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A história da relação entre ocultismo e nazismo é repleta de fatos e lendas de tal modo entrelaçadas que, muitas vezes o limite entre a realidade e fantasia torna-se indistinguível. Um desses fatos-lendas é o caso da Colônia Tibetana em Berlim. Os nazistas ou, mais precisamente os nacionalistas místicos do nazismo, organizados [ou desorganizados] em suas numerosas sociedades secretas dentro de sociedades secretas, almejavam a purificação da raça ariana e a imposição de sua supremacia sobre os outros povos [raças do mundo].
Para alcançar essa meta, místicos que eram, optaram pelo auxílio de práticas mágicas. Porém, essas coisas mágicas [fórmulas, rituais, químicas] são tão secretas que os magos-políticos-miltares alemães tiveram de empreender longos estudos e buscar Mestres mais capacitados, especialmente em magia negra, mais adequada aos propósitos em vista.
Baseados nos textos da teosofia e seus assemelhados, textos acadêmicos ou mesmo novelas, ficção, os Nazis encasquetaram em suas, muitas vezes, nem tão louras cabeças, que a fonte do poder metafísico estava no Tibete, na Ásia central, em algum lugar naquelas bandas além de especularem sobre a Antártida e o Ártico. Acreditavam que seus ancestrais, arianos, descendentes dos últimos Atlantes [que um dia habitaram Thule] dotados com fabulosas faculdades metafísicas, ainda existiam e preservavam os segredos das ciências mágicas organizados em Sociedades Secretas, instalados em cavernas subterrâneas localizadas em diferentes pontos do planeta.
Ficções ─ O escritor alemão Theodore Illion [1898-1984], em Darkness Over Tibet [1937] relata sua aventura naquele país. Ele teria descoberto uma mina profunda. No subterrâneo, deparou-se com uma cidade habitada por monges. Eram iogues negros [do mal, como magos negros] que planejavam controlar o mundo através da telepatia e da projeção astral. Illion teria ficado ali como hóspede até que descobriu carne humana em sua dieta. Diante disso, fugiu, com os monges em seus calcanhares. [Parece que toda a juventude da época tinha lido e ficado impressionadíssima com The Comming Race e, quem sabe, com Voyage au centre de la Terre, Viagem ao Centro da Terra de Julio Verne, (1828-1905) ─ publicado em 1864].
Outro escritor, René Guénon [ou ─ seu nome muçulmano, Abd al-Wahid Yahya ─ 1886-1951] francês, metafísico, pesquisador do simbolismo e das tradições da iniciação mística sendo, ele mesmo, iniciado no hinduísmo, taoísmo e esoterismo islâmico publicou, em 1927, com enorme êxito Le Roi du Monde [O Rei do Mundo, 1927], mais uma obra que alimentou, no imaginário dos nacionalistas alemães, a esperança de que poderiam recuperar a supremacia da raça ariana e seu [supostamente] legítimo poder sobre o mundo [sobre outras raças] por meio de uma aliança com arcanas forças ocultas cujos segredos estariam preservados no Tibete.
No livro, Guénon fala da destruição de uma antiga civilização que teria florescido no deserto de Gobi. Essa civilização foi aniquilada por um desastre natural [outros, sobre o mesmo tema, especulam sobre uma explosão atômica]. Os sobreviventes, Filhos das Inteligências do Além, abrigaram-se em cavernas subterrâneas nos Himalaias e, ali, restauraram sua civilização. Dividiram-se em dois grupos: os fundadores da cidade de Agartha, que seguiram o caminho da espiritualidade; e os fundadores da cidade de Shamballa, que praticavam a violência seduzidos pelo materialismo. Na ficção de Guénon, esses habitantes do subterrâneo poderiam influenciar a vida e os acontecimentos da Humanidade da superfície por meio das ciências metafísicas, como a hipnose telepática e a mediunidade.
Expedições Nazistas
Em busca destes Mestres e de seus ensinamentos, os nacionalistas-místicos alemães começaram cedo a organizar expedições científicas. Jamais uma nação investiu tanto em pesquisa esotérica [mesmo em plena guerra] disfarçada de interesse arqueológico, histórico, geológico, botânica, lingüística etc.. Fala-se muito de expedições nazistas ao Tibete porém, na verdade, no período de guerra e depois da instituição da Ahnenerbe apenas uma expedição ao Tibete é registrada, entre 1938 e 1939, liderada por Ernst Schäfer [1910-1992].
Outras expedições àquele país, anteriores, são pouco documentadas e não são diretamente ligadas ao patrocínio nazista. Sabe-se, por exemplo que o mesmo Schäfer esteve no Tibete duas vezes antes da expedição de 1938/39. A primeira vez, entre 1931-1932; a segunda, 1934-1936. Schäfer, portanto, conhecia o terreno; por isso foi escolhido pela Ahnenerbe. Naquela terceira expedição, a equipe compunha-se cinco acadêmicos alemães e vinte membros das SS. Sua missão era estabelecer relações com os misteriosos habitantes das cavernas, o povo de Agartha.
Antes mesmo da Ahnenerbe ser criada, Karl Haushofer, que era membro da Thule-Vril, atuou, entre os nacionalistas, como uma espécie de consultor para assuntos do ocultismo do extremo oriente ─ Japão, Índia, Tibete, instruindo os membros das expedições alemãs [civis] que partiram em busca da fonte do poder sobrenatural, a partir de 1926 [curiosamente, ano de fundação da Colônia Tibetana em Berlim].
Por sua experiência com a mística naqueles países asiáticos, Haushofer estaria envolvido com a implantação da colônia tibetana e com os imigrantes tibetanos que se instalaram na Alemanha nos anos seguintes [a 1926]. Sobretudo, Haushofer teria estabelecido um canal diplomático entre Terceiro Reich e os iogues negros. Embora muito se insista em tibetanos, o fato é que a colônia de Berlim, em todas as fontes históricas, é associada à uma Sociedade Secreta japonesa, e não tibetana; a Sociedade Ordem dos Dragões Verdes. Todavia, também é verdade que os Dragões Verdes tinham seus tentáculos na China e no Tibete.
Essa Ordem dos Dragões Verdes, se ocupava de alcançar a maestria, o domínio total do ser humano, dos seus corpos perecíveis e do seu etérico [ou etéreo] corpo durável [corpo ou Ser eterno, imortal]. A excelência nas ciências ocultas que, em última instância dependem do absoluto auto-controle, conferia aos seus Mestres grandes poderes: tinham o dom da profecia, podiam controlar os elementos em seus corpos [calor, frio, fluidos, estrutura ósseo-cartilaginosa, o metabolismo do ar, a sutileza escorregadia dos pensamentos]. Os iniciados de alto grau eram capazes de fazer uma semente germinar e tornar-se planta adulta em poucas horas [Papus menciona este fenômeno em seu Tratado Elementar de Magia Prática].
A Ordem dos Dragões Verdes ─ Segundo a mitologia nazi-ocultista, uma expedição nazista ao extremo oriente conseguiu entrar em contato com potências subterrâneas de Shamballa. O mais provável é que tenha sido a expedição partiu em 1938 e voltou à Alemanha às vésperas da guerra, em 1939 trazendo consigo alguns adeptos nativos da Ásia. Estes, fundaram a Loja Tibetana em Berlim que foi denominada Society of Green Men. Na Society of Green Men o Mestre absoluto, acredita-se, era um daqueles orientais importados. Ele ficou conhecido como o Homem das Luvas Verdes.
Os Homens Verdes afirmavam que tinham contato direto com a central japonesa através do medium [meio, campo de informação astral, Akasha] astral. A certa altura dos acontecimentos, A Green Dragon Society teria enviado para Alemanha sete membros, legítimos asiáticos, supõe-se japoneses, ou não... para auxiliar os Green Men em seu nazi-projeto de produzir mutações na genética dos nórdicos a fim de transformar os arianos em Homens-deuses! Tudo isso, naturalmente, acontecia sob o mais rigoroso sigilo.
Mas os Green Men começaram a perder o prestígio entre 1943 e 1944. Eles falharam em alterar os rumos da Guerra e, além disso, seu padrinho, Haushofer, estava encrencado com as SS: seu filho se envolveu em um atentado contra a vida de Hitler [em 1944].
Trebitsch-Lincoln [1879-1943] vulgo Chao Kung.
Erik Jan Hanussen [1889-1933]
O Mistério do Monge das Luvas Verdes
A colônia tibetana em Berlim foi instituída bem antes do começo da Segunda Guerra, em 1926 e continuou crescendo durante o conflito. Depois da ascensão dos nacionalistas ao poder, os tibetanos eram importados pela Ahnenerbe, que selecionava os imigrantes precisamente entre os chamados Irmãos Negros da Ioga negra do Tantra negro! Apesar de todo esse negror, nessa colônia, destacava-se a figura de um monge tibetano que ficou conhecido como o Homem das Luvas Verdes [e non das luvas negras...]. Hitler consultava-o com freqüência, deferência atribuída ao interesse [do Fürer] nos poderes psíquicos da personagem e pela fama do sujeito de possuir o segredo do acesso ao reino de Agharta.
O mistério em torno desse ocultista das luvas verdes é tão labiríntico que há quem afirme que ele nem era tibetano; uns dizem que que era alemão, erudito orientalista; outros, que era um judeu alemão! ─ chamado Erik Jan Hanussen [1889-1933] ou, talvez, um um ex-judeu, Ignatius Timothy Trebitsch-Lincoln [1879-1943] vulgo Chao Kung.
Nos casos de Ignatius Timothy Trebitsch-Lincoln e Erik Jan Hanussen, apesar das biografias pitorescas, as datas oficiais de suas mortes eliminam a possibilidade de um deles ter sido o "monge das Luvas Verdes". Hanussen, morto em 1933 e o outro, Trebitsch, morreu em 1943 e, ainda por cima, na China! Ora, segundo consta nos registro históricos, o cadáver da personagem encontrado em 1945; não estava em putrefação, eram defuntos frescos e a morte se deu por suicídio. Finalmente, o defunto do centro círculo tibetano também tinha feições orientais.
A terceira hipótese, da colônia tibetana ser, na verdade uma Loja esotérica, filial dos Dragões Verdes nipônicos-tibetanos é bastante plausível. A migração para a Alemanha teria sido intermediada por Karl Haushofer, desde o começo dos anos de 1920, a partir dos contatos que fez, quando esteve em missão militar no Japão e, muito interessado na cultura local, foi um, dos apenas três ocidentais, admitidos entre os Dragões ao longo da longuíssima existência daquela organização.
O Clã dos Dag-Dugpa
[Druk-pa, Dugpa, Brugpa, Dag dugpa ou Dad dugpa]
Tudo indica, portanto, que o Homem das Luvas Verdes, de fato, existiu na mística do nazismo. Descartando hipótese de ser um ocidental orientalista ou orientalizado, resta investigar a identidade de um verdadeiro tibetano radicado em Berlim. Embora as referências sobre esta possibilidade sejam constantes porém exíguas, todas as fontes concordam que o exótico conselheiro das SS, se tibetano, era um mago negro daquele país pertencente ao clã dos Dag-Dugpa. Sobre os Dag Dugpa, escreve o ocultista Samael Aun Weor [1917-1817]:
O Clã de Dag Dugpa pratica o Tantrismo Negro. Os Iniciados Negros Bonzos e Dugpas [de gorro vermelho] ejaculam o sêmen, misticamente... têm um procedimento fatal para recolherem o sêmen carregado de átomos femininos de dentro da própria vagina da mulher, logo, o injetam [aspiram-no] uretralmente [pela uretra!] e reabsorvem-no, com a força da mente, para levá-lo até o cérebro.
E sobre Hitler e o Homem das Luvas Verdes: O homem das luvas verdes pertenceu ao clã dos Dag Dugpas. Hitler deixou-se dirigir por este homem que lhe ensinou acristalizar tudo negativamente.
Os adeptos da filosofia-religiosidade Dugpa, crêem que entre os mais sábios desses monges estão os Mestres do Mundo, versados nos poderes da mente e praticantes de magia negra. Professavam uma antropogênese e uma evolução das raças humanas muito semelhante àquela adotada pelos nazistas; uma Antropogênese de remotíssima tradição que ficou registrada em escrituras muito antigas, as Estâncias de Dzyan [Livros] ─ que foram apresentadas ao Ocidente, principalmente pela Sociedade Teosófica através da obra da teósofa H. P. Blavatsky.
Os Sete Orientais
Ao fim da guerra, em 25 de abril de 1945, tropas russas que inspecionavam cuidadosamente as ruínas de Berlim, ao entrarem no grande salão de um edifício semi-destruído por uma explosão depararam-se com uma cena bizarra. Caídos, dispostos em círculo, estavam os corpos de seis homens tendo ao centro um sétimo cadáver. Estavam todos vestidos com uniformes militares e o morto do centro usava um brilhante par de luvas verdes.
Examinando de perto, os russos perceberam que os defuntos eram todos orientais e um dos soldados, que nascera na Mongólia, reconheceu-os como tibetanos. Era evidente que não tinham morrido em batalha; cometeram suicídio. Nas semanas que se seguiram outras centenas de tibetanos foram descobertos em Berlim, Munique e Nuremberg; alguns, mortos em ação; outros, que cometeram o suicídio ritual. Nos dias que se seguiram, centenas de corpos de orientais foram descobertos na cidade. Nenhum documento de identificação foi encontrado. Todos vestiam uniformes das SS. Trata-se de um dos mais resistentes entre os enigmas da história da segunda Guerra Mundial.
Apesar de terem sido identificados como tibetanos, os sete corpos encontrados pelos russos em 1945 tinham característica bem japonesa impressa em suas mortes: todos os suicídios foram cometidos rasgando o ventre com uma faca, método japonês. O mesmo método que Karl Haushofer usou às vésperas de ser preso pelos Aliados, no fim da Guerra.
A astrologia tibetana tem varias origens, chinesas, indianas, e origens locais como a religião Bön e o budismo. Tradicionalmente a astrologia tibetana era uma das cinco ciências secundárias do Tibete. Diz respeito a muitas coisas no país, como a cronologia e a compilação do calendário tibetano. A astrologia ainda é muito importante para os povos tibetanos, que os orienta na agricultura, na vida cotidiana, entre muitas outras coisas. Em uma aldeia, o astrólogo tibetano, irá aconselhar os aldeões a melhor época para a colheita e plantação, qual o melhor dia para duas pessoas se casarem. Se o resultado for negativo, práticas religiosas serão feitas para eliminar os obstáculos que aparecem, e que poderia se realizado por monges de algum mosteiro local. No nascimento de crianças os gráficos eram usados para ver se tinha alguns rituais obrigatórios para afastar planetas negativos. Também na morte eram usados para o desempenho do funeral. A astrologia tibetana não é só fortemente ligada à religião, também na medicina tibetana era preciso estudar astrologia, para determinar o tempo e a prática da meditação.
Origens no Bön
A religião Bön foi estabelecida no Tibete antes da chegada do budismo. A astrologia é muito importante no sistema Bön, com ela fazem cálculos astronômicos, diagnostico médicos, influências negativas e positivas. Os quatro tipos de cálculos no sistema Bön são:
O espelho mágico dos horóscopos.
Os círculos de Parkhas e Mewas (quadrados mágicos em 9 cores)
A roda Kalachakras dos elementos
O sistema trabalha com 360 dias lunares no ano e ciclo de 60 a 120 anos. Como um ano é maior que 360 dias, é duplicado mais dias, e outros são ignorados, para fazer o calendário se encaixar.
Origens chinesas
Dos chineses se originaram os conceitos de Trigams, os noves Mewas, ciclos de 12 e 60 anos do Yin e do Yang. A astrologia chinesa foi introduzida no Tibete no ano de 643. Dois sistemas principais “Naktsi” ou “astrologia negra” se referindo a área negra da China, e a Jungtsi ou “astrologia dos elementos”.
Os cinco elementos
Os elementos chineses são cinco sendo eles: Madeira, Fogo, Água e Terra. E eles são diferentes dos elementos que contribuem na astrologia indiana, que são: Terra, Água, Fogo, Ar e Éter, bem como a medicina Ayurveda que compõem esses elementos. Os chineses são mais elementos naturais e forças dinâmicas de transformações.
Doze animais
Os doze animais que compõem a astrologia chinesa são: Dragão, Tigre, Ovelha, Serpente, Cavalo, Macaco, Vaca, Rato, Passaro, Coelho, Cão e Porco. São referidos há horas, dias, meses e anos. Cada animal é relacionado a um elemento que representa a sua força de vitalidade. Cada ano tem uma combinação de um animal e um elemento, isso leva ciclos de 60 anos.
Os nove Mewas
Os noves Mewas, são derivados do I-Ching chinês, sendo usada na astrologia e a na numerologia chinesa. Cada um dos Mewas está associado a uma cor, um elemento e uma direção. Por exemplo, as três cores brancas (1, 6 e 8) são considerado metal.
Os oitos Trigrams
Eles representam o equivalente a “pa-kua” no chinês. Que forma a base do I-Ching. O pa-kua são baseado nos conceitos do Yin e do Yang. Os elementos sendo eles: Fogo, Metal, Céu, Terra, Montanha, Água, Madeira e Vento. Eles são considerados a extensão dos cinco elementos.
Origens indianas
A astrologia tibetana foi muito influenciada pela astrologia indiana, bem como a influencia por fontes chinesas. A Índia foi conhecida como área branca, dando origem à “astrologia branca”.
Signos do Zodíaco
O sistema indiano baseia-se nas observações, do Sol, da Lua, e dos planetas do sistema solar. O céu à noite para com um globo cheio de estrelas em torno do planeta Terra. Durante um ano o Sol se deslocar ao longo das extensões das estrelas, para completar um ano. Esse ciclo é dividido em 12 seções chamado de signo do zodíaco. Como a astrologia ocidental que seguem o ciclo do Sol relacionado com as estações. Já os tibetano/indiano seguem os ciclos do Sol relacionado com as estrelas. Com o passar do tempo os sistemas foram se diferenciando. Mas os signos são os mesmo como: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Sagitário, Capricórnio, Aquários e Peixes.
Casas Lunares
A astrologia indiana menciona 27 casas lunares (Nakasatras), mas com um dos quais duas constelações adjacente, que abrange 28 constelações. Cada uma dessas casas relaciona-se com um elemento indiano. No sistema tibetano as casas lunares foram também ligadas a elementos chineses.
Planetas
Ambos os signos do Zodíaco, e as Casas Lunares foram dominados por um determinado planeta, que são: Ketu, Vênus, Sol, Lua, Marte, Rahu, Júpiter, Saturno, Mercúrio. Sendo Ketu e Rahu, modelos da Lua. Os planetas ao longo dos sinais são os mesmo na astrologia ocidental.
KALACHAKRA
Kalachakra é um sistema tantrico, que contém não só práticas religiosas, mas também um conhecimento sobre medicina. Ela descreve a interação do homem com os fenômenos cósmico, que com o tempo se constrói um sistema completo de astrologia indiana. Curiosamente, contém todos os elementos da astrologia indiana, mas integra com os princípios chineses. Os tibetanos começaram adotar os 60 ciclos no ano de 1027.
No Budismo
Pode-se dizer que quase tudo na cultura tibetana é fortemente influenciada pelo budismo. Normalmente no Tibete um monge ou lama seria o astrólogo local, ele seria o responsável para estabelecer o calendário para as praticas religiosas. Pela lenda um Buda chamado de Manjushri que é a personificação da sabedoria, é invocado para qualquer inicio de consulta astrológica. Como disse, a astrologia tibetana, é muito ligada à religião, ela é considerada um método prático para as incertezas e seguranças. A motivação de um astrólogo é a compaixão (querer que os seres fiquem livres do sofrimento), e como tal, um astrólogo não é diferente de praticantes espirituais, médicos ou mestres budistas.
Tantra | As Escrituras do Vajrayana
Tantra, continuum, é o nome dado às escrituras esotéricas do buddhismo Vajrayana e do hinduísmo. Em ambos os casos, essas escrituras são marcadas por um grande simbolismo, tornando-se essencial que seus ensinamentos sejam transmitidos e estudados apenas com a ajuda de um professor qualificado.
Os eruditos tibetanos costumam atribuir os tantras ao próprio Buddha Shakyamuni. Alguns afirmam que eles foram transmitidos em um dia de lua cheia, um ano após o despertar de Shakyamuni. Outros autores afirmam que os tantras foram transmitidos um mês antes de o Buddha manifestar o parinirvana (isto é, de falecer e alcançar a liberação final).
Segundo os tantras buddhistas, é possível atingir a iluminação em um período de tempo relativamente curto através da transformação das emoções negativas (apego, ódio, ignorância, etc.), ou mais precisamente, revelando a sua verdadeira natureza. Os tantras de Guhyasamaja e Heruka Chakrasamvara, por exemplo, trabalham com a transmutação do desejo, enquanto o tantra de Yamantaka trabalha com a transmutação do ódio.
O tantra propõe incorporar todas as ações, todos os pensamentos, todas as emoções, no caminho. Nada em si é puro ou impuro, bom ou ruim, mundano ou transcendente; as coisas só aparecem para nós destes modos por causa das idéias pré-concebidas. No sistema do tantra, qualquer ação — até mesmo andar, comer, defecar ou dormir — pode ser incorporada ao caminho espiritual.
(John Powers, Introduction to Tibetan Buddhism)
De acordo com a tradição, os tantras foram abertos pela primeira vez para o rei Indrabodhi [de Uddiyana]. Um dia, o rei estava na sacada de seu palácio quando avistou o Buddha voando com o seu séqüito de arhats. O rei Indrabodhi perguntou a seu ministro quem eram esses extraordinários seres e se aceitariam um convite para almoçar em seu palácio. O rei então ofereceu uma bela refeição ao Buddha, que por sua vez lhe deu um ensinamento sobre a renúncia aos apegos mundanos. O rei ouviu com atenção, mas ao final perguntou se o Buddha poderia oferecer um ensinamento que não requeresse a renúncia aos seus deveres de soberano, seus prazeres ou sua riqueza. "Sou um rei", disse ele, "e centenas de milhares de súditos dependem de mim. Não posso abandonar minhas responsabilidades." O Buddha, em sua onisciência, reconheceu que o rei Indrabodhi tinha karma para praticar o Vajrayana e, algum tempo mais tarde, abriu a mandala de Guhyasamaja para ele, aparecendo no céu como a deidade e séqüito e concedendo iniciação e ensinamentos. O rei praticou tão bem que tanto ele quanto seus súditos atingiram a iluminação.
(Chagdud Khadro, Práticas Preliminares do Budismo Vajrayana)
[O] verdadeiro significado da palavra [tantra] é "continuidade", no sentido de que apesar de todos os fenômenos serem vazios, ainda assim eles continuam a se manifestar. Todos os métodos tântricos trabalham com esta continuação, tomando a vacuidade de todos os fenômenos — com a qual os os sutra trabalham — como sua premissa básica.
(Chögyal Namkhai Norbu, The Crystal and the Way of Light)
Os tantras são baseados no conhecimento e aplicação da energia. Sua origem não é encontrada nos ensinamentos orais de um mestre, como é o caso dos sutras ensinados por Shakyamuni, mas sim da manifestação na visão pura de um ser realizado. Um manifestação pura surge através da energia dos ensinamentos em seu aspecto sutil e luminoso, enquanto nossa visão kármica é baseada em seu aspecto grosseiro ou material. Portanto, para receber este tipo de transmissão, é necessário ter a capacidade de perceber a dimensão sutil da luz. [...]
Para explicar as origens dos Tantras, podemos tomar como exemplo o mais conhecido, o Kalachakra, o qual se considera ter sido transmitido pelo próprio Buddha Shakyamuni. É claro, porém, que esse tantra não poderia ter sido transmitido pelo Buddha em seu aspecto físico, pois a divindade Kalachakra é representada em união com sua consorte, um forma conhecido como pai-mãe (tib. yab-yum), enquanto o próprio Buddha era um monge. Isto mostra como a transmissão de um tantra não vem pelo contato de uma natureza comum, mas sim através da dimensão pura da transformação, que é perceptível apenas por aqueles indivíduos que possuem capacidade suficiente.
(Chögyal Namkhai Norbu, Dzogchen)
Enquanto o ensinamento básico do buddhismo Mahayana refere-se ao desenvolvimento da sabedoria, o conhecimento transcendente, os ensinamentos básicos do tantra estão ligados ao trabalho com a energia. A energia é descrita no Vajramala Kriyayoga Tantra como "aquilo que habita no coração de todos os seres, a simplicidade que existe por si mesma, o que mantém a sabedoria. Essa essência indestrutível é a energia da grande alegria e permeia tudo, como o espaço. Este é o corpo dhármico da não-fixação". De acordo com esse tantra, "Esta energia é o sustentáculo da inteligência primordial que percebe o mundo dos fenômenos; é a energia que impulsiona tanto os estados iluminados quanto os estados confusos da mente. É indestrutível, no sentido de estar constantemente em marcha. É a força motriz da emoção e do pensamento no estado confuso, e da compaixão e da sabedoria no estado iluminado". [...]
A sabedoria tântrica traz o nirvana ao samsara. Isso pode parecer um pouco chocante. antes de alcançar o nível do tantra, tentamos abandonar o samsara e nos esforçamos par alcançar o nirvana. mas, no fim, temos de compreender a inutilidade de nos esforçarmos e então, nos tornamos completamente unos com o nirvana. Para captar realmente a energia do nirvana e nos tornarmos unos com ele, precisamos de uma parceria com o mundo ordinário. Por isso, a expressão "sabedoria ordinária" é muito usada na tradição tântrica.
(Chögyam Trungpa, Cutting Through Spiritual Materialism)
Os métodos tântricos permitem lidar diretamente com as delusões e emoções conflitantes. De fato, as delusões que devem ser abandonadas e os diversos tipos de qualidades espirituais que precisam ser cultivadas são vistas como os dois lados da mesma moeda, ao invés de serem dois tipos de experiência completamente opostos. Por isso, o sistema tântrico também pe chamado "tradição esotérica" — não por conter alguma coisa que precise ser mantido em segredo, mas sim porque a prática do tantrismo requer que o praticante tenha certos atributos. Em um certo sentido, é preciso ter alguma habilidade para praticar o tantra, senão sua prática não trará nenhum benefício. Os ensinamentos tântricos são mantidos em segredo até certo ponto — não porque o seu conteúdo não deva ser revelado, mas sim porque muitas pessoas são incapazes de compreendê-los. [...] O objetivo da prática tântrica é atravessar o abismo entre o consciente e o inconsciente, o sagrado e o profano, e todas as outras dualidades.
(Traleg Kyabgon Rinpoche, The Essence of Buddhism)
O tantra é um caminho de transformação da não-iluminação [ignorância] e das emoções como a essência búddhica e as virtudes búddhicas. Mas isto não é uma transformação de algo em outra coisa, de ferro em ouro, como alguns eruditos recentemente entenderam; é transformar, purificar ou aperfeiçoar algo que está maculado para o seu próprio estado verdadeiro. [...] [O]s sutras e tantras não diferem quanto à visão da vacuidade, a verdade absoluta, mas suas diferenças estão na visão das aparências, a verdade relativa.
(Tulku Thondup, The Practice of Dzogchen)
Apesar de o resultado último ser o mesmo, isto é, a iluminação, a diferença entre o Sutra e o Tantra está nos métodos de prática. O Vajrayana tem mais métodos de prática, centenas e milhares de diferentes divindades para subjugar incontáveis máculas através de meditações, recitação de mantra e visualizações. A visualização é para purificar o corpo. A recitação de mantra é para purificar a fala. A meditação sobre a essência última da divindade é para purificar a mente. Dentro de uma sessão de prática, você envolve toda parte do seu corpo e isto é um método muito profundo. Se você oferecer um pedaço de fruta com sinceridade, você pode acumular muitos méritos. Através da visualização, pode-se criar oferendas infinitas, isto é, mandalas e incontáveis universos aos infinitos buddhas. A quantidade de méritos que se pode acumular é vasta e incontável. [...]
Muitas pessoas têm dúvidas sobre se o Vajrayana é buddhismo ou hinduísmo. Parece racional pensar que o buddhismo Vajrayana foi influenciado pelo hinduísmo porque, quando comparados, eles se parecem. Antes do buddhismo, já existia o hinduísmo na Índia. [...] A aparência do Vajrayana é similar à do hinduísmo, mas cada aspecto tem um significado simbólico. [...]
Por exemplo, o puja [cerimônia] do fogo realmente era um ritual hindu. De fato, todas as práticas rituais foram adaptadas de rituais hindus, exceto a filosofia e a meditação. Estes rituais foram adaptados para o ambiente e para as pessoas. Os hindus realizam o puja do fogo para agradar os deuses e até mesmo sacrificar animais no fogo. [...] [No buddhismo isto nunca é feito, pois o Vajrayana] converteu cada substância como um símbolo de nossos próprias máculas, tais como o ódio. O fogo simboliza a sabedoria, que queima e supera as máculas, para que possamos compreender a natureza da mente.
(Shangpa Rinpoche, Introduction to Vajrayana)
[Resumidamente, os tantras buddhistas diferem dos tantras hindus] tanto na ação quanto na filosofia. Em termos de ação, o tantra buddhista é baseado na motivação de bodhichitta [a mente altruísta que visa alcançar a iluminação para beneficiar a todos os seres], enquanto o tantra hindu não [tem esta motivação]. Em termos de filosofia, o tantra buddhista é baseado na teoria do anatman, ou não-eu, enquanto o tantra hindu é baseado na teoria de um eu verdadeiramente existente [atman]. Outras yogas, como exercícios de respiração e práticas com chakras [centros de energia do corpo] e nadis [canais de energia do corpo] têm muitas similaridades e diferenças sutis.
(Dalai Lama, When the Iron Bird Flies)
Sem bodhichitta, os ensinamentos sobre a visão e a meditação, por mais profundos que possam parecer, não serão de qualquer utilidade para atingir o estado búddhico perfeito. As práticas tântricas como o estágio de geração, o estágio de perfeição e assim por diante, quando praticadas dentro do contexto da bodhichitta, conduzem ao estágio búddhico completo em uma única vida. Mas sem bodhichitta eles não são diferentes dos métodos dos hereges. Os hereges também têm muitas práticas que envolvem meditação sobre divindades, recitar mantras e trabalhar com canais e energias; eles também se comportam de acordo com o princípio da causa e efeito. Mas é unicamente por não tomarem refúgio ou não fazerem surgir a bodhichitta que eles são incapazes de atingir a liberação dos reinos do samsara.
É por isto que o Geshe Kharak Gomchung disse, "De nada adianta tomar todos os votos, desde os de refúgio até os samayas tântricos, a menos que a sua mente tenha renunciado às coisas deste mundo. De nada adianta ensinar constantemente o Dharma aos outros, a menos que você possa pacificar o seu próprio orgulho. De nada adianta fazer progresso se você relega os preceitos do refúgio ao último lugar. De nada adianta praticar dia e noite a menos que você combine isto com a bodhichitta."
