domingo, 19 de setembro de 2010

UFOLOGIA RESTRITA

Uma testemunha ocular do caso ET de Varginha
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Seg, 14 de Junho de 2010 17:07
Uma testemunha ocular do famoso "Incidente em Varginha" conta seu relato incrível sobre o que presenciou naquele janeiro de 1996. Essa testemunha participou da operação militar que encontrou o ET. Sua riqueza de detalhes é incrível. Fatos que nunca imaginávamos ou que não nos eram divulgados. Esse relato estava no fórum do site, mas achei interessante publucá-lo em uma área de maior vizualização. Sua identidade é mantida em sigilo. Reinaldo Ferraz





"Eu servia na escola de Sargentos das Armas em Três Corações no ano de 1996. Estava em casa, quando recebi ordens para me dirigir rapidamente para o quartel. Eu era do Pelotão de Operações Especiais e aquele tipo de chamado era comum. Fui um dos primeiros a chegar no quartel. Embarcamos em uma viatura, com efetivo de 04 soldados, 03 sargentos, 02 oficiais e rumamos para a cidade de Varginha. Ninguém nos dizia o que estava acontecendo. Não sabíamos, até então, para onde íamos e qual era nossa missão.

Não estranhei o procedimento, pois era normal recebermos esse tipo de missão inopinada como exercício (no jargão militar chamamos de "manda brasa"). Parecia só mais um exercício de rotina, só a presença de um oficial superior (um Major), no comando da operação saia da rotina. Chegamos na cidade com o toldo da viatura abaixado, e ficamos parados por um tempo aguardando ordens. Recebemos ordens para desembarcar perto de uma mata na periferia da cidade. O oficial no comando nos reuniu e disse que nossa missão era "capturar um animal na mata". Perguntei se era preciso fazermos um "pente fino" (uma busca) na área, e o comandante nos informou que o "bicho" já estava isolado e que não devíamos em hipótese alguma feri-lo. Fomos divididos em dois grupos, um faria a captura e o outro faria a segurança. A ação foi rápida. Entramos na mata e cercamos o animal.

Até então tudo parecia uma missão simples. Um companheiro chegou a reclamar "P... m..., me chamar em casa para pegar bicho!?". Ao nos aproximarmos percebi que o animal era totalmente diferente de tudo que eu já tinha visto na minha vida. Todos ficaram assustados com a estranheza do tal "bicho".

Chegamos a pensar que era uma simulação, algo para testar nossa reação. Capturamos a criatura facilmente pois a mesma não esboçou qualquer reação. Neste momento fomos surpreendidos por uma segunda criatura que apareceu, e veio em nossa direção de uma forma ameaçadora. Um dos soldados, que fazia segurança se assustou, disparou o fuzil e acertou a criatura. Recolhemos as duas criaturas e colocamos na viatura. Os soldados receberam ordens para embarcar em uma outra viatura, que seguiu para o Hospital da cidade (era uma finta, para desviar a atenção da população). Eu e mais dois sargentos embarcamos juntos com as criaturas com os dois oficiais que embarcaram na cabina da viatura, e rumamos para Três Corações. Chegamos no quartel e militares da 2ª Seção (seção de inteligência e informações) nos interrogaram separadamente. Em seguida foi dado uma explicação para o que tinha acontecido, mas não era convincente, depois aos sargentos foi dada outra completamente diferente, e nos foi pedido sigilo. Esta ultima explicação, na época foi convincente (prefiro não comentar sobre tal versão, pois a mesma é oficial e confidencial), mas nada foi mencionado sobre naves e seres espaciais. Ficamos no quartel por uns dias (uma espécie de "quarentena"), depois fomos liberados, mas mesmo assim tínhamos que toda noite, durante um certo tempo, responder ao pernoite (dormir no quartel).

A história sobre Et, fiquei sabendo pela TV. Até uns dois anos depois do ocorrido, mesmo tendo participado do fato, nunca acreditei na versão da mídia e sim na versão apresentada. A semelhança das criaturas com um macaco dava sentido a versão do Exército. Elas eram muito parecidas com o macaco aranha, um macaco da região amazônica. O tamanho, os membros alongados, a falta do polegar na mão, entre outros detalhes. A estranha aparência humana também fazia sentido, pois a criatura não tinha pelos. A pele da que estava viva era extremamente clara e da outra um pouco mais escura. A cabeça era um pouco desproporcional ao restante do corpo e o rosto lembrava uma criança recém nascida, apesar do nariz ser bem pequeno e chato, semelhante ao do macaco em questão. Fiquei na duvida sobre o sexo das criaturas, pois não era possível ver a genitália dos seres, mas a massa corporal do que estava morto era bem maior do que o outro, o que nos fez pensar que o morto era macho e o vivo uma fêmea. Na versão oficial a criatura se tratava de um animal, mas alguns detalhes me levaram a crer que o ser possuía inteligência.

Exemplo disso foi quando meu companheiro apontou a arma para a criatura e esta tomou uma postura defensiva, colocando as mãos protegendo o rosto. Percebi também que o ser olhava de maneira desconfiada para o sargento que falava num tom mais alto e que lhe apontou a arma. Ela também olhava para o outro ser morto mostrando um certo pesar, e em determinado momento começou a emitir um som que não seria especulação dizer que era um choro. A prova mais incrível da sua racionalidade foi quando retirei da minha mochila uma manta de velame (um pedaço de pano de pára-quedas) e a cobri. Seu olhar de agradecimento foi algo totalmente humano. Com o tempo outros fatos me fizeram acreditar que eu estava no meio de uma conspiração, pois os quatro soldados deram baixa antes do tempo, e nunca mais tive noticias dos mesmos.

Um dos sargentos envolvidos também sumiu, e seu nome não mais consta nos registros do Exército. Continuei mantendo contato com o outro sargento, que foi transferido no ano seguinte. Nós dois tivemos um mesmo problema de saúde, uma seria inflamação no olho direito (no caso dele esquerdo) e ambos tivemos que ser internados na mesma época. Exatamente um ano depois da primeira internação, eu tive outra inflamação, desta vez no outro olho. Eu e os outros dois sargentos e o oficial subalterno, num prazo curto, sofremos punições, todos em circunstancias duvidosas possivelmente para nos descreditar caso resolvêssemos falar sobre o acontecido.

E difícil dizer o que realmente aconteceu naquele dia. Na verdade não sei dizer se aquela criatura era realmente um ser de outro planeta. O único detalhe que me intriga até hoje é o ferimento da criatura morta. O projetil acertou o tórax da criatura, e mesmo o tiro ter sido disparado a uma distancia muita pequena o projetil não atravessou o ser. Já vi seres humanos e animais feridos por tiro de fuzil do mesmo calibre em questão e em todos os casos, o projetil atravessa com facilidade, mesmo numa distancia bem maior. O ser não sangrou, mas acho que isso se deve ao fato da munição usada ter sido do tipo traçante. Um tipo de munição com uma pequena carga de fósforo branco, utilizada para sinalizar a direção do tiro, mas que cauteriza o ferimento nos casos de disparos a curta distancia. O único liquido que escorreu em pequena quantidade na boca do ser, não se parecia muito com sangue, pois o mesmo tinha uma coloração muito esbranquiçada.

Ainda estou na ativa e por isso preciso ficar no anonimato, mas futuramente pretendo escrever um livro e fazer revelações surpreendentes, inclusive sobre a versão oficial. Nos últimos anos venho guardando vários documentos que podem comprovar vários fatos que narrei e de alguns fatos que preferi ocultar e revelar posteriormente. "
Top Secret - Majic
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Qui, 23 de Julho de 2009 17:07
Executive Correspondence. Executive Brieffing. Subject: MAJI. Project Grudge/Aquarius (TS/Magic) (nessa parte do original contém o desenho de um fino foguete dentro de um círculo biseccionado verticalmente por linhas). Attention - This Document was prepared by maji. Maji is solely responsible for its subject matter. Document control: ECN 0001 (nessa parte do original contém um desenho do globo terrestre) CLASSIFIED BY: MJ1/MAJI / DESCLASSIFY ON: EXEMPT. PROJETO AQUARIUS (Proword: GRUDGE)- São 16 volumes de informação co-letada desde o início das investigações dos EUA a respeito dos UFO's(Unidentified Flying Objects) e IAC's(Identified Alien Craft), o projeto foi inicialmente criado em 1953 por or-dem do presidente Eisenhower, sob controle de CIA e MAJI. O objetivo do projeto é cole-tar toda a tecnologia, ciência e medicina dos contatos com os alienígenas(usarei ET's, daqui por diante).
OS PROJETOS, DENTRO DO PROJETO AQUARIUS

PROJECT PLATO: Consiste em estabilizar relações diplomáticas com os ET's. O projeto foi considerado bem sucedido quando ambas as partes aceitaram os termos em 1954. Esses termos envolvem a troca de tecnologia com os EUA, que em troca, deverão manter em segredo os ET's, e não interferir nas abduções, os ET's devem fornecer uma lista das pessoas abduzidas no mundo, o local base do projeto é no Novo México.

PROJETO SIGMA: Estabelecer comunicações com os ET's, esse projeto conseguiu resultados satisfatórios em 1959, o primeiro contato durou cerca de 3 horas, local base, No-vo México.

PROJETO REDLIGHT: 1954, esse projeto consistia em um teste de vôo com uma nave alienígena, capturada com pequenos danos. As primeiras tentativas resultaram em des-truição nave e morte do piloto. O Projeto foi reaberto em 1972. Esse projeto continua em Nevada.

PROJETO SNOWBIRD: 1954, Construir e testar frente à imprensa um disco voa-dor com tecnologia convencional, p/ explicar as aparições dos UFO's ao público, a intenção é tirar as atenções do projeto REDLIGHT.


MAJESTY - Majesty é tudo que se relaciona com UFO's e ET's, é responsável pela emcobertação do projeto. AQUARIUS, e a divulgação de falsas verdades p/ encobrir o mesmo.

MAJI - Grupo de controle responsável por TODO ASPECTO DE INTERFACE COM AS FORMAS DE VIDA ALIENÍGENAS, INCLUINDO SEGURANÇA E INTE-LIGÊNCIA, E "DESINFORMAÇÄO" PARA PREVER QUE O PÚBLICO DESCONFIE DE QUALQUER PRESENÇA ALIENÍGENA. MAJI É RESPONSABILIDADE ÚNICA DO PRESIDENTE, local base: Washington, DC

MAJESTIC TWELVE - Um time seleto de experts em diferentes áreas (Biologia, tecnologia, etc) que recebem as informações p/criar uma melhor compreensão do fenôme-no, eles não recebem toda a informação apenas o básico, é um control-group.

MAJIC - Classificação de segurança p/ MAJI e AQUARIUS, MAJIC É A MAIS ALTA CLASSIFICAÇÄO DE SEGURANÇA NA NAÇÄO.

MJ-1 - DIRETOR DO MAJI. GERALMENTE O DIRETOR DA CIA É MJ-1 E RESPONDE SOMENTE AO PRESIDENTE (outros membros são MJ-2, MJ-3, e assim por diante) Não é um CONTROL-GROUP e não deve ser confundido com o MAJESTIC TWELVE.

BLUE TEAM - O primeiro projeto responsável pela reação/recuperação de UFOS pousados/caídos e/ou Et's.

SIGN - O segundo projeto, responsável pela coletagem de inteligência e determinar se a presença de aliens é uma ameaça p/ a segurança nacional.

SIGMA - Responsável pela comunicação com os ET's. Operação bem sucedida.

PLATO - Relações diplomáticas com os ET's.

POUNCE - Projeto formado p/ recuperação de qualquer nave Pousada/caída e seus ocupantes. Esse projeto oferece estórias de cobertura p/ mascarar a verdade quando neces-sário, essa cobertura é utilizada geralmente quando caem naves experimentais.

PLUTO - Deve avaliar qualquer informação sobre UFO/IAC pertencente à tecnolo-gia espacial.

REDLIGHT - Missão p/ testar nave alienígena recuperada, na primeira tentativa a nave foi destruída e o piloto morreu, esse projeto foi realizado próximo à Área 51(Dreamland), foi reassumido em 1972. Avistamentos de UFOS, acompanhados de heli-cópteros negros são resultantes do projeto REDLIGHT.

SNOWBIRD - Criado p/ cobrir o projeto REDLIGHT, uma disco voador deve ser construído com tecnologia convencional, e deverá ser revelado à imprensa, o propósito é explicar os avistamentos de UFOS e acidentes do projeto REDLIGHT.

LUNA - Nome código p/ base alienígena subterrânea, a base é controlada pelos ET's e pelos EUA, Luna existe no Novo México, destacamentos alienígenas também existem na Área 51.

FAR SIDE OF THE MOON - Uma base alienígena no face negra da Lua, onde e-xistem grandes máquinas, avistadas pelos astronautas das naves Apollo, acredita-se ser uma operação de mineração.

NRO - National Recon Organization. Base no Forte Carson, Colorado. Responsá-vel pela segurança para todos os Et's ou naves alienígenas conectadas ao projeto, utilizam-se de helicópteros negros não registrados.

DELTA - Time treinado do NRO, especialmente treinado para defesa e segurança do projeto LUNA.

GABRIEL - Desenvolvimento de um Gerador de Pulso Sonoro de Baixa Freqüên-cia. Foi determinado que as armas alienígenas e naves parecem ser vulneráveis à esse tipo de arma. É derivado de tecnologia obtida da Alemanha após a Segunda Guerra Mundial. Foi desenvolvido entre 1975 e 1978, foi desenvolvida e testada em Ling Tempco Vought em Anahiem, Califórnia. Na descrição consta que foi capaz de destruir qualquer construção humana numa distância de até 2 milhas.

EXCALIBUR - Estabilizada em desenvolver uma arma capaz de destruir bases ali-enígenas subterrâneas e qualquer futura base que os Et's venham a construir. Trata-se de um míssil capaz de penetrar 1Km de solo denso/duro. Apogeu de menos de 30000 pés, impacto não deve exceder margem de desvio de 50 metros do alvo, deve carregar uma ogiva de 1 megaton. Projeto sendo executado pela Divisão WX, em Los Alamos, Novo México.

ALIEN CRAFT - Estes são naves que usam gravidade e campos magnéticos p/ vo-ar. A nave possui um reator atômico a bordo, do tamanho de uma bola de futebol, tem ca-pacidade de se "disfarçar" tornando-se invisível, mudando os raios de luz, também é invi-sível ao radar. Muita da tecnologia do F-117 (tecnologia stealth) veio desse projeto. É capaz de viajar grandes distâncias espaciais em tempo bastante reduzido. Pode viajar transversalmente no espaço/tempo um espécie de "dobra" em um muito curto espaço de tempo.

ALF - ALF é a abreviação para Forma de Vida Alienígena (Alien Life Form), esse é o único termo que deve ser usado p/ descrever os Et's. Os ALF's säo "Malévolos" (Perigo-sos). Eles necessitam de sangue e outros fluidos biológicos p/ sobreviver. Eles parecem gostar de sorvete (Sem brincadeiras) mas não podem viver disso. Eles abduzem humanos e animais em busca desses fluídos. Os ALF's abduzem humanos e implantam uma "Sonda" muito pequena em seus cérebros, esses implantes são muito difíceis de achar, mas podem ser achados. Todas as tentativas documentadas de se retirar a "sonda" terminaram em mor-te ao paciente. Eles costumam coletar esperma, óvulos e outras amostras biológicas dos humanos. Uma lista dos abduzidos é fornecida pelos Et's à MAJI. Os ET's participaram muito significativamente na história religiosa em diferentes partes do mundo.

UFO/IAC - UFO's são objetos voadores não identificados (OVNI). Geralmente é utilizado p/ identificar uma nave alienígena suspeita. IAC (Identifica Aline Craft) significa Nave alienígena identificada (NAI).

BLUE BOOK - Esse é uma coleção de documentos do projeto de "desinformação", é a única informação sobre o projeto aquarius, cedida à imprensa.

Uma das naves alienígenas, e talvez todas, encontram-se no hangar em Edwards AFB. O hangar é uma Base Norte. Ele é guardado pelo pessoal do NRO e DELTA. Os guardas possuem uma insígnia vermelha com um triângulo preto sobre ela. Ninguém sem essa insígnia é permitido a andar pelo hangar. Os guardas são instruídos a checar o hangar a cada hora e reportar o estado, eles também são instruídos a nunca entrar no Hangar. O han-gar é designado como HANGER 1051 at Edwards AFB.



Esta insígnia aparece na nave alienígena. Chama-se INSÍGNIA TRILATERAL. Con-firma tratar-se de ser uma espécie de bandeira dos alienígenas.


MALEVOLENT ALIEN LIFE FORM (ALF) DESCRIPTION

O típico MALEVOLENT (ALF) é descrito da seguinte forma:

1. Entre 3 a 5 pés de altura (91,44cm a 152,4cm)

2. Posição ereta, bípede. Com longas e finas pernas.

3. Corpo pequeno (magro)

4. Cabeça maior que o normal (p/ proporções humanas)

5. Ausência de lóbulos auditórios (orelhas)

6. Ausência de pelos no corpo

7. Grandes e lacrimejantes olhos, opacos, negros, com pupilas verticais em corte. (olhos de gato)

8. Olhos inclinados em aprox. 35 graus

9. Pequena e estreita boca, lábios finos.

10. Em atitude normal os braços ficam em posição de como se fosse rezar. Em ple-na extensão, os braços alcançam os joelhos.

11. Longas mãos (palmas pequenas)

12. Unhas, pinças ou garras (a definição de CLAW é muito abrangente) iguais a dedos. (recobertos de tecido)

13. Pele resistente, cinza, textura lembra os répteis.

14. Pés pequenos, com as mesmas "unhas" das mãos.

15. Muitos órgãos semelhantes aos dos humanos, mas desenvolvidos em um pro-cesso evolutivo diferente.

16. A descoberta mais significante é a que eles possuem um sistema digestivo que não funciona muito bem, e dois cérebros separados. O sistema digestivo é atrofiado, con-firma-se com a ausência de alimentos ou provisões na nave recuperada

17. Movimentos são deliberados, lentos e precisos.

18. Subsistência deles depende de sangue humano e outros fluídos biológicos hu-manos p/ sobreviver. Em circunstâncias extremas podem sobreviver de fluídos de outros animais (gado por exemplo). Comida é convertida em energia por processo semelhante ao das plantas, através de fotossíntese, absorvem os alimentos pela pele, e assim também excretam os resíduos. Os cérebros são separados pela caixa craniana, e não há conexão entre os dois, existe um cérebro anterior e um posterior.


