas as fronteiras e principais cursos de água, e anexando definitivamente 12% do Vale do Jordão, a região mais fértil da Cisjordânia, a favor de Israel, reservando-se ainda o direito de permanecer entre 12 a 30 anos em outros 10% dessa região.[114] Yasser Arafat rejeitou o acordo, exigindo como pré-condição para as negociações a retirada de Israel para as fronteiras de Junho de 1967.[115] Após o colapso das negociações, começou a Segunda Intifada.[116][117] Ariel Sharon foi escolhido como novo primeiro-ministro em 2001 durante uma eleição especial. Durante seu mandato, Sharon realizou seu plano de retirada unilateral da Faixa de Gaza e também liderou a construção da barreira israelense da Cisjordânia.[118] Em Janeiro de 2006, depois de sofrer um grave acidente vascular cerebral que o deixou em coma Ariel Sharon deixou o cargo e suas competências foram transferidas para o gabinete de Ehud Olmert.[119]
Muro da Cisjordânia próximo a Ramallah, em 2010.Em julho de 2006, um ataque da artilharia do Hezbollah a comunidades da fronteira norte de Israel e um rapto de dois soldados israelenses desencadeou a Segunda Guerra do Líbano.[120][121][122] Os confrontos duram por um mês até um cessar-fogo (Resolução 1701 da Organização das Nações Unidas) mediado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Em 27 de novembro de 2007, o Primeiro-Ministro israelense Ehud Olmert e o Presidente palestino Mahmoud Abbas concordaram em negociar sobre todas as questões e lutar por um acordo até ao final de 2008. Em Abril de 2008, o presidente sírio Bashar al-Assad disse a um jornal do Qatar que a Síria e Israel tinham vindo a discutir um tratado de paz por um ano, com a Turquia como mediador. Isto foi confirmado por Israel, em Maio de 2008.[123]
No final de Dezembro de 2008, o cessar-fogo entre o Hamas e Israel acabou após foguetes serem disparados a partir da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas. Israel respondeu com uma série de intensos ataques aéreos.[124] Em resposta, protestos eclodiram em todo o mundo.[125] Em 3 de janeiro de 2009, tropas israelitas entraram em Gaza marcando o início de uma ofensiva terrestre.[126]
[editar] Geografia
Ver artigo principal: Geografia de Israel
Paisagem típica no Deserto de Negev, com areias de múltiplas cores e rios secos, ocasionalmente inundados no inverno por instantâneas enchentes.O Estado de Israel, em sua área total de 27 800 km, é descrito dentro das linhas de cessar-fogo e do autogoverno da Palestina. De forma alongada e estreita, tem em seu comprimento 470 km, e em sua largura máxima, 135 km. Suas fronteiras estão entre o Líbano, a Síria, a Jordânia, o Egito e o Mar Mediterrâneo.[3][127][128] Dividido em quatro regiões geográficas - três faixas paralelas e uma grande área árida - tem em sua planície costeira do Mediterrâneo, os sítios mais férteis, que avançam em um total de quarenta quilômetros para o interior do país. A nordeste, nascem suas cadeias de montanhas, onde localiza-se ainda o Planalto de Golan, formado por rochas de basalto, resultantes de erupções vulcânicas, que beiram o Vale do Hula. Seguindo a cadeia rochosa, localizam-se as montanhas da Galileia, compostas de rocha calcária branda e dolomita, que atingem até 1 200m de altura. Acompanhando as cadeias montanhosas seguem córregos que mantém a região verde por todo o ano. Entre as montanhas da Galileia e da Samaria, encontra-se o Vale de Jizreel, dita a região mais agrícola de Israel. Seguindo a cadeia rochosa para o sul, vê-se o Neguev, que compõe quase a metade do território.[129] Adiante, esta área torna-se mais árida, composta por planícies de arenito em cumes de pedras, crateras, platôs, montanhas ainda mais altas e três crateras erosivas, cuja maior mede 35 km de comprimento, de clima seco. Próximo a Eilat e ao Mar Vermelho, a paisagem apresenta agudas elevações compostas por granito cinza e vermelho e arenito. Ao oriente, percebe-se a Fenda Sírio-Africana, divisora da crosta terrestre. Ao contrário do sul semi-árido, o oriente é sua área setentrional e fértil, além de ser atravessada de norte a sul pelo rio Jordão, que possui um total de trezentos quilômetros. Este rio, nascido de neves do Monte Hermon derretidas no verão, atravessa o Vale do Hula, e o Mar da Galileia, o maior reservatório de água potável do país situado entre as montanhas e o Planalto de Golan, e desemboca no Mar Morto, o ponto mais baixo da superfície terrestre.[130] Apesar de cheio durante a estação das chuvas, é um rio razo e estreito. Ao sul do Mar Morto, encontra-se o Aravá,[131] chamada savana de Israel, que se estende até o golfo de clima sub-tropical e águas profundas, com recifes de corais e uma variada fauna marinha.[132]
[editar] Fauna e flora
O famigerado querogrilo, referido no Levítico, animal desconhecido na Europa durante muitos séculos.A fauna e a flora nacionais são diversificadas, devido, em parte, a sua localização, na junção de três continentes. Na vida vegetal, mais de 2 800 plantas já foram catalogadas, entre o papiro e a peônia vermelho-coral brilhante. Ao longo do território há ainda um misto de flores cultivadas e plantas nativas: íris, açucena e tulipa, misturam-se ao açafrão e à cila, chamadas litófitas. Já em meio a vida animal de Israel, há uma grande variedade de espécies de borboletas e pássaros, entre 135 para um e 380 para o outro. Gazelas, raposas, gatos selvagens e outros mamíferos, formam a fauna dos bosques; Cabritos monteses vivem nos rochedos desertos; e camaleões e cobras juntam-se a oitenta espécies nativas de lagartos. Para preservar a vida das espécies animal e vegetal, o governo criou o Fundo Nacional Judaico, que atua na acumulação de água, no reflorestamento e na sua manutenção. Além disso, severas leis foram adotadas a fim de preservar a vida natural, tornando um ato ilegal até mesmo a retirada de uma flor nascida na beira da estrada; e a conscientização da população é promovida através de atos públicos como excursões guiadas, campanhas de esclarecimento, publicações e dentro das escolas.[133]
[editar] Clima
As temperaturas variam muito em Israel, principalmente durante o inverno. As regiões montanhosas do país são frias, inclusive com ocorrência de neve; o pico do monte Hérmon é coberto por neve na maior parte do ano e Jerusalém recebe pelo menos uma queda de neve por ano.[134] Entretanto, cidades costeiras, como Tel Aviv e Haifa, têm clima mediterrâneo típico, com frio e chuva durante o inverno e com verão quente e seco. A maior temperatura no continente asiático (53,7 °C) foi registrada em 1942 no kibutz Tirat Zvi, no norte do vale jordaniano.[135] De maio a setembro, a chuva em Israel é rara.[136][137] Com os escassos recursos hídricos, Israel tem desenvolvido diversas tecnologias de economia de água, incluindo irrigação por gotejamento.[138] Os israelenses também aproveitam a grande incidência de luz solar para a produção de energia solar, tornando a Israel, a nação líder em energia solar em uso per capita.[139]
[editar] Demografia
Ver artigos principais: Demografia de Israel.
Ver página anexa: Lista de cidades em Israel
Tel Aviv, a segunda maior cidade do país.Em 2010, a população de Israel foi calculada em 7,587 milhões de habitantes.[140] Desses, segundo dados de 2009, mais de 300 000 cidadãos de Israel viviam em assentamentos na Cisjordânia,[141] como Ma'ale Adummim e Ariel e as comunidades que antecederam a criação do Estado, mas foram restabelecidas após a Guerra dos Seis Dias, em cidades como Hebron e Gush Etzion. Cerca de 18 000 israelenses vivem nas Colinas de Golã. Em 2006 havia 250 000 judeus residentes em Jerusalém Oriental. O número total de colonos israelenses é superior a 500 000 (6,5% da população). Cerca de 7800 viviam em assentamentos israelenses na Faixa de Gaza até terem sido evacuados pelo governo como parte do seu plano de retirada de 2005. Israel tem duas línguas oficiais, hebraico e árabe.[3] O hebraico é o idioma principal do estado e é falada pela maioria da população. O árabe é falado pela minoria árabe e por judeus que imigraram a partir de países árabes. A maioria dos israelenses se comunica razoavelmente bem em inglês, como muitos programas de televisão são em inglês e em muitas escolas começam a ensinar Inglês no início das aulas. Como um país de imigrantes, dezenas de línguas podem ser ouvidas nas ruas de Israel. Um grande afluxo de pessoas da antiga União Soviética e da Etiópia fizeram do russo e amárico línguas faladas em Israel. Entre 1990 e 1994, a imigração de judeus da antiga União Soviética fez com que a população israelense aumentasse em doze por cento.[142]
Ao longo da última década, os fluxos migratórios têm também incluido um número significativo de imigrantes não-judeus de países como a Romênia, Tailândia, China e um número de países da África e da América do Sul; estimar um número exato é difícil devido à presença de imigrantes ilegais, mas as estimativas executadas na região apresentaram cerca de 200 000 pessoas.[143] A retenção da população de Israel desde 1948 é a mesma ou maior, quando comparado para outros países com imigração maciça.[144] Emigração da população israelense (yerida) para outros países, principalmente para os Estados Unidos e o Canadá, é descrito por demógrafos como modesta,[145] mas é muitas vezes citada pelos ministérios do governo israelense como uma ameaça importante para o futuro de Israel.[146]
Israel foi criado com o propósito de ser uma pátria para o povo judeu e é muitas vezes referida como o Estado judeu. A Lei do retorno concede a todos os judeus e os de linhagem judaica o direito à cidadania israelense.[147] Um pouco mais de três quartos, ou 75,5%, da população são judeus de várias origens judaicas. Aproximadamente 68% dos judeus israelenses nasceram no país, 22% são imigrantes da Europa e das Américas e 10% são imigrantes da Ásia e da África (incluindo o mundo árabe).[148]
Cidades mais populosas de Israel ver • editar
Posição Cidade Distrito População Posição Cidade Distrito População
Jerusalém
Tel Aviv
Haifa
1 Jerusalém Jerusalém 732.100 11 Bat Yam Tel Aviv 129.900
2 Tel Aviv Tel Aviv 390.300 12 Ramat Gan Tel Aviv 129.800
3 Haifa Haifa 267.000 13 Ashkelon Sul 107.900
4 Rishon LeZion Central 222.300 14 Rehovot Central 104.600
5 Ashdod Sul 204.400 15 Herzliya Tel Aviv 84.200
6 Beersheba Sul 185.800 16 Kfar Sava Central 81.400
7 Petah Tikva Central 184.200 17 Hadera Haifa 76.400
8 Netanya Central 174.000 18 Ra'anana Central 72.800
9 Holon Tel Aviv 167.300 19 Beit Shemesh Jerusalém 69.300
10 Bnei Brak Tel Aviv 147.800 20 Lod Central 66.900
[editar] Religião
Ver artigo principal: Religião em Israel
O Muro das Lamentações, o local mais sagrado do judaísmo, com o Domo da Rocha ao fundo, em Jerusalém.A afiliação religiosa dos judeus israelitas varia muito: 55% dizem que são "tradicionais", enquanto 20% consideram-se "judeus seculares", 17% definem-se como "sionistas religiosos"; os finais 8% definem-se como "judeus haredi".[149]
Perfazendo até 16,2% da população, os muçulmanos constituem a maior minoria religiosa de Israel. Dos cidadãos árabes de Israel, que compreendem 19,8% da população, mais de quatro quintos (82,6%) são muçulmanos. Dos restantes árabes israelenses, 8,8% e 8,4% são cristãos são druzos, respectivamente.[150] Membros de muitos outros grupos religiosos, incluindo budistas e hindus, mantem presença em Israel, embora em menor número.[151] Os cristãos totalizam 2,1% da população de Israel e são constituídos de árabes cristãos e judeus messiânicos.[152]
Centro Mundial Bahá'í, em Haifa.A cidade de Jerusalém é um lugar sagrado para judeus, muçulmanos e cristãos, pois sedia lugares que são fundamentais para suas crenças religiosas, como o Muro das Lamentações, o Monte do Templo, a Mesquita de Al-Aqsa e a Igreja do Santo Sepulcro. Outros monumentos religiosos de importância estão localizadas na Cisjordânia, entre eles o local de nascimento de Jesus, a tumba de Raquel em Belém e a Caverna dos Patriarcas, em Hebron. O centro administrativo da Fé Bahá'í e do Santuário do Báb estão localizadas no Centro Mundial Bahá'í em Haifa e do líder da fé, enterrado no Acre. Não existe uma comunidade Baha'i em Israel, embora seja um destino de peregrinações. Pessoas que seguem a Fé Baha'i em Israel não ensinam a sua fé a israelenses seguindo uma política rigorosa.[153][154]
Israel figura entre os dez países com maior número de ateus ou agnósticos, e, com um total de 25,6% da população declarando-se ateísta, fica na quarta posição por países com maior proporção de ateístas no mundo.[155]
A grande maioria das pessoas seculares em Israel são de etnia judaica. Muitos judeus respeitam os feriados religiosos como algo comum, uma data estabelecida pelo governo, não são como seus país ou avós, que tinham fé na religião, afinal este era o legado de séculos passado de geração a geração, elo que unia o povo judeu e dava a ele um sentido de pertença a uma mesma comunidade. Hoje, os sabras já não sentem tanto a necessidade de seguir preceitos religiosos. Mesmo que entre os árabes haja também alguns indivíduos ateus ou não-religiosos, é mais comum entre os árabes de Israel, como um todo, encontrar pessoas bastante ligadas à religião, sejam elas cristãs ou muçulmanas, especialmente entre esses últimos. Embora as religiões, tanto o judaísmo quanto o islã, sejam responsáveis por uma boa do conflito árabe-israelense (por exemplo na questão de Jerusalém), a fé religiosa não é mais determinante na vida das pessoas, pelo menos para a maior parte dos judeus, que estão cada vez mais seculares (à exceção dos haredim). Os judeus laicos continuam a compartilhar um sentimento de identidade e a crença num destino comum, porém não mais é a fé que determina essa destino. Ainda assim, preocupa a radicalização entre uma parcela dos líderes religiosos, que têm bastante influência na política nacional. Há um certo medo da sociedade mais ampla de que o laicismo deixe de contar com o apoio dos políticos, com um aumento do poder dos ultra-ortodoxos.[156]
[editar] Política
Ver artigos principais: Governo de Israel e Política de Israel.
Knesset, o parlamento israelense.Israel é uma democracia parlamentar[3] e o Presidente de Israel é o chefe de estado, mas suas funções são em grande parte simbólicas.[157] Um membro do Parlamento apoiado pela maioria dos parlamentares torna-se o Primeiro-Ministro, normalmente o presidente do maior partido. O Primeiro-ministro é o chefe de governo e chefe do Gabinete.[157] Israel é governado por um parlamento composto por 120 membros, conhecido como Knesset. A composição do Knesset é baseada na representação proporcional dos partidos políticos.[158] As eleições parlamentares são realizadas a cada quatro anos, mas o Knesset pode dissolver o governo, a qualquer momento, por falta de confiança na votação. O processo de paz, o papel da religião no estado e escândalos polítcos têm causado ruptura de coalizões ou a antecipação das eleições.[159] As Leis Básicas de Israel funcionam como uma constituição não escrita. Em 2003, o Knesset começou a redigir uma constituição oficial baseada nestas leis.[3][160]
A Suprema Corte de Israel, em Jerusalém.Israel tem três níveis no sistema judicial. O nível mais baixo são magistrados judiciais, situados na maioria das cidades do país. Acima deles são tribunais de comarca, servindo simultaneamente como tribunais de apelação e tribunais de primeira instância, estão situados em cinco dos seis distritos de Israel. O terceiro nível e o mais elevado é a Suprema Corte de Israel, situada em Jerusalém. Serve um papel duplo como o mais alto tribunal de apelação e de Supremo Tribunal de Justiça. Nesta última função, o Supremo Tribunal dita as regras como um tribunal de primeira instância, permitindo que os indivíduos, os cidadãos e não cidadãos, façam uma petição contra as decisões das autoridades estatais.[161][162] Israel não é um membro do Tribunal Penal Internacional pois teme que o tribunal seja tendencioso contra ele, devido as pressões políticas de outros países membros.[163] Israel combina os sistemas jurídicos de common law inglês, o direito civil, e as leis judaicas.[3] esse sistema é baseado no princípio do stare decisis e é um sistema acusatório, onde as partes envolvidas no fato trazem provas perante o tribunal. Os precessos do Tribunal são julgados por juízes profissionais, em vez de jurados.[161]Casamento e divórcio estão sob a jurisdição dos tribunais religiosos: judeus, muçulmanos, druzos e cristãos.
A Lei Básica: Dignidade Humana e Liberdade visa defender os direitos humanos e das liberdades em Israel.[164] Israel foi classificada em 2009 como "livre" pela Freedom House em função do nível dos direitos civis e políticos;[165] os "Territórios Ocupados Israel/Autoridade Palestina" foram classificados como "não-livres."[166] No mesmo ano, os Repórteres sem Fronteiras classificaram Israel na 93ª posiçao entre 175 países em termos de liberdade de imprensa, ultrapassada em termos regionais pelo Kuwait, pelo Líbano e pelos Emirados Árabes Unidos. A Freedom House classificou o país como "parcialmente livre" em termos de liberdade de imprensa.[167] Grupos como a Anistia Internacional[168] e Human Rights Watch,[169] reprovam Israel em relação aos direitos humanos para o conflito árabe-israelense. As liberdades civis de Israel permitem a auto-crítica, a partir de grupos como B'Tselem, uma organização israelense de direitos humanos.[170]
[editar] Distritos administrativos
Ver artigo principal: Distritos de Israel
Ver página anexa: Lista de cidades em Israel
O Estado de Israel está dividido em seis principais distritos administrativos, conhecido como mehozot (מחוזות; singular: mahoz) - Centro, Haifa, Jerusalém, Norte, Sul e Tel Aviv. Os distritos dividem-se em quinze sub-distritos conhecidos como nafot (נפות; singular: ANPA), que são eles próprios divididos em cinquenta regiões naturais.[171]
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Número Distrito Cidade principal Províncias Número de residentes
1 Norte Nazareth Illit Kinneret , Safed, Acre, Golã, Vale de Jizreel 1.242.100
2 Haifa Haifa Haifa, Hadera 880.000
3 Central Ramla Rishon LeZion, Sharon (Netanya), Petah Tikva, Ramla, Rehovot 1.770.200
4 Tel Aviv Tel Aviv Tel Aviv 1.227.000
5 Jerusalém Jerusalém Jerusalém 910.300
6 Sul Beersheba Ashkelon, Beersheba 1.053.600
B Judeia e Samaria Modi'in Illit (maior cidade) --- 304.569[172]
Para fins estatísticos, o país está dividido em três áreas metropolitanas: Tel Aviv e Gush Dan (população 3 150 000), Haifa (população 996 000), e Beersheba (população 531 600).[173] A maior cidade de Israel, tanto em população quanto em área é Jerusalém com 732 100 habitantes em uma área de 126 km².[174] Tel Aviv, Haifa e Rishon LeZion são as cidades mais populosas do país, com 384 600, 267 000 e 222 300 habitantes, respectivamente.[175]
[editar] Territórios ocupados
Ver artigo principal: Territórios ocupados por Israel
Mapa de Israel mostrando a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e as Colinas de Golã.Os territórios ocupados por Israel são a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e as Colinas de Golã. Estas são as áreas que Israel tomou da Jordânia e da Síria durante a Guerra dos Seis Dias. O termo também foi usado para descrever a Península do Sinai, que foi devolvida ao Egito em 1979 como parte do Tratado de paz israelo-egípcio.[176]
O termo "territórios ocupados por Israel" também foi usado para englobar a Faixa de Gaza, que foi ocupada pelo Egito e tomada por Israel em 1967. Em 2005, Israel desocupou a Faixa de Gaza e retirou quatro assentamentos na Cisjordânia, como parte do seu plano de retirada unilateral. No entanto, Israel continua a controlar o acesso ao espaço aéreo e marítimo de Gaza. Israel também regulamenta as viagens e o comércio de Gaza com o resto do mundo.[177] O interior do território está sob controle do Hamas, partido majoritário no Conselho Legislativo da Palestina, cujo braço militante executou desde os anos 1990 vários atentados terroristas contra Israel como o atentado suicida do Dizengoff Center e o atentado terrorista da pizzaria Sbarro.[178][179][180][181] Na sequência da captura desses territórios por Israel, assentamentos constituídos por cidadãos israelitas foram estabelecidas dentro de cada um deles. Israel aplica suas leis em Golan e Jerusalém Oriental, incorporando-os ao seu território e oferecendo aos seus habitantes o status de residentes permanentes e a possibilidade de obtenção da cidadania israelense, caso eles a solicitem. Em contraste, a Cisjordânia tem permanecido sob ocupação militar e é largamente vista junto com a Faixa de Gaza - por parte de Israel, pelos palestinos e pela comunidade internacional - como o local de um futuro Estado palestino. O Conselho de Segurança declarou que a incorporação de Jerusalém Oriental e das Colinas de Golã é "nula e sem efeito" e continua considerando-os territórios ocupados.[182][183]
O status de Jerusalém Oriental, em qualquer possível acordo de paz, tem sido visto por vezes como um obstáculo difícil nas negociações entre os governos de Israel e representantes dos palestinos. A maioria das negociações relativas aos territórios se dão com base na Resolução 242 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que apela que Israel desocupe os territórios ocupados em troca da normalização das relações com países árabes, um princípio conhecido como "terra pela paz".[184]
A Cisjordânia tem uma população constituída principalmente por árabes palestinos, incluindo os residentes históricos dos territórios e dos refugiados da Guerra árabe-israelense de 1948.[185] Desde a ocupação em 1967 até 1993, os palestinos que vivem nesses territórios estavam sob a administração militar israelense. Desde que foram assinadas as cartas de reconhecimento entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina, a maioria da população palestina e suas cidades têm estado sob o controle da Autoridade Palestina e por um controle militar parcial por parte dos israelenses, apesar de Israel ter em diversas ocasiões reorganizado suas tropas e reinstituído plena administração militar durante períodos de grande agitação. Em resposta aos ataques cada vez mais numerosos como parte da Segunda Intifada, o governo israelense iniciou a construção do chamado "Muro da Cisjordânia",[186] que segundo o relatório da organização de direitos humanos israelense B'Tselem está parcialmente construído dentro do território da Cisjordânia.[187]
A Faixa de Gaza foi ocupada pelo Egito de 1948 a 1967 e em seguida por Israel, de 1967 a 2005. Em 2005, como parte do plano de retirada unilateral, Israel retirou todos os seus colonos e forças do território palestino. No entanto, Israel continua a controlar o espaço aéreo e o acesso marítimo da Faixa de Gaza e tem enviado tropas para a área.[188] Gaza faz fronteira com o Egito. Um acordo entre Israel, a União Europeia, a Autoridade Palestina e o Egito estabeleceu como a passagem da fronteira poderia ser feita (o que era monitorado por observadores europeus).[189] No entanto a eleição de um governo do Hamas trouxe problemas na sua aplicação, o que tem ocasionado o fechamento da passagem da fronteira na maior parte do tempo.[190] O interior da Faixa de Gaza está nas mãos do governo do Hamas.[191]
[editar] Relações internacionais
Ver artigo principal: Relações exteriores de Israel
Ver página anexa: Missões diplomáticas de Israel
Shimon Peres, atual Presidente de Israel, cumprimentado pelo atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na Casa Branca.Israel mantém relações diplomáticas com 161 estados e tem 94 missões diplomáticas em todo o mundo.[192] Apenas três membros da Liga Árabe normalizaram suas relações com Israel, o Egito e a Jordânia assinaram tratados de paz em 1979 e 1994, respectivamente, e a Mauritânia optou por manter relações diplomáticas completas com Israel desde 1999. Dois outros membros da Liga Árabe, Marrocos e Tunísia, que tinham algumas relações diplomáticas com Israel, encerram sua relações no início da Segunda Intifada, em 2000.[193] Desde 2003, Marrocos mantém laços econômicos com Israel, e o Ministro das Relações Exteriores de Israel visitou o país.[194] Como resultado da Operação Chumbo Fundido em 2009, Mauritânia, Qatar, Bolívia e Venezuela suspenderam relações políticas e econômicas com Israel.[195][196] Sob a lei israelense, Líbano, Síria, Arábia Saudita, Iraque e Iêmen são considerados países inimigos[197] e os cidadãos israelenses não podem visitá-los sem a permissão do Ministério do Interior.[198] Desde 1995, Israel tem sido membro do Diálogo Mediterrâneo, que promove a cooperação entre sete países da Bacia do Mediterrâneo e os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).[199]
Os Estados Unidos, Turquia, Alemanha, Reino Unido e Índia estão entre os mais próximos aliados de Israel. Um estudo revelou que a Índia era a nação mais pró-Israel do mundo seguida pelos Estados Unidos.[200] Os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer o Estado de Israel, seguidos pela União Soviética. Os E.U.A. consideram Israel como seu principal aliado do Sudoeste Asiático, baseado em valores políticos e religiosos comuns.[201] Embora a Turquia não tenha estabelecido relações diplomáticas integrais com Israel até 1991,[202] o país tem colaborado com o Estado de Israel desde o seu reconhecimento em 1949. Os laços da Turquia com as outras nações muçulmanas, por vezes, resultou em pressão dos países árabes para que o país cessasse suas relações com Israel.[203] A Alemanha possui fortes laços com Israel sobre a cooperação científica e educacional além de os dois estados permanecerem fortes parceiros econômicos e militares.[204] A Índia estabeleceu laços diplomáticos plenos com Israel em 1992 e tem promovido fortes parcerias militares e culturais com o país desde então.[205] O Reino Unido manteve integralmente as relações diplomáticas com Israel desde a sua formação. Tem também uma forte relação comercial, Israel é o 23º maior mercado. As relações entre os dois países também foram feitas pelo primeiro-ministro anterior, Tony Blair. O Reino Unido é descrito como tendo uma relação sólida com Israel, mas com diferenças de opinião.[206] O Irã tinha relações diplomáticas com Israel durante a dinastia Pahlavi,[207] mas retirou o reconhecimento de Israel durante a revolução iraniana.[208]
[editar] Forças armadas
Ver artigo principal: Forças de Defesa de Israel
F-15 Strike Eagle da Força Aérea Israelense.As Forças de Defesa de Israel são formadas pelo exército, marinha e aeronáutica israelenses. Foi fundada durante a Guerra árabe-israelense de 1948 por organizações paramilitares - principalmente a Haganah - que precedeu a criação do Estado de Israel.[209] A FDI também usa os recursos da Direção de Inteligência Militar (Aman), que trabalha com a Mossad e Shabak.[210] O envolvimento das Forças de Defesa de Israel em grandes guerras e conflitos fronteiriços tornou-a uma das forças armadas mais capacitadas do planeta.[211][212] A maioria dos israelenses são convocados para o serviço militar obrigatório aos 18 anos de idade. Homens devem servir por três anos e as mulheres devem servir por dois.[213] Na sequência do serviço obrigatório, homens israelenses juntam-se a força militar de reserva por várias semanas a cada ano até completar 40 anos de idade. A maioria das mulheres estão isentas do imposto de reserva. Árabes israelenses (com excepção dos druzos) e aqueles que exercem estudos religiosos em tempo integral estão isentos do serviço militar.[214] Uma alternativa para aqueles que recebem isenções sobre vários motivos é o Sherut Leumi, ou serviço nacional, que envolve um programa de serviços em hospitais, escolas e outros quadros de bem-estar social. Como resultado de seu programa de conscrição, a FDI mantém aproximadamente 168 000 tropas ativas e um adicional de 408 000 reservistas.[215]
Cerimônia de entrega da Boina de Prata ao corpo de engenheiros da FDI.As forças armadas do país dependem fortemente de sistemas de armas de alta tecnologia concebidos e fabricados em Israel, além de algumas importações estrangeiras. Os Estados Unidos são um dos maiores contribuintes estrangeiros; estima-se que liberem ao país 30 bilhões de dólares em ajuda militar entre os anos de 2008 e 2017.[216] O míssil Arrow, desenvolvido pelos EUA e por Israel, é um dos únicos sistemas de mísseis antibalísticos em operação no mundo.[217] Desde a Guerra do Yom Kipur, Israel tem desenvolvido uma rede de satélites de reconhecimento. O sucesso do programa Ofeq fez de Israel um dos sete países capazes de independentemente desenvolver, fabricar e lançar satélites desse tipo.[218] O país também desenvolveu o seu próprio tanque, o Merkava. Desde a sua criação, Israel tem gasto uma parcela significativa do seu produto interno bruto em defesa. Em 1984, por exemplo, o país gastou 24%[219] do seu PIB em defesa. Hoje, esse número caiu para cerca de 10%.[220]
Israel não assinou o Tratado de Não-Proliferação Nuclear e mantém uma política de ambiguidade deliberada em direção à sua capacidade nuclear, apesar de ser amplamente considerado como possuidor de armas nucleares.[221] Depois da Guerra do Golfo em 1991, quando o país foi atacado por mísseis Scud iraquianos, foi aprovada uma lei exigindo que todos os apartamentos e casas em Israel devessem ter uma mamad, uma sala de segurança reforçada e impermeável a substâncias químicas e biológicas.[222]
[editar] Economia
Ver artigo principal: Economia de Israel
O centro financeiro de Ramat Gan, no Distrito de Tel Aviv, o principal centro financeiro do país.Israel é considerado um dos países mais avançados do sudoeste da Ásia em desenvolvimento econômico e industrial. O país foi classificado como o de nível mais elevado da região pelo Banco Mundial,[223] bem como, no Fórum Econômico Mundial. Tem o maior número de empresas cotadas na bolsa NASDAQ fora da América do Norte.[224] Em 2008, Israel tinha o 41º produto interno bruto (PIB) mais alto[225] e o 22º maior PIB per capita do mundo (em paridade de poder de compra), com US$ 199.5 biliões e US$ 33.299, respectivamente.[226] Em 2007, Israel foi convidado a aderir à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico,[227] que promove a cooperação entre os países que aderem aos princípios democráticos e explorar economias de mercado.[228]
Edifícios do Azrieli Center em Tel Aviv, polo financeiro importante da cidade, com três dos mais altos arranha-céus do país.Apesar dos limitados recursos naturais, o intensivo desenvolvimento industrial e da agricultura ao longo das últimas décadas fez com que Israel se torna-se amplamente auto-suficiente na produção de alimentos, especiamente grãos e carne. Entre os produtos muito importados por Israel, totalizando US$ 47,8 bilhões em 2006, incluem-se combustíveis fósseis, as matérias-primas e equipamentos militares. Os produtos que Israel mais exporta são frutas, vegetais, produtos farmacêuticos, softwares, produtos químicos, tecnologia militar, diamantes. Em 2006, o volume de exportações do país atingiu US$ 42,86 bilhões.[229] Israel é um dos líderes globais em conservação da água, energia geotérmica[230] e em alta tecnologia, atuando no desenvolvimeto de softwares, comunicações e ciências da vida, o que provoca comparações ao Vale do Silício na Califórnia.[231][232] Intel[233] e Microsoft[234] construiram em Israel seus primeiros centros de pesquisa e desenvolvimento fora dos Estados Unidos além de outras multinacionais de alta tecnologia como a IBM, a Cisco Systems e a Motorola, terem aberto instalações no país. Em julho de 2007, o bilionário americano Warren Buffett, CEO da companhia Berkshire Hathaway, comprou a empresa israelense Iscar, sendo a sua primeira aquisição fora do território americano, por US$ 4 bilhões.[235] Israel possui a segunda maior aglomeração de indústrias de tecnologia de ponta, o Silicon Wadi, atrás apenas do Vale do Silício da Califórnia.[236] Desde a década de 1970, Israel tem recebido ajuda econômica dos Estados Unidos, cujos empréstimos representam a maior parte da dívida externa do país. Em 2007, os Estados Unidos aprovaram mais 30 bilhões de dólares em ajuda a Israel pelos próximos dez anos.[216]
Em 2010, Israel foi classificado pelo "IMD's World Competitiveness Yearbook" no 17º lugar entre os nações mais desenvolvidas economicamente. Também foi qualificado nessa mesma publicação como a mais durável economia em tempos de crise e em 1º lugar no nível de investimentos em pesquisas e em centros de desenvolvimento.[237]. No mesmo ano, foi convidado para aderir a OCDE.[238] Israel possui o segundo maior número de companhias start-up no mundo, logo depois dos Estados Unidos.[239]
[editar] Turismo
Ver artigo principal: Turismo em Israel
O turismo, especialmente do turismo religioso, é outra importante fonte de renda em Israel. Com um clima mediterrâneo, praias, sítios arqueológicos e históricos, além da única geografia, o país atrai milhões de turistas todos os anos. Problemas de segurança de Israel afetam a indústria do turismo, mas o número de turistas continua em alta.[240] Em 2008, mais de 3 milhões de turistas visitaram Israel.[241]
[editar] Infraestrutura
[editar] Educação
Ver artigo principal: Educação em Israel
Ver página anexa: Lista de universidades de Israel
O acelerador de partículas do Instituto Weizmann da Ciência em Rehovot.Israel tem a maior esperança de vida escolar do sudoeste da Ásia, e está empatado com o Japão na segunda maior esperança de vida escolar do continente asiático (a Coreia do Sul está em primeiro lugar).[242] O país também tem a maior taxa de alfabetização do sudoeste asiático, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas.[243] A Lei de Educação do Estado, promulgada em 1953, estabeleceu cinco tipos de escolas: estado laico, o estado religioso, ultra-ortodoxo, escolas municipais e escolas árabes. O público secular é o maior grupo escolar e é frequentado pela maioria dos alunos judeus e não-árabes em Israel. A maioria dos árabes enviam seus filhos às escolas onde o árabe é a língua de instrução.[244] O ensino é obrigatório em Israel, para crianças entre as idades de três a dezoito anos.[245][246] A escolarização é dividida em três níveis - da escola primária (séries 1/6), escola média (séries 7/9) e ensino médio (séries 10/12) - terminando com uma série de exames de matrícula em várias matérias. As notas nestes exames constam no diploma nacional padronizado - o diploma Bagrut. Proficiência em temas fundamentais como matemática, bíblia, hebraico, literatura hebraica e geral, inglês, história, educação cívica e uma matéria eletiva é necessária para receber um certificado Bagrut.[247] Em escolas árabes, cristãs e druzas, os estudos bíblicos são substituídos por exames baseados na cultura islâmica, cristã ou druzas.[248] Em 2003, mais de metade dos alunos da ultima classe do ensino secundário conseguiram passar em todos os exames para receber o diploma Bagrut.[249]
As oito universidades públicas de Israel são subsidiadas pelo Estado.[247][250] A Universidade Hebraica de Jerusalém, a mais antiga universidade de Israel, e a Biblioteca Nacional de Israel, possuem o maior repositório de livros sobre temas judaicos.[251] A Universidade Hebraica foi classificada entre as 100 melhores universidades do mundo[252] pelo prestigioso ranking acadêmico ARWU. Em um levantamento mais recente, de 2009, esta mesma universidade foi classificada na posição 64ª no mundo (e quarta na região da Ásia e do Oceano Pacífico).[253] Outras grandes universidades do país incluem o Technion, o Instituto Weizmann da Ciência, Universidade de Tel Aviv, Universidade Bar-Ilan, a Universidade de Haifa, e Universidade Ben-Gurion do Negev. As sete universidades de pesquisa de Israel (com exceção da Universidade Aberta) foram classificadas entre as 500 melhores do mundo.[254] Israel ocupa terceira posição no mundo em número de cidadãos que possuem diplomas universitários (20% da população).[255][256]
Universidades israelenses destacam-se entre as cem melhores no mundo em física[257] (TAU, UHJI e IWC), matemática[258] (TAU, UHJI e Technion), química[259] (TAU, UHJI e Technion), ciência da computação[260](TAU, UHJI, IWC, UBI e Technion), economia[261] (TAU e UHJI), engenharia[262] (TAU, UHJI e Technion), ciências sociais[263] (TAU e UHJI) e ciências naturais[264] (TAU, UHJI, Technion e IWC). O Technion e o IWC destacam-se na liderança da lista do ranking em ciência da computação, junto com universidades de somente dois países - os Estados Unidos e o Canadá.[260]
[editar] Ciência e tecnologia
Ver artigo principal: Ciência e tecnologia em Israel
A maior parabólica solar do mundo[265] no Centro Ben-Gurion.Considerado um país pequeno, Israel necessitou ser preciso e generoso na distribuição de recursos para o setor de Ciência e Tecnologia: 40% da verba destina-se ao progresso científico. Neste ramo, investe com qualidade competitiva internacional não somente em uma área, mas em várias, sendo três delas as principais: industrial, agrotecnológica e médica. Desde a sua fundação, que o Estado de Israel investe na pesquisa, em primeiro, para sanar as dificuldades encontradas em sua terra infértil, como tornando-se o pioneiro em biotecnologia agrícola, irrigação por gotejamento, a solarização dos solos, a reciclagem de águas de esgoto para uso agrícola e a utilização do enorme reservatório subterrâneo de água salobra do Negev.[266] Na área médica, seu crescimento deu-se a partir da Primeira Guerra Mundial, após a fundação do Centro Hebraico de Saúde, e continuou a ampliar-se, agora nos departamentos de bioquímica, bacteriologia, microbiologia e higiene da Universidade Hebraica de Jerusalém, que iniciaram a base do Centro Médico Hadassa, a instituição de maior importância nacional na área. Relacionada a indústria, o desenvolvimento foi dos laboratórios próximos ao Mar Mediterrâneo, onde foi criado o Instituto de Tecnologia Technion-Israel, cujo investimentos são destacados na óptica, na computação, na aeronáutica, na robótica e na eletrônica.[267][268] Inserido nesta área, está ainda o departamento de Pesquisa e Desenvolvimento, cujas funções estão relacionadas as telecomunicações, produção elétrica e de energia, e administração de recurso hídrico, ligado à indústria e à agricultura.[269] Entre seus profissionais estão os chegados da extinta União Soviética, dos quais 40% eram graduados universitários e ajudaram a impulsionar Israel no setor de alta tecnologia.[255] Destacando-se internacionalmente, possui cinco cientistas que foram vencedores do Prêmio Nobel: três em química e dois em economia.[270] O físico David Gross, estadunidense laureado pelo Nobel de Física, é bacharelado e mestre pela Universidade Hebraica de Jerusalém.[271]. Em 2010, o israelense Elon Lindenstrauss, jovem matemático dessa mesma universidade, recebeu a medalha fields, considerada como o "nobel da matemática".[272]
Israel investe muito em energia solar, com engenheiros na vanguarda desse tipo de tecnologia.[273] Suas empresas trabalham em projetos ao redor de todo o mundo [274][275] e mais de 90% dos lares israelitas utilizam energia solar para esquentar a água, o que dá uma economia de 8% em seu consumo de energia anual.[276][277][278]
Desde 1988, a Israel Aerospace Industries desenvolveu e fabricou de maneira independente pelo menos 13 satélites comerciais, de pesquisas e de espionagem.[279] A maioria foram lançados para órbita terrestre da base da força aérea israelense de Palmachim, em sua costa mediterrânea a sul de Tel Aviv, por veículos lançadores de satélites Shavit. Alguns dos satélites de Israel classificam-se entre os sistemas espaciais mais avançados no mundo.[280] Em 22 de junho de 2010, Israel lançou da base aérea de Palmachim o seu satélite de espionagem Ofeq 9, equipado com camera de alta resolução.[281] O piloto de caça Ilan Ramon foi o primeiro astronauta israelense; atuou como especialista de carga durante a STS-107, na última e fatal missão do ônibus espacial Columbia.