(Patrul Rinpoche, The Words of My Perfect Teacher)
As aparências exteriores dos tantras buddhistas parecem-se em um grau muito acentuado com as dos tantras hindus, mas na realidade há uma semelhança muito pequena entre eles, tanto na maneira subjetiva ou nas doutrinas filosóficas inculcadas neles ou nos princípios religiosa. Isto não é para ser admirado, já que os objetivos e objeções dos buddhistas são grandemente diferentes daqueles dos hindus. [...] O desenvolvimento no tantra feito pelos buddhistas e a extraordinária arte plástica desenvolvida por eles não deixou de criar também uma impressão na mente dos hindus, que prontamente incorporaram muitas idéias, doutrinas, práticas e deuses originalmente concebidos pelos buddhistas para a sua religião. A literatura, que segue pelo nome de tantras hindus, surgiu quase imediatamente depois que as idéias buddhistas tinham se estabelecido. [...] O tantra buddhista influenciou grandemente a literatura tântrica hindu, e por isto é incorreto dizer que o buddhismo era uma conseqüência do shivaísmo. Isto é sustentar, de outro modo, que os tantras hindus eram uma conseqüência do Vajrayana.
(Benoytosh Bhattacharyya, Introduction to Buddhist Esoterism)
A influência do buddhismo tântrico sobre o hinduísmo foi tão profunda que até presentemente a maioria dos eruditos ocidentais trabalham sob a impressão de que o tantrismo é uma criação hindu que foi retomada pelas escolas buddhistas posteriores, mais ou menos decantes. Contra este ponto de vista falam a grande antigüidade e o desenvolvimento consistente das tendências tântricas no buddhismo. Já anteriormente, os antigos mahasanghikas tinham uma coleção especial de fórmulas mântricas no seu Dharani Pitaka, e o Manjushri-mula-kalpa, que de acordo com algumas autoridades remonta ao século I, contem não apenas mantras e dharanis, mas também várias mandalas e mudras. Mesmo que a data do Manjushri-mula-kalpa seja incerta, parece provável que o sistema do buddhismo tântrico estava cristalizado numa forma definitiva no fim século III, como podemos ver no bem conhecido Guhyasamaja Tantra.
Declarar o buddhismo tântrico como um lançamento do shivaísmo só é possível para os que não têm conhecimento em primeira mão da literatura tântrica. Uma comparação dos tantras hindus como os do buddhismo (que estão preservados principalmente em tibetano e que por isto ficaram desconhecidos pelo indologistas) mostra não somente uma assombrosa divergência de métodos e objetivos, apesar das suas semelhanças externas, mas também provam a prioridade histórica e espiritual e a originalidade dos tantras buddhistas.
Shankara Acharya, o grande filósofo hindu do século IX, cujos trabalhos formam o fundamento de toda a filosofia [monista ou Advaita Vedanta] do shivaísmo, adotou as idéias de Nagarjuna e de seus seguidores em tão grande extensão que os hindus ortodoxos suspeitaram que ele era um devoto secreto do buddhismo. De modo similar, os tantras hindus também assumiram o encargo dos métodos e princípios do buddhismo tântrico e os adaptaram aos seus próprios objetivos (assim como os buddhistas tinham adaptado os antigos princípios e técnicas do yoga aos seus próprios sistemas de meditação). Este ponto de vista não é somente sustentado pela tradição tibetana e confirmado pelo estudo da sua literatura, mas também foi verificado pelos eruditos indianos depois de uma investigação critica dos textos mais antigos do buddhismo tântrico em sânscrito e do seu relacionamento histórico e ideológico com os tantras hindus. [...]
A principal diferença é que o buddhismo tântrico não é shaktismo. O conceito hindu de Shakti, do poder divino, do aspecto criativo feminino do deus supremo (Shiva) ou de suas emanações não desempenham nenhum papel no buddhismo. Enquanto nos tantras hindus o conceito de poder (sânsc. shakti) forma o foco de interesse, a idéia central do buddhismo tântrico é prajna, conhecimento, sabedoria. Para o buddhista, shakti é maya, a própria força que cria ilusões da qual somente a sabedoria prajna pode nos libertar. Por isto, o objetivo do buddhista não é adquirir forças, ou se unir às forças do universo, nem se tornar seu instrumento ou tornar-se seu senhor, mas pelo contrário, ele tenta se libertar dessas forças que, desde a eternidade, o mantêm prisioneiro do samsara.
(Lama Anagarika Govinda, Foundations of Tibetan Mysticism)
Outro tipo de escritura tântrica, utilizado particularmente pela escola tibetana Nyingma, é chamado de tesouro (tib. terma / gter ma) — manuscritos, relíquias, objetos, elementos naturais ou lembranças, guardados em locais secretos ou na mente dos reveladores de tesouros (tib. tertön/ gter ston).
[Os termas] são escrituras que foram deliberadamente escondidas e descobertas em sucessivos momentos apropriados por mestres realizados, através do seu poder iluminado. Os termas são ensinamentos que representam uma profunda, autêntica e poderosa forma tântrica do treinamento buddhista. Centenas de tertöns, os descobridores dos tesouros de Dharma, encontraram milhares de volumes de escrituras e objetos sagrados, escondidos na terra, na água, no céu, nas montanhas, nas rochas e na mente. Praticando estes ensinamentos, muitos de seus seguidores alcançaram o estado de iluminação completa, o estado búddhico. Várias escolas do buddhismo no Tibet têm termas, mas a escola Nyingma tem a tradição mais rica.
(Tulku Thondup Rinpoche, Hidden Teachings of Tibet)
Os ensinamentos tântricos geralmente apresentam a mente em vários níveis. O nível mais grosseiro da mente estaria relacionado às faculdades dos sentidos e às emoções. O nível sutil estaria relacionado aos ventos (sânsc. prana) de energia do corpo. Já o nível mais sutil estaria relacionado à mente inata fundamental de clara luz. Este nível extremamente sutil seria a verdadeira natureza da mente, união indissociável de vacuidade e lucidez.
[Os tantras] descrevem as várias categorias da mente ou consciência, das mais grosseiras às mais sutis. Os estados sutis da mente são mais poderosos e efetivos quando aplicados na prática espiritual. O nível mais grosseiro da consciência percebe as coisas pelos olhos, ouvidos, nariz, língua e corpo. [...] A não ser em estados extraordinários de meditação, a consciência mais sutil ou profunda manifesta-se quando estamos morrendo. Os níveis mais sutis de consciência também aparecem de maneira resumida quando começamos a dormir, terminamos um sonho, espirramos, bocejamos e durante o orgasmo.
(Dalai Lama, Como Praticar)
A fim de reconhecer estes níveis mais sutis da mente, os tantras apresentam quatro níveis ou modos de entendimento. O primeiro deles é o sentido literal das palavras. O segundo é o sentido geral quanto aos procedimentos práticos e yogas meditativas. O terceiro é o sentido secreto ou oculto, que lida com os ensinamentos esotéricos. O quarto é o sentido absoluto ou último, que se refere à mente fundamental inata de clara luz, à união das verdades relativa e absoluta, e à da união da sabedoria da vacuidade com o grande êxtase.
Os métodos tântricos procuram extrair dos três venenos da mente — desejo (apego), ódio (raiva, aversão) e ignorância (desconhecimento) — os seus respectivos antídotos — os meios hábeis, a compaixão e a sabedoria. Por exemplo, uma mente tomada pelo veneno do desejo faz uma grande concentração sobre o seu objeto de anseio, e essa própria concentração será utilizada como o antídoto para o desejo. De maneira semelhante, o veneno da raiva carrega uma grande energia, e essa poderosa energia será utilizada como antídoto para a raiva. Finalmente, o reconhecimento da natureza vazia do veneno da ignorância origina o seu antídoto, a sabedoria.
O cultivo desses antídotos é um pré-requisito para se começar a prática Vajrayana: a qualidade do método ou meios hábeis (sânsc. upaya) para se renunciar aos apegos do samsara; a qualidade da compaixão (sânsc. karuna) para se gerar a mente da iluminação (sânsc. bodhichitta), que visa trazer benefícios a todos os seres sencientes; e a qualidade da sabedoria (sânsc. prajna), que compreende perfeitamente a vacuidade (sânsc. shunyata), a verdadeira natureza dos fenômenos. A compreensão dos ensinamentos dos sutras é indispensável para compreender os ensinamentos dos tantras.
Muitos de nós desejamos praticar o caminho tântrico com a esperança sincera de atingir a iluminação completa o quanto antes possível. Para nos tornarmos completamente iluminados através da prática do tantra, entretanto, há algumas preliminares essenciais que precisamos praticar primeiro. Para ser verdadeiramente qualificado para praticar o tantra, precisamos cultivar os três caminhos — renúncia, bodhichitta (a mente altruísta da iluminação) e a sabedoria que realiza a vacuidade.
(Da introdução de Geshe Tsultrim Gyeltsen em Illuminating the Path to Enlightenment)
Sem o livre espírito de renúncia, [o praticante] ficará muito constringido para ser capaz de manter as disciplinas tântricas, por causa do desejo sensual e dos impulsos biológicos excessivos. Este pré-requisito de renúncia é particularmente importante nos tantras superiores, que são expressados com imagens sexuais. [...] [A segunda qualidade,] a grande compaixão da bodhichitta, é necessária para transformar a prática em uma causa de onisciência. Novamente, como muitas imagens das yogas dos tantras superiores são violentas, um praticante não saturado com grande compaixão pode ter facilmente uma idéia errônea. A terceira qualidade, um compressão correta da doutrina da vacuidade, é fundamental para a prática tântrica. Cada prática é começada, estruturada e terminada com uma meditação sobre a vacuidade. [...] Apesar de se dizer que o Vajrayana é um caminho rápido quando praticado corretamente sobre um base espiritual adequada, ele é perigoso para os espiritualmente imaturos. Este tipo de perigo é um dos motivos pelos quais o Vajrayana deve ser praticado sob a supervisão de um mestre vajra adequado.
(Dalai Lama, The Path to Enlightenment)
A importância de meditar sobre a vacuidade é universal entre as escolas do buddhismo tibetano. Na escola Nyingma, a prática do Dzogchen (particularmente as práticas de Trekchö e Tögal) incluem um processo preliminar que é descrito como encontrar a origem, a permanência e a dissolução da natureza da mente. A meditação sobre a vacuidade acontece no contexto desta busca. De modo similar, os ensinamentos Kagyü sobre o Mahamudra falam sobre a "unidirecionalidade", "transcendência de elaborações conceituais", "sabor único" e "além da meditação". Neste contexto, unidirecionalidade refere-se ao cultiva da permanência calma [sânsc. shamatha], onde a primeira parte do cultivo da transcendência de elaborações conceituais é realmente a meditação sobre a vacuidade. O ensinamento Sakya sobre o seltong sungjug refere-se à não-dualidade e à união da profundidade e claridade — profundidade refere-se aos ensinamentos sobre a vacuidade, claridade refere-se à natureza da mente. Na Gelug, precisamos cultivar a sabedoria da vacuidade em conjunção com a experiência de êxtase no contexto da prática de cultivo da sabedoria que é a união indivisível de êxtase e vacuidade. Em todas as quatro escolas, a vacuidade que é ensinada é aquela que Nagarjuna apresentou em sues Fundamentos do Caminho do Meio. A apresentação da vacuidade de Nagarjuna é comum tanto ao Paramitayana quando ao Vajrayana. No Vajrayana, entretanto, uma prática única coloca ênfase específica sobre o cultivo da experiência subjetiva da sabedoria da vacuidade; a vacuidade que é o objeto é comum tanto ao sutra quanto ao tantra.
(Dalai Lama, Illuminating the Path to Enlightenment)
A moralidade da liberação individual [sânsc. pratimoksha] é praticada principalmente ao se evitarem ações físicas e verbais que prejudiquem os outros. Esta prática é chamada de "individual" porque fornece um meio para que as pessoas possam se mover para além da rotina repetitiva de nascimento, envelhecimento, doença e morte, que os buddhistas chamam de existência cíclica ou samsara. A moralidade da consideração pelos outros [sânsc. bodhichitta] — chamada moralidade dos bodhisattvas (seres essencialmente preocupados em ajudar os outros) — é praticada principalmente ao não deixar a mente cair no egocentrismo. Para os praticantes da moralidade do bodhisattva, o ponto essencial é evitar a auto-indulgência, mas também evitar as ações nocivas do corpo e da fala. A moralidade do tantra [sânsc. samaya] está centrada em técnicas específicas do corpo e da mente para ajudar os outros. Ela fornece um meio para evitar e, assim, transcender nossa percepção limitada de nossos corpos e mentes, de modo que possamos nos perceber irradiando sabedoria e compaixão.
(Dalai Lama, Como Praticar)
Nos tantras buddhistas, existe a identificação do universo com a dimensão pura da mandala; todos os pensamentos são atividades da mente iluminada; todos os sons são mantras; todos os gestos são mudras; todos os seres são buddhas. Por causa dos tantras, o Vajrayana também é conhecido como Veículo do Tantra (sânsc. Tantrayana), em contraste com o Hinayana e o Mahayana, que formam o Veículo do Sutra (sânsc. Sutrayana). O Hinayana, o Mahayana e o Vajrayana são vistos como caminhos sucessivos até a iluminação.
Protegermo-nos dos hábitos prejudiciais através da remoção de suas causas é a abordagem do Hinayana ou veículo individual. Transformar as aflições — as tendências negativas ou auto-referentes — em atitudes positivas e altruístas baseadas no amor e na compaixão é, em sua maioria, a abordagem Mahayana ou veículo universal. Simplesmente reconhecer a natureza das aflições e através dela nos liberarmos delas, transmutando-as assim que surgem, é primariamente o método Vajrayana ou veículo adamantino.
A abordagem hinayana envolve manter disciplina perfeita e cessar o comportamento de um modo que causa mal a si mesmo e aos outros. Isto protege o praticante de obstáculos e distrações e permite a meditação unidirecionada. A abordagem Mahayana envolve praticar a compaixão para todos os seres assim como meditar sobre a vacuidade profunda. Estes dois são feitos simultaneamente. Sobre a base do estado altruísta da mente, ou bodhichitta, praticamos as seis perfeições — generosidade, ética, paciência, perseverança entusiástica, meditação e sabedoria. A abordagem Vajrayana é um modo de transmutação que purifica todas as atividades — emoções, ilusões impuras — e nos permite rapidamente alcançar a iluminação com as meditações dos estágios de geração e completude.
(Kalu Rinpoche, Luminous Mind)
[Segundo o Vajrayana,] no primeiro giro da roda [do Dharma], em Varanasi, ele [o Buddha] ensinou as Quatro Verdades Nobres comuns tanto ao Hinayana quanto ao Mahayana. No segundo, em Rajagriha, ou Pico do Abutre, ele expôs os ensinamentos Mahayana sobre a verdade absoluta — a verdade vazia de características e além de todas as categorias conceituais. Estes ensinamentos estão contidos no Prajnaparamita Sutra em Cem Mil Linhas. O terceiro giro da roda, [realizado] em vários tempos e lugares diferentes, foi devotado aos ensinamentos últimos do Vajrayana, ou veículo adamantino.
(Do comentário de Dilgo Khyentse Rinpoche em The Heart Treasure of the Enlightened Ones)
O caminho da moderação [Hinayana] é praticado externamente;
O espírito de bodhisattva [Mahayana] é praticado internamente;
Os métodos esotéricos do mantra [Vajrayana] são praticados secretamente.
(Lama Je Tsongkhapa)
No tantra, as três jóias (sânsc. triratna) do refúgio externo — Buddha, Dharma e Sangha — são reinterpretados como as "três raízes" do refúgio interno — o Lama, o Yidam e a Dakini. O mestre (sânsc. guru, tib. bla ma) ou Lama, representado o Buddha, é o detentor da linhagem e das bênçãos, que confere as iniciações, as transmissões orais e os ensinamentos. O professor principal de um praticante Vajrayana é chamado mestre raiz (sânsc. mula-guru, tib. rtsa ba'i bla ma / tsawe lama).
A divindade escolhida (sânsc. ishta-devata, tib. yi dam) ou Yidam, o arquétipo meditacional com o qual se mantém um compromisso (sânsc. samaya, tib. damtsig / dam tshig), é a corporificação das sabedorias búddhicas que representam a experiência direta do Dharma nos estágios da sadhana.
Finalmente, a Dakini (tib. khandroma / mkha' 'gro ma), um ser feminino de aspecto irado, representa a companhia da Sangha, a manifestação da mente iluminada que ajuda a atingir as quatro atividades iluminadas (pacífica, incrementadora, magnetizadora e irada). Às vezes elas são associadas também aos protetores do Dharma (sânsc. dharmapala, tib. chökyong / chos skyong).
Os três corpos (dharmakaya, sambhogakaya e nirmanakaya) são considerados os objetos do refúgio secreto.
A palavra "refúgio" denota um lugar de segurança ou proteção. Em essência, o voto de refúgio implica assumir o compromisso de nos direcionarmos sempre de modo a não causarmos mal aos outros. Não é que, ao tomarmos refúgio, o Buddha ou algum outro ser iluminado estenda uma varinha mágica e, de repente, somos transportados para além da dor e da insatisfação. Antes, nós asseguramos nossa própria proteção ao lidarmos com a raiz do sofrimento, que reside em nossos próprios pensamentos e ações nocivos. Se o reduzirmos através do uso disciplinado do corpo, fala e mente, evitamos suas conseqüências kármicas negativas e, assim, eliminamos as causas do sofrimento. [...]
Nós tomamos refúgio nas Três Jóias — o Buddha, o Dharma e a Sangha. O Buddha é semelhante a alguém que andou por uma certa estrada e, pelo fato de ter alcançado o destino final, conhece o percurso e é capaz de nos mostrar o caminho. A estrada em si é o Dharma. E aqueles com quem viajamos, aqueles que nos oferecem apoio e em quem confiamos, formam a Sangha. Ao tomar refúgio, seguimos os passos daqueles que nos precedem no caminho da iluminação. [...]
[No Vajrayana, a palavra refúgio] possui três aspectos. Até agora discorremos sobre o seu significado externo. Ela também traz significados interno e secreto [...]. Na tradição Vajrayana, as fontes internas de refúgio são as Três Raízes — o lama, o yidam e a dakini. Diz-se delas que são a fonte das bênçãos, da realização espiritual e da atividade iluminada, respectivamente.
O lama ou mestre espiritual é a raiz das bênçãos, no sentido de que ele transmite o conhecimento, os métodos e a sabedoria que nos capacitam a alcançar a liberação. O yidam ou divindade meditativa escolhida é a raiz da realização, no sentido de que, por meio de nossa prática somos capazes de compreender a natureza da mente. Através do métodos da divindade meditativa, somos capazes de compreender e consumar a dakini, o princípio feminino da sabedoria que propicia a atividade iluminada.
O objeto secreto de refúgio nada mais é do que a verdadeira natureza da mente, a essência de todo ser, a natureza búddhica em sua perfeição. Essa natureza possui duas facetas: a primeira, dharmakaya, a natureza absoluta da mente que está além dos conceitos ordinários, pode ser comparada ao sol; a segunda, rupakaya ou corpo da forma, pode ser comparada à irradiação brilhante do sol, que ocorre naturalmente e sem esforço. Essa irradiação, que se manifesta para benefício dos outros, possui dois aspectos: o sambhogakaya — a manifestação de forma pura, perceptível aos grandes praticantes —, e a manifestação nirmanakaya, que aparece para benefício daqueles que são incapazes de perceber a expressão do sambhogakaya.
No buddhismo Vajrayana, ao recorrermos a objetos de refúgio externo, interno e secreto, purificamos karma nos níveis externo, interno e secreto, simultaneamente. É como se, em vez de cortar com uma lâmina, cortássemos com três.
(Chagdud Tulku Rinpoche, Portões da Prática Buddhista)
As escolas "novas" do buddhismo tibetano (Sakya, Kagyü e Gelug) dividem os tantras em quatro categorias, de acordo com a classificação do Vajrapanjara Tantra. As três primeiras categorias são chamadas de "tantras inferiores" por serem práticas preparatórias para a quarta categoria, o "tantra superior":
Tantras de Ação (sânsc. Kryia-tantra): são os mais antigos (séculos II-VI) e foram os primeiros a seres traduzidos para o chinês (a partir do século III). Nesta classe, estão os textos que enfatizam o vegetarianismo, ritos e atividades externas de limpeza e purificação, como o Arya-manjushri-mulakalpa, o Subahu-paripriccha Sutra e o Aparimia-ayurjnana-hridaya Dharani.
Tantras de Atuação (sânsc. Charya-tantra, Ubhaya-tantra, Upaya-tantra, Upa-tantra): inclui apenas alguns textos, que surgiram a partir do século VI, como o Maha-vairochana-bhisambodhi Tantra. Nesta classe, as atividades externas (vegetarianismo, ritos, atividades externas de limpeza e purificação, gestos simbólicos ou mudras) e internas (meditação ou yoga) são enfatizadas igualmente, com destaque para as práticas meditativas sobre o dhyani-buddha Vairochana.
Tantras de União (sânsc. Yoga-tantra): enfatizam a yoga interna, isto é, as práticas meditativas. Os tantras desta categoria também enfatizam uma dieta vegetariana. Os textos desta classe estão ligados ao buddha Vairochana (Sarva-durgati-parishodhana Tantra) e ao bodhisattva Manjushri (Manjushri-nama sangiti).
Tantras de União Superior (sânsc. Anuttara-yoga-tantra): enfatizam a prática de yoga interna superior. Esta classe é subdividida em três categorias:
Tantras Superiores de União (sânsc. Yogottara-tantra), Tantras de Habilidade (sânsc. Upaya-tantra) ou Tantras Pai (sânsc. Pitri-yoga): são associados ao buddha Akshobhya e à sua consorte, Mamaki. Nesta categoria, estão o Guhyasamaja Tantra e o Yamantaka Tantra.
Tantras de Sabedoria (sânsc. Prajna-tantra), Tantra das Praticantes de Yoga (sânsc. Yogini-tantra), Tantras Absolutos de União (sânsc. Yoga-anuttara-tantra ou Yoganinuttara-tantra) ou Tantras Mãe (sânsc. Maitri-tantra): também estão associados ao buddha Akshobhya e sua consorte, porém em seus aspectos irados (sânsc. heruka) e acompanhados por dakinis. Os principais textos desta categoria são o (Heruka Chakra-)Samvara Tantra, o Hevajra Tantra, o Kalachakra Tantra, o Samvarodaya Tantra e o Chanda-maharoshanasa Tantra. Muitos buddhas e textos desta categoria são semelhantes as divindades e textos hindus ligadas a Shiva.
Tantra de União Não-dual (sânsc. Advityaya-yoga-tantra): esta é uma categoria especial em que, às vezes, é classificado o Kalachakra Tantra.
A palavra tantra quer dizer "continuidade". A continuidade do desenvolvimento ao longo do caminho e a continuidade da experiência de vida ficam cada vez mais transparentes. Cada insight torna-se uma confirmação. O simbolismo inerente ao que percebemos torna-se naturalmente importante, como se fosse algo que jamais tivéssemos conhecido antes. O simbolismo visual, o simbolismo sonoro dos mantras e o simbolismo mental das sensações, da energia — tudo torna-se relevante. Descobrir um novo modo de olhar a vivência não se torna um esforço. nem um poder excessivo; é um processo natural. [...]
O tantra pai é associado à agressividade ou aversão. Ao se transmutar a agressividade, vive-se uma energia que contém uma tremenda força. Nenhuma confusão pode participar disso; a confusão é repelida automaticamente. É chamada de ira-vajra, já que é o aspecto adamantino da energia. O tantra mãe é associado à sedução ou apego e é inspirado pela sabedoria discriminativa. Cada aspecto do universo ou da vida é visto como contendo uma beleza própria. Nada é rejeitado, nada é aceito; porém, o que quer que percebamos tem suas qualidades próprias. Como não há rejeição nem aceitação, as qualidades individuais das coisas tornam-se mais claras e é mais fácil nos relacionarmos com elas. [...] O tantra [não-dual] da união implica transmutar a ignorância no espaço que tudo permeia. Na ignorância comum, tentamos manter nossa individualidade, descobrindo o ambiente que nos cerca. Porém, na tantra da união não há subsistência da individualidade. É a percepção de todo o ambiente espacial, oposto ao espaço congelado da ignorância. Para transmudar a aversão, o apego e a ignorância, é preciso estar apto à comunicação direta e completa com a energia, sem estratégias.
(Chögyam Trungpa, The Mith of Freedom and the Way of Meditation)
A escola tibetana Nyingma inclui também os ensinamentos da Grande Perfeição (sânsc. Ati-yoga, tib. Dzogchen/ rDzogs chen). Por isso, ela classifica os tantras de forma um pouco diferente:
Tantras Externos: correspondem aos três tantras inferiores que foram citados anteriormente
Tantras de Ação (sânsc. Kryia-tantra)
Tantras da Atuação (sânsc. Charya-tantra)
Tantras de União (sânsc. Yoga-tantra)
Tantras Internos: correspondem respectivamente aos três tantras superiores (Tantras Pai, Tantras Mãe e Tantra Não-dual)
Tantras de Grande União (sânsc. Maha-yoga Tantra)
Tantras de Suprema União (sânsc. Anu-yoga Tantra)
Tantras da Grande Perfeição (sânsc. Ati-yoga Tantra)
As escolas japonesas Shingon (chin. Mi-tsung) e Tendai (chin. T'ien-t'ai) centralizam suas práticas nos tantras de Ação e de Atuação, tendo o dhayni-buddha Vairochana como divindade principal de suas meditações esotéricas. A tradição oral (jap. kûden) das escolas Shingon e Tendai são chamadas respectivamente de Tômitsu e Taimitsu. Na escola Shingon, os ensinamentos da tradição Tômitsu são considerados os mais elevados; na escola Tendai, os ensinamentos da tradição Taimitsu tornaram-se profundamente interconectados com os ensinamentos do Sutra do Lótus do Dharma Maravilhoso (sânsc. Saddharma Pundarika Sutra). As linhagens japonesas não regulamentadas são genericamente chamadas de Zômitsu.
Os mestres realizados, que "importaram" os tantras de várias dimensões para o mundo humano, transmitiram a dimensão pura da transformação através da mandala. Esta transmissão toma lugar a cada vez que um mestre confere a iniciação de um tantra a um discípulo. Durante a iniciação, o mestre descreve a imagem de uma mandala a ser visualizada e, em particular, a divindade em que o praticante tem de se transformar. Então, visualizando a dimensão da transformação, o mestre confere a autorização [empowerment] para a prática, transmitindo o som natural do mantra específico da divindade. Após o discípulo receber a iniciação, e assim tendo sua primeira experiência de transformação na visão pura, ele estará pronto para aplicar isto como o caminho, através da visualização e da recitação do mantra. Por estes meios, o praticante do tantra tenta transformar a visão impura comum na visão pura da mandala da divindade. Todos os tantras são baseados no princípio da transformação, trabalhando com o conhecimento de como a energia funciona. O próprio significado da palavra tantra — "continuação" — se refere à natureza da energia do estado primordial, que se manifesta sem interrupção.
(Chögyal Namkhai Norbu, Dzogchen)
É comum que o treinamento espiritual adquira maior eficácia quando transmitido na forma de instruções secretas, guardado como um tesouro secreto e praticado em segredo, e confiando-se exclusivamente no mestre. O principal objetivo do treinamento é tornar-nos receptivos, e não limitar-nos ou isolar-nos. Todavia, especialmente no início, precisamos reunir as nossas energias e desenvolver a nossa concentração. O segredo pode ajudar-nos a fazer isso. Se usamos o que aprendemos nas conversas casuais travadas à mesa do jantar ou como uma mercadoria, um instrumento para atingir objetivos mundanos, arriscamo-nos a dispersar a nossa energia e a nossa inspiração. Quando mantemos o treinamento em segredo, a energia concentrada se desenvolve com maior eficácia, do mesmo modo como um motor de propulsão reúne forças para erguer um foguete para fora do campo de gravidade da Terra, pois o combustível é consumido sob grande pressão, em vez de escapar sem controle.
(Tulku Thondup, O Poder Curativo da Mente)
A meditação tântrica é dividida em várias etapas, partindo das contemplações mais básicas para as mais profundas:
práticas preliminares (sânsc. purvagama, tib. ngöndro / sngon 'gro): as preliminares externas são as quatro contemplações que levam a renunciar ao samsara: a preciosidade do nascimento humano, a impermanência, o karma e o sofrimento. As preliminares internas são o refúgio, a bodhichitta, a purificação através da prática de Vajrasattva, a acumulação de mérito pela oferenda de mandalas, e a acumulação de sabedoria através da união com a mente do mestre (sânsc. Guru Yoga, tib. Lame Nenjor / bLa ma'i rNal 'byor). Às vezes há práticas adicionais, como o Chö (tib. bCod), que visa cortar o apego ao falso ego, e o P'howa (tib. 'pho ba), a transferência de consciência na hora da morte.
estágio de geração (sânsc. utpatti-krama, tib. kyerim / bskyed rim): nesta fase, seguindo as instruções de uma liturgia (sânsc. sadhana) tântrica, desenvolve-se a visão iluminada, treinando a mente através da visualização criativa. O ambiente é visualizado como sendo a terra pura da mandala, desenvolvendo-se a imagem vívida de si mesmo como sendo a divindade meditacional, com todas as marcas físicas de um buddha e todas as qualidades mentais de um ser iluminado. Através da repetição do mantra da divindade, todos os sons passam a ser percebidos como a fala iluminada, assim como todos os pensamentos se tornam a concentração da divindade. O objetivo deste estágio é desenvolver os próprios poderes imaginativos a tal ponto que aquilo que é visualizado se torne real. Inicialmente, o processo é um pouco artificial, mas as visualizações correspondem à experiência dos seres iluminados. Adotando os novos hábitos de percepção, pode-se diminuir os hábitos comuns da percepção grosseira — baseada na ignorância, apego e ódio — e, em seu lugar, colocar um nível de percepção mais sutil — baseada na sabedoria, compaixão e meios hábeis.
estágio de perfeição (sânsc. nishpanna-krama, tib. dzogrim / rdogs rim): uma vez que a visão búddhica tenha se tornado uma experiência vívida, o estágio de perfeição completa o processo, trabalhando com as energias sutis do corpo através de yogas avançadas.
O desfecho da prática tântrica segue as particularidades de cada escola: na linhagem Nyingma, é a Grande Perfeição (sânsc. Atiyoga, tib. Dzogchen / rDzogs chen); na linhagem Sakya, é a finalização do Caminho e Fruto (tib. Lamdre / Lam 'bras); e nas tradições Kagyü e Gelug, é a Grande Marca ou Grande Sinal (sânsc. Mahamudra, tib. Gyachenpo). Porém, a realização final de cada um desses sistemas é o mesmo: a liberação total do sofrimento, a iluminação completa, o despertar total.