GUEST - Et's prisioneiros, encontram-se em uma área conhecida como ICE CAVE (caverna de gelo) em Los Alamos, Novo México. Havia 16 Et's originalmente nessa locali-zação, 15 já morreram. Os Et's forneceram extensiva informações sobre eles e sua história (assim bem como a nossa). Eles gostam muito de sorvete, sendo morango o seu sabor prefe-rido. 16 humanos foram trocados por esses ET's e nenhuma informação sobre eles se tem notícia. Os Et's gostam de ouvir músicas originárias do Tibet. Eles possuem um QI extre-mamente alto, algo em torno de 200. Eles têm grande tendência em mentir.

RELIGIÖES - Os Et's afirmam terem criado as nossas principais religiões, para nos dar uma formação cultural civilizada e controlar a raça humana. Eles afirmam que Jesus foi um híbrido (meio ET meio homem) criado p/ esses princípios. Eles forneceram provas dis-so através de um equipamento audiovisual (holográfico) com diversas passagens de nossa história, inclusive a crucificação de Cristo. Eles afirmam que o sangue O- ( O negativo) é fruto dessa hibridalização ao longo da história.

Texto Original de Bill Cooper - Sinopse em português pôr Douglas J. Paula

Uma testemunha ocular do caso ET de Varginha
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Seg, 14 de Junho de 2010 17:07
Uma testemunha ocular do famoso "Incidente em Varginha" conta seu relato incrível sobre o que presenciou naquele janeiro de 1996. Essa testemunha participou da operação militar que encontrou o ET. Sua riqueza de detalhes é incrível. Fatos que nunca imaginávamos ou que não nos eram divulgados. Esse relato estava no fórum do site, mas achei interessante publucá-lo em uma área de maior vizualização. Sua identidade é mantida em sigilo. Reinaldo Ferraz





"Eu servia na escola de Sargentos das Armas em Três Corações no ano de 1996. Estava em casa, quando recebi ordens para me dirigir rapidamente para o quartel. Eu era do Pelotão de Operações Especiais e aquele tipo de chamado era comum. Fui um dos primeiros a chegar no quartel. Embarcamos em uma viatura, com efetivo de 04 soldados, 03 sargentos, 02 oficiais e rumamos para a cidade de Varginha. Ninguém nos dizia o que estava acontecendo. Não sabíamos, até então, para onde íamos e qual era nossa missão.

Não estranhei o procedimento, pois era normal recebermos esse tipo de missão inopinada como exercício (no jargão militar chamamos de "manda brasa"). Parecia só mais um exercício de rotina, só a presença de um oficial superior (um Major), no comando da operação saia da rotina. Chegamos na cidade com o toldo da viatura abaixado, e ficamos parados por um tempo aguardando ordens. Recebemos ordens para desembarcar perto de uma mata na periferia da cidade. O oficial no comando nos reuniu e disse que nossa missão era "capturar um animal na mata". Perguntei se era preciso fazermos um "pente fino" (uma busca) na área, e o comandante nos informou que o "bicho" já estava isolado e que não devíamos em hipótese alguma feri-lo. Fomos divididos em dois grupos, um faria a captura e o outro faria a segurança. A ação foi rápida. Entramos na mata e cercamos o animal.

Até então tudo parecia uma missão simples. Um companheiro chegou a reclamar "P... m..., me chamar em casa para pegar bicho!?". Ao nos aproximarmos percebi que o animal era totalmente diferente de tudo que eu já tinha visto na minha vida. Todos ficaram assustados com a estranheza do tal "bicho".

Chegamos a pensar que era uma simulação, algo para testar nossa reação. Capturamos a criatura facilmente pois a mesma não esboçou qualquer reação. Neste momento fomos surpreendidos por uma segunda criatura que apareceu, e veio em nossa direção de uma forma ameaçadora. Um dos soldados, que fazia segurança se assustou, disparou o fuzil e acertou a criatura. Recolhemos as duas criaturas e colocamos na viatura. Os soldados receberam ordens para embarcar em uma outra viatura, que seguiu para o Hospital da cidade (era uma finta, para desviar a atenção da população). Eu e mais dois sargentos embarcamos juntos com as criaturas com os dois oficiais que embarcaram na cabina da viatura, e rumamos para Três Corações. Chegamos no quartel e militares da 2ª Seção (seção de inteligência e informações) nos interrogaram separadamente. Em seguida foi dado uma explicação para o que tinha acontecido, mas não era convincente, depois aos sargentos foi dada outra completamente diferente, e nos foi pedido sigilo. Esta ultima explicação, na época foi convincente (prefiro não comentar sobre tal versão, pois a mesma é oficial e confidencial), mas nada foi mencionado sobre naves e seres espaciais. Ficamos no quartel por uns dias (uma espécie de "quarentena"), depois fomos liberados, mas mesmo assim tínhamos que toda noite, durante um certo tempo, responder ao pernoite (dormir no quartel).

A história sobre Et, fiquei sabendo pela TV. Até uns dois anos depois do ocorrido, mesmo tendo participado do fato, nunca acreditei na versão da mídia e sim na versão apresentada. A semelhança das criaturas com um macaco dava sentido a versão do Exército. Elas eram muito parecidas com o macaco aranha, um macaco da região amazônica. O tamanho, os membros alongados, a falta do polegar na mão, entre outros detalhes. A estranha aparência humana também fazia sentido, pois a criatura não tinha pelos. A pele da que estava viva era extremamente clara e da outra um pouco mais escura. A cabeça era um pouco desproporcional ao restante do corpo e o rosto lembrava uma criança recém nascida, apesar do nariz ser bem pequeno e chato, semelhante ao do macaco em questão. Fiquei na duvida sobre o sexo das criaturas, pois não era possível ver a genitália dos seres, mas a massa corporal do que estava morto era bem maior do que o outro, o que nos fez pensar que o morto era macho e o vivo uma fêmea. Na versão oficial a criatura se tratava de um animal, mas alguns detalhes me levaram a crer que o ser possuía inteligência.

Exemplo disso foi quando meu companheiro apontou a arma para a criatura e esta tomou uma postura defensiva, colocando as mãos protegendo o rosto. Percebi também que o ser olhava de maneira desconfiada para o sargento que falava num tom mais alto e que lhe apontou a arma. Ela também olhava para o outro ser morto mostrando um certo pesar, e em determinado momento começou a emitir um som que não seria especulação dizer que era um choro. A prova mais incrível da sua racionalidade foi quando retirei da minha mochila uma manta de velame (um pedaço de pano de pára-quedas) e a cobri. Seu olhar de agradecimento foi algo totalmente humano. Com o tempo outros fatos me fizeram acreditar que eu estava no meio de uma conspiração, pois os quatro soldados deram baixa antes do tempo, e nunca mais tive noticias dos mesmos.

Um dos sargentos envolvidos também sumiu, e seu nome não mais consta nos registros do Exército. Continuei mantendo contato com o outro sargento, que foi transferido no ano seguinte. Nós dois tivemos um mesmo problema de saúde, uma seria inflamação no olho direito (no caso dele esquerdo) e ambos tivemos que ser internados na mesma época. Exatamente um ano depois da primeira internação, eu tive outra inflamação, desta vez no outro olho. Eu e os outros dois sargentos e o oficial subalterno, num prazo curto, sofremos punições, todos em circunstancias duvidosas possivelmente para nos descreditar caso resolvêssemos falar sobre o acontecido.

E difícil dizer o que realmente aconteceu naquele dia. Na verdade não sei dizer se aquela criatura era realmente um ser de outro planeta. O único detalhe que me intriga até hoje é o ferimento da criatura morta. O projetil acertou o tórax da criatura, e mesmo o tiro ter sido disparado a uma distancia muita pequena o projetil não atravessou o ser. Já vi seres humanos e animais feridos por tiro de fuzil do mesmo calibre em questão e em todos os casos, o projetil atravessa com facilidade, mesmo numa distancia bem maior. O ser não sangrou, mas acho que isso se deve ao fato da munição usada ter sido do tipo traçante. Um tipo de munição com uma pequena carga de fósforo branco, utilizada para sinalizar a direção do tiro, mas que cauteriza o ferimento nos casos de disparos a curta distancia. O único liquido que escorreu em pequena quantidade na boca do ser, não se parecia muito com sangue, pois o mesmo tinha uma coloração muito esbranquiçada.

Ainda estou na ativa e por isso preciso ficar no anonimato, mas futuramente pretendo escrever um livro e fazer revelações surpreendentes, inclusive sobre a versão oficial. Nos últimos anos venho guardando vários documentos que podem comprovar vários fatos que narrei e de alguns fatos que preferi ocultar e revelar posteriormente. "
Rastreamento de UFOS
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Sex, 26 de Junho de 2009 20:44
Rastreamento do planeta por satélites - Não e nenhum segredo que as grandes potências, principalmente os EUA e a Russia, controlam todo o espaço próximo da Terra. Este controle intensificou-se a partir de 1960, com o lançamento dos primeiros satélites de sensoriamento remoto. Estes satélites são dotados de sensores capazes de captar, mesmo a longas distâncias, imagens mínimas na superfície da Terra, permitindo, por exemplo, aos EUA vasculharem todo o nosso território e, provavelmente, armazenar informações mais detalhadas sobre os nossos recursos naturais que o nosso próprio governo. O Comando Espacial Americano está (ou estava) localizado em um complexo subterrâneo, nas montanhas Cheyenne, próximo a Colorado Springs. A partir deste lugar, os EUA controlam as orbitas de todos os satélites que circulam em torno do globo, não só os americanos bem como de todos os outros países do planeta, que em 1985 totalizavam 15.000 objetos, incluindo partes de foguetes e outros detritos espaciais, sendo que cerca 5500 satélites giravam já naquela época em volta da Terra em orbitas regulares.

As grandes potências realizam um monitoramento constante de todo o planeta. Somente os sensores estacionados no espaço fornecem diariamente ao comando espacial americano mais de 30 mil informações. Assim que um sensor registra algum fato extraordinário, como por exemplo o lançamento de um míssil, uma erupção vulcânica ou um incêndio florestal, estes sensores anunciam a ocorrência, a velocidade da luz, a um supercomputador central do Comando Espacial Americano.

RASTREAMENTOS DE UFOS
Na casuística Ufológica existe milhares de casos de avistamentos de Ufos, segundo essas pesquisas estes objetos atravessam a nossa atmosfera regularmente dia e noite. Somente no Brasil em 1996 foram mais de 5.000 casos de avistamentos de UFOs relatados e pesquisados.

Alguns de tamanhos descomunais, como o caso da nave avistada na Lagoa dos Patos, próximo de Pelotas, o dia 5 de outubro de 1996. Segundo o proprietário de uma empresa de beneficiamento de arroz, Haroldo Westendorff, 39 anos, este objeto era enorme, gigantesco mesmo. Tinha a forma de pirâmide, com oito lados, sendo que cada um deles possuía exatamente três gomos salientes, constituindo as janelas. A base da nave tinha cerca de 100 m de diâmetro, podendo ser comparada ao tamanho de um estádio de futebol. Media de 50 a 60 m de altura e possuía, na sua parte superior, uma cúpula ovalada de contornos arredondados.

A primeira atitude de Haroldo foi contatar pelo radio o controle de operações do aeroporto de Pelotas. Neste instante seu avião se encontrava a uma altura de cerca de 1500 m do solo. O operador de nome Aírton Mendes Silva, confirmou o contato visual.. Depois de Haroldo obter resposta positiva do operador, o piloto chamou o controle de radar de Curitiba (Cindata), ao qual descreveu o que estava observando e forneceu o sinal para a analise de sua posição. O centro de controle da capital paranaense reafirmou ao rádio que ele voava a 35 milhas do setor leste de Pelotas e que não existiam aviões e qualquer outro objeto voador em um raio de 200 Km ao seu redor.

A pesquisa ufológica é sem dúvida um tema complexo e uma análise, mesmo que superficial dos fatos, mostra um quadro completamente contraditório e inquietante. Aliás, como todo o fenômeno parece ser. Diante do quadro acima, muitas dúvidas podem surgir. Será que os UFOs são capazes de driblar os sistemas de rastreamento? Será que eles se tornam invisíveis aos sistemas de radar e aos milhares de satélites que controlam o nosso espaço?
Se uma bola de futebol que penetra na atmosfera terrestre pode ser detectado pelos sofisticados sistemas de controle do comando espacial americano, como um UFO de dimensões gigantescas como o avistado em Pelotas não é detectado?

É claro que uma tecnologia capaz de construir naves tão absurdamente fantásticas que desafiam toda a nossa ciência não teria dificuldade em enganar os nossos sistemas de rastreamento, ou pelo menos enganar os nossos radares. Como aliás, a nossa própria tecnologia já é capaz, basta lembrar do bombardeio americano "Stealth" B-2, popularmente conhecido como avião invisível por sua capacidade de iludir os sofisticados radares dos sistemas de defesa .

Mas, como dissemos anteriormente, o fenômeno UFO é instigante e com situações completamente contraditórias que desnorteiam os investigadores. Enquanto um UFO gigante como o de Pelotas aparentemente não é detectado pelos radares, não faltam na casuística Ufológica casos comprovados de sua detecção. Talvez um dos mais famosos seja o caso dos UFOs de Brasília, ocorrido em 19 de maio de 1986, onde 21 OVNIs sobrevoaram a capital e foram devidamente acompanhados através dos radares do CINDACTA. Apesar das ridículas conclusões, posteriormente divulgadas pelo Ministério da Aeronáutica, de que não passavam de anomalias magnéticas que se transformaram em "plots" (pontos nas telas dos radares de controle). Certamente eram anomalias magnéticas bastante inteligentes!

DEPOIMENTOS

Outro caso bem interessante, que deixou os operadores de radar perplexos, aconteceu no ano de 1977. Um dos próprios controladores, assim descreveu os acontecimentos daquela noite:
"Eu trabalhava no Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Trafego Aéreo (CINDACTA) em Brasília, como controlador de vôo.

Naquela noite o meu turno de trabalho era das 22 horas atá às 6 horas da manhã seguinte. Já era quase meia-noite. Um avião Boing 727 havia decolado de São Paulo com destino ao Rio de Janeiro. Após alguns minutos ele foi transferido a minha responsabilidade no controle de vôo. Podia observa-lo pelos poderosos radares, já a uma distancia de uns 60 Km da capital paulista e ainda subindo para o seu nível de cruzeiro. De repente, próximo ao seu sinal identificado na tela do radar apareceram dois pontos, como se fossem dois aviões, seguindo na mesma direção, cerca de uns 20 Km atrás. Fiquei surpreso!

Se fossem aviões comerciais, seria necessário minha própria autorização caso eles tivessem decolado de São Paulo. Se fossem procedentes de outras cidades, eu deveria ter sido avisado de que entrariam na área sob o meu controle juntamente com sua identificação no radar. Utilizei os recursos disponíveis nos equipamentos da mesa controle para medir suas velocidades. Para minha admiração, eles desenvolviam velocidades superiores a 1.500 Km por hora. Os jatos comerciais de grande porte, similares ao daquele Boing, voavam numa faixa de velocidade entre 800 e 950 Km/h. Lembrei-me, então, de que os aviões caças da Forca Aérea Brasileira costumavam fazer exercícios de guerra simulada, e de que eles poderiam desenvolver velocidades até superiores aquela observada no radar.

Entrei em contato telefônico com o Centro de Operações de Defesa Aérea, que funcionava no mesmo prédio do controle de vôos comerciais, para saber se havia alguma operação em curso naquela área. Fui informado de que, naquele momento, nenhum dos caças estava voando. Em vista dessas informações percebi que coisas realmente intrigantes estavam acontecendo.

Consequentemente, as tensões advindas da imensa responsabilidade da função de controlador de vôo aumentaram grandemente. Olhando para a tela do radar, observei que os dois pontos (aviões, ou o que quer que fossem aquelas coisas) se aproximavam cada vez mais do Boing. Logo em seguida, os pontos na tela do radar, que tecnicamente chamamos de alvos-radar, fundiram-se com o alvo identificado como do Boing. Tal era a aproximação que eles fizeram do Boing, que o radar ano mais distinguia uns dos outros. Através da freqüência de comunicação por rádio utilizada para o controle de trafego aéreo, perguntei ao piloto do Boing se ele podia visualizar aviões próximos ao seu. A resposta foi negativa.

Uns 30 segundos depois, o Boing já passava ao lado da cidade de São José dos Campos - SP, quando o piloto me chamou por rádio, com a voz sensivelmente transtornada. Disse que apareceram, de repente, dois objetos grandes e luminosos, em nada parecidos com qualquer tipo de avião, um a sua frente e outro a sua direita. Mantinham distancia de poucos metros em relação ao Boing, e suas luzes brilhavam intensamente, mudando constantemente de cores.

Aquelas coisas se enquadravam perfeitamente na definição de OVNI - Objetos Voadores Não Identificados. Primeiramente, eram Objetos - os radares captam apenas sinais de objetos concretos; eles não acusam a presença de fantasmas e não são acometidos de ilusões de ótica. Em segundo lugar, eram Voadores - inicialmente estavam se deslocando a uma velocidade de 1.500 Km/h, e quando foram avistados pelo piloto, já tinham ajustado sua velocidade com a do Boing, cerca de 850 Km/h, e voando a uma altitude de 7.000 metros. Finalmente eram Não Identificados - nem o piloto, nem os registros do CINDACTA com seus computadores sabiam do que ou de quem se tratavam.

Por uns vinte minutos os OVNIs mantiveram as mesmas posições em relação ao Boing, mesma velocidade, mesma altitude, continuaram brilhando intensamente e alterando constantemente suas cores. Após este período, quando foi iniciado o procedimento de descida para o Rio de Janeiro, isto e, o Boing deixava seu nível de vôo a 7.000 metros de altitude, descendo lentamente para o aeroporto de destino, os OVNIs se afastaram rapidamente dele e desapareceram em seguida.