Israel está em terceiro lugar entre os países que mais publicam artigos científicos per capita do mundo,[282] em terceiro lugar também em número de patentes per capita[283] Ocupa ainda o segundo lugar entre os vinte países com mais impacto relativo em artigos científicos sobre ciências espaciais, num estudo levado a cabo pela agência Thomson Reuters.[284] Três de seus cientistas de computação receberam o Prêmio Turing: Michael Rabin, Adi Shamir e Amir Pnueli.[285][286][287]
[editar] Comunicações
Faz parte da rotina do povo de Israel manter-se informado sobre as notícias do país e do mundo. A liberdade de imprensa é algo respeitado pelo governo, exceto no que toca assuntos sobre a segurança nacional, que recebe censura. Para manterem-se atualizadas e informadas, as pessoas contam com a presença de mais de doze jornais diferentes em hebraico, e inúmeros outros em outros idiomas. O total é impreciso, mas são mais de mil periódicos entre jornais e revistas. O rádio, outro meio de comunicação de massas no país, tem como uma das maiores representantes a Kol Israel ("Voz de Israel" em português), também existente na televisão, que opera oito estações de rádio, em dezessete idiomas, com variedades musicais, para atingir a todos os públicos. Neste meio de comunicação existe ainda uma rádio destinada especificamente aos soldados e um sistema de transmissão em ondas curtas, também em vários idiomas e destinado a ouvintes de outras nações, a fim de fornecer uma segura fonte de informações sobre Israel, o Oriente Médio e o judaísmo. A televisão surgiu em 1967 e mantém seu canal estatal no ar do início da manhã, até o princípio da madrugada, em três idiomas com programação informativa e educativa. Um canal comercial reserva horas de sua programação para a educação também. Além, Israel conta com outros canais independentes e com a televisão a cabo, que atinge quase toda a nação. Seus serviços de radiodifusão são financiados pela propaganda e por uma taxa paga pelos consumidores.[288]
Para a telecomunicação, que inclui a telefonia e os serviços de internet, Israel detinha, até 2001, um total superior a 2,8 milhões de linhas diretas, usando uma rede digital de 100%, que fornecem um serviço avançado aos clientes. Em 2000, o Ministério das Comunicações publicou propostas para serviços de telefonia fixa no mercado interno inteiro, inclusa a entrada web via wireless e banda larga, cuja tecnologia é líder. Na telefonia móvel, Israel possui três operadoras e, até meados dos anos 2000, 58% de sua população já detinha um aparelho celular, o que correspondia a pouco mais de 3,5 milhões de usuários.[289]
[editar] Saúde
Centro Médico Rabin em Petah Tikva.Israel dispõe de um sistema de cuidados de saúde universal e de contribuição obrigatória, administrado por um pequeno número de organizações financiadas pelo Estado. Todos os cidadãos de Israel têm direito constitucional ao acesso ao pacote de serviços sanitários, independentemente do tipo de contribuição que façam para o sistema, e os tratamentos médicos são financiados para todos de forma independente da condição financeira individual. Um estudo da OMS de 2000 colocou Israel no 28.º lugar na lista de países por qualidade do serviço de saúde. A lei do país que regulamenta o serviço de saúde foi colocada em vigor pelo Knesset em 1 de janeiro de 1995, tendo sido baseada nos conselhos de uma comissão de inquérito que analisou o sistema de saúde do país no final da década de 1980.[290]
A política do governo de Israel em relação ao acesso dos cidadãos palestinianos aos cuidados de saúde em Israel tem sido a da insistir na sua cobertura pela Autoridade Palestiniana: em janeiro de 2009, após a ofensiva militar palestiniana na Faixa de Gaza, a Autoridade Palestiniana cancelou a cobertura financeira para todos os tratamentos médicos dos seus cidadãos em Israel, incluindo aos pacientes com doenças crónicas ou que necessitem de cuidados complexos não disponíveis em outros centros médicos da região, o que motivou um protesto de diversas organizações humanitárias.[291]
[editar] Transportes
Terminal do Aeroporto Internacional Ben Gurion.Israel tem 18.096 km de estradas pavimentadas[292] e 2,4 milhões de automóveis.[293] O número de automóveis por 1.000 pessoas é de 324, relativamente baixo em relação aos outros países desenvolvidos.[293] Israel tem 5.715 ônibus em rotas regulares,[294] operadas por vários transportadores, o maior dos quais é Egged, servindo a maior parte do país. Ferrovias atravessam 949 km do país e são operadas unicamente pelo governo, proprietário da Israel Railways (todos os valores são de 2008). Na sequência de grandes investimentos, começando no início à meados da década de 1990, o número de passageiros de trens por ano cresceu de 2,5 milhões em 1990, para 35 milhões em 2008; ferrovias também são usadas para transportar 6,8 milhões de toneladas de carga por ano.[295]
Israel é servido por dois aeroportos internacionais, o Aeroporto Internacional Ben Gurion, o principal hub do país para o transporte aéreo internacional perto de Tel Aviv-Yafo, e o Aeroporto Internacional de Ovda no sul do país, bem como vários pequenos aeroportos nacionais.[296] Os aeroportos atendem 11,1 milhões de passageiros (entradas e saídas) em 2008, sendo que 11 milhões passaram pelo Aeroporto Ben Gurion.[297][298]
Na costa do Mediterrâneo, o Porto de Haifa é a maior e mais antiga porto do país, enquanto o Porto de Ashdod é um dos poucos portos de águas profundas no mundo construído sobre o mar aberto.[296] Além destes, o pequeno Porto de Eilat, situdo no Mar Vermelho, é usado principalmente para o comércio com países do Extremo Oriente.[299]
[editar] Cultura
Ver artigo principal: Cultura de Israel
Companhia de Dança Batsheva em Tel Aviv.Israel possui uma cultura pluralizada devido a diversidade de sua população: os judeus de todo o mundo trouxeram suas tradições culturais e religiosas com eles, criando um caldeirão de crenças e costumes judaicos.[300] Foram quatro mil anos de tradição, um século de sionismo e quase cinquenta anos como estado moderno, que também contribuíram para sua notável mescla cultural das mais de setenta comunidades que a compõem. Sua população nacional, respeitosa à cultura, tem a sua disposição a revista Ariel, que, publicada desde 1962, cobre toda a produção artística, desde a poesia à arquitetura, passando pela pintura, escultura e até a arqueologia.[301]
Israel é o único país no mundo onde a vida gira em torno do calendário hebraico. Férias de trabalho e escolares são determinadas pelas festas judaicas, e o dia oficial de descanso é o sábado, o shabat.[302] A subtancial minoria árabe, também deixou a sua impressão sobre a cultura israelense em áreas como arquitetura,[303] música[304] e culinária, que tem entre seus principais pratos tradicionais, o Pessach, o Chanuká, o Charosset, o Farfel e o Kamish Broit.[305][306] Continuando as fortes tradições do teatro iídiche na Europa Oriental, Israel mantêm uma vibrante cena teatral. Fundado em 1918, o Teatro Habima, em Tel Aviv, é o mais antigo teatro do país.[307] Este cenário de produção teatral não existia na cultura hebraica antiga e só se desenvolveu a partir da Segunda Guerra Mundial, percorrendo os campos contemporâneo, clássico, local e importado, tradicionais e experimentais.[308] No cinema, ao contrário, a produção não é tão mesclada: conta, desde de seu início em 1950, a experiência e a realidade israelense.[309]
O Museu de Israel, em Jerusalém, é uma das mais importantes instituições culturais da nação[310] e abriga os pergaminhos do Mar Morto,[311] juntamente com uma extensa coleção de arte europeia e judaica.[310] O museu nacional do holocausto de Israel, o Yad Vashem, abriga o maior arquivo do mundo de informações relacionadas a este episódio.[312] Beth Hatefutsoth (Museu da Diáspora), no campus da Universidade de Tel Aviv, é um museu interativo dedicado à história das comunidades judaicas de todo o mundo.[313] Além dos principais museus de grandes cidades, há uma grande quantidade de espaços de artes de qualidade em cidades de pequeno porte e em kibbutzim. O museu Mishkan Le'Omanut no Kibutz Ein Harod Meuhad é o maior museu de arte no norte do país.[314]
[editar] Literatura
Ver artigo principal: Literatura de Israel
Santuário do Livro, repositório dos Manuscritos do Mar Morto em Jerusalém.A literatura israelense é feita, principalmente, em poesia e prosa e é escrita em hebraico, como parte do renascimento do hebraico como uma língua falada desde meados do século XIX, embora um pequeno corpo de literatura é publicada em outras línguas, como o árabe e inglês. Por lei, duas cópias de todos os impressos publicados em Israel deve ser depositada na Biblioteca Nacional na Universidade Hebraica de Jerusalém. Em 2001, a lei foi alterada para incluir gravações de áudio e vídeo, e outros tipos de mídia não-impressa.[315] Em 2006, 85% dos 8000 livros da biblioteca nacional foi transferido para o hebraico.[316] A Semana do Livro Hebraico (He: שבוע הספר) é realizada uma vez por ano, em junho, com feiras, leituras públicas e visitas de autores israelenses. Durante essa semana, o maior prêmio literário de Israel, o Prêmio Sapir, é apresentado. Em 1966, Shmuel Yosef Agnon partilhou o Prêmio Nobel de Literatura com a autora alemã judia Nelly Sachs.[317]
[editar] As belas artes: pintura, escultura e fotografia
Exibição Modernista no Ohel Theatre em Tel Aviv. A exposição durou quatro anos (1921-1925).A produção artística organizada de Israel, iniciada em 1906, é um misto de culturas orientais e ocidentais, agregadas ao desenvolvimento e ao caráter individual de cada cidade, que têm na diversificada paisagem natural as principais inspirações para produzir imagem e escultura.[318]
Na pintura, a nação passou por vários períodos de produção, assim como o restante do mundo. Na busca por uma identidade, o primeiro momento foi o de criar uma arte original judaica, em uma fusão de técnicas européias com toques de influenciado Oriente Médio. Entre os artistas da época estiveram Samuel Hirszenberg (1865-1908), Ephraim Lilien (1874-1925) e Abel Pann (1883-1963). Em 1921, ocorreu a primeira mostra artística de pintura, na Cidadela de David. Conforme a nação foi se renovando, sua produção artística modificou-se junto: durante a década de 1920 houve a produção de vanguarda; já da década de 1930, a influência foi sob a modernidade, emotiva e mística. Adiante, o Holocausto alimentou a ideologia do canaanita, que buscava identificar-se com uma identidade nacional e criar um novo povo hebreu. Em 1948, chegou a passar por um período de obras militantes, repletas de mensagens sociais, e das chamadas "Novos Horizontes", advindas da Guerra de Independência e do espírito de libertação. Entre as décadas de 1970, 1980 e 1990, passou pelo individualismo e pela busca de sentido no que significava o espírito de Israel, em uma mescla de técnicas e emoções humanas, que ainda prevalecem. Já nas esculturas, a produção e o reconhecimento só foi possível devido aos esforços de alguns escultores. Influenciados pelos momentos históricos, passaram pelo cubismo e pelo canaanita, em seu princípio, conceituando modernamente o corpo humano e usando formas animais para lembrarem das paisagens rochosas do deserto. A partir da década de 1950, a produção de esculturas tomou ares mais abstratos, alimentada pela chegada do aço inoxidável e do ferro como formas de expressão. Na década seguinte, a inspiração principal era a de imortalizar a imagem daqueles que lutaram nas guerras de Israel. Com o passar do anos, agregou a influência francesa e o expressionismo em sua evolução conceitual.[318]
A produção fotográfica, que vive entre a fotografia de documentação e a arte fotográfica, caracterizou-se, de início, pela intimidade, contenção e preocupação com o ego. Durante o século XIX, a área produziu apenas trabalhos bíblicos, retratando locais santos. De 1880 em diante, passou-se a retratar a evolução da comunidade judaica, nos quais até prisioneiros eram inspiração. No século XX, a fotografia como expressão artística, passou a ter maior produção nacional, demonstrando características mais pessoais, confrontando a vida e a morte, de estilo formalista, minimalista e intelecto-conceitual.[318]
[editar] Música e dança
A Orquestra Filarmônica de Israel durante seu 70º aniversário.A música de Israel contém influências adquiridas através de imigrantes de todo o mundo. Música iemenita, melodias chassídicas, árabes e europeias, jazz, pop, rock, reggae, rap e hip-hop são as mais presentes e influentes na produção musical contemporânea.[319][320] As canções folclóricas nacionais, conhecidas como "Sons da Terra de Israel", lidam com as experiências dos pioneiros na construção da pátria judaica.[321] Umas das orquestras de maior renome do mundo[322] é a Filarmônica de Israel, fundada há mais de sete décadas, que realiza mais de duzentos concertos por ano em todo o mundo.[323] Israel produziu também muitos músicos de qualidade, alguns de estrelato internacional e na categoria de virtuosos: Itzhak Perlman, Pinchas Zukerman e Ofra Haza. Arik Einstein,[324] Ishtar, Idan Raichel e Naomi Shemer são outras das estrelas israelenses. O Estado tem participado do Festival Eurovisão da Canção quase todos os anos desde 1973, no qual conquistou a competição por três vezes e a sediou por duas.[325] A cidade de Eilat realiza seu próprio festival de música internacional, o Festival de Jazz do Mar Vermelho, todos os verões desde 1987.[326] O país também é visto como um ícone da música eletrônica, com DJ's bem conceituados, como Sesto Sento, Offer Nissim e Infected Mushroom.[327]
Acompanhando a produção musical, está a dança, que, em Israel, divide-se entre a artística e a folclórica. Considerada uma expressão de alegria, a dança faz parte das celebrações religiosas, nacionais, comunitárias e familiares. A ramificação folclórica é um misto de tradição judaica e não judaica, cultivada desde os idos de 1940, e apresenta-se em constante desenvolvimento, entre as fontes históricas e as modernas, misturando estilos bíblicos e contemporâneos, não servindo apenas para manter as tradições. Já a artística foi introduzia na década de 1920, por professores e praticantes fiéis vindos da Europa. Cada grupo nascido no país atingiu alto nível profissional de seus estilos próprios, das quais destacam-se seis grandes companhias: o Teatro de Dança Inbal, a Companhia de Dança Batsheva, a Companhia de Dança Bat-Dor, a Companhia de Dança Contemporânea do Kibutz, o Balé de Israel e o Koll-Dmamá.[328]
[editar] Esportes
Ver artigo principal: Esporte em Israel
O Estádio Ramat Gan, o maior estádio de Israel.O esporte e a aptidão física nem sempre tiveram um papel importante na cultura judaica. A aptidão física, que foi valorizada pelos antigos gregos, era vista como uma indesejável intromissão de valores helenísticos na cultura judaica. Maimónides, que era simultaneamente rabino e médico, enfatizou a importância da atividade física e de se manter o corpo em forma. Esta abordagem recebeu um grande impulso no século XIX a partir da campanha de promoção da cultura física de Max Nordau, e no início do século XX, quando o Rabino-Chefe da Palestina, Abraão Isaac Kook, declarou que "o corpo serve a alma, e apenas um corpo saudável pode garantir uma boa alma".[329]
A Macabíada Mundial, um evento no estilo olímpico para atletas judeus, teve a sua primeira edição na década de 1930, e desde 1957 é realizada a cada quatro anos.[330] Os esportes mais populares em Israel são o futebol e o basquetebol.[331] Em 1964, Israel sediou e venceu a Copa da Ásia de Futebol.[332]
O windsurfer Gal Fridman foi o vencedor da primeira medalha olímpica de ouro de Israel.Na década de 1970, Israel foi excluído dos Jogos Asiáticos de 1978 como resultado da pressão exercida pelos países participantes do Oriente Médio. A exclusão levou Israel a mudar da Ásia para a Europa deixando de participar das competições asiáticas.[333] Em 1994, a UEFA concordou em reconhecer Israel e todas as organizações de futebol do país como competidores na Europa. A Ligat ha'Al é a liga de futebol do país e a Ligat HaAl é a liga de basquete.[334] O time Maccabi Tel Aviv BC ganhou o campeonato europeu de basquetebol cinco vezes.[335] Bersebá tornou-se um centro nacional de xadrez e lar de muitos campeões deste esporte da antiga União Soviética, sendo a cidade com mais grandes mestres de xadrez em todo o mundo.[336] A cidade sediou o Campeonato Mundial de Xadrez por Equipes em 2005, e este esporte é ensinado nas creches da cidade.[337] Em 2007, o israelita Boris Gelfand empatou em segundo lugar no Campeonato Mundial de Xadrez.[338]
Até agora, Israel conquistou sete medalhas olímpicas, tendo a primeira sido nos Jogos de 1992, incluindo uma medalha de ouro no windsurf nos Jogos Olímpicos de Verão de 2004.[339] Em Jogos Paraolímpicos é classificado na 15ª posição no quadro geral de medalhas, pelas mais de cem medalhas de ouro já conquistadas. Os Jogos Paraolímpicos de Verão de 1968 foram sediados pela nação.[340]
[editar] Feriados e eventos
Data Nome em português Nome local Datas possíveis (Calendário gregoriano)
1 de Tishrei Ano Novo ראש השנה
Rosh Hashaná entre 6 Set e 5 Out
10 de Tishrei Dia do Perdão יום כיפור
Yom Kipur entre 15 Set & 14 Out
15 de Tishrei Festa das Cabanas/Festa dos Tabernáculos סוכות
Sucot entre 20 Set & 19 Out
22 de Tishrei Reunião do Oitavo Dia שמיני עצרת
Shemini Atzeret entre 27 Set & 26 Out
25 de Kislev Festival das Luzes (Primeiro dia) חנכה
Chanucá entre 27 Nov & 26 Dez
14 de Adar
(15 em alguns lugares) Lembrança da vitória de Ester פּוּרִים
Purim entre 25 Fev & 26 Mar
15 de Nissan Páscoa (Primeiro dia) פסח
Pessach entre 27 Mar & 25 Abr
21 de Nissan Páscoa (Sétimo e último dia) פסח
Pessach entre 2 Abr & 1 Mai
27 de Nissan Dia da lembrança do Holocausto יום השואה
Yom HaShoá entre 8 Abr & 7 Mai
4 de Iar Dia de lembrança dos soldados caídos יום הזכרון
Yom HaZikaron entre 15 Abr & 14 Mai
5 de Iar Dia da Independência יום העצמאות
Yom Ha'atzma'ut entre 16 Abr & 15 Mai
6 de Sivan Pentecoste שבועות
Shavuot entre 16 Mai & 14 Jun
[editar] Ver também
Culinária de Israel
Notas
↑ A Lei de Jerusalém declara que "Jerusalém, completa e unida, é a capital de Israel" e a cidade serve como sede de governo, sede da residência do presidente, dos escritórios governamentais, da suprema corte, e do parlamento. As Nações Unidas, conforme declaração da resolução 478 do Conselho de Segurança da ONU, e a maior parte dos países não aceita a Lei de Jerusalém (ver Kellerman 1993, p. 140) e mantêm suas embaixadas e representantes diplomáticos em outras cidades, como Tel Aviv, Ramat Gan, e Herzliya (ver o CIA Factbook e o mapa das Nações Unidas de Israel) A Autoridade Palestina declara Jerusalém Oriental como capital do futuro Estado palestino, e o status atual da cidade ainda aguarda negociações futuras entre Israel e a Autoridade (ver "Negotiating Jerusalem" - Universidade de Maryland).
↑ Excluindo/incluindo os Montes Golan e Jerusalém Oriental.
↑ Inclui todos os residentes em Israel propriamente dita, Montes Golan e Jerusalém Oriental. Inclui ainda a população israelita da Cisjordânia. Exclui toda a população não israelita da Cisjordânia e Faixa de Gaza.
↑ Israel tem aproximadamente 78% de suas fronteiras definidas. As fronteiras com o Egito foram definidas a partir do acordo de paz egípcio-israelense de 1979 e o israelo-jordaniano de 1994 enquanto as fronteiras da faixa de Gaza e as colinas de Golã permanecem sob disputa com a Autoridade Nacional Palestiniana e a Síria, respectivamente.[4]
A Jordânia (em árabe الأردن, transl. al-Urdunn) é um país do Médio Oriente, limitado a norte pela Síria, a leste pelo Iraque, a leste e a sul pela Arábia Saudita e a oeste pelo Golfo de Aqaba (através do qual faz fronteira marítima com o Egipto), por Israel e pelo território palestiniano da Cisjordânia. Sua capital é a cidade de Amã.
Índice [esconder]
1 História
2 Política
3 Subdivisões
4 Geografia
5 Economia
6 Demografia
7 Referências
8 Bibliografia
9 Ver também
10 Ligações externas
[editar] História
Ver artigo principal: História da Jordânia
A cidade de Petra.A história desta região remonta há muitos anos, já sendo dominada sucessivamente por distintos povos, sendo habitada por amonitas, amorreus, moabitas e edomitas. A partir do século VII a.C., a presença mais expressiva é a dos nabateus, um povo nômade que constrói uma próspera civilização na área, beneficiando-se do controle das importantes rotas de caravanas localizadas na região. Subsequentes invasores e colonos incluíram egípcios, israelitas, assírios, babilônios, persas, gregos, romanos, árabes muçulmanos, cruzados cristãos, turcos otomanos e, finalmente, os britânicos.
No fim da Primeira Guerra Mundial, o território que agora compreende Israel, a Jordânia, a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém foi concedido ao Reino Unido como o Mandato Britânico da Palestina. Em 1922, a Grã-Bretanha dividiu o controle estabelecendo o semi-autônomo Emirado da Transjordânia, regido pelo príncipe hachemita Abdullah, enquanto continuou a administração do restante da Palestina sob um alto comissariado britânico. O domínio sob a Transjordânia acabou oficialmente em 22 de Maio de 1946; em 25 de Maio, o país tornou-se independente como Reino Hachemita da Transjordânia. O tratado especial de defesa com o Reino Unido acabou em 1957.
A Jordânia assinou um pacto de defesa mútua em Maio de 1967 com o Egito, e participou na Guerra de 1967 entre Israel e os Estados árabes de Síria, Egito e Iraque. Durante a guerra, Israel ganhou o controle da Cisjordânia e toda Jerusalém. Em 1988, a Jordânia renunciou todas as reivindicações sobre a Cisjordânia, mas reteve um papel administrativo sob uma colonização final, e o tratado com Israel permitiu a continuidade do papel jordaniano nos lugares sagrados dos muçulmanos em Jerusalém. O governo dos EUA considera a Cisjordânia como um território ocupado por Israel e acredita que o estado final seja determinado através de negociações diretas entre as partes nas bases das resoluções 242 e 338 do Conselho de Segurança da ONU.
A guerra de 1967 trouxe um dramático aumento do número de palestinos vivendo na Jordânia. A população de refugiados – 700 000 em 1966 – cresceu com outros 300 000 da Cisjordânia. O período que se seguiu à guerra de 1967 viu um aumento no poder e importância dos elementos de resistência palestina (fedayin) na Jordânia. Os fedayin fortemente armados começaram a ser combatidos pelas forças de segurança do estado hachemita, e a luta aberta eclodiu em Junho de 1970.
Em Setembro, a continuidade das acções dos fedayin na Jordânia obrigou o governo a tomar uma acção para reaver o controle sobre sua população e território. A batalha, na qual soldados palestinos de diversas facções da Organização pela Liberação da Palestina (OLP) foram expulsos da Jordânia tornou-se conhecida como "Setembro Negro". As batalhas mais ferozes foram travadas no norte do país, e em Amã. Outros governos árabes tentaram contribuir para uma solução pacífica, porém a situação se complicou quando uma força de tanques sírios tomou posições no norte da Jordânia para apoiar os fedayin, e foi forçada a recuar. Em 22 de Setembro, ministros do exterior árabes reunidos no Cairo conseguiram um cessar-fogo começando no dia seguinte. Violências esporádicas continuaram, entretanto, até que as forças jordanianas lideradas por Habis Al-Majali e com a ajuda de forças iraquianas (que tinham bases no país desde a guerra de 1967), obtiveram uma vitória decisiva sobre os fedayin em Julho de 1971, expulsando-os totalmente do país.
Em conferência realizada na cidade de Rabat, em 1974, a Jordânia concordou, juntamente com o resto da Liga Árabe, que a OLP era a "única representante legítima do povo palestino", deixando definitivamente então para a organização o papel de representar a Cisjordânia.
Ocorreram batalhas ao longo da linha do cessar-fogo de 1967, no rio Jordão, durante a guerra árabe-israelita de Outubro de 1973, mas a Jordânia mandou uma brigada para a Síria para lutar contra as unidades israelenses. A Jordânia não participou da Guerra do Golfo de 1990-91. Em 1991, a Jordânia aceitou, juntamente com representantes da Síria, Líbano e representantes palestinos, participar de negociações de paz diretas com Israel na Conferência de Paz de Madrid, mediadas pelos Estados Unidos e Rússia. Foi negociado o fim das hostilidades com Israel e uma declaração neste sentido foi assinada em 25 de Julho de 1994 (ver Declaração de Washington). Como resultado, o tratado de paz jordano-israelense foi concluído em 26 de Outubro do mesmo ano. Com o início das lutas entre Israel e a Autoridade Palestina, em Setembro de 2000, o país ofereceu-se como mediador para ambos os lados. Desde então, a Jordânia tem procurado ficar em paz com todos os seus vizinhos.
Em 9 de Novembro de 2005, a Jordânia sofreu três atentados simultâneos à bomba em diferentes hotéis de Amã. Pelo menos 57 pessoas morreram e 115 ficaram feridas. O grupo "Al-Qaeda no Iraque", liderado pelo terrorista Abu Musab al-Zarqawi, um jordaniano de nascimento, assumiu a responsabilidade.
[editar] Política
Ver artigo principal: Política da Jordânia
A Jordânia é uma monarquia constitucional, baseada em constituição de 1952.
[editar] Subdivisões
Ver artigo principal: Subdivisões da Jordânia
A Jordânia está subdividida em 12 "governorados":
Governorado População (2008)[2] Área (km²) Densidade (/km²) Capital População (2008)[3]
Amã 1,939,405 8231 246.3 Amman 1,135,733
Irbid 950,700 1621 570.3 Irbid 650,000[4]
Zarqa 838,250 4080 205.5 Zarqa 447,880
Balqa 349,580 1076 324.9 Salt 96,700[5]
Mafraq 245,671 26435 9.3 Mafraq 56,340
Karak 214,225 3217 66.6 Karak 68,810
Jerash 156,680 402 379 Jerash 39,540
Madaba 135,890 2008 67.7 Madaba 83,180
Ajloun 118,496 412 287.1 Ajloun 55,000[6]
Aqaba 107,115 6583 16.3 Aqaba 95,408
Ma'an 103,920 33163 3.1 Ma'an 50,350[7]
Tafilah 81,000 2114 38.3 Tafilah 30,000
[editar] Geografia
Ver artigo principal: Geografia da Jordânia
A Jordânia é essencialmente um grande planalto cuja altitude vai decrescendo dasde as serras relativamente baixas da zona ocidental (altitude máxima de 1754 m no monte Ramm, a sudoeste) até ás fronteiras orientais. A parte ocidental é a mais acidentada, não só devido às cadeias montanhosas, mas também à descida abrupta até à depressão que liga o mar Vermelho ao mar Morto e ao rio Jordão.
Todo o país é desértico ou semi-desértico, sendo a zona menos árida também aquela onde se aglomera a maior parte da população: a região noroeste, separada da Cisjordânia pelo Jordão. As maiores cidades são Amã e Irbid.
O país possuia o Oásis de Azrad, que se reduziu a pó após projetos de irrigação.
[editar] Economia
Ver artigo principal: Economia da Jordânia
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Amã.A Jordânia é um país pequeno com recursos naturais bastante limitados, mas melhorou muito desde a sua independência. Seu PIB per capita cresceu 351% nos anos setenta. Mas este crescimento provou ser insustentável encolhendo para 30% nos anos oitenta. Recuperando-se um pouco nos anos noventa. A economia da Jordânia depende da exploração de fosfatos, carbonato de potássio, do turismo, da comercialização de fertilizante e de outros serviços. Estas são suas fontes principais do salário da moeda corrente. Na falta de florestas, reservas de carvão, energia hidrelétrica e de depósitos de petróleo comercialmente viáveis, a Jordânia aposta no gás natural para suprir internamente pelo menos parte de suas necessidades de energia. A Jordânia importa o petróleo do Iraque.
[editar] Demografia
Ver artigo principal: Demografia da Jordânia
A maior parte da população jordaniana é de origem árabe. As principais minorias étnicas correspondem à dos armênios e a um reduzido grupo de origem caucasiana. Quase todos os habitantes são muçulmanos sunitas, embora existam pequenas comunidades xiitas e cristãs - das quais um terço pertence à Igreja Ortodoxa Grega.
A elevada taxa de natalidade (3,6 filhos por mulher) e o ingresso de imigrantes constituem a base do alto crescimento demográfico. O fluxo imigratório é formado, em sua maioria, por refugiados palestinos procedentes a da Cisjordânia. As condições climáticas e a disponibilidade de água são os fatores que determinam distribuição da população, concentradas nas proximidades do Lago Tiberíades, do Mar Morto e ao longo do Rio Jordão.
O Bahrein, Bahrain, Bareine[2] ou Barém[3][4] é um pequeno estado insular do Golfo Pérsico, com fronteiras marítimas com o Irão a nordeste, com o Qatar a leste e com a Arábia Saudita a sudoeste. A sua capital é Manama.
Índice [esconder]
1 Etimologia
2 História
3 Geografia
4 Demografia
5 Política
5.1 Símbolos nacionais
6 Subdivisões
7 Economia
8 Cultura
9 Referências
10 Ver também
[editar] Etimologia
O nome do país vem da língua árabe para "dois mares". A referência exata a estes "dois mares" continua a ser assunto de debate. Alguns identificam os "dois mares" como as águas da baía nos dois lados da ilha. Outros acreditam que o nome se refere à posição do país como uma ilha do golfo pérsico, separada por "dois mares", a Arábia ao sul e o Irão ao norte. Ainda há os que sugerem que o primeiro mar está em volta do Bahrein e o segundo "mar" metaforicamente representa a abundância natural de águas termais sob a própria ilha.
Em português a grafia do país é muito variável. As formas Bahrein e Bahrain se encontram muito difundidas nos países lusófonos, sendo um anglicismo, já que a transliteração correta do árabe البحرين para português é Bareine.[5] Em Portugal, a grafia aportuguesada utilizada de acordo com o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa de Rebelo Gonçalves é Barém.[6] No Brasil são preferidas as formas Barein e Bareine, enquanto Barain se encontra também difundido.
Como gentílicos aceitam-se bareinita e os poucos usados baremense e baremês.[6]
[editar] História
Ver artigo principal: História do Bahrein
As ilhas de Bahrein foram sempre compradas, vendidas e cobiçadas desde a antigüidade, principalmente devido à sua posição geoestratégica privilegiada na região do Golfo. De 1521 a 1602, o país foi ocupado pelos portugueses. Em 1602 e com a ajuda dos ingleses as ilhas foram tomadas pelo Império Persa tornando-se uma base estratégica e militar muito importante. Ahmad bin Khalifa, um príncipe oriundo da Arábia Saudita, conquistou as ilhas e obteve a sua independência do Império Persa em 1783. Vários tratados forçados, feitos no século XIX, determinaram que o arquipélago se transformasse num protetorado militar e comercial britânico. O Bahrein conseguiu novamente a independência (saindo da situação colonial de protetorado ocupado militarmente) em 1971 e transformou-se em emirado.
Em 1973 foi promulgada uma constituição que estabeleceu o regime monárquico tradicional e criou um sistema bicameral de conselhos, um conselho consultivo e um conselho dos representantes.
[editar] Geografia
Ver artigo principal: Geografia do Bahrein
O Bahrein é um arquipélago de trinta e cinco ilhas e ilhotas que fica no Golfo Pérsico, a leste da Arábia Saudita e a noroeste do Qatar, das trinta e cinco ilhas apenas, três são habitadas: Barein, Umm Nassam e Al Muharraq. A maior das ilhas é a dhkle Bahrein, com 16 km de extensão no sentido leste-oeste e 48 km no sentido norte-sul. A ilha principal é unida ás pequenas ilhas de Muharraq e Sitra por uma estrada. Em 1986 uma ponte que liga Bahrein à Arábia Saudita foi inaugurada. A superfície total do país é de 692 km².
A altitude máxima no arquipélago barenita é a colina de Jabal Dukhan, com 130m, e que fica na ilha principal. O clima no país é árido, com temperaturas elevadas no verão, superando uma média de 28 °C, e moderadas no inverno, com média de 21 °C. As precipitações de chuvas não passam oitenta milímetros anuais, e se concentram no inverno. A escassez de água não impediu que as ilhas tenham algumas culturas de irrigação em torno dos mananciais na costa norte do país. O arquipélago possui cerca de 200 espécies vegetais. A fauna é formada por mamíferos, como a gazela, a lebre e o mangusto.
[editar] Demografia
Ver artigo principal: Demografia do Bahrein
[editar] Política
Ver artigo principal: Política do Bahrein
O Bahrein é uma monarquia absolutista com um primeiro-ministro e um gabinete integralmente apontados pelo Monarca.
O actual primeiro-ministro (que é o mesmo desde 1971), bem como a totalidade do gabinete são da família real.
Esse estado tem órgãos bicamerais compostos por um conselho consultivo e um conselho dos representantes. Na teoria esses dois conselhos deveriam equilibrar-se, mas, na prática, o primeiro tem completa ascendência sobre o segundo, gerando algumas tensões entre a maioria da população que se opõe à monarquia governante e à minoria que a apoia. É interessante observar que no Bahrein a maioria da população (70%) é xiita, mas a família reinante Al Khalifa é sunita; todavia o Bahrein é um país relativamente estável e com poucos conflitos religiosos entre as duas facções muçulmanas
[editar] Símbolos nacionais
Ver artigos principais: Bandeira do Bahrein, Brasão de armas do Bahrein, Hino nacional do Bahrein.
A bandeira nacional é formada por um pano vermelho, com uma faixa vertical de cor branca ao lado. A cor branca representa a trégua feita com os países vizinhos. A borda desta faixa, que separa as cores, tem forma de serra dentada de cinco pontas, representando os pilares do islão.
O brasão de armas foi desenhado nos anos 1930 pelo Conselheiro britânico do Rei do Bahrein (então o emir). O escudo contém o mesmo desenho encontrado na bandeira nacional com um escudo no centro. Consiste em um campo de gules com una franja dentada (com seis pontas) de prata, situada com o chefe. Ao redor do escudo apresentam-se lambrequíns de gules e prata que o decoram.
"Bahrainona" (Nosso Bahrein) é o hino nacional do Bahrein. Foi adoptado em 1971. A letra é de Mohamed Sudqi Ayyash (1925-), mas o autor da música é desconhecido.
[editar] Subdivisões
Ver artigo principal: Subdivisões do Bahrein
Municipalidades
Ver página anexa: Municipalidades do Bahrein
Antes de 3 de Julho de 2002, o Bahrein, encontrava-se dividido em doze municipalidades, estas eram administradas a partir da capital Manama e. posteriormente, transformaram-se em províncias.
Ver página anexa: Províncias do Bahrein
Manama, capital do país.Províncias
O Bahrein está dividido em cinco províncias:
Capital
Central
Muharraq
Norte
Sul
[editar] Economia
Ver artigo principal: Economia do Bahrein
World Trade Center Bahrein.A produção e o refinamento de petróleo responde a aproximadamente por 60% das exportações, 60% dos rendimentos do governo local e 30% do PIB. Com uma rede desenvolvida de transporte e comunicação, Bahrein sedia diversas firmas multinacionais com negócios no Golfo.
Em 1932, foi descoberto petróleo em Awali, no centro da ilha de Bahrein. A extração do óleo era controlada por petrolíferas norte-americanas, mas passou em grande parte para a administração da BAPCO (Bahrein Petroleum Company). A extração de gás natural e petróleo adquiriu fundamental importância ao país. O arquipélago se tornou centro produtor e ponto de refinação e embarque do óleo cru vindo da Arábia Saudita, que o envia por um oleoduto submarino.
Vista aérea das Ilhas Amwaj e de Muharraq.Com a renda do petróleo, diversos projetos industriais em outros segmentos estão em andamento, nas áreas de cimento, alumínio e construção naval. As antigas atividades piratas dos nativos foram substituídas pelo tráfego de frota mercante moderna. O desenvolvimento das atividades bancárias e de serviços transformou Bahrein num dos principais centros financeiros e comerciais do Médio Oriente. Esta situação é exemplificada por uma moderna rede de comunicações e pelo aeroporto internacional situado na ilha de Muharraq.
O uso das águas subterrâneas possibilita a prática da horticultura, porém, em quantidade insuficiente para atender toda a população. A tradicional coleta de ostras perolíferas quase desapareceu, em detrimento da menor rentabilidade que a cultura oferece perante a competição das pérolas cultivadas.
Entretanto, o desemprego, especialmente entre os jovens, e a deterioração dos lençóis subterrâneos de água são as principais preocupações nacionais a longo prazo.
Chipre (em grego Κύπρος, transl. Kýpros; em turco Kıbrıs) é uma ilha situada no mar Egeu oriental ao sul da Turquia, cujo território é o mais próximo, seguindo-se a Síria e o Líbano, a leste. O país é também membro da União Europeia (UE). O terço restante (norte da ilha) foi ocupada pela Turquia em 1974, que institui a República Turca de Chipre do Norte. O território último é reconhecido apenas pela Turquia.
Segundo leis internacionais, a ilha de Chipre no seu todo é um país independente. Todavia, desde 1974 encontra-se dividida entre um Estado que ocupa os dois terços ao sul da ilha – o Chipre grego – e a república turca, que ocupa o terço norte da ilha e que é reconhecida somente pela própria Turquia. Ambos os estados possuem a cidade de Nicósia como a sua capital, sendo esta a última capital dividida por um muro em todo mundo.