A característica especial do Vajrayana é a percepção pura. Através de uma iniciação transmitida por um mestre tântrico, vemos e realizamos o mundo como uma terra pura, e os seres como iluminados. Com o poder ou sabedoria transmitida na iniciação, e com os extraordinários meios hábeis dos canais, energias e essências do corpo-vajra, os tantristas geram a experiência da grande união do êxtase e da vacuidade, e este atingimento leva a mente, à força, ao ponto de realização. Nas práticas tântricas, nada há a ser refreado ou destruído, mas sim a ser transformado como o combustível de sabedoria, a grande união do êxtase, da claridade e da própria vacuidade. No Mahayana comum, os praticantes transmutam a vida diária em treinamento espiritual através da atitude correta, o pensamento de beneficiar os outros. Assim a vida do dia-a-dia é transformada em prática meritória, a causa da iluminação. No tantra, porém, transmutamos tudo na sabedoria em si, que é o resultado ou meta do caminho. Deste modo, o Vajrayana é conhecido como o veículo do resultado, pois ele toma o próprio resultado como o caminho do treinamento.
(Tulku Thondup Rinpoche, Hidden Teachings of Tibet)
De acordo com o Vajrayana, deve-se combinar os meios hábeis — o estágio de geração — com o aspecto da sabedoria — o estágio de perfeição. O estágio de geração requer visualização — criar a imagem de um ser divino —, preces, confissões, oferendas e as outras sessões sessões da prática de sadhana. O estágio de perfeição envolve o reconhecimento da natureza da mente, olhando para quem visualiza, assim levando a natureza búddhica à experiência prática. O estágio de geração é necessário porque, bem agora, somos seres normais, e um ser normal é não-iluminado, instável na realização da natureza búddhica. Não temos poder completo por nós mesmo, então pedimos a ajuda dos buddhas e bodhisattvas. Ao oferecer [a prece dos] sete ramos, por exemplo, purificamos nossos obscurecimentos, removendo aquilo que nos impede de otger o insight verdadeiro. O aspecto da sabedoria é a natureza da nossa mente. Tanto os meios hábeis quanto a sabedoria são necessários.
(Tulku Urgyen Rinpoche, Repeating the Words of the Buddha)
[O estágio de geração] consiste na visualização gradual da mandala, começando com a sílaba semente da divindade principal e então as sílabas dos quatro elementos. Quando a criação imaginária da mandala está completa, enquanto se mantém a visualização de si mesmo transformado na forma da divindade central, recita-se o mantra. Neste fase, trabalha-se um grande parte com a faculdade imaginativa da mente, tentando desenvolver ao máximo a capacidade de visualizar. A segunda fase, o estágio de perfeição, focaliza a visualização da mandala interna dos centros [sânsc. chakra] e canais [sânsc. nadi] de energia, e na concentração sobre as sílabas do mantra, que giram sem interrupção ao redor da sílaba semente central. O final da sessão da prática, tanto a mandala externa quanto a interna são integradas na dimensão pura do corpo, fala e mente iluminados do praticante. O resultado final da prática é que a visão pura manifesta-se sem depender mais da visualização, tornando-se parte da própria claridade natural. Assim, realiza-se o estado de reintegração total da visão pura com a impura, o Mahamudra, o grande símbolo em que o samsara e o nirvana estão indissoluvelmente unidos.
(Tulku Urgyen Rinpoche, Rainbow Painting)
As mandalas [diagramas] nos são dadas para podermos nos identificar com nossas emoções específicas, que têm a possibilidade de se transmutar em sabedoria. Às vezes, praticamos a visualização dos yidams [divindades meditacionais]. Quando começamos a trabalhar com eles, entretanto, não os visualizarmos imediatamente. Começamos com uma consciência da vacuidade e, em seguida, desenvolvemos a sensação da presença daquela imagem ou forma. Depois recitamos um mantra que tenha uma ligação com essa sensação. Para enfraquecer a força do ego, precisamos estabelecer um elo entre a presença imaginária e o observador de si mesmo, o ego; o mantra [invocação] é esse elo. Após a prática do mantra, dissolvemos a imagem ou a forma em certa cor de luz apropriada ao yidam específico. Finalmente, terminamos a visualização com uma nova conscientização da vacuidade. A idéia toda é que esses yidams não devem ser encarados como "deuses" externos que nos salvarão, mas como expressões de nossa verdadeira natureza. Nos identificamos com os atributos e com as cores de certos yidams e ouvimos o som que vem do mantra, e só então começamos a compreender que nossa verdadeira natureza é invencível. Nos identificamos completamente com o yidam.
(Chögyam Trungpa, Cutting Through Spiritual Materialism)
Alguns de vocês podem perguntar, "Por que precisamos deste processo de purificação? Por que precisamos de métodos e práticas se o fundamento e resultado reais já são perfeitamente puros?" A pergunta é também a resposta. Assim que vocês conhecerem sua natureza verdadeira, perfeita, quando quer que isto seja — talvez hoje à noite, ou de manhã —, vocês não precisarão mais praticar ou ficar preocupados com os objetos e métodos de purificação. Vocês não precisarão ficar preocupados com o processo de purificação porque já estarão em um estado desperto puro, primordial. Até então, você continuarão a ter muitos e muitos pensamentos e conceitos perturbadores. Até que estas perturbações sejam pacificadas, vocês farão um favor a vocês mesmos se contarem com o processo da prática, encontrando o objeto a purificar e atingindo o resultado.
(Gyatrul Rinpoche, Generating the Deity)
Na antiga Índia, o tantra era praticado em segredo, mas no Tibet a maioria dos tantras são praticados sem muita restrição. Os professores observam que a prática do tantra depende da devoção aos ensinamentos, de modo que a devoção qualifica uma pessoa a receber as instruções. A Índia nunca foi totalmente devotada ao buddhismo, mas o Tibet foi um país inteiramente buddhista; então não havia a mesma necessidade de segredo e diferenciação na autorização para o estudo dos tantras.
(Tulku Thondup, Masters of Meditation and Miracles)
Luminosa, monges, é a mente; e ela é maculado por máculas vindouras. Luminosa, monges, é a mente; e ela é liberada das máculas vindouras.
(Pabhassara Suttas, Anguttara Nikaya I.49-50)
A mente é vazia de mente, pois a natureza da mente é a clara luz.
(Ashta-sahasrika-prajna-paramita Sutra)
Todos os seres são buddhas, mas isto é escondido por máculas adventícias. Quando suas máculas são purificadas, seu estado de Buddha é revelado.
A Ligação Nazi com Shambhala e Tibete
Alexander Berzin
Maio de 2003
[Uma tradução eslovena deste artigo também está disponível.]
Introdução
Muitos membros superiores do regime nazi, incluindo Hitler, mantinham crenças ocultas bizantinas. Entre 1938 e 1939, impelidos por essas crenças, os alemães enviaram uma expedição oficial ao Tibete, a convite do governo tibetano, para assistir às celebrações do Losar (Ano Novo).
O Tibete tinha sofrido uma longa história de tentativas de anexação pelos chineses e de falhas britânicas de prevenir a agressão ou proteger o Tibete. Sob Stalin, a União Soviética perseguiu severamente o budismo, especificamente a forma tibetana praticada entre os mongóis dentro das suas fronteiras e do seu satélite, a República Popular da Mongólia (Mongólia Exterior). Pelo contrário, o Japão apoiava o budismo tibetano na Mongólia Interior, que tinha anexado como parte de Manchukuo, o seu estado-fantoche na Manchúria. Alegando que o Japão era Shambhala, o governo imperial estava tentando ganhar o apoio dos mongóis, sob seu domínio, para uma invasão da Mongólia Exterior da Sibéria com o propósito de criar uma confederação pan-mongol, sob proteção japonesa.
O governo tibetano estava explorando a possibilidade de também obter a proteção do Japão face à situação instável. O Japão e a Alemanha tinham assinado um Pacto Anti-Commintern, em 1936, declarando a sua hostilidade mútua em relação à propagação do comunismo internacional. O convite para a visita de uma delegação oficial da Alemanha Nazi foi prolongado neste contexto. Em Agosto de 1939, logo após a expedição alemã ao Tibete, Hitler quebrou o seu pacto com o Japão e assinou o Pacto Nazi-Soviético. Em Setembro, os soviéticos derrotaram os japoneses que tinham invadido, em Maio, a Mongólia Exterior. Subsequentemente, dos contatos japoneses e alemães com o governo tibetano nada se veio a materializar.
[Para mais pormenores, veja: O Envolvimento Russo e Japonês com o Tibete Pré-Comunista: O papel da Lenda de Shambala.]
Vários escritores sobre o oculto do pós-guerra afirmaram que o budismo e a lenda de Shambhala desempenharam um papel no contato oficial entre a Alemanha e o Tibete. Vamos examinar essa questão.
Os Mitos de Thule e Vril
O primeiro elemento das crenças ocultistas nazis era o reino mítico de Hiperbórea-Thule. Assim como Platão citou a lenda egípcia da ilha afundada de Atlântida, Heródoto mencionou a lenda egípcia do continente Hiperbórea no norte distante. Quando o gelo destruiu esta terra antiga, o seu povo emigrou para o sul. Escrevendo em 1679, o autor sueco Olaf Rudbeck identificou o povo da Atlântida com os hiperboreanos e situou este último no pólo norte. De acordo com várias narrativas, a Hiperbórea dividiu-se nas ilhas de Thule e Ultima Thule, que algumas pessoas identificaram com a Islândia e a Gronelândia.
O segundo ingrediente era a ideia de uma terra oca. No fim do século XVII, o astrónomo britânico Sir Edmund Halley sugeriu pela primeira vez que a terra era oca, consistindo em quatro esferas concêntricas. A teoria da terra oca excitou as imaginações de muitas pessoas, especialmente com a publicação, em 1864, da Viagem ao Centro da Terra do novelista francês Júlio Verne.
Depressa o conceito de vril apareceu. Em 1871, o novelista britânico Edward Bulwer-Lytton, em A Raça Futura, descreveu uma raça superior, os Vril-ya, que viviam debaixo da terra e planeavam conquistar o mundo com vril, uma energia psicocinética. O autor francês Louis Jacolliot promoveu o mito em Os Filhos de Deus (1873) e em As Tradições Indo-Europeias (1876). Nestes livros, ele ligou o vril com o povo subterrâneo de Thule, que irá aproveitar o poder de vril para se transformar em super-homens e dominar o mundo.
O filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900) também enfatizou o conceito de Übermensch (super-homem) e começou o seu trabalho, Der Antichrist (O Anticristo) (1888) com a frase, “Olhemos-nos face a face. Somos hiperbóreos. Sabemos bastante bem que estamos vivendo fora dessa trilha”. Embora Nietzsche nunca mencionasse o vril, contudo, na sua coleção de aforismos publicada postumamente, Der Wille zur Macht (A Vontade de Poder), ele enfatizou o papel de uma força interior no desenvolvimento super-humano. Ele escreveu que “o rebanho”, significando as pessoas comuns, busca segurança dentro de si mediante a criação da moral e de regras, enquanto que os super-homens têm uma força vital interior que os leva além do rebanho. Essa força necessita e leva-os a mentir ao rebanho por forma a permanecerem independentes e livres da “mentalidade do rebanho”.
Em The Arctic Home of the Vedas (1903), um dos primeiros defensores da liberdade indiana, Bal Gangadhar Tilak, deu mais um toque ao identificar a emigração dos Thuleanos para o sul com a origem da raça ariana. Assim, muitos alemães no início do século XX acreditavam que eram os descendentes dos arianos que tinham emigrado da Hiperbórea-Thule para o sul e que estavam destinados a se tornarem a raça mestra dos super-homens através do poder de vril. Hitler era um deles.
A Sociedade de Thule e a Fundação do Partido Nazi
Felix Niedner, o tradutor alemão das Eddas em nórdico antigo, fundou a Sociedade de Thule em 1910. Em 1918, Rudolf Freiherr von Sebottendorff estabeleceu a sua filial em Munique. Sebottendorf tinha previamente vivido durante vários anos em Istambul onde, em 1910, tinha formado uma sociedade secreta que combinava o sufismo esotérico com a Maçonaria Livre. Acreditavam no credo dos assassinos, derivado da seita islâmica ismaelita Nazari, que tinha florescido durante as Cruzadas. Durante a sua estadia em Istambul, Sebottendorf também esteve indubitavelmente ligado ao movimento pan-Turaniano dos Jovens Turcos, iniciado em 1908, que esteve por trás do genocídio armênio de 1915-1916. A Turquia e a Alemanha eram aliadas durante a Primeira Guerra Mundial. De regresso à Alemanha, Sebottendorff também foi membro da Ordem Germânica [Germanen] (Ordem dos Teutões), fundada em 1912, como uma sociedade de direita, incluindo um secreto grupo anti-semítico. Através destes canais, o assassinato, o genocídio e o anti-semitismo tornaram-se partes do credo da Sociedade de Thule. O anti-comunismo foi adicionado após a revolução comunista Bavariana, mais tarde em 1918, quando a Sociedade Thule de Munique tornou-se o centro do movimento contra-revolucionário.
Em 1919, a sociedade criou o Partido Alemão dos Trabalhadores. Começando mais tarde, nesse ano, Dietrich Eckart, um membro do círculo mais restrito da Sociedade de Thule, iniciou Hitler na sociedade e começou a treiná-lo nos seus métodos para utilizar o poder de vril para a criação de uma raça ariana de super-homens. Hitler teve uma inclinação para o misticismo desde a sua juventude, quando estudou o Oculto e a Teosofia em Viena. Mais tarde, Hilter dedicou o Mein Kampf a Eckart. Em 1920, Hitler tornou-se líder do Partido Alemão dos Trabalhadores, renomeando-o então para Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (Partido Nazista).
Haushofer, a Sociedade Vril e a Geopolítica
Outra influência principal no pensamento de Hitler foi Karl Haushofer (1869-1946), um conselheiro militar alemão junto dos japoneses após a Guerra Russo-Japonesa de 1904-1905. Porque estava extremamente impressionado com a cultura japonesa, muitos acreditam que ele foi responsável pela posterior aliança Alemã-Japonesa. Ele também estava muito interessado na cultura indiana e tibetana, aprendeu sânscrito, e afirmava que tinha visitado o Tibete.
Após ter servido como general na Primeira Guerra Mundial, Haushofer fundou a Sociedade Vril, em Berlim, em 1918. Partilhava as mesmas crenças básicas que a Sociedade de Thule, e dizem que era o seu círculo mais restrito. A Sociedade procurou contatar seres sobrenaturais debaixo da terra para deles obter os poderes de vril. Afirmou também que a raça ariana tinha tido origem na Ásia central. Haushofer desenvolveu a doutrina da Geopolítica e, nos finais da década de 1920, tornou-se diretor do Instituto de Geopolítica da Universidade Ludwig-Maximilians, em Munique. A geopolítica advogava a conquista de territórios, para obter mais espaço vital (Alemão: Lebensraum), como um instrumento de obtenção de poder.
Rudolf Hess era um dos estudantes mais próximos de Haushofer e, em 1923, levou-o junto a Hitler quando este estava preso devido ao seu golpe de estado falhado. Posteriormente, Haushofer visitou o futuro Führer com frequência, ensinando-lhe geopolítica em associação com as idéias das sociedades de Thule e Vril. Assim, quando Hitler se tornou chanceler em 1933, adotou a geopolítica como sua política a fim de a raça ariana conquistar a Europa Oriental, a Rússia e a Ásia central. A chave para o sucesso seria encontrar os antepassados da raça ariana na Ásia central, os protetores dos segredos de vril.
A Suástica
A suástica é um antigo símbolo indiano de boa sorte imutável. “Suástica” é um aportuguesamento da palavra sânscrita svastika, que significa o bem-estar ou a boa sorte. Usada por hindus, budistas e jainistas durante milhares de anos, também se tornou difundida no Tibete.
A suástica também apareceu na maioria das outras culturas antigas do mundo. Por exemplo, a sua variação anti-horário [no sentido contrário à direção em que os ponteiros do relógio se movem], adotada pelos nazis, também é a letra “G” no sistema de escrita rúnico medieval, do norte da Europa. Os Mações Livres tomaram a letra como um símbolo importante, dado que “G” poderia representar God [Deus], o Grande arquiteto do universo, ou a Geometria.
A suástica também é o símbolo tradicional de Thor, o Deus nórdico dos Relâmpagos e do Poder (Thor em escandinavo, Donner em alemão, Perkunas em Báltico). Por causa desta associação com o Deus dos Relâmpagos, os letões e os finlandeses tomaram a suástica como insígnia para suas forças aéreas, quando se tornaram independentes depois da Primeira Guerra Mundial.
Nos finais do século XIX, Guido von List adotou a suástica como emblema para o movimento Neo-Pagão da Alemanha. No entanto, os alemães não usaram a palavra sânscrita suástica, mas em vez disso chamaram-na “Hakenkreutz”, significando “cruz enganchada”. Derrotaria e substituiria a cruz, assim como o neo-paganismo derrotaria e substituiria o cristianismo.
Compartilhando o sentimento anti-cristão do movimento neo-pagão, a Sociedade de Thule também adotou a cruz enganchada como parte do seu emblema, colocando-o num círculo com um punhal alemão vertical nele sobreposto. Em 1920, por sugestão do Dr. Friedrich Krohn, da Sociedade de Thule, Hitler adotou a cruz enganchada num círculo branco como símbolo central da bandeira do Partido Nazista. Hitler escolheu o vermelho para cor de fundo a fim de competir contra a bandeira vermelha do Partido Comunista rival.
Os investigadores franceses Louis Pauwels e Jacques Bergier, em Le Matin des Magiciens (O Despertar dos Mágicos) (1962), escreveram que Haushofer convenceu Hitler a usar a cruz enganchada como símbolo do Partido Nazista. Eles postularam que isso foi devido ao interesse de Haushofer pela cultura indiana e tibetana. Esta conclusão é muitíssimo improvável, dado que Haushofer só conheceu Hitler em 1923, e uma vez que a bandeira nazi apareceu pela primeira vez em 1920. É mais provável que Haushofer tivesse usado a presença da suástica, difundida na India e no Tibete, como evidência para convencer Hitler de que esta região era o local dos antepassados da raça ariana.
Supressão dos Grupos Ocultistas Rivais pelos Nazis
Durante a primeira metade da década de 1920, uma rivalidade violenta ocorreu, na Alemanha, entre as Sociedades Ocultas e as Lojas Secretas. Em 1925, por exemplo, Rudolf Steiner, o fundador do Movimento Antroposófico, foi encontrado assassinado. Muitos suspeitaram que a Sociedade de Thule tivesse ordenado o seu assassinato. Anos mais tarde, Hitler continuou a perseguição aos Antroposofistas, aos Teosofistas, aos Mações Livres e aos Rosacruzes. Vários eruditos atribuem esta política ao desejo de Hitler eliminar quaiquer rivais ocultistas ao seu poder.
Influenciado pela escrita de Nietszche e pela doutrina da Sociedade de Thule, Hitler acreditava que o cristianismo era uma religião imperfeita e pervertida nas suas raizes pelo pensamento judaico. Via os seus ensinamentos sobre o perdão, o triunfo dos fracos, e a auto-abnegação como anti-evolucionários e via-se a si próprio como um Messias, substituindo Deus e Cristo. Steiner tinha usado a imagem do Anticristo e de Lúcifer como futuros líderes espirituais que iriam regenerar o cristianismo numa nova e pura forma. Hitler foi muito mais longe. Viu-se a si próprio como livrando o mundo de um sistema degenerado e criando uma nova etapa na evolução da raça mestra ariana. Não tolerava nenhum Anticristo rival, nem agora nem no futuro. No entanto, era tolerante quanto ao budismo.
[Ver: Mitos Estrangeiros Errados sobre Shambhala.]
O Budismo na Alemanha Nazi
Em 1924, em Frohnau, Berlim, Paul Dahlke fundou a Buddhistischen Haus (Casa para Budistas). Estava aberta a membros de todas as tradições budistas, mas apoiava principalmente as tradições Theravada e japonesa, visto que eram naquela época as mais amplamente conhecidas no ocidente. Em 1933, alí se realizou o primeiro Congresso Budista Europeu. Os nazis permitiram que a Casa para Budistas permanecesse aberta durante a guerra, mas controlavam-na firmemente. Como alguns membros sabiam chinês e japonês, agiam como tradutores para o governo em troca da tolerância ao budismo.
Embora o regime nazi tivesse fechado a Buddhistische Gemeinde (Sociedade Budista) em Berlim, ativa desde 1936, e prendido por pouco tempo, em 1941, o seu fundador Martin Steinke, por regra não perseguiam os budistas. Depois de ser libertado, Steinke e outros continuaram a ensinar o budismo em Berlim. Não há nenhuma prova, no entanto, de qualquer presença de professores de budismo tibetano no terceiro Reich.
A política nazi de tolerância ao budismo não prova qualquer influência de ensinamentos budistas a Hitler ou à ideologia nazi. Uma explanação mais provável seria a Alemanha não pretender prejudicar as relações com o seu aliado budista, o Japão.
O Ahnenerbe
Sob a influência de Haushofer, Hitler autorizou Frederick Hielscher, em 1935, a estabelecer o Ahnenerbe (Departamento para o Estudo da Herança Ancestral) com o coronel Wolfram von Sievers como diretor. Entre outras funções, Hitler encarregou-o de pesquisar runas germânicas e as origens da suástica, e situar a origem da raça ariana. Tibete era o candidato mais prometedor.
Alexander Csoma de Körös (Körösi Csoma Sandor) (1784-1842) era um erudito húngaro obcecado pela busca das origens do povo húngaro. Com base nas afinidades linguísticas entre o húngaro e as línguas turcomanas [ou túrquicas], achava que as origens do povo húngaro se encontravam no “reino de Yugurs (Uighurs)”, no Turquistão Oriental (Xinjiang, Sinkiang). Ele acreditava que se conseguisse chegar a Lhasa, lá iria encontrar as chaves para localizar a sua terra de origem.
O húngaro, o finlandês, as línguas turcomanas [ou túrquicas], o mongol e o manchu pertencem à família das línguas uralo-altaicas, também conhecidas como a família turaniana, da palavra persa Turan para Turquistão. A partir de 1909, os turcos tiveram um movimento pan-turaniano liderado por uma sociedade conhecida como os Jovens Turcos. Em 1910, a Sociedade Turaniana Húngara depressa a seguiu e, em 1920, o mesmo aconteceu com a Aliança Turaniana da Hungria. Alguns eruditos acreditam que as línguas japonesa e coreana também pertencem à família turaniana. Assim, em 1921, a Aliança Nacional Turaniana foi fundada no Japão e, nos finais da década de 1930, a Sociedade Turaniana Japonesa. Haushofer estava sem dúvida ciente destes movimentos, que procuravam as origens da raça turaniana na Ásia central. Encaixava bem com a Sociedade de Thule que tambem lá procurava as origens da raça ariana. O seu interesse pela cultura tibetana deu um peso adicional à candidatura do Tibete como chave para a descoberta de uma origem comum para as raças arianas e turanianas e para a obtenção do poder de vril que os seus líderes espirituais possuíam.
Haushofer não era a única influência no interesse de Ahnenerbe pelo Tibete. Hielscher era amigo de Sven Hedin, o explorador sueco que tinha conduzido expedições ao Tibete em 1893, em 1899-1902 e em 1905-1908, e uma expedição à Mongólia em 1927-1930. Favorito dos nazis, Hitler convidou-o a pronunciar o discurso de abertura dos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936. Hedin envolveu-se na Suécia em atividades de propaganda pró-nazi e fez numerosas missões diplomáticas à Alemanha entre 1939 e 1943.
Em 1937, Himmler transformou o Ahnenerbe numa organização oficial associada às SS (Alemão: Schutzstaffel, Equipa de Proteção) e selecionou o professor Walther Wüst, presidente do Departamento de Sânscrito da Universidade de Ludwig-Maximilians, em Munique, como seu novo diretor. O Ahnenerbe teve um Tibet Institut (Instituto do Tibete), que foi renomeado de Sven Hedin Institut für Innerasien und Expeditionen (Instituto de Sven Hedin para Ásia Interior e Expedições) em 1943.
A Expedição Nazi ao Tibete
Ernst Schäfer, um caçador e biólogo alemão, participou em duas expedições ao Tibete, em 1931-1932 e 1934-1936, para esporte e pesquisa zoológica. O Ahnenerbe patrocinou-o para liderar uma terceira expedição (1938-1939) face ao convite oficial do governo tibetano. A visita coincidiu com a renovação do contato tibetano com o Japão. Uma possível explicação para o convite seria a de que o governo tibetano desejaria manter relações cordiais com os japoneses e seus aliados alemães, como contrapeso aos ingleses e os chineses. Assim, o governo tibetano deu as boas-vindas à expedição alemã por ocasião da celebração do ano novo (Losar), 1939, em Lhasa.
[Ver: O Envolvimento Russo e Japonês com o Tibete Pré-Comunista: O Papel da Lenda de Shambhala.]
Em Fest der weissen Schleier: Eine Forscherfahrt durch Tibet nach Lhasa, der heiligen Stadt des Gottkönigtums (Festival dos Cachecóis Brancos de Gaze: Uma Expedição de Investigação através do Tibete a Lhasa, a Cidade Santa da Terro do Rei-Deus) (1950), Ernst Schäfer descreveu as suas experiências sobre a expedição. Durante as festividades, relatou ele, o Oráculo de Nechung avisou que, embora os alemães tivessem trazido presentes e palavras doces, o Tibete deveria ter cuidado: o líder da Alemanha é como um dragão. Tsarong, o anterior líder pró-japonês das forças armadas tibetanas, tentou suavizar a predição. Disse que o Regente tinha ouvido muito mais do Oráculo, mas que ele próprio não estava autorizado a divulgar os detalhes. O Regente reza diariamente para que não haja guerra entre os ingleses e os alemães, dado que isto também viria a ter consequências terríveis para o Tibete. Ambos os países devem compreender que todas as boas pessoas devem rezar o mesmo. Durante o resto da sua estada em Lhasa, Schäfer reuniu-se frequentemente com o Regente e teve com ele um bom relacionamento.
Os alemães estavam extremamente interessados em estabelecer relações amigáveis com o Tibete. A sua agenda, no entanto, era ligeiramente diferente da dos tibetanos. Um dos membros da expedição de Schäfer era o antropólogo Bruno Beger, que era responsável pela pesquisa racial. Tendo trabalhado com H.F.K. Günther em Die nordische Rasse bei den Indogermanen Asiens (A Raça Nórdica entre os Indo-Alemães da Ásia), Beger apoiou a teoria de Günther de uma “raça setentrional” na Ásia central e no Tibete. Em 1937, ele tinha proposto um projeto de pesquisa para o Tibete Oriental e, com a expedição de Schäfer, tinha planeado investigar cientificamente as características raciais dos povos tibetanos. Enquanto no Tibete e em Sikkim, no caminho, Beger mediu os crânios de trezentos tibetanos e sikkimeses e examinou algumas das suas outras características físicas e marcas corporais. Concluiu que os tibetanos ocupavam uma posição intermediária entre as raças mongóis e europeias, com o elemento racial europeu mais pronunciadamente marcado entre a aristocracia.
De acordo com Richard Greve, “Tibetforschung in SS-Ahnenerbe (Pesquisa Tibetana na SS-Ahnenerbe)” publicada em T. Hauschild (ed.) “Lebenslust und Fremdenfurcht” – Ethnologie im Dritten Reich (“Paixão pela Vida e Xenofobia” – Etnologia no Terceiro Reich) (1995), Beger recomendou que os tibetanos poderiam desempenhar um papel importante depois da vitória final do Terceiro Reich. Poderiam servir como uma raça aliada numa confederação pan-mongol sob o auspício da Alemanha e do Japão. Embora Beger tivesse também recomendado estudos adicionais para medir todos os tibetanos, no entanto não foram empreendidas quaisquer outras expedições ao Tibete.
Supostas Expedições Ocultistas ao Tibete
Diversos estudos do pós-guerra sobre o nazismo e o ocultismo, tal como The Spear of Destiny (A Lança do Destino) (1973), por Trevor Ravenscroft, afirmaram que, sob a influência de Haushofer e da Sociedade de Thule, a Alemanha enviou expedições anuais ao Tibete, de 1926 a 1943. A sua missão era, em primeiro lugar, encontrar e depois manter contato com os antepassados arianos em Shambhala e em Agharti, cidades subterrâneas escondidas debaixo dos Himalaias. Lá, os mestres eram os protetores de poderes ocultos secretos, especialmente de vril, e as missões procuravam a sua ajuda na utilização desses poderes para a criação de uma raça mestra ariana. De acordo com estes relatos, Shambhala recusou dar qualquer ajuda, mas Agharti concordou. Subsequentemente, a partir de 1929, grupos de tibetanos foram supostamente à Alemanha e estabeleceram lojas conhecidas como Sociedade de Homens Verdes. Em relação à Sociedade do Dragão Verde, no Japão, por intermédio de Haushofer, ela supostamente ajudou a causa nazi com os seus poderes ocultos. Himmler foi atraído a esses grupos de mestres Tibetanos-Agharti e, supostamente pelas suas influências, estabeleceu o Ahnenerbe em 1935.
Com exceção do fato de que Himmler não estabeleceu o Ahnenerbe, mas, em vez disso, incorporou-o nas SS em 1937, o relato de Ravenscroft contém outras afirmações dúbias. A principal é o suposto suporte de Agharti pela causa nazi. Em 1922, o cientista polaco Ferdinand Ossendowski publicou Bestas, Homens e Deuses, descrevendo as suas viagens através da Mongólia. Nele, relatou ter ouvido falar do reino subterrâneo de Agharti sob o deserto Gobi. No futuro, os seus poderosos habitantes viriam à superfície salvar o mundo do desastre. A tradução alemã do livro de Ossendowski Tiere, Menschen und Götter apareceu em 1923 e tornou-se muito popular. Sven Hedin contudo publicou, em 1925, Ossendowski und die Wahrheit (Ossendowski e a Verdade), através do qual denunciou as afirmações do cientista polaco. Chamou a atenção de Ossendowski ter recolhido a ideia sobre Agharti da novela de Saint-Yves d’Alveidre, escrita em 1886, intitulada Mission de l’Inde en Europe (Missião da India na Europa) para tornar a sua história mais atraente para o público alemão. Dado que Hedin tinha uma forte influência no Ahnenerbe, é improvável que este departamento tivesse enviado uma expedição especificamente para encontrar Shambhala e Agharti e, subsequentemente, tivesse recebido auxílio do último.
[Ver: Mitos Estrangeiros Errados sobre Shambhala.]