Naquela mesma noite, por diversas vezes consecutivas, aquele aparecimento se repetiria. Aviões comerciais, jatos de grande porte, eram interceptados no meio do vôo pelos OVNIs, que os acompanhavam durante longo trajeto para depois desaparecerem."

Se são detectados, será que existe um acordo mundial de acobertamento, extremamente eficaz que não permite a nenhum país ou qualquer indivíduo divulgar o rastreamento destas naves? Será que os governos se calam para não ter que justificar os milhões de dólares gastos em sistemas de defesa e reconhecer que nada podem quanto aos nossos arredios visitantes?

Relato de um Soldado
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Sáb, 18 de Setembro de 2010 12:38
14/04/2010 - Feira de Santana (BA) – 12 de janeiro de 1995. Os pesquisadores Alberto Romero, do Grupo de Pesquisas Aeroespaciais Zênite (G-PAZ), e Emanuel Paranhos, da Sociedade de Estudos Ufológicos de Lauro Freitas (SEULF), ambos localizados na Bahia, receberam uma inusitada correspondência. Ela dava conta de que, na madrugada do dia 12 de janeiro de 1995, o fazendeiro conhecido como Beto Lima estava caçando tatu quando encontrou um objeto dentro de uma lagoa em sua fazenda. Vejamos o que dizia a carta:

“Através desta carta, dirigida à emissora de televisão SBT, de São Paulo (SP), e ao jornal A Tarde, de Salvador (BA), os senhores poderão avaliar, através de seu corpo de jornalistas ou por outros meios, a verdade do que afirmo. Infelizmente não posso assinar, nem me identificar como verdadeiramente gostaria, por fortes razões pessoais e profissionais, já que sou militar ainda na ativa, principal razão do meu anonimato na grave denúncia que estou fazendo. Fiquei impressionado com a série de reportagens apresentadas através do SBT, no programa do apresentador Carlos Massa (vulgo ‘Ratinho’). Confesso que antes não levava muito a sério o assunto, mas diante das declarações feitas por outros militares, senti-me encorajado a fazer isso. Em janeiro de 1995, na madrugada do dia 12, aconteceu uma coisa muito séria nos arredores da cidade de Feira de Santana (BA). Houve um enorme apagão, que deixou às escuras toda a região, e pelo que soube através de amigos, atingiu até a fronteira com o Estado do Sergipe. Pouco depois, chegou uma mensagem ao comando desta unidade (35º Batalhão de Infantaria) e aproximadamente às 05h30 (depois de terem sido canceladas todas as folgas) saímos em três caminhões rumo ao interior. Alguma coisa tinha acontecido numa fazenda das redondezas e pelo que rodamos, imagino ser algo em torno de 20 ou 25 km da cidade. Não sabíamos exatamente do que se tratava”.

“Quando lá chegamos, pensamos que tivesse sido um rebate falso, já que tudo estava calmo. Não havia fumaça que indicasse um grande incêndio do pasto ou a queda de um avião, nem curiosos. Foi então que percebemos o nervosismo do comandante, que sem dúvida sabia do que se tratava. Ele se encaminhou à casa da fazenda, que estava fechada, e logo depois apareceu um empregado. O chefe perguntou rispidamente alguma coisa e o homem apressou-se em atendê-lo. Estávamos com roupa de campanha, totalmente equipados e armados com munição de guerra. O comandante pediu para abrir a casa e logo foi gritando para alguns soldados e oficiais o seguirem.

Vasculharam rapidamente toda a residência e logo saíram carregando o que à primeira vista pareceu-me ser um bicho preguiça, que se debatia debilmente nos braços que o seguravam, estranhando a expressão de pavor ou nojo do soldado. Atrás dele, outro carregava o que parecia uma criança de 6 ou 7 anos, bem franzina, possivelmente morta. Ambos os corpos foram rapidamente colocados na carroceria de um dos caminhões, assim como alguns pedaços de metal brilhante. Quando iam sendo colocados (os corpos) em sacos de lona plástica, um dos soldados fez o sinal da cruz e junto com um palavrão exclamou: ‘… são bichos do outro mundo!’ Então me aproximei e um companheiro visivelmente nervoso sinalizou, apontando seu FAL para as criaturas.

Arrepiei-me todo. Nunca tinha visto nada igual. O ‘preguiça’ gemia e se contorcia, procurando ajuda, já que estava bastante ferido, e assim de perto dava para ver que não era um bicho preguiça coisa nenhuma, mas cadê a coragem para tocá-lo? O outro era, a meu ver, mais assustador, porque seu rosto parecia mais ou menos com o de uma criança recém nascida ou coisa assim, mas era diferente, chegando a lembrar essas que morrem de fome e com olhos muito grandes. Entretanto, era grande demais para ser um recém nascido, já que media, pelos meus cálculos, perto de um metro.

Não pude seguir observando porque o comandante chamou a todos, menos dois que ficaram guardando os corpos, para irmos até uma lagoa próxima, onde vimos algo parecido com um pequeno carro, parcialmente afundado junto à margem. Então puxamos para fora, o que foi fácil demais porque era muito leve. Quase não nos atrevíamos a falar e nossa comunicação era silenciosa, através de gestos. Nesse instante chegaram dois veículos e vários indivíduos à paisana, junto com dois ou três oficiais da Marinha, não me lembro bem, e se reuniram separadamente com nosso comandante. Alguém cochichou que era do Serimar (Serviço Secreto da Marinha) ou Cenimar (Centro de Informações da Marinha) e acabaram tomando conta da operação. Pelo menos foi o que me pareceu. O objeto foi carregado em outro caminhão, onde também subiram dois dos que estavam à paisana e um dos oficiais da Marinha”.

“Não saímos dali sem antes os chefes encostarem o ‘pião’ na parede e muito provavelmente darem uma grande ‘prensa’ no coitado. Antes de despontar para a estrada, paramos por alguns minutos até chegar um caminhão tipo baú, sem nenhuma identificação, onde colocamos o objeto. Logo a seguir, um helicóptero pousou rapidamente para carregar os corpos. Ao retornar ao quartel, fomos encaminhados para uma reunião com o comandante, na qual fomos instruídos e coagidos para guardar sigilo absoluto sobre os acontecimentos, por se tratar de algo referente à Segurança Nacional, caso contrário ficaríamos sujeitos às penalidades cabíveis.

Sinto não poder dar maiores detalhes, mas por enquanto isso é impossível, já que qualquer informação que revelar pode denunciar minha identidade aos meus superiores. Só posso acrescentar que esta operação (não sei se houve alguma anterior a esta) serviu como padrão para a deflagrada no Caso Varginha, ocorrida em Minas Gerais, já que os procedimentos foram idênticos e a grande falha aí foi ter envolvido outras pessoas e instituições, que acabaram facilitando o trabalho dos jornalistas e pesquisadores do assunto, o que aqui não aconteceu. Sinto-me melhor depois de escrever isso.

Não por ter quebrado o meu juramento, mas depois de saber de vários outros militares, lá em Minas Gerais, que decidiram falar com os pesquisadores sobre o assunto, pensei bastante e achei que seria muito mais correto e honesto fazer o que fiz e desejar que os outros sigam meu exemplo. A única coisa que me preocupa, depois do que soube, é a saúde dos companheiros que pegaram nas criaturas e destroços (em Minas morreu um soldado). Infelizmente nunca mais soube nada a esse respeito e se soubesse não poderia falar”.

Operação Prato - Parte 1
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Seg, 16 de Fevereiro de 2009 12:29
O que é a Operação Prato? Operação Prato foi o nome dado a uma operação realizada pela Força Aérea Brasileira em 1977, através do seu Comando Aéreo Regional em Belém, para verificar a ocorrência de estranhos fenômenos envolvendo luzes hostis relatados pela população do município de Colares, estado do Pará, Brasil. Colares, ilha pertencente ao município de Vigia, no litoral do Pará. Em 1977, o Primeiro Comando Aéreo Regional da Aeronáutica (I Comar) recebe um ofício da prefeitura da época avisando que os UFOs estavam incomodando os pescadores e alguns já não conseguiam mais exercer suas atividades. Os objetos sobrevoavam as embarcações, mergulhavam ao lado delas em rios e mares. A população local passava as noites em claro, as pessoas acendiam fogueiras e soltavam fogos para tentar afugentar os invasores, que eram conhecidos como "chupa-chupa", "aparelho" ou simplesmente "o chupa".

Foi o pavor que fez com que o prefeito se dirigisse ao comando do Comar pedindo providências. O assunto era encarado pelas Forças Armadas como um fenômeno duvidoso, improvável e havia muita gozação a respeito, mas foi decidido que os fatos seriam pesquisados. Ali se iniciava a Operação Prato, uma equipe destinada a investigar secretamente o fenômeno UFO na Amazônia, o único projeto do gênero que se tem notícias em nosso país, comandada por Uyrangê Bolívar Soares Nogueira de Hollanda Lima, que 20 anos depois tornaria-se o primeiro oficial das Forças Armadas a quebrar o silêncio e vir à publico, revelando a veracidade e os detalhes da missão.

A Operação Prato consistiu-se na maior investigação ufológica já realizada por órgãos governamentais no Brasil. Durante quase quatro meses a Força Aérea Brasileira (FAB) através do I Comar (Comando Aéreo Regional) comandado pelo major Protásio de Oliveira e com sede em Belém/PA, disponibilizou agentes militares para investigarem estranhas manifestações de objetos voadores não identificados e luzes desconhecidas que vagavam, geralmente à noite e assombravam as populações na região da Baixada Maranhense, abrangendo os estados do Maranhão, Pará, Amapá e Amazônia. Os focos parecem ter se concentrado na região de Belém, aos arredores da Ilha de Marajó e nos vales dos rios Amazonas e Tapajós, região Norte do Brasil. Casos semelhantes foram também registrados em alguns Estados da região Nordeste.

A Missão

Sob o comando do Capitão Uyrangê Bolivar Soares Nogueira de Hollanda Lima, que deu o nome a missão e formada por três militares, a equipe investigou a área que fica no litoral próximo ao município de Vigia , munidos de câmeras fotográficas e filmadoras de 8 e de 16mm. Seu principal objetivo era observar e registrar, de todas as formas possíveis, as estranhas e inexplicáveis manifestações relatadas pelos habitantes. O posto médico da cidade havia realizado atendimentos a diversas pessoas vítimas de queimaduras cujos responsáveis, segundo a população, eram estranhas luzes vindas do céu. O fenômeno era conhecido como chupa-chupa e a história estava criando certa histeria entre os moradores, que buscando uma explicação religiosa atribuía os ataques ao "diabo, que estaria na Terra para atacar os cristãos". Enquanto esteve na cidade, a equipe de Hollanda Lima conseguiu restabelecer a ordem e evitar o pânico, que levava muitos cidadãos a se organizaram para fazer vigílias e usar fogos de artifício na tentativa de afugentar as misteriosas luzes. A operação durou pouco mais de quatro meses e nos dois primeiros, a equipe do Capitão Hollanda Lima não registrou ocorrências, porém o cenário iria se modificar radicalmente segundo o militar.

Experiências Extraordinárias !!

Realizada entre setembro e dezembro de 1977, a investigação tinha o intuito de desmistificar as estórias, descobrir que tudo não passava de erros de interpretação, alucinação e enganos coletivos. Superando todas as expectativas, no entanto, a Operação Prato resultou na comprovação da origem extraterrestre do fenômeno que vinha se manifestando em toda área ribeirinha e litorânea do Pará, começando pelos relatos e marcas físicas nos moradores, que eram perseguidos e atacados por luzes estranhas.

Inúmeras experiências extraordinárias foram vividas pelo coronel e outros oficiais, em noites e dias de vigília na selva. Hollanda e seus comandados tinham a incumbência de documentar os acontecimentos ufológicos na Amazônia, mas acabaram tendo contatos pessoais com naves extraterrestres. O oficial teve certeza de que os episódios eram reais, especialmente quando UFOs começaram aparecer de todos os lados, enormes e pequenos, distantes ou muito próximos.

Algumas eram assustadoras, pois os objetos tinham tamanhos exagerados. Ficou claro que eles sabiam da presença e do tipo de missão da equipe, parecendo haver uma certa interação e até respeito por parte dos alienígenas, pois não houve aparentemente nenhuma agressão contra os oficiais. Em apenas três ou quatro meses e mesmo com tantas coisas extraordinárias acontecendo, a Aeronáutica e o Comar desativaram as investigações.

Quase tudo foi devidamente documentado, fotografado, filmado e entregue aos seus superiores, mas deve ter sido arquivado e ninguém consegue obter informações da Aeronáutica, até hoje, a respeito.

Ao invés de desmistificações, acabaram conseguindo provas irrefutáveis da ação de seres não terrestres em nosso meio. Isso desmoralizaria a Força Aérea e o governo brasileiro. Este é, com certeza, um dos motivos para o silêncio. Posteriormente, em sua casa, aconteceram alguns fenômenos paranormais ao coronel Hollanda e, numa noite, adentrou em seu quarto um forte clarão, seguido de um estalido, iluminando tudo. Surgiu um ser por trás da cabeceira da cama, abraçando-o, com outro ao seu lado, este com 1,5 m, vestido com uma roupa parecida à usada por mergulhadores, além de uma máscara ou touca. Em seguida, ouviu-se outro estalo e o clarão desapareceu, junto com os humanóides. Sua esposa estava presente, mas não percebeu nada, continuou dormindo.

Oficial na reserva, Uyrangê Bolívar Soares Nogueira de Hollanda Lima acumulou méritos por ter se destacado em cada uma das funções para as quais foi designado e, mesmo pouco conhecido da maioria das pessoas, contribuiu imensamente para a Ufologia ao quebrar o silêncio, já que suas entrevistas garantiram um tratamento mais sério para o assunto.

Hollanda não se lembrava do lapso de tempo, mas depois desse acontecimento seu braço esquerdo apresentava coceira e manchas avermelhadas, além de algo pontiagudo sob a pele. Em 1997, depois de ser entrevistado pelo programa Fantástico, da Rede Globo e também pela Equipe UFO [Entrevista publicada nas edições 54 e 55], conversando com o pesquisador e hipnólogo Mário Nogueira Rangel, revelou interesse em ser submetido à regressão hipnótica,mas antes de ser marcada uma data para isso, o coronel faleceu, deixando-nos sem detalhes sobre sua possível abdução.



Entrevista Explosiva !! - Em 1997, vinte anos depois, Hollanda Lima concedeu uma entrevista aos pesquisadores Ademar José Gevaerd e Marco Antônio Petit relatando os acontecimentos e as atividades de sua equipe nos dois últimos meses da operação. Segundo ele, sua equipe presenciou as mais surpreendentes e estranhas manifestações de natureza desconhecida. Além de ter presenciado, os militares registraram os erráticos movimentos de pequenos objetos luminosos que julgou serem “sondas ufológicas”. Constataram também a presença de gigantescas naves que executavam manobras que destruiriam qualquer aeronave conhecida. Seriam maiores que “um prédio de trinta andares” em seu comprimento e emitiam luzes de várias cores. Tais “espaçonaves” recolhiam regularmente as “sondas pesquisadoras”. Em sua entrevista Hollanda Lima declarou que dois agentes do Serviço Nacional de Informação , também tiveram a oportunidade de presenciar estas manifestações envolvendo os objetos gigantes. O capitão pôde fotografar e filmar diversos tipos de luzes, das mais diversas dimensões. As cores também variavam e supunha ele que indicavam a função ou o tipo de manobra do “aparelho”. A equipe também recolheu relatos incríveis contados pela população ribeirinha. Alguns envolvendo seres luminosos saídos do interior de estranhos objetos. Esses seres arrebatavam pessoas com sua luminosidade. Outros sugavam o sangue das pessoas que capturavam. Um fato registrado é que na maioria dos episódios havia a presença de uma ou mais testemunhas.

Características do fenômeno “chupa-chupa”

A Operação Prato nasceu a partir dos preocupantes ataques desferidos pelo chamado Chupa-chupa à grande fatia da população ribeirinha do Norte, atingindo, mormente, os estados do Maranhão, Pará, Amapá e Amazônia. Segundo informações da época, o epicentro das ocorrências teria sido a região do município de Vigia e Ilha de Colares, situada próxima à Baía de Marajó, local onde o rio Tapajós deságua no oceano Atlântico. Consta que, aterrorizada, a população se trancafiava dentro de casa, unindo-se contra o desconhecido que espreitava seus lares. As pessoas ficavam fazendo barulho, batendo latas e panelas ou soltando fogos de artifício na esperança de assim, afugentar as “assombrações voadoras”. O Chupa-chupa fez diversas vítimas na população local, causando queimaduras cutâneas que cicatrizavam rapidamente e deixava em polvorosa a médica da unidade de Saúde de Colares, Wellaide Cecim de Carvalho, que não tinha uma explicação científica para aqueles diagnósticos. A doutora afirmou em entrevistas concedidas à imprensa que jamais viu algo igual àquilo e frisou também sobre o forte terror psicológico vivido pela população daquela região.

Segundo as últimas informações das testemunhas, o Chupa-chupa seria uma máquina voadora com as dimensões de um automóvel em formato cilíndrico, lembrando uma lata de óleo de cozinha. O aparato possuiria uma espécie de janela, através da qual algumas testemunhas relataram ter avistado dois vultos de seres semelhantes a humanos.

A parte inferior do objeto cilíndrico, que era arredondada, emanava uma forte luz alaranjada e, segundo alguns relatos, a partir desta, surgia um outro feixe luminoso, este era fino, de cor azulada que seguia certeiro à direção das pessoas atingindo-as, geralmente, na região do tórax. Após os ataques, uma pequena marca com furinhos parecendo terem sido feitos por uma agulha, ficava impressa na pele. Em seguida, a vítima sentia fraqueza física e desenvolvia sintomas semelhantes aos da anemia. Não se sabe ao certo se realmente esta máquina era exatamente conforme esta descrição, tampouco se colhia amostras de sangue, como pensam alguns, ou mesmo amostras de tecidos, quiçá ainda, o chamado “fluído vital humano” - como acreditam outros.