Na ilha também são os sites de Akrotiri e Dhekelia pertencentes ao Reino Unido. A ilha de Chipre está situada no Mar Mediterrâneo, 113 quilômetros ao sul da Turquia, 120 km a oeste da Síria, 150 km a leste da ilha grega de Kastelorizo. Chipre tornou-se membro da Organização das Nações Unidas em 20 de setembro de 1960.
O nome da ilha e do país deriva da palavra grega para cobre, kýpros[4] Por este motivo, alguns autores especulam que a melhor tradução do nome em português seria Cipro, em vez do galicismo Chipre.[carece de fontes?]
Índice [esconder]
1 História
2 Geografia
3 Demografia
4 Política
4.1 Símbolos nacionais
4.1.1 Bandeira
4.1.2 Brasão de armas
4.1.3 Hino nacional
5 Subdivisões
6 Economia
7 Cultura
8 Notas e referências
9 Ver também
10 Ligações externas
[editar] História
Ver artigo principal: História do Chipre
Depois de sucessivamente ocupado por egípcios, assírios, persas e gregos durante a antiguidade, Chipre foi dominado pela República de Veneza desde 1489 até à invasão dos turcos otomanos em 1570. Pelo Congresso de Berlim, a ilha passou à administração britânica a 12 de julho de 1878, sendo convertida oficialmente em colónia em 1914, com o início da Primeira Guerra Mundial.
Ruínas do templo dedicado a Apolo, na cidade de Limassol.Em 1930 começam as primeiras revoltas a favor da inoses (união de Chipre com a Grécia) e, nos fins da Segunda Guerra Mundial, os greco-cipriotas aumentam a pressão para o fim do domínio britânico. O arcebispo Macário lidera a campanha pela inoses e é deportado para as Seicheles em 1956 depois duma série de atentados na ilha.
Em 1960, Chipre, Grécia e o Reino Unido assinam um tratado que declara a independência da ilha, ficando os britânicos com a soberania das bases de Akrotiri e Dhekelia. Makarios assume a presidência, mas a constituição indicava que os turco-cipriotas ficariam com a vice-presidência, com poder de veto, o que dificultou o funcionamiento do estado e as relações entre greco-cipriotas e turco-cipriotas, desembocando em explosões de violência intercomunitária em 1963 e 1967.
A 15 de julho de 1974 um golpe pró-helênico depôs o governo legítimo, o que provocou a reacção de Turquia, que, utilizando-se da suposta defesa dos interesses dos turco-cipriotas, invadiram e até hoje ocupam militarmente a parte norte da ilha, ocupação esta que já fora declarada ilegal inúmeras vezes pelo Conselho de Segurança da ONU, cujas resoluções ordenavam a retirada imediata das tropas turcas. Esta foi a origem da República Turca de Chipre do Norte, um estado de facto que só é reconhecido pela Turquia e pela Organização da Conferência Islâmica. Deste então, o Estado Turco vem tentando modificar a etnia da ilha, trazendo centenas de milhares de turcos (os quais não têm origem cipriota) e habitam as casas dos greco-cipriotas refugiados de guerra que fugiram da morte sem nada levar.
A República de Chipre é aceita como membro da União Europeia em 2004, ao mesmo tempo que se aplica um plano para a reunificação apoiado pelas Nações Unidas, apesar de um referendo em que 76% dos greco-cipriotas terem votado contra.
[editar] Geografia
Ver artigo principal: Geografia do Chipre
Imagem de satélite de Chipre.Chipre é uma das grandes ilhas do mar Mediterrâneo (juntamente com a Sicília, Sardenha, Córsega e Creta), a mais oriental de todas, localizada entre a costa sul da Anatólia e a costa mediterrânica do Médio Oriente. Geograficamente, pertence à Ásia, embora culturalmente e historicamente seja um misto de elementos europeus e asiáticos, com os europeus a predominar, dado o seu passado grego e os dois terços actuais de população de origem grega.
A ilha é montanhosa, com duas zonas acidentadas separadas por um vale amplo (a Mesaoria), onde se ergue a capital, Nicósia. A sudoeste erguem-se os montes Troodos, que albergam o ponto mais elevado da ilha, o monte Olimpo, com 1 953 metros de altitude. A norte erguem-se os montes Kyrenia, uma cordilheira bastante estreita que começa na costa norte e que se prolonga para leste na longa península que confere à ilha a sua forma característica. Há também pequenas planícies costeiras no sul.
Nicósia é a maior cidade e a capital quer do estado reconhecido internacionalmente, quer da República Turca de Chipre do Norte. Outras cidades importantes são Limassol na parte grega e Famagusta na parte ocupada.
O clima é mediterrânico.
[editar] Demografia
Distribuição populacional do Chipre.Os cipriotas gregos e turcos compartilham muitos costumes, mas mantêm sua etnicidade baseada na religião, idioma e outros fortes laços com suas respectivas terras maternas.O grego é falado predominantemente no sul, enquanto o turco predomina no norte. Esta delimitação das linguagens só corresponde ao período presente, devido à divisão da ilha depois de 1974, a qual implicou uma expulsão dos cipriotas gregos do norte e um movimento análogo dos cipriotas turcos desde o sul. No entanto, historicamente, o grego (em seu dialecto cipriota) era falado por um 82% da população aproximadamente, a qual estava regularmente distribuída ao longo de toda o área de Chipre, tanto no norte como no sul. De maneira similar, os falantes turcos estavam distribuídos também de maneira regular. O inglês é pouco falado na ilha, pois os falantes de língua grega e turca dominaram-na.
[editar] Política
Palácio Presidencial (residência) em Nicósia.Chipre é uma república, com um sistema presidencialista de governo. O presidente é o chefe de estado e de governo, nomeando e liderando o Conselho de Ministros, que exerce o poder executivo. O presidente é eleito por 5 anos, por sufrágio directo e universal. O poder legislativo é exercido pela Câmara dos Representantes. Os deputados são eleitos democraticamente por um sistema uninominal, de 5 em 5 anos. Os deputados são só cipriotas gregos. Os representantes da denominada República Turca do Norte de Chipre não são reconhecidos internacionalmente.
[editar] Símbolos nacionais
[editar] Bandeira
Ver artigo principal: Bandeira do Chipre
A atual bandeira nacional do Chipre foi adoptada a 16 de Agosto de 1960. Mostra um mapa de toda a ilha por cima de dois ramos de oliveira.
[editar] Brasão de armas
Ver artigo principal: Brasão de armas do Chipre
O brasão de armas do Chipre representa uma pomba que transporta um ramo de oliveira (um conhecido símbolo da paz) sobre 1960, o ano da independência dos cipriotas em relação á Grã-Bretanha. O fundo é um cobre-cor amarela; o presente simboliza os grandes depósitos de minério de cobre em Chipre (principalmente sob a forma de chalcopyrite, que é de cor amarela).
Quando o Chipre era uma colónia da coroa britânica, os funcionários coloniais locais usaram um brasão de armas (que na verdade nunca foi oficialmente concedido) de dois leões passant guardant, baseado no brasão de armas da Inglaterra.
[editar] Hino nacional
Ver artigo principal: Hino nacional do Chipre
Tanto o hino nacional do Chipre como o da Grécia foram extraídos de um longo poema de 158 estrofes, todavia somente as duas primeiras são parte oficial da composição musical. O texto foi escrito por Dyonísios Solomós e musicado por Nikolaos Mantzaros, tendo sido oficialmente adotado em 1864. Trata-se duma ode à liberdade alcançada em 1821, após séculos de domínio otomano.
[editar] Subdivisões
Ver artigo principal: Subdivisões do Chipre
O Chipre encontra-se dividida em 6 distritos (em grego, επαρχίες — eparkhíes). As capitais possuem os mesmos nomes. Os distritos são:
As divisões do Chipre. Grego Turco
Famagusta Αμμόχωστος (Ammókhostos) Gazimağusa
Kyrenia Κερύvεια (Kerýneia) Girne
Larnaca Λάρνακα (Lárnaka) Larnaka
Limassol Λεμεσός (Lemesós) Limasol/Leymosun
Nicósia Λευκωσία (Lefkosía) Lefkoşa
Pafos Πάφος (Páfos) Baf
[editar] Economia
Centro de Nicósia, capital do Chipre.Ver artigo principal: Economia do Chipre
A economia de Chipre está claramente afectada pela divisão da ilha em dois territórios. Tem uma economia altamente vulnerável, mais estabilizada depois da entrada na União Europeia, com uma forte dependência do sector serviços e problemas de isolamento com respeito ao resto da Europa.
Nos últimos vinte e cinco anos, Chipre passou a depender da agricultura (onde só a produção de cítricos tem relativa importância comercial), a ter uma estrutura mais conforme com o contexto europeu, com uma presença importante do sector industrial que sustenta a maior parte das exportações e emprega ao 25% da população. Cerca de 70% depende do sector serviços, e em concreto do turismo. A localização geográfica próxima ao Oriente Médio provoca grandes oscilações de ano em ano ao tempo de converter-se em destino turístico.
A frota de navios com matrícula cipriota é a quarta mais importante do mundo e reporta volumosos rendimentos.
Em 1 de Janeiro de 2008 a República do Chipre adoptou também o Euro como moeda local, menos de quatro anos após entrar para a União Europeia.
[editar] Cultura
Igreja de Ayios Lazaros, contruída no sec. IX na cidade de Larnaca, pertencente à Igreja Ortodoxa do Chipre.A respeito de Chipre ser um país que sofreu grandes influências gregas e de outras civilizações antigas, a vida cultural de Chipre atualmente demonstra claramente a sua colonização britânica.
Na verdade Chipre possui uma grande movimentação de turistas durante o período de verão, quando o calor e sol são fortíssimos. A noite também é bastante agitada com vários bares, com ares típicos de pubs.
Suas praias são lindíssimas, como é comum às ilhas gregas. Existem muitos passeios de barcos pelo Mediterrâneo. Aliás, como país mediterrâneo que é, não poderia deixar de ter um bom vinho, sem esquecer dos maravilhosos azeites.
A culinária é bastante saudável, pois costuma-se comer bastante salada, acompanhada de grelhados variados de frango, carneiro e porco, todos temperados com diferentes, e exóticas ervas.
Pode-se passear pelos antigos vilarejos encrustados no centro da Ilha e que parecem parados no tempo, onde é comum encontrar rodas de homens (nunca mulheres) em "botecos", engatando conversas ao velho estilo grego de ser. Sem esquecer das igrejinhas brancas, de origem ortodoxas, encrustradas nas pedras, à margem do Mediterrâneo.
O Egito (português brasileiro) ou Egipto (português europeu) (AO 1990: Egito) (em egípcio: Kemet; em copta Ⲭⲏⲙⲓ, transl. Kīmi; em em árabe: مصر, transl. Miṣr, nome oficial: República Árabe do Egito) é um país do norte da África que inclui também a península do Sinai, na Ásia, o que o torna um estado transcontinental.
Com uma área de cerca de 1 001 450 km², o Egito limita a oeste com a Líbia, ao sul com o Sudão e a leste com a Faixa de Gaza e Israel. O litoral norte é banhado pelo mar Mediterrâneo e o litoral oriental pelo mar Vermelho. A península do Sinai é banhada pelos golfos de Suez e de Acaba. A sua capital é a cidade do Cairo.
O Egito é um dos países mais populosos de África. A grande maioria da população, estimada em 80 milhões de habitantes (2007), vive nas margens do rio Nilo, praticamente a única área não desértica do país, com cerca de 40 000 kmª; O da Líbia, a oeste, o Oriental ou Arábico, a leste, ambos parte do Saara, e o do Sinai, têm muito pouca população. Cerca de metade da população egípcia vive nos centros urbanos, em especial no Cairo, em Alexandria e nas outras grandes cidades do Delta do Nilo, de maior densidade demográfica.
O país é conhecido pela sua antiga civilização e por alguns dos monumentos mais famosos do mundo, como as pirâmides de Gizé e a Grande Esfinge. Ao sul, a cidade de Luxor abriga diversos sítios antigos, como o templo de Karnak e o vale dos Reis. O Egito é reconhecido como um país política e culturalmente importante do Médio Oriente e do Norte de África.
Os gentílicos para o país são "egípcio", "egipciano" e "egipcíaco",[3] embora as últimas formas raramente sejam usadas.
Índice [esconder]
1 Etimologia
2 História
3 Geografia
3.1 Hidrografia
3.2 Clima
4 Demografia
4.1 Religião
5 Política
5.1 Política externa
5.2 Símbolos nacionais
6 Subdivisões
7 Economia
8 Cultura
8.1 Feriados nacionais
9 Referências
10 Ligações externas
[editar] Etimologia
Consulte também: Os nomes do Egito
km.t (Kemet) em hieroglifos é
Um dos antigos nomes egípcios para o país, Kemet (kṃt), ou "terra negra" (de kem, "negro"), advém do solo fértil negro depositado pelas cheias do Nilo, distinto da "terra vermelha" (dechret, dšṛt) do deserto. O nome passou às formas kīmi e kīmə na fase copta da língua egípcia e aparece no grego primitivo como Χημία (Khēmía). Outro nome era t3-mry ("terra da ribeira"). Os nomes do Alto e do Baixo Egito eram Ta-Sheme'aw (t3-šmˁw), "terra da junça", e Ta-Mehew (t3 mḥw) "terra do norte", respetivamente.
Miṣr, o nome árabe moderno e oficial para o país, é de origem semita, diretamente relacionado com outros termos semíticos para o Egito, como o hebraico מִצְרַיִם (Mizraim), literalmente "os dois estreitos" (referência ao Alto e Baixo Egitos).[4] A palavra possuía originalmente a conotação de "metrópole" ou "civilização" e também significa "país" ou "terra de fronteira".
O termo português "Egito" deriva do grego antigo Αίγυπτος (Aígyptos), por meio do latim Aegyptus, e já era registado no vernáculo no século XIII.[5] A forma grega, por sua vez, advém do egípcio Ha-K-Phtah, "morada de Ptá", denominação de Mênfis, capital do Antigo Império.[6]
[editar] História
Ver artigos principais: História do Antigo Egito, História do Egito.
Pirâmides de Guiza (ou Gizé),[7] um dos monumentos mais emblemáticos do Antigo Egito.Os vestígios de ocupação humana no vale do Nilo desde o Paleolítico assumem a forma de artefatos e petróglifos em formações rochosas ao longo do rio e nos oásis. No décimo milénio a.C., uma cultura de caçadores-recoletores e de pescadores substituiu outra, de moagem de grãos. Em torno de 8 000 a.C., mudanças climáticas ou o abuso de pastagens começou a ressequir as terras pastoris do Egito, de modo a formar o Saara. Povos tribais migraram para o Vale do Nilo, onde desenvolveram uma economia agrícola sedentária e uma sociedade mais centralizada.[8]
Por volta de 6 000 a.C., a agricultura organizada e a construção de grandes edifícios havia surgido no Vale do Nilo. Durante o Neolítico, diversas culturas pré-dinásticas desenvolveram-se de maneira independente no Alto e no Baixo Egito. A cultura badariense e a sua sucessora, a nagadiense, são consideradas as precursoras da civilização egípcia dinástica. O sítio mais antigo conhecido no Baixo Egito, Merimda, antecede os badarienses em cerca de setecentos anos. As comunidades do Baixo e do Alto Egitos coexistiram por mais de dois mil anos, mantendo-se como culturas separadas, mas com contatos comerciais frequentes. Os primeiros exemplos de inscrições hieroglíficas egípcias apareceram no período pré-dinástico, em artefatos de cerâmica de Nagada III datados de cerca de 3 200 a.C.[9]
tAwy ('Duas Terras') em hieroglifos é
Cerca de 3 150 a.C., o Rei Mena (ou Menés) fundou um reino unificado e estabeleceu a primeira de uma sequência de dinastias que governaria o Egito pelos três milênios seguintes. Posteriormente, os egípcios passaram a referir-se a seu país unificado com o termo tawy, "duas terras" e, em seguida, kemet (kīmi, em copta), "terra negra". A cultura egípcia floresceu durante este longo período e manteve traços distintos na religião, arte, língua e costumes. Às duas primeiras dinastias do Egito unificado seguiram-se o período do Império Antigo (c. 2 700-2 200 a.C.), famoso pelas pirâmides, em especial a pirâmide de Djoser (III Dinastia) e as pirâmides de Gizé (IV Dinastia).
A Grande Esfinge e as pirâmides de Gizé, erguidas durante o Império Antigo, são hoje ícones nacionais no centro da indústria egípcia do turismo.O Primeiro Período Intermédio foi uma época de distúrbios que durou cerca de 150 anos. Mas as cheias mais vigorosas do Nilo e a estabilização do governo trouxeram prosperidade ao país no Império Médio (c. 2 040 a.C.), que atingiu o zénite durante o reinado do Faraó Amenemhat III. Um segundo período de desunião prenunciou a chegada da primeira dinastia estrangeira a governar o Egito, a dos hicsos semitas. Estes invasores tomaram grande parte do Baixo Egito por volta de 1 650 a.C. e fundaram uma nova capital, em Aváris. Foram expulsos por uma força do Alto Egito chefiada por Amósis I, quem fundou a XVIII Dinastia e transferiu a capital de Mênfis para Tebas, a atual Luxor.
O Império Novo (c. 1 550-1 070 a.C.) teve início com a XVIII Dinastia e marcou a ascensão do Egito como potência internacional que, no seu auge, se expandiu para o sul até Jebel Barkal, na Núbia, e incluía partes do Levante, no leste. Alguns dos faraós mais conhecidos pertencem a este período, como Hatchepsut, Tutmés III, Akhenaton e sua mulher Nefertiti, Tutankhamon e Ramsés II. A primeira expressão do monoteísmo é desta época, com o atonismo. O país foi posteriormente invadido por líbios, núbios e assírios, mas terminou por expulsá-los a todos.
A XXX Dinastia foi a última de origem nativa a governar o país durante a era dos faraós. O último faraó nativo, Nectanebo II, foi derrotado pelos persas aqueménidas em 343 a.C. Posteriormente, o Egito foi conquistado pelos gregos e, em seguida, pelos romanos, num total de mais de dois mil anos de controlo estrangeiro.
Construída pela primeira vez no século III ou IV, a Igreja Suspensa é a mais famosa igreja ortodoxa copta do Cairo.O cristianismo foi trazido ao Egito por São Marcos no primeiro século da era cristã. O reinado de Diocleciano marcou a transição entre os Impérios Romano e Bizantino no país, quando um grande número de cristãos foi perseguido. Naquela altura, o Novo Testamento foi traduzido para a língua egípcia. Após o Concílio de Calcedónia, em 451, uma Igreja Copta Egípcia foi firmemente estabelecida.[10]
Os bizantinos recuperaram o controlo do país após uma breve invasão persa no início do século VII, mantendo-o até 639, quando o Egito foi tomado pelos árabes muçulmanos sunitas. Os egípcios começaram então a misturar a sua nova fé com crenças e práticas locais que sobreviveram através do cristianismo copta, o que deu origem a diversas ordens sufistas que existem até hoje.[11] Os governantes muçulmanos eram nomeados pelo Califado islâmico e mantiveram o controlo do país pelos seis séculos seguintes, inclusive durante o período em que o Egito foi a sede do Califado fatímida. Com o fim da dinastia aiúbida, a casta militar turco-circassiana dos mamelucos tomou o poder em 1250 e continuou a governar até mesmo após a conquista do Egito pelos turcos otomanos em 1517.
A breve invasão francesa do Egito em 1798, chefiada por Napoleão Bonaparte, resultou num grande impacto no país e em sua cultura. Os egípcios foram expostos aos princípios da Revolução Francesa e tiveram a oportunidade de exercitar o auto-governo.[12] À retirada francesa seguiu-se uma série de guerras civis entre os turcos otomanos, os mamelucos e mercenários albaneses, até que Mehmet Ali, de origem albanesa, tomou o controlo do país e foi nomeado vice-rei do Egito pelos otomanos em 1805. Ali promoveu uma campanha de obras públicas modernizadoras, como projetos de irrigação e reformas agrícolas, bem como uma maior industrialização do país, tarefa continuada e ampliada por seu neto e sucessor, Ismail Paxá.
Gravura de 1869 mostrando os primeiros barcos que usaram o canal de Suez entre Kantara and El-Fedane.A Assembleia dos Delegados foi fundada em 1866 com funções consultivas e veio a influenciar de maneira importante as decisões do governo.[13] A abertura do canal de Suez pelo Quediva Ismail, em 1869, tornou o Egito um centro mundial de transporte e comércio, mas fez com que o país contraísse uma pesada dívida junto às potências europeias. Como resultado, o Reino Unido tomou o controlo do governo egípcio em 1882 para proteger os seus interesses financeiros, em especial os relativos ao canal.
Logo após intervir no país, o Reino Unido enviou tropas para Alexandria e para a zona do canal, aproveitando-se da fraqueza das forças armadas egípcias. Com a derrota do exército egípcio na batalha de Tel el-Kebir, as tropas britânicas alcançaram o Cairo, eliminaram o governo nacionalista e dissolveram as forças armadas do país. Tecnicamente, o Egito permaneceu como uma província otomana até 1914, quando o Reino Unido derrubou Abbas II, último quediva egípcio, e formalmente declarou o Egito um protetorado seu. Hussein Kamil, tio de Abbas, foi então nomeado sultão do Egito.[14]
Entre 1882 e 1906, surgiu um movimento nacionalista que propunha a independência. O Incidente de Dinshaway (em que soldados britânicos abriram fogo contra um grupo de egípcios) levou a oposição egípcia a adoptar uma posição mais forte contra a ocupação do país pelo Reino Unido. Fundaram-se os primeiros partidos políticos locais. Após a Primeira Guerra Mundial, Saad Zaghlul e o Partido Wafd chefiaram o movimento nacionalista egípcio, ganhando a maioria da assembleia legislativa local. Quando os britânicos exilaram Zaghlul e seus correligionários para Malta em 8 de Março de 1919, o país levantou-se na primeira revolta de sua história moderna. As constantes rebeliões por todo o país levaram o Reino Unido a proclamar, unilateralmente, a independência do Egito, em 22 de Fevereiro de 1922.[15]
O presidente egípcio Nasser recebe pela primeira vez uma delegação da Fatah, oito meses depois de Yasser Arafat ter assumido a liderança daquela organização, em 1969.O novo governo egípcio promulgou uma constituição em 1923, com base num sistema parlamentarista representativo. Saad Zaghlul foi eleito para o cargo de primeiro-ministro pelo voto popular, em 1924. Em 1936, foi assinado o tratado anglo-egípcio, pelo qual o Reino Unido se comprometia a defender o Egito e recebia o direito de manter tropas no canal de Suez. A continuidade da ingerência britânica no país e o aumento do envolvimento do rei do Egito na política levaram à queda da monarquia e à dissolução do parlamento, por meio de um golpe militar conhecido como a Revolução de 1952. Este "Movimento dos Oficiais Livres" forçou o Rei Faruk a abdicar em favor do seu filho Fuad.
A República do Egito foi proclamada em 18 de Junho de 1953, presidida pelo General Muhammad Naguib. Em 1954, Gamal Abdel Nasser — o verdadeiro arquiteto do movimento de 1952 — forçou Naguib a renunciar, colocando-o em prisão domiciliária. Nasser assumiu a presidência e declarou a total independência do Egito com relação ao Reino Unido, em 18 de Junho de 1956, com a conclusão da retirada das tropas britânicas. Em 26 de Julho daquele ano, nacionalizou o canal de Suez, deflagrando a chamada Crise do Suez.
Vista do Cairo, a maior cidade da África e do Oriente Médio.Nasser faleceu em 1970, três anos após a Guerra dos Seis Dias, na qual Israel invadiu e ocupou a peninsula do Sinai. Sucedeu-o Anwar Al Sadat, que afastou o país da União Soviética e o aproximou dos Estados Unidos, expulsando os conselheiros soviéticos em 1972. Promoveu uma reforma económica chamada "Infitá" e suprimiu de maneira violenta tanto a oposição política quanto a religiosa.
Em 1973, o Egito, juntamente com a Síria, deflagrou a Guerra de Outubro (ou do Yom Kippur), um ataque-surpresa contra as forças israelitas que ocupavam a península do Sinai e as colinas de Golã. Os EUA e a URSS intervieram e chegou-se a um cessar-fogo. Embora não tenha resultado num sucesso militar, a maioria dos historiadores concorda que o conflito representou uma vitória política que lhe permitiu posteriormente recuperar o Sinai em troca da paz com Israel.
A histórica visita de Sadat a Israel, em 1977, levou ao tratado de paz de 1979, que estipulava a retirada israelita completa do Sinai. A iniciativa de Sadat causou enorme controvérsia no mundo árabe e provocou a expulsão do Egito da Liga Árabe, embora fosse apoiada pela grande maioria dos egípcios.[16] Um soldado fundamentalista islâmico assassinou Sadat no Cairo, em 1981. Sucedeu-o Hosni Mubarak. Em 2003, foi lançado o "Movimento Egípcio pela Mudança", que busca o retorno à democracia e a ampliação das liberdades civis.
[editar] Geografia
Ver artigo principal: Geografia do Egito
Imagem de satélite do Egito, parte da The Map Library.Com uma área de 1 001 450 km²,[17] o Egito é o 29º maior do mundo, um pouco maior do que o estado brasileiro do Mato Grosso e duas vezes o território da França. Entretanto, devido à aridez do clima do país, os centros urbanos estão concentrados ao longo do estreito vale do rio Nilo e no Delta do Nilo, razão pela qual 99% da população egípcia usam apenas 5,5% da área total.[18]
O Egito faz fronteira com a Líbia a oeste, o Sudão a sul e Israel e a Faixa de Gaza a nordeste. O país controla o canal de Suez, que liga o Mediterrâneo ao Mar Vermelho e, por conseguinte, ao oceano Índico.
Também pertence ao Egito a península do Sinai, na Ásia, a qual, ligada ao restante do país pelo istmo de Suez, caracteriza-o como um Estado transcontinental.
Fora do vale do Nilo, a maior parte do território egípcio é composto por desertos sobretudo rochoso. Nas áreas de areia, os ventos criam dunas que podem ultrapassar 30 m de altura. O país inclui uma parte considerável do Deserto da Líbia, o qual faz parte do Saara, a "terra vermelha", como os chamavam os antigos egípcios, que protegia o reino dos faraós de ameaças a oeste. Os outros desertos são o Oriental ou Arábico, que ocupa a faixa entre a margem direita do Nilo e o Mar Vermelho, e o do Sinai, na península da Arábia.
Além da capital, Cairo, as outras cidades importantes do Egito são Alexandria, Almançora, Assuão, Assiut, El-Mahalla El-Kubra, Gizé, Hurghada, Luxor, Kom Ombo, Safaga, Porto Said, Sharm el Sheikh, Shubra El-Kheima, Suez e Zagazig. Os principais oásis são Bahariya, Dakhla (ou Dakhleh), Farafra, Kharga e Siuá (ou Siwa).
O Rio Nilo em Assuão.[editar] Hidrografia
A grande bacia hidrográfica do país é a do Nilo, cujo curso total, com 6 696 km de extensão, é único a atravessar os desertos do NE africano até atingir o Mediterrâneo. A região do vale do Nilo, situada ao sul de Assuão, é quase desértica. A partir de Assuão, onde se localizam a primeira catarata e a grande represa do mesmo nome, o rio corre num leito estreito (2 a 10 km de largura), atingido sua largura máxima em Kom-Ombo (15Km). Nessa região, o vale é ladeado por uma cadeia de colinas rochosas com altitude média de 300 m. A 5 km ao norte do Cairo, o rio divide-se em dois braços principais, formando um dos delta mais férteis do mundo.
[editar] Clima
A precipitação é baixa no Egito, excepto nos meses de inverno nas regiões mais a norte.[19] Ao sul do Cairo, a precipitação média é de apenas cerca de 2 a 5 mm ao ano, em intervalos de muitos anos. Numa faixa estreita do litoral norte, chega a 410 mm,[20] concentrada principalmente entre Outubro e Março. As montanhas do Sinai e algumas cidades litorâneas ao norte, como Damieta, Baltim, Sidi Barrany e, mais raramente, Alexandria, vêem neve.
As temperaturas médias situam-se entre 27 e 32 °C no verão, chegando a 43 °C no litoral do mar Vermelho, e entre 13 e 21 °C no inverno. Um vento constante de noroeste ajuda a baixar a temperatura no litoral mediterrâneo. Outro vento, o Khamsin, sopra do sul na primavera, trazendo areia e poeira, e pode elevar a temperatura no deserto para mais de 38 °C.
[editar] Demografia
Ver artigo principal: Demografia do Egito
Alexandria, a segunda cidade mais populosa do Egito.A população do Egito, concentrada nas margens do Nilo, no Delta e na região próxima ao canal de Suez, é estimada em 81 milhões de habitantes (2008), o que o faz o segundo mais populoso de África.
A esperança média de vida ao nascer é de 71,85 anos (estimativa de 2008), distribuída em 69,3 anos para os homens e 74,52 anos para as mulheres.[carece de fontes?]
Os egípcios são um grupo étnico resultante da fusão dos descendentes da população autóctone do Antigo Egito com gregos, árabes (a partir do século VII) e turcos.
Cerca de 42% dos egípcios vivem em cidades. As mais populosas são o Cairo (a cidade mais populosa do continente africano com 6 789 000 habitantes, segundo dados de 1998) e Alexandria (3 328 000 habitantes). Ao longo do século XX verificou-se uma migração das populações rurais para as cidades, o que se traduziu no surgimento nestas de problemas de saneamento básico, poluição e falta de habitações condignas.[carece de fontes?]
Os núbios são um grupo minoritário do país, oriundo de uma região corresponde ao sul do Egito e ao norte do Sudão. Quando as suas terras foram submergidas pelo Lago Nasser, tiveram que mudar-se para Kom Ombo.[carece de fontes?] No século XIX fixaram-se no Egito comunidades estrangeiras compostas por gregos, italianos, britânicos e franceses; desde que se deu a independência do país, estas populações têm diminuído. A outrora ativa e influente comunidade judaica egípcia praticamente desapareceu; alguns judeus visitam o país em ocasiões religiosas.
Cidades mais populosas do Egito ver • editar
Posição Cidade Subdivisão População Posição Cidade Subdivisão População
Cairo
Alexandria
Gizé
1 Cairo Cairo 8 105 071 11 Assiut Assiut 403 202
2 Alexandria Alexandria 4 388 219 12 Ismaília Ismaília 352 411
3 Gizé Gizé 3 348 401 13 Faium Faium 338 959
4 Shubra El-Kheima Al-Qalyūbiyah 1 072 951 14 El Zagazig Sharkia 314 331
5 Port Said Port Said 607 353 15 Damieta Damieta 299 296
6 Suez Suez 547 352 16 Assuã Assuã 281 891
7 Luxor Luxor 487 896 17 Menia Menia 253 767
8 El Mansura Dakahlia 480 494 18 Damanhoor Al-Buhaira 252 017
9 El-Mahalla El-Kubra Garbia 458 297 19 Beni Suef Beni Suef 223 789
10 Tanta Garbia 437 793 20 Hurghada Mar Vermelho 223 124
Fonte: World Gazeetter, estimativas para 2010[21]
[editar] Religião
Uma das numerosas mesquitas do Cairo.A religião maioritária do Egito é o islã sunita, aproximadamente 90% da população[22][23][24]. A maior minoria religiosa são os coptas (9% da população). Outras minorias religiosas são os ortodoxos gregos e armênios, tanto católicos quanto protestantes.
Nesta zona viviam os judeus, ainda que em pequeno número de importância econômica. Eles abandonaram o país em 1956, quando forças armadas de Israel, França e Grã-Bretanha atacaram o Egito.
Em 1992 começou uma campanha de violência armada, concentrado em Cairo e no Alto Egito, cujo principal objetivo era estabelecer um governo baseado em uma lei islâmica escrita. As principais vítimas da violência foram funcionários governamentais e turistas. A Organização de Direitos Humanos determinou que o governo egípcio parasse a discriminação contra as vítimas. As leis relativas à construção das igrejas e a prática aberta da religião têm recentemente diminuído, mas o importante trabalho de construção nas igrejas ainda requerem a permissão do governo.
[editar] Política
Ver artigo principal: Política do Egito
O Egito é uma república desde 18 de Junho de 1953.
Mohamed Hosni Mubarak, o atual presidente do Egito, durante o Fórum Econômico Mundial de 2008.Mohamed Hosni Mubarak assumiu a presidência do país em 14 de Outubro de 1981, após o assassinato de Anwar Sadat, e, em 2008, estava no seu quinto mandato. Mubarak é o chefe do Partido Democrático Nacional, no poder.
Embora o país seja formalmente uma república semipresidencialista multipartidária, na qual o poder executivo é compartilhado entre o presidente e o primeiro-ministro, na prática o presidente controla o governo e tem sido eleito como candidato único há mais de cinquenta anos. A última eleição presidencial ocorreu em Setembro de 2005.
Em Fevereiro de 2005, Mubarak anunciou uma reforma na lei eleitoral, de modo a permitir uma eleição presidencial multipartidária. Entretanto, a nova lei instituiu restrições draconianas para as candidaturas a presidente, impedindo que políticos conhecidos se candidatassem e permitindo a reeleição de Mubarak em Setembro daquele ano.[25] O pleito foi criticado por alegadas acusações de interferência governamental, fraude e violência policial contra manifestantes da oposição.[26] Como resultado, muitos egípcios parecem cépticos quanto ao processo de redemocratização, já que menos de 25% dos 32 milhões de eleitores compareceram às urnas em 2005.
Em 19 de Março de 2007, o parlamento aprovou 34 emendas constitucionais que proíbem os partidos de usar a religião como base para atividades políticas, autorizam o presidente a dissolver o parlamento e impedem a supervisão judicial das eleições.[27]
O poder legislativo é exercido pela Assembleia Popular, um parlamento unicameral composto por 454 membros. Destes, 444 são eleitos por voto popular para um mandato de cinco anos; os restantes 10 são nomeados pelo presidente da República. Entre as funções da Assembleia Popular estão aprovar o orçamento, fixar os impostos e aprovar os programas de governo. Para além da Assembleia, existe um Conselho Consultivo composto por 264 membros, 176 dos quais são eleitos através de voto popular e 88 nomeados pelo presidente.
Diversas organizações locais e internacionais de direitos humanos, como a Amnistia Internacional e a Human Rights Watch, criticam o histórico egípcio referente aos direitos humanos. As violações mais sérias incluem tortura, detenções arbitrárias e julgamentos perante tribunais militares e de segurança do Estado.[28] Também há críticas relativas ao estatuto da mulher e das minorias religiosas.
Missões diplomáticas do Egito.[editar] Política externa
Ver página anexa: Missões diplomáticas do Egito
O Egito exerce uma grande influência política na África e no Médio Oriente[carece de fontes?] e as suas instituições intelectuais e islâmicas estão no centro do desenvolvimento social e cultural da região. A sede da Liga Árabe encontra-se no Cairo; tradicionalmente, o secretário-geral da organização é egípcio.
O Egito foi o primeiro país árabe a estabelecer relações diplomáticas com Israel depois da assinatura dos acordos de Camp David, em 1978.
O ex-vice-primeiro-ministro Boutros Boutros-Ghali foi secretário-geral das Nações Unidas entre 1991 e 1996.
[editar] Símbolos nacionais
Ver artigos principais: Bandeira do Egito, Brasão de armas do Egito, Hino nacional do Egito.
A bandeira nacional é composta por 3 faixas horizontais de mesmo tamanho. As faixas são vermelha, branca e preta. A origem dos elementos desta bandeira está no Império Turco-Otomano.
O brasão de armas (em árabe: شعار مصر) é composto por uma águia dourada a olhar para a esquerda (dexter). A "águia de Saladino" ostenta uma inscrição nas suas garras em que o nome do estado aparece escrito em árabe, Jumhuriyat Misr al-Arabiya ("República Árabe do Egito"). A águia carrega no seu peito um escudo com as cores da bandeira - mas com uma vertical, em vez de uma configuração horizontal.
"Bilady, Bilady, Bilady" (Minha Pátria, Minha Pátria, Minha Pátria) é o hino nacional do Egito, composto por Sayed Darwish.
[editar] Subdivisões
Ver artigo principal: Subdivisões do Egito
O Egito divide-se administrativamente em 27 províncias (mohafazat, em árabe); administradas por governadores nomeados pelo presidente:
Províncias do Egito.
O "Deserto Branco", na região de Farafra, Deserto da Líbia, a cerca de 300 km a ocidente de Assuão.
Um uádi no deserto do Sinai.No. Nome Área (km²) População (2006) Capital
1 Dakahlia 3 471 4 985 187 Almançora[29]
2 Mar Vermelho[30] 203 685 288 233 Hurghada
3 Al-Buhaira[31] 10 130 4 737 129 Damanhur
4 Faium[32] 1 827 2 512 792 Faium
5 Garbia[33] 1 942 4 010 298 Tanta
6 Alexandria 2 679 4 110 015 Alexandria
7 Ismaília[34] 1 442 942 832 Ismaília
8 Guizé[35] 85 153 6 272 571 Guizé
9 Monufia 1 532 3 270 404 Xibin El Kom
10 Minya 32 279 4 179 309 Minya
11 Cairo 214 7 786 640 Cairo
12 Qaliubia 1 001 4 237 003 Banha
13 Luxor 55 451 318 Luxor
14 Vale Novo[36] 376 505 187 256 Kharga
15 Xarqia[37] 4 180 5 340 058 Zagazig
16 Suez 17 840 510 935 Suez
17 Assuão[38] 679 1 184 432 Assuão
18 Assiut[39] 25 926 3 441 597 Assiut
19 Beni Suef 1 322 2 290 527 Beni Suef
20 Porto Said[40] 72 570 768 Porto Said
21 Damieta 589 1 092 316 Damieta
22 Sinai do Sul 33 140 149 335 El-Tor
23 Kafr el-Sheikh 3 437 2 618 111 Kafr el-Sheikh
24 Matruh 212 112 322 341 Marsa Matruh
25 Qina 1 851 3 001 494 Qina
26 Sinai do Norte 27 574 339 752 Alarixe[41]
27 Sohag 1 547 3 746 377 Sohag
[editar] Economia
Ver artigo principal: Economia do Egito
Centro da cidade do Cairo à noite, o mais importante polo econômico do país.A economia do Egito baseia-se principalmente na agricultura, media, exportações de petróleo[carece de fontes?] e turismo. Mais de três milhões de egípcios trabalham no exterior, em especial na Arábia Saudita, no golfo Pérsico e na Europa. A construção da barragem de Assuão e do lago Nasser, em 1971, alterou a influência histórica do rio Nilo sobre a agricultura e a ecologia do país. O rápido crescimento populacional, a quantidade limitada de terra cultivável e a dependência do rio Nilo continuam a sobrecarregar os recursos e a economia.
O governo tem lutado para preparar a economia para o novo milênio, por meio de reformas económicas e investimentos maciços em comunicações e infra-estrutura física. Desde 1979, o Egito recebe em média 2,2 mil milhões de dólares em ajuda dos Estados Unidos. Sua principal fonte de renda, porém, é o turismo, bem como o tráfego do canal de Suez.