D'KLAWNS
Segredos Desvendados Estórias Que a História Não Conta
"Todas as nossas crenças convencionais devem ser reexaminadas, a verdade renovada, a falsidade
rejeitada. Nenhum homem é sabio, mas todos os homens podem ser amantes da sabedoria"
(W. RAYMOND DRAKE) Os Evangelhos foram suprimidos no que tange à vida de Cristo
até os seus 33 anos de idade. Porém revelam que a família, em fuga do rei Herodes, foi para o Egito. E os documentos considerados "apócrifos", relatos originais da época porém não reconhecidos por
contrariarem as tradições religiosas, afirmam que O Mestre foi iniciado na Escola de Mistérios Egípcia, tendo nela oficiado junta- mente com os seus mais elevados Instrutores. Existem relatos da
sua passagem pela Índia e pelo Tibet, grandes centros espirituais e iniciáticos do planeta, após o que foi cumprir a sua missão na Terra As cavernas de Qumram, na Palestina, a noroeste do Mar Morto,
onde em 1947 foram descobertos os mais sensacionais documentos históricos dos tempos de Jesus. Tais documentos, denominados "Os Manuscritos do Mar Morto", são registros autênticos efetuados pela
Fraternidade dos Essênios ( da qual inclusive Cristo fez parte!), e colocam por terra todos os mitos bíblicos, pelo fato de conterem espantosas revelações acerca da vida secreta do Mestre.
A Última Ceia, obra-prima de Leonardo da Vinci, retrata Jesus e os seus 11 apóstolos, no momento em que acusavam Judas Iscariotes de traidor. Através das eras, essa crença foi se disseminado e o simples nome "Judas" virou um sinônimo de pessoa vil, corrupta, desleal. Mas será que a verdade teria sido mesmo essa? Judas, como todos os demais apóstolos, TAMBÉM escreveu o seu Evangelho, o qual foi literalmente suprimido. Fortes evidências indicam que ele era, de fato, o discípulo mais amigo e fiel de Cristo - o que teria suscitado o ciúme, o ódio e a inveja dos outros onze. Podemos ver na Bíblia que, em visita à casa de Marta, Maria - a irmã dela- lavou os pés do Mestre
com um perfume caríssimo - o nardo- cujo frasco custava 300 moedas. Judas, foi o único que se manifestou contra aquele desperdício e sugeriu que tal perfume fosse vendido e o dinheiro distribuído aos pobres! Mais adiante, quando Jesus chorava de agonia no Monte Getsamani, pouco antes de ser preso pelos romanos, repreendeu por 3 vezes os outros após- tolos, que dormiam a sono solto ao invés de vigiar. Após a prisão de Cristo, Pedro o negou por três vezes, diante dos soldados romanos, dizendo "que nunca tinha visto aquele homem". Por outro lado, Judas foi aquele que acompanhou o Mestre na "morte", talvez não tendo cometido o suicídio mas, sim, o único a ter se declarado díscípulo e por esse motivo executado.
Agora vem a parte mais contraditória dos Evangelhos escritos pelos outros:
Se Judas traiu Jesus por 30 moedas, o fez por muito pouca coisa. Ilógico mesmo! Agora responda: Quem trairia seu melhor amigo, seu mestre, ou mesmo seu pior inimigo - visando ao interesse financeiro - pela DÉCIMA PARTE de um vidro de perfume, caro e de boa qualidade - nos dias de
hoje um AVON ou um Boticário, por exemplo? A Última Ceia, obra-prima de Leonardo da Vinci, retrata Jesus e os seus 11 apóstolos, no momento em que acusavam Judas Iscariotes de traidor. Através
das eras, essa crença foi se disseminado e o simples nome "Judas" virou um sinônimo de pessoa vil, corrupta, desleal. Mas será que a verdade teria sido mesmo essa? Judas, como todos os demais apóstolos, TAMBÉM escreveu o seu Evangelho, o qual foi literalmente suprimido. Fortes evidências indicam que ele era, de fato, o discípulo mais amigo e fiel de Cristo - o que teria
suscitado o ciúme, o ódio e a inveja dos outros onze. Podemos ver na Bíblia que, em visita à casa de Marta, Maria - a irmã dela- lavou os pés do Mestre com um perfume caríssimo - o nardo- cujo frasco custava 300 moedas.
Judas, foi o único que se manifestou contra aquele desperdício e sugeriu
que tal perfume fosse vendido e o dinheiro distribuído aos pobres! Mais adiante, quando Jesus chorava de agonia no Monte Getsamani, pouco antes de ser preso pelos romanos, repreendeu por 3 vezes os outros após-
tolos, que dormiam a sono solto ao invés de vigiar. Após a prisão de Cristo,
Pedro o negou por três vezes, diante dos soldados romanos, dizendo "que nunca tinha visto aquele homem". Por outro lado, Judas foi aquele que acompanhou o Mestre na "morte", talvez não tendo cometido o suicídio mas, sim, o único a ter se declarado díscípulo e por esse motivo executado.
Agora vem a parte mais contraditória dos Evangelhos escritos pelos outros:
Se Judas traiu Jesus por 30 moedas, o fez por muito pouca coisa. Ilógico mesmo! Agora responda: Quem trairia seu melhor amigo, seu mestre, ou mesmo seu pior inimigo - visando ao interesse financeiro - pela DÉCIMA PARTE de um vidro de perfume, caro e de boa qualidade - nos dias de
hoje um AVON ou um Boticário, por exemplo? E teria Jesus Cristo morrido mesmo na cruz?
Tudo indica que NÃO! Antigos manuscritos Essenianos revelam que Cristo até tinha a simpatia de Pôncio Pilatos e que um édito do imperador Tibério suspendeu a tempo a execução. Para dar uma
satisfação à turba que exigia a sua morte, teria sido armada uma bem montada farsa, conforme demonstram as fortíssimas e além de tudo reveladoras evidências: 1) A suposta execução, ao contrário das outras, não foi uma cerimônia pública, mas, sim, realizada em local privado, com o povo à distância. 2) Uma morte na cruz não ocorria em poucas horas. A agonia era horrí- vel e durava por cerca de três dias. Uma tortura verdadeiramente cruel. 3) No caso de Cristo, sua "morte" ocorreu em poucas horas e podemos ler na Bíblia que alguém impediu que as suas pernas fossem quebradas. Um
ato de piedade que abreviava a morte real dos condenados pelo suplício. 4) Os antigos manuscritos dizem que a "lança embebida em vinagre" que foi oferecida pelo centurião quando Cristo pedira água, era, na verdade, um poderoso sonífero (talvez ópio) de modo a simular a morte do Mestre.
4) Condenados à crucificação não mereciam sepultamento e leis romanas eram rígidas nesse sentido. Os corpos deveriam apodrecer, entregues aos abutres. No caso de Cristo, Pilatos determinou a entrega do corpo a José de Arimatéia, que o depositou no sepulcro de sua propriedade! A lenda do Santo Graal, um mistério profundíssimo! Segundo ela , o cálice utilizado por Jesus na Última Ceia, também teria
servido para aparar o seu sagrado sangue no momento da crucificação. Seu guardião teria sido o mesmo José de Arimatéia. E através dos tempos a Ordem dos Templários ( Os Cavaleiros de Cristo ) seria a preceptora, guardiã e a suprema zeladora deste imenso segredo.
Os símbolos, já vimos, falam por si! Cristo não morreu na cruz! Na verdade, era casado com
Maria Madalena! Jesus tinha o título de Rabino, e pelas leis judaicas um rabino deve obrigatoriamente ser casado! As Bodas de Canaã, a que a Bíblia se refere, foram a cerimônia do casamento Dele! Essa verdade, assim como tantas outras contidas nos Evangelhos, foi suprimida através dos tempos ao sabor dos interesses mais diversos. Após a sua pretensa "morte" Cristo esteve novamente no Egito, no Tibet
e dizem até que seu túmulo está situado em Cashemir, na Índia! O simbolismo do Graal, portanto, refere-se ao cálice que de fato conteve o "sangue" de Jesus. Um dos segredos talvez mais bem guardados da
história humana: Cristo teve filho, talvez filhos, e até uma descendência,
que até hoje se perpetuaria sob a égide dos verdadeiros Templários! E
Jesus, as provas hoje evidenciam isso, não era terrestre. Era verdadei-
mente um "filho do céu" - no estrito sentido da palavra! Portanto, o símbolo acima (Lâmina do Tarô em versão nitidamente sob ins- piração Templária) diz tudo: A semente do Espírito veio do céu, derramou-se
no cálice e espargiu-se sobre a Terra! E o cálice, não era verdadeiramente um cálice. Voltemo-lo na direção da Terra e veremos a letra "M" de Maria Madalena. Seu útero, sim, o verdadeiro Graal, o Cálice Sagrado - o receptor do "sangue" de Cristo!! Nero, imperador romano, segundo a história responsável pelo grande incêndio de Roma, ocorrido em 18 de julho de 64. Dizem
os livros que ele tocava harpa e cantava enquanto a cidade inteira era consumida pelo fogo.
MENTIRA! Neste dia, o imperador estava veraneando em Âncio, a exatamente 55 quilômetros de distância e acorreu imediatamente à cidade quando soube da catástrofe. O seu palácio foi o primeiro
a ser atingido pelas chamas e ele, que naquela época ainda era jovem e não cometia os desmandos que depois lhe deram uma triste fama, segundo as crônicas da época, socorreu os flagelados, mandando distribuir víveres e roupas - às custas da sua própria fortuna pessoal - e requisitou todos os gêneros alimentícios dos estoques governamentais para auxílio às vítimas. Em suma, cumpriu com louvor o seu papel de governante! Mas porquê exatamente lhe atribuiram essa culpa? Pelo simples fato de também as crônicas da época terem mencionado que o tal
incêndio era uma espécie de fogo infernal e devorador, eclodindo em vários pontos ao mesmo tempo e que..... Para espanto de todos, a água não conseguia apagar! Em outras palavras, bombas
incendiárias, semelhantes ao napalm e ainda controladas por tempo. Conseqüentemente inexistentes na antigüidade! Curioso? Sim, principalmente pelo fato de a cidade de Roma e o seu império terem sido amaldiçoadas por uma estranha criatura, talvez um VIAJANTE DO TEMPO, chamado Apolônio de Tiana, que descrevia seu mundo de origem como repleto de autômatos e dele rebera a incumbência de "preparar alguns acontecimentos históricos através das eras" Luis XIV, o chamado "Rei-Sol", comumente descrito nos livros de História como "o grande protetor das artes e da cultura na França". Na verdade, tal como os governantes que desgovernam e que ainda hoje afligem a nossa humanidade, esse monarca e a sua corte de nobres perdulários, levou o país à ruína e massacrou a população pobre, através de pesados impostos que taxavam até mesmo o sal que consumia. Seu suntuoso palácio, Versalhes, dotado de maravi- lhosos salões e jardins com 1400 repuxos e canais artificiais, custou somente em manutenção o que hoje seria equivalente a cem mi-lhões de dólares - tudo isso usurpado da população oprimida! Na França de 1661 a 1715, a justiça era bizarra e havia 150 maneiras diferentes de interpretá-la. E quem ousasse desafiá-la era levado diretamente para apodrecer na Bastilha. Somente a cozinha do palácio era composta por mil aposentos e os nobres perdiam em jogatinas o equivalente a cerca de 50 mil dólares por dia. Enquanto isso os porcos assolavam as ruas de Paris, evitadas pela fidalguia que desmaiava ao sentir o cheiro delas. Tendo que dar 3/4 partes dos seus escassos bens ao estado, os pobres cidadãos tinham perto de si o luxo, as frivolidades, a corrupção, os bailes e as mascaradas que divertiam a nobreza - e como herança somente as doenças, a fome, a espoliação e as pestilências mais diversas. Não se pode negar que Luis XIV tenha sido "o protetor das artes e da cultura", porém somente o foi para o gáudio e o deleite da sua
infame corte. Seu sucessor, Luis XV, manteve a mesma situação e, cercado pelas suas belas e frívolas amantes, pouco se importava com o sofrimento do povo. Os livros de História silenciam, mas é dele a tristemente célebre frase: -" Depois de mim, o dilúvio. Mas depois de mim, que se ..... !" Aliás, o estopim para a Revolução Francesa foi outra das suas frases, dirigida à nobreza, em uma assembléia:
-" Senhores, parece-me que não se pode mais extorquir um vintém do povo. Por isso, tereis de pagar alguns impostos até que o governo se reajuste". Por sinal, aquela Revolução, ocorrida durante o reinado de Luis XVI, não foi um movimento essencialmente popular, assim
como dizem os livros: foi idealizada e estruturada pela nobreza, revoltada com o fato de ter sido igualada à plebe, também pa- gando (apena alguns) impostos! Francisco, Jacinta, e a prima Lúcia, os três envolvidos nas chamadas "Aparições de Fátima", ocorridas em 1917. Em meio a estranhos fenômenos, tais como um "segundo sol no céu", uma criatura muito brilhante e de rara beleza, por isso mesmo talvez confundida com uma mulher, deixou para a humanidade terrestre três importantes mensagens! Lúcia foi praticamente obrigada pela Igreja Católica a se exilar em um convento. Os dois irmãos "morreram" inexplicavelmente algum tempo depois.
Logo construiu-se no local um imponente santuário e a Terceira Mensagem permanece até hoje obscura e não foi de todo revelada. Sabe-se que por durante bastante tempo, Lúcia insistia em dizer que a entidade portadora das mensagens e com quem mantivera contatos NÃO ERA A VIRGEM MARIA! Quem era então? Desde a Idade Média, a construção das igrejas e das catedrais, por motivos ignorados, sempre foi entregue aos Iniciados. Os grandes Mestres Construtores, membros de Sociedades Secretas, deixaram tanto nos seus interiores, como principalmente
nos exteriores, profundas mensagens cifradas - como sempre através da expressiva linguagem dos símbolos! Até hoje, os murais e afrescos pintados nas igrejas católicas e nas catedrais, estão repletos de símbolos e sinais místicos, somente compreensíveis pelos iniciados na Ciência Secreta que, por sinal, o Catolicismo ortodoxo combate. Porém, aquilo que os grandes Esoteristas do passado deixaram ( e é uma tradição que vem sendo seguida através dos tempos ) talvez seja o mais profundo dos mistérios. Que diz respeito à própria gênese oculta da humanidade! Um segredo que sempre esteve à vista de todos, mas que somente agora, na era espacial, se faz compreensível e evidente: As antigas Catedrais e até as modernas igrejas sempre representam o formato de um FOGUETE, na sua rampa de lançamento! E porquê exatamente todas essas edificações católicas, possuem um lugar sagrado denominado "NAVE"? Seria para lembrar à nossa humani- dade, desde as mais remotas eras, que o caminho da nossa reden- ção seria o espaço sideral, a busca de novos mundos, novas civili- zações e fronteiras? Ou.....Quem sabe, para mostrar o modo COMO CHEGAMOS AQUI, as nossas verdadeiras origens? E, se for esse o caso, porquê exatamente sempre DUAS torres nas antigas cate- drais? Uma bem elaborada metáfora para simbolicamente repre-
sentar DUAS ESPAÇONAVES? Ocultadas sob o mito bíblico de ADÃO e EVA ? Cristovão Colombo o navegador que, segundo a História, descobriu "por engano" a América, estando à procura do caminho para as Índias. A verdade oculta é que Colombo, cujo cognome iniciático foi CRISTÓFORO, ou literalmente CHRISTOFERENS, do Latim " O Portador de Cristo" ( e não Cristovão), era Grão-Mestre da Ordem dos Templários ( Os Cavaleiros de Cristo ), conforme atesta a sua assinatura, ao lado, repleta de simbolismos. Ele cumpria uma missão da Ordem, baseado em antigos mapas,
secretos e além de tudo muito precisos do nosso planeta - sabe-se lá feitos como e por quem, em tempos muito recuados!
E sabia exatamente o que estava fazendo: de ascendência judia ( e não genovesa como se propala ), reconstruir o "Tem- plo de Jerusalém" em uma nova terra", a "Nova Sião": a terra muito promissora para a preservação da secretíssima Fraterni- dade no futuro - nos dias de hoje denominada Estados Unidos da América!
"Ele olhou com benevolência o nosso início" e " A nova Ordem dos séculos", estão inscritos em Latim no Grande Selo dos EUA, repleto de simbolismos iniciáticos, tais como a Pirâmide e o "Olho Que Tudo Vê" - este uma alusão à Onipresença da Divindade - tudo isso denotando a nítida atuação Templária na organização da nação americana, encobertos sob a denominação de "The Founding Fathers of United States" ( "Os Pais Fundadores dos Estados Unidos" ). Este símbolo, como uma espécie de magia, está estampado no dinheiro mais forte do planeta: o Dólar, donde até a cor verde é igualmente iniciática e mística!
Os Crânios de cristal
Os Crânios de cristal são de configurações humanas feitos de vários tipos diferentes de cristais; ametista, cristal de quartzo e etc. Geralmente, os crânios de cristal tem o tamanho de um crânio humano. Existem crânios de cristal pequenos, mas estes não possuem a mesma sabedoria, força e energia que os maiores tem. Os Crânios de cristal podem influenciar nos sistemas de energia do nosso corpo, ampliando a capacidade de cura. Mesmo só olhando uma foto de um crânio de cristal, você pode receber e sentir sua energia! Podem ser programados através de afirmações, tendo como objetivo desde a melhoria de situações de vida até o aumento de prosperidade, paz, amor e harmonia. Cuidado deve ser tomado quando usando os crânios de cristal. Se usado de maneira errada, os crânios poderão só emanar energia negativa! Eles conseguem projetar imagens holográficas, aromas, sons e cores. À medida que eles projetam essas imagens, eles vão mudando de cor. Podem ser ativados usando combinações de cores e sons. O Crânio de cristal mais conhecido e talvez o mais poderoso de todos é o de MITCHELL-HEDGES.
A ODISSÉIA DOS CRÂNIOS DE CRISTAL
Sem dúvida, a mais famosa e enigmática peça de cristal antigo descoberta até agora, é o Crânio de Cristal de Mitchell Hedges. Um dia, em 1927 o explorador F. A. Mitchell Hedges estava limpando o entulho do topo de um templo em ruínas na cidade maia de Lubaantum, localizada nas Honduras britânicas, atualmente Belize, quando sua filha Ana, de 17 anos, que o havia acompanhado, viu algo brilhando na poeira abaixo. Ana encontrou um crânio finamente entalhado e polido, feito de cristal de rocha, em que faltava a parte da mandíbula. Três meses depois, ela localizou a mandíbula numa escavação a 25 pés do primeiro local.
Ele corresponde aproximadamente em tamanho ao crânio humano, com detalhes quase perfeitos, mesmo restaurando o crânio com as proeminências globulares, que são características de uma mulher.
Em 1970, o conservador e restaurador de arte Frank Dorland teve permissão para submeter o crânio de cristal a testes conduzidos nos Laboratórios Hewlet Packard em Santa Clara, Califórnia. Destes testes e de estudos cuidadosos feitos pelo próprio Dorland, o crânio revelou muitas anomalias. Quando submerso em álcool benzílico, com um feixe de luz passando através, tanto o crânio como a mandíbula vieram do mesmo bloco de quartzo. O que impressionou muito as pessoas envolvidas no teste é que eles perceberam que o crânio havia sido entalhado com total desrespeito ao eixo natural do cristal no quartzo.
Na cristalografia moderna, o primeiro procedimento é sempre determinar o eixo, para prevenir fraturas e quebras durante o processo subsequente de moldar a forma. Então, parece que quem fez o crânio empregou métodos pelos quais essas preocupações não são necessárias.
O artista desconhecido também não usou instrumentos metálicos. Dorland não conseguiu encontrar sinais de qualquer metal que deixasse marcas no cristal quando o analisou com um microscópio muito potente. Na verdade, a maioria dos metais não teria sido efetiva, pois o cristal tem uma gravidade específica de 2.65 e um fator de dureza Mhos de 7. Em outras palavras, mesmo um canivete moderno não pode fazer uma marca nele.
A partir de minúsculos padrões no quartzo próximos das superfícies esculpidas, Dorland determinou que o crânio foi primeiramente cinzelado em uma forma rudimentar, provavelmente com o uso de diamantes. O aperfeiçoamento da forma final, a lapidação e o polimento, conforme acredita Dorland, foi feito por inúmeras aplicações de soluções de água e areia de cristal de silicone. O grande problema está em que, se este fosse o processo usado, isso significaria que haveria necessidade de um total de 300 anos terrestres de trabalho contínuo para a confecção do crânio. Devemos aceitar este fato praticamente inimaginável ou admitir o uso de alguma forma de tecnologia perdida na criação do crânio e de que atualmente não há nenhuma tecnologia equivalente.
O enigma do crânio, entretanto, não termina aqui. Os arcos zigomáticos (o arco ósseo que se estende ao longo dos lados e parte frontal do crânio) são precisamente separados da peça do crânio e agem como tubos de luz, usando princípios similares aos da óptica moderna, para canalizar luz da base do crânio para os orifícios oculares. Estes, por sua vez, são pequenas lentes côncavas que também transferem luz de uma fonte abaixo, para a parte superior do crânio. Finalmente, no interior do crânio, está um prisma e minúsculos túneis de luz, pelos quais os objetos que são colocados abaixo do crânio são ampliados e aumentam o brilho.
Richard Garvin, autor de um livro sobre os crânios de cristal, acredita que o crânio foi desenhado para ser colocado sobre um feixe de luz voltado para cima. O resultado, com as várias transferências de luz e efeitos prismáticos, iluminaria todo o crânio e faria com que os orifícios se tornassem olhos brilhantes. Dorland realizou experimentos usando esta técnica e relatou que o crânio “se acende” como se estivesse pegando fogo.
Um outro achado sobre o crânio de cristal revela conhecimento de pesos e pontos de fulcro. A peça da mandíbula se encaixa precisamente no crânio por dois orifícios polidos, que permitem que a mandíbula se mova para cima e para baixo.
O próprio crânio pode ser balanceado exatamente onde dois pequenos orifícios são trespassados de cada lado de sua base, que provavelmente antes continham suportes de suspensão. O equilíbrio nestes pontos é tão perfeito que a menor brisa faz com que o crânio balance para a frente e para traz, com a mandíbula abrindo e fechando como contra-peso. O efeito visual é o de um crânio vivo, falando e articulando.
A questão, é claro, é - para que propósito isto serve? Ele foi apenas desenhado pelo seu artista como um brinquedo inteligente ou peça de conversação ou ainda, como acredita Dorland, ele seria usado como um instrumento oracular, através dos estranhos fenômenos associados ao crânio de cristal, que desafiam explicações lógicas.
Observadores relataram que, por razões desconhecidas, o crânio mudará de cor. Às vezes, a parte frontal do crânio fica enevoada, parecendo algodão branco. Outras vezes ele se torna perfeitamente claro, como se o espaço interior desaparecesse num vácuo. Num período de 5 a 6 minutos, um ponto escuro frequentemente começa a se formar no lado direito e lentamente escurece todo o crânio, depois vai desaparecendo, tão misteriosamente como chegou.
Outros observadores viram cenas estranhas refletidas nos orifícios dos olhos, cenas de edifícios e outros objetos, mesmo quando o crânio está apoiado sobre um fundo preto. Outros ainda ouviram ruídos emanando de dentro e, ao menos em uma ocasião, um brilho distinto rodeou o crânio como uma aura por mais de seis minutos, sem que houvesse qualquer fonte de luz conhecida.
A soma total do crânio parece alterar todos os 5 sentidos físicos do cérebro. Há mudanças de cor e de luz, ele emite odores, cria sons, proporciona sensações de calor e de frio para aqueles que o tocam, mesmo quando o cristal havia permanecido a um temperatura física de 21°C sob todas as condições e produziu até sensações de sede e às vezes de gosto em poucos casos. Dorland é de opinião que o que está ocorrendo em todos estes fenômenos é que o “cristal estimula uma parte desconhecida do cérebro, abrindo uma porta psíquica para o absoluto”. Ele observa: “os cristais emitem continuamente ondas de rádio. Desde que o cérebro faz a mesma coisa, eles interagem naturalmente”. Ele percebeu também que ocorrências periódicas no crânio de cristal são devidas às posições do Sol, da Lua e dos planetas no céu.
A pesquisadora Marianne Zezelic concorda que o crânio foi usado primariamente para estimular e amplificar as capacidades psíquicas nos que o manuseavam. Ela observa: “O cristal serve como um acumulador de magnetismo terrestre. Quando se olha fixamente o cristal, os olhos entram numa relação harmônica, estimulando o magnetismo coletado naquela porção do cérebro conhecida como cerebelo. O cerebelo portanto se torna um reservatório de magnetismo que influencia a qualidade do fluxo magnético através dos olhos, originando assim um fluxo contínuo de magnetismo entre o observador e o cristal. A quantidade de energia que entra no crânio eventualmente aumenta numa tal proporção que afeta os polos do cérebro, uma região que se estende logo acima dos olhos, contribuindo para o fenômeno psíquico”.
Indo além, Tom Bearden, um especialista no campo de estudos psicotrônicos, acredita que, em mãos de um mediador qualificado e focalizador mental, o crânio de cristal também serviu, não somente como veículo para transformar o campo de energia vital em energia eletromagnética e noutros efeitos físicos, mas também auxiliou na cura, pela alteração de sua ressonância cristalina para combinar com as freqüências da mente e do corpo do paciente, e afetando as energias curadoras no crânio, que então se manifestaria no campo áurico do paciente. O crânio seria usado portanto como um amplificador e um transmissor de forças de energia psíquicas e da terra.
Observando a soma total de habilidades e conhecimento incorporados a respeito do crânio Mitchell-Hedges, a ciência moderna tropeça na maneira de explicar isto. O autor Richard Garvin sumarizou os achados com estas palavras: “É virtualmente impossível hoje – num tempo em que os homens escalaram montanhas na lua – duplicar este achado. Somente as lentes, os tubos de luz e os prismas apresentam uma competência tecnológica que a raça humana adquiriu apenas recentemente. Na verdade, não há ninguém no globo atualmente que poderia tentar duplicar a escultura. Não seria uma questão de aptidão, paciência e tempo. Simplesmente seria impossível. Como um cristalógrafo da Hewlett-Packard disse: “Essa coisa simplesmente não poderia existir”.
Mas existe e enquanto não podemos explicá-los em termos de qualquer forma de tecnologia conhecida, podemos explicá-los somente como produto de uma tecnologia muito mais adiantada que a nossa, mas que desapareceu e foi esquecida há muito tempo – a tecnologia de uma Idade de Ouro.
As origens do Ninjutsu
As origens do Ninjutsu se perdem na noite do tempo. Ele foi grandemente influenciado pelas técnicas chinesas de espionagem, muitas das quais se encontram na clássica Arte da Guerra de Sun-tse. A própria palavra "Ninjutsu" surgiu durante a Guerra entre o príncipe Shotoku e Moriya, no território de Omi, no Japão, durante o século VI. Naquele conflito, um guerreiro chamado Otomo-no-Saajin contribuiu para a vitória do príncipe Shotoku, obtendo secretamente valiosas informações a respeito das forças inimigas. Por esse motivo, foi recompensado com o titulo de Shinobi, que significa "obtersub-repticiamente". Desse ideograma é que se derivou o de Ninjutsu. Originalmente, o Papel do Ninja consistia em obter informações acerca do inimigo e sabotar suas operações. Ninjutsu não é uma técnica mágica, que nos permite tele-transportar nosso corpo para outro lugar. Não muda a estrutura de nosso corpo, tornando-o invisível. A sua arte de invisibilidade consiste na utilização de eficientes recursos que nos permite ficar despercebido, sob esse aspecto, torna-se uma filosofia. Diziam os velhos mestres. "Uma arvore que caí na floresta sem que ninguém ouça, não faz barulho, mas não deixa de cair", o mesmo se dá com o Ninjutsu. Um Ninja que ataca um cego é invisível, mas nem por isso deixa de estar atacando.
O Ideograma
Em Japonês, Nin-jutsu se escreve com dois ideogramas. Nin que significa natureza da arte e Jutsu a técnica. O ideograma Nin é ele mesmo formado por dois caracteres. O superior que significa "lagrimas". O inferior "coração". O Conjunto significa " O caminho do coração", mas também resistência e perseverança. No pensamento ocidental, poderíamos traduzir esses ideograma por "enfrentar com o espírito a ameaça do inimigo". Eventualmente driblar essa ameaça".
D'KLAWNS Técnicas de lavagem cerebral
No final dos anos 50, o psicólogo Robert Jay Lifton estudou ex-prisioneiros dos campos das guerras da Coréia e China. O psicólogo chegou à conclusão que eles tinham passado por um processo múltiplo que começava com ataques contra a identidade do prisioneiro e terminava com o que parecia ser uma mudança nas crenças do indivíduo. Lifton definiu um conjunto de etapas envolvidas nos casos de lavagem cerebral que estudou:
ataque contra a identidade
culpa
autotraição
ponto de colapso
clemência
compulsão para confissão
canalização da culpa
liberação da culpa
progresso e harmonia
confissão final e renascimento
Cada um desses estágios acontece em um ambiente de isolamento. Todos os pontos de referência social considerados normais estão indisponíveis e técnicas como a privação de sono e desnutrição são partes comuns do processo. Há ameaças físicas freqüentes, o que aumenta a dificuldade do alvo em pensar de maneira independente e crítica.
O processo que Lifton identificou pode ser dividido em três estágios: ponto de colapso do eu, apresentação da possibilidade da salvação e reconstrução do eu.
Ponto de colapso do eu
Ataque contra a identidade: você não é quem pensa que é.
É um ataque sistemático à identidade (ego) do alvo e a seu principal sistema de crença. O agente nega tudo o que faz do alvo ser quem é (por exemplo: "você não é um soldado", "você não está defendendo a liberdade"). O alvo fica sob ataque constante por dias, semanas ou meses, até o ponto em que fica exausto, confuso e desorientado. Nesse estado, suas crenças parecem menos sólidas.
Culpa: você é ruim.
Enquanto a crise de identidade está se instalando, simultaneamente o agente está criando uma irresistível sensação de culpa no alvo. Ele ataca o alvo repetidamente sobre qualquer deslize que tenha cometido (seja grande ou pequeno). O alvo começa a sentir uma sensação geral de vergonha, de que tudo que faz está errado.
Autotraição: concorda comigo que você é ruim?
Uma vez que o paciente está desorientado e se martirizando pela culpa, o agente o força (com ataques físicos e mentais) a denunciar família, amigos e parceiros que compartilham das mesmas idéias "erradas" que ele. Essa traição com relação às suas crenças e às pessoas com as quais tem lealdade é para aumentar a vergonha e a perda da identidade que o alvo já está experimentando.
Ponto de colapso: quem sou eu, onde estou e o que tenho de fazer?
Com sua identidade em crise, passando por uma profunda vergonha e tendo traído o que sempre acreditou, o alvo pode passar pelo que na comunidade leiga é conhecido como um colapso nervoso. Na psicologia, o colapso nervoso é um conjunto de graves sintomas que podem indicar distúrbios psicológicos. Isso pode envolver um soluço descontrolado, uma profunda depressão e desorientação geral. O alvo pode ter perdido a compreensão da realidade e ter a sensação de estar completamente sem rumo e sozinho.
Quando o alvo atinge o ponto de colapso, seu senso do eu está muito confuso. Ele não tem um entendimento claro de quem é ou do que está acontecendo com ele. Nesse ponto, o agente mostra a possibilidade de o alvo se converter para outro sistema de crença que o libertará de sua sutuação atual.
Apresentação da possibilidade da salvação
Clemência: eu posso ajudar você.