Com ataques desferidos geralmente à noite, o verdadeiro formato físico do objeto era sempre ofuscado pela intensa luminosidade que saia de sua base, a qual aparece em diversas fotografias feita pela Operação Prato e outros pesquisadores, incluindo, membros da imprensa do Pará, como os jornalistas Biamir Siqueira e José Ribamar dos Prazeres que tiveram uma tenebrosa experiência com uma luz que chegou bem próxima ao veículo deles.

A onda ou fenômeno “chupa-chupa” constituiu-se de uma seqüência de períodos médios – de até seis meses de duração – e curtos – de algumas semanas – de atividade ufológica nas regiões ribeirinhas da Amazônia, concentrando-se nos arredores de Belém, na Ilha de Marajó e no delta formado pelo Rio Amazonas ao atingir o Oceano Atlântico.
Os avistamentos eram, na totalidade, noturnos. Contatos imediatos de 2º e 3º graus, embora mais raros, também aconteciam à noite. Os poucos relatos descrevem criaturas semelhantes a humanos de estatura média.

— Os UFOs mais comuns tinham formato esférico, seguidos dos de aparência cilíndrica e uns raros em forma de peixe.

— O deslocamento da maioria dos objetos voadores não identificados observados era do céu para a terra ou do oceano para o continente.

— Durante as suas evoluções noturnas, os UFOs sobrevoavam preferencialmente as pequenas comunidades litorâneas e rurais.

— O maior problema para os observadores foi tornarem-se vítimas, pois muitas vezes eram atingidos por potentes projeções luminosas de ação paralisante.

— As vítimas do chupa-chupa eram em geral adultas, de ambos os sexos e os acidentes não ocorriam de forma casual. Integrantes da Operação Prato detectaram que perto de 2/3 dos atingidos eram mulheres adultas.

— As lesões nos atingidos configuravam-se em queimaduras de primeiro grau, não superiores a 15 centímetros de extensão, localizadas na maioria das vezes sobre a região torácica.

— As vítimas do chupa-chupa, após o incidente, se queixavam de vertigem, dores no corpo,
tremores, falta de ânimo, sonolência, fraqueza, rouquidão, queda de pêlos, descamação da pele lesada e freqüentes dores de cabeça. Estes sintomas foram constatados por médicos.
As Lesões das Vítimas
Abaixo, o relato das lesões nas vítimas, segundo a médica sanitarista e diretora do Departamento de Programas Espaciais da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (PA), Wellaide Cecim Carvalho, que atendeu as vítimas.

— Não formavam bolhas típicas de queimaduras, nem se assemelhavam a efeitos de queimaduras produzidas pelo fogo ou água quente.

— Pareciam queimaduras radioativas, como as produzidas pelo elemento químico cobalto.

— Não existia dor no local atingido, apenas um ardor discreto que passava em poucas horas.

— Depois de dois dias do ferimento a pele da vítima descamava. Nesse estágio, era possível notar dois pontos bem próximos, como picadas de agulha.

— Queimaduras superficiais de 2 a 10 cm.

— Discreto ardor na região atingida, sem referência a qualquer processo infeccioso.

— Presença de pontos como picadas de agulhas, que desaparecem após 72 horas.

— Queda dos pêlos nas regiões atingidas pelo raio com escamação da epiderme, dias depois do incidente causador.

— Tonturas, vertigens, cefaléia e astenia (fraqueza dos membros inferiores).

— Exames de sangue feitos em algumas vítimas do chupa indicaram baixo teor de hemoglobina e redução no número de hemácias.







Desenhos
Segundo Hollanda, a equipe colocava o nome da pessoa que teve a experiência, o local onde ocorreu, horário, etc. Faziam uma descrição de cada fato ocorrido. Assim, se acontecessem três casos numa noite, ouviam três testemunhas. Algumas das descrições eram comuns, outras mais estranhas. Às vezes recebiam relatos de coisas que não podiam comprovar a autenticidade, como desmaterialização de paredes inteiras ou de telhados.

Tinham máquinas fotográficas Nikon profissionais, com teleobjetivas de 300 a 1000 mm, dessas grandes. Era um terror trabalhar com elas, porque tinham um foco rapidíssimo. Qualquer bobeada, qualquer movimento em falso, e perdiam os UFOs. Mas eram equipamentos de primeira. Também tinham filmadoras e gravadores, na possibilidade de um ruído ser ouvido ou de alguma coisa que pudesse ser registrada.

Chegaram a verificar pelo menos nove formas de UFOs. Conseguiram determiná-las e classificá-las. Algumas eram sondas, outras naves grandes das quais saíam objetos menores. Filmaram tudo isso, inclusive as naves pequenas voltando ao interior de suas naves-mãe, as maiores. Tudo foi muito bem documentado.

Os relatórios com desenhos, fotos, croquis etc eram preparados, classificados, passados ao comandante e arquivados no próprio 1º COMAR, numa sala reservada. Depois disso, alguns iam para Brasília, segundo o que o coronel foi informado na época.

Arquivo X

Originalmente, o Capitão Hollanda Lima dizia que apesar de crer na possibilidade de vida extraterrestre não acreditava ser esse o caso dos registros visuais em Colares, contudo mudou radicalmente a sua opinião durante o tempo em que esteve na região, pois teria visto, filmado e fotografado OVNIS sobrevoando a cidade, próximo aos locais onde o pessoal de sua equipe estava instalado. O comando da Aeronáutica oficializou o término da operação após quatro meses e ordenou o regresso da equipe. Porém o capitão disse que tentaria investigar ainda por conta própria. As luzes continuaram a ser vistas em Colares por algum tempo mas não com a mesma intensidade e casos de vítimas das queimaduras não foram mais registrados. Yrangê Bolívar Hollanda Lima foi encontrado morto em sua casa na Região dos Lagos no Rio de Janeiro três meses após sua entrevista ser publicada. Ufólogos que ficaram amigos do militar afirmam não acreditar que ele tenha realmente se suicidado, lançando suspeitas sobre uma conspiração de assassinato. Todo o material registrado pela sua equipe durante a Operação Prato ficou em posse da FAB, que ainda não liberou estes arquivos ao público, apesar de uma campanha iniciada pelos ufólogos brasileiros junto ao presidente Luis Inácio da Silva.

Morte “muito” Misteriosa

O coronel Hollanda foi encontrado morto em sua casa na Região dos Lagos no Rio de Janeiro três meses após sua entrevista ser publicada. Ufólogos que ficaram amigos do militar afirmam não acreditam que ele tenha realmente se suicidado, lançando suspeitas sobre uma conspiração de assassinato. O caso foi registrado na delegacia de São Pedro da Aldeia, vizinha a Cabo Frio. O laudo do Instituto Médico Legal confirmou a morte por asfixia, devido ao enforcamento.

A cena do “suposto suicídio” do coronel Uyrangê Hollanda mostrava o “absurdo” do corpo preso pelo pescoço com o simples cordão do seu roupão de banho na cabeceira da cama, sentado no chão, ao lado da cama, segundo a versão oficial – bastante contestada, por sinal. Muitos pesquisadores e simpatizantes do assunto duvidam da realidade da dita cena, pois, sabe-se que o coronel como um militar de brigada e comandante de um departamento de inteligência da Força Aérea Brasileira (FAB), deveria saber muito bem como proceder para promover um suicídio de forma eficaz e não tão grosseiramente como fazem parecer as versões "oficializantes" de sua morte - até porque, todo militar, desde um soldado raso até a mais alta patente, sabidamente, detém conhecimentos das mais eficazes técnicas, tanto para matar alguém, como também para se matar.

Sabe-se ainda de uma tentativa anterior de suicídio do coronel, quando havia se jogado do quarto andar de um edifício.

Todo o material registrado pela sua equipe durante a Operação Prato ficou em posse da FAB, que ainda não liberou estes arquivos ao público, apesar de uma campanha iniciada pelos ufólogos brasileiros junto a o presidente Luis Inácio da Silva.

Os Personagens

Operação Prato mobilizou diretamente mais de 30 pessoas, todas lotadas no I Comar. Eram agentes ou colaboradores do A2, o departamento de Inteligência do I Comando Aéreo Regional da Aeronáutica, destacamento responsável pela execução da operação.
Ao que sabemos, esteve participando da Operação Prato, pelo menos um civil, contratado e envolvido diretamente com as investigações em campo. Trata-se do piloto Ubiratan Pinón Frias, que, por sua estreita amizade com os militares e, sobretudo, por ser experiente e deter conhecimento aéreo de toda aquela região, fora contratado para participar da operação militar.
Homem de confiança de Hollanda e Flávio, o piloto Pinon concedeu uma longa entrevista a Vitório Peret, para o Portal UFOVIA, onde contou algumas das passagens “que podem ser contadas”, segundo ele, acerca de seu relacionamento com os membros da operação e dos avistamentos de UFO’s e até alienígenas naquela época e posteriormente. Segundo Pinon, ao ser desfeita a operação, por ordem do brigadeiro Protásio de Oliveira, diversos dos membros de campo, continuaram pesquisando o assunto “por conta própria”. Ele mesmo, por algumas ocasiões após o término da Operação Prato dirigiu diversos militares de alta patente, que vinham de Brasília para Belém, para se observar àquelas inusitadas ocorrências que eram noticiadas ao comando do Estado Maior das Forças Armadas (EMFA) do regime militarista do general Ernesto Geisel, presidente do Brasil.

Segundo algumas fontes, o próprio brigadeiro Protásio, comandante do I Comar, que ordenou a criação e o encerramento da Operação Prato, também participou de alguns avistamentos nas vigílias militares. Segundo fomos informados, Protásio seria – a exemplo de Hollanda – um fascinado por aquelas ocorrências, inclusive, saindo por vezes, aos locais ermos em vigílias individuais noturnas, na esperança de manter algum contato com os prováveis aliens.

Também o seu subordinado direto, coronel Camilo de Barros – hoje brigadeiro da reserva – que comandou a operação junto a Hollanda, teria interagido diretamente com as atividades de investigações ufológicas na selva, chegando a pilotar o helicóptero usado pelo I Comar nas operações ou seguindo de veículo terrestre aos locais designados para montarem vigílias em regiões pré-estudadas.

Além dos militares e do piloto civil, outras figuras foram também marcantes e por vezes, coadjuvantes com a situação vivenciada na região de Colares. Uma dessas pessoas é sem dúvida, a médica Wellaide Cecim de Carvalho, recém formada em medicina que naquela época assumia a direção da Unidade de Saúde de Colares. Wellaide reclama o tratamento dado pelas autoridades militares à população local. Além disso, ela declarou em entrevistas concedidas aos jornalistas Carlos Mendes e a revista UFO, que a FAB teria obrigado-a a mentir sobre as ocorrências. Os militares pressionaram a médica a divulgar inverdades, segundo ela, seja afirmando para seus pacientes que tudo se tratava de “delírio coletivo”, seja não informando aos meios de comunicação sobre a envergadura das ocorrências envolvendo vítimas que mal podiam ser diagnosticas pelas vias conhecidas da ciência disponível naquela época.

A médica assistiu o esvaziamento da Ilha de Colares, quando, no auge das ocorrências, a maioria das pessoas abandonou a cidade, chegando faltar alimentos para aqueles que permaneceram. Com uma intensa experiência junto à patologia dos casos, a doutora afirmou em entrevista a Gevaerd acreditar que o Chupa-chupa ao tocar seres humanos com seu feixe de luz, estaria "roubando" para si, o fluído vital daquelas pessoas.

Outro personagem de fundamental importância, sobretudo para o esclarecimento da realidade vivida pelas populações vitimadas, mostrou ser o jornalista Carlos Augusto Serra Mendes do jornal O Estado do Pará, hoje extinto. Consta que Carlos Mendes cobriu grande parte dos acontecimentos e trouxe à tona diversos aspectos novos acerca dos casos amazônicos. Em entrevista concedida à Revista UFO, edições 114 e 115 (CBPDV/Editora Mythos-setembro/outubro/2005) ele contou um pouco de seu trabalho jornalístico naquela época. Em sua fala, Mendes mostra outros terrenos, até então, não tornados públicos e relativos à Operação Prato. Entre eles, declara a patente repressão do I Comar à imprensa local, sobretudo aos repórteres mais ousados e interessados em cobrir os fatos, como era o seu caso.

Segundo Mendes, o coronel Uyrangê seria uma pessoa de uma aura bem diferente dessa “carismática” apresentada no meio ufológico e, em verdade, seria ele um dos elementos que mais policiou as informações de seu Estado, impedindo com que a mídia local propagasse os fatos para outras plagas nacionais.

Em sua entrevista a Ademar Gevaerd, o jornalista Mendes comenta que “Fazer cobertura dos casos de Chupa-chupa era arriscado porque os militares estavam sempre observando para nos reprimir”. Para ele, o coronel Hollanda seria uma homem mau-humorado, severo, repressivo e pronto a apreender todo e qualquer material que registrasse UFOs ou que pudesse comprometer as estratégias de sua operação. Carlos Mendes, apesar de nunca ter presenciado pessoalmente nenhum avistamento ufológico, mesmo que “corresse atrás” para ver, acredita piamente nos casos, sendo um dos elementos que tratou a casuística paraense com apurada isenção a partir do ponto de vista jornalístico.

Uma das figuras mais queridas por todos e sempre lembrada com saudosismo pelos amigos, pesquisadores e simpatizantes do assunto é, sem dúvida, a do sargento João Flávio da Costa, que muitos acreditam, se tratar do “espírito” da Operação Prato em pessoa.

Flávio era dono de habilidades polivalentes, entre elas a do desenho e da fotografia.

Flávio filmou e fotografou inúmeros UFOs e OSNIs (Objetos Subaquáticos Não Identificados), inclusive, numa das ocasiões, ao lado de Vitório Peret (integrante da Operação Trilha) que era seu amigo dileto. Peret nos contou que estavam na Praia de Machadinho, quando surgiu um objeto voador descendo sobre as águas mar, ao que, preparado com a filmadora super 8, Flávio pôde registrar a incrível manobra do estranho objeto.

Segundo Peret, aquele avistamento foi uma das passagens mais incríveis que pôde presenciar durante as vigílias que participou ao lado dos integrantes da Operação Prato no fim dos anos 70. Provavelmente, este filme registrando um autêntico OSNI no rio Tapajós, feito em plena luz do dia, está sob sete chaves nos arquivos do COMDABRA em Brasília – ou pelo menos, deveria estar.
Exímio desenhista, Flávio legou também às pesquisas e investigações sobre os UFOs na Amazônia inúmeros desenhos, onde aparecem em alguns, seres alienígenas ou inusitadas máquinas voadoras fora do convencional. Fez de próprio punho, diversos mapas das regiões onde eram ou seriam realizadas as vigílias do grupo.

Através dos trabalhos de pesquisa da Operação Trilha, descobrimos recentemente que o sargento João Flávio cursou a temida Escola das Américas (School of Arts) durante aquele período militarista que atravessava o Brasil naqueles longínquos anos 70. Conforme mostra documento exposto no site da School of Arts - Watching (SOAW), entidade que combate os métodos desumanos da SOA, além de promover o seu fechamento [veja parte 2 dessa matéria], o sargento João Flávio e diversos outros militares brasileiros dos anos 60 cursaram a escola militarista norte-americana - famigerada por empregar métodos de tortura e humilhação – e supostamente ligada a CIA e NSA, como defendem alguns. Prática esta - poder-se-ia dizer -, natural àquela época, visto que o governo militarista brasileiro estava intimamente ligado ao governo norte-americano que, como defende diversos historiadores, teria sido o elemento insuflador da revolução militar de 1964, que levou o país a viver por quase 21 anos em rígido sistema militarista, que matou, perseguiu e censurou milhares de brasileiros.

Mesmo com praticamente todos os pesquisadores da Operação Prato obtendo acesso a estes novos levantamentos, nenhum deles, até o momento (exceto pessoas ligadas diretamente a Operação Trilha), seja reservadamente ou publicamente, ousou comentar sobre as possíveis implicações que residem por detrás desse dado. O fato de o homem responsável por grande parte da estratégia da Operação Prato ter cursado “contra-inteligência” da School of Arts, sugere no mínimo que, o relacionamento e, talvez, o acompanhamento de órgãos ligados ao governo norte-americano era patente. Muitos pesquisadores parecem ignorar este fato implicante, em verdade, em todo o conteúdo registrável da Operação Prato nos moldes em que ela é vista publicamente, bem como de todas as declarações extra-oficiais emitidas a respeito, posteriormente, pelas pessoas envolvidas diretamente nos fatos em questão.

Flávio, assim como o seu colega e amigo Uyrangê Hollanda, teria sido portador de um implante alienígena num braço, certamente colocado em seu corpo em estado inconsciente - pois, ao que se saiba, nunca declarou ter sido abduzido ou mantido algum contato consciente com aliens. Quem garantia isso era o próprio Hollanda e ainda, corroborado pelo piloto Pinon em sua entrevista a UFOVIA, ao dizer que Flávio se sentia incomodado com o artefato instalado sob a pele do braço, chegando a mexer por vezes nele. Acreditam alguns que isso teria sido a causa de sua inexplicável morte.

Segundo relatou o piloto Ubiratan Pinon (que era amigo e conterrâneo de Flávio) na citada entrevista, o agente militar padeceu de uma morte bastante estranha, aparentemente sofrida e inexplicável. Segundo lhe informou a esposa de Flávio, pouco antes de sua morte, seu marido teria entrado num processo de profunda depressão e alienação. Ela contou que Flávio ficava a chorar constantemente e não se comunicava com ninguém, como se tivesse se desligado do mundo exterior. Segundo Pinon, os sintomas observados eram semelhantes aos das pessoas que sofrem algum tipo de derrame cerebral, neste caso, sem manifestar paralisação de quaisquer membros de seu corpo.