O turismo é uma grande fonte de renda para o Egito. Na imagem, um barco tradicional do Nilo, na zona de Zamalek, Cairo.O país dispõe de um mercado de energia desenvolvido e que se baseia no carvão, petróleo, gás natural e hidroelétricas. O nordeste do Sinai possui depósitos de carvão consideráveis, que são explorados à taxa de cerca de 600 000 toneladas ao ano. Produzem-se petróleo e gás nas regiões desérticas a oeste, no golfo de Suez e no delta do Nilo. As reservas egípcias de gás são enormes, estimadas em mais de 1 100 000 metros cúbicos nos anos 1990, e o país exporta GLP.
Após um período de estagnação, a economia começou a melhorar, com a adopção de políticas económicas mais liberais, que se juntaram ao aumento das receitas turísticas e a um mercado de acções em alta. No seu relatório anual, o FMI avaliou o Egito como um dos principais países do mundo a empreender reformas económicas, que incluem um corte dramático das tarifas de importação. Um novo código tributário, promulgado em 2005, reduziu de 40% para 20% o imposto de renda das pessoas jurídicas e permitiu aumentar a arrecadação em 100% em 2006.
A captação de investimento estrangeiro direto (IED) aumentou consideravelmente nos últimos anos, chegando a mais de 6 mil milhões de dólares em 2006, devido às medidas de liberalização económica. Espera-se que o Egito ultrapasse a África do Sul como maior captador africano de IED em 2007.
Um dos principais obstáculos com que se defronta a economia é a distribuição de renda. Muitos egípcios criticam o governo pelos altos preços de produtos básicos, já que seu padrão de vida e poder aquisitivo permanecem relativamente estagnados.
O PIB do Egito alcançou 107 484 mil milhões de dólares em 2006.[42] Os principais parceiros comerciais do Egipo são os Estados Unidos, a Itália, o Reino Unido e a Alemanha.
O Egito está listado entre as economias dos "Próximos Onze".
[editar] Cultura
Ver artigo principal: Cultura do Egito
[editar] Feriados nacionais
Data Nome em português Nome local
13 de abril Festa da Águia Aguy Misr Pap
A Turquia (Türkiye, em turco), cujo nome oficial é República da Turquia (Türkiye Cumhuriyeti), é um país eurasiático constituído por uma pequena parte europeia, a Trácia, e uma grande parte asiática, a Anatólia. Tem limite com oito países: a Bulgária a noroeste, a Grécia a oeste, a Geórgia a nordeste, a Arménia, o Irão e o Nakichevan azerbaijano/Azerbaijão a leste, o Iraque e a Síria a sudeste. É banhada pelo Mar Negro ao norte, pelo Egeu e o Mar de Mármara a oeste e pelo Mediterrâneo ao sul. Sua capital é Ancara.
Nos termos da constituição turca, a Turquia é uma república democrática, secular e constitucional cujo sistema político foi estabelecido em 1923, após o fim do Império Otomano. Atualmente, negocia sua adesão como membro pleno da União Europeia.
A Turquia e seus Estados antecessores foram uma ponte entre as culturas ocidental e oriental e o centro de diversas grandes civilizações.
Índice [esconder]
1 História
2 Geografia
3 Demografia
3.1 Religião
4 Política
4.1 Símbolos nacionais
5 Subdivisões
6 Economia
7 Infraestrutura
7.1 Educação
8 Cultura
9 Referências
10 Ver também
11 Ligações externas
[editar] História
Ver artigos principais: Anatólia, Império Bizantino, Império Otomano, História da Turquia.
Parte dos lendários muros de Troia (VII), identificado como cenário da Guerra de Troia (ca. 1200 a.C.).Devido a sua posição estratégica entre a Ásia e a Europa, a Anatólia foi o berço de diversas civilizações desde os tempos pré-históricos, como atestam alguns assentamentos neolíticos. A povoação de Troia começa no Neolítico e adentra a Idade do Ferro. Ao longo da história, os anatólios falaram línguas indo-europeias, semíticas e kartvelianas, bem como algumas de afiliação incerta. Dentre os povos da Idade do Ferro que colonizaram ou invadiram a Anatólia, podem-se destacar os frígios, os hititas, os lídios, os lícios, os celtas, os urartu, os curdos, os cimérios, os armênios, os persas e os gregos.
À conquista gradual da Anatólia das mãos dos bizantinos pelos turcos seljúcidas seguiu-se a constituição do Império Otomano. No final do século XVI, no zênite de sua civilização, o Império Otomano incluía a Anatólia, os Bálcãs, o norte da África, o Oriente Médio, a Europa Oriental e o Cáucaso, com uma área total de 5,6 milhões km². Os otomanos interagiram com culturas a leste e a oeste ao longo de seus 624 anos de história.
O Império Otomano em 1683.Nos séculos XVI e XVII, o Império Otomano era um dos Estados mais poderosos do mundo, frequentemente colidindo com as potências da Europa Oriental, ao avançar através dos Bálcãs e da porção sul da Comunidade Polaco-Lituana. Sua marinha também era uma força considerável no Mediterrâneo. Em diversas ocasiões, o exército otomano atingiu a Europa Central, cercando Viena em 1529 e 1683, numa tentativa de conquistar o território dos Habsburgos. Foi repelido apenas por meio de grandes coalizões terrestres e marítimas formadas por potências europeias.
Após anos de declínio, o Império Otomano entrou na Primeira Guerra Mundial ao lado da Alemanha, em 1914. Derrotado ao final do conflito, as potências europeias procuraram partilhar o Império por intermédio do tratado de Sèvres. A consequente ocupação grega de İzmir, com o apoio dos Aliados, resultou num movimento nacionalista turco iniciado em 19 de maio de 1919 e chefiado por Mustafa Kemal Pasha. Kemal buscou revogar o tratado, que havia sido assinado pelo sultão em Istambul, mobilizando toda a sociedade turca no que viria a transformar-se na Guerra de Independência Turca.
Mustafa Kemal Atatürk, fundador e primeiro presidente da República da Turquia.Em setembro de 1922, as forças estrangeiras de ocupação haviam sido expulsas. Em 1º de novembro, a Grande Assembleia Nacional Turca aboliu o cargo de sultão, pondo termo a 631 anos de domínio otomano. Em 1923, o tratado de Lausanne reconheceu a soberania da nova República da Turquia. Kemal - que viria a ser conhecido como Atatürk ("pai dos turcos") - tornou-se o primeiro presidente da República e instituiu reformas abrangentes com o objetivo de modernizar o país.
A Turquia ingressou na Segunda Guerra Mundial do lado dos Aliados, na fase final do conflito, e tornou-se membro das Nações Unidas. As exigências da União Soviética no sentido de que a Turquia permitisse a instalação de bases militares nos estreitos turcos fizeram com que os Estados Unidos declarassem sua intenção de garantir a segurança do país, com consequente apoio militar e econômico americano.
A Turquia aderiu à OTAN em 1952. Em 1974, interveio militarmente em Chipre, em reação a um golpe de gregos cipriotas, levando à criação da República Turca de Chipre do Norte, não reconhecida por nenhum outro Estado exceto a Turquia.
A República da Turquia vivenciou uma série de golpes e, a partir dos anos 1970, períodos de instabilidade política e dificuldades econômicas. As eleições de 2002 levaram ao poder central o Partido da Justiça e Desenvolvimento, conservador, chefiado pelo ex-prefeito de Istambul, Recep Tayyip Erdoğan. Em 2005, a União Europeia iniciou o processo de negociação com vistas à eventual adesão plena do país, que já é membro associado desde 1964.
[editar] Geografia
Ver artigo principal: Geografia da Turquia
Imagem de satélite da Turquia.O território da Turquia (coordenadas 36° a 42° N e 26° a 45° E) encontra-se na Eurásia e apresenta um formato aproximadamente retangular, com uma extensão L-O de 1.660 km e N-S de menos de 800 km. A área total do país, inclusive as superfícies lacustres, totaliza 779.452 km², dos quais 97% (755.688 km²) se encontram na Anatólia (também conhecida como Ásia Menor), no oeste da Ásia, e 3% (23.764 km²), na Europa (a chamada Trácia). É o 36º país em território, comparável em área ao Chile, sendo um pouco menor do que o estado brasileiro do Mato Grosso.
A Anatólia é formada por um planalto central alto e planícies litorâneas estreitas, com os Montes Tauros ao sul. O terreno interior da Anatólia torna-se progressivamente mais acidentado à medida que avança para o leste, ali encontrando-se rios como o Eufrates e o rio Tigre, bem como o Lago Van e o Monte Ararat (5.137 m), este o ponto culminante da Turquia.
Monte Ararat, o ponto mais alto da Turquia.As diversas regiões da Turquia apresentam climas diferentes. Os litorais egeu e mediterrâneo têm invernos frios e chuvosos e verões quentes e relativamente secos. As montanhas próximas ao litoral impedem que a influência do Mediterrâneo avance para o interior, conferindo às regiões longe da costa um clima continental com estações diferenciadas. O planalto central anatólio é mais sujeito a extremos do que as regiões litorâneas, apresentando invernos especialmente rigorosos.
A principal cidade do país, Istambul (anteriormente chamada Bizâncio, depois Constantinopla), encontra-se entre a Trácia e a Anatólia, dividida ao meio pelo estreito do Bósforo. Trata-se da única cidade do mundo a cavaleiro de dois continentes.
[editar] Demografia
Ver artigo principal: Demografia da Turquia
A maior parte da população da Turquia pertence ao grupo étnico turco. Há minorias étnicas formadas por gregos, armênios e judeus, reconhecidas pelo tratado de Lausanne. Outros grupos étnicos incluem abecásios, albaneses, árabes, bósnios, chechenos, ciganos, circassianos, curdos, geórgios, hemichis, kabaris, lazos, levantinos, ossetas, pomaks, siríacos e zazas; dentre estes, o grupo não-túrquico mais numeroso é o curdo, concentrado no sudeste do país. Afora os grupos reconhecidos por Lausanne, o grau de assimilação das minorias étnicas à sociedade turca é alto.
Embora a língua turca seja o único idioma oficial do país, há transmissões de mídia em árabe, bósnio, circassiano e curdo.
A população turca é relativamente jovem, com mais de um quarto na faixa de 0-14 anos. A expectativa de vida é de 70,2 anos para homens e 75,2 anos para mulheres, com uma média de 72,6 anos. Muitos nacionais turcos emigraram para a Europa Ocidental após a Segunda Guerra Mundial (especialmente para a Alemanha), de modo a formar consideráveis comunidades no exterior.
Cidades mais populosas da Turquia ver • editar
Posição Cidade Província População Posição Cidade Província População
Istambul
Ancara
Esmirna
1 Istambul Istanbul 12 573 836 11 Diyarbakır Diyarbakır 1 460 714
2 Ancara Ankara 4 466 756 12 Izmit Kocaeli 1 437 926
3 Esmirna Esmirna 3 739 353 13 Antakya Hatay 1 386 224
4 Bursa Bursa 2 439 876 14 Manisa Manisa 1 319 920
5 Adana Adana 2 006 650 15 Samsun Samsun 1 228 959
6 Konya Konya 1 959 082 16 Kayseri Kayseri 1 165 088
7 Antália Antália 1 789 295 17 Balıkesir Balıkesir 1 118 313
8 Mersin Mersin 1 595 938 18 Kahramanmaraş Kahramanmaraş 1 004 414
9 Gaziantep Gaziantep 1 560 023 19 Van Van 979 671
10 Şanlıurfa Şanlıurfa 1 523 099 20 Aydın Aydın 946 971
Números populacionais baseados no censo de 2007[5]
[editar] Religião
A Mesquita Azul, em Istambul.Nominalmente, 99% da população da Turquia são considerados muçulmanos, em sua maioria pertencentes ao ramo sunita do Islão. Há também uma minoria significativa de xiitas duodecimanos.
O restante da população (1%) pertence a outras religiões, principalmente cristãos (ortodoxos gregos, apostólicos armênios, ortodoxos siríacos, católicos romanos e protestantes), judeus e bahá'ís.
Diferentemente de outras sociedades muçulmanas, a Turquia possui uma forte tradição secularista. Embora o Estado não promova nenhuma religião, observa de modo constante o relacionamento entre as diversas fés. A constituição proíbe a discriminação com base na religião e prescreve a liberdade religiosa. Por outro lado, veda o envolvimento das comunidades religiosas no processo político-partidário.
O Patriarca Ortodoxo é o chefe da Igreja Ortodoxa Grega na Turquia e atua também como chefe espiritual de todas as igrejas ortodoxas no mundo.
[editar] Política
Ver artigo principal: Política da Turquia
A Grande Câmara da Grande Assembleia Nacional da Turquia em Ancara.A Turquia é uma república democrática, multipartidária e secular, com um sistema de governo parlamentarista. O presidente da República, eleito pela Grande Assembleia Nacional para um mandato de sete anos, é o chefe de Estado. O governo é chefiado por um primeiro-ministro e composto pelo conselho de ministros. O poder Legislativo compete ao governo e à Grande Assembleia Nacional. O poder Judiciário é independente do Executivo e do Legislativo.
As forças armadas da Turquia exercem um papel informal na política do país, autodefinindo-se como as guardiãs da natureza secular e unitária da república. Os partidos políticos considerados anti-seculares ou separatistas pelo Judiciário podem ser proibidos.
A Turquia é membro das Nações Unidas e do Conselho da Europa, bem como de OTAN, OCDE, OSCE e OCI. Atualmente, prosseguem as negociações para a acessão do país à União Europeia.
[editar] Símbolos nacionais
Ver artigos principais: Bandeira, Brasão de armas e Hino nacional da Turquia.
A bandeira nacional é composta por uma crescente e uma estrela num fundo vermelho. A lua crescente e a estrela são símbolos referentes à religião islâmica. Sua explicação é encontrada em lendas variadas da própria região.
A República da Turquia não tem um brasão de armas oficial. Em vez disso, possui um logo usado por muitas instituições do governo. O logo é oval e vermelho, contendo uma crescente orientada verticalmente e a estrela da bandeira da Turquia, sustentada pelo nome oficial do país na língua turca.
İstiklâl Marşı é o hino nacional da Turquia, composto por Mehmet Akif Ersoy, com música de Osman Zeki Üngör. O poema possui 10 estrofes, mas apenas as duas primeiras são cantadas.
[editar] Subdivisões
Ver artigo principal: Subdivisões da Turquia
Para fins geográficos, o país divide-se em sete regiões: Mármara (Turquia europeia e vizinhança asiática do Mar de Mármara), Egeu (oeste), Mediterrâneo (sul), Anatólia Central, Anatólia Oriental, Anatólia do Sudeste e Mar Negro (norte). Oficialmente, divide-se em 81 províncias.
[editar] Economia
Ver artigo principal: Economia da Turquia
A economia turca constitui-se num misto complexo de indústria e comércio modernos e um setor agrícola tradicional que, em 2005, ainda era responsável por 30% dos empregos. A Turquia dispõe de um setor privado forte e em rápido crescimento, mas o Estado ainda desempenha um papel preponderante nas áreas de indústria de base, bancos, transporte e comunicações.
Centro financeiro de Istambul.A Turquia iniciou uma série de reformas nos anos 1980 com o objetivo de reorientar a economia de um sistema estatista e isolado para um modelo mais voltado para o setor privado. As reformas provocaram um crescimento econômico acelerado, embora com episódios de forte recessão e crises financeiras em 1994, 1999 e 2001. A incapacidade de implementar reformas adicionais, combinada com déficits públicos grandes e crescentes e corrupção generalizada, resultou em inflação alta, volatilidade econômica e um setor bancário fraco. O governo viu-se então forçado a deixar a lira turca flutuar e a adotar um programa de reformas econômicas mais ambicioso, inclusive com uma política fiscal mais rígida e com níveis sem precedentes de empréstimos do FMI.
Em 2002 e 2003, as reformas começaram a dar resultados e o governo logrou estabilizar as taxas de juros e pagar a dívida pública. Desde então, a inflação e a taxa de juros têm decrescido consideravelmente. A economia cresceu à ordem de 7,5% ao ano entre 2002 e 2005.
Em 1º de janeiro de 2005, a lira turca foi substituída pela nova lira turca, com o corte de seis zeros.
Em 2005, a Turquia atraiu US$9.6 bilhões em investimento direto estrangeiro, resultado do programa econômico que incluiu grandes privatizações, a estabilidade provocada pelo início das negociações para a adesão à União Europeia, o crescimento econômico e mudanças estruturais nos setores bancário, de varejo e de telecomunicações.
Em 2005, o PIB turco foi de US$612.3 bilhões (PPC), com um PIB per capita de US$8,200 e inflação de 8,2%. Com exportações de US$72,5 bilhões e importações de US$101,2 bilhões (2005, FOB), seus principais parceiros comerciais são a Alemanha, o Reino Unido, a Itália, os Estados Unidos, a França e a Espanha.
[editar] Infraestrutura
[editar] Educação
Ver artigo principal: Educação na Turquia
Universidade de Istambul.
Estudantes turcos na escola em Istambul.A educação é obrigatória e gratuita para a faixa escolar do ensino fundamental, entre 6 e 14 anos de idade. Em 2001, quase 100% das crianças naquela idade escolar estavam matriculadas. Cerca de 95% dos alunos dos ensinos fundamental e médio freqüentam escolas públicas, embora a classe média procure, cada vez mais, escolas particulares, devido à qualidade irregular do ensino público.
Em 2001, havia cerca de 1200 instituições de ensino superior, das quais 85 são universidades. Há universidades públicas e privadas na Turquia.
Em 2008, uma lei gerou polêmica entre os laicos. Os deputados aprovaram uma lei que permite o uso do véu islâmico pelas mulheres nas universidades. Os manifestantes alegam que "A Turquia é laica, e assim continuará".[6] Alguns meses depois, o véu foi novamente proibido. [7]
[editar] Cultura
Ver artigo principal: Cultura da Turquia
A diversidade da cultura turca reflete a mistura de vários elementos das tradições otomanas, europeias e islâmicas. Após a transformação do país num Estado moderno com nítida separação entre mesquita e Estado, o governo investiu consideravelmente na área de belas artes, inclusive museus, teatros e arquitetura. Hoje, a economia turca é suficientemente próspera para que o setor privado também financie manifestações artísticas.
A cultura da Turquia equilibra-se entre a aspiração de ser "moderna" e ocidental, por um lado, e a necessidade de manter valores tradicionais religiosos e históricos.
Os Emirados Árabes Unidos (por vezes grafado erroneamente Emiratos[6] abreviado como EAU; em árabe: دولة الإمارات العربية المتحدة, Dawlat al-Imārāt al-‘Arabīyah al-Muttaḥidah) são uma confederação de estados de grande autonomia, chamados emirados, situada no sudeste da Península Arábica, no Sudoeste Asiático no Golfo Pérsico. Os Emirados Árabes Unidos fazem fronteira com Omã e com a Arábia Saudita. Os sete emirados são Abu Dhabi, Dubai, Sharjah, Ajman, Umm al-Quwain, Ras al-Khaimah e Fujairah. A capital e segunda maior cidade dos Emirados Árabes Unidos é Abu Dhabi. A cidade também é o centro de atividades políticas, industriais e culturais.[7]
Antes de 1971, os Emirados Árabes Unidos eram conhecidos como Estados da Trégua, em referência a uma trégua do século XIX entre o Reino Unido e vários Xeques Árabes. O nome Costa Pirata também foi utilizado em referência aos emirados que ocupam a região do século XVIII até o início do século XX.[8]
O sistema político dos Emirados Árabes Unidos, baseado na Constituição de 1971, dispõe de vários órgãos ligados intrinsecamente. O islã é a religião oficial e o idioma árabe, a língua oficial.[9]
Os Emirados Árabes Unidos têm a sexta maior reserva de petróleo do mundo[10] e possui uma das mais desenvolvidas economias do Oriente Médio. O país tem, atualmente, a trigésima sexta maior economia a taxas de câmbio de mercado do mundo, e é um dos países mais ricos do mundo por Produto Interno Bruto per capita, com um PIB nominal per capita de US$ 54 607, de acordo com o Fundo Monetário Internacional.[11] O país classifica-se na décima quarta posição em paridade de poder de compra per capita e tem, relativamente, um Índice de Desenvolvimento Humano conisderado 'muito elevado', ocupando o 35º lugar.[12] Os Emirados Árabes Unidos são classificados como tendo uma alta renda de desenvolvimento da economia pelo FMI.
Os Emirados Árabes Unidos são um membro fundador do Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do Golfo Pérsico, e um membro da Liga Árabe. A nação também é membro da Organização das Nações Unidas, da Organização da Conferência Islâmica, da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, e da Organização Mundial do Comércio.
Índice [esconder]
1 História
1.1 Origens
1.2 Advento do Islã
1.3 Controle português
1.4 Domínio britânico e otomano
1.5 A ascensão e queda da indústria de pérolas
1.6 O início da era do petróleo
1.7 Xeque Zayed e a União
2 Geografia
3 Demografia
4 Política
4.1 Símbolos nacionais
5 Subdivisões
6 Economia
7 Cultura
8 Referências
9 Ver também
10 Ligações externas
[editar] História
Ver artigo principal: História dos Emirados Árabes Unidos
[editar] Origens
Um torre de vigia do século XVIII, em Hatta.A habitação humana mais antiga dos Emirados Árabes Unidos data do período neolítico, c. 5500 a.C.. Nesta fase, há provas de interação com o mundo exterior, em particular com civilizações ao norte. Estes contatos persistiram e tornaram-se abrangentes, provavelmente motivados pelo comércio do cobre nas Montanhas Hajar, que teve início por volta de 3000 a.C..[13] O comércio exterior, tema recorrente na história desta região estratégica, floresceu também em períodos posteriores, facilitado pela domesticação do camelo e o fim do segundo milénio a.C..[14]
Por volta do primeiro século d.C., o tráfico terrestre entre a Síria e cidades do sul do Iraque começou, seguido pela viagem marítima ao importante porto de Omana (hoje em dia, chama-se Umm al Qaywayn) e, daí para a Índia, sendo uma alternativa para a rota do Mar Vermelho usada pelos romanos.[15] Pérolas haviam sido exploradas na região durante milênios, mas neste momento, o comércio atingiu novos patamares. Viagens marítimas também foram um esteio e feiras importantes foram feitas em Dibba, trazendo mercadores de regiões longínquas, como por exemplo, a China.[16]
[editar] Advento do Islã
A chegada dos enviados do profeta Maomé, em 630, anunciava a conversão da religião para o Islã. Após a morte de Maomé, uma das maiores batalhas das Guerras da Apostasia foi travada em Dibba, resultando na derrota dos não-muçulmanos e o triunfo do Islã na Península Arábica.
Em 637, Julfar (hoje Ras al Khaimah) era uma plataforma para a conquista do Irã. Durante muitos séculos, Julfar tornou-se um porto rico e um centro de pérolas, as quais viajavam por todo o Oceano Índico.
[editar] Controle português
A expansão portuguesa adentro do Oceano Índico, no início do século XVI, seguindo a rota de exploração do navegador Vasco da Gama, presenciou a batalha dos Turco-otomanos pela costa do Golfo Pérsico. Os portugueses controlaram esta área durante cerca de 150 anos, conquistando assim, os habitantes da Península Arábica.[17] Vasco da Gama foi ajudado por Ahmad Ibn Majid, um navegador e cartógrafo árabe de Julfar, a encontrar a rota das especiarias da Ásia.[18][19]
[editar] Domínio britânico e otomano
A bandeira da "Costa da Trégua".Em seguida, algumas partes da nação caíram perante à influência direta do Império Otomano durante o seculo XVI.[20] Posteriormente, a região ficou conhecida pelos britânicos como a "Costa Pirata", por causa de invasores que ali se concentravam que assediaram o setor marítimo, apesar de tanto navios europeus, quanto árabes patrulharem a área do século XVII ao século XIX.[21] Expedições britânicas para proteger o comércio indiano de invasores de Ras al-Khaimah levaram à campanhas contra estas sedes e outros portos ao longo da costa em 1819. No ano seguinte, um tratado de paz foi assinado, ao qual todos os xeques aderiram. As invasões continuaram de forma intermitente até 1835, quando os xeques não concordaram em participar das hostilidades do mar. Em 1853, eles assinaram um tratado com o Reino Unido, sob qual os xeques (os "Xeques da Trégua") concordaram com uma "trégua marítima perpétua". O tratado foi executado pelo Reino Unido, porém disputas entre os xeques foram encaminhadas para os britânicos para uma resolução.[22]
Principalmente em reação à ambição de outros países europeus, o Reino Unido e os Xeques da Trégua estabeleceram vínculos mais próximos em um tratado, em 1892, semelhante a outros tratados assinados entre o Reino Unido e outros principados do Golfo Pérsico. Os xeques não concordaram em ceder qualquer território, exceto ao Reino Unido, e não estabelecer relações com qualquer governo estrangeiro, sem que seja o UK, sem seu consentimento. Em troca, os ingleses prometeram proteger a Costa da Trégua de qualquer agressão marítmima e ajudar em caso de ataque terrestre.[23]
[editar] A ascensão e queda da indústria de pérolas
Durante o século XIX e o início do século XX, a indústria de pérolas prosperou, proporcionando renda e emprego para o povo do Golfo Pérsico. Isto começou a se tornar um bom recurso econômico para a população local. Então, a Primeira Guerra Mundial teve um severo impacto na pesca de pérolas, porém foi a depressão econômica no final da década de 1920 e início da década de 1930, junto com a invasão japonesa das perolas cultivadas, que destruiu a indústria da pérola. A indústria finalmente desapareceu após a Segunda Guerra Mundial, quando o recém-independente governo da Índia impôs altos impostos nas pérolas importadas dos Estados árabes do Golfo Pérsico.[24] O declínio das pérolas resultou em uma era muito difícil, com poucas oportunidades de construir uma boa infra-estrutura.
[editar] O início da era do petróleo
No início da década de 1930, a primeira empresa petrolífera dos EAU realizou inquéritos preliminares e então, o primeiro carregamento de petróleo bruto foi exportado de Abu Dhabi em 1962. Como aumento das receitas do petróleo, o Governador de Abu Dhabi, o Xeque Zayed bin Sultan Al Nahyan, empreendeu um programa de construções, construindo escolas, moradias, hospitais e rodovias. Quando as exportações de petróleo de Dubai começaram, em 1969, o Xeque Rashid bin Saeed Al Maktoum, governante de Dubai de facto, também foi capaz de utilizar as reservas de petróleo para melhorar a qualidade de vida da população.[25]
Em 1955, o Reino Unido ficou ao lado de Abu Dhabi em uma disputa com Omã sobre o Oásis Buraimi, um outro território ao sul.[26] Um acordo em 1974 entre Abu Dhabi e a Arábia Saudita teria resolvido a disputa de fronteiras Abu Dhabi-Saudi; no entanto, o acordo ainda tem de ser ratificado pelo governo dos Emirados Árabes Unidos e não é reconhecido pelo governo Saudita. A fronteira com Omã também permanece, oficialmente, incerta, porém os dois governos concordaram em delinear a fronteira em maio de 1999.[26]
[editar] Xeque Zayed e a União
Xeque Zayed bin Sultan Al Nahayan, principal arquiteto dos EAU, e seu presidente de 1971 a 2004.No início da década de 1960, o petróleo foi descoberto em Abu Dhabi, um evento que levou à rápidos rumores de unificação feitos pelos xeques. O Xeque Zayed bin Sultan Al Nahyan tornou-se governador de Abu Dhabi em 1966 e os britânicos começaram a a perder seus investimentos petrolíferos e a contratar empresas petrolíferas estadunidenses.[27] Os britânicos já haviam iniciado um programa de desenvolvimento que ajudou algumas pequenas reformas nos Emirados. Os xeques dos Emirados decidiram formar um conselho para coordenar as questões entre eles e tomar conta do programa de desenvolvimento. Eles formaram o Conselho dos Estados da Trégua,[28] e nomearam Adi Bitar, o conselheiro legal do Xeque Rashid bin Saeed Al Maktoum, como Secretário-Geral e Conselheiro Legal do Conselho. O conselho acabou quando os Emirados Árabes Unidos foi formado.[29]
Em 1968, o Reino Unido anunciou sua decisão, reafirmada em março de 1971, de dar um fim às relações com os sete Sheikhdoms da Trégua que estiveram, junto a Bahrain e Qatar, sob proteção britânica. Os nove tentaram formar uma união de emirados árabes, porém em meados de 1971 eles ainda eram incapazes de concordar em termos de união, mesmo que as relações britânicas expirariam em dezembro daquele ano.[30] Bahrain tornou-se independente em agosto, e Qatar em setembro de 1971. Quando o tratado britânico-Sheikhdoms da Trégua expirou em 1º de dezembro de 1971, os sete estados que ainda não haviam declarado suas independências acabaram se tornando independentes juntos, como um país único.[31] Os mandantes de Abu Dhabi e Dubai formaram uma união entre seus dois emirados independentes, prepararam uma constituição, e chamaram os mandantes dos outros cinco emirados para uma reunião e ofereceram-lhes uma oportunidade de participar deste novo país. Também foi acordado entre o dois que a constituição seria escrita a 2 de dezembro de 1971.[32] Nesta data, no Palácio Guesthouse de Dubai, quatro outros emirados concordaram em entrar em uma união que se chamaria Emirados Árabes Unidos. Ras al-Khaimah apenas se juntou depois, no início de 1972.[33][34]
Após os atentados terroristas de 11 de setembro nos Estados Unidos, os EAU foram indentificados como um importante centro financeiro usado pela Al-Qaeda para transportar dinheiro aos sequestradores (dos dois sequestradores do 11/9, Marwan al-Shehhi e Fayez Ahmed Bannihammad, que bateram com o United Flight 175 na Torre Sul do World Trade Center, eram cidadãos emiratenses). A nação imediatamente cooperou com os Estados Unidos, congelando contas ligadas a suspeitos de terrorismo e reprimido fortemente a lavagem de dinheiro. O país já havia assinado um acordo de defesa militar com os EUA em 1994 e um com a França em 1995.
Os EAU apoiou as operações militares dos Estados Unidos e os outros países engajados na guerra contra os talibãs no Afeganistão (2001) e Saddam Hussein e al-Qaeda no Iraque (2003) bem como operações que ajudam à Guerra Global contra o Terrorismo no Chifre da África, na Base Aérea de Al Dhafra, localizada fora de Abu Dhabi. A base aérea também ajudou operações dos Aliados na Guerra do Golfo Pérsico (1991).
Em 2 de novembro de 2004, o primeiro presidente dos EAU, Xeque Zayed bin Sultan Al Nahayan, faleceu. Seu filho mais velho, Xeque Khalifa bin Zayed Al Nahyan, sucedeu-o como governador de Abu Dhabi. De acordo com a constituição, o Supremo Conselho de Governadores dos EAU elegeu Khalifa como presidente. O Xeque Mohammad bin Zayed Al Nahyan sucedeu Khalifa como príncipe herdeiro de Abu Dhabi.[35] Em janeiro de 2006, o Xeque Maktoum bin Rashid Al Maktoum, o primeiro-ministro dos EAU e o governador de Dubai, faleceu, e o príncipe herdeiro, o Xeque Mohammed bin Rashid Al Maktoum assumiu seus papéis.
[editar] Geografia
Ver artigo principal: Geografia dos Emirados Árabes Unidos
Panorama da Ilha de Sir Bani Yas.Os Emirados Árabes Unidos estão situados no Sudoeste Asiático, fazendo fronteira com o Golfo de Omã e o Golfo Pérsico, entre Omã e a Arábia Saudita; o país localiza-se em uma posição estratégica ao longo das aproximações do Estreito de Ormuz, um ponto de trânsito vital para o petróleo bruto mundial.[36]
Região montanhosa do norte do país.Os EAU situam-se entre 22°50′ e 26° latitude norte e entre 51° e 56°25′ longitude leste. Ela compartilha uma fronteira de 530 km com a Arábia Saudita ao oeste, sul, e sudeste, e uma fronteira de 450 km com Omã ao sudoeste e nordeste. A fronteira terrestre com Qatar na área de Khawr al Udayd é de cerca de 90 km no noroeste; no entanto, é um local disputado.[37] A área total dos EAU é de aproximadamente 77 700 km². O tamanho exato do país é desconhecido, por causa da disputa de diversas ilhas no Golfo Pérsico, também pela falta de informações precisas sobre o tamanho de muitas dessas ilhas, e também porque muitas das fronteiras destas ilhas, especialmente com a Arábia Saudita, continuam a esperar demarcação.[38] Adicionalmente, disputas de ilhas com o Irã e Qatar permanecem por resolver.[39]
O maior emirado, Abu Dhabi, constitui 87% da área total dos EAU (67 340 km²). O menor emirado, Ajman, abrange apenas 259 km², correspondendo a 0,3% da área de todo o país.
O litoral dos EAU se estende por mais de 650 km ao longo da costa sul do Golfo Pérsico. A maior parte da costa consiste de salinas que se estendem do interior. O maior porto natural está em Dubai, embora outros portos tenham sido dragados em Abu Dhabi, Sharjah, e outros. Inúmeras ilhas são encontradas no Golfo Pérsico, e as propriedades de algumas delas têm sido objeto de disputas internacionais com ambos Irã e Qatar. As ilhas menores, bem como muitos recifes de coral e bancos de areia se deslocando, são uma ameaça para a navegação. Fortes marés e tempestades de vento ocasionais complicam ainda mais a navegação próxima à costa.
[editar] Demografia
Ver artigo principal: Demografia dos Emirados Árabes Unidos
Vista de Dubai à noite, a maior cidade do país.Os Emirados Árabes Unidos consistem de uma federação de sete emirados localizados no Golfo Pérsico, estes são: Abu Dabi, Dubai, Sharjah, Ras Al Khaimah, Umm Al Qwain, Ajman e a Fujairah. Tem fronteira com o Qatar, Arábia Saudita e Oman.
Abu Dabi é o maior dos emirados com 86,7% de toda a área, o menor é Ajman com apenas 0,3% (250km²).
Os povos dos Emirados Árabes Unidos descendem de antigas tribos da Península Árabe. As mulheres dos Emirados são bastante ativas e trabalhadoras, mesmo antes da revolução do petróleo. Ocupam cargos de destaque e sempre trabalharam fora de casa.
A exploração de petróleo atraiu um grande número de estrangeiros para o país, como resultado, menos de 50% da população dos Emirados Árabes são árabes. Há grupos de trabalhadores indianos, paquistaneses, iranianos e sul asiáticos. Interessante é que devido riqueza do petróleo todos os serviços sociais de educação, transporte e saúde são gratuitos para a população. A educação primária é obrigatória. A maioria é de muçulmanos sunitas, mas há minorias cristãs, hindus e xiitas.
[editar] Política
Ver artigo principal: Política dos Emirados Árabes Unidos
O atual presidente dos Emirados Árabes Unidos, Khalifa bin Zayid Al Nahyan.A cada 5 anos o conselho de emires se reúne para eleger um Presidente e um Vice-presidente entre eles.
Zayed Bin Sultan Al Nahyan, emir de Abu Dhabi desde 1966 e líder político da nação desde sua independência, em 1971, foi reeleito sucessivas vezes pelos emires até à sua morte, em 2 de novembro de 2005. Como seu sucessor, assumiu o cargo o seu filho, Khalifa Bin Zayed Al Nahyan, e inclusive foi eleito unanimemente Presidente em 3 de novembro de 2005 para estar à frente do país em eleição realizada entre os emires.
O Vice-presidente do país é Muhammad bin Rashid al-Maktum, Emir de Dubai, que teve seu mandato reafirmado dia 3 de novembro de 2005 em eleição unânime entre os mesmos emires.
[editar] Símbolos nacionais
Ver artigos principais: Bandeira dos Emirados Árabes Unidos, Brasão de armas dos Emirados Árabes Unidos, Hino nacional dos Emirados Árabes Unidos.
A bandeira nacional contém as cores Pan-Arábes vermelho, verde, branco e preto, simbolizando a unidade Arábica. Além disso, as cores individuais tem os seguintes significados: verde: Fertilidade; branco: Neutralidade; preto: a riqueza de petróleo dentro das fronteiras do país.
O brasão de armas (em língua árabe: شعار الإمارات العربية المتحدة) consiste num falcão dourado com um disco em seu interior que mostra a bandeira do país rodeada por sete estrelas representando os sete Emirados da federação. O falcão com as suas garras detém um pergaminho com a inscrição do nome da federação.
O Tahiat Alalam (A'ishi Biladi ou Ishy Bilady Que a minha Nação viva para a posteridade) é o hino nacional dos Emirados Árabes Unidos, composto por Arif asch-Schaich. É cantado em árabe.
[editar] Subdivisões
Ver artigo principal: Subdivisões dos Emirados Árabes Unidos
A Nação dos Emirados Árabes Unidos é constituída por sete regiões administrativas; os sete emirados (imarat; singular: imarah):
Abu Dhabi
Ajman
Al Fujayrah
Sharjah
Dubai
Ra's al Khaymah
Umm al Qaywayn
Cada emirado é uma monarquia controlada por uma família real, com uma certa soberania sobre o território regional. Dessas 7 divisões regionais, o Emirado de Abu Dhabi, que cobre 86,7 % da área total do país, é dividido em 3 sub-emirados: o sub-emirado que compreende a cidade de Abu Dhabi, um sub-emirado leste e um sub-emirado oeste. Existe um Supremo Conselho Federal: formado pelos sete emires, que se reúne regularmente 4 vezes ao ano, sendo que os emires de Abu Dhabi e de Dubai tem o poder de veto.
Mapa dos sete emirados dos Emirados Árabes Unidos.
[editar] Economia
Ver artigo principal: Economia dos Emirados Árabes Unidos
O resort Atlantis em Palm Jumeirah, em Dubai. Dubai é uma das maiores economias no turismo e mercado imobiliário do Oriente Médio.Os EAU têm uma economia aberta com um elevado rendimento per capita e um superávit comercial anual considerável. Em 2009, seu PIB, medido pela paridade do poder de compra (PPC) foi de US$ 200.4 bilhões.[40] O PIB per capita do país é atualmente o 14º maior do mundo e o terceiro maior do Oriente Médio, depois do Qatar e Kuwait, medido pelo CIA World Factbook, ou o 17º no mundo, medido pelo Fundo Monetário Internacional.
A economia dos Emirados Árabes Unidos, em especial a de Dubai, foi duramente atingida pela crise econômica de 2008-2009.[41] Em 2009, a economia do país encolheu 4%.[42]
As exportações de petróleo e gás natural desempenham um papel importante na economia, especialmente em Abu Dhabi. Um boom de construção maciça, uma base industrial em expansão e um próspero setor de serviços estão ajudando os Emirados Árabes Unidos a diversificar sua economia. Em todo o país há atualmente US$ 350 bilhões em valor de projetos de construções ativas.[43] Tais projetos incluem o Burj Khalifa, atualmente o edifício mais alto do mundo, a Aeroporto Internacional Dubai World Central, que, quando concluído, será o aeroporto mais caro já construído, e as três Palm Islands, as maiores ilhas artificiais do mundo. Outros projetos incluem o Dubai Mall, que é o shopping do mundo, e um arquipélago artificial chamado The World, que pretende aumentar ainda mais a crescente indústria do turismo de Dubai. Também no setor de entretenimento está a construção de Dubailand, que deverá ter o dobro do tamanho da Disney World, e a Cidade dos Esportes de Dubai, que não só irá disponibilizar casas para as equipes esportivas locais, como também poderá fazer parte de uma futura sede olímpica.