Com o alvo em estado de crise, o agente oferece algumas pequenas gentilezas. Ele pode, por exemplo, oferecer ao alvo um copo d'água ou perguntar do que ele sente saudade em casa. Em estado de colapso resultante de um ataque psicológico constante, a pequena gentileza parece enorme e o alvo pode experimentar sensação de alívio e gratidão completamente fora da proporção daquilo que foi oferecido, como se o agente estivesse salvando sua vida.
Compulsão para confissão: você pode se ajudar.
Pela primeira vez no processo, o alvo encara o contraste entre a culpa e a dor do ataque contra a identidade e o alívio repentino da clemência. O alvo pode sentir um desejo de retribuir a gentileza oferecida a ele e, nesse ponto, o agente pode apresentar a possibilidade da confissão como um meio de aliviar a culpa e a dor.
Canalização da culpa: esta é a razão pela qual você está sofrendo.
Após semanas ou meses de ataque, o alvo não tem certeza do que fez de errado, sabe apenas que está errado. Isso cria algo como lacunas e que prontamente podem ser preenchidas pelo agente: ele pode acrescentar culpa para qualquer coisa que quiser. O agente transfere a culpa para sistema de crenças que está tentando substituir. O contraste entre o velho e o novo foi estabelecido: o antigo sistema de crença é associado com a agonia psicológica (e geralmente física) e o novo sistema de crença é associado com a possibilidade de fugir dessa situação.
Liberação da culpa: não sou eu, são minhas crenças.
O alvo preparado está aliviado para aprender que existe uma causa externa para estar errado, que não é ele que é inevitavelmente mau, o que significa que pode escapar do sentimento de erro. Tudo o que precisa fazer é denunciar as pessoas e instituições associadas ao seu sistema de crença e todo o sofrimento acabará. O alvo tem o poder de se liberar do que está errado, confessando os atos associados com seu antigo sistema de crença.
Com sua total confissão, o alvo completou a rejeição psicológica de sua antiga identidade. Agora cabe ao agente oferecer ao alvo uma nova identidade.
Reconstrução do eu
Progresso e harmonia: se quiser, pode escolher o melhor para você.
O agente apresenta um novo sistema de crença como o caminho para o "bem". Nesse estágio, o agente pára com os ataques, oferecendo ao alvo conforto psicológico e alívio mental. O alvo é levado a sentir que a escolha entre o velho e o novo é dele. A sensação que sente é que tem seu destino nas mãos. A essa altura, já denunciou seu antigo sistema de crença em resposta à clemência e tormento. Fazer uma "escolha consciente" em favor do novo sistema de crença ajuda a ampliar o alívio: se ele realmente acredita, então não traiu ninguém. A escolha passa a não ser algo difícil pois a nova identidade é "segura" e atraente porque não se parece com a que o levou ao colapso.
Confissão final e renascimento: eu escolho o bem.
Contrastando a agonia do velho sistema de crença com a paz do novo, o alvo escolhe a nova identidade, apegando-se a ela para preservar sua vida. No estágio final, com freqüência, há rituais ou cerimônias para introduzir o alvo convertido na sua nova comunidade. Esse estágio foi descrito por algumas vítimas de lavagem cerebral como um sentimento de "renascimento".
Veja Como funcionam as seitas para detalhes sobre o processo de reforma do pensamento que acontece especificamente em cultos destrutivos.
O processo de lavagem cerebral exposto acima não foi testado em um laboratório porque seria um experimento científico contrário à ética. Lifton criou essa descrição a partir de narrativas das técnicas usadas pelos captores na Guerra da Coréia e de outros exemplos relatados ao redor do mundo. Desde que Lifton e outros psicólogos identificaram variações sobre o que parece ser um conjunto de etapas que guiam ao estado da sugestionabilidade, uma questão interessante é por que funciona com algumas pessoas e com outras não.
Certos traços de personalidade dos alvos podem determinar a eficácia ou não do processo. Pessoas que já tiveram grandes dúvidas sobre si mesmas e as que demonstram uma tendência à culpa são bastante suscetíveis. Já as pessoas com um forte senso de identidade e de auto-confiança podem ser mais resistentes ao processo. Algumas narrativas mostram que a fé em um poder superior pode ajudar um alvo a se neutralizar mentalmente do processo. A neutralização mental é uma técnica de sobrevivência dos prisioneiros de guerra e agora faz parte de seu treinamento. Os militares também ensinam aos soldados os métodos usados na lavagem cerebral, porque o conhecimento do processo tende a torná-lo menos eficaz.
Os estudiosos traçaram as origens da sistemática da reforma do pensamento para os campos de concentração da Rússia comunista no começo do século XX, quando os prisioneiros políticos eram rotineiramente "reeducados" para a visão comunista do mundo. Foi quando a prática se espalhou pela China e os escritos do presidente Mao Tse-tung ("O Pequeno Livro Vermelho") apareceram, que o mundo começou a conhecer o tema.
A verdade oculta
A mais influente escola filosófica sobre hipnose diz que esta é uma forma de entrar diretamente no subconsciente de uma pessoa. Normalmente, só estamos cientes dos processos do pensamento em nosso consciente. Conscientemente, pensamos nos problemas que estão bem a nossa frente, escolhemos as palavras quando falamos, tentamos lembrar onde deixamos nossas chaves.
Mas ao fazermos todas estas coisas, o consciente trabalha de mãos dadas com o subconsciente, o inconsciente faz todo o pensamento "nos bastidores". O subconsciente acessa o vasto reservatório de informações que nos permite resolver os problemas, construir frases ou localizar nossas chaves. Junta planos e idéias e os leva para o consciente. Quando uma nova idéia vem em sua mente de forma inesperada, é porque você já havia pensado nela inconscientemente.
O subconsciente é também responsável por tudo o que fazemos automaticamente. Não participamos ativamente das etapas de respirar minuto a minuto, o subconsciente faz isso. Da mesma forma, não pensamos em todas as pequenas coisas que fazemos enquando dirigimos, pois o subconsciente também processa as informações físicas que o corpo recebe.
Resumindo, o subconsciente é o verdadeiro cérebro que está por trás da operação, é responsável pela maioria de nossos pensamentos e toma muitas decisões. Quando estamos acordados, nosso consciente trabalha para avaliar muitos destes pensamentos, tomar decisões e colocar certas idéias em prática. Também processa novas informações e as reestabelece no subconsciente. Mas quando estamos dormindo, é como se o consciente ficasse " fora do ar" e o subconsciente domina.
Psiquiatras acreditam que o relaxamento profundo e exercícios de concentração de hipnotismo acalmam e suavizam o consciente, fazendo com que ele fique menos ativo no processo de raciocínio. Neste estado, ainda estamos cientes do que está acontecendo, mas o consciente fica sem importância para o subconsciente. Na prática, isto permite que o hipnotizador e o hipnotizado trabalhem diretamente com o subconsciente. É como se o hipnotismo abrisse um painel de controle dentro do cérebro.
Na próxima seção, veremos como esta teoria coincide com as características da hipnose.
ID'KLAWNS CURSO DE GRAFOLOGIA
DEFINIÇÃO:
Ciência ou tratado da escrita, a Grafologia reflete as tendências da personalidade.
Etimologicamente, a palavra é formada pelos vocábulos gregos graphein (" escrever") ou graphos ("escrita") e logos ("tratado").
II HISTÓRICO:
Uma das expressões mais importantes de comunicação do ser humano é a escrita, que nas civilizações antigas surgiu inicialmente sob a forma de imagens que representavam objetos.
Essas imagens começaram a ser uniformizadas e sofreram diversas evoluções até os alfabetos atuais, desde o alfabeto com símbolos pitográficos dos chineses, a escrita pitográfica dos hieróglifos, as sílabas dos assírios, o primeiro alfabeto de 22 letras dos fenícios, o alfabeto de 26 letras dos gregos, até os diversos alfabetos que dispomos atualmente.
A Grafologia surge como ciência através do abade francês Jean-Hyppolite Mitchon (1806-1881), considerado pai da Grafologia, o qual reuniu grande número de escritos, classificou-os e ordenou-os. Este deixou numerosas obras e fez inúmeras conferências sobre o assunto.
A partir daí, a Grafologia evoluiu muito como ciência, sendo ensinada em várias universidades da França, Alemanha e Espanha. Esta ciência chegou ao Brasil há pouco mais de uma década, mas a cada dia afirma ainda mais a sua importância, sendo utilizada em processos seletivos por diversas empresas, escolas, institutos criminalistas e até mesmo em processos judiciais.
III APLICAÇÕES:
As aplicações desta ciência são inûmeras e se relacionam com a representação dos aspectos psicológicos, físicos e emocionais do indivíduo. Algumas destas são:
Criminologia e peritagem caligráfica;
Medicina e Psiquiatria;
Seleção de pessoal para empresa;
Pedagogia;
Grafotecnia;
Orientação vocacional;
Orientação pré-matrimonial e matrimonial;
Investigação histórica;
Profundo conhecimento do homem.
IV TENDÊNCIAS GERAIS DA ESCRITA:
São os critérios básicos observados na escrita, que representam aspectos da personalidade, emocionais ou mesmo patológicos e físicos.
Todos estes critérios devem ser usados em conjunto para se chegar a uma avaliação mais completa, e o mais importante, nunca deixando de lado a sua intuição.
TAMANHO
Padrão:2.5 a 3.5 mm de altura, levando-se em conta a linha média das letras. Os pés ou cristas das letras l, t, h, q, j, g, etc deverão medir 1 a 2 vezes a medida do corpo médio.
1.1 Escrita Grande:
Grafonomia: Maior que 3.5 mm e maiúsculas maiores que 1.5 cm.
Grafotecnia:
Superioridade: desejo de superioridade, de se tornar alguém conhecido e importante, generosidade, bondade, amplitude de objetivos.
Inferioridade: Megalomania, vaidade, presunção, orgulho.
1.2 Escrita Pequena:
Grafonomia: Menor que 2.5 mm e maiúculas menores que 1 cm.
Grafotecnia:
Superioridade: meticuloso, detalhista, espírito de síntese e cultura, perfeccionista.
Inferioridade: timidez, mesquinhez e falta de confiança em si mesmo.
1.3 RELAÇÃO DE TAMANHO ENTRE AS PARTES SUPERIOR, MÉDIA E INFERIOR DAS LETRAS:
Igual proporção de tamanho denota bom equilíbrio de interesses social, material e intelectual.
Desenvolvimento exagerado do comprimento superior indica grande interesse na esfera intelectual e espiritual.
Desenvolvimento exagerado do comprimento inferior, grande afinidade com o mundo material.
2. LARGURA
Padrão:Se for larga, desejo de alcançar uma posição de destaque na sociedade, de ocupar espaços e se expandir, de ser sociável, revelando gosto pelos grandes espaços e pelas viagens.
2.1 Escrita Sobreerguida:
Grafonomia: letras mais altas do que largas.
Grafotecnia:
Superioridade: orgulho.
Inferioridade: despotismo e presunção.
2.2 Escrita Rebaixada:
Grafonomia: letras maiúsculas que parecem minúsculas.
Grafotecnia:
Superioridade: humildade, inferioridade e resignação
Inferioridade: inibição de impulsos e tendência à depressão.
2.3 Escrita Dilatada:
Grafonomia: letras assentadas na base e dilatadas.
Grafotecnia:
Superioridade: segurança.
Inferioridade: dissipação física e econômica.
2.4 Escrita Apertada:
Grafonomia: letras apertadas.
Grafotecnia:
Superioridade: timidez, reserva e economia.
Inferioridade: medo, insegurança e avareza.
3. LIGAÇÃO
A escrita ligada é caracterizada por conter, no mínimo, 5 letras ligadas na mesma palavra.
A escrita ligada origina-se de uma sequência lógica de pensamentos, e a desligada de um método de pensar em etapas.
Espaços claros entre as palavras na escrita ligada se relaciona à lógica, observação e inteligência.
Ligações de frases inteiras ou de palavras indica excesso de intelectualidade. Por outro lado, um grande número de interrupções indica, juntamente com uma escrita irregular, falta de memória e desequilíbrio emocional, e nocaso de uma escrita regular, revela intuição, originalidade, análise e observação.
3.1 Ligação Angular:
Superioridade: Esforço e dedicação ao trabalho
Inferioridade: brutalidade, agressividade e crueldade
3.2 Ligação em Guirlanda:
Superioridade: Bondade e sinceridade
Inferioridade: Indolência e fraqueza
3.3 Ligação em Arcos:
Superioridade: Independência e diplomacia
Inferioridade: Falsidade
3.4 Ligação Sinuosa:
Superioridade: Versatilidade
Inferioridade: Irresponsabilidade e falsidade.
A letra maiúscula separada da minúscula indica reflexão antes da tomada de decisões.
4. DISPOSIÇÃO GERAL
Neste item, devemos considerar o aspecto geral das frases e palavras.
4.1 Limpeza e aspecto Geral
Frases com separação adequada, ausência de rasuras e aspecto claro, indicam perfeccionismo e idéias claras e precisas.
Frases onde as linhas se juntam ou se separam ao longo do texto, ou com rasuras, dando um aspecto "sujo" ao texto, indicam falta de clareza de idéias e pensamentos, e desleixo.
4.2 Ordenação das Margens:
Relaciona-se com a ordenação e organização da vida prática da pessoa, boas maneiras, como também com a maneira de encarar os desafios do mundo.
A Margens Desordenadas: desordem geral na vida
B Grande Margem Superior: pessoas distantes e com receio de contato
C Ausência de Margem Superior: pessoas grosseiras e/ou intrometidas; irreverentes.
D Margem Esquerda Regular: autocontrole
E Ausência de Margem Esquerda: timidez
F Margem Esquerda Crescente: a pessoa começa a fazer um trabalho, mas logo vai perdendo o entusiasmo.
G Margem Esquerda Decrescente: a pessoa fica ainda mais entusiasmada à medida que avança no trabalho.
5. ÂNGULOS
Estão associados à relação das pessoas com o presente, passado e futuro, e o grau de sociabilidade.
5.1 Inclinação para a Esquerda:
Superioridade: Introversão, sonhadores e ligação com o passado.
Inferioridade: Mentira, hipocrisia e ressentimento.
5.2 Inclinação para a Direita:
Superioridade: Extroversão e interesse pelo futuro. Sinceridade e sentimento.
Inferioridade: Impulsividade, falta de controle emocional.
5.3 Escrita Vertical:
Superioridade: Integração, interesse pelo presente e racional.
Inferioridade: Frieza
5.4 Inclinação Variável:
Inferioridade: falta de auto-controle.
6. VELOCIDADE
A escrita rápida e rítmica indica fluência de pensamento e facilidade de expressão. Porém, a escrita rápida e arrítmica indica precipitação e impulsividade.
Escrita lenta pode se relacionar a:
Superiodade: Raciocínio e precisão; sonhadores.
Inferioridade: Falsidade e trama.
7. REGULARIDADE
A regularidade e constância do comprimento dos traços, tamanho das letras, distância entre as letras e palavras, e a inclinação das linhas e letras, indica uma pessoa equilibrada, de conduta regular, com persistência e constância de objetivos.
A escrita irregular, de maneira inversa, pode indicar falta de constância, desequilíbrio e impulsividade.
É importante salientar que em determinados momentos das nossas vidas passamos por desequilíbrios momentâneos expressos através da escrita, não devendo ser confundidos com traços de personalidade.
8. ESTILOS
Dentre os estilos de escrita existentes, citamos:
a) Escrita Simplificada: sinal de inteligência e interesse pela essência real das coisas.
b) Escrita Ornamentada (cheia de arcos e ornamentações): pode indicar imaginação, criatividade ou um grande interesse estético e superficial.
9. PRESSÃO
Observada sentindo-se a profundidade da escrita na face posterior da folha escrita.
a) Pressão Forte: Pode indicar: grande amor pela vida e vitalidade; grande resistência a mudanças; ou mesmo brutalidade.
a) Pressão Fraca: Pode indicar: baixa vitalidade, ou até mesmo doenças, fraqueza e anemia; falta de interesse pelas atividades ou medo de se aprofundar nas relações.
10. PRIMEIRA E ÚLTIMA LETRA
A primeira letra de um parágrafo representa o modo com que a pessoa enfrenta novos desafios na vida. Se for muito larga, denota orgulho e impulsividade; e muito estreita: timidez e reserva.
Já a última letra de uma palavra expressa o caráter real de uma pessoa, pois constantemente escreve-se a última letra sem o auxílio da consciência plena, ou seja, com maior espontaneidade.
V RUBRICAS E ASSINATURAS:
O texto reflete a maneira que o indivíduo aparenta ser, e a assinatura e a rubrica, a sua personalidade real.
Assim, é muito importante analisarmos isoladamente e juntamente: o texto, a assinatura e a rubrica.
a) Colocação da Assinatura:
- Perto do texto: amigável
- Longe do texto: orgulho; isolamento
- Á esquerda: timidez
- Á direita: decisão
- No centro: autocontrole
- Misturada ao texto: charlatanismo
b) Rubrica:
Representa a personalidade mais íntima do indivíduo, pois é feita com grande liberdade e espontaneidade.
D'KLAWNS Notícia Lusa, 30 Out 2002
Investigadores avançam no conhecimento da antimatéria
Cientistas do Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN) obtiveram pela primeira vez informação sobre a física do anti-hidrogênio, um avanço que poderá revelar propriedades da antimatéria e explicar o processo de criação do
A experiência, que decorreu no desacelerador de antiprótons na sede do CERN, em Genebra, permitiu "detectar e medir um amplo número de átomos de anti-hidrogênio frios", segundo um comunicado divulgado pelo laboratório europeu.
"Baseando-se na ionização dos antiátomos quando passam através de um forte campo magnético pendente", assinala a nota, a medição da equipe conseguiu "olhar pela primeira vez dentro de um antiátomo e obter a primeira informação sobre a física do anti-hidrogênio".
"Sabemos desde a década de 30 que a cada uma das partículas fundamentais da matéria, que constituem tudo aquilo que vemos, corresponde uma antipartícula, que não existe sob forma estável no mundo", explicou o investigador, que também desenvolve trabalhos no CERN.
Mais, a existência de:
elétrons e antielétrons,
prótons e antiprótons,
átomos e antiátomos,
partículas e antipartículas,
matéria e antimatéria, é uma "simetria básica da natureza", disse.
"No entanto, a antimatéria aniquila-se com a matéria que está à sua volta, destruindo-se e dando origem a fótons (luz)", continuou, explicando ser essa a razão porque "é impossível ver um Universo onde exista matéria e antimatéria ao mesmo tempo".
Daí a importância dos trabalhos desenvolvidos no Desacelerador de partículas do CERN, pois permitiram criar anti-átomos de hidrogênio (o átomo de hidrogênio é o mais simples que existe na natureza, apenas composto por um elétron e um próton, o que explica a sua escolha neste tipo de investigação) para estudar as propriedades da antimatéria.
"A partir deste modelo de antipartícula e antimatéria será possível avançar no conhecimento de tudo o que nos rodeia, na medida em que será possível entender porque, algures no processo de criação do Universo, esta simetria básica da natureza foi destruída", indicou.
"Entender porque é que existe matéria, porque é que existem estrelas, planetas, galáxias no nosso Universo e não existe apenas antimatéria, ou seja, luz, é ainda um mistério", continuou João Varela.
A técnica utilizada pela equipe de cientistas do CERN consistiu em "prender pósitrons entre dois grupos de antiprótons numa estrutura de ninho", de forma a que os pósitrons arrefecessem os antiprótons.
Assim que os dois alcançaram uma temperatura semelhante, alguns combinaram-se entre si para formar átomos de anti-hidrogênio (pósitrons em órbita em redor de núcleos de antiprótons).
O cientista alemão Walter Oelert, um dos membros da equipa responsável pela experiência, recordou que em 1996 produziram-se alguns átomos de anti-hidrogênio a uma velocidade próxima da luz, o que equivale a uma temperatura 100.000 vezes superior à do centro do Sol".
"Um material demasiado quente para manipular", comentou.
Acrescentou que nesta experiência se obteve anti-hidrogênio em maior quantidade e a uma temperatura fria de apenas uns graus acima do zero absoluto.
O porta-voz da Universidade norte-americana de Harvard, Jerry Gabrielse, citado pelo CERN, assinalou que esta é uma "medição sem precedentes".
A equipa do CERN conseguiu ainda medir o campo magnético necessário para ionizar os átomos de anti-hidrogênio e os resultados mostram que "os anti-átomos encontram-se num estado de alta excitação", indica o CERN.
http://web.rcts.pt/luisperna/cern.htm
Nós sabemos que a matéria e feita de átomos e os átomos são feitos de partículas menores e essas são:
Léptons: Elétron, Elétron-Neutrino, Múon, Múon-Neutrino, Tau e Tau-Neutrino.
Quarks: Up, Down, Charm, Strange, Top e Bottom. (ver: Modelo padrão das partículas)
Bósons: Fóton, Glúon, Bósons Vetoriais Intermediários e os Grávitons
Bom, a primeira coisa a se explicar sobre a antimatéria, é o mais básico.
A antimatéria é o inverso da matéria. Para cada uma das dezoito partículas apresentadas acima, há uma antipartícula, com massa igual porém com carga elétrica e momento magnético inverso. Elas dão origem:
ao Antielétron ( chamado de pósitron ),
ao antipróton
e ao antinêutron,
os quais, por sua vez, formam a antimatéria.
LEI DA SIMETRIA DA FÍSICA
Essa lei afirma que: Na natureza, para cada partícula ou efeito, existe outra partícula ou efeito oposto, como por exemplo, cargas elétricas positivas e negativas, pólos magnéticos norte e sul, etc. A existência dessas antipartículas foi prevista e confirmada por teoria e experimentos. Mas elas não podem, contudo, subsistir na Terra, pois a matéria e antimatéria se destroem mutuamente, ao simples contato, com liberação de quantidades enormes de energia; calcula-se, por exemplo, que 1g de matéria, ao se destruir contra 1g de antimatéria, liberaria 1,8 x 1011Kj, energia equivalente à queima de 3.800t de gasolina. Especulações mais profundas levam a imaginar a existência de estrelas e galáxias formadas de antimatéria, e até mesmo a possível existência de um antiuniverso, igual ao da terra, mas feito de antimatéria, e nele a existência de seres humanos, que agiriam, pensariam, igual a nós no mesmo instante e momento que nós, mas não poderiam conviver no mesmo espaço-tempo.
Fórmula básica: A = Z + N ( + ) -A = - Z - N
A= Número da massa, que é a soma de prótons e nêutrons
Z= Número de prótons no núcleo dos átomos
N= Número de nêutrons no núcleo dos átomos
Ou seja............: Ex: 1g +55Fe26 (+) 1g -55Fe26 = 0 "Zero" + 1,8 x 1011Kj,
(55Fe26 = Um isótopo do Ferro, que tem como massa atômica 55,85)
O que se entende na fórmula é: Se 1g de ferro se juntar com 1g de antiferro, resultara em nada + energia.
Isso vai de acordo também com os princípios da matemática pura e simples: Quando somamos um número positivo com o mesmo número negativo resulta em Zero, mas aqui além do Zero, é liberada muitíssima energia.
Para se calcular a energia que a antimatéria libera, usa-se a fórmula da teoria da relatividade de Einstein, pois essa reação trata de uma reação de desintegração atômica e de liberação e transformação de matéria em energia.
E = MC2. (Onde: E= energia, M=massa, C= constante da luz.)
Colocando a fórmula acima na fórmula da relatividade, temos: E = 2 x 300.000 x 300000 = 180.000.000.000 ou em notação cientifica fica 1,8x1011 KJ.
Um único e simples grama desse material, levaria nosso ônibus espacial em órbita.
Um grama de carvão tem energia suficiente para alimentar uma lâmpada de 200W por 1 min.
Um grama de urânio enriquecido tem energia suficiente para alimentar uma cidade de 500.000 habitantes por 1 hora.
E um simples grama de antimatéria tem energia mais que suficiente para destruir alguns quarteirões de uma rua.
Mas há um problema a resolver: Até agora só se conseguiu produzir algumas simples partículas de antimatéria, sendo seu armazenamento quase impossível. Mesmo assim, os EUA têm um projeto com antimatéria.
http://www.netpar.com.br/startrek/anti.htm
ANTIPARTÍCULAS
Cada uma das partículas elementares tem certas características peculiares, particularmente, a massa, a carga e a rotação (uma partícula pode ser visualizada como uma esfera pequeníssima em rotação). Para cada partícula há uma antipartícula correspondente. A antipartícula tem a mesma massa da partícula, mas as suas outras propriedades são como uma imagem no espelho, opostas às da partícula normal.
Por exemplo, a antipartícula do elétron (que se chama um pósitron) tem a mesma massa do elétron, mas com uma carga positiva.
Quando uma partícula encontra a sua antipartícula, ambas se aniquilam uma à outra e transformam-se em energia, normalmente em forma de fótons de alta energia (raios gama).
Embora algumas antipartículas sejam encontradas na natureza (por exemplo, em raios cósmicos), e também se possam produzir nos aceleradores de partículas nucleares de alta energia, quaisquer antipartículas que sejam produzidas na nossa localidade (com referência ao universo) são rapidamente aniquiladas em colisões com as partículas de matéria normal.
Enquanto que em teoria a antimatéria pode existir em quantidade(por exemplo, estrelas feitas de átomos compostos de antiprótons, antinêutrons, e pósitrons), não existe evidência sugerindo que isto seja o caso no universo. Toda a matéria em quantidade na nossa parte do universo é composta de matéria convencional, e pensa-se em geral que o universo inteiro está dominado por matéria e não por antimatéria.
http://www.geocities.com/angolano/Astronomy/Astronomia/Elementares.html
O positrônio é o único átomo já criado em laboratório contendo tanto matéria, quanto antimatéria. Ele é composto de apenas um elétron e um pósitron (anti-elétron) ligados um ao outro sem um núcleo.
http://www.unesp.br/universofisico/texto.php?id_noticia=02241105
Pesquisador da UFRJ é destaque na Nature, uma das revistas científicas mais importantes do mundo, um artigo do pesquisador da UFRJ Claudio Lenz César, sobre descobertas que vão permitir testar teorias fundamentais no campo da Física.
A equipe da qual Lenz faz parte, produziu grande quantidade de antiátomo do hidrogênio resfriado a baixa temperatura e conseguiu aprisioná-lo no vácuo. Isso vai possibilitar aos cientistas comprovarem uma das teorias fundamentais da física, o chamado Modelo Padrão, segundo o qual matéria e antimatéria são semelhantes. Tal fato nunca pôde ser comprovado porque o átomo, quando em movimento, causa interferência e impede a obtenção de resultados confiáveis.
As diversas possibilidades abertas por essas descobertas podem dar aos pesquisadores o prêmio Nobel de Física. Uma delas é como o anti-hidrogênio responde à força da gravidade. Os resultados podem levantar questões sobre a validade da teoria da Relatividade e mostrar o caminho para unificá-la com a teoria Quântica.
Entretanto, essa descoberta também vai trazer vantagens tecnológicas, que permite, por exemplo, a construção de relógios atômicos ainda mais precisos. Uma das utilizações desses relógios é no sistema GPS (geoposicionamento através de satélites).
A Universidade tem importante participação nesse projeto já que o laboratório de Super Espectroscopia da UFRJ domina a técnica de resfriamento de átomos, permitindo o aprisionamento dos mesmos em armadilhas magnéticas, o que possibilita a realização de medições extremamente precisas de suas propriedades ópticas. Ele está localizado no Instituto de Física, no Centro de Tecnologia da Ilha do Fundão, e é coordenado pelo professor Luiz Davidovich. “Essa técnica já existia antes, porém, no Brasil, foi um trabalho pioneiro”, afirma o diretor do Instituto de Física José Albuquerque.
As descobertas feitas na UFRJ permitiram a Lenz César integrar uma equipe de 39 cientistas e nove instituições (entre elas o Instituto de Física) que desenvolveram o projeto que está sendo publicado agora pela “Nature” nos laboratórios da Organização Européia de Pesquisa Nuclear (CERN) na Suiça.
D'KLAWNS UMA BREVE HISTÓRIA DA MAGIA
Os conceitos de Magia, Esoterismo, Espiritualismo etc., sempre estiveram ligados à
Humanidade ao longo da história. As doutrinas esotéricas não eram motivo de estudos de
ignorantes, supersticiosos e medrosos, como quer que se acredite e aceite na atualidade,
mas por uma “nobreza”que tem mantido a chama de um Conhecimento Superior. É essa
mesma Tocha do supremo conhecimento espiritual a que sempre foi barreira contra a
ignorância, as trevas, o caos, a intolerância.
A própria definição de Magia expressa bem sua verdadeira finalidade. Do persa
Magh, que significa Sábio, essa palavra originou outras, como Magister, Magistério e
Magnum. Portanto, Magia vem significar, basicamente, a sabedoria de todo o conhecimento
que capacita o homem a desvendar e dominar o Universo, a Natureza e a si próprio. Outro
termo para Magia é a aplicação da Consciência e da Vontade sobre todas as forças da
Natureza, não só as físicas, tridimensionais, mas aquelas que estão fora da esfera de nossos
cinco sentidos. Em síntese, é a aplicação da ciência e da vontade sobre as diversas
manifestações da vida. É a Ciência Total...
Origens Fantásticas da Magia
Em seu livro apócrifo, o profeta Enoch nos fala sobre as origens de muitos ramos do
conhecimento:
“Quando os filhos dos homens se multiplicaram naqueles dias, aconteceu que lhes
nasceram filhas elegantes e belas.
E quando os Anjos, os Filhos dos Céus, as viram, ficaram apaixonados por elas...
E escolheram cada qual uma mulher; e delas se aproximaram e coabitaram com elas;
e lhes ensinaram a feitiçaria, os encantamentos e as propriedades das raízes e das árvores.”
E continua Enoch, afirmando que os Anjos caídos, ainda com bastante
Conhecimento, ensinaram a arte de resolver os sortilégios, observar as estrelas, os
caracteres mágicos, os movimentos da Lua, a arte de interpretar os signos, confeccionar
talismãs etc.(Vide Livro de Enoch, cap. 8). Que época é essa, citada por Enoch?
Em sua portentosa obra O Timeu, Platão nos comenta que ouvira falar de uma
legendária e poderosa civilização, a atlante, da boca de seu avô Crisitos, o qual ouvira do
próprio Sólon ensinamentos dados a ele por sacerdotes-magos do templo egípcio de Saís.
Segundo nos repassa Platão, essa civilização, a Atlântida, foi um conjunto de sete
gigantescas ilhas que ficavam além das Colunas de Hércules, quer dizer, no Oceano
Atlântico. Para o sábio discípulo de Sócrates, a origem de todo o conhecimento espiritual e
mágico foi atlante.
Numa passagem do Timeu, lê-se: “Os atlantes eram uma raça de Deuses que
degenerou da sua origem celeste porque se aliou freqüentemente com as filhas dos mortais;
por isso, Júpiter os puniu, destruindo o país em que habitavam.”