Não menos misteriosa e chocante foi a morte de Uyrangê Hollanda, que tornou-se motivo de acirradas discussões entre pesquisadores e simpatizantes do assunto. Em 02 de outubro de 1997 Uyrangê Hollanda teria se enforcado no quarto de sua casa, situada num condomínio em Iguaba, pequena cidade do litoral carioca. No momento do suicídio, estavam em casa a sua filha e uma enteada. O coronel que estava afastado da FAB há sete anos e que há menos de dois meses de sua morte havia concedido uma bombástica entrevista à Revista UFO narrando detalhes estarrecedores de seus avistamentos e registros na selva. Recentemente, acessamos informações que asseguram que, para se matar, ele teria usado uma corda e não o cinto do roupão de banho, como fora divulgado anteriormente. Com uma extremidade da corda presa ao pescoço e outra à cabeceira da cama ele teria subido sobre a cabeceira e saltado no vão, ao lado de sua cama.

Sua morte teria sido causada por asfixia, devido ao fato de ter quebrado o pescoço e não por enforcamento, como se supõe. Consta que, no momento do suicídio a filha e a enteada o encontraram-no já morto ao lado da cama e, inclusive, alguns vizinhos também teriam visto seu corpo ainda no quarto, logo após o suicídio.

Fatos implicantes vêm reforçar a teoria de que não teria ocorrido suicídio (como defende parte considerável dos pesquisadores do assunto), mas sim, assassinato. Recentemente, uma nova teoria vem surgindo, dando conta de que não teria havido morte alguma (pelo menos, naquela época) e que o coronel teria se safado do país com outra identidade, visando com isso, encerrar de vez o assunto “Operação Prato”, vez que a FAB já saberia de antemão sobre a natureza daqueles fenômenos e tudo mais que estava a ocorrer de misterioso na região Norte do Brasil e, por algum motivo, não desejaria tornar públicos tais fatos.

Dos detalhes mais reflexivos que acercam a morte do coronel fica algumas incógnitas: Há quem afirme que ele estava sofrendo de alcoolismo e afundado em dívidas. Mas soubemos que, poucos meses antes de sua morte, o coronel teria vendido um caríssimo apartamento que possuía na orla marítima e mudado para uma modesta casa em Iguaba, local em que veio falecer. Há também, informações de que Hollanda se desfez de outros patrimônios pessoais, pouco antes do dito falecimento.

Sobre a polêmica da morte do coronel Hollanda, um dos colaboradores anônimos (de alta confiabilidade) da Operação Trilha, que recentemente pesquisou diversos aspectos do suposto suicídio de Hollanda, nos forneceu algumas informações bastante interessantes que vêm a seguir. Este nosso informante, após visitar a cidade de Iguaba e fazer diversas constatações, nos afirmou: “Agora sim, estou absolutamente convencido da morte do coronel Hollanda. Conversei com inúmeras pessoas nas proximidades da residência dele e pude verificar diversos detalhes”.

1) Hollanda mudou-se para Iguaba em 1997. Residiu primeiramente num prédio de nome “Solar das Rosas”, no apartamento nº 301, de frente para a praia. Não foi possível saber de onde havia chegado para residir em Iguaba, se de Belém ou de Cabo Frio;

2) O coronel morou neste imóvel nobre por sete meses. Segundo nosso informante, ele estava inteiramente endividado, a ponto de os credores baterem à sua porta com freqüência e não serem atendidos;

3) Não possuía nenhum amigo, ninguém lhe visitava e assim, vivia seus dias em profunda depressão;

4) Freqüentava um barzinho a 20 metros de seu condomínio e lá banhava a alma na cerveja diariamente.
Segundo nosso informante, passados sete meses o coronel mudou-se para outro endereço, num condomínio bem simples chamado “Dom Vital 1” [foto acima]. Por esta ocasião, sua visível depressão aumentava cada vez mais. A mudança teria sido feita com a intenção de livrar-se, pelo menos temporariamente, dos credores que lhe procuravam constantemente, contudo, jamais foram reveladas as origens de tais débitos contraídos pelo coronel.

Afirma nosso informante sobre o suicídio que, de acordo com pessoas presentes no interior da casa no momento em que chegaram a polícia e os bombeiros, não estaria correta a descrição conhecida e divulgada oficialmente acerca da morte do coronel. Vizinhos que adentraram a residência e foram ao andar superior onde Hollanda teria se suicidado, observaram que ele estava com uma "corda mesmo" no pescoço e não com o cinto do roupão de banho, conforme consta na versão divulgada.

A morte de Hollanda deverá ser perpetuamente, um ponto obscuro contendo improváveis esclarecimentos, sobretudo pelo fato de sua família não mais ser localizada (exceto os irmãos), após sua morte e, certamente, mesmo se o fosse, não desejaria prestar nenhum esclarecimento a respeito do assunto.

O pesquisador Daniel Rebisso Giese, também foi sem dúvida, um dos mais destacados pesquisadores dos casos amazônicos. Autor do primeiro livro a abordar os fenômenos amazônicos Vampiros Extraterrestres na Amazônia (Independente, 1991), pesquisou de perto as notórias ocorrências de uma forma desenvolvida por poucos pesquisadores. Outro que merece destaque nas pesquisas destas ocorrências é amazonense Manoel Gilson Mitozo, que percorreu alguns pontos da imensa região amazônica e constatou casos incríveis, alguns dos quais, publicados no passado pela Revista UFO. Também o norte-americano Bob Pratt, não pode deixar de ser citado como carta de destaque neste baralho ufológico. Pratt que mantém o site www.bobpratt.org disponibilizando diversas informações acerca dos casos brasileiros é autor do livro Perigo Alienígena no Brasil (CBPDV/Revista UFO) que destaca inúmeros casos ocorridos em uma grande região visitada por ele. Inclusive, viajou ao lado de Flávio, Hollanda e Pinon para localidades distantes, situadas a oeste de Belém. Rebisso e Pratt são convictos - assim como a maioria dos pesquisadores do assunto -, de que a causa dos fenômenos amazônicos seja de natureza extraterrestre.
Operação Prato - Parte 2
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Seg, 16 de Fevereiro de 2009 13:42
Natureza dos Fenômenos - As ocorrências da Operação Prato se mostram “endêmicas”, haja vista a atitude peculiar, abundante e fria, onde configuram-se máquinas voadoras desconhecidas agindo e atacando seres humanos em regiões economicamente pobres ao Norte do Brasil. Populações paupérrimas estiveram às voltas com manifestações de violência, pavor, terror e muito medo. Cidadãos brasileiros sofreram queimaduras, algumas escoriações, contusões e lesões ao tentarem se safar da perseguição das luzes em locais ermos da selva. Contudo, nada mais foi feito pelas autoridades regionais que o envio de militares – e não de cientistas ou pesquisadores desta casuística – que percorreram as localidades mais queixosas dos ataques. Em verdade, nos parece que a Operação Prato, apenas foi uma espécie de satisfação social (que, a bem da verdade nem foi dada, pois nada de oficial foi declarado pela FAB até hoje)...

ao povo local, levando militares e seus aparatos tecnológicos, aviões e veículos em meio às localidades reclamantes, fazendo parecer que tal operação se dava apenas para se criar uma imagem de segurança junto ao povo aterrorizado. Somente após certa insistência das autoridades locais é que a FAB enviou agentes para sondar as ocorrências, quando, de fato, isso deveria ter sido feito bem anteriormente de soar os alarmes populares, se é que existia na época (ou desejavam prestar de fato), um serviço de qualidade por parte dos vigilantes da Segurança Nacional.

Verdade é que, o país foi violado, seja pelo o que for e ainda nada foi explicado, mesmo após passadas décadas. A forma rudimentar com que foi deflagrada a Operação Prato e os diversos dados divulgados anos depois, nos faz refletir sobre alguns aspectos tidos como “oficiais” e verídicos que, trazidos à luz de análises menos passionais, se mostram bastante discutíveis. Mesmo sem se deter quaisquer provas de que, de fato, os seres que operavam tais máquinas voadoras (algumas possivelmente teleguiadas e em forma de sondas não tripuladas) seriam de fato, extraterrestres vindos de civilizações cósmicas mais evoluídas que a nossa, muitos pesquisadores e integrantes da operação asseguravam o fato. Ao nosso ver, os militares pecaram ao virem de forma oficiosa, fechar esta questão ao afirmarem com total veemência de que aqueles aparatos voadores se tratavam mesmo de “coisas de outro mundo”. No entanto, nem a FAB nem qualquer outro órgão da Segurança nacional veio de forma oficial corroborar esta opinião oficiosa dos integrantes e da maioria dos pesquisadores da Operação Prato, incluindo os mais ilustres.

Conforme descreve Daniel Rebisso em sua entrevista concedida ao portal UFOVIA, naquela época, as pessoas cogitavam que os fenômenos poderiam ser de tudo, desde experimentos de norte-americanos, russos ou até japoneses... Também Ubiratan Pinon afirma que os próprios integrantes da Operação Prato, a princípio, levantavam diversas possibilidades sobre a natureza terrestre das ocorrências, mas, contudo, pela forma com que os objetos se manifestavam (eram naves de dimensões variadas, inclusive, algumas enormes, fazendo manobras fora do convencional etc) eles acreditam seguramente que se tratassem mesmo de tecnologia extraterrestre.

Outros pesquisadores já apontam para a possibilidade terrestre como explicação para os casos. Sugerem que os veículos não identificados, aéreos e anfíbios (que na verdade tinham o poder de operar como aeronave e submarino, simultaneamente) seriam aparatos secretos que, naquela época, estariam sendo desenvolvidos por potentes nações terrestres. Assim, estes equipamentos, veículos e armas estariam sendo testados em povos pobres, residentes na região Norte (e parte do Nordeste) do Brasil, além de alguns países da América Central e até no México. Isso explicaria a intensa onda de mutilação de animais ocorrida nestas regiões em parte dos anos posteriores, adentrando as décadas de 80 e 90, quando da “explosão” dos casos de mutilação do chamado Chupacabras. Geralmente, quando ocorridos em animais os casos eram atribuídos ao Chupacabras, um possível animal desconhecido que, em verdade, ninguém nunca o viu comprovadamente. Os casos ocorridos em seres humanos no Pará, por exemplo, receberiam o nome de “Chupa-chupa”, mas, seguramente, se os mesmos viessem a ocorrer em animais, seriam então rotulados de Chupacabras. Ou seja, é provável que a fonte de ataque a animais e humanos registrada nas citadas regiões fosse exatamente a mesma.

Uma antiga base da USAF no Estado do Amapá é vista com desconfiança por alguns pesquisadores. Para estes, a citada base militar estrangeira poderia ter algum envolvimento direto com as ocorrências apavorantes. Segundo informações que obtivemos através de Ubiratan Pinon, esta base (que já foi usada por ele como piloto) está desativada há vários anos e se tratava de um ponto de suporte aos submarinos norte-americanos que passavam por aquela região na época da Segunda Guerra Mundial.

Também o fato de a FAB se portar de forma tão apática ao se negar vir a público, seja para assumir ou repudiar esta questão, faz o bom senso de alguns pesquisadores desconfiar de que, talvez, o governo brasileiro daquela época já soubesse de antemão o que estaria se passando naquelas plagas. Mesmo que o assunto seja de Segurança Nacional ou que haja outro dispositivo para retê-lo à opinião pública, faltou o “carimbo oficial da FAB”, seja para reconhecer ou desconhecer os cernes da conturbada questão. Contudo, ainda assim, esperamos, que nestes tempos onde sopram ventos mais democráticos, nossas autoridades governamentais se mostrem flexíveis e venham a público, mesmo que quase 30 anos após o término da Operação Prato, prestar ao povo brasileiro explicações que lhe pertence.

Mesmo não afirmando plena convicção, seja da natureza terrestre ou extraterrestre dos fenômenos, o pesquisador, consultor para a Revista UFO e UFOVIA e mestre em História pela Unesp, professor Cláudio Tsuyoshi Suenaga inseriu um adendo bastante interessante relativo à “Questão Prato”, justamente, em sua dissertação de mestrado, proferida há quase 10 anos.

Suenaga que é um dos mais atentos, cautelosos e bem informados pesquisadores – como já o era na época da citada dissertação – aventa a hipóteses sobre a exploração das riquezas minerais amazônicas (leia parte 1 dessa matéria). O pesquisador destaca os ricos mananciais da região, que podem despertar muitos interesses escusos. Em sua dissertação de mestrado, Suenaga parece ver com reservas a possibilidade de que as manifestações e ataques provenham exclusivamente de fontes extraterrestres, mas sim alienígenas, que, no caso, poderiam se tratar de brasileiros mesmo. A seguir, reproduzimos trecho pertinente, extraído com autorização de Cláudio Tsuyoshi Suenaga, da sua dissertação de mestrado.

“(...) Para outros, os fenômenos deviam-se às operações do Projeto Radam. De concreto, temos a lembrar que em agosto de 1977 inaugurou-se a primeira etapa das obras da hidrelétrica Curuá-una, a 70 km de Santarém. O jornalista Álvaro Martins selecionou três explicações plausíveis: Os UFOs eram aparelhos de sondagem petrolífera pertencentes a Petrobrás, artefatos secretos militares ou, conforme os moradores de Viseu, ‘artifícios utilizados por contrabandistas internacionais – comandados por agentes franceses operando sigilosamente junto à ilha do Meio e às margens dos rios Umurajó e Emborai (PA) – para afugentar curiosos das áreas da extração de areia monazítica’. O Pará é um Estado riquíssimo em minérios. Na serra dos Carajás há uma reserva de ferro calculada em 18 bilhões de toneladas, com teor de pureza de mais de 60%, além de cobre (1 bilhão de toneladas), manganês (56 milhões), bauxita, níquel e ouro. O Estado possui reservas de cassiterita, calcário, chumbo, molibdênio e talco. No Médio Amazonas, a Petrobrás descobriu uma das maiores bacias de sal-gema do mundo, que se estende de Montes Claros ao Estado do Amazonas. Analisando detidamente os relatos, depreendemos que a quase totalidade dos UFOs correspondem ao feitio de armas secretas norte-americanas. Portanto, não descartamos que testes estivessem sendo conduzidos justamente nessa área remota e desolada do Brasil – haveria lugar mais perfeito para tanto? – sob a fachada extraterrestre. Além de esferas luminosas, muitos reportaram naves em forma de helicópteros, pipas, peixes e arraias. O colono Oswaldo Pinto de Jesus, 45 anos, do pequeno vilarejo Coração de Jesus, interior de Vigia/PA, declarou no final de outubro de 1977: ‘Na época do ‘chupa’, a gente ouvia muita conversa sobre o tal aparelho que andava rondando a vila de Santo Antônio de Umbituba, até que apareceu em Coração de Jesus. Na madrugada de um fim de semana, minha mãe (Maria Assunção) viu o aparelho e nos chamou. Aquilo voava devagar, sem fazer barulho. Visto de baixo parecia um helicóptero. Tinha muitas luzes coloridas na cauda e um foco bem forte na ponta. Como se notasse a nossa presença, o objeto apagou as luzes e desapareceu na escuridão (...)”.

De forma corajosa e sem medo de navegar contra a “maré da maioria”, o professor Suenaga exprime aqui uma pequena mostra de sua responsabilidade informativa e comprovado bom senso, ao abordar tão delicado (às vezes, difamado) assunto já no início de sua vida acadêmica. Mostra também, que a teoria terrestre (TT) para se justificar os fenômenos amazônicos não é nenhuma novidade, tampouco foi levantada ou é patrocinada pela Operação Trilha, como acreditam alguns.

Outros pesquisadores do assunto sejam eles céticos em extraterrestres ou não, apontam para diversos fatores que implicariam na possibilidade terrestre como causa das ocorrências. Por exemplo, em anexo ao relatório da Operação Prato, consta um desenho feito por Carlos Avad mostrando um UFO triangular que hoje pode-se dizer, é idêntico aos “aviões invisíveis” do tipo B-2 ou Stealth (porém, estes seriam “inconcebíveis” naqueles anos 70 - conforme acreditam alguns pesquisadores). Avad avistara o tal objeto sobre a praia do Arariá, em Santarém/PA. Além disso, outras aeronaves que hoje possuem formatos futuristas como deltas, triangulares, ovóides ou discóides eram completamente desconhecidas naquelas épocas e tais formatos eram constantemente narrados como sendo de UFOs. Algumas destas aeronaves, somente foram reveladas ao público há poucos anos. Em realidade, alguns dos desenhos oficiais retratando UFOs pela Operação Prato podem, de fato, serem associados a algumas modernas aeronaves contemporâneas.

Nos UFOs apresentados e descritos são apontados também, além de seus formatos, diversos detalhes associados às aeronaves secretas de última geração, hoje em poder de pequenos grupos nacionais, quiçá, multinacionais. Alguns defendem que diversos sistemas de navegação e combustão fora do convencional – que já se encontrariam em plena atividade - vêm sendo testados há várias décadas pelos países mais evoluídos tecnologicamente. Diversos dos recursos da tecnologia de aviação vigente que há 30 anos eram vistos como impossíveis, impraticáveis ou se realizados, “milagrosos”, hoje não passam de práticas científicas explicáveis até para crianças de qualquer curso primário.

Militares brasileiros empreenderam operações oficiais de pesquisas ufológicas na floresta

Uyrangê Bolívar Soares Nogueira de Hollanda Lima. Este é o nome do primeiro oficial de nossas Forças Armadas a vir a público falar sobre impressionantes atividades de pesquisas ufológicas desenvolvidas secretamente no Brasil. Conhecido por todos como Hollanda, o coronel reformado da Aeronáutica, ainda quando era capitão, comandou a famosa e polêmica Operação Prato, realizada na Amazônia entre setembro e dezembro de 1977. Por determinação do comandante do 1º Comando Aéreo Regional (COMAR), de Belém (PA), Hollanda estruturou, organizou e colheu os espantosos resultados desse que foi o único projeto do gênero de que se tem notícia em nosso país – e provavelmente um dos poucos no mundo. Logo após conceder esta entrevista à Revista Ufo, antes mesmo de vê-la publicada, o militar se suicidou. Sua morte causou grande polêmica, tanto quanto suas extraordinárias revelações. Foram elas, em grande parte, que motivaram a Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) a iniciar a campanhae UFOs: Librdade de Informação Já, que chega agora ao seu quarto mês.