A principal área comercial de Abu Dhabi com a sede da ADMA-OPCO no centro.O aumento significativo das importações de bens manufaturados, como máquinas e equipamentos de transporte, representaram juntos 80% do total das importações do país. Outro importante gerador de divisas estrangeiras, a Autoridade de Investimento de Abu Dhabi, que controla os investimentos de Abu Dhabi, o emirado mais rico do país - gerencia cerca de US$ 360,000 milhões em investimentos no exterior e cerca de US$ 900 bilhões em ativos.
Vista da Madinat Jumeirah com o Burj Al Arab ao fundo, um dos principais símbolos de Dubai.Mais de 200 fábricas operam no complexo de Jebel Ali, em Dubai, que inclui um porto de águas profundas e uma zona franca para a fabricação e distribuição, em que todas as mercadorias para exportação desfrutam de uma isenção de impostos de 100%. Uma usina de grande potência com uma unidade de dessalinização de água associada, uma fundição de alumínio e uma unidade de fabricação de aço são instalações de destaque no complexo. O complexo está atualmente em fase de expansão, com terrenos para diversos setores da indústria. Um grande número de passageiros do futuro aeroporto internacional e de carga de Dubai, o Aeroporto Internacional Dubai World Central, com a logística associada, indústria transformadora e hospitalidade, está também previsto para o complexo.
Exceto nas zonas francas, os Emirados Árabes Unidos exigem, pelo menos, 51% de impostos dos cidadãos locais em todas as operações financeiras no país, como parte de sua tentativa de colocar os Emirados em posições de liderança. No entanto, esta lei está sob revisão e à cláusula de participação maioritária, muito provavelmente, será desfeita, a fim de levar o país em linha com as normas da Organização Mundial do Comércio.
Como um membro do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC), os Emirados Árabes Unidos participam do vasto leque de atividades GCC sobre as questões econômicas. Estes incluem consultas regulares e desenvolvimento de políticas comuns que abrangem o comércio, investimento, comércio bancário e finanças, transportes, telecomunicações e outras áreas técnicas, incluindo a proteção dos direitos de propriedade intelectual.
A moeda dos Emirados Árabes Unidos, é o Dirham dos Emirados.
[editar] Cultura
Ver artigo principal: Cultura dos Emirados Árabes Unidos
Feriados Data Nome em português Nome local Observações
1 de Janeiro Ano Novo رأس السنة الميلادية
variável Dia do Sacrifício (Eid ul-Adha) عيد الأضحى
variável Ano Novo Islâmico (Ra's Al Sana Al Hijria) رأس السنة الهجرية
variável Noite da Jornada (Isra'a wa al-Miraj) الإسراء و المعراج
2 de Dezembro Dia dos EAU (Al-Eid Al Watani) العيد الوطني
variável Fim do Ramadã (Eid ul-Fitr) عيد الفطر
O Iémen / Iémene[4][5] (português europeu) ou Iêmen (português brasileiro)(em árabe اليَمَن, transl. al-Yaman) é um país árabe que ocupa a extremidade sudoeste da Península da Arábia. É limitado a norte pela Arábia Saudita, a leste por Omã, a sul pelo mar da Arábia e pelo golfo de Áden, do outro lado do qual se estende a costa da Somália e a oeste pelo estreito de Bab el Mandeb, que o separa de Djibouti, e pelo mar Vermelho, que providencia uma ligação à Eritreia. Além do território continental, o Iémen inclui também algumas ilhas situadas ao largo do Corno de África, das quais a maior é Socotorá. A capital é Sana.
Índice [esconder]
1 História
2 Geografia
3 Demografia
4 Política
4.1 Símbolos nacionais
4.1.1 Bandeira
4.1.2 Brasão de armas
4.1.3 Hino nacional
5 Subdivisões
6 Economia
7 Cultura
7.1 Feriados
8 Referências
9 Ver também
[editar] História
Ver artigo principal: História do Iémen
Em 22 de Maio de 1990 foi criada a República do Iémen, resultando da unificação entre a República Árabe do Iémen (ou Iémen do Norte) e a República Democrática do Iémen (ou Iémen do Sul). A República Árabe do Iémen tinha-se tornado independente do Império Otomano em Novembro de 1918 e a República Democrática do Iémen alcançou a independência do Reino Unido em 30 de Novembro de 1967. A ilha de Socotorá, localizada estrategicamente na entrada do golfo de Áden, foi incorporada ao território iemenita em 1967.
[editar] Geografia
Ver artigo principal: Geografia do Iémen
O Iémen é formado pela união das antigas República Árabe do Iémen (ou Iémen do Norte) e a República Democrática do Iémen (ou Iémen do Sul). Ao norte encontra-se o território mais fértil de toda a península Arábica, área que junto com o vale de Hadhramaut, era chamada de "Arábia Feliz. É composto por uma faixa costeira semidesértica, ao longo do mar Vermelho e de uma zona montanhosa mais úmida no interior, onde se desenvolve a agricultura (sorgo para consumo interno e algodão para exportação). O tradicional cultivo de café moca foi gradativamente substituído pelo do qat, planta com propriedades narcóticas. O clima é tropical, com temperaturas altas, sobretudo em Tihmah, onde as precipitações são abundantes, e na parte oriental. O sul, é montanhoso e seco, com falta de rios perenes, sendo dois terços do território desérticos ou semidesérticos. Nos vales e oásis (1,2% do território) desenvolve-se o cultivo de milho, algodão e café. O país carece de recursos naturais, sendo a pesca um recurso importante.
[editar] Demografia
Ver artigo principal: Demografia do Iémen
Eis alguns dados sobre a demografia do Iémen:
Composição étnica: os iemenitas são árabes; há uma reduzida minoria persa no litoral norte.
Religião: islamismo (oficial). Muçulmanos, 99,9%; outros, 0,1.
Idiomas: árabe (oficial).
[editar] Política
Ver artigo principal: Política do Iémen
O chefe de Estado do Iémen é o presidente, que é eleito para um mandato de sete anos. O presidente é responsável pela nomeação do vice-presidente, do primeiro-ministro e dos membros do governo. O poder legislativo reside no parlamento de duas câmeras. A câmara alta do parlamento recebe o nome de Shura, sendo composta por 111 membros nomeados pelo Presidente. A câmara baixa é constituída 301 membros eleitos para mandatos de seis anos.
[editar] Símbolos nacionais
[editar] Bandeira
Ver artigo principal: Bandeira do Iémen
A bandeira nacional do Iêmen foi adotada em 22 de maio de 1990, no mesmo dia que o Iêmen do Norte e o Iêmen do Sul se unificaram. O padrão de faixas vermelha, branca e preta também estava presente nas bandeiras destes países, simbolizando pan-arabismo, assim como as bandeiras do Egipto, Síria, Bandeira do Iraque, entre outras.
Segundo a descrição oficial, as cores significam:
Vermelho: representa o derramamento de sangue de mártires e unidade;
Branco: representa futuro brilhante;
Preto: representa o passado escuro.
[editar] Brasão de armas
Ver artigo principal: Brasão de armas do Iémen
O brasão de armas do Iémen retrata uma águia dourada com um pergaminho entre as suas garras. Sobre a rolagem está escrito o nome do país em árabe: الجمهورية اليمنية ou Al-Jumhuriyyah Al-Yamaniyah. O peito da águia contém um escudo que retrata plantas de café e os Marib Dam, sendo que abaixo se encontram quatro listras azuis e três listras brancas, em forma de ondulação. Os suportes, à direita e à esquerda da águia, seguram a Bandeira do Iémen.
[editar] Hino nacional
Ver artigo principal: Hino nacional do Iémen
"República Unida" é o hino nacional do Iémen. Escrito por Abdallah "al-Fadhool" Abdulwahab Noman e composto por Ayob Tarish, foi o hino da República Popular Democrática do Iémen (Iémen do Sul) e tornou-se o hino de todo o Iémen, com a unificação dos dois em 1990.
[editar] Subdivisões
Ver artigo principal: Subdivisões do Iémen
O Iémen está dividido em 19 muhafazat ("províncias", singular - muhafazah) e uma cidade (capital):
Abyan
'Adan
Ad Dali'
Al Bayda'
Al Hudaydah
Al Jawf
Al Mahrah
Al Mahwit
'Amran
Dhamar
Hadramaut
Hajjah
Ibb
Lahij
Ma'rib
Sa'dah
Sanaá
Shabwah
Ta'izz
Sanaá (cidade)
[editar] Economia
Ver artigo principal: Economia do Iémen
A economia do Iémen é predominantemente rural e agrícola. É favorecida, nesse aspecto, por ser a única região da península árabe com chuvas regulares.
Das rendas originadas pelas exportações, 95% são devidas ao petróleo. É, no entanto, o país mais pobre do Médio Oriente.
A expulsão de mais de um milhão de trabalhadores iemenitas da Arábia Saudita durante a Guerra do Golfo, em 1990 teve como consequência um acentuado declínio económico.
Eis alguns indicadores da economia do Iémen:
Dívida pública: 93% do produto nacional bruto.
Renda per capita: 380 dólares (1,2% dos EUA)
[editar] Cultura
[carece de fontes?]
A cultura no Iémen é toda ela baseada no Islão e no Alcorão, sendo este último justificação para o modo de vida iemenita e todos os actos praticados. No Iémen o sexo masculino manda e o feminino oebdece. As mulheres iemenitas vivem toda a sua vida subjugadas: antes da puberdade ao pai e após a puberdade ao marido que lhe é destinado sem qualquer intervenção na escolha do mesmo. A pobreza e os costumes tribais levam a que muitos homens vendam as suas próprias filhas a homens mais velhos para casarem. Apesar dos esforços para alterar a idade mínima legal para casar para os 17 anos, é normal no Iémen raparigas com menos de 15 anos se casarem. Estes esforços foram considerados inaceitáveis pelos religiosos e líderes tribais do Iémen. No Iémen e em pleno séc. XXI continuam a ser praticadas várias ofensas aos direitos humanos, em particular aos direitos da mulher.
[editar] Feriados
Data Feriado Observação
1 de Maio Dia do Trabalho
22 de Maio União Nacional Celebra a unificação da República Iêmem
26 de Setembro Dia da Revolução 1962 Celebra a revolução contra os Iêmens do norte
14 de Outubro Dia da Revolução 1964 Celebra a revolução contra Britânicos no sul
30 de Novembro Dia da Evacuação Saída do último soldado Britânico do Iêmem do Sul
O Irão (português europeu) ou Irã (português brasileiro) (em persa: ايران), oficialmente República Islâmica do Irão (Irã), é um país asiático do Médio Oriente que limita a norte com a Arménia, o Azerbaijão, o Turquemenistão e o Mar Cáspio, a leste com o Afeganistão e o Paquistão, a oeste com o Iraque e a Turquia, a sul com o Golfo de Omã e com o Golfo Pérsico. A sua capital é Teerão, a sua língua oficial, o persa e a sua moeda é o rial.
Conhecido no Ocidente até 1935 como Pérsia, passou desde então a ser conhecido como Iran (transliterado em Portugal como Irão e no Brasil como Irã), palavra que significa literalmente "terra dos arianos" (no sentido étnico do termo e não no seu sentido religioso, ligado ao arianismo). Em 1979, com a Revolução Islâmica promovida pelo aiatolá Khomeini, o país adoptou a sua actual designação oficial de República Islâmica do Irão. Os seus nacionais se chamam iranianos, embora o termo persas seja ainda utilizado.
Durante a história, o território do país tem tido grande importância geográfica, visto a sua posição entre o Oriente Médio, Cáucaso, Ásia Central e o Golfo Pérsico, além da proximidade entre o Leste Europeu e o subcontinente Indiano
Índice [esconder]
1 História
1.1 Medos e Aqueménidas
1.2 Partos Arsácidas
1.3 A chegada do islão
1.4 Pérsia dos Safávidas, Afsharidas e Qadjars
1.5 Irão contemporâneo
2 Geografia
2.1 Relevo
2.2 Hidrografia
3 Demografia
3.1 Principais cidades
3.2 Religião
4 Política
4.1 Desrespeito aos direitos humanos
4.2 Defesa
4.3 Política externa
5 Subdivisões
5.1 Símbolos nacionais
6 Economia
6.1 Setor primário
6.2 Setor terciário
7 Infraestrutura
7.1 Educação
7.2 Mídia
8 Cultura
8.1 Literatura
8.2 Cinema
8.3 Património Mundial da Humanidade
8.4 Culinária
8.5 Desporto
9 Ver também
10 Referências
11 Ligações externas
[editar] História
Ver artigo principal: História do Irão
O território atualmente ocupado pelo Irã é habitado desde os tempos pré-históricos. A história escrita da Pérsia começa em cerca de 3200 a.C. com a cultura proto-elamita e com a posterior chegada dos arianos e a formação dos sucessivos Impérios Medo e Aquemênida.
[editar] Medos e Aqueménidas
Cilindro de Ciro, um documento emitido por Ciro, o Grande, considerado por alguns como uma carta dos direitos humanos.Por volta de 1500 a.C. fixaram-se no planalto iraniano vários tribos arianas, das quais se destacavam os Medos e os Persas. Os primeiros fixaram-se no noroeste onde fundaram um reino; os Persas estabeleceram-se no sudoeste.
Os Medos foram submetidos pelos Citas em 653 a.C., mas conseguiram libertar-se e alargaram a sua influência aos Persas. Em 555 a.C. Ciro, rei da Pérsia, iniciou uma revolta contra Astíages, rei dos Medos, vencendo-o e reunindo sob sua soberania a Pérsia e Média. Ciro, primeiro rei aqueménida, iniciou uma política expansionista, que seria continuada pelos seus sucessores, Cambises e Dario I. Em resultado destas conquistas o Império Aqueménida compreendia uma vasta área que ia do Vale do Indo ao Mar Negro, incluindo a Palestina e o Egito.
[editar] Partos Arsácidas
Alexandre, o Grande conquistou a Pérsia em 331 a.C., acrescentado-a ao seu império. Após a sua morte o seu império seria dividido entre os seus generais. Um destes generais, Selêuco, ficaria com a Babilónia e a Pérsia, dando início ao reino selêucida. A partir de 250 a.C. o domínio selêucida começou a ser rejeitado na parte oriental do Irão, onde nasce o reino dos Partos Arsácidas.
O império arsácida era menor que o aqueménida, estendendo-se do actual Afeganistão ao Eufrates, controlando as rotas comerciais entre a Índia e o Ocidente. Os Partos terão como inimigos a ocidente o Império Romano, que tentaria em vão conquistar o seu território. Em 224 a dinastia arsácida foi derrubada por Ardashir I, um rei vassalo que fundou a dinastia sassânida.
[editar] A chegada do islão
Mapa das dinastias do Irã c. 1000.A conquista da Pérsia pelos árabes entre 641 e 651 levaria à sua integração como província primeiro do califado omíada e a partir de 750 do califado abássida. Do ponto de vista religioso, o zoroastrismo seria gradualmente substituído pelo islão. No entanto, culturalmente, verificou-se um intercâmbio entre a cultura árabe e a persa, que se detecta, por exemplo, na adoção pelo califado abássida da organização administrativa sassânida e dos costumes persas. No século X, regista-se mesmo um renascimento da literatura persa.
Com a decadência do califado abássida afirmam-se no Irão dinastias locais praticamente independentes do poder central. No Coração surge a dinastia dos Taíridas, que seria eliminada pelos Safáridas. Estes seriam por sua vez substituídos pelos Sâmanidas, a dinastia local mais importante desse período.
Durante a Idade Média, a Pérsia foi invadida pelos mongóis, a que se seguiu o reinado de Tamerlão. Pouco a pouco, o país passou a ser uma arena para potências coloniais rivais como os Impérios Russo e Britânico.
[editar] Pérsia dos Safávidas, Afsharidas e Qadjars
Ismail I, um dos fundadores da dinastias dos Safávidas (1501-1736).Entre 1501 e 1736 a Pérsia foi dominada pelos Safávidas. O fundador desta dinastia, Ismail I, era filho de Safi ad Din, chefe de uma ordem sufista, que se apresentava como descendente do sétimo imã, Musa al Kazim.
Em 1501 Ismail I tomou Tabriz, a qual fez a sua nova capital, e tomou o título de xá. Os Safávidas proclamaram o islão xiita como a religião estatal e através do proselitismo e da força converteram a população a esta doutrina religiosa.
As duas principais ameaças exteriores dos Safávidas foram os Usbeques e os Otomanos. Os primeiros representavam uma ameaça para o Khorasan, mas foram derrotados por Ismail em 1510 e empurrados para o Turquestão. Quantos aos Otomanos, seriam autores de um duro golpe ao estado safávida em 1524, quando as forças do sultão Selim I derrotaram os safávidas em Tchaldiran, tendo ocupado Tabriz. Em 1533 o sultão Soleimão ocupou Bagdade, tendo alargado o domínio otomano sobre o sul do Iraque.
O apogeu dos Safávidas foi atingido durante o reinado de Abbas I, que procedeu a uma reorganização do exército e transferiu a capital para Isfahan (cidade do interior, longe da ameaça otomana), onde mandou construir mesquitas, palácios e escolas. Em 1602 Abbas expulsou os portugueses do Bahrein e em 1623 de Ormuz, locais onde estes se tinham estabelecido para controlar o comércio da Índia e do Golfo Pérsico. Estabeleceu um monopólio estatal sobre o comércio da seda e concedeu privilégios aos ingleses e neerlandeses.
O declínio da Pérsia safávida iniciou-se após a morte de Abbas I, durante os reinados de Safi (1629-1642) e Abbas II (1642-1667). Em 1722 a Pérsia foi invadida por tribos afegãs, que tomaram Isfahan.
A dinastia dos Afsharidas.Em 1736, depois de ter expulsado os afegãos, o líder turcomano Nader Xá, um dos chefes da tribo Afshar, funda a dinastia dos Afsharidas. Nader Xá alargou o seu domínio para leste, tendo invadido a Índia em 1738, de onde trouxe muitos tesouros para o Irã. Foi assassinado em 1747.
A dinastia dos Afsharidas foi seguida pela dinastia persa Zand (1750-1794), fundada por Karim Khan, um chefe da região de Fars, que estabeleceu sua capital em Shiraz. Karim Khan, governou até 1779 num clima de relativa paz e prosperidade, mas quando faleceu a dinastia Zand não conseguiu se impor.
Logo depois o país conheceria um novo período conturbado, que durou até 1794, quando Aga Muhammad Khan, chefe de uma tribo turca, funda a dinastia Qadjar. Esta permanecerá no poder até 1921, movendo-se em uma arena onde as novas potências - a Rússia imperial e o império britânico - exerceriam grande influência política sobre os reis Qadjaridas. O Irã entretanto, conseguiu manter sua soberania e nunca foi colonizado - um caso raro na região.
Durante o reinado de Fath Ali Xá o Irão foi derrotado em duas guerras com a Rússia, que tiveram como consequências a perda da Geórgia, do Daguestão, de Bacu e da Arménia caucasiana. A modernização do Irão iniciou-se no reinado de Nasser al-Din Xá, durante o qual se procura lutar contra a corrupção na administração, assistindo-se à fundação de escolas, abertura de estradas e à introdução do telégrafo e do sistema postal.
[editar] Irão contemporâneo
Ver artigos principais: Revolução Iraniana de 1979 e Protestos eleitorais no Irã em 2009.
Aiatolá Khomeini, o fundador da República Islâmica do Irã.A aspiração por modernizar o país levou à revolução constitucional persa de 1905-1921 e à derrubada da dinastia Qadjar, subindo ao poder Reza Pahlavi. Este pediu formalmente à comunidade internacional que passasse a referir-se ao país como Iran (Irã ou Irão, em português).
Em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, o Reino Unido e a União Soviética invadiram o Irã, de modo a assegurar para si próprios os recursos petrolíferos iranianos. Os Aliados forçaram o xá a abdicar em favor de seu filho, Mohammad Reza Pahlavi, em quem enxergavam um governante que lhes seria mais favorável. Em 1953, após a nacionalização da Anglo-American Oil Company, um conflito entre o xá e o primeiro-ministro Mohammed Mossadegh levou à deposição e prisão deste último.
O reinado do xá tornou-se progressivamente ditatorial, especialmente no final dos anos 1970. Com apoio americano e britânico, Reza Pahlavi continuou a modernizar o país, mas insistia em esmagar a oposição do clero xiita e dos defensores da democracia.
Protestos eleitorais no Irã em 2009, em Teerã.Em 1979, a chegada do Aiatolá Khomeini, após 14 anos no exílio, dá início à Revolução Iraniana - apoiada na sua fase inicial pela maioria da população e por diferentes facções ideológicas - provocando a fuga do Xá e a instalação do Aiatolá Ruhollah Khomeini como chefe máximo do país. Estabeleceu-se uma república islâmica, com leis conservadoras inspiradas no Islamismo e com o controle político nas mãos do clero. Os governos iranianos pós-revolucionários criticaram o Ocidente e os Estados Unidos em particular pelo apoio dado ao xá; as relações com os EUA foram fortemente abaladas em 1979, quando estudantes iranianos tomaram funcionários da Embaixada americana como reféns. Posteriormente, houve tentativas de exportar a revolução islâmica e apoio a grupos militantes anti-Ocidente como o Hezbollah do Líbano. A partir de 1980, o Irã e o Iraque enfrentaram-se numa guerra destruidora que durou oito anos.
Reformistas e conservadores continuam a enfrentar-se no Irã, mas desta vez através da política. A vitória de Mahmoud Ahmadinejad na eleição presidencial de 2005 tem dado causa a um aumento nas tensões entre o Irã e os EUA, em especial no que se refere ao programa nuclear iraniano.
Em 2009 Mahmoud Ahmadinejad se reelegeu sob suspeitas internacionais de fraude, o que gerou revoltas na população iraniana, estas foram duramente reprimidas. O governo reafirmou sua intenção de concretizar o programa nuclear iraniano.
[editar] Geografia
Ver artigo principal: Geografia do Irão
Monte Damavand, o ponto mais alto do Irã, localizado em Mazandaran.Localizado no sudoeste asiático, entre o Iraque, a oeste, e o Afeganistão e o Paquistão, a leste, o Irã é banhado pelo Golfo de Omã, pelo Golfo Pérsico e pelo Mar Cáspio. Com uma área de 1 648 000 quilômetros quadrados, o Irã é o décimo-sexto maior país do mundo em território, o que equivale aproximadamente à área do estado do Amazonas, no Brasil, ou um pouco maior do que as áreas de Angola e Portugal somadas. O país é muito vulnerável a terremotos, principalmente no sul.
[editar] Relevo
A maior parte do território do Irão corresponde a um planalto cercado por cadeias montanhosas.
Na região centro e este encontram-se dois desertos, o Dasht-e-Kavir e o Dasht-e-Lut. No primeiro formam-se alguns pântanos durante o Inverno e a Primavera, mas ambos são inóspitos e despovoados.
No norte, em paralelo com o Mar Cáspio, estão as montanhas Elburz, que possuem vários vulcões activos. A montanha mais elevada desta cordilheira, que é igualmente o ponto mais alto do Irão, é o Monte Demavend (5671 metros).
Os Montes Zagros estendem-se desde o noroeste do país, perto da fronteira com a Arménia, até ao sudeste, atingindo o Estreito de Ormuz.
[editar] Hidrografia
Os três grandes rios do Irão são o Karun, o Atrak e o Safid. O Karun é o principal rio navegável do país e nasce nos Montes Zagros, correndo para sul até a localidade de Khorramshahr, onde se une ao rio Shatt Al-Arab (Arvandrud).
O Irão possui poucos grandes lagos, sendo a maior parte deles de água salgada. O maior lago iraniano é o Lago Urmia, situado no noroeste do país, o oeste do Mar Cáspio. Cobre uma área que varia entre os 5 200 e 6 000 m² e caracteriza-se pela extrema salinidade das suas águas, sendo também o maior lago do Médio Oriente. Outro importante lago é o Namak, situado na província de Qom. Na província de Fars existem lagos de pequena dimensão, como o Daryachen-e-Tashk e o Daryachen-e-Bakh-Tegan.
[editar] Demografia
Ver artigo principal: Demografia do Irão
Grupos étnicos do IrãoA população iraniana aumentou de maneira dramática durante a segunda metade do século XX, atingindo os 68 milhões em 2006. Nos últimos anos o crescimento populacional tende a desacelerar-se, de modo que, segundo as projecções, a população estabilizar-se-á em 100 milhões de habitantes pelo ano 2050. A densidade populacional do país é de 42 pessoas por km². As áreas mais povoadas do país são a região ocidental e setentrional.
O Irão é um mosaico de grupos étnicos, caracterizando-se as relações entre estes grupos pela harmonia. O maior grupo étnico-linguístico é composto pelos persas, que representam 51% da população.
A seguir aos persas destacam-se os azéri (24% da população), povo túrquico que reside sobretudo perto do Azerbaijão, mas que desde o início do século XX tem vindo a migrar para Teerão.
Os gilaki e mazandarani formam 8% da população e habitam, respectivamente, a costa ocidental e oriental do Mar Cáspio.
Os curdos, cerca de 7% da população, habitam a região da cordilheira de Zagros. A minoria árabe do Irão (3%) vive na região sudoeste do país, na província do Khuzistão. Outros grupos, representando cada um 2% da população, incluem os baluches (perto de Afeganistão e do Paquistão), os lur (que vivem na região central da cordilheira de Zagros) e os turcomanos (perto do Turcomenistão).
A maioria da população do Irã fala uma das línguas iranianas, embora o persa seja o idioma oficial.
[editar] Principais cidades
Teerã, capital e maior cidade do país.A principal cidade do Irão é Teerão, capital do país e da província homónima. Situada a 1132 metros de altitude, começou por ser um subúrbio da antiga cidade de Rey que foi destruída em 1220 pelos Mongóis. Em 1788 o primeiro soberano da dinastia Qajar conquistou Teerão e fez dela a capital. O grande desenvolvimento da cidade ocorreu a partir do primeiro quartel do século XX, razão pela qual Teerão é entre as cidades iranianas a que possui um aspecto menos oriental. A parte norte da cidade corresponde à cidade nova e a parte sul à cidade do tempo dos Qajar.
No Noroeste do Irão destaca-se a cidade de Tabriz, controlada em alguns períodos pela Rússia, facto que se exprime na sua arquitectura e na presença de um caminho-de-ferro que liga o Irão à antiga União Soviética.
Shiraz, capital da província de Fars e situada num oásis dos Montes Zagros, é conhecida por nela terem habitado grandes místicos do islão. Os túmulos destas figuras encontram-se na cidade que em função disso é denominada como "Torre dos Santos".
A cidade de Isfahan, localizada a aproximadamente 350 quilómentros a sul de Teerão, é famosa pela sua arquitectura. Em 1587 Abbas I fez dela a capital da dinastia, ordenando a construção de palácios e mesquitas. Os principais monumentos da cidade estão na praça Maydan-i-Shah, destacando-se também em Isfahan a Masgid-i Gami (Mesquita da Sexta-Feira).
[editar] Religião
Ver artigo principal: Religião do Irã
Santuário Imam Reza, em Mashhad, um dos mais importantes do Irã.A maioria dos iranianos é muçulmana, pertencendo 89% da população ao ramo xiita do islão, religião oficial do Estado. O Irão conta com 9% de muçulmanos sunitas, ramo ao qual pertencem a maioria dos muçulmanos do planeta. Os curdos são na sua maioria sunitas, enquanto que a minoria árabe reparte-se entre o islão xiita e o islão sunita.
A forma de islão xiita que hoje predomina no Irão é o xiismo duodecimano, que reconhece doze imames após Ali ibn Abi Talib. Embora sempre tenham existido xiitas no Irão, até ao século XVII a população era na sua maioria sunita. A explicação para esta mudança religiosa reside na adopção por parte da dinastia dos Safávidas do islão xiita como religião oficial e na sua imposição à população.
A constituição iraniana reconhece três minorias religiosas, os zoroastrianos, os judeus e os cristãos.
Antes da chegada do islão ao Irão no século VII, a maioria da população era zoroastriana, religião que era o culto oficial do Império Sassânida. Em 1986 estimava-se a existência de 32 mil zoroastrianos no Irão, residindo principalmente nas cidades de Teerão, Yazd e Kerman.
A comunidade judaica no Irão remonta aos tempos do cativeiro da Babilónia; quando Ciro II autorizou o regresso dos judeus a Canaã, muitos optaram por ficar, tendo adoptando a língua e cultura persas. Avalia-se em 45 mil o número de judeus iranianos que migraram para Israel entre 1948 e 1977. Com a revolução islâmica de 1979 o movimento migratório acentuou-se.
A minoria religiosa numericamente mais relevante no Irão é formada pelos cristãos, que são na sua maioria ortodoxos arménios, seguidos por cristãos assírios. Cada uma destas denominações têm direito a um lugar no parlamento.
A Fé Bahá'í, a maior minoria religiosa iraniana, nascida no país em meados do século XIX, não é reconhecida pelo Estado, sendo os seus membros alvo de perseguição desde a revolução de 1979.
[editar] Política
Ver artigo principal: Política do Irão
Instituições políticas do Irão.O sistema político do Irão tem por base a constituição de 1979, que fez do país uma república islâmica. Nos termos da constituição, as relações políticas, económicas, sociais e culturais vigentes no país devem estar de acordo com o Islão[2]
O Guia Supremo (ou Faqih) é o chefe de Estado do Irão. O cargo é ocupado desde Junho de 1989 pelo aiatolá Ali Khamenei, que sucedeu a Khomeini. É eleito pela Assembleia dos Peritos para um mandato vitalício. Suas principais atribuições são a de comandante-em-chefe das Forças Armadas, nomeação do chefe do poder judiciário, do chefe da segurança interna, dos líderes das orações da sexta-feira, do director das estações de rádio e de televisão, bem como de seis dos doze membros do Conselho dos Guardiães. Pode demitir o Presidente do Irão caso considere que este não governa de acordo com a constituição.
O poder executivo compete ao presidente, segunda figura do Estado após o Guia Supremo. É eleito através de sufrágio universal para um mandato de quatro anos. Até 1989, ano em que foi aprovada uma reforma constitucional, este cargo detinha pouco poderes. A reforma aboliu o cargo de primeiro-ministro e concedeu maiores poderes ao cargo presidencial. O presidente nomeia e supervisiona o Conselho de Ministros e coordena as decisões governamentais. O seu poder encontra-se limitado pelo Guia Supremo. Os candidatos a presidente devem ser iranianos xiitas e seus nomes são previamente aprovados pelo Conselho dos Guardiães. O atual Presidente do Irão, eleito em 2005 e re-eleito em 2009 (numa eleição envolta em polémica), é Mahmoud Ahmadinejad.
Presidente Mahmoud Ahmadinejad na Universidade de Colúmbia.O poder legislativo é exercido por um parlamento unicameral (Majlis-e-Shura-ye-Eslami, "Assembleia Consultiva Islâmica") composto por 290 membros eleitos através de sufrágio universal para um período de quatro anos. À semelhança do que acontece com os candidatos a presidente, o Conselho dos Guardiães deve aprovar as candidaturas a deputado. Todas as leis aprovadas pelo parlamento devem ser enviadas para o Conselho dos Guardiães, que verifica se estas estão em concordância com a constituição e com o Islão[3]. Em circunstâncias especiais, o parlamento pode demitir o presidente através um voto de censura com maioria de dois-terços.
O chefe do poder judiciário, actualmente Mahmoud Hashemi Shahrudi, é nomeado pelo Guia Supremo. O chefe do poder judiciário nomeia por sua vez o presidente do Tribunal Supremo e o procurador-geral. O sistema legal iraniano baseia-se na lei islâmica ou charia. Este sistema prevê a prática da retribuição, que permite, dentre outros casos, a um membro da família da vítima de homicídio executar a sentença. Os castigos corporais ou a amputação de membros estão previstos para casos como roubo, consumo de bebidas alcóolicas ou adultério.
O Conselho dos Guardiães é composto por doze juristas, metade dos quais são especialistas em direito religioso, sendo nomeados pelo Guia Supremo; a outra metade é formada por especialistas em direito civil nomeados pelo Conselho Supremo Judiciário e aprovados pelo parlamento. Este conselho analisa as leis do parlamento para garantir que se encontram de acordo com a constituição.
A Assembleia de Peritos foi originalmente constituída com o objectivo de redigir a constituição de 1979. Desde então, esta assembleia, composta por 86 membros, tem como função eleger o Guia Supremo, supervisionar a actuação deste e retirá-lo do exercício das suas funções, caso seja declarado incapacitado. Os membros da Assembleia devem ser clérigos e são eleitos para um período de oito anos.
O Conselho de Discernimento do Interesse Superior do Regime é um órgão composto por 22 membros (clérigos, juristas e políticos), nomeados pelo Guia Supremo. Atualmente é presidido por Hashemi Rafsanjani e a sua principal função é arbitrar os conflitos entre o parlamento e o Conselho dos Guardiães.
[editar] Desrespeito aos direitos humanos
O desrespeito aos direitos humanos no Irã tem sido criticado tanto pelos próprios iranianos, quanto por ativistas internacionais de direitos humanos, escritores e ONGs. A Assembléia Geral da ONU e da Comissão de Direitos Humanos denunciaram abusos anteriores e atuais no país, em críticas e em várias resoluções publicadas.
O governo do Irã é criticado tanto por restrições e punições que seguem a Constituição e a lei da República Islâmica, quanto por ações que não seguem nenhuma lei, como tortura, estupro e assassinato de presos políticos e espancamentos e assassinatos de dissidentes e outros civis.
As restrições e punições que são legais na República Islâmica, mas que violam completamente as normas internacionais de direitos humanos, incluem: penas severas para crimes comuns; punição para "crimes sem vítimas", tais como fornicação e homossexualidade; execução de delinquentes menores de 18 anos de idade, restrições à liberdade de expressão e à imprensa, incluindo a prisão de jornalistas, e tratamento desigual de acordo com a religião e o gênero das população na constituição da República Islâmica - especialmente ataques a membros da religião Bahá'í.
Abusos e punições que foram relatados fora das leis da República Islâmica e que têm sido condenados pela comunidade internacional incluem a execução de milhares de presos políticos em 1988 e a utilização generalizada da tortura para extrair repúdio popular contra prisioneiros, sua causa e apoiadores, em vídeos para propósitos propagandísticos. Também foi condenado o bombardeamento de escritórios de jornais iranianos e ataques contra opositores políticos por "órgãos quase-oficiais de repressão", particularmente o "Hezbollahi", e pelo assassinato de dezenas de opositores do governo na década de 1990, alegadamente por "elementos párias" do governo.
Sob a administração do presidente Mahmoud Ahmadinejad a situação dos direitos humanos no país "se deteriorou significativamente", segundo o grupo Human Rights Watch.[4] Na sequência dos protestos eleitorais no Irã em 2009, houve relatos de assassinato, tortura e estupro de manifestantes detidos[5][6] e detenções e julgamentos em massa de dezenas de figuras proeminentes da oposição em que os acusados "leram confissões que deram todos os sinais de serem coagidas."[7][8][9]
Funcionários do governo da República Islâmica têm respondido às críticas, afirmando que a República Islâmica do Irã não é obrigada a seguir a "interpretação do Ocidente dos direitos humanos"[10] e que a República Islâmica é uma vítima da "propaganda preconceituosa dos inimigos", que é parte "de um plano maior contra o mundo do Islã."[11] De acordo com oficiais iranianos, aqueles ativistas de direitos humanos que se dizem ativistas políticos pacíficos, são realmente culpados de crimes contra a segurança nacional do país[12] e os manifestantes que reivindicam que Ahmadinejad roubou a eleição de 2009 são na verdade parte de uma conspiração estrangeira para derrubar os líderes do Irã.[13]
[editar] Defesa
As forças armadas regulares são compostas por três comandos principais:
Exército (artesh): contava com 350 000 homens (200 000 em reserva) em 2004[14];
Marinha (Niru Daryāi): contava com cerca de 18 000 homens em 2001[15];
Aviação (Niru Havayi): contava com aproximadamente 16 000 homens em 1996.[16]
Para além da força armada regular, existe uma força criada com o objectivo de salvaguardar os preceitos da Revolução Islâmica: o Corpo de Guarda da Revolução Islâmica (Pasdaran). Dentro do mesmo espírito de fervor religioso, Khomeini criou em 1979 o Basij, grupo de voluntários, que actou na guerra Irão-Iraque. Hoje o Basij tem como principal função fazer cumprir os preceitos islâmicos no seio da população.
O serviço militar é obrigatório para os homens e tem a duração de 21 meses.
[editar] Política externa
A política externa iraniana baseia-se em dois princípios: eliminar influências externas na região (especialmente os EUA) e manter contatos estreitos com países em desenvolvimento e não-alinhados. O Irão não reconhece o Estado de Israel e as relações diplomáticas com os EUA foram rompidas pelo período de 1979 desde a Revolução Iraniana até 2007. Teerão está sob sanções da ONU desde 2006 devido ao seu programa nuclear. O país tem procurado projetar-se como uma liderança regional.
A eleição de Khatami em 1997 representou um ponto de viragem nesta política, expressa na tentativa de quebrar o isolamento do país e de melhorar a sua imagem internacional. Em 1998 Khatami dissociou-se da fatwa emitida contra o escritor Salman Rushdie, decisão que levou ao restabelecimento de relações diplomáticas com o Reino Unido. O antigo presidente propôs também a criação do projecto "Diálogo entre Civilizações".
[editar] Subdivisões
Ver artigo principal: Condados do Irão
Ver página anexa: Províncias do Irão
O Irã subdivide-se em 30 províncias, sendo cada uma administrada por um governador indicado pelo Ministério do Interior, mediante aprovação do gabinete. As províncias dividem-se por sua vez em 324 condados e em 865 distritos. Os presidentes dos municípios são também nomeados pelo Ministério do Interior; o conselho local do município é eleito pela população.
Teerão
Qom
Markazi
Qazvin
Gilan
Ardabil
Zanjan
Azerbaijão Oriental
Azerbaijão Ocidental
Curdistão
Hamadã
Kermanshah
Ilam
Lorestão
Khuzistão
Chahar Mahaal e Bakhtiari
Kohkiluyeh e Buyer Ahmad
Bushehr
Fars
Hormozgan
Sistan e Baluchistão
Kerman
Yazd
Isfahan
Semnan
Mazandaran
Golestan
Coração do Norte
Razavi Coração
Coração do Sul
[editar] Símbolos nacionais
Ver artigos principais: Bandeira do Irão, Brasão de armas do Irão, Hino nacional do Irão.