Ou seja, a origem de todo conhecimento remonta à Atlântida, aos arcaicos períodos
de nossa história, em nada aceitos pela ciência materialista de hoje. Temos como fiéis
depositários dos atlantes os egípcios(os quais, por meio dos gregos e depois dos árabes,
3
foram a base de toda a magia ocidental). Temos também como filhos dessa tradição
esotérica atlante os indianos e chineses, pelo lado oriental, e os maias, incas e astecas, nas
Américas. Estudando-se as raízes lingüísticas de muitos povos que oficialmente nada têm
em comum, percebemos muitas palavras semelhantes, senão, idênticas. Temos como
exemplo o maia e o chinês mandarim, onde foram achadas mais de cinqüenta palavras de
pronúncia e significado idênticos.
A Magia no Oriente
O Yoga indiano e suas sete modalidades e as artes marciais têm algo em comum,
que é atlante. Eram considerados como disciplinas que permitiam dominar o corpo físico e
seus canais de energia para um pleno reconhecimento e manipulação da Alma.
Os sete Yogas são: Hatha (físico), Raja (mecanismos mentais), Mantra (palavras de
poder), Bhakti (devoção e serenidade), Jnana (conhecimento superior- gnose), Karma
(direitos e deveres sociais e morais) e Tantra (o mais elevado de todos). O termo Yoga é o
mesmo que religião, religare, ou seja, a arte de recriar aquele elo entre o humano e o divino,
em todos os seus aspectos.
Quanto às tradições marciais, sabe-se que elas foram recompiladas e reorganizadas
por Bodydharma, um dos principais discípulos de Buda, que “evangelizou ” a China. O
Kung-fu, que originou as múltiplas técnicas marciais, tinha como finalidade dominar e
movimentar as energias interiores e elementais, além, é claro, da mera defesa pessoal.
Segundo certas tradições, algumas das linhas marciais, organizadas por Bodydharma,
foram: os caminhos do Dragão, da Serpente, do Macaco, da Águia, do Bêbado etc. (há mais
de 360 caminhos no kung-fu), muito semelhantes às Ordens guerreiras das culturas
americanas, como veremos logo em seguida.
Além disso tudo, vemos a magia e o conhecimento esotérico inseridos em outros
ciclos, encabeçados por Fo-Hi e Lao-Tzu na China, Son-Mon e o Xintoismo no Japão,
Kumbu na Tailândia e Camboja, o Xamanismo original ao norte da Ásia e o Budismo
tântrico tibetano de Marpa, Tsong-Kapa, Milarepa e outros.
A Magia nas Américas
Os astecas, incas e maias são as culturas que mais se expandiram nas américas. Diz-
se que foram colônias atlantes e por isso eram possuidores de altíssimo e complexo
domínio da matemática, astronomia, religião e agricultura. Ainda hoje suas ordens
esotéricas são um mistério. Quase todos seus escritos, estátuas sagradas e mesmo seus
templos e sábios, foram destruídos pelos ávidos conquistadores europeus.
Vemos algumas Ordens monástico-militares que se dedicaram ao pleno
desenvolvimento das artes mágicas e de todos os poderes humanos e divinos. Entre os
astecas e maias, temos os Cavaleiros Tigres e os Cavaleiros Águias (cujo lema mágico era
“Nós nos Dominamos”) e entre os incas sabemos da presença dos sagrados Cavaleiros
Condores. Esses sacerdotes índios nos legaram práticas misteriosas e fantásticas, tais como
a Magia Elemental, o Nagualismo(estudaremos esse tema mais adiante), o domínio da
psicologia interior etc.
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As tradições orientais e americanas são muito complexas e de difícil compreensão e
aprendizagem. Não obstante, os princípios de suas Ciências Mágicas eram os mesmos,
somente o modo de expressá-los é que difere.
Plantas de Poder
Esse é um tema bastante espinhoso, dadas as suas implicações legais e morais nos
dias de hoje, além da espantosa proliferação e mau uso, pela juventude, de alguns produtos
sintetizados. Sob circunstâncias rigorosamente controladas, os Magos de todo o mundo,
principalmente americanos, aceleravam o desenvolvimento dos poderes paranormais de
seus discípulos, afim de fazê-los reconhecer o Mundo Oculto. Essas Plantas de Poder têm a
capacidade de alterar o sistema endócrino, ativando assim todos os Chacras da Anatomia
Oculta do Homem, despertando seus sentidos paranormais.
Certas ervas, raízes, cogumelos, cipós etc., possuem um poder elemental e
bioquímico capazes de mostrar um mundo totalmente novo aos olhos de nossa Consciência.
Esse foi um legado da Magia primitiva, infelizmente adulterado na atualidade.
A Magia no Ocidente
Um dos maiores depositários da sabedoria egípcio-atlante foi certamente Hermes
Trismegisto. Certas tradições gnósticas dizem que Metraton, Enoch, Íbis de Toth e o
próprio Hermes eram o mesmo Mestre, o mesmo Ser. Atribui-se a Enoch a criação dos
alfabetos egípcio e hebraico, A Tábua de Esmeralda e a organização e codificação da
Alquimia. Foi o fiel depositário da tradição espiritual no Tarô e na Cabala(Torá), além de
ser o organizador dos Axiomas Herméticos.
Os egípcios conseguiram fecundar maravilhosamente a magia e as religiões dos
hebreus, gregos, romanos e árabes. Com a posterior decadência, o Egito entregou seu
conhecimento às correntes esotéricas dos árabes, denominadas de Sufismo. A expansão do
islamismo por todo o Oriente, norte da África e depois pela península ibérica, leva a uma
revalorização do esoterismo europeu.
A maioria dos sábios e ordens esotéricas na Europa beberam da fonte súfi: os
Templários, Cátaros, Rosacruzes, Maçons, Dante Alighieri, Roger Bacon, Francisco de
Assis, São Malaquias, Paracelso, Arnaldo de Villanueva etc...
Os Alquimistas
Após sucessivas infiltrações e conquistas árabes na Europa e graças às Cruzadas, a
sabedoria esotérica terminou por influenciar uma série de pensadores e movimentos
místicos. Temos a influência súfi, não só na península ibérica, como também na França,
Inglaterra e em certa medida nas terras germânicas e nos Estados da península itálica.
Uma grande influência súfi na Europa foi trazida pela tribo nômade dos Annás(ou
A’nz). Tendo como seu estandarte um bode, os místicos dos Annás entregaram seus
símbolos aos Templários, além de muitos princípios herméticos que remontam aos períodos
dos caldeus. A palavra caldéia Anas significa Água; Anás, portanto, quer dizer “Guardiães
das Águas”(da Vida).
5
Os conceitos alquímicos de Elixir da Longa Vida, Pedra Filosofal, Pedra Cúbica,
Cornucópia da Abundância etc., vêm das escolas de Mistérios árabes, as quais absorveram,
como já dissemos, muito da tradição egípcia. A finalidade do Alquimista era produzir o
melhor ouro transmutado do chumbo. Os processos secretos para a obtenção do ouro
alquímico eram extremamente complexos. Exigiam disciplina, rigor no método e acima de
tudo pureza moral e espiritual.
Apesar de se conhecer uma série de casos de pesquisadores que realizaram prodígios
químicos, conseguindo ouro realmente físico, a finalidade essencial da tradição alquimista
era transmutar o mundo interior do próprio praticante, sua Alma mesmo.
Um bom exemplo de alquimista material (ou Soprador) foi o inglês John Dee.
Nascido em 1527, o sr. Dee, graças à sua sensibilidade psíquica, desde cedo se interessou
por pesquisar velhos manuscritos que conseguia encontrar em bibliotecas, alfarrábios etc.
Ele e seu inexcrupuloso amigo Edward Kelley compraram de um velho estalajadeiro um
pergaminho escrito em língua galesa antiga que tratava da transmutação de metais.
Indagado de sua procedência, Dee soube que o manuscrito surgira da violação do sepulcro
de um arcebispo inglês, Dunstan de Cantuária (conhecido até hoje como o padroeiro dos
ourives). Ao entrar no túmulo de São Dunstan, Dee e seu amigo descobriram algo
interessante não achado pelos anteriores profanadores. Encontraram um par de ânforas,
cada qual contendo um estranho pó, um deles de cor vermelha e outro branco, e que eram,
segundo o manuscrito em sua posse, ingredientes essenciais à boa execução do magnus
opus. Os dois pesquisadores realizaram muitíssimos prodígios com os materiais
encontrados, porém a ingenuidade e a ganância os levaram à ruína.
Entretanto, os verdadeiros alquimistas eram transmutadores de Alma, e não de
elementos grosseiros, como se crê vulgarmente nos dias de hoje. Temos, a título de
ilustração, alguns alquimistas espirituais: Paracelso, Raimundo Lulle, Alberto Magno,
Fulcanelli, Nicolas Flamel e sua esposa Perrenelle, Cornélio Agripa, Merlin, Eliphas Lévi, o
Abade Trithemius, Al-Ghazali, Samael Aun Weor, D’Espagnet, Rumi etc...
Alquimia e Religiões
O princípio do autoconhecimento contido na tradição alquímica revela a necessidade
de transcendência e autosuperação do homem pelo próprio homem. Isso é claramente visto
dentro das religiões. Ou seja, a Alquimia está profundamente inserida no judaismo,
cristianismo, islamismo, budismo, taoismo etc.
Tomemos alguns exemplos da simbologia alquimista nos ensinamentos religiosos:
- O primeiro milagre bíblico de Jesus, transformando água em vinho da melhor
qualidade, nas Bodas de Canaã(o casamento alquímico);
- Deus flutuando sobre as Águas da Vida e formando o mundo em seis dias e
descansando no sétimo ( os passos, ou fases, da obtenção da Pedra Filosofal);
- O profeta Zacarias tem a visão de um candelabro de ouro com sete lamparinas
acesas pelo azeite que passa pelo interior desse candelabro(processo de transmutação);
- Os três Reis-Magos, guiados pela Estrela, visitam o menino Jesus na manjedoura
do estábulo (trabalhos para a obtenção do Menino de Ouro da Alquimia);
- O profeta Moisés (que significa Salvo das Águas) bate com seu Cajado numa
Pedra e daí brota água em abundância;
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- Davi mata um gigante com uma Pedra;
- Elias traz fogo dos céus e incendeia a carcaça de um bovino;
- Jesus afirma que Pedro é a Pedra fundamental da Igreja que, para os outros(o
mundo não iniciado), é rocha de escândalo;
- Todo bom muçulmano tem de visitar Meca e em sua peregrinação deve dar sete
voltas em redor da Pedra Negra (Caaba); etc.
D'KLAWNS O uso das vibrações na transmutação
Os alquimistas são os "filósofos da matéria" e têm por objetivo atingir a compreensão da natureza e dominar (conhecer) suas leis, sendo hoje chamada a alquimia de "a arte de alterar ou utilizar as vibrações".
Na concepção alquímica, o Universo originou-se de uma substância única, indiferenciada (matéria prima ou quintessência), a qual polarizou-se em princípios ativo e passivo, derivando daí o mundo manifesto.
Este azoth alquímico corresponde ao conceito ocultista da luz astral (o mesmo veículo ao qual se referem os médiuns que lidam com cura espiritual ou materializações).
A alquimia surgiu provavelmente no Egito, como sugere a raiz grega do nome (khemia = transmutação, fusão, mistura) e corresponde ao nome copta do Egito (Khem= terra negra), segundo Plutarco. Os árabes (que invadiram o Egito em 640), incorporaram esse vocábulo na forma Al-Kimiya (transformação através de Alá).
O fundador mítico da filosofia alquímica é o egípcio Hermes Trismegistos (associado ao deus Toth), mas a lenda cristã a atribui aos anjos, que ensinaram os segredos da natureza a alguns homens ao apaixonarem-se pelas mulheres terrenas.
São quatro os postulados básicos da alquimia:
1)- A unidade do princípio material (matéria prima primordial);
2)- Evolução da matéria ( todos os elementos são radioativos, uns mais outros menos, de forma que ao longo de milhões de anos, mesmos os átomos considerados estáveis, sofrem transformações análogas à dos elementos instáveis);
3)- Os elementos químicos representam estados de evolução (sendo o ouro o mais perfeito);
4)- A transformação é o resultado de uma evolução natural ainda desconhecida do homem, a qual é possível reproduzir em laboratório, sendo este trabalho ao mesmo tempo espiritual e material (ora et labora = reza e trabalha; de onde vem a palavra laboratório = labor + oratório).
Segundo Frater Albertus, "ervas, animais e metais – tudo cresce a partir da semente". Esta "semente" é denominada spiritus ou astra.
Os metais, como seres vivos, podem estar sujeitos a doenças diversas, como comprovam alguns experientes radiestesistas ou radiônicos, inclusive eles podem até 'morrer', e geralmente os metais que empregamos estão realmente mortos, uma vez que perderam seu spiritus.
O uso de alguns destes metais 'adoecidos' ou de ligas metálicas cuja combinação se origina de metais de caráteres diversos, pode precipitar o surgimento de diversos males.
Segundo a filosofia alquímica e os princípios da magia, os sete metais planetários são os que mais acumulam spiritus de natureza análoga à "influência" planetária correspondente. Eles apresentam um ritmo energético oscilante, de acordo com a posição do astro a ele associado (é o "biorritmo" do metal).
Como o próprio Hahnemann (fundador da homeopatia) comprovou, as coisas que são de alguma maneira semelhantes na natureza de suas vibrações características têm afinidade entre si. Isto é conhecido como "Princípio das Correspondências ou Concordâncias".
Os florais e a homeopatia baseiam-se em princípios elementares da alquimia herbácea (alquimia vegetal, que compõe a "Pequena Circulação", em contraposição à alquimia mineral ou "Grande Circulação"). Em ambos os casos, o princípio ativo é a quintessência dos elementos impregnada num catalisador (água ou álcool).
A alquimia é, antes de mais nada, um sistema de autotransformação. O caminho é ao mesmo tempo espiritual e material. Existem duas vias para o pesquisador:
a via umidaou a do sabio e a do filosofo . Uma é mais rápida do que a outra; no entanto, é muito mais arriscada.
A transmutação ocorre livre na natureza e intriga diversos pesquisadores: como é possível que uma galinha, cuja ração é absolutamente carente de cálcio, possa gerar ovos, sabendo-se que a descalcificação de seus ossos não responde o suficiente para o processo? Como um pinto recém-nascido pode ter mais cálcio do que a gema que o gerou?
Estes e muitos outros mistérios serão esclarecidos no dia em que o homem se debruçar sobre o conhecimento antigo, sem preconceitos, e estudá-los com afinco, como nos diz Fritjof Cappra ("O Tao da Física")...
Palavras-chave e frases
tuan, dari pada, jang, anak itu, dalam, orang itu, dengan, dalam keadaan, akan, setelah itu, dari, oleh karena, pada, tangan kanan, latihan
FOX ALLAN D'ARCK
D'LAWNS Apocalipse
Gaia, o planeta Terra, é um ser vivo. Que pulsa, sente e dispõe de uma engrenagem funcional semelhante à dos seres vivos. E, como todo ser vivo, é finito. A vida de Gaia é cíclica, como atestam as eras geológicas que possuem características definidas e distintas. O holoceno, período planetário da atual era quaternária, teve início há 12 mil anos, quando ocorreram as últimas glaciações que duraram 100 mil anos. O planeta caminha para uma nova era glacial. A ciência já registrou o aumento da temperatura global e o comprometimento da camada de ozônio. O tema foi recentemente explorado no filme “O Dia Depois de Amanhã”, que acende os holofotes sobre a alteração do eixo da Terra.
O destino de Gaia voltou a intrigar pesquisadores e leigos desde a tsunami que dizimou milhares de vida na Ásia. Depois veio o ciclone extratropical com características de furacão, em Santa Catarina, morte nos Estados Unidos por uma chuva de lama e o terremoto no Irã. Gaia está visivelmente perturbada. Ou estaria revoltada com as barbáries contra ela praticadas? Catástrofes existem desde o início dos tempos. A maior talvez tenha sido o dilúvio bíblico que dizimou a quarta raça atlante.
Independente de profecias e dos avanços da ciência, Gaia cumpre o seu ciclo de nascimento e morte. E à humanidade cabe entender e vivenciar esses momentos impactantes não só pela destruição ambiental, pelas perdas humanas, mas, sobretudo pela dor dos sobreviventes. Pelas tentativas de reconstrução interna e externa.
Segundo a gnose, sabedoria esotérica, a nossa raça ária é a quinta a habitar o planeta Terra. Como as anteriores, ela vai sucumbir com uma catástrofe. Mas antes do final dos tempos, ainda vão habitar a Terra, a sexta e sétima raças. Para Samael Weor, o papa do conhecimento gnóstico, a raça ária vai perecer pelo fogo: terremotos e vulcões, tudo em consonância com uma ordem cósmica, universal e geológica.
E em meio a esse suceder de desastres ambientais, fica a pergunta sem resposta: pode o homem (leia-se a ciência) evitar as catástrofes anunciadas em prosa, verso, centúrias, psicografias e canalizações?
Impotência - Os videntes são tidos como loucos e visionários. A ciência não lhes dá crédito. Mas são eles que profetizam muitas das catástrofes que estão assolando o planeta. De acordo com o Calendário Maia, em 2005, a ciência vai reconhecer a existência de um novo planeta. Será Hercólubus, que os gnósticos acreditam vai alterar o eixo da Terra? O planeta também conhecido como planeta vermelho, é seis vezes maior que Júpiter. Na Bíblia é citado como “Absinto”. Nostradamus o chama de “O Grande Rei do Terror”.
Os antigos maias o chamam de Estrela Baal e profetizaram que, devido à sua maior proximidade em 2005, vai produzir mudanças eletromagnéticas e uma grande quantidade de fenômenos climáticos, ecológicos, ambientais, biológicos, físicos, químicos e psico-sociais, antes sem uma causa aparente. Vão se observar graves problemas de natureza gravitacional na Terra.
A vidente norte-americana Jeane Dixon previu: “Haverá muitas mudanças geológicas e geográficas, bem como inúmeros terremotos. Onde agora existe água, haverá terra, e onde agora há terra, haverá águas revoltas e violentas, que correrão e destruirão tudo que encontrarem à sua passagem”.
Profecias à parte, o planeta pede socorro. James Loveloc, cientista e autor da teoria de Gaia, conclui que séculos de abuso através da descarga de hidrocarbonetos, desmatamento e poluição do ar vão tornando o planeta um objeto morto, como Marte. “Nossa preocupação deve ser com o ecossistema que mantém a vida aqui mesmo na Terra. Caso contrário, seremos nós os causadores do armagedon”, conclui.
Alteração do eixo da TerraTsunamis, tornados, terremotos, vulcões e degelo transcendem profecias e previsões científicas
Ana Elizabeth Diniz
As últimas glaciações que duraram 100 mil anos. O planeta caminha para uma nova era glacial. A ciência já registrou o aumento da temperatura global e o comprometimento da camada de ozônio. O tema foi recentemente explorado no filme “O Dia Depois de Amanhã”, que acende os holofotes sobre a alteração do eixo da Terra.
O destino de Gaia voltou a intrigar pesquisadores e leigos desde a tsunami que dizimou milhares de vida na Ásia. Depois veio o ciclone extratropical com características de furacão, em Santa Catarina, morte nos Estados Unidos por uma chuva de lama e o terremoto no Irã. Gaia está visivelmente perturbada. Ou estaria revoltada com as barbáries contra ela praticadas? Catástrofes existem desde o início dos tempos. A maior talvez tenha sido o dilúvio bíblico que dizimou a quarta raça atlante.
Independente de profecias e dos avanços da ciência, Gaia cumpre o seu ciclo de nascimento e morte. E à humanidade cabe entender e vivenciar esses momentos impactantes não só pela destruição ambiental, pelas perdas humanas, mas, sobretudo pela dor dos sobreviventes. Pelas tentativas de reconstrução interna e externa.
Segundo a gnose, sabedoria esotérica, a nossa raça ária é a quinta a habitar o planeta Terra. Como as anteriores, ela vai sucumbir com uma catástrofe. Mas antes do final dos tempos, ainda vão habitar a Terra, a sexta e sétima raças. Para Samael Weor, o papa do conhecimento gnóstico, a raça ária vai perecer pelo fogo: terremotos e vulcões, tudo em consonância com uma ordem cósmica, universal e geológica.
E em meio a esse suceder de desastres ambientais, fica a pergunta sem resposta: pode o homem (leia-se a ciência) evitar as catástrofes anunciadas em prosa, verso, centúrias, psicografias e canalizações?
Impotência - Os videntes são tidos como loucos e visionários. A ciência não lhes dá crédito. Mas são eles que profetizam muitas das catástrofes que estão assolando o planeta. De acordo com o Calendário Maia, em 2005, a ciência vai reconhecer a existência de um novo planeta. Será Hercólubus, que os gnósticos acreditam vai alterar o eixo da Terra? O planeta também conhecido como planeta vermelho, é seis vezes maior que Júpiter. Na Bíblia é citado como “Absinto”. Nostradamus o chama de “O Grande Rei do Terror”.
Os antigos maias o chamam de Estrela Baal e profetizaram que, devido à sua maior proximidade em 2005, vai produzir mudanças eletromagnéticas e uma grande quantidade de fenômenos climáticos, ecológicos, ambientais, biológicos, físicos, químicos e psico-sociais, antes sem uma causa aparente. Vão se observar graves problemas de natureza gravitacional na Terra.
A vidente norte-americana Jeane Dixon previu: “Haverá muitas mudanças geológicas e geográficas, bem como inúmeros terremotos. Onde agora existe água, haverá terra, e onde agora há terra, haverá águas revoltas e violentas, que correrão e destruirão tudo que encontrarem à sua passagem”.
Profecias à parte, o planeta pede socorro. James Loveloc, cientista e autor da teoria de Gaia, conclui que séculos de abuso através da descarga de hidrocarbonetos, desmatamento e poluição do ar vão tornando o planeta um objeto morto, como Marte. “Nossa preocupação deve ser com o ecossistema que mantém a vida aqui mesmo na Terra. Caso contrário, seremos nós os causadores do armagedon”, conclui.
Alteração do eixo da Terra
Eixo alterado – Uma das conseqüências física da tsunami no sudeste da Ásia foi uma pequena alteração na inclinação do eixo da Terra. A constatação veio dos pesquisadores do Centro de Geodesia Espacial da Agência Espacial Italiana, respaldados nos dados mundiais telemétricos enviados por laser aos satélites.
Os cientistas calculam que a alteração foi de cerca de dois milésimos de segundo, o que corresponde a cinco ou seus centímetros em linha reta. A medição foi feita na direção do epicentro do terremoto. Nas primeiras análises, não se detectou nenhum efeito na direção do meridiano de Greenwich, explicaram fontes do centro espacial.
Os cientistas consideram que a variação é muito pequena, por isso não terá repercussões sobre o clima. Richard Gross, geofísico do Laboratório de Jato-Propulsão da Nasa, na Califórnia, avaliou que uma movimentação de massa em direção ao interior da Terra durante o terremoto fez o planeta girar três microsegundos, ou um milionésimo de segundo, mais rápido e se inclinar 2,5 cm em relação a seu eixo. “Quando uma grande placa tectônica sob o Oceano Índico foi forçada para baixo de outra fez com que a Terra mais compacta girasse mais rápido", disse Gross.
“Há muito tempo cientistas criam teorias sobre o fato de que mudanças na superfície da Terra poderia afetar sua rotação, mas nunca tiveram meios precisos para provar isso”, acrescentou o sismólogo da Caltech, Hiroo Kanamori.
Segundo Peter Leroy, professor de astrofísica da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, a inclinação do eixo terrestre não traz conseqüências para o planeta ou a humanidade. “Mudanças na rotação da terra sempre ocorrem. Existem variações
periódicas (causadas por ventos e marés); irregulares (causadas por mudanças aleatórias acumuladas, como essa causada pela tsunami); seculares (causadas pela atração da Lua) que já somam mais de três horas em mais de 2.000 anos.
O astrofísico ressalta que o pólo varia regularmente devido à precessão, em um período de aproximadamente 26 mil anos. Com isso, o deslocamento espacial do eixo chega a mais de 15 metros. “A variação causada pelo maremoto é muito pequena”, assegura Leroy.
Para Wellington Lopes Assis, professor de climatologia e cartografia temática da Uni-BH, alterações dessa natureza acontecem dentro do tempo geológico. “A inclinação do eixo terrestre é de 23 graus e 27 minutos de obliqüidade dentro do plano da eclíptica. O planeta sofre influência gravitacional de grandes astros como Saturno, Júpiter e do próprio Sol. Ciclicamente, essa atração gravitacional altera a própria órbita da terra em torno do Sol e seu eixo de inclinação. São eventos geológicos normais e cíclicos. Não vejo como essa inclinação possa afetar ou ameaçar a vida sobre a Terra”.
Tragédia anunciada - Era julho de 2001, quando veio um alerta de cientistas ingleses e norte-americanos: o vulcão Cumbre Vieja, inativo há 34 anos na ilha La Palma, no arquipélago das Canárias, território espanhol na África, dava sinais de vida. Não há como prever quando ele vai entrar em erupção, mas uma coisa os cientistas sabem: o deslizamento da montanha sobre o mar vai provocar ondas gigantescas que podem chegar a 40 metros de altura, o que equivale a um prédio entre seis e dez andares.
Segundo David Zee, oceanógrafo e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a onda assassina pode arrasar cidades litorâneas em três continentes: litoral da Europa e da África, Flórida, Canadá e norte do Brasil. “Em nosso país, as ondas podem chegar em oito horas ao litoral norte, que fica a 4.500 quilômetros de distância das ilhas Canárias”.
No livro “Hercólubus ou Planeta Vermelho”, escrito em 1926, o vidente colombiano, Joaquín Enrique Amórtegui Valbuena, conhecido como Rabolú, surpreende ao mencionar a energia atômica, em uma época em que ela não era usada, pelo menos como artefato: “Os cientistas ignoram as conseqüências dos testes atômicos, seus ensaios no oceano. A energia atômica contaminou todo o mar e os animais que nele habitam. Há grandes fendas ao longo do mar, profundíssimas, que já estão fazendo contato com o fogo da Terra. O que os cientistas chamam de “El Niño” é exatamente isso: o contato da água com o fogo da Terra. Isso vai gerar terremotos, maremotos, cidades inteiras ficarão arrasadas e começará o afundamento do nosso planeta no oceano”.
Para o astrofísico Peter Leroy, “os testes atômicos realizados no interior da Terra geram efeitos incalculáveis. “Infelizmente, só podemos especular sobre sua magnitude. Não sabemos quantos testes nucleares foram feitos na região da tsunami e nem a potência de cada bomba.Esses são dados secretos”.
Profecias de Edgar Cayce, o "profeta adormecido".
1) Mudança no eixo da Terra a partir de 2000
2) Inundação de diversas regiões costeiras
3) Londres ficará na costa
4) Perda de uma grande parte do Japão
5) Inundação no norte da Europa
6) Desaparecimento da Groenlândia
7) Novas terras aparecerão ao largo da costa da América do Norte
8) Destruição disseminada - Los Angeles, São Francisco e Nova York desaparecerão
9) Ligação por terra da América do Sul com a Antártida
E em meio a esse suceder de desastres ambientais, fica a pergunta sem resposta: pode o homem (leia-se a ciência) evitar as catástrofes anunciadas em prosa, verso, centúrias, psicografias e canalizações?
Impotência - Os videntes são tidos como loucos e visionários. A ciência não lhes dá crédito. Mas são eles que profetizam muitas das catástrofes que estão assolando o planeta. De acordo com o Calendário Maia, em 2005, a ciência vai reconhecer a existência de um novo planeta. Será Hercólubus, que os gnósticos acreditam vai alterar o eixo da Terra? O planeta também conhecido como planeta vermelho, é seis vezes maior que Júpiter. Na Bíblia é citado como “Absinto”. Nostradamus o chama de “O Grande Rei do Terror”.
Os antigos maias o chamam de Estrela Baal e profetizaram que, devido à sua maior proximidade em 2005, vai produzir mudanças eletromagnéticas e uma grande quantidade de fenômenos climáticos, ecológicos, ambientais, biológicos, físicos, químicos e psico-sociais, antes sem uma causa aparente. Vão se observar graves problemas de natureza gravitacional na Terra.
A vidente norte-americana Jeane Dixon previu: “Haverá muitas mudanças geológicas e geográficas, bem como inúmeros terremotos. Onde agora existe água, haverá terra, e onde agora há terra, haverá águas revoltas e violentas, que correrão e destruirão tudo que encontrarem à sua passagem”.
Profecias à parte, o planeta pede socorro. James Loveloc, cientista e autor da teoria de Gaia, conclui que séculos de abuso através da descarga de hidrocarbonetos, desmatamento e poluição do ar vão tornando o planeta um objeto morto, como Marte. “Nossa preocupação deve ser com o ecossistema que mantém a vida aqui mesmo na Terra. Caso contrário, seremos nós os causadores do armagedon”, conclui.
Alteração do eixo da Terra
Eixo alterado – Uma das conseqüências física da tsunami no sudeste da Ásia foi uma pequena alteração na inclinação do eixo da Terra. A constatação veio dos pesquisadores do Centro de Geodesia Espacial da Agência Espacial Italiana, respaldados nos dados mundiais telemétricos enviados por laser aos satélites.
Os cientistas calculam que a alteração foi de cerca de dois milésimos de segundo, o que corresponde a cinco ou seus centímetros em linha reta. A medição foi feita na direção do epicentro do terremoto. Nas primeiras análises, não se detectou nenhum efeito na direção do meridiano de Greenwich, explicaram fontes do centro espacial.
Os cientistas consideram que a variação é muito pequena, por isso não terá repercussões sobre o clima. Richard Gross, geofísico do Laboratório de Jato-Propulsão da Nasa, na Califórnia, avaliou que uma movimentação de massa em direção ao interior da Terra durante o terremoto fez o planeta girar três microsegundos, ou um milionésimo de segundo, mais rápido e se inclinar 2,5 cm em relação a seu eixo. “Quando uma grande placa tectônica sob o Oceano Índico foi forçada para baixo de outra fez com que a Terra mais compacta girasse mais rápido", disse Gross.
“Há muito tempo cientistas criam teorias sobre o fato de que mudanças na superfície da Terra poderia afetar sua rotação, mas nunca tiveram meios precisos para provar isso”, acrescentou o sismólogo da Caltech, Hiroo Kanamori.
Segundo Peter Leroy, professor de astrofísica da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, a inclinação do eixo terrestre não traz conseqüências para o planeta ou a humanidade. “Mudanças na rotação da terra sempre ocorrem. Existem variações
periódicas (causadas por ventos e marés); irregulares (causadas por mudanças aleatórias acumuladas, como essa causada pela tsunami); seculares (causadas pela atração da Lua) que já somam mais de três horas em mais de 2.000 anos.
O astrofísico ressalta que o pólo varia regularmente devido à precessão, em um período de aproximadamente 26 mil anos. Com isso, o deslocamento espacial do eixo chega a mais de 15 metros. “A variação causada pelo maremoto é muito pequena”, assegura Leroy.