Nada mais justo que publicar, nesta edição, uma versão reeditada da histórica entrevista de Hollanda à Ufo, feita em 1997 e veiculada nos números 54 e 55, que circularam nos meses de outubro e novembro daquele ano. Seu conteúdo é chocante e mostra duas coisas com excepcional clareza: primeiro, a que ponto a Força Aérea Brasileira (FAB) chegou em sua determinação de conhecer o Fenômeno UFO, através de uma equipe de militares. Segundo, a coragem do chefe de tal equipe em empreender uma operação inédita e arriscada, mas que foi coroada de êxitos – que, infelizmente, são do conhecimento de pouquíssimos brasileiros. Hollanda era um militar ímpar, homem de fibra e resolução, que talvez tenha sido o único do mundo a passar pelas experiências que viveu na Floresta Amazônica – justamente no comando de um programa oficial, e não de uma aventura qualquer.

Homem extremamente objetivo, impressionantemente culto e com vívida memória de inúmeros episódios de sua carreira militar – especialmente em relação à Ufologia –, Hollanda recebeu a Revista Ufo em seu apartamento em Cabo Frio, litoral do Rio de Janeiro, para uma longa e proveitosa entrevista, em junho de 1997. Das 48 horas em que o editor A. J. Gevaerd e o co-editor Marco Antonio Petit passaram em sua residência, colheram uma valiosíssima quantidade de informações ufológicas inéditas e assustadoras. Sua atitude de quebrar um silêncio militar de 20 anos sobre o assunto não se deu por acaso.
Revelação e repreensão
Hollanda confessou que acompanhava discreta mas entusiasmadamente as atividades da Ufologia Brasileira desde o surgimento de Ufo, em 1985. Já naquela época, oito anos após a realização da Operação Prato, e ainda com memória fresca sobre os inúmeros casos ufológicos que viveu, a então revista Ufologia Nacional & Internacional, antecessora de Ufo, recebeu de uma fonte confidencial ligada à Aeronáutica uma série de fotos de naves alienígenas que teriam sido tiradas pela FAB, na Amazônia. Pouco ou nada, além disso, sabíamos sobre esse material, mas mesmo assim o publicamos.

Sabíamos na época – e Hollanda depois nos confirmou – que eram fotografias secretas, obtidas oficialmente pelos militares que compunham a Operação Prato. Esse material tinha que ser publicado a todo custo, para que a Comunidade Ufológica Brasileira soubesse de sua existência, mesmo que isso pudesse trazer problemas legais para a revista. E trouxe: tal atitude resultou em repreensão do editor da revista por um certo comando militar. De qualquer forma, as fotos e um texto sobre o pouco que sabíamos na época a respeito da operação foram publicados. Evidentemente, os oficiais que integraram a operação não apreciaram tal fato, em especial o comandante do 1º COMAR, que havia determinado a criação do projeto e estabelecido que o mesmo fosse mantido em segredo. Mas nenhum militar foi punido em razão da publicação daquele material em Ufologia Nacional & Internacional, pois nunca se soube quem era nossa fonte de informação. Não era Hollanda, ao contrário do que muitos pensaram.

Apesar das dificuldades inerentes a uma revelação como aquela, nos primórdios de nossa trajetória, nossos leitores tomaram conhecimento de que uma missão de investigação oficial de objetos voadores não identificados, conduzida pela FAB, foi realizada na Amazônia em sigilo, resultando em experiências diversas vividas pelos militares envolvidos e na confirmação não só da realidade do fenômeno em si, mas também de sua origem extraterrestre. Nem o próprio Hollanda, que não conhecíamos na época, chegou a se irritar com a publicação do material, pois julgou importante que todos soubessem dos fatos, como admitiu anos depois, na entrevista que daria à Revista Ufo, em 1997. “A publicação fez seu papel, doa a quem doer. Tem gente que não gostou, é claro. Mas, assim como eu, vários outros militares acharam que a medida foi acertada”, disse Hollanda ao editor Gevaerd.

Alguns meses depois, já baixada a poeira, Hollanda, ainda com patente de capitão, passou a acompanhar as edições da revista, discretamente, constatando de longe a seriedade do trabalho desenvolvido pela Equipe Ufo. Nosso interesse por informações mais detalhadas sobre a Operação Prato nos levou a contatá-lo em Belém, em 1988, em seu posto no 1º COMAR. O capitão nos recebeu com formalidade, mas amigável. Evidentemente, não pôde nos dar os dados que buscávamos, mas notou nossa insistência em ver o assunto disseminado através da publicação. Por isso, tentamos ainda um novo contato no início dos anos 90, já no Rio de Janeiro, quando o oficial estava em vias de se aposentar. Nessa ocasião, num encontro casual, trocamos algumas idéias sobre o Fenômeno UFO, mas nada mais consistente. Ainda não seria dessa vez que teríamos conhecimento dos detalhes das descobertas da FAB na Amazônia.

A hora certa chegaria em junho de 1997, por iniciativa do próprio Hollanda, motivado por uma reportagem que assistira no programa Fantástico. Numa matéria específica sobre o sigilo imposto aos discos voadores pelos governos – especialmente no Brasil –, o editor de Ufo declarou fatos sobre a Operação Prato e mostrou alguns poucos documentos que a equipe tinha na época. Na segunda-feira imediatamente após o programa ter ido ao ar, Hollanda, já na reserva, viu que era hora de quebrar o silêncio.



Missão cumprida

Aposentado desde 1992, ele nos telefonou para elogiar a atuação da revista e para retomar o contato e colocar-se à nossa disposição. Disse que já havia passado bastante tempo desde a operação, e que julgava ter chegado a hora de romper o silêncio. “Estou na reserva, cumpri minha missão para com a Aeronáutica. O que eles podem me fazer? Prender? Duvido!”, disse, quando questionamos sobre a possibilidade dele sofrer punições de seus superiores quanto à atitude de nos revelar os fatos.

A decisão de Hollanda era corajosa e absolutamente sem precedentes na Ufologia Brasileira. Nunca, em momento algum, um militar tinha tomado tal resolução. Assim, com seu consentimento, colocamos o repórter e editor do Fantástico Luiz Petry e a jornalista Bia Cardoso, da Manchete, em contato com ele. Esses profissionais foram os primeiros a chegar em Cabo Frio e entrevistar Hollanda. Com isso, cumpríamos nossa obrigação de informar à imprensa fatos significativos dentro do mundo ufológico. Tínhamos consciência de que, por mais que pudéssemos – e fôssemos tentados – a guardar para a Revista Ufo a exclusividade de tais informações, numa espécie de “furo” mundial de reportagem, não tínhamos esse direito. Ufo tinha, sim, a obrigação de dar todos os detalhes, todas as minúcias ao seus leitores. Mas a imprensa precisava levar tais fatos, ainda que de maneira bem mais reduzida, à toda população. Seguindo esse mesmo princípio, a publicação consentiu que a entrevista que fez com Hollanda fosse inúmeras vezes reproduzida em revistas e sites da internet, em todo o mundo.

Mais do que um entrevistado, Hollanda transformou-se num querido amigo de vários integrantes da Equipe Ufo e aceitou, sem vacilar, o convite que formulamos para vir a ser um dos consultores da publicação, o que não chegou a se efetivar em razão de seu suicídio. Experiência não lhe faltava, pois, em seus quatro meses de Operação Prato, além de muitos outros passados na selva em missões onde o Fenômeno UFO estava presente, teve a oportunidade não apenas de conhecer detalhes íntimos sobre o assunto, mas de viver pessoalmente dezenas de espetaculares experiências com objetos enormes e à curta distância.

Naves de 30 andares
Hollanda se recorda dos detalhes de ocorrências assustadoras passadas na selva, onde avistou diversos UFOs, desde “objetos cilíndricos do tamanho de prédios de 30 andares, que se aproximavam a não mais do que 100 m de onde estava”, disse, até as enigmáticas e onipresentes sondas ufológicas. Na época em que o entrevistamos, Hollanda estava casado pela segunda vez e vivendo uma vida pacata de aposentado em Cabo Frio, após 36 anos de atividade militar – nos quais desenvolveu funções que vão desde chefe do Serviço de Intendência do 1º COMAR a comandante do Serviço de Operações de Informação (A2) e coordenador de Operações Especiais de Selva.

Hollanda era um homem realizado – poucos tiveram a vida que ele teve. E era bastante franco também. “Gevaerd, a Operação Prato tinha o objetivo de desmistificar aqueles fenômenos na Amazônia. Eu mesmo era cético a respeito disso”, disse, logo no princípio da entrevista, informando que ele fora designado por conhecer como nenhum outro militar a região afetada. “Mas depois de algumas semanas de trabalho na área, quando os UFOs começaram a aparecer de todos os lados, enormes ou pequenos, perto ou longe, não tive mais dúvidas”, desabafou, admitindo que se convenceu da realidade dos fatos na Amazônia.

É esse incrível personagem, agora eterna referência na Ufologia, quem deu a maior contribuição que essa disciplina receberia em nosso país, em mais de cinco décadas de atividades. Porém, a Comunidade Ufológica Brasileira mal chegou a conhecer o homem a quem passou a dever tanto desde junho de 1997, quando ele resolveu romper o sigilo. Quatro meses depois, em 02 de outubro, o coronel Uyrangê Hollanda cometeu suicídio. Tinha feito outras três tentativas anteriores, pois era vítima de depressão – sendo que, da última, adquiriu um problema na perna que o levara a andar mancando. O coronel deixou filhos de seus dois casamentos, em Belém e no Rio de Janeiro.

Hollanda foi-se esse mundo sem saber que enorme benefício o causara. Talvez, se a primeira parte de sua entrevista tivesse sido publicada um pouco antes, ele se sentiria menos deprimido ao ver o respeito com que seus depoimentos e sua coragem foram tratados na Revista Ufo.

Infelizmente, por problemas inerentes a uma publicação de circulação nacional, a entrevista com Hollanda só pôde ser divulgada na edição 54, de outubro de 1997, indo às bancas no dia 12 daquele mês – precisamente 10 dias após seu falecimento. Já não havia mais tempo de parar as máquinas gráficas para incluir, na edição, a triste nota. Ela teve que ser publicada junto da segunda parte do material, na edição 55, de novembro. “Carrego comigo até hoje a impressão de que, se tivesse conseguido publicar a entrevista pelo menos uma edição antes, em Ufo 53, Hollanda, ao ver o que escrevi a seu respeito e a contribuição que estava dando à Ufologia Brasileira, não teria tirado sua vida”, declara o editor Gevaerd. Lamentavelmente, a história não pode ser mudada.

ENTREVISTA
Uyrangê Bolívar Soares de Hollanda Lima, capitão da Aeronáutica que liderou a Operação Prato entre os anos de 1977 e 1978. Foi colocado no comando da expedição para desmitificar o fenômeno e teve contato com as supostas espaçonaves. Suicidou-se em outubro de 1997, cerca de 20 anos depois das atividades militares no Pará, quando era coronel reformado.

A seguir, em mais uma justa homenagem a Uyrangê Bolívar Soares Nogueira de Hollanda Lima, sua entrevista na íntegra.

Ufo — Coronel, o senhor é o primeiro militar a vir a público e admitir tudo o que pretende uma entrevista como essa. Quais são as razões para isso?
Hollanda — Em 1977, quando ocorreram as coisas que vou descrever, fui muito procurado por ufólogos e pela imprensa para fazer alguma declaração a respeito. Mas não podia falar na época, porque tinha uma obrigação militar. Eu havia cumprido uma missão e não podia revelar qual era. Minha fidelidade era apenas para com meu comandante. Mas depois de quatro meses de estudos e pesquisas, a Aeronáutica interrompeu a Operação Prato. O comandante tinha ficado satisfeito com os resultados e não me competia julgar, na época, se isso era certo ou errado.

Ufo — Então o senhor evitou falar sobre a Operação Prato esse tempo todo?
Hollanda — Eu não podia falar. E também não tinha vontade. Conversei com vários ufólogos, entre eles o general Uchôa, e fui procurado até por pessoas dos EUA, inclusive Bob Pratt [Autor do livro Perigo Alienígena no Brasil, código LV-14 da Biblioteca Ufo]. Conversamos muito em off. Minha posição como militar colocaria o Ministério da Aeronáutica numa situação difícil de se explicar, e além disso havia punições para quem tratasse desse assunto sem autorização. Eu não tinha permissão nem do meu comandante, quanto menos do ministro. E o que eu falasse seria interpretado como sendo a palavra oficial da Força Aérea Brasileira (FAB). Mesmo assim, após o encerramento da Operação Prato, pesquisei e mantive contato com ufólogos de vários países, mas nunca falei nada a respeito.

Ufo — O senhor se reformou da FAB em 1992. Não passou pela sua cabeça conversar com ufólogos antes e relatar tais fatos?

Hollanda — Eu apenas conversava com eles, sem entrar em detalhes. Conversei muito com Bob Pratt quando ele veio ao Brasil, com dona Irene Granchi, com Rafael Sempere Durá e outros. Mas nunca disse que queria falar à televisão ou coisa assim. Pediram-me que escrevesse um livro, mas nunca me interessei. Hoje penso diferente: acho que já deve ser dito alguma coisa sobre a Operação Prato. Esse assunto deve ser propalado e explicado, pois vou fazer 60 anos daqui a pouco. De repente posso morrer, e aí a história se acaba…

Ufo — Por ter procurado a Revista Ufo para dar essas declarações, quer dizer que confia que ela irá fazer um trabalho sério de divulgação sobre o que o senhor está falando?
Hollanda — No fim dos anos 80, começo dos 90, estive conversando com você [Dirigindo-se a Gevaerd] e não pude autorizar a publicação de nada sobre o que falamos em sua revista. Mesmo assim você o fez, por achar que o assunto não poderia ficar escondido. Eu estava na ativa e não podia dar nenhuma declaração formal. O que saiu publicado foi sem permissão, o que nos causou um pouco de complicação na época. Mas precisava ser dito. Alguns anos depois, eu já estava na reserva e a coisa tinha mudado. Já podia fazer declarações sem problemas. E por saber de sua seriedade, da Revista Ufo e de seus demais membros, hoje sinto mais tranqüilidade para falar sem correr o risco disso virar sensacionalismo. Não creio que esta revista vá dar tal conotação a essa matéria apenas para aumentar suas vendas.

Ufo — Obrigado pela confiança, coronel. Mas como é que tudo começou? Qual foi o estopim inicial de seu interesse por Ufologia? Foi anterior à Operação Prato?
Hollanda — Em 1952 eu tinha 12 anos e estava na janela de minha casa, em Belém (PA), quando apareceram uns objetos muito grandes que me chamaram a atenção. Havia uma luz imensa sobre a cidade. No dia seguinte a história estava publicada no jornal. A matéria dizia que aquilo tinha parado sobre uma federação de escoteiros, durante um campeonato de natação, e todo mundo viu. Foi aí que surgiu meu interesse por essas coisas, bem antes de ser militar e muito antes da Operação Prato. Sempre acreditei em vida extraterrena e na possibilidade de “eles” terem a curiosidade de nos observar. Somos um planeta com vida inteligente que deve suscitar interesse de extraterrenos.

Ufo — O senhor chegou a se engajar na Aeronáutica por causa de seu interesse pela vida fora da Terra?
Hollanda — Não. Sempre tive uma paixão muito grande pela aviação e pela vida militar. Como aviador da FAB, cheguei a ser chefe do Serviço de Intendência, no qual tinha muitas atribuições. Minha função era dar suporte administrativo e financeiro para ações do comando ao qual servia. Também fui chefe de operações do Serviço de Informações do meu comando. Era uma tarefa ligada à segurança do Estado, que combatia aos movimentos subversivos durante a efervescência e após a Revolução de 64. Batalhávamos contra as ações de terroristas e de partidos comunistas que tentavam se infiltrar no país.

Ufo — Consta em seu currículo também uma função bastante interessante, como chefe do Serviço de Operações Especiais de Selva. O senhor deve ter muitas experiências para contar.
Hollanda — Sim. A FAB tinha como projeto fazer um “colar de fronteiras”. Era idéia do inteligentíssimo brigadeiro João Camarão Teles Ribeiro, que tinha muito conhecimento da Amazônia. Ele queria formar pontos-chave por todas as fronteiras, construir campos de pouso de 200 em 200 km ao lado de missões religiosas protestantes ou católicas, e assentar lá agrupamentos que dessem assistência aos índios. A FAB daria suporte a tudo isso. Eu trabalhei nessa operação como pára-quedista, pois gostava muito desse tipo de atividade.

Ufo — O senhor efetuou muitas missões na selva? E apareciam muitos índios?
Hollanda — Eram muitas tribos indígenas, com muitos de seus componentes abrindo áreas na mata para construção de campos. Alguns eram aculturados, outros não. Mas a gente sempre trabalhava em algumas missões em contato com eles. Nessa época, as ações do Parasar sempre estavam em alta [Parasar significa Parachute Search and Rescue, termo em inglês para Pára-quedismo e Salvamento]. Eu era um pára-quedista responsável por ações de busca e salvamento na selva.

Ufo — Durante essa época, o senhor tomou conhecimento de algum tipo de descoberta relacionada à arqueologia ou alguma observação feita por militares na Amazônia, ligada a esse tipo de programa?

Hollanda — Sim, alguns colegas tiveram experiências do gênero, principalmente um amigo meu, que relatou que estava sobrevoando a selva e ficou surpreso ao ver uma formação piramidal coberta pela vegetação, no meio do nada. Parece que ali tinha existido algum núcleo de uma civilização muito antiga e que fora abandonada, tendo a selva tomado conta de tudo. Mas havia uma formação piramidal nítida, com ângulos perfeitos no Amazonas. Só não posso precisar exatamente onde. Mas, se não me engano, foi na região do Rio Jaguari. Isso me foi relatado pelo coronel Valério.

Ufo — Coronel, agora que sabemos bastante sobre sua atividade na FAB, vamos falar de Ufologia. Qual foi sua primeira participação na pesquisa ufológica oficial dentro da Aeronáutica? Foi a Operação Prato ou já havia alguma coisa antes disso?
Hollanda — Não, de minha parte não. Minha atividade era somente a segurança do Estado e as coisas que envolviam o comprometimento da segurança nacional. Não tinha nada a ver com UFOs ou seres extraterrestres. Mas eu já tinha conhecimento de alguns casos acontecendo na Amazônia.