A bandeira nacional do Irão foi adotada em 29 de julho de 1980, logo após a Revolução Islâmica.
O brasão de armas do Irão, desde a Revolução Iraniana em 1979, apresenta uma versão estilizada da escrita arábica da palavra Deus, e também "La ilaha maus Deus" (Não há Deus além de Deus).
"Sorood-e Melli-e Jomhoori-e Eslami" ou "Sorud-e Melli-e Iran" é o hino nacional do Irão. Foi composto por Hassan Riahi, a partir de um poema de vários autores. O hino foi adoptado em 1990, substituindo o hino usado durante o regime de Ayatollah Khomeini.
[editar] Economia
Ver artigo principal: Economia do Irão
Uma população estimada de 1,2 milhões de artesãos que produzem tapetes no Irã para os mercados interno e de exportação internacional.[17]O Irão foi um país essencialmente agrícola até aos anos 60 do século XX. A partir de então ocorreu uma descolagem da indústria, nomeadamente da indústria petroquímica, têxtil (situada principalmente em Isfahan e na região da costa do Mar Cáspio), automóvel, de construção de equipamentos electrónicos, de papel e alimentar.
A Revolução Islâmica teve consequências sobre o desenvolvimento económico, uma vez que se verificou uma redução drástica do investimento estrangeiro. A actividade turística, que tinha sido promovida pela dinastia Pahlavi através de medidas como a construção de hotéis e a pavimentação de estradas, praticamente desapareceu após a revolução. A situação económica viu-se agravada com guerra com o Iraque e pela queda do preço do petróleo a partir de 1985.
A subida do preço do petróleo a partir de 2003 beneficiou o Irão, que utilizou o dinheiro para programas sociais. Os poços de petróleo encontram-se situados no sudoeste do país, junto ao Golfo Pérsico.
[editar] Setor primário
Segundo dados de 2005 a agricultura contribui com 11,6% no Produto Interno Bruto do Irão, empregando 30% da população. As principais culturas agrícolas são o trigo e a cevada, seguidas por outros cereais como o centeio, o milho e o sorgo.
No nordeste do país tem ocorrido uma expansão da cultura do algodão. Nas regiões pantanosas situadas junto ao Mar Cáspio produz-se arroz. Outras culturas são a do tabaco, chá e beterraba açucareira.
O Irão é conhecido pela produção de frutas, frescas e secas. Das primeiras destacam-se os citrinos das zonas do Mar Cáspio, as uvas, maçãs, peras e pêssegos da região central do país e as bananas da região próxima ao Golfo Pérsico. Entre os frutos secos salienta-se o pistachio.
O sector da pecuária é dominado pelo gado ovino e caprino, com uma menor presença do bovino; encontra como zona favorável ao seu desenvolvimento as zonas do noroeste do país, ricas em pastos. A criação de camelos para utilização como meio de transporte ainda é prática corrente.
A produção de automóveis no Irã cruzou a marca de 1 milhão em 2005. Iran Khodro é a maior fabricante de automóveis no Oriente Médio. Ele estabeleceu joint-ventures com parceiros estrangeiros, em 4 continentes.A pesca também ocupa um importante lugar na economia, fornecendo produtos para consumo interno e externo, embora o seu potencial não tenha sido ainda completamente explorado. No Mar Cáspio encontram-se espécies como o salmão, a tainha e o esturjão; a partir das ovas desta última espécie se produz o caviar, sendo o iraniano um dos mais famosos do mundo. Por sua vez no Golfo Pérsico pescam-se espécies como a perca, a sardinha e o camarão. Nos rios do país pesca-se a truta, o barbo e outros peixes de água doce.
[editar] Setor terciário
As principais importações do Irão são os produtos alimentares, maquinaria, o equipamento de transporte, ferro e aço. Quanto às exportações, destacam-se, para além do petróleo, os tapetes, os frutos secos, as manadas de gado e as especiarias. Os principais países com os quais o Irão mantém relações comerciais são a Alemanha, a China, o Japão, a Itália e a África do Sul. O Irão não possui relações comerciais directas com os Estados Unidos da América desde 1985.
A moeda do Irão é o rial, emitida pelo Banco Central da República Islâmica do Irão. Os bancos e as seguradoras foram nacionalizados em 1979, mas em 2001 o governo atribuiu duas licenças para que se constituíssem dois bancos privados. Os bancos regulam-se pela lei islâmica, e como tal não praticam o juro, cobrando apenas uma comissão.
[editar] Infraestrutura
[editar] Educação
Ver artigo principal: Educação no Irão
A população do Irã chegou a 70 milhões de pessoas em 2006. Mais de dois terços dos iranianos estão com 30 anos de idade, e a taxa de alfabetização está acima de 80%.A educação é obrigatória para todas as crianças entre os 6 e os 10 anos de idade. De acordo com dados de 2005, 81,3% da população com mais de 15 anos de idade encontra-se alfabetizada. Desde a Revolução Islâmica de 1979 que todas as escolas e universidades devem promover os valores do islão, tendo se verificado um afastamento em relação a modelos educativos seculares.
A educação primária é seguida por um ciclo de três anos que procura avaliar as aptidões dos alunos e orientá-los para os vários tipos de ensino secundário.
Existem no Irão mais de 100 instituições de ensino superior. Após a Revolução Islâmica muitos académicos foram forçados a abandonar os seus lugares devido às suas ligações com a monarquia ou pela sua identificação com valores seculares, o que provocou uma falta de pessoal nestas instituições. Algumas universidades foram mesmo encerradas no início da década de 80 e outras mudaram de nome. Muitos iranianos encontram-se a estudar no estrangeiro devido a este fenómeno e também porque existe no país a mentalidade que uma educação no exterior é superior. As universidades iranianas mais importantes são a Universidade de Teerão (fundada em 1934), a Universidade de Shiraz (fundada em 1945) e a Universidade de Isfahan (fundada em 1950).
[editar] Mídia
A legislação iraniana estabelece que a televisão e a rádio devem ser operadas pelo Estado e devem estar de acordo com os valores islâmicos. O organismo responsável pelas estações de televisão e de rádio é o Islamic Republic of Iran Broadcasting (IRBI). O IRBI opera várias estações de televisão em língua persa e nas línguas regionais, sendo a mais vista o Canal 3, dedicado aos jovens. O Irão procura também captar audiências nos países árabes do Médio Oriente através dos canais Al-Alam e Al-Kawthar. Apesar do governo ter declarado ilegal o uso de antenas parabólicas em 1995, estas são toleradas e gozam de uma ampla popularidade entre a população. Alguns dos canais captados via satélite são operados por dissidentes do regime que vivem no estrangeiro e que utilizam os canais para a crítica governamental.
A maior parte jornais estão sediados em Teerão. Os jornais mais populares são o Kayhan e o Ettelaat, para além dos jornais desportivos.
Os provedores de internet no Irão utilizam filtros que bloqueiam páginas cujo conteúdo seja pornográfico, considerado anti-islâmico ou crítico do regime. Estima-se que cerca de 7 milhões de iranianos possuam acesso à internet.
[editar] Cultura
Ver artigo principal: Cultura do Irão
[editar] Literatura
A literatura persa desenvolveu-se a partir do século IX, nas cortes das dinastias locais que resultaram da decadência do califado abássida. A poesia tem sido a forma dominante desta literatura. Considera-se como primeiro grande poeta persa Rudaki (859-941), figura que esteve ao serviço da corte dos Samânidas. Rudaki foi seguido por nomes como Firdausi (940-1020), autor do épico Shahnameh e Omar Khayyam, astronómo e matemático que foi autor da colectânea de poesia Rubaiyat. Antes da sua entrada em decadência a partir do século XV, a literatura persa ficou marcada pela obra de poetas místicos como Rumi, Saadi e Hafiz.
[editar] Cinema
A sétima arte chegou ao Irão em 1900, cinco anos depois do seu nascimento. Neste ano, Mirza Ebrahim Khan Akkas Bashi, fotógrafo oficial da corte do xá Mozzafar al-Din, considerado como o primeiro realizador iraniano, acompanhou uma visita do xá à Europa. Em Paris, Akkas Bashi comprou uma câmara que utilizou para filmar a visita do seu soberano à Bélgica. A primeira sala de cinema no Irão surgiu 1905 em Teerão.
Os filmes iranianos tem participado (e em alguns caso sido galardoados) em prestigiados festivais de cinema internacional, como o Festival de Cannes, a Mostra de Veneza ou o Festival de Berlim.
[editar] Património Mundial da Humanidade
O Irão possui oito sítios classificados pela UNESCO como Património Mundial:
Meidan Emam - praça de Abbas I em Isfahan;
Persépolis - antiga capital persa, fundada por Dário I em 518 a.C.;
Tchogha Zanbil - capital religiosa do reino elamita fundada em 1250 a.C. e que é hoje um sítio arqueólogico;
Bam e a sua paisagem cultural - cidade do período aqueménida fundada entre o século VI e o século IV a.C.. Os seus monumentos foram danificados devido ao terramoto de 2003;
Pasárgada - capital do império aqueménida
Takht-e Soleyman - sítio arqueológico onde se encontram ruínas arqueológicas, como um templo sassânida dedicado à deusa Anahita;
Soltaniyeh;
Bisotun
[editar] Culinária
Elementos de um prato típico, o Chelo Kabab.Quase todas as refeições iranianas incluem o pão (nun) ou o arroz (berenj). Existem basicamente quatro variedades de pão: lavash, pão consumido ao pequeno-almoço, achatado e fino; barbari, um pão fofo e salgado, feito com farinha branca e por vezes coberto por sementes de sésamo (gergelim); sangak, pão comprido cozido sobre pedras (sangak significa pedra em língua persa) e o taftun, pão fino em forma oval.
O arroz simples cozido é chamado de chelo; quando cozinhado com outros ingredientes, como frutos secos ou carnes é chamado pollo. O açafrão é muito utilizado para dar cor e sabor ao arroz. O arroz é acompanhado por carnes, sendo as mais consumidas a de ovelha e carneiro; o porco não é consumido devido à religião islâmica.
Os iranianos preferem o chá ao café. Acompanhando o serviço de chá encontram-se cubos de açúcar (ghand); o costume iraniano manda pegar num cubo, passá-lo pela chávena de chá e depois colocá-lo na boca, junto aos dentes da frente para que se dissolva à medida que o chá vai sendo bebido. O café no Irão é consumido forte, sem leite e com bastante açúcar.
[editar] Desporto
Estádio Azadi, o maior estádio do país.O desporto tradicional do Irão é o Varzesh-e Pahlavani (o que significa "desporto dos heróis" ou "desporto dos campeões"), uma arte marcial que remonta provavelmente à época da dinastia dos Partos. Mistura elementos do culturismo e da luta e é praticado num edifício conhecido como o zoorkhaneh. Os exercícios são conduzidos pelo morshed, homem que canta versos de poesia. Trata-se de um desporto que atribui grande importância a valores como a bravura e a caridade.
Os atletas iranianos participaram pela primeira vez nos Jogos Olímpicos em 1948. O país ganhou a sua primeira medalha olímpica nos Jogos Olímpicos de 1952, em Helsinquia, com Gholamreza Takhti, vencedor da medalha de prata na luta. Este atleta venceu ainda uma medalha de ouro em 1956 e de prata em 1960. Em 1956 o país fez a sua estreia nos Jogos Olímpicos de Inverno. Hossein Reza Zadeh é actualmente o detentor do recorde do mundo de halterofilismo na categoria de mais de 105 kg, tendo sido o primeiro iraniano a ganhar duas medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos.
Após a Revolução Islâmica de 1979, o desporto foi negligenciado, tendo as mulheres sido proibidas de participar como atletas em eventos desportivos. A situação agravou-se com a guerra com o Iraque dos anos 80. Contudo, desde a década de 90 o desporto tem sido valorizado, tendo as mulheres voltado a participar.
O futebol é hoje o desporto mais popular entre os iranianos. A equipa de futebol nacional ("Melli") consagrou-se como vencedora na Copa da Ásia de 1968, 1974 e 1976. O Irão fez a sua estreia na Copa do Mundo em 1978.
O Iraque (em árabe العراق, transl. al-Irāq, em curdo Îraq) é um país do Médio Oriente, limitado a norte pela Turquia, a leste pelo Irão, a sul pelo Golfo Pérsico, pelo Kuwait e pela Arábia Saudita e a oeste pela Jordânia e pela Síria. Sua capital é a cidade de Bagdá (Bagdad), no centro do país, às margens do rio Tigre.
Índice [esconder]
1 História
1.1 Iraque sumério-acadiano
1.2 Iraque amorita, elamita, mitanni, egípcio e hitita
1.3 Iraque aquemênida, assírio e caldeu
1.4 Iraque selêucida, arsácida e sassânida
1.5 Iraque omíada e abássida
1.6 Iraque na Idade Contemporânea
1.7 Composição étnico-religiosa e grupos políticos
1.8 Invasão americana
1.9 Pós-Invasão
2 Geografia
3 Demografia
4 Política
4.1 Bandeira
4.2 Brasão de armas
4.3 Hino nacional
5 Subdivisões
6 Economia
7 Cultura
8 Referências
9 Ver também
[editar] História
Ver artigo principal: História do Iraque
[editar] Iraque sumério-acadiano
Ver artigo principal: Mesopotâmia
O território do atual Iraque foi o berço da civilização suméria (a civilização mais antiga do mundo) por volta de 4000 a.C. No ano de 2550 a.C., ocorreu a unificação da Suméria com a Acádia feita pelo patesi Sargão. Séculos mais tarde o Império de Sargão desmorona: ocorrem revoltas internas e os povos nômades vindos dos Montes Zagros (os povos guti) conquistam o Império. No ano de 1950 a.C. eles conquistam o Império definitivamente depois de diversos ataques dos elamitas e dos Amoritas. Tal motivo de tantos combates seria das terras férteis localizado do rio Nilo até os Planaltos Iranianos.
[editar] Iraque amorita, elamita, mitanni, egípcio e hitita
Os elamitas tomaram o extremo Norte do atual Iraque (do Império de Sargão), enquanto os amoritas que formavam o Primeiro Império Babilônico ocupavam o Centro-Sul. Os mitanni (cassitas e hurritas) que dominavam o norte iraquiano acabaram sendo conquistado pelos egípcios e pelos hititas. Os egípcios e os hititas que estavam dominando o antigo Império Mitanni, acabaram sendo dominados pelos amoritas, e os amoritas acabaram sendo dominados pelos cassitas, reconquistando o império, logo o II Império Mitanni acabou desmoronando nas mãos dos elamitas.
[editar] Iraque aquemênida, assírio e caldeu
Ver artigos principais: Amoritas e Império Babilônico.
A parte superior da estela do código de leis de Hamurabi.Os amoritas que formaram o Primeiro Império Babilônico acabaram sendo conquistados pelos assírios por causa da morte do rei Hamurabi. Ciáxares, rei da Média, com aliança com o rei dos caldeus, invadiu Assur em 615 a.C. e, em 612 a.C., tomou Nínive, pondo fim ao Estado assírio. Por causa da independência do Egito, ocorreram diversas manifestações na Fenícia e no Elam. Os persas se aproveitando disso,conquistaram os elamitas no ano de 539 a.C. durante a Dinastia Aquemênida persa. O II Império Babilônico formado pelos caldeus acabou sendo dominado também pelos Persas. Após a tentativa frustrada de Dario (Rei Persa) de conquistar a Grécia, o império aquemênida começou a declinar. Décadas de golpes, revoltas e assassinatos enfraqueceram o poder dos aquemênidas. Em 333 a.C., os persas já não tinham mais força para suportar a avalanche de ataques de Alexandre, o Grande, e em 330 a.C., o último rei Aquemênida, Dario III, foi assassinado por seu sátrapa Bessus, e o primeiro Império Persa caiu em mãos dos gregos e macedônios.
[editar] Iraque selêucida, arsácida e sassânida
Ver artigos principais: Império Selêucida, Dinastia arsácida e Império Sassânida.
O Império de Alexandre, o Grande.O Império Selêucida foi um estado político helenista que existiu após a morte de Alexandre III da Macedónia, cujos generais entraram em conflito pela divisão de seu império. A Dinastia Arsácida (ou Parta) foi o mais duradouro dos impérios do antigo Oriente Médio. Nômades partos, de origem iraniana, instalaram-se no Planalto Iraniano e estabeleceram um pequeno reino independente. Sob a liderança do Rei Mitrídates, o Grande (171 a.C.-138 a.C.), o reino parto tornou-se dominante na região, submetendo a Média, a Mesopotâmia e a Assíria. O Império Parto ocupava todo o território do atual Irã, bem como os modernos Iraque, Azerbaijão, Armênia, Geórgia, o leste da Turquia, o leste da Síria, Turcomenistão, Afeganistão, Tadjiquistão, Paquistão, Kuwait e a costa do Golfo Pérsico da Arábia Saudita, Bareine e Emirados Árabes Unidos. O império chegou ao fim em 224 d.C., quando o último rei parto foi derrotado por um de seus vassalos, Ardacher dos persas, da dinastia sassânida. As frequentes guerras com os romanos levaram à exaustão e à destruição do Império Sassânida. Com Constantinopla sitiada, o Imperador bizantino Heráclio flanqueou os persas pelo mar na Ásia Menor e atacou-os pela retaguarda, o que resultou numa derrota decisiva em 627 para os sassânidas na Mesopotâmia setentrional. Estes viram-se obrigados a abandonar todos os territórios conquistados e recuar, seguindo-se o caos interno e a guerra civil. Após 14 anos e sete reis diferentes, o Império Persa foi subjugado pelos árabes muçulmanos; com o assassinato, em 651 do último governante sassânida, Yezdegerd III, seu território foi absorvido pelo Califado.
[editar] Iraque omíada e abássida
O Império islâmico e os califados durante sua maios extensão.
██ Sob o profeta Muhammad, 622-632
██ Sob o Califado Patriarcal, 632-661
██ Sob o Califado Umayyad, 661-750
Conquistada por persas e gregos, a Mesopotâmia se torna o centro de um vasto império árabe no século VII(primeira dinastia de califas do profeta Maomé: a Dinastia Omíada dos descendentes de Meca). Um século depois, a "Dinastia dos Abbas" decidiu mudar a capital de Damasco para o leste, e o califa Mansur construiu a nova capital, Bagdá, nas margens do rio Tigre. Durante três séculos, a cidade das "Mil e uma Noites" foi o centro de uma nova cultura.
[editar] Iraque na Idade Contemporânea
As fronteiras orientais do Império Otomano variaram muito ao longo de séculos de disputas com os Mongóis e outros povos da Ásia Central, posteriormente seguidas de disputas com o Império Russo, no século XIX (Ver artigo principal: História do Iraque).
Na região do moderno Iraque, forças inglesas haviam ajudado a organizar sublevações regionais contrárias ao domínio otomano durante toda a I Guerra Mundial. O Iraque moderno nasceu em 1919, quando o Império Otomano, foi desmembrado, depois da Primeira Guerra Mundial.
Em 1920 a Conferência de San Remo levou à imposição de um mandato da Liga das Nações para a Inglaterra administrar o Iraque. O Rei Faissal foi coroado pelos britânicos como chefe de Estado, embora tivesse um poder meramente simbólico perante o domínio inglês. Isto fez eclodir uma nova rebelião independentista. Para dominar o Iraque, as tropas britânicas realizaram uma verdadeira guerra colonial, utilizando-se de forças blindadas e bombardeios aéreos contra vilas e cidades iraquianas durante toda a década de 1920, que incluíram o uso de armas químicas como o gás mostarda lançado de aviões [2] [3] [4].
Em 1932 o Iraque teve sua independência formalizada, embora continuasse sob forte influência inglesa, já que o Reino Unido conseguiu manter membros do antigo governo colonial (1920-1932) durante o curto período de independência do Iraque governado pelo Rei Faissal (1932-1933) e na sequência, em governos dos seus descendentes da dinastia hachemita[4].
Após a morte do rei Ghazi, filho de Faissal, em 1939, foi instituído um período de regência, pois o rei Faissal II tinha apenas 4 anos. Na maior parte do período de regência, o tio do rei, Abdulillah (Abdel Ila), governou o Iraque.
Este era um governo pró-britânico até o início da II Guerra Mundial. Em Março de 1940, o Primeiro-Ministro e General Nuri as-Said foi substituído por Rashid Ali al-Gailani, um nacionalista radical, que adotou uma política de não-cooperação com os britânicos. A pressão britânica que se seguiu levou a uma revolta militar nacionalista em 30 de Abril de 1941, quando foi formado um novo governo, pró-Alemanha, encabeçado por Gailani. Os britânicos desembarcaram tropas em Baçorá e ocorreu uma rápida guerra entre os dois países em Maio, quando os ingleses restabeleceram o controle sobre o Iraque e Faiçal II foi reconduzido ao poder. Em 17 de Janeiro de 1943 o Iraque declarou Guerra à Alemanha. A Grã-Bretanha ocupou o Iraque até 1945 e dividiu a ocupação do vizinho Irã com as forças da URSS. Durante a guerra o Iraque foi um importante centro de suprimento para as forças dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha que operavam no Oriente Médio e de transbordo de armas para a URSS. Após a II Guerra Mundial, o Iraque se tornou área de influência dos EUA, assinando o Pacto de Bagdá em 1955 com EUA e Turquia.
O Iraque participou da guerra árabe-israelense de 1947-1949 (Ver: Guerra árabe-israelense de 1948), e apoiou os paises árabes em guerra contra Israel na Guerra dos Seis Dias (1967) e na Guerra do Yom Kipur (1973).
Com a crise política dos anos 1950, o Iraque chegou a formar uma confederação com a Jordânia em 1958, que dissolveu-se com o fim da monarquia e o início da república no mesmo ano. O período 1959-1979 foi bastante conturbado na história iraquiana, com diversos golpes de Estado e participação em duas guerras Ver artigo principal: História do Iraque).
Em 15 de Julho de 1979, o general sunita Saddam Takriti Hussein assumiu o poder, iniciando um governo que duraria até a Invasão Americana ao Iraque em 2003. Saddam Hussein lideraria o Iraque contra o Irã, na longa e sangrenta Guerra Irã-Iraque, apoiado pelos EUA. Entretanto, após invadir o Kuwait em 1990, o país foi duramente atacado pela coalizão de países liderada pelos EUA na Guerra do Golfo, em 1991.
O Iraque foi ocupado pelos EUA e Inglaterra após a invasão de 20 de Março de 2003. Em 28 de Junho de 2004, a ocupação do Iraque terminou "oficialmente", o poder foi transferido para um novo governo liderado por um primeiro-ministro, o iraquiano Iyad Allawi, embora a ocupação militar e a guerra continuem até o presente momento, em 2010.
[editar] Composição étnico-religiosa e grupos políticos
O Iraque tem uma composição étnico-linguística de maioria árabe e minoria de curdos (15%), concentrados a porção norte do país. A língua árabe é oficial e predominante; já no Curdistão, o árabe é ensinado como segunda língua depois da língua curda.
A religião mais professada por mais de 95% da população é a islâmica. A maioria dos muçulmanos são do grupo xiitas (60% da população), concentrados no sul do país. No centro, predominam os sunitas, que são a segunda vertente da religião islâmica (os sunitas totalizam 20% da população).
Entre os partidos políticos do Iraque estão o Partido Baath Árabe e Socialista, no governo de 1968 a 2004, o Partido Democrático do Curdistão, e a União Patriótica do Curdistão. A Federação Geral dos Sindicatos é a única central operária do país.
[editar] Invasão americana
Ver artigos principais: Invasão do Iraque e Guerra do Iraque.
Monumento a Saddam Hussein no centro de Bagdá vandalizado por iraquianos pouco depois da invasão das forças de coalizão em Abril de 2003.Em 20 de março de 2003, uma coalizão liderada pelos Estados Unidos invadiu o Iraque, com o motivo declarado de ter o Iraque falhado no abandono de suas armas químicas e nucleares, em violação ao Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas, resolução 687. Os Estados Unidos afirmaram que devido o Iraque estar violando as normas da resolução 687, a autorização para o uso de forças armadas dessa resolução foi reavivado. Os Estados Unidos ainda justificam a invasão, afirmando que o Iraque tinha ou estava a desenvolver armas de destruição em massa e declarando o desejo de remover um ditador do poder opressivo e levar a democracia ao Iraque. No seu discurso sobre o "Estado da União" de 29 de janeiro de 2002, o Presidente George W. Bush declarou que o Iraque era um membro do "Eixo do Mal", e que, tal como a Coreia do Norte e o Irão, o Iraque tentava adquirir armas de destruição em massa, resultando numa séria ameaça à segurança nacional dos E.U.A., Bush disse ainda:
O Iraque continua a ostentar a sua hostilidades em direção a América e seu apoio ao terror. O regime iraquiano tem desenvolvido antrax, gazes que afetam o sistema nervoso, e armas nucleares por mais de uma década … Este é o regime que concordou com inspecções internacionais - depois expulsou os inspetores. Este é um regime que tem algo a esconder do mundo civilizado … Procurando armas de destruição em massa, estes regimes [o Irão, o Iraque e a Coreia do Norte] representam um grave e crescente perigo. Eles poderiam fornecer estas armas aos terroristas, prestando-lhes os meios para corresponder ao seu ódio.[5]
Contudo, de acordo com um relatório mais abrangente do próprio governo dos E.U.A., nenhuma arma de destruição em massa foi encontrada desde a invasão.[6] E mesmo notícias atuais contradizem o governo americano[7]
[editar] Pós-Invasão
Após a invasão, os estadunidenses e aliados impuseram ao Iraque as 100 Resoluções de Remer,[8] que inclui os seguintes artigos[9]
Artigo 17, que garante aos empreiteiros estrangeiros, incluindo empresas de segurança privadas, imunidade legal;
Artigo 39, que permite a remessa de mercadorias isentas de impostos sobre lucros;
Artigos 57 e 77, que asseguram a execução das ordens dos EUA, colocando um inspector-geral e auditores nomeados pelos E.U. em cada ministério público, com duração de cinco anos, e autoridade sobre contratos, programas, funcionários e regulamentos; (1)
Artigo 81: Nos termos desta resolução, os agricultores comerciais do Iraque devem agora comprar "sementes registradas".
Estas sementes são normalmente importadas pela Monsanto, Cargill e pela World Wide Companhia Trigo. Infelizmente, essas sementes, conhecidas como "terminator", são estéreis. Isso significa que não podem ser replantadas e exigem uma total dependência por sementes externas.
[editar] Geografia
Ver artigo principal: Geografia do Iraque
A maior parte do país é desértica, porém as regiões dos rios Tigre e Eufrates são férteis, propiciando a agricultura. A capital Bagdá situa-se no centro do país às margens do Tigre.
[editar] Demografia
Ver artigo principal: Demografia do Iraque
A segunda maior cidade do Iraque é Baçorá.
[editar] Política
[editar] Bandeira
Ver artigo principal: Bandeira do Iraque
A bandeira nacional do Iraque segue o modelo tricolor das bandeiras da Revolta Árabe. Após a ocupação norte-americana, tentou-se criar um desenho fora desse contexto, o qual foi, no entanto, rejeitado. Uma nova bandeira foi adotada em Janeiro de 2008, tendo sido retiradas as três estrelas verdes associadas ao partido Ba'ath, que significavam unidade, liberdade e socialismo. Manteve-se no entanto o lema Allah-u-Akbar (Deus é grande).[10]
[editar] Brasão de armas
Ver artigo principal: Brasão de armas do Iraque
O brasão de armas do [Iraque contém a águia dourada de Saladino associada ao pan-arabismo do século XX, com um escudo da bandeira iraquiana, e segurando um pergaminho com as suas garras contendo as palavras الجمهورية العراقية (em árabe: al-Jumhuriya al-Iraqiya ou República Iraquiana).
O Brasão de armas em 1965, não tinha a escrita kufi entre as estrelas da bandeira e foi colocado verticalmente. Esta versão permaneceu em uso até ser substituída pela actual versão, em 2004. Continua controvérsia sobre a bandeira do Iraque resultante do governo interino, que adopta uma bandeira sem retirado as estrelas, mas mantendo a escrita kufi.
[editar] Hino nacional
Ver artigo principal: Hino nacional do Iraque
"Mawtini" (Em árabe: موطني, "Minha Pátria"), é um poema popular escrito pelo poeta palestino Ibrahim Touqan por volta de 1934 na Palestina, que veio a ser o hino nacional de facto da Autoridade Nacional Palestina. A melodia original foi composta por Muhammad Fuliefil, e ao longo dos anos foi se tornando popular no mundo árabe.
Recentemente, foi adaptada para ser o hino nacional do Iraque, substituindo o antigo hino "Ardulfurataini Watan".
[editar] Subdivisões
Ver artigo principal: Subdivisões do Iraque
Ver página anexa: Cidades no Iraque
Bagdad (بغداد)
Salah ad Din (صلاح الدين)
Diyala
Wasit
Maysan
Basora (البصرة)
Dhi Qar (ذي قار)
Al Muthanna
Al Qadisyah (القادسية)
Babil (بابل)
Kerbala (كربلاء)
Nayaf (النجف)
Al Anbar (الأنبار)
Ninawa (نينوى)
Dahuk (دهوك)
Erbil (أربيل)
At Ta'mim
Suleimaniya (السليمانية)
[editar] Economia
Ver artigo principal: Economia do Iraque
Uma nota antiga de 50 dinar.Dois dos principais produtos exportados são o petróleo e as tâmaras. Mas após os atentados de 11 de setembro de 2001, o país deixou de exportar 80% de sua produção de tâmara devido ao bloqueio econômico internacional. O Iraque detém a segunda maior reserva de petróleo do mundo, perdendo apenas para a Arábia Saudita. A economia do Iraque ficou arruinada por uma década de sanções econômicas internacionais. Estima-se que a recuperação da indústria de petróleo do Iraque, que está em frangalhos, levará três anos, a um custo mínimo de 5 000 milhões de dólares. A maioria da população depende totalmente das cestas básicas distribuídas pelo governo. A ONU calcula que a guerra criou quase 1 milhão de refugiados, que precisaram de ser abrigados e alimentados pelos exércitos de ocupação.
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Nota: Se procura pela cidade capital deste país, veja Kuwait (cidade).
دولة الكويت
(Dawlat al-Kuwayt)
Estado do Kuwait
Bandeira Brasão de armas
Lema: Não tem
Hino nacional: النشيد الوطني (Al-Nasheed
Al-Watani) ("Hino nacional")
Gentílico: cuwaitiano, kowaitiano, koweitiano, kuwaitiano[1]
Capital Cidade do Kuwait
29°22′N 47°58′E
Cidade mais populosa Cidade do Kuwait
Língua oficial Árabe
Governo Monarquia constitucional parlamentar
- Emir Sabah IV
- Primeiro-ministro Nasir al-Muhammad al-Ahmad al-Sabah
Independência do Reino Unido
- Data 19 de junho de 1961
Área
- Total 17 818 km² (152.º)
- Água (%) <0,1
População
- Estimativa de 2007 2 596 799 hab. (138.º)
- Densidade 131 hab./km² (57.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2008
- Total US$ US$205,829 bilhões[2] (58.º)
- Per capita US$ US$84.304[2] (6.º)
Indicadores sociais
- IDH (2007) 0,916[3] (31.º) – muito elevado
- Esper. de vida 77,6 anos (53.º)
- Mort. infantil 8,1/mil nasc. (47.º)
- Alfabetização 94,5% (73.º)
Moeda Dinar kuwaitiano (KWD)
Fuso horário UTC (UTC+3)
- Verão (DST) (UTC - não observado)
Org. internacionais ONU, Liga Árabe,
CCG, OCI, OPEP
Cód. Internet .kw
Cód. telef. +965
Website governamental http://www.da.gov.kw
O Estado do Kuwait, Kuweit, Koweit[4] ou Kuaite[5] (também chamado Coveite[6] e aceite as grafias de Couaite e Cuaite[7] por linguistas em Portugal) (em árabe: الكويت دولة, Dawlat al-Kuwayt) é um emirado árabe soberano situado no nordeste da península Arábica na Ásia Ocidental. Faz fronteira com a Arábia Saudita ao sul e ao norte com o Iraque. Encontra-se na costa noroeste do Golfo Pérsico. O nome Kuwait é derivada do árabe "akwat", o plural de "Kout", que significa "fortaleza construída perto da água".[8] O emirado tem uma área de 17.820 quilômetros quadrados e tem uma população de cerca de 2,7 milhões de habitantes.[9]
Historicamente, a região era conhecida como Characene, um grande porto Parto para o comércio entre a Índia e a Mesopotâmia. A tribo Bani Utbah foram os primeiros colonos árabes permanentes na região e estabeleceram as bases modernas do emirado. No século XIX, o Kuwait estava sob a influência do Império Otomano e depois da Primeira Guerra Mundial, ele emergiu como um xecado independente sob a proteção do Império Britânico. Grandes campos de petróleo no Kuwait foram descobertos na década de 1930.
Após Kuwait ter conquistado a independência do Reino Unido em 1961, a indústria de petróleo do país registou um crescimento econômico sem precedentes. Em 1990, o Kuwait foi invadido e anexado pelo vizinho Iraque. Os sete meses de ocupação iraquiana chegaram ao fim depois de uma intervenção militar direta por parte das forças liderada pelos Estados Unidos. Cerca de 773 poços de petróleo do Kuwait foram incendiados por parte do exército iraquiano, resultando em uma grande catástrofe ambiental e econômica para o país.[10] A infraestrutura do Kuwait foi danificada durante a guerra e teve de ser reconstruída.[11]
O Kuwait é uma monarquia constitucional com um sistema parlamentar de governo, com a Cidade do Kuwait servindo como capital política e econômica do país. O país tem a quinta maior reserva de petróleo do mundo[12] e os derivados de petróleo representam agora cerca de 95% das receitas de exportação e 80% da renda do governo do país.[13] Kuwait tem o décimo primeiro maior PIB per capita do planeta e tem o maior índice de desenvolvimento humano (IDH) do mundo árabe.[14] O Kuwait é classificado como uma economia de alta renda pelo Banco Mundial e é designado como um grande aliado não membro da OTAN dos Estados Unidos.[15]
Índice [esconder]
1 Etimologia
2 História
3 Geografia e clima
4 Demografia
5 Política
6 Subdivisões
7 Economia
8 Cultura
9 Referências
10 Ver também
11 Ligações externas
[editar] Etimologia
Kuwait, como topônimo, em árabe Al-Kuwayt, alterna com as formas Kowait, Koweit e até o aportuguesamento Coveite. Trata-se do diminutivo kut, "forte", significando assim "fortim".
[editar] História
Ver artigo principal: História do Kuwait
No século 4 a.C., os gregos antigos colonizaram uma ilha ao largo da costa do Kuwait, agora conhecida como Failaka e a batizaram de "Ikarus".[16] Em 123 a.C., a região ficou sob a influência do Império Parto e estava intimamente associada com a cidade de Charax, no sul da Mesopotâmia.[17] Em 224 d.C., a região caiu sob o controle do Império Sassânida e veio a ser conhecida como Hajar.[18] Por volta do século XIV, a área que compreende o moderno Kuwait se tornou parte do o califado islâmico.[19]
Os primeiros colonos permanentes na região vieram da tribo Bani Khalid de Nejd e estabelecram o Estado do Kuwait.[19] Em 1756, o povo elegeu Sabah l bin Jaber como o primeiro monarca do Kuwait.[20] A atual família real do Kuwait, al-Sabah, são descendentes de Sabah I. Durante o governo de Al-Sabah, o Kuwait progressivamente se tornou um centro de comércio. Ele já serviu como um centro de comércio entre a Índia, o chifre da África, o Nejd, a Mesopotâmia e o Levante. Até o advento da ostreicultura japonesa de pérolas, o Kuwait tinha uma das frotas de mar na região do Golfo Pérsico e uma indústria florescente de pérolas. O comércio até então consistia principalmente em pérolas, madeira, especiarias, tâmaras e cavalos.
No final do século XIX, a maior parte da Península Arábica ficou sob a influência do Império Otomano. Os otomanos reconheceram a autonomia da dinastia al-Sabah, mas ainda reivindicou a soberania sobre o Kuwait.[21]
Em 1899, o Kuwait entrou em um tratado com o Reino Unido, que deu o controle extensivo britânico sobre a política externa do Kuwait, em troca de proteção e subsídios anuais.[22] Este tratado foi principalmente motivado pelo temor de que a proposta da Ferrovia Berlim-Bagdá leva-se a uma expansão da influência alemã no Golfo Pérsico. Após a assinatura da Convenção Anglo-Otomana de 1913, Mubarak Al-Sabah foi reconhecido diplomaticamente por otomanos e britânicos como o dirigente da caza autônoma da cidade do Kuwait e do interior.[23] No entanto, logo após o início da Primeira Guerra Mundial, os britânicos anularam o tratado e declararam Kuwait um principado independente, sob a proteção do Império Britânico.[21] O Tratado de de Uqair de 1922 estabeleceu a fronteira do Kuwait com a Arábia Saudita e também estabeleceu a zona neutra Kuwait-Arábia Saudita, uma área de cerca de 5.180 km² na fronteira sul do Kuwait.
Em 19 de junho de 1961, o Kuwait se tornou totalmente independente, na sequência de uma troca de notas entre o Reino Unido.[23] A rupia do Golfo, emitida pelo Banco Central da Índia, passou a ser o dinar kuwaitiano. A descoberta de grandes campos de petróleo, em especial nos campos de Burgan, provocou um grande afluxo de investimentos estrangeiros no Kuwait. O enorme crescimento da indústria do petróleo transformou o Kuwait de uma pobre comunidade comunidade produtora de pérolas em um dos países mais ricos da Península Arábica e, em 1952, o país se tornou o maior exportador de petróleo na região do Golfo Pérsico. Este enorme crescimento atraiu muitos trabalhadores estrangeiros, especialmente do Egito e da Índia.
O Kuwait estabeleceu suas disputas de sua fronteiras com a Arábia Saudita e concordou em compartilhar igualmente as reservas de petróleo, tanto em terra, quanto em água, da zona neutra. Depois de um breve impasse sobre questões de fronteira, o Iraque reconheceu formalmente a independência do Kuwait e as suas fronteiras em outubro de 1963. Durante a década de 1970, o governo nacionalizou a Kuwait Oil Company, terminando sua parceria com a Gulf Oil e a British Petroleum.