Para Wellington Lopes Assis, professor de climatologia e cartografia temática da Uni-BH, alterações dessa natureza acontecem dentro do tempo geológico. “A inclinação do eixo terrestre é de 23 graus e 27 minutos de obliqüidade dentro do plano da eclíptica. O planeta sofre influência gravitacional de grandes astros como Saturno, Júpiter e do próprio Sol. Ciclicamente, essa atração gravitacional altera a própria órbita da terra em torno do Sol e seu eixo de inclinação. São eventos geológicos normais e cíclicos. Não vejo como essa inclinação possa afetar ou ameaçar a vida sobre a Terra”.
Tragédia anunciada - Era julho de 2001, quando veio um alerta de cientistas ingleses e norte-americanos: o vulcão Cumbre Vieja, inativo há 34 anos na ilha La Palma, no arquipélago das Canárias, território espanhol na África, dava sinais de vida. Não há como prever quando ele vai entrar em erupção, mas uma coisa os cientistas sabem: o deslizamento da montanha sobre o mar vai provocar ondas gigantescas que podem chegar a 40 metros de altura, o que equivale a um prédio entre seis e dez andares.
Segundo David Zee, oceanógrafo e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a onda assassina pode arrasar cidades litorâneas em três continentes: litoral da Europa e da África, Flórida, Canadá e norte do Brasil. “Em nosso país, as ondas podem chegar em oito horas ao litoral norte, que fica a 4.500 quilômetros de distância das ilhas Canárias”.
No livro “Hercólubus ou Planeta Vermelho”, escrito em 1926, o vidente colombiano, Joaquín Enrique Amórtegui Valbuena, conhecido como Rabolú, surpreende ao mencionar a energia atômica, em uma época em que ela não era usada, pelo menos como artefato: “Os cientistas ignoram as conseqüências dos testes atômicos, seus ensaios no oceano. A energia atômica contaminou todo o mar e os animais que nele habitam. Há grandes fendas ao longo do mar, profundíssimas, que já estão fazendo contato com o fogo da Terra. O que os cientistas chamam de “El Niño” é exatamente isso: o contato da água com o fogo da Terra. Isso vai gerar terremotos, maremotos, cidades inteiras ficarão arrasadas e começará o afundamento do nosso planeta no oceano”.
Para o astrofísico Peter Leroy, “os testes atômicos realizados no interior da Terra geram efeitos incalculáveis. “Infelizmente, só podemos especular sobre sua magnitude. Não sabemos quantos testes nucleares foram feitos na região da tsunami e nem a potência de cada bomba.Esses são dados secretos”.
Profecias de Edgar Cayce, o "profeta adormecido".
1) Mudança no eixo da Terra a partir de 2000
2) Inundação de diversas regiões costeiras
3) Londres ficará na costa
4) Perda de uma grande parte do Japão
5) Inundação no norte da Europa
6) Desaparecimento da Groenlândia
7) Novas terras aparecerão ao largo da costa da América do Norte
8) Destruição disseminada - Los Angeles, São Francisco e Nova York desaparecerão
9) Ligação por terra da América do Sul com a Antártida
D'KLAWNS GRUPO
As teorias alternativas
Para muitos, o conhecimento obtido a partir dos estudos arqueológicos das pirâmides sobreviventes não parece ser convincente e inúmeras teorias mais criativas foram sugeridas ao longo dos anos. As variações destas teorias são tantas que apenas alguns exemplos mais representativos serão abordados neste artigo.
Estas teorias, em geral, baseiam-se na idéia de que os verdadeiros construtores das pirâmides foram extraterrestres ou membros de civilizações perdidas (como Atlântida). As justificativas empregadas pelos defensores destas teorias, dos quais os mais famosos são Erich Von Daniken e Zecharia Sitchin, incluem uma suposta impossibilidade de se construir aquelas estruturas com a tecnologia egípcia da época e a suposta existência de relações misteriosas entre as dimensões da Grande Pirâmide e constantes físicas ou matemáticas desconhecidas pelos egípicios.
As seções anteriores deste artigo abordaram como os egípcios poderiam construir as pirâmides com sua tecnologia simples. É difícil fazer o mesmo com as teorias extraterrestres, já que estas não fornecem muitas informações a respeito das técnicas de construção que teriam sido utilizadas pelos alienígenas. Escavações arqueológicas encontraram inúmeras gravuras dos egípcios usando suas ferramentas primitivas, bem como restos destas ferramentas, mas não se pode dizer o mesmo das "ferramentas" alienígenas. Se extraterrestres estiveram na Terra construindo as pirâmides, eles fizeram um bom trabalho de esconder seus rastros.
As teorias de Von Daniken, Sitchin e outros baseam-se principalmente em interpretações discutíveis de mitos antigos e não são levadas a sério pelos arqueólogos. Von Daniken acredita que a Terra tenha sido visitada regularmente por alienígenas, que seriam os deuses mencionados nos mitos e lendas de várias civilizações antigas ("Chariots of Gods: Unsolved Mysteries of the Past", disponível em português como "Eram os deuses astronautas"?). Sitchin defende uma teoria de que a raça humana (Homo sapiens) teria sido criada por engenharia genética através da combinação do DNA do Homo erectus com o DNA de uma raça alienígena habitante de um planeta ainda não descoberto no Sistema Solar. Esta raça teria criado o homem para trabalhar como escravo na mineração de ouro na Terra, eventualmente abandonando nosso planeta e deixando nossa raça para trás ("The Twelfth Planet"). As teorias egípcias destes autores podem ser encontradas em seus livros "The Eyes of the Sphinx: The Newest Evidence of Extraterrestrial Contact in Ancient Egypt", de Von Daniken e "The Stairway to Heaven (Earth Chronicles No. 2)" (disponível em português como "A escada para o céu"), de Sitchin.
Outro nome de destaque neste campo é o de Edgar Cayce, que sustentava a teoria de que as pirâmides haviam sido construídas pelos habitantes de Atlântida. Segundo Cayce, os "atlanteanos" teriam migrado para o Egito por volta de 10.000 a.C., levando com eles as crônicas dos 40.000 anos de história de sua civilização. Estas crônicas estariam guardadas em uma pirâmide subterrânea ainda não descoberta, perto da Esfinge. As teorias de Cayce podem ser encontradas em um livro escrito por seu filho, "Mysteries of Atlantis Revisited".
A localização e as dimensões da Grande Pirâmide são outra fonte de especulações. Robert Bauval, autor de "The Orion Mystery: Unlocking the Secrets of the Pyramids" sustenta a teoria de que as três pirâmides de Gizé foram construídas de forma a reproduzir a posição relativa das três estrelas do chamado cinturão de Órion, uma constelação que teria importância religiosa para os egípcios. Além disso, a posição das pirâmides em relação ao rio Nilo seria uma reprodução da posição daquelas estrelas em relação à Via Láctea. Mas o próprio Bauval percebeu que, devido à mudança das posições das estrelas no céu com o passar dos séculos, esta coincidência com o cinturão de Orion não existia na época da construção das pirâmides, mas sim por volta de 10.500 a.C. (8.000 antes delas serem construídas). A conclusão de Bauval: as pirâmides de Gizé foram planejadas oito mil anos antes de serem construídas! Neste caso, mais surpreendente que a capacidade dos egípcios de construir as pirâmides seria sua capacidade de arquivar seus projetos... Bauval prossegue então para várias conclusões a respeito de relações culturais entre Órion e deuses gregos, apesar de as e strelas em questão só terem sido grupadas no que chamamos de constelação de Órion pelos gregos, dois mil anos depois. Uma teoria mais simples para a posição relativa das pirâmides é apresentada por Derek Hitchins, que chama a atenção para o fato de que as pirâmides estão perfeitamente alinhadas, se ao invés de considerarmos suas diagonais, considerarmos os seus cantos. Segundo Hitchins, a localização das pirâmides estaria na verdade relacionada com sua visibilidade a partir do rio Nilo, por onde viajantes chegariam à região.
As dimensões da Grande Pirâmide fornecem especulações igualmente fracas. Uma boa análise destas teorias pode ser encontrada no livro "Fads and Fallacies in the Name of Science", de Martin Gardner. Dois tipos de teorias podem ser encontradas. O primeiro relaciona dimensões da pirâmide com distâncias astronômicas (distância da Terra ao Sol, diâmetro da Terra, etc) que seriam desconhecidas pelos egípcios. Estas distâncias teriam sido inseridas propositalmente no projeto pelos construtores reais das pirâmides. Mas como Gardner explica, qualquer estrutura complexa como a Grande Pirâmide fornece uma quantidade tão grande de medidas que, com um pouco de paciência, é sempre possível encontrar estas coincidências. Além disso, as medidas originais da Grande Pirâmide não são conhecidas com exatidão, bem como as unidades de medida usadas pelos egípcios, e diferentes pesquisadores apresentam diferentes valores. E os dados científicos aos quais elas são comparadas também fornecem múltiplas oportunidades. Por exemplo, a distância da Terra ao Sol não é constante, então podemos usar o menor valor, o maior valor, a média, o valor em uma determinada data simbólica, etc. Um exemplo bem humorado de como isto ser feito pode ser encontrado no site Humor na Ciência.
Outro tipo de coincidência encontrada nas dimensões da Grande Pirâmide refere-se a constantes matemáticas como pi e a razão áurea. Mas mais uma vez, isto não é surpresa. Jim Loy mostra como estas constantes podem ser encontradas em praticamente qualquer pirâmide, com uma razoável exatidão. Por exemplo, em uma pirâmide que tenha a razão entre sua altura e a largura da base igual a 0,6 a razão entre sua altura e a diagonal da base será um quarto da razão áurea (e a razão entre a altura e a largura da base de uma de suas faces triangulares é igual a pi/4). No caso da Grande Pirâmide, que tem uma razão altura/largura da base igual a 0,636, o inverso desta razão é igual a pi/2.
ORDO FRATERNIS DKLAWNS
ESPERIMENTO FILADELFIA
A história de Bielek não tem esta falha já que a data dele está antes do navio ser comissionando, significando que a experiência poderia ter sido realizada com uma tripulação apenas para o experimento. De acordo com Bielek, aqueles da tripulação que sobreviveram à experiência foram levados a instituições de tratamento psiquiátrico do exército, tanto porque precisavam quanto para assegurar seu silêncio. Para Bielek, isto explica também a falta de outras testemunhas. Um pensamento realmente cético seria que Bielek foi mais cuidadoso ao preparar sua história, em todo caso ele teve a vantagem de ser o segundo, depois de Allen.
O navio da experiência
Uma observação muito lógica seria a de que foi dedicada muita atenção à identidade do navio e isso é verdade. As razões principais para isso são:
- identificar o navio realmente poderia fornecer um rastro de evidência
- não há nenhum outro dado sólido para lidar com (ou para especular sobre)
Desde 1979, quando o livro de Moore & Berlitz revelou a identidade do navio, um debate começou sobre o Eldridge, "onde o navio estava no dia 12 de agosto, ou 28 de outubro?", "o navio foi entregue à Marinha grega?", "Leon ou Aetos é o Eldridge?", etc. É realmente tão importante? Vamos considerar os pontos seguintes:
Por que a Marinha, para conduzir uma experiência bastante "exótica" e potencialmente perigosa, escolheu um destróier de operações anti-submarino novo em folha, e não um navio antigo da Marinha ou da guarda costeira, ou qualquer outro navio menos útil? É impossível acreditar que a Marinha considerava que uma experiência para tornar um navio física e/ou eletronicamente invisível seria completamente segura.
Até mesmo se fosse decidido realizar uma experiência ultra-secreta em vista do público, usando um navio novo em folha, quão difícil seria confundir os observadores sobre a identidade real do navio forjando os números de registro? Algo assim seria razoável o bastante para manter secreta a identidade do navio "invisível". Trocar números de registro em navios era e ainda é uma prática comum para confundir a inteligência inimiga relativa ao arranjo, condição e movimento de unidades. Deve ser notado que havia aproximadamente 70 destróieres escolta da classe Cannon, idênticos ao Eldridge e um número igual da classe Evarts, quase idênticos.
Se a experiência realmente tivesse lugar e o USS Eldridge fosse usado, por que deveria ser dado a outro país, até mesmo aliado, alguns anos depois? Se o navio não tivesse nenhum valor científico a coisa mais razoável a fazer seria usá-lo como um alvo para exercícios de treinamento de tiro. Muitos dos navios da classe Cannon terminaram desse modo. Adicionalmente, este seria um modo muito melhor para obscurecer o rastro de evidência que a doação para outro país, mesmo um tão remoto quanto a Grécia. Se o navio ainda fosse necessário por razões científicas (por exemplo, para estudar efeitos de longo termo em ligas) seria bem mais razoável manter o navio nos EUA, na Frota Reserva (alguns dos destróieres Cannon sobreviveram até o começo dos anos 70) ou como um monumento em um porto da costa Atlântica. Em todo caso a coisa mais razoável a fazer seria entregar à Marinha grega outro navio, supostamente o Eldridge, enquanto ao mesmo tempo o Eldridge permaneceria nos EUA sob a identidade de outro navio.
Muita especulação foi baseada no fato de que as páginas do diário de bordo relativas ao período crucial estão faltando no Leon. Mesmo que a experiência acontecesse a bordo do USS Eldridge e o navio fosse entregue então à Marinha grega tornando-se o Leon, quão difícil seria forjar um diário? É verdade que o diário de bordo de um navio é algo sagrado a marinheiros, mas quando se relaciona a um dos esforços científicos mais importantes da raça humana, talvez comparável apenas ao uso do fogo, então até mesmo essa regra poderia ser ou pelo menos seria violada.
Parece que mesmo se o experimento realmente ocorreu, o navio que esteve envolvido nunca serviu na Marinha grega. Com relação às histórias e lendas que acompanham o Leon ou o Aetos, é um segredo comum que os marinheiros desde Ulisses são talvez os melhores contadores de histórias. Isto nem sempre é intencional e aqueles que serviram como tripulantes de um navio podem entender facilmente.
As teorias científicas
Normalmente, a maioria dos artigos relativos ao Experimento Filadélfia incluem análise bastante detalhada da Teoria Unificada de Campos, eletromagnetismo, testes práticos de como dobrar a luz é possível, a natureza dimensional de tempo e propriedades. Mas o ponto não é se é cientificamente possível alcançar invisibilidade ou viagem no tempo, pelo menos não nos artigos que investigam o experimento. É claro, examinar essas teorias é da maior importância para a humanidade. Mas a lenda da experiência não foi construída no argumento de se é possível ou não, é a questão de se realmente aconteceu ou não. Em todo caso tanto Allen quanto Bielek alegam que não teve êxito, ou pelo menos que saiu de controle. A falta de uma base científica e/ou de capacidade técnica não prova necessariamente que as histórias de Allen ou Bielek não são verdadeiras, e vice-versa.
Invisibilidade eletrônica é uma questão de grande interesse a todas as forças armadas. Hoje há aeronaves e navios que têm tais capacidades derivando de forma e materiais usados para minimizar retornos de sinais (invisibilidade passiva, aviões invisíveis), ou uma combinação de invisibilidade passiva e controle de emissões.
Pesquisa e experimentos durante a Segunda Guerra
Infelizmente, desde o princípio da história humana, conflitos e aplicações militares em geral são algumas das fontes principais de avanços científicos e tecnológicos. O período de tensão durante uma guerra intensifica a pesquisa e acelera o avanço tecnológico, enquanto os lados opostos buscam modos de ganhar superioridade no campo de batalha.
A Segunda Guerra Mundial levou a vários avanços tecnológicos, embora muitos deles possam ser considerados de necessidade questionável. Exemplos destes avanços ou aplicações são as evoluções na produção de borracha sintética, aeronaves a jato, evolução do radar, métodos novos de produção industrial para aumentar a produtividade e atingir níveis altos de padronização e, é claro, o uso da força nuclear.
A maioria destas evoluções ou inovações foram resultado de projetos de médio ou alto sigilo, por razões óbvias. No topo desses projetos está o projeto Manhattan, pesquisando e testando a bomba atômica. Deve ser tomado como certo que havia um número significante de projetos que não produziram os resultados esperados ou pelo menos aplicáveis, e assim não se tornaram amplamente conhecidos. Alguns deles podem ter lidado com questões científicas que ainda são bastante obscuras. Em janeiro de 1951 o navio foi entregue à Marinha grega como parte do programa de ajuda militar, junto com três outros destróieres Cannon. Estes quatro navios ficaram conhecidos na Marinha grega como as "quatro bestas" por causa dos nomes que receberam: Aetos (Águia), Ierax (Falcão), Panthir (Pantera) e Leon (Leão). Dois destes navios se tornariam bem conhecidos nos anos seguintes. Aetos "estrelou" em alguns filmes ("Os Canhões de Navarone" entre eles) e Leon, D-54, como o ex DE-173 Eldridge, ou o navio do Experimento Filadélfia.
Muitos investigadores citam oficiais e marinheiros que serviram a bordo do Leon a respeito de situações estranhas. Foram feitos relatos sobre instalação elétrica que não devia estar onde está, começando de lugar algum e levando a nenhuma parte. Outros alegam que há compartimentos do navio que parecem ter sido lacrados. E muitos também dizem que os marinheiros normalmente tiveram calafrios, sentindo algo estranho no navio. Também foi dito que as páginas do diário de bordo que correspondem ao período de tempo crucial estão faltando.
Outros relatos se referem a problemas de radar e comunicação de outro navio Cannon, o navio irmão do Leon, o Aetos. Eles contam sobre o Aetos ter desaparecido do radar durante exercícios da Frota grega e às vezes apresentando problemas sérios de comunicação sem qualquer razão aparente. Assim há uma teoria de que durante a entrega dos navios para a Marinha grega houve uma "troca" dos navios para obscurecer os rastros do Eldridge.
O Leon serviu na Marinha grega até 1991, quando foi decomissionado e transferido para a Base Naval de Amfiali. O navio foi descartado para o ferro velho durante a segunda metade dos anos 90. O Aetos também foi decomissionado em 1991 e doado pelo governo grego à Associação de Marinheiros de Destróier Escolta. O navio foi levado por um rebocador russo para N York, e chegou ao museu Intrepid no dia 23 de agosto de 1993. Permaneceu lá até 1994 e foi restaurado à sua configuração de 1944. O navio foi recomissionado no dia 30 de abril de 1994 sob seu nome original, USS Slater DE-766. Em 1997 o navio viajou até Albany, NY, onde ancorou permanentemente como um museu náutico. O navio não é possuído pela Marinha de EUA, mas sim pela Associação de Marinheiros de Destróier Escolta e é listado no Registro de Lugares Históricos Nacional e do estado de Nova Iorque. Para o registro, o navio foi inicialmente comissionado no dia 1º de maio de 1944.
TEORIAS
Há duas teorias básicas relativas ao Experimento Filadélfia.
A primeira, apoiada por aqueles que sustentam o "evento misterioso", aceita que uma experiência altamente classificada aconteceu, objetivando aplicar as teorias de Einstein e Tesla para obscurecer visual e eletronicamente um destróier dos EUA. A maioria das pessoas acredita que a experiência teve efeitos trágicos na tripulação do navio e produziu fatos científicos que eram altamente inesperados e talvez até mesmo tenha criado uma anomalia do espaço-tempo.
A segunda teoria, a dos céticos e da Marinha dos EUA também, é a de que nada descrito acima aconteceu. Allen confundiu conversas que ouviu e tratavam do degaussiamento [degaussing] de navios para protegê-los contra minas e torpedos magnéticos (torná-los "invisíveis" a dispositivos ativados por magnetismo). Talvez Allen também tenha interpretado mal, intencionalmente ou não, outros dispositivos experimentais, mas não exóticos, que estavam na ocasião montados em navios, como parafusos de novos tipos, novos sonares, etc.
Na realidade o procedimento de degaussiamento, falando tecnicamente, se assemelha muito às descrições de Allen. É alcançado por um campo eletromagnético criado por fios correndo ao longo do corpo principal do navio.
PONTOS PRINCIPAIS
Tendo recitado os eventos históricos e as duas teorias principais, está na hora de um exame detalhado desta história que, inacreditável como possa parecer, se tornou um dos mitos do século 20.
Testemunhas e evidência
Os dois homens que se supõe sejam as testemunhas principais, Allen e Bielek, não se ajustam exatamente na descrição de uma testemunha confiável. Especialmente Bielek, que de fato recita o roteiro de um filme, o mesmo filme que ativou sua memória perdida há tanto tempo. A única razão pela qual ele é considerado como uma testemunha por muitos investigadores parece ser seu conhecimento detalhado de questões científicas e técnicas relativas ao eletromagnetismo, Teoria Unificada de Campos e suas possíveis aplicações. Em todo caso ele não ofereceu sequer uma única resposta ou prova convincente, algo que simplesmente o torna uma "não testemunha" a qualquer investigador sério. O mesmo se aplica a outras "testemunhas", como alguém chamado Dune que insiste que a experiência era, desde o princípio, uma experiência de viagem no tempo. Dune surgiu de lugar algum nos anos 90 e começou a vender suas "experiências" na forma de livros, conferências e fitas de vídeo.
O caso de Allen parece ser diferente. Ele sempre foi rodeado por mistério, até mesmo em sua vida pessoal. Contudo, se examinarmos sua história, a maioria das coisas que ele diz não são situações que ele realmente testemunhou ou teve um envolvimento pessoal, mas principalmente histórias que ele ouviu e leu.
Para começar, foi confirmado que ele de fato serviu a bordo do USS Andrew Furuseth durante o período ao qual ele se refere. A única coisa que ele realmente alega que viu foi o navio cercado por uma névoa esverdeada durante alguns minutos em Norfolk. Ele nunca viu as preparações para a experiência, o navio desaparecendo da Filadélfia, o retorno do navio para a Filadélfia, o desaparecimento do marinheiro em um bar ou em qualquer outro lugar. Tudo isso é testemunho indireto, coisas que ele leu nos jornais ou ouviu em histórias, como ele mesmo diz. Por exemplo, ele se refere a um jornal da Filadélfia que tinha publicado um artigo relativo ao desaparecimento de um navio no estaleiro durante uma experiência da Marinha, contudo ele não pôde recordar qual jornal e em que data. O artigo nunca foi encontrado ou lido por qualquer outra pessoa.
Assim, parece que não há nenhuma testemunha confiável ou evidência positiva relativa ao Experimento Filadélfia. Talvez este artigo pudesse terminar aqui mesmo. Mas, pela objetividade, vamos seguir e examinar alguns outros aspectos importantes da história.
O período de tempo
Allen e Bielek não conseguem concordar em uma coisa muito importante: a data em que a experiência aconteceu. Suas histórias dão duas datas diferentes com uma diferença de dois meses. Se nós assumirmos que a experiência realmente aconteceu e a data apresentada por Allen é acurada, então a experiência aconteceu depois do comissionamento oficial do navio. Isso significa que mais de 50 anos depois alguém da tripulação teria falado sobre o experimento (isto também inclui o caso de que a tripulação fosse levada para longe do navio). Pelo contrário, as pessoas que serviram a bordo do Eldridge se divertiram muito durante seu reencontro em 1999, e pareceram se divertir bastante com a fama de seu antigo navio.
Assim, uma experiência relativa a aplicações práticas do eletromagnetismo, ou da Teoria Unificada de Campos, para atingir invisibilidade física ou eletrônica de aeronaves, navios ou veículos de terra não deveria ser considerada como algo totalmente impossível de ter acontecido. Mas tal experimento teve lugar na Filadélfia envolvendo um destróier de escolta?
Por que tal experiência importante ocorreu na Base Naval da Filadélfia e não em outro lugar menos óbvio? Portos e bases como os em Nova Iorque, Filadélfia e Norfolk eram alguns dos pontos de observação favoritos para agentes alemães. Os agentes Abwehr costumavam escrever relatórios sobre a partida de comboios baseados nestas observações, que eles transmitiam ao seu comando.
Teorias de conspiração
A Marinha dos EUA negou oficialmente a existência de qualquer projeto de pesquisa relevante durante a Segunda Guerra. Em resumo, de acordo com a Marinha o experimento nunca aconteceu. Um ponto chave na história é o chamado de Jessup pelo ONR e a edição da Varo que se seguiu. A maioria dos investigadores nota este fato como muito intrigante e eles estão justificados nisto. Em 1956 a Marinha mostrou um interesse nas anotações incluídas no livro de Jessup e muitas delas se referiam ao Experimento Filadélfia. Oficialmente, tanto o interesse quanto a edição da Varo foram o resultado de um interesse e iniciativa privados por certos funcionários do ONR.
Parece que o interesse do ONR e a edição da Varo foram os eventos que de fato criaram a lenda do Experimento Filadélfia. Estes eventos criaram um sentimento de que a Marinha talvez tivesse algo a esconder.
CONCLUSÕES
A lenda do Experimento Filadélfia está baseada em uma história totalmente inacreditável e insubstanciada (Allen), um interesse verdadeiramente estranho e talvez suspeito pelo ONR (edição da Varo), uma tragédia pessoal (o suicídio de Jessup) e um truque de marketing (a identificação do navio). Falando em termos jurídicos, não há nenhuma evidência positiva ou qualquer prova sólida para dar credibilidade à história de Allen e sua apresentação no livro que é considerado o melhor no assunto (Moore & Berlitz). Há apenas uma evidência circunstancial, o interesse do ONR. E tudo isso depois de 45 anos de pesquisa e teorias.
Baseado em lógica simples pode-se assumir que a história do Experimento Filadélfia como é conhecida não é verdadeira. Provavelmente é o resultado de Allen ter entendido mal coisas que viu ou ouviu em combinação com uma imaginação vívida e criativa. Adicionalmente, a reprodução da história em todos estes anos por investigadores às vezes de boas intenções e outras vezes motivados por dinheiro e fama, amplificou o que realmente não deveria ser nada além de um bom roteiro de filme.
O único modo de provar que o experimento realmente ocorreu é a Marinha e o governo do EUA admitirem tal. Entretanto, isso também significaria que tudo o que foi dito e apoiado até hoje seriam mentiras.
Por outro lado sempre haverá aqueles que até mesmo sem uma única prova, mas apenas sobre evidência circunstancial, continuarão acreditando que em 1943, na Base Naval da Filadélfia, uma experiência misteriosa aconteceu, uma experiência cujos resultados questionam nossa visão cotidiana do mundo.
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Referências e links
Allen C., The letters to M. Jessup, (1956)
Bempos T., The Philadelphia Experiment, FLIGHT magazine vol 41 July-August 1986
Berlitz C., Without a trace, (1977)
Berlitz C.- Moore W., The Philadelphia Experiment, (1979)
Commander X, Philadelphia Experiment Chronicles, (1994)
Department of the Navy, Philadelphia Experiment the official statement, (2000)
Department of the Navy, Office of Naval Research, Philadelphia Experiment information sheet, (1996)
Department of the Navy, Online library of selected images
Greek Navy Old ships,
Goerman R., The mystery man behind the Philadelphia Experiment, (1980)
Guthrie J., An interview with Al Bielek
Pantoulas G., The current whereabouts of the USS Eldridge, (1996)
Turell S., Anatomy of a hoax the rebuttal, (1997)
Shelton M.Quest for truth: The Philadelphia Experiment,
Steiger B., Philadelphia Experiment and other UFO conspiracies, (1990)
Valee J., Anatomy of a hoax, (1993)
Unknown, A twisted tale: The Philadelphia Experiment
OS EVANGELHOS GNÓSTICOS
FOX ALLAN D'ARCK
(Membro da Sociedade D'KLAWNS Ba
Este artigo foi reestruturado pelo menbro Fox allan do grupo D'klawns
A descoberta
Em dezembro de l.945 um camponês árabe fez uma descoberta arqueológica espantosa em Nag Hammadi, vilarejo do Alto Egito a 500 km do Cairo: um pote de cerâmica de quase 1 metro de altura que continha 13 papiros encadernados em couro!
Foi o início de uma história dramática e policialesca que terminou com 10 destes livros - posteriormente chamados códices - confiscados pelo governo egípcio e depositados no museu copta do Cairo; os demais códices foram contrabandeados para fora do Egito, finalmente caindo nas mãos de estudiosos de várias linhas filosóficas e religiosas.
Hoje encontram-se todos traduzidos, permanecendo o centro da atenção dos historiadores para uma nova interpretação da história.
A língua e as datas
Os papiros estavam escritos em copta, que é uma língua camito-semítica do sec. III DC., com características gregas, e que hoje é usada apenas como língua litúrgica; eram traduções de originais escritos em grego ( a língua do Novo Testamento), entre os anos 400 a 500 D.C.
E quanto às datas dos textos originais, os estudiosos divergem: alguns não poderiam ser posteriores a 120 ou 150 DC, pois Irineu, o bispo ortodoxo de Lyon, escrevendo por volta de 180 DC, declarou que "os hereges dizem possuir mais evangelhos do que realmente existem ", e lastima que nessa época esses escritos tivessem atingido grande circulação - da Gália até Roma, e da Grécia até a Ásia Menor !
O pesquisador Quispel e seus colaboradores sugerem que os originais sejam datados por volta do ano 140 DC; um alemão, prof. Helmut Koester, de Harvard, sugeriu que uma das coletâneas, a do Evangelho de Tomé, talvez inclua algumas tradições ainda mais antigas que os evangelhos do novo testamento, contemporâneas ou anteriores a Marcos, Mateus, Lucas e João (escritos por volta de 50 a 100 DC).
O assunto dos textos
Um dos mais eminentes pesquisadores foi o professor Gilles Quispel, um historiador da religião em Utrech, Holanda. Ao examinar a primeira linha de um texto ficou estupefato e incrédulo com o que leu: "Essas são as palavras secretas que Jesus, o Vivo, proferiu, e que o seu gêmeo Judas Tomé, anotou " - O texto continha O Evangelho Segundo Tomé, que ao contrário do Novo Testamento, se apresentava como "secreto".
Quispel viu que o texto continha muitos ensinamentos presentes também no Novo Testamento; mas esses mesmos dizeres, colocados em contextos pouco familiares, sugeriam outras dimensões de significados!
Verificou, ainda, que algumas passagens diferiam totalmente de qualquer tradição cristã conhecida: Jesus, o Vivo, por exemplo, fala de maneira tão intensa e enigmática quanto os Koans Zen. Jesus disse: "Se manifestarem aquilo que têm em si, isso que manifestarem os salvará. Se não manifestarem o que têm em si, isso que não manifestarem os destruirá". O que Quispel tinha em mãos era apenas um dos 52 textos descobertos em Nag Hammadi.
Encadernado no mesmo volume do Evangelho de Tomé estava o Evangelho de Filipe. Em outro volume encontraram-se ensinamentos criticando crenças cristãs bastante comuns, como a concepção imaculada - ou a ressurreição corporal, considerando-as ingenuamente equivocadas!
Boa parte da literatura encontrada em Nag Hammadi é nitidamente cristã . Certos textos, contudo , mostram pouca ou nenhuma influência cristã; alguns provêm de fontes ditas pagãs, e outros fazem uso extenso de tradições judaicas.