Ufo — Esses casos atraíam, de alguma maneira, interesse ou preocupação por parte das Forças Armadas, como se fossem uma ameaça externa à soberania nacional?
Hollanda — Não eram vistos como ameaça externa. Os UFOs eram encarados mais como um fenômeno duvidoso. Alguns oficiais – talvez até a maioria deles – viam os UFOs como uma coisa improvável e faziam muita gozação a respeito. Faziam tanta brincadeira que acho que foi sorte essa Operação Prato sair. Acho que só aconteceu mesmo porque o comandante do 1º COMAR, brigadeiro Protásio Lopes de Oliveira, na época, tinha muito interesse nisso e acreditava em objetos voadores não identificados. Se não...

Ufo — Como surgiu a idéia da Operação Prato? Foi um projeto seu, do comandante do 1º COMAR ou uma coisa do Governo?

Hollanda — Eu não estava em Belém nessa época. Embora estivesse servindo na cidade, fazia um curso em Brasília. Mas, quando retornei, apresentei-me ao chefe da Segunda Seção do 1º COMAR, o coronel Camilo Ferraz de Barros, e ele me perguntou se eu acreditava em discos voadores. Foi meio de surpresa. Eu nem sabia que estava ocorrendo uma pesquisa sobre o assunto. Quando respondi que sim, ele falou: “Então você está designado para este caso”. E me deu uma pasta com o material. Era o início da operação, da qual eu ficaria encarregado, embora nem nome ainda tivesse.

Ufo — De onde veio a idéia de a operação se chamar Prato?
Hollanda — Essa idéia foi minha. Dei esse nome porque o Brasil é o único país no mundo que chama UFO de disco voador. Em francês é soucoupe volante, que significa pires. Os portugueses o chamam de prato voador. Na Espanha é platillo volador, e platillo é prato também. Enfim, até em russo se fala prato, nunca disco, como se faz no Brasil! E como nas Forças Armadas a gente nomeia algumas operações com uma espécie de código, esse caso não podia ser exceção, ainda que não pudesse ser identificado o objetivo da operação. Por exemplo, não poderíamos chamá-la de Operação Disco Voador. Por isso, ficou Operação Prato.

Ufo — Se o senhor recebeu uma pasta de seu chefe, então quer dizer que já estava em andamento alguma investigação a respeito?

Hollanda — Sim, quando eu cheguei de Brasília já havia agentes sendo enviados para investigar as ocorrências de objetos voadores não identificados, porque essa coisa já estava acontecendo há muito tempo na região de Colares, que é uma ilha pertencente ao município de Vigia, no litoral do Pará. O prefeito da cidade mandou um ofício para o comandante do 1º COMAR avisando que os UFOs estavam incomodando muito os pescadores. Alguns deles não conseguiam mais exercer sua atividade, pois os objetos sobrevoavam suas embarcações. Às vezes, certos UFOs até mergulhavam ao lado delas, nos rios e mares, e a população local passava a noite em claro. As pessoas acendiam fogueiras e soltavam fogos para tentar afugentar os invasores. Foi o pavor que fez com que o prefeito se dirigisse ao comando do 1º COMAR solicitando providências, e o brigadeiro mandou que eu fosse investigar as ocorrências.

Ufo — Em algum momento houve a participação ou instruções do comando da Aeronáutica, em Brasília, para que a situação fosse averiguada?
Hollanda — Na época, eu não participava das discussões. Era apenas um capitão e recebia ordens somente. Eu não fiz parte desse trâmite e não sei como as decisões foram tomadas ao certo. Mas, pelo pouco que sei, a decisão foi do comando do 1º COMAR. Se houve envolvimento de Brasília, não tomei conhecimento…

Ufo — Como é que o senhor estruturou a Operação Prato? Quantas divisões, pessoas ou missões teriam que ser empreendidas? Enfim, como o senhor organizou todas as tarefas?
Hollanda — Bem, nós éramos uma equipe, e eu era o chefe dela. Tínhamos cinco agentes, todos sargentos, que trabalhavam na segunda seção do 1º COMAR. Além disso, tínhamos informantes aos montes, gente nos locais de aparição das luzes, em campo, que nos ajudava. Às vezes eu dividia a equipe em duas ou três posições de observação diferentes na mata. Claro que ficávamos constantemente em contato uns com os outros, através de rádio.

Ufo — Qual era o objetivo imediato da Operação Prato? Observar discos voadores, fotografá-los e contatá-los?
Hollanda — Olha, eu queria mesmo é tirar a prova dessa coisa toda. Queria botar isso às claras. Porque todo mundo falava nas luzes e objetos e até os apelidavam com nomes populares, tais como chupa-chupa. E a FAB precisava saber o que estava realmente acontecendo, já que isso se dava no espaço aéreo brasileiro. Era nossa a responsabilidade de averiguar. Mas, no início da Operação Prato, eu queria mesmo era uma confirmação do que estava acontecendo.

Ufo — O que motivou a população local a chamar as luzes de chupa-chupa?
Hollanda — Havia uma série de relatos de pessoas que tinham sido atingidas por um raio de luz. Todas julgavam que o efeito sugava-lhes o sangue. E realmente! Verificamos alguns casos e descobrimos que várias delas, principalmente mulheres, tinham estranhas marcas em seus seios esquerdos, como se fossem dois furos de agulha em torno de uma mancha marrom. Parecia queimadura de iodo. Então as pessoas tinham o sangue sugado, em pequena quantidade, por aquelas luzes. Por isso passaram a apelidá-los de chupa-chupa ou apenas chupa. Era sempre a mesma coisa: uma luz vinha do nada e seguia alguém, geralmente uma mulher, que era atingida no seio esquerdo. Às vezes eram homens que ficavam com marcas nos braços e nas pernas. Na verdade, a cada dez casos, eram mais ou menos oito mulheres e dois homens.

Ufo — E vocês documentaram as marcas verificadas nas pessoas?
Hollanda — Sim, foi tudo visto e analisado por médicos, que às vezes iam conosco aos locais. Sinceramente, eu entrei nessa como advogado do diabo. Queria mesmo era desmistificar essa história e dizer ao meu comandante que essa coisa não existia, que era alucinação coletiva, sei lá. Achava que alguma coisa estava sendo vista, mas que não era extraterrestre...

Ufo — O senhor imaginava que fosse o que, então, aquilo que estava sendo visto e até atacando as pessoas?
Hollanda — Não sei bem. Talvez a plumagem de uma coruja refletindo a luz da lua ou alguma outra coisa dessa natureza. Até acreditava em extraterrestres, mas não que as pessoas os estivessem vendo. E eu fui para lá verificar se era realmente isso. Passei pelo menos dois meses respondendo ao meu comandante, quando voltava das missões, que nada havíamos descoberto. Eram os primeiros dois meses da Operação Prato, nos quais nada vi que pudesse mudar minha opinião. Às vezes passava uma semana no mato e voltava apenas no domingo, para conviver um pouquinho com a família. A cada retorno, meu comandante perguntava: “Viu alguma coisa?” E eu sempre respondia: “Vi luzes estranhas, mas nada extraterrestre”. De fato, víamos luzes que piscavam, que passavam à baixa altitude, mas nada muito estranho.

Ufo — Isso era durante a noite. E o que acontecia de dia? Vocês tinham alguma outra atividade incorporada à Operação Prato?
Hollanda — Sim, tínhamos outras coisas a fazer, que eram parte dos objetivos da operação. Fazíamos entrevistas com pessoas que tiveram experiências, preparávamos os locais para passar a noite e buscávamos lugares quentes para fazer vigílias. Quando descobríamos que algo aparecera em tal lugar, para lá nos deslocávamos. Fazíamos um levantamento da situação, e sempre cadastrávamos os nomes dos envolvidos em um formulário próprio.

Ufo — Que procedimentos ou metodologia eram utilizados na coleta de informações?
Hollanda — Sempre colocávamos o nome da pessoa que teve a experiência, o local onde ocorreu, horário etc. Fazíamos uma descrição de cada fato ocorrido. Assim, se acontecessem três casos numa noite, ouvíamos três testemunhas. Algumas das descrições eram comuns, outras mais estranhas. Às vezes recebíamos relatos de coisas que não podíamos comprovar a autenticidade, como desmaterialização de paredes inteiras ou de telhados, por exemplo.

Ufo — O senhor tem algum caso para ilustrar esse tipo de ocorrência?
Hollanda — Sim. A primeira senhora que entrevistei em Colares, por exemplo, me disse coisas absurdas. Tínhamos saído de helicóptero de Belém só para ouvirmos uma mulher que tinha sido atacada pelo chupa-chupa. Vi que ela tinha realmente uma marca no seio esquerdo. Era marrom, como se fosse uma queimadura, e tinha dois pontos de perfuração. Quando conversamos, relatou-me que estava sentada numa rede fazendo uma criança dormir quando, de repente, o ambiente começou a mudar de temperatura. A senhora achou aquilo esquisito, mas nem imaginava o que iria ocorrer a seguir. Então, deitada na rede, viu que as telhas começaram a ficar avermelhadas, em cor de brasa. Em seguida, ficaram transparentes e ela pôde ver o céu através do telhado. Era como se as telhas tivessem se transformado em vidro. Ela via o céu e até as estrelas.

Ufo — Histórias bizarras como essa eram muito comuns durante a Operação Prato?
Hollanda — Muito, e me assustavam bastante, porque nunca tinha ouvido falar dessas coisas. Quando ouvia casos assim, ficava cada vez mais preocupado e curioso. Essa gente parecia ser sincera. Por exemplo, através do buraco que a mulher descreveu ela viu uma luz verde brilhando no céu. A senhora então ficou meio dormente, até que, em seguida, um raio vermelho que saiu do UFO atingiu seu seio esquerdo. Era curioso que na maioria das vezes as pessoas eram atingidas do lado esquerdo. E tem mais: exatamente na hora em que estávamos falando disso, uma menina chegou perto e disse: “Olha, aquilo está passando aqui em cima”. Quando saí da casa, vi cruzar a luz que a moça estava apontando, numa velocidade razoável, ainda que o céu estivesse bastante encoberto. Não era muito veloz e piscava a cada segundo, dirigindo-se ao norte. Parecia até um satélite, só que essa luz voltou em nossa direção – e satélites não fazem isso! Logo em seguida, aquilo ficou mais estranho ainda. Mesmo assim, não poderia dizer se era uma nave extraterrestre. Aliás, eu não estava lá para classificar qualquer coisa que surgisse como sendo disco voador.

Ufo — Vocês utilizavam algum tipo de equipamento de radar que pudesse confirmar ou fazer acompanhamento desses fenômenos?
Hollanda — Não. Todos os aeroportos têm radares fixos. Nós não portávamos nada desse tipo.

Ufo — Os ataques que estavam acontecendo com certa freqüência eram comunicados ao Governo, às autoridades estaduais ou municipais?
Hollanda — Sim, claro. Vários médicos da Secretaria de Saúde do Pará foram enviados pelo Governo para examinar as pessoas. Eles analisavam o lugar queimado e tomavam depoimentos dos pacientes, mas não faziam mais nada – nem tinham como. Algumas vítimas se recuperavam facilmente. Outras ficavam muito apavoradas. Havia umas que diziam ficar enjoadas, com o corpo dormente por vários dias. Um cidadão uma vez veio me procurar para dizer que próximo à sua casa tinha surgido uma luz, que focou um raio brilhante em sua direção. Ele me relatou ter ficado tão apavorado que correu para dentro da casa, pegou uma arma e apontou para a luz. Aí veio outra ainda mais forte que fez com que ele caísse. O pobre coitado passou uns 15 dias com problemas de locomoção, mas não houve nada mais sério. Ele não foi atingido por nada sólido, como um tiro, por exemplo. Parece que a natureza dessa luz é uma energia muito forte, que deixa as pessoas sem movimento. Acredito que as autoridades federais estavam informadas de que esse tipo de ataque a humanos estava acontecendo na região, mas desconheço provas. Eu apenas recebia ordens de meu comandante, mais nada.

Ufo — Se esses depoimentos foram coletados desde o início da Operação Prato, quando foi que o senhor teve seu primeiro contato frente a frente com objetos voadores não identificados naquela região?
Hollanda — Foi bastante significativo. Certa noite, nossa equipe estava pesquisando na Ilha do Mosqueiro, num lugar chamado Baía do Sol, pois havia informações de que lá estavam acontecendo casos. Era um balneário conhecido de Belém, bem próximo a Colares, e como estávamos investigando todo e qualquer indício de ocorrências ufológicas, fixamo-nos no local. Nesse período, os agentes que tinham mais tempo do que eu nessa operação – já que peguei o bonde andando –, questionavam-me o tempo todo, após vermos algumas luzinhas, se eu já estava convencido da existência do fenômeno. Como eu ainda estava indeciso, diziam-me: “Mas, capitão, o senhor ainda não acredita?” Eu respondia que não, que precisava de mais provas para crer que aquelas coisas eram discos voadores. Eu não tinha visto, até então, nave alguma. Somente luzes, muitas e variadas. E não estava satisfeito ainda.

Ufo — Eles deram início à operação antes e tinham visto mais coisas? Mas e aí, o que aconteceu?
Hollanda — Eles avistaram mais coisas e acreditavam mais do que eu. E me pressionavam: “Como pode você não acreditar?” Um desses agentes era o sub-oficial João Flávio de Freitas Costa, já falecido, que até brincava comigo dizendo que eu era cético enquanto uma dessas coisas não viesse parar em cima de minha cabeça. “Quando isso acontecer e uma nave acender sua luz sobre o senhor, aí eu quero ver”, dizia ele, sempre gozando de meu descrédito. E eu retrucava que era isso mesmo: tinha que ser uma nave grande, bem visível, se não, não levaria em conta. E para que fui dizer isso naquela noite? Acabávamos de fazer essas brincadeiras quando, de repente, algo inesperado aconteceu. Apareceu uma luz, vinda do norte, em nossa direção, e se aproximou. Aí ela se deteve por uns instantes, fez um círculo em torno de onde estávamos e depois foi embora. Era impressionante: a prova cabal que eu não podia mais contestar. Eu pedi e ali estava ela! Foi então que levei uma gozada da turma. “E agora?”, os soldados me perguntaram.

Ufo — Quando foi isso, exatamente?
Hollanda — Em novembro de 1977, no meio da operação. O objeto tinha uma luz que se parecia com solda de metal, como aquelas elétricas. Foi curioso, pois quando era menino ouvia muitas histórias de coisas que a gente não conseguia enxergar por possuírem luminosidade muito forte. E foi o que eu vi, junto à minha equipe: uma luz azul, forte, de brilho intenso. Mas não vi a forma do UFO, só a luz que ele emanava o tempo todo.

Ufo — Vocês conseguiram fotografar esse objeto brilhante e sua emanação de luz?
Hollanda — Fotografávamos tudo o que aparecia, mas levamos um baile durante uns dois meses com as fotos, pois nelas não saía nada. Sempre tínhamos os objetos bem focalizados, preenchendo todo o quadro da máquina, mas quando revelávamos os negativos, nada aparecia. Pensávamos, às vezes, “ah, agora vai sair”. Mas nada. Isso acontecia com freqüência, até que ocorreu um fato inusitado. Eu estava analisando os positivos, muito chateado por não conseguir imprimir as imagens que víamos em nossas missões, quando peguei uma lanterna que usava em operações de selva, e fiz uma experiência. Foi a sorte.

Ufo — E o que aconteceu?
Hollanda — A lanterna tinha uma luz normal e forte numa extremidade e uma capa vermelha na outra, que servia para sinalização de selva. Era de um material semitransparente de plástico, tipo luz traseira de carro. Tirando-se a tal capa vermelha havia um vidro fosco. Eu olhei para aquilo e me lembrei que os médicos examinam as radiografias num aparelho que tem um quadro opaco com luz por trás [Radioscópio]. Esse equipamento ajuda a fazer contraste de luz e sombra numa chapa de raio-X. Assim, tive a idéia de pegar um filme já revelado e contrapô-lo ao vidro fosco da minha lanterna de selva. Foi então que pude ver um ponto que não conseguia enxergar antes. Eu não estava procurando marca ou objeto algum, e sim uma luz, pois foi isso o que vimos na selva ao batermos as fotos. Só que a tal luz não aparecia, e sim o objeto por trás dela. No caso do rolo que estava analisando, vi um cilindro, que aparecia em todos os demais fotogramas. Ficou claro, então, que não conseguia imprimir a luz do objeto na foto, mas sim a parte sólida dele, talvez por uma questão de comprimento de onda, não sei. Não entendi por que a luz do UFO não impressionava aquele filme, somente a parte sólida. Depois, concluímos que aquele objeto seria uma sonda em forma de cilindro.

Ufo — Vocês fizeram muitas fotografias de UFOs como essas?
Hollanda — E como! Fizemos mais de 500. Eram dezenas de rolos de filmes, uma caixa de papelão cheia deles. Em quase todos os fotogramas havia UFOs ou sondas. E veja você que todos aqueles negativos ficaram na minha frente, por quase dois meses de trabalho, e não conseguimos nada. Não saía luz alguma nas fotos. Aí, depois do que descobri, fomos olhá-los novamente e havia imagens fantásticas. Depois foi só mandar ao laboratório do 1º COMAR para ampliar e ver lindas sondas e UFOs nas fotografias. Dezenas deles!