Em 1982, o Kuwait sofreu uma grande crise econômica após a quebra da bolsa de valores de Souk Al-Manakh e a redução do preço do petróleo.[24] No entanto, a crise teve curta duração, já que a produção de petróleo do Kuwait aumentou de forma constante para preencher o vazio causado pela diminuição da produção iraquiana e os níveis de produção de petróleo do Irã na sequência dos acontecimentos da Guerra Irã-Iraque. Em 1983, uma série de seis explosões ocorreu em Kuwait matando cinco pessoas. O ataque foi realizado pelo partido xiita Dawa, em parte para retaliar o apoio financeiro do Kuwait ao Iraque durante a guerra com o Irã.[25]
Aeronaves da Força Aérea dos Estados Unidos sobrevoando os campos de petróleo do Kuwait incendiados pelas forças iraquianas durante a Guerra do Golfo em 1991.O Kuwait tinha financiado fortemente os oito anos de duração da guerra do Iraque com o Irã. Após o fim da guerra, o Kuwait recusou um pedido iraquiano para perdoar uma dívida de US$ 65.000 milhões.[26] A guerra econômica entre os dois países seguiu após o Kuwait aumentar sua produção de petróleo em 40%.[27] As tensões entre os dois países aumentaram ainda mais após Iraque alegar que o Kuwait abusou de seus direitos de perfuração de petróleo no campo de Rumaila.[27]
Em 2 de agosto de 1990, as forças iraquianas invadiram e anexaram o Kuwait. Saddam Hussein, então presidente do Iraque, depôs o então Emir do Kuwait, Jaber Al-Sabah, e instalou Ali Hassan al-Majid como o novo governador do Kuwait.[28] Durante a ocupação do Iraque, cerca de 1.000 civis do Kuwait foram mortos e mais 300 mil moradores fugiram do país.[29] Após uma série de negociações diplomáticas falharem, uma coalizão de trinta e quatro nações, liderada pelos Estados Unidos, combateu na Guerra do Golfo Pérsico para retirar as forças iraquianas do Kuwait. Em 26 de fevereiro de 1991, a coalizão conseguiu expulsar as forças iraquianas, restaurando o Emir do Kuwait ao poder.[30] O Kuwait pagou US$ 17 milhões às forças da coalizão pelos seus esforços de guerra.[30]
Durante a retirada da coalizão, as forças armadas iraquianas realizaram uma política de terra queimada, prejudicando 737 poços de petróleo no Kuwait, dos quais aproximadamente 600 foram incendiados.[31] Estima-se que até aquele momento cerca de 5 a 6 milhões de barris (950 mil m³) de petróleo foram queimados em um único dia por causa destes incêndios.[32]
A acumulação de óleo e fuligem afetou toda a região do Golfo Pérsico e lagos de petróleo de grande porte foram criados mantendo cerca de 25 a 50 milhões de barris (7,9 milhões m³) de petróleo,[33] cobrindo 5% da área terrestre do Kuwait.[31] No total, cerca de 11 milhões de barris (1,7 milhões m³) de óleo foi lançado no Golfo Pérsico[34] e um adicional de 2% dos 96.000 milhões Kuwait de barris (1,53 × 1010 m³) das reservas de petróleo foram queimadas até o incêndios serem colocados sob controle.[35] Os incêndios levaram mais de nove meses para se extinguir completamente e levaram o Kuwait a gastar mais de dois anos e US$ 50 bilhões na reconstrução da infra-estrutura para atingir a produção de petróleo pré-invasão.[36] O Kuwait, desde então, recuperou grande parte das consequências sócio-econômicas, ambientais e os efeitos sobre a saúde pública decorrentes das Guerra do Golfo Pérsico.
[editar] Geografia e clima
Ver artigo principal: Geografia do Kuwait
Tempestade de areia sob o Kuwait em abril de 2003.Situado no nordeste da Península Arábica, o Kuwait é um dos menores países do mundo em termos de área territorial. A planície de areia do Deserto da Arábia abrange a maior parte do Kuwait. Há pouca diferença de altitude no país, sendo de 306 metros acima do nível do mar o ponto mais alto do país.[13] O Kuwait tem nove ilhas, as quais, com exceção da ilha Failaka, são desabitadas.[37] Com uma área de 860 km², a Bubiyan é a maior ilha do Kuwait e é ligada ao resto do país por uma longa ponte de 2.380 m.[38] A área de terra arável é considerável[13] e uma esparsa vegetação é encontrada ao longo de seu litoral de 499 km.[13] A Cidade do Kuwait está localizada na Baía do Kuwait, um porto natural de águas profundas.
O Kuwait tem alguns dos campos de petróleo mais ricos do mundo, com o campo de Burgan, com uma capacidade total de cerca de 70 bilhões de barris (1,1 × 1010 m³) das reservas de petróleo descobertas. Durante os incêndios dos poços de petróleo de 1991, mais de 500 lagos de petróleo foram criados, abrangendo uma área total de cerca de 35,7 km².[39] O resultado da contaminação do solo devido ao acúmulo de óleo e fuligem tornou as regiões leste e sudeste do Kuwait inabitáveis. A areia e resíduos de óleo tinha reduzidograndes partes do deserto do Kuwait em superfícies de semi-asfalto. [32] Os derrames de hidrocarbonetos durante a Guerra do Golfo Pérsico também afetou drasticamente os recursos marinhos do Kuwait.[40]
A temporada da primavera, em março, é quente e agradável, com trovoadas ocasionais. Os ventos frequentes vindos do noroeste são frios no inverno e na primavera e no verão quentes. Os ventos de sueste, geralmente quentes e úmidos, surgem entre julho e outubro, os ventos quentes e secos do sul prevalecem na primavera e no início do verão. O shamal, um vento noroeste comum nos meses de junho e julho, causa fortes tempestades de areia.[41]
[editar] Demografia
Ver artigo principal: Demografia do Kuwait
Em 2007, a população do Kuwait foi estimada em cerca de 3 a 3,5 milhões de pessoas, que incluiu cerca de 2 milhões de não-cidadãos.[42] Os cidadãos kuwaitianos são, portanto, a minoria de pessoas que residem no Kuwait. O governo raramente concede cidadania a estrangeiros para manter o status quo.[43] Em 2008, 68,4% da população era composta de estrangeiros.[44] A taxa de migração líquida do país foi de 16,01, a terceira maior do mundo.[45]
[editar] Política
Ver artigo principal: Política do Kuwait
Palácio Bayan, sede do governo do Kuwait.O Kuwait é uma monarquia constitucional e tem o mais antigo parlamento diretamente eleito entre os Estados árabes do Golfo Pérsico. O chefe de Estado é o Emir ou Sheikh, um cargo hereditário. Um conselho de ministros, também conhecido como gabinete de ministros, auxiliares do primeiro-ministro em sua tarefa como líder de Governo do Kuwait, devem conter pelo menos um membro eleito do parlamento do Kuwait, conhecido como Majlis al-Umma (Assembleia Nacional). A Assembleia Nacional tem o poder de demitir o Primeiro-Ministro ou qualquer membro do gabinete através de uma série de procedimentos constitucionais. Todos os ministros são responsáveis perante a Assembleia Nacional.[46]
O Chefe de Estado (Emir) é o comandante supremo do Estado, controlando o poder executivo, mas não os seus ministros. O Emir nomeia o Primeiro-Ministro, aprova todos os ministros com o primeiro-ministro, e nomeia e demite diplomatas. O poder legislativo é exercido pelo Emir e pela Assembleia Nacional, em conformidade com a Constituição. O emir do Kuwait é imune e inviolável: qualquer crítica contra ele não é tolerada e punível por lei. Ele pode dissolver a Assembleia Nacional e convocar uma eleição nacional, ou em casos de emergência nacional pode dissolver a Assembleia Nacional e assumir a suprema autoridade sobre o país. O Emir é o comandante-em-chefe das forças armadas do Kuwait. O Emir também tem autoridade para conceder o perdão da pena de morte ou prisão.
A Assembleia Nacional é composta por cinquenta membros eleitos, escolhidos em eleições realizadas a cada quatro anos. Aos ministros do governo também são concedidas participação no parlamento e podem ser até dezesseis, excluindo os cinquenta membros eleitos. Segundo a Constituição do Kuwait, a decisão de nomeação de um novo emir ou príncipe herdeiro da família Al-Sabah tem de ser aprovada pela Assembleia Nacional. Se o candidato não conseguir os votos da maioria da assembleia, a família real deverá apresentar os nomes de três outros candidatos à Assembléia Nacional, que deve aprovar um deles para manter o posto. Qualquer emenda à Constituição pode ser proposta pelo Emir, mas ela precisa ser aprovada por mais de dois terços dos membros da Assembléia Nacional antes de ser executada.[47]
[editar] Subdivisões
Ver artigo principal: Subdivisões do Kuwait
O Kuwait é dividido em seis governorados (muhafazat, sing. muhafadhah):
Al Ahmadi
Al Farwaniyah
Al Asimah
Al Jahra
Hawalli
Mubarak Al-Kabeer
[editar] Economia
Ver artigo principal: Economia do Kuwait
Cidade do Kuwait, o principal centro financeiro do país.O Kuwait tem um PIB (PPC) de US$ 167,9 bilhões[48] e uma renda per capita de US$ 81.800,[48] o que o torna o quinto país mais rico do mundo.[14] O índice de desenvolvimento humano (IDH) do Kuwait é de 0,912, o segundo mais elevado do Oriente Médio, perdendo apenas para Israel, e o mais alto índice do mundo árabe. Com uma taxa de crescimento do PIB de 5,7%, o Kuwait tem uma das economias que mais crescem na região.[48]
De acordo com o Índice de Liberdade Econômica de 2008, o Kuwait tem a segunda economia mais livre do Oriente Médio.[49] Em março de 2007, as reservas estrangeiras do Kuwait estavam em US$ 213 bilhões.[50] A Bolsa de Valores do Kuwait, que tem cerca de 200 empresas listadas, é a segunda maior bolsa de valores do mundo árabe, com uma capitalização de mercado total de US$ 235 bilhões.[51] Em 2007, o governo kuwaitiano apresentou um excedente orçamental de US$ 43 bilhões.[52]
O Kuwait tem reservas comprovadas de petróleo bruto de 104 bilhões barris (15 km³),[48] cerca de 10% das reservas do mundo. Segundo a Constituição do Kuwait, todos os recursos naturais do país e as receitas associadas são de propriedade do governo.[53] Sendo um país livre de impostos, as contas do setor de petróleo do Kuwait respondem por 80% das receitas do governo. As contas de petróleo e produtos petroquímicos respondem por quase metade do PIB e 95% das receitas de exportação. O aumento dos preços do petróleo desde 2003 resultou em um aumento na economia do Kuwait.[54]
Sede da Kuwait Petroleum Corporation (KPC) na Cidade do Kuwait.A produção atual de petróleo do Kuwait é de 2,8 milhões de barris por dia e está previsto um aumento de 4 milhões de bpd até 2020.[55] Para concretizar esta meta de produção, a Kuwait Petroleum Corporation planeja gastar US$ 51 bilhões entre 2007-2012 para melhorar e expandir as refinarias existentes no país.[56] No entanto, a economia do país foi afetada pela crise econômica de 2008-2009.[57] Em 2009, o Banco Central do Kuwait criou um pacote de estímulo de US$ 5,15 bilhões para ajudar a impulsionar a economia.[58]
Outras indústrias importantes no país são a pesca, construção, cimento, a dessalinização da água, materiais de construção e serviços financeiros.[48] O Kuwait tem um sistema bancário bem desenvolvido e vários bancos no país remontam ao tempo antes do petróleo ter sido descoberto. Fundada em 1952, o Banco Nacional do Kuwait é o maior banco do país e um dos maiores do mundo árabe.[59] Outras grandes instituições financeiras com base no Kuwait incluem o Banco do Golfo do Kuwait e o Banco Burgan, que foi chamado assim após a descoberta do maior campo petrolífero do país.
O clima Kuwait limita o desenvolvimento da agricultura. Por conseguinte, com exceção da pesca, o país depende quase totalmente da importação de alimentos. Cerca de 75% da água potável tem ser destilada ou importada. O governo está empenhado em diminuir a dependência do petróleo do Kuwait, para abastecer sua economia transformando-o em um centro de comércio regional e em um polo de turismo. Os US$ 77 bilhões previstos para a City of Silk é o maior projeto de desenvolvimento imobiliário no Oriente Médio.[50] A moeda nacional é o dinar do Kuwait. Em dezembro de 2007, o dinar era a moeda mais valorizada em todo o mundo.[60]
Em 2007, as exportações estimadas situavam-se em US$ 59.97 bilhões e as importações eram de cerca de US$ 17,74 bilhões. O petróleo, produtos petroquímicos, fertilizantes e serviços financeiros são os principais produtos de exportação. O Kuwait importa uma ampla gama de produtos que vão desde produtos alimentares e têxteis até máquinas. Os mais importantes parceiros comerciais do Kuwait são Japão, Estados Unidos, Índia, Coreia do Sul, Singapura, China, União Européia e Arábia Saudita.[48] O Japão é o maior cliente do petróleo do Kuwait, seguido pela Índia, Singapura e Coreia do Sul.
O Líbano (em árabe em árabe: لُبْنَان, transl. Lubnān, em francês: Liban) , oficialmente República do Líbano[note 1] (em árabe: اَلْجُمْهُورِيَّة اَللُّبْنَانِيَّة Jumhuriyah al-Lubnānīyah; Francês: République libanaise), é um país da Ásia Ocidental, na costa oriental do Mar Mediterrâneo. Faz fronteira com a Síria ao norte e a leste e com Israel ao sul. A localização do Líbano, no cruzamento da bacia do Mediterrâneo e a região árabe tem ditado a sua história rica, às vezes violenta, e a forma da sua identidade cultural única em diversidade étnica e religiosa.[4]
Os primeiros indícios de civilização no Líbano remontam mais de 7.000 anos de história registrada.[5] O Líbano foi a casa dos Fenícios, uma cultura marítima que floresceu durante quase 2.500 anos (3000-539 a.C.). Após o colapso do Império Otomano após a Primeira Guerra Mundial, as cinco províncias que compõem o Líbano moderno foram mandatadas para a França. O Líbano estabeleceu um sistema político único em 1942, conhecido como confessionalismo, um mecanismo de partilha de poder com base em comunidades religiosas.[6] Foi criado quando os franceses expandiram as fronteiras do Monte Líbano, que era maioritariamente habitado por Católicos Maronitas e Drusos, para incluir mais elementos muçulmanos. O país ganhou a independência em 1943, e as tropas francesas se retiraram em 1946.
Antes da Guerra Civil Libanesa (1975-1990), o país vivia um período de relativa calma e prosperidade, impulsionada pelo turismo, agricultura e serviços bancários.[7] Por causa de seu poder financeiro e diversidade, o Líbano era conhecido em seu auge como o "Suíça do Oriente".[8] O país atraiu um grande número de turistas,[9] tal que a capital Beirute era referida como "Paris do Oriente Médio". No final da guerra, houve grandes esforços para reanimar a economia e reconstruir a infra-estrutura do país.[10]
Até julho de 2006, o Líbano desfrutou de uma estabilidade considerável, a reconstrução de Beirute estava praticamente concluída[11] e um número crescente de turistas se hospedavam nos resorts do país.[9] Em seguida, a guerra de 2006 entre Israel e o Hezbollah causou a morte de civis e pesados e significativos danos na infra-estrutura civil do Líbano. O conflito durou de 12 de julho daquele ano até um cessar-fogo patrocinado pela ONU em 14 de Agosto.[12]
Índice [esconder]
1 História
2 Geografia
3 Demografia
4 Política
5 Divisões administrativas
6 Economia
7 Infraestrutura
7.1 Transportes
7.1.1 Aeroportos
7.1.2 Portos
7.1.3 Estradas
7.1.4 Ferrovias
7.1.5 Hidrovias
8 Cultura
8.1 Desportos
9 Referências
9.1 Notas
10 Ver também
11 Ligações externas
[editar] História
Ver artigo principal: História do Líbano
Cartago e suas dependências no século 3 a.C. Era um dos assentamentos fenícios no Mediterrâneo ocidental.O Líbano é um país do oeste asiático situado no extremo leste do Mar Mediterrâneo, limitado ao norte e a leste pela Síria e ao sul por Israel, na região do Crescente Fértil, onde surgiram as primeiras grandes civilizações da humanidade. É, junto com a Síria, uma das pátrias históricas dos fenícios, negociantes semitas da Antiguidade, cuja cultura marítima floresceu na região durante mais de 2000 anos e que criaram o primeiro alfabeto, do qual saíram todos os demais, tanto semíticos como indo-europeus. Foram os fenícios que fundaram Cartago, a maior rival de Roma na antigüidade. Outras cidades importantes eram: Tiro, Sídon, Biblos e Arvad que mantiveram sua importância durante o domínio romano. Com a conquista de Alexandre Magno em 332 a.C., a região ficou integrada na civilização helenística. Seguiu-se a dominação do Egipto ptolemaico, que por sua vez foi seguida pela dominação do Império Selêucida.
Sarcófago de Ahiram, rei de Biblos, hoje no Museu Nacional de Beirute.No século I a.C. o Líbano passou a fazer parte do Império Romano e, em seguida do Império Bizantino, sendo introduzido o cristianismo na região. A conquista árabe do século VII introduziu a actual língua do país, o árabe, bem como a religião islâmica. Durante a Idade Média o território que hoje é o Líbano esteve envolvido nas cruzadas quando então foi disputado pelo Ocidente cristão e pelos árabes muçulmanos. No século XII o sul do Líbano esteve integrado no reino latino de Jerusalém. Foi depois ocupado pelos turcos do Império Otomano em 1516.
Entre o fim do século XIX e o início do século XX, grandes quantidades de libaneses de diferentes etnias e religiões fugiram de conflitos bélicos e perseguições religiosas; muitos migraram para a América, estabelecendo-se em países como os Estados Unidos, a Argentina e o Brasil (ver Imigração árabe no Brasil).
O fim da Primeira Guerra Mundial trouxe consigo o fim do Império Otomano e a ocupação da Mesopotâmia e da Palestina pelas tropas francesas e britânicas. Reconhecida a importância que petróleo teve durante a guerra, as potências ocupantes decidiram controlar todo este vasto território e impedir o acesso alemão aos poços de petróleo de Kirkuk [13]. As divisões previamente estipuladas pelo Acordo Sykes-Picot elaborado ainda em tempo de guerra foram alteradas em San Remo. o Líbano foi colocado sob o mandato francês, confirmado pela Sociedade das Nações em 1922. A República Libanesa foi criada em 1926. Durante a Segunda Guerra Mundial, país foi ocupado (1941-1945), pelas forças da França apoiadas pelos britânicos.
Beirute em 1982, durante a Guerra Civil Libanesa.A independência foi conquistada em 1943, sendo o país considerado,sob o ponto de vista financeiro, a "Suíça do Oriente". Por ali eram feitas grandes negociações de petróleo. Sob o ponto de vista turístico, era comparado ao Mónaco do Oriente; possuía casinos e hotéis de luxo, porém, disputas crescentes entre cristãos e muçulmanos, exacerbadas pela presença de refugiados palestinos, minaram a estabilidade da república. A hostilidade entre os grupos cristãos e muçulmanos levou a uma guerra civil e a intervenção armada (1976) pela Síria, com apoio dos EUA e de Israel. As atividades da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), levaram à invasão e ocupação israelita (1978), da parte sul do Líbano. Uma força de paz da ONU tentou sem sucesso estabelecer uma zona intermediária. Em 1982, Israel promoveu uma segunda grande invasão militar que provocou a saída de palestinos. As forças de paz da ONU retornaram aquela região quando houve o massacre de civis palestinianos em Sabra e Chatila, realizado por falangistas do Kataeb, como vingança pelo assassínio do presidente e líder do partido Bachir Gemayel, supostamente cometido por guerrilheiros palestinianos. Embora Israel não tenha participado no massacre vários jornalistas presentens nos campos afirmam que o exército israelita não podia ter deixado de saber o que se passava nos campos de refugiados [13]. A Síria interveio novamente em 1987 para acabar com a luta entre as forças "muçulmanas" aliadas. Israel criou o Exército do Sul do Líbano, em 1982, e ocorreram cerca de vinte invasões aéreas israelitas durante o ano de 1988.
No mesmo ano, o governo libanês cindiu-se com o fim do mandato de Amin Gemayel, irmão de Bachir, e o país passou a ter dois primeiros-ministros ( o sunita Selim Hoss, que era o primeiro-ministro de fato e de direito de acordo com a Constituição e o general cristão Michel Aoun, indicado por Gemayel) e nenhum presidente. Em 1989, foi negociado um acordo na Arábia Saudita (Acordo de Taif), nele o domínio maronita no governo deveria ser reduzido. Apesar da relutância, uma frágil paz foi estabelecida sob a protecção da Síria que foi formalizada por um tratado em 1991. A tensão no sul do país continuou, com os contra-ataques guerrilheiros do Hezbollah, apoiados pelo Irã e pela resistência laica árabe (palestinos, comunistas libaneses e palestinos e pan-sirianistas), contra a ocupação deste território libanês pelo exército israelense e pelo ESL.
Em 1996, agressões israelitas provocaram a intervenção dos Estados Unidos e da França. Com a participação da Síria, do Líbano e de Israel, foi aberta uma negociação que ficou conhecida como "entendimento de Abril" que reconheceu o direito de resistência contra a ocupação do exército israelita e a milícia pró-israelita chamada Exército do Sul do Líbano, com as devidas salvaguardas da população civil e da infraestrutura do país. A resistência libanesa obedeceu ao "entendimento de Abril" não violando os seus termos. O que tem ocorrido desde então são acções de legítima defesa da resistência libanesa contra a ocupação que causaram o descontrole do exército israelita, o qual começou a perpetuar violentos e desesperados ataques contra o Líbano, como os do dia 8 de fevereiro de 2000. Finalmente, em maio de 2000, Israel, sob forte pressão da resistência, se retirou de grande parte do sul do Líbano. A retirada foi repentina para provocar uma guerra civil em pequena escala. Entretanto, os libaneses reclamam da ocupação israelense das Fazendas de Chebaa, região contínua às Colinas do Golã.
Após a retirada israelense em 2000,nasceram pressões para a retirada das tropas sírias do país. O presidente sírio, Bashar al-Assad, filho e sucessor de Hafez al-Assad, eleito em 2001, iniciou a retirada de alguns contingentes sírios no mesmo ano, reduzindo o número de efectivos de 30 mil para 15 mil soldados. Com a nova administração de George W. Bush, iniciada em 2001, e seu projeto neo-conservador, os americanos deixaram de apoiar a presença síria no Líbano. Depois das resoluções da ONU que se imiscuíram na política interna do Líbano e o assassinato do ex-primeiro-ministro Rafic Hariri, em 14 de Fevereiro de 2005, um fervor nacional percorreu o Líbano, com milhares de pessoas nas ruas exigindo a total retirada das tropas sírias, o que ocorreria a 27 de Abril de 2005. Este movimento patriótico ficou conhecido por Revolução dos Cedros e teve a colaboração mais ou menos activa de todas as confissões religiosas. No verão de 2006 e depois da captura de dois soldados israelitas pelo Hezbollah, Israel bombardeia todo o país,destruindo as suas infra-estruturas, e causando milhares de vítimas, partido depois para uma invasão terrestre, condenada a nível internacional. Esta última invasão israelita deixou sequelas na frágil coligação governamental, com os ministros afectos ao Hezbollah a abandonar o governo de unidade nacional presidido pela coligação pro-ocidental "14 de Março". Durante o ano de 2007 assistiu-se a um deteriorar das relações entre ambos os blocos que se traduziu na impossibilidade da eleição de um novo Presidente da República após o fim do mandato do presidente pró-sírio Émil Lahoud a 22 de Novembro de 2007. A tensão entre o movimento pró-sírio e o movimento pró-ocidental culminou na investida do Hezbollah contra o partido do primeiro-ministro Fouad Siniora e seus aliados, que implicou uma invasão armada da cidade de Beirute em Maio de 2007. Após uma ronda de conversações de paz no Qatar, as partes acordaram na formação de um novo governo e na eleição do novo presidente, o general Michel Suleiman.
[editar] Geografia
Imagem de satélite do Líbano. Cobertas de Neve podem ser vistos o Monte Líbano e o Antilíbano.Ver artigo principal: Geografia do Líbano
Possuindo um formato semelhante ao de um trapézio isósceles, o Líbano alonga-se pelo lado leste do Mar Mediterrâneo, com seu comprimento quase três vezes o lado maior ao sul, que faz fronteira com sucessivas áreas em litígio desde 1947 e a oeste com a Síria. Quando se estica no sentido sul norte, a largura de seu território torna-se mais fina.
O clima do Líbano é do tipo mediterrâneo moderado, com Verões quentes e secos e Invernos frios e chuvosos. A pluviosidade é maior nas áreas montanhosas e no Vale do Bekaa do que na costa. Nas montanhas do Monte-Líbano cai neve que permanece nos cumes até ao começo do Verão.
O rio Litani é o único grande rio do Sudoeste Asiático que não cruza uma fronteira internacional.
Alguns dos fenómenos que atualmente atingem o meio-ambiente são erosão do solo, desertificação, poluição do ar devido ao tráfego de automóveis em Beirute e devido à queima de resíduos industriais, poluição de águas costeiras. Alguns dos acordos internacionais que Líbano assinou incluem o da biodiversidade, da mudança climática, desertificação, resíduos tóxicos, lei do mar, proteção da camada de ozôno, poluição marítima, etc.
[editar] Demografia
O Líbano é um dos lugares mais diversos religiosamente no Oriente Médio.Ver artigo principal: Demografia do Líbano
A população do Líbano é composta por diversos grupos étnicos e religiosos: muçulmanos (xiitas e sunitas), cristãos (maronitas, ortodoxos gregos, melquitas greco-católicos, cristãos armênios, cristãos assírios, coptas) e outras, incluindo as seitas alauíta e druza,e uma pequena comunidade judaica. No total o estado reconhece a existência de dezoito comunidades religiosas. 55% dos libaneses são muçulmanos e 45% cristãos (divididos por entre os grupos enunciados).
Segundo dados de Julho de 2006 a população do Líbano é de 3 874 050 habitantes. No tocante à estrutura etária 66% da população tem entre 15 e 64 anos, com uma esperança de vida situada nos 70 anos para os homens e nos 75 anos para as mulheres. A população distribui-se principalmente pelas cidades do litoral (32% em Beirute e na sua periferia) e 20% na província do Líbano Norte.
[editar] Política
Ver artigo principal: Política do Líbano
Saad Hariri, primeiro-ministro do Líbano.O Líbano é uma república regida pela constituição de 23 de Maio de 1926, que foi alvo de várias emendas, a mais importante das quais ocorreu em 1989. Esta constituição consagra a divisão do poder em três ramos, o executivo, legislativo e judicial. Segundo a lei, os cargos de presidente da república, primeiro-ministro e porta-voz do parlamento devem ser ocupados respectivamente por um cristão maronita, por um muçulmano sunita e por um muçulmano xiita.
O poder executivo recai sobre o presidente eleito pela Assembleia Nacional para um mandato de seis anos. O presidente nomeia o primeiro-ministro, que escolhe os membros do seu governo junto com o presidente e o parlamento. O atual presidente do Líbano é Michel Suleiman (desde Maio de 2008) e o primeiro-ministro é Fuad Siniora (desde 30 de Junho de 2005). O Líbano estava sem presidente desde novembro de 2007, por causa de um impasse entre a situação, que apóia os governos ocidentais, e a oposição, liderada pelo grupo xiita Hezbollah – que tem o apoio da Síria.
O poder legislativo é exercido pela Assembleia Nacional (em árabe: Majlis Alnuwab; em francês: Assemblee Nationale) composta por 128 membros eleitos por sufrágio universal para um mandato de quatro anos. As últimas eleições para a Assembleia tiveram lugar em Maio e em Junho de 2005.
O voto é obrigatório para todos os homens a partir dos vinte e um anos de idade, sendo permitido votar às mulheres a partir da mesma idade.[14]
De acordo com as leis islâmicas que imperam no Líbano, em um casamento, o pai é quem tem poder sobre a esposa e os filhos. Mesmo em caso de desaparecimento do pai, quem fica responsável pelo filho não é a mãe, é a família do pai.
[editar] Divisões administrativas
Divisões administrativas do Líbano.Ver artigo principal: Subdivisões do Líbano
O Líbano divide-se em seis províncias (árabe: muhafazat; singular muhafazah). Entre elas encontra-se Beirute, a menor de todas em extensão (19,8 km² e que tem como capital a própria cidade de Beirute), mas que é a mais populosa, industrializada e rica de todo o país, além de ser centro financeiro e turístico de todo o Oriente Médio.
As seis províncias e as respectivas capitais são:
Beirute: Beirute
Monte Líbano: Baabda
Líbano Setentrional (ou Líbano Norte): Trípoli
Bekaa: Zahleé
Nabatieh: Nabatieh
Líbano Meridional (ou Líbano Sul): Sídon
[editar] Economia
Ver artigo principal: Economia do Líbano
Fotografia aérea de Beirute, capital e maior cidade do país.A economia do Líbano, tal como a sua qualidade de vida, ja chegou das mais prósperas de todo o Oriente Médio, porém os conflitos internos e externos abalaram a economia libanesa sobremaneira.
Com o término do último conflito interno e a recuperação da estabilidade política, o país mobilizou-se na reconstrução. Para realizá-la, o Líbano recebeu de imediato cerca de US$ 15 mil milhões (bilhões) de países como França e Alemanha e, atualmente, também dos Estados Unidos da América. Com a infra-estrutura reconstruída, a economia voltou a crescer com uma das mais altas taxas do mundo, tornando-se um pólo de crescimento na região. A capital, Beirute (apelidada de "a Paris do Oriente") voltou a ganhar destaque no cenário regional, sediando vários eventos.
O país voltou a ser chamado de "Suíça do Oriente" devido às atividades financeiras ali realizadas. A reconstrução de monumentos e infra-estrutura tem atraído o turismo que cresce a cada ano.
Atualmente, o Líbano possui um dos mais elevados padrões de vida do Médio Oriente (há poucos anos - quando a guerra civil ainda fazia parte do quotidiano do país, o país tinha a pior qualidade de vida da região).
O PIB do Líbano tem mantido uma alta taxa de crescimento anual que, desde o final da guerra, tem se mantido entre 5,5% à 7% anuais. Eis alguns dados sobre a economia libanesa:
Produto Interno Bruto (2003): US$ 19 mil milhões.
Participação no PIB: Turismo e comércio: 60%, Agricultura: 20%, Indústria: 20%
Principais produtos agropecuários: cítricos, uva, tomate, maçã, hortaliças, batata, azeitona, tabaco; criação de ovelhas e cabras
Indústrias principais: atividades financeiras, turismo, processamento de alimentos, joalheria, cimento, têxteis, produtos minerais e químicos, refino de petróleo, metalurgia.
[editar] Infraestrutura
[editar] Transportes
[editar] Aeroportos
O Líbano possui poucos aeroportos, são alguns poucos militares, algumas bases aéreas em algumas cidades, e o principal do país, o único internacional da nação, o Aeroporto Internacional de Beirute, rebatizado após o atentado que matou o ex-primeiro-ministro do país e passou a se chamar Aeroporto Internacional Rafik Hariri, moderno o aeroporto atende à grandes empresas aéreas do mundo, e é parada de escala para grande números de vôos que vão de países do Ocidente para países do Extremo Oriente e Oriente Médio.
[editar] Portos
O Líbano possui vários portos por seu litoral, porém três merecem maior destaque. Sidon, no sul do Líbano: seu porto é também chamado de porto petrolífero, já que atende os países produtores de petróleo no comércio e na evacuação de produtos desses países para a União Européia e Estados Unidos. Trípoli, no norte do Líbano: importante porto do norte do país, atende mercadorias em geral porém não possui a mesma magnitude que o porto da capital Beirute, a capital e maior cidade do Líbano: além de Beirute ser a porta de entrada do Líbano por via aérea, é também por mar, já que possui o maior e o mais bem equipado porto de todo o país, é também considrado o porto mais movimentado do Mediterrâneo Oriental. Abastece todo o país e evacua toda sua produção, além de ser também o ponto de acolhimento de vários turistas
[editar] Estradas
As estradas libanesas em geral estão em bom estado e poucas são as estradas não pavimentadas, com os pesados bombardeios de Israel ao Líbano, todo seu sistema rodoviário ficou comprometido
[editar] Ferrovias
A primeira linha de caminho-de-ferro instalada no país data de 1895, quando o país era ainda parte integrante do Império Otomano e estabelecia a ligação entre Beirute e Damasco. Em 1906, uma segunda linha foi construída desta feita entre Riayk, situada no vale de Bekaa e a cidade de Aleppo. Cinco anos depois, esta linha abriu uma ramificação de Homs na actual Síria, até Tripoli. Quando o Líbano se tornou um país independente, a linha de Tripoli ficou isolada da rede. Durante a Segunda Guerra Mundial as tropas aliadas prolongaram a linha de Tripoli pel costa até Haifa. O estado libanês acabou por adquirir os direitos sobre a linha, mas quando as relações entre o Líbano e Israel se deterioraram a linha deixou de funcionar até Haifa passando a terminar em Naqoura. A rede ferroviária não sofreu mais alterações até ao início da Guerra Civil libanesa ao longo da qual foi quase completamente destruída. A última viagem de comboio foi em 1977. Desde o final da guerra civil que algumas propostas têm sido feitas no sentido de recuperar a rede ferroviária, mas nada tem sido feito.
[editar] Hidrovias
Devido seu território margear uma extensão montanhosa o Líbano possui pequenos cursos de água que não chegam a desaguar no mediterrâneo e suas nascentes são nas montanhas que fazem fronteira com a Síria e nenhum deles é navegável.
[editar] Cultura
Ver artigo principal: Cultura do Líbano
O Líbano possuí uma riquíssima cultura herdada desde remotas épocas, de influências que vão da Fenícia ao Império Romano e ao mundo árabe.
A cultura árabe como um todo - na qual a cultura libanesa está inserida - se destaca das demais por sua música, religião, danças entre outros aspectos. No Líbano é muito comum a dabke, dança em que várias pessoas dançam ao mesmo tempo de mãos dadas e andando em círculos através dos passos que conduz.
O árabe é a língua oficial do país, sendo falado na sua forma de dialecto libanês. Este dialecto é inteligível para os arabofónos do Médio Oriente, caracterizando-se pela presença de várias palavras estrangeiras oriundas do francês, inglês, turco e italiano.
O francês e o inglês são as segundas línguas do país, sendo entendidas por cerca de 50% da população. A língua arménia é utilizada pela minoria arménia do país.
O Líbano conta com vinte universidades, entre as quais se encontram a Universidade Libanesa, a Universidade Americana (desde 1886) e Universidade São José (desde 1875).
[editar] Desportos
O Líbano não possui muito destaque nos desportos, apenas conquistou quatro medalhas em todos os Jogos Olímpicos de que participou, duas medalhas de prata e duas medalhas de bronze, o desporto de melhor desempenho olímpico do país é a Luta Greco-Romana que conquistou três das quatro medalhas da nação.
O país se prepara para receber os Jogos Francófonos de 2009, que serão realizados em Beirute
O Estado da Palestina (árabe: دولة فلسطين, transl. Dawlat Filastin) é uma organização política reconhecida parcialmente como um estado soberano no Oriente Médio. O Estado palestiniano controla algumas funções da administração pública nos territórios palestinianos. Ele foi proclamado no dia 15 de Novembro de 1988 em Argel pelo Conselho Nacional Palestiniano (o organismo legislativo da Organização para a Libertação da Palestina, OLP) através de uma votação com 253 votos a favor, 46 votos contra e 10 abstenções. O Estado palestiniano é administrado, desde 1994, pela Autoridade Nacional Palestiniana, e é reconhecido como um Estado soberano por 67 países.[1]
A declaração invocou o Tratado de Lausanne (1923) e a resolução 181.SFR da Assembléia Geral das Nações Unidas como forma de fundamentar a proclamação do "Estado da Palestina no nosso território Palestiniano com a sua capital em Jerusalém". Foi o esforço diplomático com maior sucesso no sentido da criação de um Estado Palestiniano, apesar do facto, o Estado da Palestina não possuia, na época, soberania sobre nenhum território. Actualmente a Autoridade Nacional Palestiniana ambiciona o estabelecimento de um Estado da Palestina e que possua um governo democrático e transparente, na totalidade da Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental, posição apoiada pelos Estados Unidos, União Europeia, UNASUL e Liga Árabe.
O Estado da Palestina não é reconhecido pelas Nações Unidas. Alguns países da União Europeia, como o Reino Unido, mantêm relações com a Autoridade Nacional Palestiniana, estabelecida através dos Acordo de Paz de Oslo.
[editar] Representação na Organização das Nações Unidas
Gaza é a mais populosa cidade da Palestina.A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) obteve o estatuto de observador por parte da Assembléia Geral das Nações Unidas em 1974 através da resolução 3237.
No dia 15 de Novembro de 1988 a Assembléia Geral adopta a resolução 43/177 pela qual reconhece a proclamação do Estado da Palestina pelo Conselho Nacional Palestiniano e decide que a designação "Palestina" deve ser usada no sistema interno da ONU em substituição da sigla OLP.
Em 7 de julho de 1998 a Assembléia Geral adoptou a resolução 52/250 que conferia à Palestina direitos adicionais e privilégios suplementares, nos quais se incluem o direito a participar no debate geral que tem lugar no início de cada sessão da Assembléia Geral, o direito de réplica, o direito a co-autoria de resoluções e o direito a levantar pontos de ordem sobre questões relativas à Palestina e ao Médio Oriente.
Omã[2] é um país situado na Arábia, mais especificamente na extremidade oriental da Península Arábica. Capital: Mascate.
O país é constituído por três territórios descontínuos. Os dois territórios menores estão encravados nos Emirados Árabes Unidos, sendo constituídos pelo Enclave de Madha e pela Península de Musandam e territórios adjacentes, no Estreito de Ormuz que separa o Golfo Pérsico do Golfo de Omã. O território maior limita a norte com o Golfo de Omã (do outro lado do qual se estendem as costas do Irão e Paquistão), a leste e sul com o Mar da Arábia e a oeste com o Iémen, com a Arábia Saudita e com os Emirados Árabes Unidos.
Até 1958, o enclave de Gwadar na costa norte do golfo de Omã, Baluchistão, Paquistão, dependia do sultanato de Omã.
Índice [esconder]
1 História
2 Geografia
3 Demografia
4 Política
5 Subdivisões
6 Economia
7 Cultura
8 Referências
9 Ver também
[editar] História
Ver artigo principal: História de Omã
Antiga Satrapia do Império Persa, e posteriormente, do Sassânida, o Omã só ficou livre desse poder em 632. Em 751, os Ibadis criaram o Emirado do Omã, sendo governado por imames. durante séculos o Omã não passava de um mero país incrustrado no deserto, até que os Portugueses o invadiram em 1508. Em 1659, os Otomanos tomam o Omã e expulsam os portugueses. Em 1741 os Otomanos foram expulsos pelo então proclamado Sultão bin Sultan al Busaid. Inicia-se a era de ouro do sultanato, que expande suas fronteiras e obtém várias colônias no Oceano Índico (Zanzibar e Comores, na África e o Baluchistão, na Ásia) que foram perdidas no colapso que o país sofreu, em 1891, quando virou um mero protetorado britânico, tornando-se novamente independente em 1971.