Os Textos
LISTA DOS TEXTOS ELABORADA PELO PROJETO CANADENSE DA BIBLIOTECA COPTA DE
NAG HAMMADI
Prece do Apóstolo Paulo Fragmento de A Republica
Epístola Apócrifa de Tiago Octoade e Eneade
Evangelho da Verdade Prece de Ação de Graças
Tratado sobre a Ressurreição Asclépio
Tratado Tripartite Paráfrase de Sem
Apócrifo de João Segundo Tratado do Grande Set
Evangelho de Tomé Apocalipse de Pedro
Evangelho de Filipe Ensinamento de Silvano
Hipóstase dos Arcontes As Três Estelas de Set
Escrito sem título Zostriano
Exegese da Alma Epístola de Pedro a Filipe
Livro de Tomé, O Atleta Melquisedec
Apócrifo de João Noréia
Evangelho dos Egípcios Testemunho de Verdade
Eugnosto, o Bem-aventurado Marsano
Sabedoria de Jesus Cristo Interpretação da Gnose
Diálogo do Salvador Exposição Valentiniana
Evangelho dos Egípcios Batismo A
Eugnosto, o Bem-aventurado Batismo B
Apocalipse de Paulo Eucaristia A
1o- Apocalipse de Tiago Eucaristia B
2o- Apocalipse de Tiago Alógeno
Apocalipse de Adão Hypsiphrone
Atos de Pedro e dos 12 Apóstolos Sentenças de Sexto
Bronté ou Trovão Evangelho da Verdade
Authentikos Logos Protenóia Trimorfe
Conceito de Nossa Grande Força Escrito sem título
Agrupamento de assuntos:
Coletânea das palavras de Jesus/diálogos com seus discípulos:
• Evangelho de Tomé
• Diálogo do Salvador
• Epístola de Pedro a Filipe
Relatos apócrifos sobre Jesus e seus discípulos:
• Epístola Apócrifa de Tiago
• Evangelho de Maria
Apocalípses:
• Adão
• Pedro
• Paulo
• Tiago
Tratados sobre as origens do mundo visível/invisível:
• Tratado Tripartite
• Apócrifo de João
• Origem do mundo
Tratados filosóficos sobre a alma/destino humano:
• Exegese da Alma
• Marsano
• Zostriano
Tratado Hermético:
• As Três Estelas de Set
Coletânea de sentenças de sabedoria (tipo monástico):
• Sentenças de Sexto
• Ensinamentos de SilvanoGnosticismo
Hipólito, um cristão de Roma, escrevendo em grego por volta do ano 225, ouvira falar dos brâmanes indianos - e inclui a tradição destes entre as fontes de heresia: "Há, entre os indianos, a heresia daqueles que filosofam entre os brâmanes - que vivem uma vida auto-suficiente abstendo-se de ingerir criaturas vivas e todo alimento cozido. Eles afirmam que Deus é luz, não como a luz que se vê, nem como o sol ou o fogo. E para eles Deus é discurso; não o discurso que se expressa em sons distintos e inteligíveis, mas o do conhecimento (gnose) através do qual os mistérios secretos da natureza são apreendidos pelos sábios"! Já Edward Conze, o estudioso britânico do budismo, sugere que "os budistas mantiveram contato com os cristãos tomistas (i.é., cristãos que conheciam e usavam escritos como o Evangelho de Tomé) no sul da Índia!". As rotas comerciais entre o mundo greco-romano e o extremo oriente estavam sendo abertas na época em que o gnosticismo floresceu (entre os anos 80 e 200 DC); missionários budistas vinham pregando em Alexandria já há gerações!. O estudioso do Novo Testamento, Wilhelm Bousset, remontou a origem do Gnosticismo às antigas tradições babilônicas e persas, declarando que "o gnosticismo é antes de tudo um movimento pré-cristão cujas raízes estão em si mesmo. Deve, portanto, ser compreendido... em seus próprios termos, e não como uma ramificação ou sub-produto da religião cristã"! O filólogo Richard Reitzenstein concordou com este ponto, mas argumentou que o gnosticismo proveio da antiga religião iraniana, e que foi influenciado por antigas tradições do zoroastrismo. Os atuais estudiosos e pesquisadores acima citados não fizerem mais do que corroborar o que HPB já revelara no final do século passado. Já havia um certo conhecimento sobre o gnosticismo em sua época, além da literatura católica que anatematizava os gnósticos, de alguns textos originais em grego descobertos em outras regiões: o próprio Evangelho de Tomé (descoberto em meados de 1895); e a Pistis Sophia, descoberto em meados do sec. 18), contendo muitas páginas onde o próprio Jesus instruía seus discípulos sobre a reencarnação, ensinamento comum nos primeiros tempos do cristianismo primitivo. Helena P. Blavatsky escreveu vários artigos sobre "O Caráter Esotérico dos Evangelhos" destacando sempre que Jesus ensinava aos seus discípulos uma doutrina esotérica: "A vós vos foi dado o mistério do Reino de Deus; aos de fora, porém, tudo acontece em parábolas" (Marcos 4:11). Em Isis sem Véu, HPB menciona que no Evangelho de João e nos atos de São Paulo, o Novo Testamento apresenta um grande número de expressões gnósticas, como admitem os eruditos hoje.
George R.S. Mead, secretário particular de HPB entre os anos de 1887 a 1891, recebeu dela a incumbência de que "se dedicasse ao estudo e à pesquisa na área do Gnosticismo" (o que ele realizou com brilhantismo). Em um de seus trabalhos, O Hino de Jesus - Um Rito Gnóstico, encontramos o que segue: "Como está atualmente provado, e fora de qualquer dúvida, que a Gnosis é pré-cristã , estamos então tratando com uma gnosis cristianizada que existia demonstradamente no tempo de Paulo e que este encontrou já existindo nas igrejas". Sem dúvida, a gnosis era pré-cristã no sentido de que já existia no sec. I AC, especialmente na região da Samaria e da Síria.
os cristãos ortodoxos:
-Uma distância abissal separa a humanidade de seu criador. Ele é inteiramente distinto de Sua criação.
os gnósticos valentinianos:
- Negam essa distância e afirmam que o conhecimento de si mesmo é conhecimento de Deus; o "eu" e o "divino" são idênticos.
-Jesus fala em "pecado" e "arrependimento".
- Jesus fala em ilusão e iluminação.
- Jesus é o Senhor e o Filho de Deus, de uma maneira única e singular; permanece eternamente distinto do resto da humanidade que veio "salvar".
- Jesus veio como um guia que abre o acesso para o entendimento espiritual, e quando o discípulo se ilumina, ele deixa de ser seu Mestre, pois ambos se tornam semelhantes.
- Seguindo os tradicionais ensinamentos judaicos, "todo sofrimento vem do pecado", que teria maculado uma criação originalmente perfeita .
- É a ignorância e não o pecado que leva uma pessoa a sofrer. No Evangelho da Verdade encontra-se: "...a ignorância...trouxe angústia e terror. E a angústia tornou-se espessa como uma neblina, de modo que ninguém conseguia enxergar. Por isso o erro é tão poderoso..." Isto significa que a maioria das pessoas vivem no oblívio, na inconsciência. Sem jamais se tornarem cientes de si mesmas, elas não têm raízes.Os que vivem deste modo sofrem "terror, confusão, instabilidade, dúvidas e desunião", sendo enredados por "muitas ilusões".
- A paixão e a morte de Jesus como um sacrifício que redime a humanidade da culpa e do pecado. E a única chave para abrir o Paraíso é "o nosso próprio sangue".
- A "crucificação" é o momento para descobrirmos a essência divina em nós mesmos. O "Testemunho da Verdade" declara que aqueles que se entusiasmam com o martírio não sabem "quem é o Cristo". O autor ridicularizava a crença de que o martírio assegura a salvação e diz que os ortodoxos o veem como uma oferenda a Deus e pensam que ele deseja sacrifícios humanos!". Cristo é um ser espiritual e apenas a sua natureza humana sofreu.
- A ressurreição de Jesus e do cristão.
A "Fé dos Tolos". A existência humana comum é morte espiritual. É necessário receber a ressurreição espiritual enquanto vivem!.
- A discriminação da mulher: Tertuliano, nos preceitos da "disciplina eclesiástica para as mulheres", especificava: "Não é permitido a nenhuma mulher falar na igreja, nem é permitido que ensine ou que batize, ou que ofereça a eucaristia’ ... para não falar em qualquer cargo sacerdotal. Em 1.977, o papa Paulo VI declarou que a mulher não pode ser padre "porque Nosso Senhor era homem".
- Entre alguns grupos gnósticos , as mulheres eram consideradas iguais aos homens; algumas ensinavam, outras evangelizavam e curavam.
- A fé ortodoxa diz que o ensinamento original dos apóstolos é a norma e o critério; aquilo que se afastar é heresia!
- Os escritos gnósticos previam que o futuro propicia um aumento ininterrupto do conhecimento!
- Os três evangelhos sinóticos do Novo Testamento, em sua maior parte, traçam uma biografia da vida de Jesus em ordem cronológica, fazendo dele o Messias esperado pelos judeus. O destino humano depende dos eventos da "história da salvação", particularmente da sua vinda, vida, morte e ressurreição como fato histórico.
- Os gnósticos aceitavam os acontecimentos históricos como secundários; interessavam-se, acima de tudo, pelo significado interior dos acontecimentos e parábolas. Tanto o gnosticismo como a psicoterapia valorizam sobretudo, o conhecimento - o autoconhecimento que é a percepção interior. De acordo com o "Diálogo do Salvador", quem não compreender os elementos do Universo, e de si mesmo, está fadado ao aniquilamento: "... quem não compreender como o corpo veio a existir, há de perecer com ele. Quem não compreender como veio, não há de compreender como irá...".!
- Os ortodoxos concebiam o "Reino de Deus" literalmente, como se fosse um lugar específico. Segundo Mateus, Lucas e Marcos, Jesus proclamou o advento próximo do Reino de Deus, quando "os encarcerados obteriam a sua liberdade, os doentes seriam curados, os oprimidos receberiam alívio, e a harmonia prevaleceria sobre todo o mundo". Marcos afirma "que os discípulos esperavam que o reino se instaurasse num evento cataclismico que ocorreria ainda durante suas vidas", pois Jesus dissera que alguns deles viveriam para ver "o reino de Deus chegando com poder".
- No Evangelho de Tomé, Jesus teria ridicularizado aqueles que concebiam o Reino de Deus literalmente:
"...antes, o reino de Deus está dentro de voces; e está fora de voces. Quando vierem a se conhecer, então se farão conhecidos, e perceberão que são os filhos do Pai Vivo. Mas se não conhecerem, existirão em pobreza". O "Reino" então simboliza um elevado estado de consciência.
- Os líderes criaram um arcabouço simples e claro, constituído de doutrina, ritual e estrutura política que provou ser um sistema extraordinariamente eficaz de organização. Criou-se uma hierarquia de três níveis - bispos, padres e diáconos, e a concepção: "Um Deus, um Bispo". Clemente diz que Deus delega sua autoridade para reinar a líderes e governantes na terra!. Separar-se do bispo é separar-se da igreja e de Deus ! Fora dessa igreja não há salvação - "Ela é a entrada para a vida!".
- Os gnósticos foram potencialmente "subversivos" quando diziam que os "muitos" (os ortodoxos) eram "canais sem água"! Afirmavam oferecer a todo iniciado um acesso direto a Deus, sem representantes ou intermediários. Em o "Testemunho da Verdade " encontramos que "obediência à hierarquia clerical exige que os fiéis se submetam a guias cegos"; a fé nos sacramentos demonstra um raciocínio mágico e ingênuo. Contra essas mentiras o gnóstico declara que, quando um homem se conhecer a si mesmo, e ao Deus que está acima da verdade, ele será salvo.
- A autoridade da igreja é incontestável e é a base para a "infalibilidade papal ". Concebiam Jesus como Senhor, identificando-o como alguém exterior e superior aos seus discípulos. Em Marcos encontramos: "E Jesus partiu com seus discípulos...No caminho perguntou-lhes: "Quem dizem os homens que eu sou?" Ao que replicaram: "João Batista; outros, Elias, outros ainda, um dos profetas" E ele perguntou: "Mas quem vocês dizem que eu sou?" Pedro respondeu: "És o Cristo". Mateus acrescenta que Jesus abençoou Pedro pela sua acuidade, e em seguida declarou que a igreja seria edificada sobre ele e sobre o seu reconhecimento de Jesus como o Messias.
- O Evangelho de Tomé narra o episódio de maneira diferente; Jesus disse a seus discípulos: "Comparem-me e digam-me com quem me pareço eu". Disse Simão Pedro: "És semelhante a um anjo justo". Disse-lhe Mateus: "És semelhante a um filósofo sábio". Disse-lhe Tomé: "Mestre, minha boca é totalmente incapaz de dizer com quem tu és semelhante". Jesus disse: "Não sou o seu Mestre. Porque vocês beberam, ficaram embriagados da fonte borbulhante da qual eu lhes servi". Jesus não nega aqui o seu papel de Mestre. Mas os discípulos e suas respostas representam um nível inferior de compreensão. Daí Tomé, que reconhecia a impossibilidade de atribuir qualquer papel específico a Jesus, transcendeu , naquele instante de reconhecimento, a relação discípulo/mestre.
O modelo gnóstico aproxima-se do modelo psicoterapeutico: ambos admitem a necessidade de orientação, como medida provisória apenas. O propósito de aceitar a autoridade é aprender a superá-la; aquele que se torna maduro não precisa mais de uma autoridade exterior.
Quem alcança a gnose torna-se "não mais um cristão, mas um Cristo" E quem esperava "tornar-se Cristo", dificilmente poderia admitir que as estruturas institucionais da igreja - seus bispos e padres, seu credo e cânone, e seus ritos - possuíssem a autoridade suprema.
- Aquele que confessasse o Credo, aceitasse o ritual do batismo, participasse do culto e obedecesse ao clero, pertencia à igreja.
- Os gnósticos afirmam que o que distingue a verdadeira da falsa igreja não é a sua relação com o clero, mas o nível de compreensão dos seus membros e a qualidade das relações que esses mantém entre si, unidos pela amizade e amor fraternal.
A catedrática Elaine Pagels, da Universidade de Colúmbia, que escreveu "Os Evangelhos Gnósticos", diz que "a maioria dos estudiosos hoje concorda que o que nós chamamos - gnosticismo - foi um movimento muito difundido cujas fontes podem ser encontradas em diversas tradições".
O Gonosticismo e o cenário religioso da época
Elaine Pagels explora uma linha de pesquisa que busca a relação entre o Gnosticismo e o cenário religioso da época; ela mostra, em parte, como as formas gnósticas de cristianismo primitivo interagiram com as formas ortodoxas, que mais tarde deram origem ao Catolicismo.
Sendo este também um dos objetivos deste trabalho, podemos colocar as seguintes questões : por que esses textos foram enterrados? por que não foram usados pela igreja cristã , posteriormente institucionalizada? e por que os cristãos gnósticos foram chamados de "hereges", e perseguidos pelos cristãos ditos "ortodoxos" ( aqueles que pensam corretamente)?
As considerações abaixo apontarão algumas respostas a tão cruciais questões!:
No século IV, na época da conversão do Imperador Constantino e quando o cristianismo tornou-se religião oficial do Império Romano, os bispos cristãos, anteriormente perseguidos pela polícia da época, passaram a comandá-la! Possuir livros denunciados como heréticos tornou-se crime civil - assim, quase toda a literatura gnóstica preciosa foi destruída pelo fogo; mas, no alto Egito, possivelmente um monge do mosteiro de São Pacômio (próximo ao vilarejo de Nag Hammadi), teve a feliz inspiração de enterrar os textos, hoje estudados! Antes desta valiosa descoberta, tudo o que sabíamos daquela época é de origem ortodoxa. A supressão dos textos cristãos gnósticos é o resultado de toda uma disputa crítica para a formação da igreja católica.
Muitos autores gnósticos afirmavam apresentar tradições sobre Jesus que eram secretas, ocultas dos "muitos" (os que passaram a ser conhecidos como ortodoxos). A palavra "Gnósis" geralmente é traduzida por "conhecimento", mas a Gnose não é, primordialmente, um conhecimento racional; a língua grega distingue entre o conhecimento científico (ele conhece matemática) e, reflexivo (ele se conhece), experiência que é Gnose, percepção direta daquilo que é, percepção interior, um processo intuitivo de conhecer-se a si mesmo. Como um ensinamento dessa natureza poderia ser utilizado pela igreja?.
Aqueles que não participavam da mesma interpretação de "textos sagrados" (no mais das vezes simples interpolações dogmatizadas!) dada pelos padres, passaram a ser denunciados como "heréticos" ( aquele que pratica doutrina contrária ao que foi definido pela igreja em matéria de fé). No entanto, essa campanha contra a heresia envolvia um reconhecimento de seu poder de persuasão! ... e no entanto, foram os bispos que prevaleceram.
Traçaremos, agora, um paralelo entre o que acreditavam e o que falavam os cristãos ortodoxos e os gnósticos seguidores de Valentino, um dos líderes moderados da época, e que até pretendia a união entre as duas facções, pretensão esta repudiada por Irineu e outros bispos:
Magia sexual
GRIMORIO DE MAGIA SEXUAL
3- A história do Tantrismo
Os traços mais primevos de Magia Sexual são encontrados na adoração pré-histórica da Grande Mãe, cuja natureza era celebrada na mudança das estações e cuja presença era experienciada através de fenômenos naturais. Esta forma primitiva de Magia Sexual era basicamente animista e traços de seu simbolismo gerador e religioso têm sido encontrados e datados até por volta de 18 mil anos a.C. nas paredes de cavernas do Paleolítico. Exceto por estes traços precoces, os primeiros registros de adoração tântrica são encontrados numa região conhecida como a Tartária.
A Tartária
Uma idéia predominante na antropologia moderna é que a disseminação do pensamento e práticas Xamânicas e Tântricas originaram-se de uma área central de difusão. A região mais favorecida por aqueles que abraçam esta teoria é a do deserto de Gobi. Tal deserto é uma terra de lendas e magia, era conhecida pela tradição como a terra dos Tártaros ou Tartária. Embora haja pouca informação restante a respeito deste título, menciona-se sobre a terra grega de Tartarus, que existia nas areias profundas e sem sol além de Hades, para onde os Titãs haviam sido banidos por um Aeon. Em sua 'Doutrina Secreta' Blavatsky sugere que a Tartária era o lar da Grande Fraternidade Branca e que já havia sido um grande mar continental, no centro do qual residiam os remanescentes da raça que nos precedera e que detinha grande poder e sabedoria. Portanto, na literatura Teosófica, a Tartária é vista como o ponto de difusão para a sobrevivência de uma raça de uma época muito antiga.
Esta teoria não é apenas encontrada na literatura teosófica, de fato muitas tradições sustentam uma idéia similar e a lenda da Tartária em si mesma pode encontrar paralelos nas lendas de Thule no misticismo nórdico, a fabulosa lenda de Dilmun no pensamento sumério e a terra da Grande Fraternidade Branca, que era conhecida como Agharti Shamballa. Shamballa é o título dado à Tartária nas lendas do oriente, é dito que esta era a terra dos deuses, que ensinaram a mais antiga Gnosis aos discípulos humanos. Uma estranha lenda é também contada sobre o que aconteceu com Shamballa, é dito que uma batalha irrompeu entre os praticantes do CMD de Shamballa e os praticantes do CME de Agharti. Tal batalha teria durado vinte anos com o resultado do desperdício das terras, restando o que vemos hoje no deserto de Gobi. A sobrevivência do Tantra se deu com os Agharti indo viver no subsolo e levando consigo os segredos, durante muitos anos fundindo os mistérios do CMD e do CME e propagaram estes ensinamentos aos preparados através dos antigos e secretos Tantras. Esta propagação de ensinamentos também tomou lugar pela migração dos remanescentes destas fabulosas civilizações através de Uddiyana.
A Uddiyana
A Uddiyana é uma região localizada no vale Swat no norte do Afeganistão, acreditando-se ser esta a região que recebera alguns dos remanescentes de Agharti, sendo também dito que outros esconderam-se no subsolo para formar uma colônia nas profundezas da terra. Em Uddiyana o ensinamento do Tantra floresceu e foi desenvolvido numa fina arte, há rumores de que Uddiyana era governada por mulheres e que era conhecida como Stri-Rajya, o reino das mulheres. Em Uddiyana foi usada a sabedoria do Tantra com uma nova fúria religiosa, sendo a sabedoria secreta ensinada através de um sistema de iniciação em graus em conclaves fechados. Nestes conclaves eram praticadas as artes da adoração Fálica, magia, tantrismo, YabYum, ritos heterossexuais e homossexuais e uma grande variedade de outras formas de feitiçaria. Tsiuen Tsang (por volta de 650 d.C.) escreve sobre as seitas por ele encontradas em suas jornadas através destas regiões. Ele nos conta sobre um mundo estranho de monastérios regidos por mulheres, promiscuidade sexual, trabalho criativo e artes de magia. A religião Uddiyana teve uma fantástica influência na formação da filosofia tântrica, não apenas a espalhando para os reinos de Bengala e Assam, onde estas artes foram finalmente refinadas para um novo nível de sutileza, mas Uddiyana produziu uma longa lista de mestres e discípulos. Algumas das mais notáveis 'crianças de Uddiyana' incluem Chang Tao Ling (+ 200 d.C.), o fundador do Taoísmo moderno, Shenrab (+ 500 d.C.), sistematizador da religião tibetana Bon Po e Matsyendra (+ 800 d.C.) fundador da seita Natha.
Alquimia Sexual Chinesa
Os ensinamentos do Tantra chinês tomam a forma de Alquimia Sexual, sendo sua origem não plenamente determinada. Entretanto, a influência de dois mestres de magia, Hsuang Ti e Lao Tse, teve o profundo efeito de trazer os ensinamentos do Tantra chinês para um cânone mais organizado e refinado. Lao Tse foi o autor do Tao Teh Ching e fundador do Taoísmo, sendo este um intrincado sistema de misticismo baseado nas interações do Yin e do Yang, as duas energias cósmicas opostas primais, ainda que complementares. Estas interações do Yin e do Yang são tratadas no I Ching e formam a base do conhecimento terápico, mágiko, místico, filosófico, do controle da respiração e das secreções, extensão da saúde e outros aspectos do sistema chinês de alquimia. Embora possa ser realmente difícil retratar a Lao Tse muita de 'sua' filosofia, sua vida tornou-se uma lenda, sendo iluminador o estudo de seus ensinamentos. Chang Tao Ling oferece um sistema centrado no entendimento sexual da alquimia chinesa e esquematiza um programa detalhado de trabalho de fisiologia sexual, ritualística e ocultismo.
A Religião Bon do Tibet
Há rumores lendários que um dos portões da tribo remanescente de Agharti, agora vivendo dentro da terra em cavernas subterrâneas, está no Tibet. O Tibet é uma nação de mágika e ritualística, sendo a religião Bon a sobrevivente das práticas xamânicas nativas na forma externa do Budismo. Foi primeiramente sistematizada por Shenrab por volta de 300 d.C., que formou um sacerdócio tântrico e um cânone autorizado. Há dez graus distintos no Sacerdócio Bon, sendo o décimo não registrado e conhecido apenas pelos mais altos adeptos, enquanto que os outros nove são abertos para a classe de sacerdotes genéricos. Embora eles envolvam um sistema extremamente complexo de demonolgia e ritual, seu poder não pode ser negado. As tradições do Bon cobrem um espectro completo de prática oculta incluindo artes divinatórias, oráculos, exorcismo, evocação, vampirismo, teorias post-mortem, como a do Bardö (o estado após a morte), tratando de 360 formas de morte e muito mais. Em 750 d.C. uma revisão da religião Bon tomou lugar sob a orientação de Padma Sambhava, o então príncipe de Uddiyana. O Bon foi reorganizado numa linha com vários sistemas de Tantra de Uddiyana e foi então formulado num sistema mais refinado de prática mágika e tântrica. O Tantrismo no Tibet é associado com muitas artes obscuras de feitiçaria e portanto afastado por muitas das seitas budistas mais ortodoxas. Contudo, mesmo os Dalai Lamas envolveram-se em muitas de suas práticas. O quinto Dalai Lama, por exemplo, que morreu em 1680 d.C. estudou profundamente os mistérios do Tantra, sendo que muitas das suas canções e poemas de amor ainda são estudados por muitos magos sexuais. Diz-se que quando ele foi questionado a respeito de seu uso de ritos sexuais, ele disse :
"Sim, é verdade que eu tenho mulheres mas você que acha-me errado também as tem e a cópula para mim não é a mesma coisa para você."
O Tantra na Índia
Há histórias de cultos fálicos primevos e ritos de fertilidade na Índia, entretanto, até a migração dos Uddiyana via Kashmir e Himalaia para Deccan no sul e Bengala no leste, o Tantrismo não havia realmente começado a firmar-se nas mentes e corpos do povo hindu. Em Bengala a tradição do Tantra era a mais forte, que até linhagens de reis, os Palas (760 - 1142 d.C.) e os Senas (1095 - 1119 d.C.) fundaram um grande número de escolas e universidades tântricas. Durante este período até mesmo as côrtes reais tinham seus astrólogos residentes e altos sacerdotes tântricos, apenas no fim do século treze isto foi destruído com as invasões de hordas muçulmanas.
Os mistérios tântricos, contudo, ainda sobrevivem em várias seitas secretas e semi-secretas da Índia. As duas mais importantes destas seitas tântricas budistas são a Kalachakra (Culto da Roda de Kali) e a Vajrayana (Culto do Trovão). À parte de seitas hindus, existem muitas, a tradição tântrica no hinduísmo é excepcionalmente forte e toma uma grande variedade de formas, algumas destas sendo os Shaivitas (Culto a Shiva), Shaktitas (Culto a Shakti), Sauras (Culto a Shani ou Saturno), Kaulas (Culto a Kali) e os Ganapatyas (Culto a Ganesha). Além disso, há várias derivações, por exemplo, dos Shaivitas derivam os Lakulishas, que adoram Shiva como o senhor do cajado, e os Pashupatas, que adoram Shiva como o senhor das bestas, cada uma enfatizando diferentes facetas do mesmo sistema religioso.
Primórdios da Magia Sexual Ocidental
Os ensinamentos do Tantra vagarosamente passaram ao ocidente, sendo os registros mais antigos os trabalhos de Edward Sellon por volta de meados do século XIX e os muitos textos escritos por John Woodroffe. Sir John era um juíz de alto escalão em Calcutá, que traduziu para o inglês a maioria dos textos originais de tantrismo pela primeira vez. Vintras (1875), Boullan (1893) e Van Haecke (1912) foram alguns dos mais velhos ocidentais a revelarem um completo sistema de magia sexual. Seu sistema era baseado no uso de ritos sexuais em conjunção com a criação de formas astrais, incluindo o que eles chamavam de 'Humanimaux', elementares meio animal, meio humanos. Seu sistema enfatizava a possibilidade de imortalidade através da sexualidade e usa um largo espectro de técnicas sexuais. Vintras pode ser entendido como tendo reavivado uma tradição ocidental esotérica de magia sexual, cuja origem pode ser rastreada de volta ao Gnosticismo do primeiro século da era cristã. Embora haja pouca imformação disponível parece que um sistema baseado numa síntese de conhecimento mágiko e sexual da Tartária estava sendo ensinado por várias fraternidades na região do Mar Morto. Estas fraternidades, uma das quais era conhecida como 'os Essênios', estavam envolvidas num sistema de magia muito parecido com os ensinados no Tibet e na Índia. Já está demonstrado que Jesus foi iniciado numa destas fraternidades e que muito do Gnosticismo original formou-se desta maneira. Certamente os trabalhos de John Allegro decifram muito do Novo Testamento através deste elemento tântrico. O problema é que os ensinamentos gnósticos de Jesus foram suprimidos e um evangelho mais social foi colocado para o público. Por sorte, contudo, o professor Ormus (6 d.C.) renovou o ensinamento da doutrina tântrica e permitiu sua sobrevivência até quando os Cavaleiros Templários e a Ordem de Sião tomaram esta tarefa. Outras ordens mais tardias de orientação Rosacruz e Maçônica também levaram adiante o ensinamento em segredo. O tantrismo de Randolph Paschal (1875) demonstra uma mistura de tantrismo gnóstico e tártaro. Tendo viajado bastante, desenvolveu um sistema ocidental de tantra, que mais tarde foi adaptado na estrutura maçônica da OTO original.
O Trabalho de Gurdjieff
Gurdjieff viajou através das regiões da outrora Suméria, da Mongólia e do Tibet e foi treinado pelo mestre Karagoz, um dos últimos mestres remanescentes do Tantra da Tartária. Após radicar-se em Paris, Gurdjieff desenvolveu e ensinou um sistema baseado numa síntese de dança e misticismo Sufi bem como na Gnosis Tântrica original. Seu comportamento sexual era selvagem e imprevisível, muito parecido com seu contemporâneo Aleister Crowley. Seu sistema sobrevive ainda hoje e oferece muito ao estudante de magia moderna.
Aleister Crowley e a O.T.O.
A Ordem do Templo do Oriente foi formada em 1902 por Karl Kellner, baseada no arcano tântrico esquematizado nos trabalhos de Randolph Paschal. A estrutura da ordem utilizava um sistema de dez graus, os seis primeiros sendo maçônicos, com o conhecimento sexual sendo revelado apenas nos quatro graus restantes e mesmo neles, numa forma muito mais teórica que prática. Após um breve período de existência veio a cair sob supervisão de Aleister Crowley, que inovou seus ensinamentos de um misticismo pseudo-maçônico para uma Magia do Novo Aeon. Ele também adicionou um grau extra, o décimo primeiro grau, de acordo com certos requerimentos tântricos específicos. A nova OTO como construída por Crowley marcou o ressurgimento da tradição original tântrica da Tartária.
A história da OTO após seu óbito parece extremamente confusa, deixando a impressão que ele assim o quis, sendo seus estudantes desta maneira forçados a permanecerem 'em terra'. Embora haja várias reclamações sobre o título da OTO, não é nosso objetivo adentrar uma consideração sobre as várias reclamações de validade, ou falta dela. Após o óbito de Crowley, um vórtice astral foi criado para segurar o conhecimento da magia sexual. Este vórtice, escola ou loja é conhecido como o Santuário Soberano Astrum Argentinum. Esta loja tem muitos representantes físicos, embora qualquer um reclamando autoridade, baseado em qualquer evidência, física ou astral, deve ser duvidado. A Astrum Argentinum confirma o Tantra Tártaro bem como esquemas de vários derivativos da magia sexual como encontrados nos sistemas hindu e chinês. Esta corrente confirma os ensinamentos de Agharti e sua aparição posterior no mito de Shaitan dos Yezidis e no Tantra Draconiano do Antigo Egito.
A Magia Sexual obscura de Agharti reapareceu novamente, num sistema que une técnicas tanto simbólicas quanto físicas e que formula uma nova e pura ética baseada na beleza e majestade do Santuário Mais Interno da Vontade.
Sua mensagem é clara, o caminho da liberdade está contido dentro de nossas mentes e corpos, não há necessidade em se olhar além!
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