[editar] Geografia
Ver artigo principal: Geografia de Omã
Um vasto e plano deserto cobre o centro do território de Omã, com uma cadeia montanhosa que percorre do centro-leste ao norte chamada Montanhas al-Hajar, onde encontra-se o maciço Jebel Akhdar, contendo o ponto mais elevado do país, Jebel Shams e seus 2.980 metros, e outra a sudoeste do país. As principais cidades omanis estão no litoral. Destaca-se a capital e a proximidade do centro internacional, Dubai.
[editar] Demografia
Ver artigo principal: Demografia de Omã
[editar] Política
Ver artigo principal: Política de Omã
Em Omã, o Chefe de Estado - e também de Governo - é o sultão, que funciona como monarca absoluto.
No início da década de 1990, o sultão instituiu um conselho eleito, o Majlis ash-Shura que, no entanto, tem apenas funções consultivas.
O sufrágio universal para os maiores de 21 anos foi instituído em outubro de 2003 e teve uma participação de 190 mil votantes (74% dos eleitores) para escolher os 83 membros do conselho.
A dinastia Al Sa'id, a qual o sultão (Qaboos bin Said Al Said, no poder desde 1970) pertence, governa o país há mais de 250 anos.
[editar] Subdivisões
Ver artigo principal: Subdivisões de Omã
O Omã está dividido em 5 regiões (mintaqah) e 3 governorados (muhafazat; singular - muhafazah).
Ad Dakhiliyah
Al Batinah
Al Wusta
Ash Sharqiyah
Az Zahirah ou Ad Dhahirah
Masqat (governorado)
Musandam (governorado)
Zufar ou Dhofar (governorado)
As regiões estão subdivididas em províncias (wilayat).
[editar] Economia
Ver artigo principal: Economia de Omã
Mascate, capital do país.Até meados do século XIX, Omã era um entreposto de escravos e armas. Com o fim da escravidão, a região perdeu muito de sua prosperidade, e a economia ficou reduzida à agricultura, ao comércio de Camelos e caprinos, à pesca e o artesanato tradicional. Hoje, graças ao petróleo, a economia tem apresentado grande desenvolvimento nos últimos 30 anos.
O governo prossegue com a privatização de serviços públicos e com o desenvolvimento de leis comerciais que facilitem o investimento externo e organizem o orçamento do país. O Omã continua a liberalização de seu mercado para se adequar às regras da Organização Mundial do Comércio. Para reduzir o desemprego, o governo vem encorajando a substituição de mão-de-obra estrangeira por trabalhadores do próprio país. Cursos de tecnologia de informação, técnicas de administração e língua inglesa para cidadãos do país apoiam este objetivo.
[editar] Cultura
Ver artigo principal: Cultura de Omã
Apesar de Omã ser um país bastante moderno, a influência ocidental é reduzida: o islamismo tradicional, ibadita, possui mais restrições que o islamismo sunita e o xiita.
A música tradicional acompanha vários aspectos da vida, incluindo nascimentos, cerimônias fúnebres, casamentos e circuncisões.
O Qatar ou Catar[3] (mais raramente Quatar ou Katar) é um país árabe, conhecido oficialmente como um emirado do Oriente Médio, ocupando a pequena Península do Qatarna costa nordeste da Península Arábica. Faz fronteira com a Arábia Saudita ao sul, e o Golfo Pérsico envolve o resto do país. Um estreito do Golfo Pérsico separa o Qatar da nação insular vizinha, o Bahrein.
O Qatar é um país rico em petróleo e gás natural, com a terceira maior reserva de gás[4] e o primeiro[5] ou segundo maior[6] maior PIB per capita do mundo. Uma monarquia absoluta, o Qatar foi governado pela família al-Thani, desde meados de 1800 e desde então transformou-se de um protetorado britânico, notável principalmente pela extração de pérolas, em um Estado independente com receitas significativas de petróleo e do gás natural.
Durante os anos 1980 e início de 1990, a economia do Qatar foi prejudicada por um desvio contínuo de suas receitas petrolíferas pelo Emir, que tinha governado o país desde 1972. Seu filho, o atual Emir Hamad bin Khalifa al-Thani, o derrubou em um golpe de Estado em 1995. Em 2001, o Qatar resolveu suas disputas fronteiriças de longa data com o Bahrein e com a Arábia Saudita.
Em 2011, o Qatar irá sediar a Copa da Ásia com o último jogo a ser realizado no Khalifa International Stadium.
Índice [esconder]
1 História
2 Geografia
3 Demografia
4 Política
5 Subdivisões
6 Economia
7 Cultura
8 Ver também
9 Referências
[editar] História
Ver artigo principal: História do Qatar
Forte Zubara.
Área desértica no Qatar.O Qatar é um dos muitos novos emirados na Península Arábica. Depois de ser dominado pelos persas durante milhares de anos e, mais recentemente, pelo Bahrain, pelos turcos otomanos e pelos britânicos, o Qatar transformou-se num país independente a 3 de Setembro de 1971. Ao contrário da maior parte dos emirados vizinhos, o Qatar recusou tornar-se parte da Arábia Saudita ou dos Emirados Árabes Unidos.
A descoberta de petróleo, com início na década de 1940, transformou por completo a economia da nação. Antes, o Qatar era uma região pobre, dependente da pesca e das pérolas, com pobreza generalizada. Hoje, o país tem um nível de vida elevado e todas as amenidades de uma nação moderna.
[editar] Geografia
Ver artigo principal: Geografia do Qatar
O país ocupa toda a península de Qatar, na costa noroeste da península Arábica, junto ao Golfo Pérsico. O clima é seco e bem quente, e o território é plano e desértico.
O seu fuso horário é +3h. Ocupa uma área de 11.437 km². O seu clima é árido tropical. As principais cidades são Doha (com 392.384 habitantes), Ar-Rayyan (com 165.127 habitantes), Al-Wakrah (com 33.891 habitantes) e Umm Sa'id (com 19.194 habitantes) (dados de 1995).
[editar] Demografia
Ver artigo principal: Demografia do Qatar
[editar] Política
Ver artigo principal: Política do Qatar
A política do Qatar pode resumir-se da seguinte maneira:
Forma de governo: monarquia.
Divisão administrativa: 9 municipalidades.
Partidos políticos: não há.
Legislativo: não há.
Constituição em vigor: 1970 (provisória).
[editar] Subdivisões
Ver artigo principal: Subdivisões do Qatar
O Qatar está dividido em 9 governorados (muhafazat, singular - muhafazah):
Ad Dawhah
Al Ghuwariyah
Al Jumaliyah
Al Khawr
Al Wakrah
Ar Rayyan
Jariyan al Batnah
Madinat Ash Shamal
Umm Salal
Mesaieed
[editar] Economia
Ver artigo principal: Economia do Qatar
Doha, a capital do país.O Qatar tem experimentado um rápido crescimento econômico ao longo dos últimos anos graças aos elevados preços do petróleo e em 2008 publicou seu oitavo superávit orçamentário consecutivo. A política econômica é focada no desenvolvimento não associado às reservas de gás natural e em aumentar o investimento privado e estrangeiro em setores não-energéticos, mas o petróleo e o gás ainda representam mais de 50% do PIB do país, cerca de 85% das receitas de exportação e 70% das receitas do governo.
O petróleo e o gás deixaram o país com a segunda maior renda per capita - na sequência de Liechtenstein - e com um dos mais rápidos crescimentos econômicos do mundo. As reservas descobertas de petróleo, estimadas em 15 bilhões de barris, deverá permitir a continuação da produção nos níveis atuais por mais 37 anos. As reservas descobertas de gás natural do Qatar são de cerca de 26 trilhões de metros cúbicos, cerca de 14% das reservas totais do mundo e a terceira maior reserva do planeta.
Antes da descoberta do petróleo, a economia da região do Catar era centrada na pesca e na extração de pérolas. Após a introdução da pérola japonesa cultivada no mercado mundial em 1920 e 1930, a indústria de pérolas do Catar entrou em declínio. No entanto, a descoberta de petróleo, no início dos anos 1940, transformou completamente a economia do Estado. Agora, o país tem um alto padrão de vida, com muitos serviços sociais oferecidos aos seus cidadãos e todas as comodidades de qualquer Estado moderno.
West Bay em Doha.O rendimento nacional do Catar deriva principalmente das exportações de petróleo e gás natural. O país tem reservas de petróleo de 15 bilhões de barris (2,4 km³), enquanto as reservas de gás da gigante do Campo Norte, que fica na fronteira com o Irã e é quase tão grande quanto a própria península onde se localiza o país, são estimados entre 2.300 km³ a 23.000 km³ (que equivale a cerca de 80 milhões de barris (13 milhões m³) de petróleo). O Qatar é muitas vezes referido como a Arábia Saudita do gás natural. A riqueza e o padrão de vida do Qatar se comparam com os dos Estados da Europa Ocidental, tendo o país o maior PIB per capita no mundo árabe de acordo com o Fundo Monetário Internacional (2006)[7] e o segundo maior PIB per capita no mundo segundo o CIA World Factbook.[6] Com nenhum imposto de renda, Qatar, juntamente com o Bahrein, é um dos países com as menores taxas de impostos do mundo.
Aspire Tower, construída para os Jogos Asiáticos de 2006 e localizada na Zona Aspire, é visível em toda a cidade de Doha.Enquanto o petróleo e o gás permanecerão, provavelmente por algum tempo ainda, como sendo a espinha dorsal da economia do Qatar, o país pretende estimular o setor privado e desenvolver uma "economia baseada no conhecimento". Em 2004, o governpo estabeleceu o "Parque Científico e Tecnológico do Qatar" para atrair e manter empresas de base tecnológica e empresários do exterior no Qatar. O país também criou a "Cidade da Educação", que consiste em colégios internacionais. Para os 15º Jogos Asiáticos em Doha, foi criada a "Cidade dos Esportes de Doha", que consiste no estádio Khalifa, no ASPIRE Dome, centros aquáticos, centros de exposições e de muitos outros esportes e centros de edifícios relacionados. Após o sucesso dos Jogos Asiáticos, Doha começou uma candidatura oficial para sediar os Jogos Olímpicos de Verão de 2016 em outubro de 2007.[8] Qatar também planos para construir uma "cidade do entretenimento" no futuro.
O Qatar pretende se tornar um modelo em transformação econômica e social na região. O investimento em larga escala em todos os setores sociais e econômicos também levam ao desenvolvimento de um mercado financeiro forte.
O "Centro Financeiro do Qatar" (CRC) oferece às instituições financeiras com os serviços de classe mundial em investimento, margem e empréstimos sem juros, e apoio ao capital. Estas plataformas estão situados em uma economia baseada no desenvolvimento de seus recursos de hidrocarbonetos, mais especificamente a sua exportação de petróleo. Ela foi criada com uma perspectiva de longo prazo para apoiar o desenvolvimento do Catar e da região, desenvolvendo os mercados locais e regionais e reforçando os laços entre as economias baseadas em energia e entre os mercados financeiros globais.
Além do Qatar em si, que precisa levantar capital para financiar projetos de mais de US$ 130 bilhões, o CRC também oferece um canal para as instituições financeiras para o acesso de quase US$ 1,0 trilhão de investimentos que se estendem ao longo do GCC (Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do Golfo) como um todo durante a próxima década.
Síria (em árabe: سورية sūriyyaħ ou سوريا sūriyā), oficialmente República Árabe da Síria (em árabe: الجمهورية العربية السورية al-jumhūriyyaħ al-ʕarabiyyaħ as-sūriyyaħ), é um país árabe no Sudoeste Asiático, e faz fronteira com o Líbano e o Mar Mediterrâneo a oeste, Israel no sudoeste, Jordânia no sul, Iraque a leste, e Turquia no norte.
O nome Síria, antigamente compreendia toda a região do Levante, enquanto atualmente abrange os locais de antigos reinos e impérios, incluindo as civilizações de Ebla do III milênio aC. Na era Islamica, sua capital, Damasco, foi a capital do Império Omíada e a capital provincial do Império Mameluco. Damasco é largamente reconhecida como uma das cidades mais antigas continuadamente habitadas do mundo.[3]
A Síria de hoje foi criada como mandato francês e obteve sua independência em Abril de 1946, como uma república parlamentar. O pós-independência foi instável, e um grande número de golpes militares e tentativas de golpe sacudiram o país no período entre 1949-1970. Síria esteve sob Estado de sítio desde 1962, que efetivamente suspendeu a maioria das proteções constitucionais aos cidadãos. O país vem sendo governado pelo Partido Baath desde 1963, embora o poder atual esteja concentrado na presidência e um pequeno grupo de políticos e militares autoritários. O atual presidente da Síria é Bashar al-Assad, filho de Hafez al-Assad, que governou de 1970 até sua morte em 2000.[4][5] Síria tem uma grande participação regional, particularmente através do seu papel central no conflito árabe com Israel, que desde 1967 ocupou as Colinas de Golã, e pelo envolvimento ativo nos assuntos libaneses e palestinos.
A população predominante é de muçulmanos sunitas, mas com uma significante população de Alauitas, Drusos e minorias cristãs. Desde a década de 1960, oficiais militares Alauitas tem dominado o cenário político do país. Etnicamente, cerca de 90% da população é árabe, e o estado é governado pelo Partido Baath de acordo com princípios nacionalistas árabes, dos quais aproximadamente 10% pertencem à minoria curda.
Índice [esconder]
1 História
1.1 Independência
1.2 Últimas décadas
2 Geografia
3 Demografia
3.1 Religião
4 Política
5 Subdivisões
6 Economia
7 Cultura
7.1 Artes populares
7.2 Arquitetura
7.3 Acontecimentos culturais
8 Referências
9 Ver também
10 Ligações externas
[editar] História
Ver artigo principal: História da Síria
A Síria possui uma história muito antiga, desde os arameus e assírios, marcada fortemente pela influência e rivalidade de Mesopotâmia e Egito. Depois de ser ocupada pelos persas, a Síria foi conquistada por Alexandre III da Macedónia. Na época helenística passou a ser centro do reino dos selêucidas e se converteu em uma província romana no século I a.C.. Grandes cidades se desenvolveram nessa região como a mítica Palmira, uma das mais originais e descanso de caravanas.
Com a ascensão do islamismo, a Síria foi um dos focos mais importantes da civilização árabe, sobre tudo na época do califado omíada (660-750), centrado em Damasco, e da dinastia hamdanita (944-1003), centrado em Alepo. Porém, pela sua situação, foi objeto de ambição estrangeira o que conduziu a divisão do seu território. Os cruzados se estabeleceram na Síria durante algum tempo e construíram importantes fortificações, como o Krak dos Cavaleiros. Finalmente, em 1516, Síria passou a formar parte do Império Otomano.
Turca até 1918, com o fim da Primeira Guerra Mundial a Síria foi então dividida em duas partes: uma sob mandato francês, que compreendia a Síria e o Líbano atual, e a outra baixo mandato britânico, composta por Palestina, Transjordania (atualmente Israel e Jordânia) e Iraque.
[editar] Independência
O país conseguiu a independência em 1946. Em 1948, entrou em guerra com Israel, saindo desta perdedora. Sofreu ainda numerosos golpes militares. Em 1958, uniu-se ao Egito para formar a República Árabe Unida (R.A.U.), da qual se separou depois do levantamento militar de 28 de setembro de 1961, convertendo-se em República Síria e, depois da tomada de poder em 1963 pelo Partido Baath, socialista e nacionalista, que empreendeu uma série de profundas reformas sociais e econômicas, ficando constituída como República Popular da Síria em 1964.
Em 1966, o país aliou-se de novo ao Egito e, em 1967, viu-se envolvido na Guerra dos Seis Dias. Mais tarde, em 1973, atacou Israel, na chamada Guerra do Yom Kippur; em maio de 1974 foi feito o acordo de retirada das tropas. Interferiu na defesa do Líbano contra Israel, em 1978. Partidária da causa palestina, mostrando-se contra as negociações de paz egipcio-israelitas, que ocorreram depois da viagem de Anwar Sadat a Jerusalém. As negociações empreendidas em 1979 com o Iraque, encaminhadas a uma fusão de ambos os países não prosperaram (naquele mesmo ano romperam-se as relações entre ambos devido à implicação do Baath iraquiano num atentado em Damasco). Em 1980, realizou-se uma outra tentativa de união, desta vez com a Líbia, que também faliu.
[editar] Últimas décadas
O conjunto de comunidades étnicas e religiosas que constituem o país, tanto muçulmanas como cristãs, assim como o ressurgimento do integralismo islâmico, criaram situações difíceis ao presidente Hafez al-Assad, de orientação laica e socialista. Não obstante, foi reeleito em 1980 como secretário-geral do Baath, o que reforçou seu poder. No mesmo ano, um tratado de cooperação com a União Soviética deu a al-Asad o papel de representante dos interesses soviéticos na região e lhe permitiu contar com sofisticado armamento de origem soviética. Simultaneamente à crescente deterioração das relações com Israel, a Síria passou a controlar militarmente o norte do Líbano, onde sustentou encontros com as forças de Israel e se opôs a presença de forças americanas. A Síria se caracterizou, durante a permanência de suas tropas no Líbano, pela sua oposição a todos os planos de paz dos Estados Unidos para o Oriente Médio, e por proteger Damasco das facções da OLP opostas a Yasser Arafat, enquanto no Líbano a figura de al-Asad aparecia a princípios de 1986 como a do inevitável mediador para qualquer solução de fundo nos assuntos político-religiosos daquele país. Em 1992 foi reeleito. Na primeira Guerra do Golfo se opôs ao Iraque, participou de processo de paz em Madri, no ano de 1991.
[editar] Geografia
Ver artigo principal: Geografia da Síria
Não se trata de um país grande uma vez que Síria tem uma área de só 185.000 km quadrados. A oeste faz limites com Mar Mediterrâneo, Líbano, e Israel, ao sul com Jordânia a leste com Iraque e Turquia. O país esta dividido geograficamente em quatro regiões:
A faixa costeira, fértil, com 180 km de costa abrupta e rochosa, que se estende entre o Líbano e Turquia. As colinas Ansariyah (Jebel an-Nusariyah) formam praticamente a costa norte, e servem de base ao Sahl Akkar (planalto Akkal) ao sul. Os planos aluviais férteis são intensamente cultivados durante todo ano. Os portos mais importantes são Latakia e Tartesos. Em Baniyas existe uma refinaria de petróleo.
As montanhas, Jebel an-Nusariyah formam uma cordilheira que se estende de norte a sul no interior da faixa costeira. A altura media é de 1.000 m. São freqüentes as nevadas em seus picos no inverno. A faixa dos montes do planalto marcam a fronteira entre Síria e Líbano com uma altura média de 2.000 m. A montanha mais alta da Síria é Jebel ash-Sheikh, conhecido na Bíblia como Monte Hermon, com 2.814 m. O maior rio que nasce nessa cordilheira é o Barada. Outras regiões mias pequenas incluem o Jebel Druso, ao sul perto da fronteira com Jordânia e o Jebel Abu Rujmayn ao norte de Palmira.
A estepe, exceto a costa de clima ,mediterrâneo, e nas montanhas e regiões banhadas pelos rios, predomina a estepe. Aí se encontra Damasco, Homs, Hama, Alepo, Deir Ezzour, Hassake e Qamishle, banhada pelo Orontes, O Eufratres, e o Khabour.
O deserto conta com alguns grandes oásis como o de Palmira. Sua privilegiada situação no meio de ricas terras produtoras de cereais, algodão, e leguminosas, lhe a dado o papel de importante mercado agrícola. O deserto ocupa o sudoeste do país, onde acampam os beduínos com seus milhões de cabeças de gado bovino.
Síria além disso esta cortada pelos oleodutos levam seu petróleo juntamente com o do Iraque Arábia em direção a costa libanesa pôr um lado, e por outro em direção a Baniyas, localidade perto de Latakia, principal porto comercial sírio.
[editar] Demografia
Ver artigo principal: Demografia da Síria
A maioria da população da Síria vive no vale do rio Eufrates, uma faixa fértil entre as montanhas costeiras e o deserto.
A maioria da população é de origem semita. Os muçulmanos são cerca de 90% do total, sendo 74% Sunitas e 15% outros, incluindo os alawitas, os xiitas e os druzos. A maioria dos 10% restantes são cristãos. Existem cidades como Khabab, no governadorato de Dara e Maalula, que são inteiramente católicas. Há ainda uma pequena (cerca de 4500 pessoas) comunidade de judeus sírios.
[editar] Religião
A maioria dos sírios são muçulmanos sunitas. Os cristãos em torno de 10% da população são em ampla maioria constituídos de ortodoxos e católicos de rito oriental. Um dos mais antigos patriarcados cristãos, o de Antioquia, foi transferido durante a Idade Média para Damasco. Hoje ele é a sede da Igreja Antioquina de confissão ortodoxa. Há em Damasco também um patriarca católico de rito grego.
[editar] Política
Ver artigo principal: Política da Síria
A Síria é uma república parlamentar. No entanto, os seus cidadãos votam desde 1970 por um presidente e deputados duma lista única organizada pelo partido Ba'ath . O president Hafez al-Assad foi "eleito" desta forma para cinco mandatos consecutivos e, com a sua morte, o seu filho Bashar al-Assad foi escolhido para o suceder e confirmado por um "referendo" em Julho de 2000.
[editar] Subdivisões
Ver artigo principal: Subdivisões da Síria
A Síria está dividida em catorze províncias:
Damasco (en árabe: دمشق)
Rif Dimashq ( ریف دمشق)
Al Qunaytirah (مُحافظة القنيطرة)
Dar'a ( مُحافظة درعة)
As Suwayda o Sweida (مُحافظة السويداء)
Homs (مُحافظة حمص)
Tartus (em árabe: مُحافظة طرطوس)
Al Ladhiqiyah (مُحافظة اللاذقية)
Hamah (مُحافظة حماه)
Idlib (مُحافظة ادلب)
Halab o (مُحافظة حلب)
Ar Raqqah (مُحافظة الرقة)
Dayr az Zawr (مُحافظة دير الزور)
Al-Hasakah (مُحافظة الحسكة, en kurdo: حسكة)
[editar] Economia
Ver artigo principal: Economia da Síria
Moeda: libra síria; cotação para US$ 1: 46 (jul./2000). PIB: US$ 17,4 bilhões (1998). PIB agropecuária: 25,9%; PIB indústria: 27,2%; PIB serviços: 46,9% (1997). Crescimento do PIB: 5,9% ao ano (1990-1998). Renda per capita: US$ 1.020 (1998). Força de trabalho: 5 milhões (1998). Agricultura: algodão em pluma, frutas, legumes e verduras, azeitona. Pecuária: bovinos, ovinos, caprinos, aves. Pesca: 7,7 mil t (1997). Mineração: gás natural, petróleo, fosforito. Indústria: química, petróleo, carvão, petroquímica, têxtil, couro, calçados, alimentícia, bebidas. Exportações: US$ 2,8 bilhões (1998). Importações: US$ 4,5 bilhões (1998). Parceiros comerciais: Alemanha, Itália, França, Arábia Saudita, Turquia.
[editar] Cultura
Ver artigo principal: Cultura da Síria
[editar] Artes populares
Síria conserva atividades artesanais tradicionais, como o trabalho em metal, ebanisteria, tafiletería e trabalhos em seda. Ainda se pode encontrar em Damasco, Hama e Aleppo tecedores de seda trabalhando em seus teares de madeira, como faziam seus ancestrais em Ebla a tempos atrás. Sopradores de vidro em fornos de cerâmica recordam a seus antepassados que inventaram como colorir o vidro a 3.000 anos atrás. Os artistas ainda desenham heróis épicos quase idênticos aos que estão gravados nas pedras por seus antepassados do ano 3.000 antes de cristo.
[editar] Arquitetura
No terreno arqueológico Síria conta com uma importante história. Entre 660 e 750, Damasco viveu uma idade de ouro com a Dinastia dos Omeyas que determinou a aparição de um grandioso estilo arquitetónico composto, que combinava influencias antigas e bizantinas com tradições sírias e mesopotâmicas.
A arquitetura civil atingiu um refinamento inigualado quando os turcos estenderam sua hegemonia sobre Síria no século XVI. A arte da corte otomana outorga preponderância a decoração, que mistura delicados motivos vegetais com caligrafias sutis.
[editar] Acontecimentos culturais
Durante todo ano se celebram na Síria acontecimentos culturais interessantes. Exposições, leituras e seminários são propostos nas Universidades, museus e centros culturais. A pintura e escultura dos artistas locais são expostos em galerias privadas em todo país. Entre os artistas de renome figura o pintor Fateh Mudarress, Turki Mahmud Beyk, Naim Ismail, Maysoun al-Jazairi, Mahmud Hammad y Abd al-Qader Arnaout entre otros.
A repressão política manteve a produção literária quase morta. Com exceção ao autodidata Zakariya Tamir, que viveu em exílio em Londres desde 1978. Sua obra gira em torno da vida diária na cidade, marcada pela frustração e desespero nascidas da opressão social.
Um grande número de festivais musicais acorrem regularmente na Síria. Destaca-se o Festival de Música de Câmara de Palmira. A televisão conta com dois canais, um em árabe e outro inglês e francês. Além de jornais em árabe, existem jornais locais em inglês.
O Afeganistão (oficialmente, República Islâmica do Afeganistão, د افغانستان اسلامي جمهوریت em pachto, جمهوری اسلامی افغانستان em persa) é um país sem saída para o mar no centro da Ásia. É comumente designado como um país da Ásia central, da Ásia meridional e do Oriente Médio. Possui vínculos religiosos, etno-lingüísticos e geográficos com a maioria dos países vizinhos. Limita com o Paquistão ao sul e ao leste, com o Irão a oeste, com o Turcomenistão, o Uzbequistão e o Tadjiquistão ao norte, e com a China a nordeste. O nome do país significa "terra dos afegãos".
O país é um cadinho cultural entre o Ocidente e o Oriente e tem sido um antigo ponto focal para o comércio e a migração. Sua localização é estratégica, ao ligar o sul, o centro e o sudoeste da Ásia. Ao longo de sua história, o país assistiu a diversos invasores e conquistadores, embora em outras ocasiões reinos locais tenham invadido as regiões vizinhas. O Império Durrani, fundado por Ahmad Shah Durrani em 1747, tinha por capital a cidade de Kandahar; posteriormente, a capital foi transferida para Cabul e a maior parte do seu território foi cedida a países vizinhos. No final do século XIX, o Afeganistão tornou-se um Estado-tampão envolvido no "Grande Jogo" entre o Império Britânico e o Império Russo. Em 19 de Agosto de 1919, após a terceira Guerra Anglo-Afegã, o país recuperou a sua independência plena do Reino Unido.
Desde o final dos anos 1970, o Afeganistão vem sofrendo uma guerra civil contínua e brutal, que incluiu intervenções estrangeiras como a invasão soviética de 1979 e a recente ação chefiada pelos EUA que derrubou o regime dos talibãs. No final de 2001, o Conselho de Segurança das Nações Unidas autorizou a criação de uma Força Internacional de Assistência e Segurança (ISAF, em inglês), composta por tropas da OTAN que apóiam os esforços do governo do presidente Hamid Karzai para estabelecer o império da lei e para reconstruir a infra-estrutura do país. Em 2005, o país assinou com os EUA um acordo de parceria estratégica que prevê uma relação de longo prazo entre as duas partes. Vários milhões de dólares foram recebidos da comunidade internacional para investimentos na reconstrução do país.
Índice [esconder]
1 História
2 Geografia
3 Demografia
3.1 Criminalidade
4 Política
4.1 Símbolos nacionais
5 Subdivisões
6 Economia
7 Infraestrutura
7.1 Educação
8 Cultura
9 Notas
10 Ver também
[editar] História
Ver artigo principal: História do Afeganistão
O Império islâmico e os califados durante sua maior extensão.
██ Sob o profeta Muhammad, 622-632
██ Sob o Califado Patriarcal, 632-661
██ Sob o Califado Umayyad, 661-750
Desde a Antiguidade, a guerra é uma constante na região onde hoje fica o Afeganistão, local já ocupado no século VI a.C.pela civilização bactriana, formada por um povo que incorporava elementos das culturas hindu, grega e persa. Depois disso, o território foi atacado por sucessivos invasores.
O Afeganistão foi invadido e ocupado pela União Soviética em 1979. Mas, apesar da destruição maciça provocada na sustentação logística, lutas subseqüentes entre as várias facções dos Mujahidin permitiram que os fundamentalistas do Talibã se apropriassem da maior parte do país. Em 1997, as forças talibãs mudaram o nome do país de Estado Islâmico do Afeganistão para Emirado Islâmico do Afeganistão.
Nos últimos dois anos o país sofre com a seca. Estas circunstâncias conduziram três a quatro milhões de afegãos a sofrerem de inanição.
Em resposta aos ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001 nas Torres Gêmeas (World Trade Center) em Nova Iorque, e no Pentágono, cuja autoria foi reivindicada por Osama bin Laden, líder da Al Qaeda, reconhecido como herói pelos Talibãs, no dia 7 de Outubro de 2001, os Estados Unidos e forças aliadas lançaram uma campanha militar, como parte de sua política antiterrorismo, caçando e prendendo suspeitos de atividades terroristas no Afeganistão e mandando-os para a base de Guantánamo, em Cuba.
[editar] Geografia
Ver artigo principal: Geografia do Afeganistão
Mapa topográfico do Afeganistão.O Afeganistão é um país montanhoso, (com 85% do seu território formado por montanhas) -, embora inclua planícies no norte e no sudoeste e poucas depressões. O ponto mais alto do Afeganistão, o Nowshak, atinge uma altitude de 7 485 m acima do nível do mar. Grandes extensões do país são secas, e o fornecimento de água doce é limitado. O Afeganistão tem um clima continental, com verões quentes e invernos frios. O país é frequentemente abalado por sismos.
Para além da capital, Cabul, as maiores cidades do país são Herat, Jalalabad, Mazar-e Sharif e Kandahar.
[editar] Demografia
Ver artigo principal: Demografia do Afeganistão
Pirâmide etária do país em 2005.Com a capital em Cabul e uma área de 647.500 km²; e 29.863.000 hab. (46hab/km²), o Afeganistão é um dos países mais pobres e inóspitos do mundo. A instabilidade política e os conflitos internos arruinaram a sua já débil economia e infra-estruturas a tal ponto que 1/3 da sua população afegã abandonou o país.
Segundo uma estimativa de 2006, a população cresce 2,67% ao ano. O índice de natalidade é de 46,6 a cada 1000 habitantes, enquanto o índice de mortalidade é 20,34 a cada 1000 habitantes. A taxa de mortalidade infantil é de 160,23 mortes a cada 1000 nascimentos. A expectativa de vida é de 43.34 anos.
[editar] Criminalidade
Ver artigo principal: Criminalidade no Afeganistão
O crime está presente em várias formas. Formas de criminalidade inclui o narcotráfico, o branqueamento de capitais, fraude, corrupção, etc.
O Afeganistão é o maior produtor mundial de ópio. De 80 a 90% da heroína consumida na Europa provém de ópio produzido no Afeganistão. O tráfico de ópio tornou um importante negócio ilegal no Afeganistão desde a queda do regime talibã, em 2001. De acordo com um inquérito realizado em 2007 pelo Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC), 93% dos opiáceos no mercado mundial teve origem no Afeganistão.
Outras formas de criminalidade incluem roubo, bem como sequestros e assaltos.
[editar] Política
Ver artigo principal: Política do Afeganistão
O atual presidente afegão, Hamid Karzai, revista a guarda presidencial em Cabul.Em 27 de Setembro de 1996, as forças talibãs, constituídas de ex-estudantes, derrubaram o presidente, capturaram a capital, Cabul, e passaram a controlar grande parte do país. Em novembro desse ano outras facções negociavam um governo nacional de coalizão.
O atual presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, foi escolhido pelo governo dos Estados Unidos para dirigir um governo interino, após a queda dos Taliban.
Afegã votando em 18 de Setembro de 2005.Foram realizadas eleições a 9 de Outubro de 2004, com mais de 10 milhões de afegãos registrados para votar, mas a maioria dos 17 candidatos da oposição não reconheceu o resultado das eleições, alegando fraude; uma comissão independente encontrou evidências de fraude, mas considerou que isto não teria afectado os resultados. Karzai obteve 55,4% dos votos e foi empossado como presidente a 7 de Dezembro. Estas foram as primeiras eleições desde 1969, quando houve eleições para o parlamento.
O actual governo inclui membros da Aliança do Norte, um grupo político formado por elementos de diferentes regiões e grupos étnicos nomeados pela Loya jirga - conselho ligado às antigas tradições afegãs, inicialmente constituído por membros da etnia Pashtun, majoritária, e atualmente formado por diferentes líderes regionais e tribais, autoridades políticas, militares e religiosas, funcionários do governo, etc.
[editar] Símbolos nacionais
Ver artigos principais: Bandeira do Afeganistão, Brasão de armas do Afeganistão, Hino nacional do Afeganistão.
A bandeira nacional foi adaptada pelo governo de transição em 2002. A bandeira é um rectângulo com proporções de 1:2, dividida em três barras verticais de igual largura e de cores preta à tralha, vermelha ao centro e verde ao batente. No centro da barra vermelha, o símbolo tradicional do Afeganistão, com uma mesquita no centro.
O brasão de armas tem aparecido de alguma forma sobre a Bandeira do Afeganistão desde o início da nação. A mais notável ausência foi durante a década de 1980 quando um regime comunista dominou o país, e nos finais dos anos 1990, durante o Estado do Talibã.
A mais recente alteração do brasão de armas foi a inserção da inscrição das shahada em árabe no topo do mesmo. Abaixo, está uma imagem de uma mesquita com um mehrab que se confronta com um local de oração em Meca. Anexa à mesquita estão duas bandeiras, tomadas de posição das bandeiras do Afeganistão. Abaixo da mesquita encontra-se uma inscrição que indica o nome da nação. Em torno da mesquita está uma grinalda vegetal.
"Sououd-e-Melli" (em persa: Hino nacional) é o hino nacional, adoptado em 2006. De acordo com o artigo 20 da constituição do Afeganistão: "O hino nacional deverá ser em pachto e terá a menção "Alá é o maior", assim como os nomes das etnias do Afeganistão."[3]
[editar] Subdivisões
Ver artigo principal: Subdivisões do Afeganistão
As 34 províncias do Afeganistão, numeradas.O Afeganistão subdivide-se em 34 províncias:
1. Badakhshan
2. Badghis
3. Baghlan
4. Balkh
5. Bamiyan
6. Daikondi
7. Farah
8. Fariab
9. Ghazni
10. Ghowr
11. Helmand
12. Herat
13. Jozjan
14. Cabul
15. Kandahar
16. Kapisa
17. Khost
18. Konar
19. Konduz
20. Laghman
21. Logar
22. Nangarhar
23. Nimroz
24. Nurestão
25. Paktia
26. Paktika
27. Panjshir
28. Parwan
29. Samangan
30. Sar-i Pol
31. Takhar
32. Uruzgan
33. Vardak
34. Zabol
[editar] Economia
Ver artigo principal: Economia do Afeganistão
Novo edifício comercial em Cabul.O Afeganistão é um país extremamente pobre, muito dependente da agricultura (principalmente da papoula -, matéria-prima do ópio) e da criação de gado. A economia sofreu fortemente com a recente agitação política e militar, e uma severa seca veio se juntar às dificuldades da nação entre 1998 e 2001. A maior parte da população continua a ter alimentação, vestuário, alojamento e cuidados de saúde insuficientes, e estes problemas são agravados pelas operações militares e pela incerteza política. A inflação continua a ser um problema sério.
Depois do ataque da coligação liderada pelos Estados Unidos que levou à derrota dos Talibã em Novembro de 2001 e à formação da Autoridade Afegã Interina (AAI) resultante do acordo de Bona de Dezembro de 2001, os esforços internacionais para reconstruir o Afeganistão foram o tema da Conferência de Doadores de Tóquio para a Reconstrução do Afeganistão em Janeiro de 2002, onde foram atribuídos 4,5 bilhões de dólares a um fundo a ser administrado pelo Banco Mundial. As áreas prioritárias de reconstrução são: a construção de instalações de educação, saúde e saneamento, o aumento das capacidades de administração, o desenvolvimento de setores agrícolas e o de reconstrução das ligações rodoviárias, energéticas e de telecomunicações. Dois terços da população vivem com menos de dois dólares por dia. A taxa de mortalidade infantil é de 160.23 por 1000 nascimentos.
[editar] Infraestrutura
[editar] Educação
Ver artigo principal: Educação no Afeganistão
Estudantes de uma Escola Feminina no Afeganistão.A partir de 2006 mais de quatro milhões de estudantes do sexo masculino e feminino estavam matriculados em escolas por todo o país. No entanto, ainda existem obstáculos significativos à educação no Afeganistão, decorrentes da falta de financiamento, edifícios escolares inseguros e normas culturais. A falta de professoras é uma questão que diz respeito a alguns pais afegãos, especialmente em áreas mais conservadoras. Alguns pais não vão permitir que as suas filhas a ser ensinada por homens.
Alfabetização de toda a população está estimada (em 1999) em 36%, a taxa de alfabetização do sexo masculino é de 51% e do feminino 21%. Até agora, existem 9.500 escolas no país.
Outro aspecto da educação que está mudando rapidamente no Afeganistão é a cara do ensino superior. Após a queda do regime talibã, a Universidade de Cabul foi reaberta para ambos estudantes dos sexos masculino e feminino. Em 2006, a Universidade Americana do Afeganistão também abriu suas portas, com o objectivo de proporcionar um mundo de classe, Inglês como língua, a coaprendizagem ambiente educacional no Afeganistão. A universidade aceita alunos provenientes do Afeganistão e os países vizinhos. Trabalhos de construção vai começar em breve o novo site selecionado para a Universidade de Balkh em Mazari Sharif. O novo edifício para a universidade, incluindo o edifício para o Departamento de Engenharia, seria construído em 600 acres (2,4 km ²) de terras, o custo de 250 milhões de dólares americanos.
[editar] Cultura
Ver artigo principal: Cultura do Afeganistão
Pormenor de Quatro Cenas da Vida do Buda, stupa do período Gandhara, dinastia Kushan, século II-III.A cultura do Afeganistão é milenar. É bastante influenciada pelo Islão, porém recebeu, ao longo dos séculos, influências do hinduísmo e do budismo.
Há objetos da Arte Gandhara do século I ao século VII, com marcante influência greco-romana. Desde o início do século XX a arte afegã começou a utilizar-se de técnicas ocidentais. A arte era uma tarefa essencialmente masculina, porém recentemente mulheres começaram a se destacar.
Os monumentos históricos do país foram muito danificados por anos de guerra, e um exemplo disso foram as duas gigantescas estátuas de Buda existentes na província de Bamiyan, que foram destruídas pelos taliban por serem consideradas idólatras.
Outros famosos sítios (lugares) históricos incluem as cidades de Herat, Ghazni e Balkh. O minarete de Jam, no vale de Hari Rud, é um Patrimônio Cultural da Humanidade, segundo a UNESCO.