Ufo — Depois de sua descoberta vocês fizeram novas fotos?
Hollanda — Sim, com a ajuda de um amigo chamado Milton Mendonça, que já faleceu. Ele era cinegrafista da TV Liberal, de Belém, e conhecia muito sobre fotografia. Pedi sua ajuda porque confiava bastante nele e sabia que, participando da operação conosco, não ia comentar nada com ninguém. Assim, informei o fato ao meu comandante, dizendo-lhe que estava com dificuldades no processo técnico fotográfico, e ele autorizou Milton a entrar no esquema. Ele foi conosco em algumas vigílias e sempre nos auxiliava. Até instruiu-nos a usar filmes especiais, com recursos de infravermelho, ultravioleta etc. Pedimos, pois, o material para nossos superiores, em Brasília, e eles mandaram filmes ótimos. Com isso, passamos a ter melhores resultados. Conseguimos fotografar, então, objetos grandes e com formatos que a gente nem imaginava…

Ufo — Quanto à forma, qual era o padrão mais comum que esses objetos apresentavam?
Hollanda — No início da Operação Prato vimos o que todo mundo falava: sondas e luzes piscando. Inclusive, tinha um padre norte-americano, chamado Alfred de La O, também falecido, que nos dava descrições de sondas e objetos nesse formato. Ele era pároco em Colares e falava de uma sonda que tinha visto várias vezes. Segundo Alfred, ela era mais ou menos do tamanho de um tambor de óleo de 200 l. Essa sonda apresentava um vôo irregular, não era uma trajetória segura. Voava como se tivesse balançando, e emitia uma luz. Às vezes andava junto às outras, que iam e vinham de um ponto a outro. Um dia, ela passou por cima de nós.

Ufo — Vocês chegaram a perceber algum tipo de interação entre o que faziam e o comportamento do fenômeno?
Hollanda — Essa pergunta é bastante interessante, pois aquilo era uma coisa muito estranha. Eles, seja lá quem fossem, mostravam ter absoluta certeza de onde nós estávamos e o que fazíamos. Parecia que nos procuravam, pois, quando menos esperávamos, lá estavam, bem em cima da gente. Não mais do que um mês depois de passarmos a conviver nos locais de aparições, essas sondas começaram a vir sempre até nós. Às vezes, a gente se deslocava de um lugar para outro e lá iam elas, acompanhado-nos quase o tempo inteiro, como se tivessem conhecimento da nossa movimentação.
Operação Prato - Parte 3
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Seg, 16 de Fevereiro de 2009 13:51
Ufo — Quer dizer então que os objetos voadores não identificados, de alguma forma, pareciam se interessar pelas atividades da Operação Prato? Hollanda — Bem, pelo menos sabiam o que estávamos fazendo. Por exemplo, no caso da Baía do Sol, aconteceu algo peculiar. Naquela época já estava terminando o ano letivo e muita gente ficava na praia à noite. Tinha pelo menos umas 100 mil pessoas na orla, naquele fim de semana. No entanto, uma sonda veio para cima de nós, num lugar todo escuro onde não havia mais ninguém. Oras, por que veio ao nosso encontro, na escuridão, se tanta gente estava ali perto, na praia? Ufo — Esse foi o primeiro grande acontecimento ufológico envolvendo o senhor? Hollanda — Não digo que tenha sido grande, mas foi bastante significativo.

Naquela ocasião voltamos para a base do 1º COMAR pela manhã. Foi quando conversei com meu comandante e disse que, pela primeira vez, algo estranho tinha acontecido.

Ufo — O senhor teve alguma reação física desse acontecimento em seu organismo, algum problema resultante dessa observação específica? Hollanda — Naquele exato momento não, mas depois notei que todos perdemos um pouco da acuidade visual. Com o tempo, minha visão enfraqueceu ainda mais, tanto que passamos a usar óculos. Mas isso ocorreu em razão de outras exposições que também tivemos mais para frente, em outros inúmeros contatos.

Ufo — Coronel, após um caso como esse, pelo que sabemos, vocês faziam um relatório completo, que era integrado à Operação Prato. Mas vocês também se submetiam a algum tipo de exame médico?
Hollanda — Era feito um relatório do acontecimento, com hora, local, coordenadas geográficas, mapeamento da região etc. Tudo bem descritivo. Mas nunca tivemos que fazer exame médico, mesmo porque nunca tivemos qualquer problema.

Ufo — Quando seu comandante recebeu a notícia sobre o que aconteceu, como ele reagiu? Esses casos ufológicos foram se repetindo? Do que mais o senhor se lembra para nos contar?
Hollanda — Bom, como a Baía do Sol era um local muito favorável para observações de UFOs, passamos a freqüentar a região com bastante regularidade. Tínhamos amigos no Serviço Nacional de Informações (SNI) – que não têm nada a ver com isso – que acompanhavam algumas de nossas missões. Os agentes eram nossos conhecidos, tinham curiosidade, por isso iam conosco. Às vezes, saíam notícias a respeito em um ou outro jornal local, fazendo com que muita gente em Belém comentasse sobre esses avistamentos. Minha mulher [Do primeiro casamento, já falecida] e meu irmão sabiam das coisas que eu estava fazendo. Mas além desse círculo, ninguém de fora da base do 1º COMAR tinha ciência desses pormenores. Mesmo assim, pedia sempre muita reserva à minha esposa e irmão. Tanto que eles nem perguntavam detalhes.

Ufo — A população de Belém sabia que havia uma operação da FAB na região?
Hollanda — Não. Mas sabia que nós éramos da Aeronáutica e estávamos por lá atentos a tudo. Algumas pessoas sabiam que existia uma operação, só não sabiam do nome nem dos resultados. Outras tinham pequenos detalhes, como o fato de eu ser capitão, ou de fulano ou sicrano ser sargento, mas ninguém conhecia os resultados da missão. Nem bem o que exatamente fazíamos. O que se desconfiava era que a gente estava examinando algo. Só. No caso dos oficiais do SNI, quando me pediram para ir, disse que não teria problema, mas que deveriam pedir autorização ao seu chefe [Na época, o chefe do SNI em Belém era o coronel Filemon]. E o chefe deles autorizou, porém não como uma missão do Serviço de Informação.

Ufo — O Serviço Nacional de Informações chegou a desenvolver algum trabalho ufológico depois?

Hollanda — Não. Os agentes só queriam ver aquelas coisas voando, junto de nossa equipe. Eles sabiam que estávamos fazendo um trabalho sério em certos locais de vigília. E como confiavam em nossa experiência, seguiam-nos aos pontos mais prováveis de avistamentos de UFOs. Um dia, junto ao Milton Mendonça, chegamos à Baía do Sol, lá pelas 18h00, e montamos nosso equipamento fotográfico. Ficamos então num lugar escuro, reservado, observando o que viria a acontecer. No entanto, por razões pessoais, tive que voltar mais cedo naquela noite, para estar em Belém às 20h00, pois tinha um compromisso. Por volta das 18h30 surgiram três pontos luminosos alinhados muito alto no céu, em grande velocidade. E olha que eu conheço avião para dizer que a velocidade daquilo era bem acima da média. Os pontos estavam voando no sentido oeste-leste. Quando deu 19h00, apareceram mais dois estranhos objetos piscando alinhados, um atrás do outro, no sentido norte-sul.

Ufo — Qual foi a seqüência com que os fatos se apresentaram?
Hollanda — Bem, o pessoal do SNI não chegava. Tínhamos combinado às 18h00. Ficamos aguardando-os para que acompanhassem nossa vigília. Assim, esperei apenas mais um pouco e começamos a desmontar o material, pois não podíamos mais aguardar. Finalmente, chegaram e perguntaram se tinha acontecido algo. Eu brinquei, dizendo ter marcado às 18h00 e eles só apareceram às 19h00, numa referência ao fato de que ali passa UFO quase que de hora em hora. E um deles fez então uma pergunta idiota: “A que horas passa outro?” Respondi que não sabia e que aquilo não era bonde para ter horário. Falei ainda que eles deviam ficar ali a noite inteira, esperando para ver UFOs. Nesse momento, enquanto conversávamos, um deles disse: “Olha aqui em cima, agora. Olha para o alto”. Foi aí que o herói brasileiro tremeu nas bases, porque tinha um negócio enorme bem em cima da gente. Era um disco preto, escuro, parado a não mais que 150 m de altura, exatamente onde estávamos.

Ufo — Deve ter sido uma experiência fantástica e aterrorizante. O objeto tinha luzes, emitia algum ruído, fez algum movimento?
Hollanda — Ficou parado, mas tinha uma luz no meio, indo de amarela para âmbar. E fazia um barulho como o de ar condicionado. Parecia com o ruído de catraca de bicicleta quando se pedala ao contrário. Aquele negócio era grande, talvez com uns 30 m de diâmetro. Olhamos para aquilo por um bom tempo, até que começou a emitir uma luz amarela muito forte, que clareava o chão, repetindo isso em intervalos curtos mais umas cinco vezes.

Ufo — Qual foi a reação que tiveram os membros do SNI presentes aos fatos?
Hollanda — Não foi só o pessoal do SNI, não. Todo mundo ficou espantado! Eu mesmo nunca tinha visto algo assim, e olha que já estava quase há dois meses nessa operação. Nunca aparecera uma nave dessa forma para gente. Foi tão inusitado que nem lembramos de montar novamente a máquina fotográfica, que já estava guardada, pois já íamos embora. Também não dava tempo, pois estava guardada em caixas próprias e demoraria para que fosse retirada e montada. Só nos restava ficar olhando, assustados, para aquela coisa que iluminava tudo com uma luz amarela forte que ora apagava, ora acendia.

Ufo — Parece que estavam dando uma demonstração a vocês, latejando dessa maneira estranha...
Hollanda — É. O UFO fazia isso em intervalos de dois segundos. Apagava, acendia, apagava. Era uma luz progressiva, que não clareava como um flash, mas que crescia e voltava à mesma intensidade. Estávamos até sentindo que alguma coisa podia acontecer, pois estava escuro, era um local bastante isolado e ninguém sabia que a gente estava lá – só nós e “eles” [Risos].
Ufo — Houve alguma ocasião em que outras equipes de diferentes órgãos do Governo participaram junto a vocês?

Hollanda — Não. O que eu sei é que houve um vazamento de informações sobre a Operação Prato. Algumas pessoas comentaram sobre a incidência de avistamentos. Creio que o vazamento se deu no Aeroclube de Belém. Teve uma vez em que uma equipe do jornal O Estado do Pará foi para o lugar onde estávamos acampados e, como sabia que agíamos na área, ficou na espreita. Na outra vez eles se enganaram: foram a um ponto onde acharam que estaríamos, mas se deram mal, pois estávamos noutro. Numa dessas aventuras, eles chegaram a ver alguma coisa, porém foi algo tão esquisito que jamais voltaram. Alguns repórteres juraram que nunca mais fariam uma missão dessas. Eles viram uma luz se aproximando à baixa altitude e pegaram o carro para chegar mais perto. A luz se dirigiu até onde estavam e focou um raio em cima deles. Pelo que soube, o teto do carro ficou translúcido, como se fosse de vidro. Aí o objeto fez umas evoluções em cima do automóvel, permitindo até que fotografassem aquilo. As fotos foram publicadas em página inteira. Tinham uma nitidez incrível. Mas depois do susto que tomaram, as testemunhas sumiram de carro – parece que algumas tiveram acesso de vômito e se descontrolaram emocionalmente. Quem pode dar informação sobre esse fato é o Ubiratan Pinon Frias, que era o piloto do Aeroclube de Belém.

Ufo — Com todos esses fatos acontecendo e vocês mandando toda hora relatórios à sua chefia, em algum momento perguntaram a ela se haveria possibilidade de informar a população sobre as ocorrências da Operação Prato?
Hollanda — Não foi feita essa pergunta porque a gente já sabia que não era possível que a população viesse a saber dos acontecimentos. Não seria cabível essa dúvida ao meu comando, porque isso era assunto reservado. Minha missão era coletar dados e entregar ao comandante, e isso era tratado com confidencialidade. Tínhamos que documentar, fotografar e filmar os UFOs, se possível, e entregar tudo ao 1º COMAR. Daí para frente, o destino que seria dado ao material era responsabilidade dele.

Ufo — O senhor tem idéia do que era feito com todo esse volumoso material?
Hollanda — Os relatórios com desenhos, fotos, croquis etc eram preparados, classificados, passados ao comandante e arquivados no próprio 1º COMAR, numa sala reservada. Depois disso, alguns iam para Brasília, segundo fui informado na época. No entanto, pelo que sei, a reação dos altos escalões era de ceticismo – alguns colegas até brincavam com os fatos.

Ufo — O senhor teve conhecimento de que a FAB já teria instituído um sistema de pesquisa oficial quase 10 anos antes, em 1969, chamado Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (SIOANI)?
Hollanda — Nessa época, em 1969, eu era tenente na Base Aérea de Belém e foram distribuídos entre nós vários livretos informativos sobre o assunto, pedindo para que os oficiais que se interessassem pelo tema fossem voluntários para preparar relatórios com depoimentos. Foi só. Depois as discussões morreram.

Ufo — Em algum momento houve participação de militares norte-americanos pedindo informações ou detalhes sobre o trabalho de vocês na operação?

Hollanda — Que eu saiba, não. Se isso ocorreu foi em altas esferas e, como já disse, eu era apenas capitão. Não me metia nessas coisas e nem podia saber nada a respeito.

Ufo — A incidência desse fenômeno na Amazônia, durante a Operação Prato, chegou a ser diária?
Hollanda — Sim, era diária e muito ativa. Chegamos a verificar pelo menos nove formas de UFOs. Conseguimos determiná-las e classificá-las. Algumas eram sondas, outras naves grandes das quais saíam objetos menores. Filmamos tudo isso, inclusive as naves pequenas voltando ao interior de suas naves-mãe, as maiores. Tudo foi muito bem documentado.

Ufo — Quais eram os equipamentos que vocês usavam para registrar esse movimento?
Hollanda — Tínhamos máquinas fotográficas Nikon profissionais, com teleobjetivas de 300 a 1000 mm, dessas grandes. Era um terror trabalhar com elas, porque tinham um foco rapidíssimo. Qualquer bobeada, qualquer movimento em falso, e perdíamos os UFOs. Mas eram equipamentos de primeira. Também tínhamos filmadoras e gravadores, na possibilidade de um ruído ser ouvido ou de alguma coisa que pudesse ser registrada.

Ufo — Vocês tinham expectativa dessas naves entrarem em contato com vocês, se é que esse não era um dos objetivos da operação?

Hollanda — Estávamos expostos a tudo. Para falar a verdade – e não estou fazendo mistério –, podia acontecer qualquer coisa, no mato, na selva, nas praias, em qualquer lugar. Estávamos em operação militar e, por obrigação, tínhamos que agüentar tudo. O que quer que ocorresse teria sido no cumprimento do dever.

Ufo — Vocês portavam armas nas missões?
Hollanda — Não, em nenhum momento. Nunca pensei em levar arma, nem mesmo por via das dúvidas. Não esperávamos que houvesse necessidade. Por isso, nem pensamos nessa hipótese, mesmo quando estruturávamos a montagem da operação, sua parte logística, de alimentação, transporte, comunicação etc.

Ufo — Mas houve algum momento dentro da operação em que o senhor teria percebido que esse fenômeno pudesse ser perigoso?
Hollanda — Uma vez, sim. Foi o aparecimento de algo muito forte, tanto que quando essa coisa aconteceu eu tive medo de que pudesse se dar uma abdução. Só comentei com algumas pessoas, e uma delas – meu amigo Rafael Sempere Durá [Consultor da Revista Ufo] – chegou a me repreender gravemente por ter me exposto a algo perigoso. “Seu maluco irresponsável. Você tem comandante. Mas sou seu amigo e estou te proibindo de fazer uma coisa dessas”, disse, zangadíssimo, quando soube o que aconteceu. O fato foi realmente grave. Durante a Operação Prato, estávamos numa embarcação ancorada à margem do Rio Jari quando uma coisa enorme parou a não mais que 70 m do barco.

Ufo — Quais as características desse objeto que o senhor relatou?
Hollanda — Para responder a isso, tenho que dizer porque nós estávamos lá. Bem, fomos ao local porque tenho um amigo, que era oficial da FAB na época, o capitão Victor Jamianiaski, descendente de poloneses radicado em Belém, que gostava muito de pescar e freqüentava o local. Um dia, sabendo que a gente estava nessa investigação, contou-me o caso de um rapaz que trabalhava apanhando barro para uma olaria próxima dali. Essa olaria era de Paulo Keuffer, também de Belém. O rapaz se chamava Luís e me contou um fato incrível. Disse que certo dia, enquanto colhia barro, viu uma paca comendo restos de flores de uma árvore à beira do rio e a acompanhou para caçá-la. Ele voltou à olaria, esvaziou o batelão [Embarcação de 7 a 9 m com motor de centro], aprontou uma espingarda e voltou ao local, onde armou um acampamento em cima de uma árvore. Pendurou sua rede e ficou com lanterna e espingarda preparadas para a chegada do animal.

Ufo — E aí, o que aconteceu?
Hollanda — Bom, quando ouviu um barulho, e pensou que era o animal, passou por Luís uma luz muito forte que logo depois voltou e parou sobre onde estava. Do centro da nave, descrita como sendo similar à cabine de um Boeing 737, abriu-se uma porta ou algo assim e desceu um ser com forma humana. Luís disse-me que não teria visto escada de corda, nem de metal, mas que a entidade tinha descido através de um foco de luz, com os braços abertos. Quando o ser estranho se aproximou, e Luís viu que estava correndo perigo, pulou fora e se escondeu numa árvore próxima, mas ficou observando o que se passava. Então o ser chegou com uma luz vermelha – que não era lanterna, mas estava na palma de sua mão –, e examinou a rede deixada na árvore, como também o lugar onde estava e tudo mais, mas não procurou Luís nem ficou vasculhando o local. O ser foi direto ao local onde o rapaz tinha se escondido, morrendo de medo. Rapidamente, focou um raio de luz vermelha em sua direção, fazendo-o correr para dentro da vegetação.

Ufo — O estranho ser percebeu de alguma forma automática onde estava Luís e foi em sua direção. Não parece boa coisa...
Hollanda — Pois é. Mas Luís saiu por uma margem do rio, tropeçando em troncos e raízes, com dificuldade de caminhar e tudo mais. Aí o ser voltou para a nave e a mesma passou a seguir o rapaz dentro do curso do rio, à baixa velocidade e pouca altitude, talvez à altura da copa das árvores. Luís ia devagar e nem conseguiu pegar o barco que estava mais à frente, como pretendia. Não teve jeito: gritou e atraiu a atenção de algumas pessoas, que vieram a seu encontro. Ao verem aquilo, pularam dentro d'água e ficaram observando a distância, só com os olhos de fora. O que viram foi incrível. A nave parou em cima do batelão, o ser desceu e examinou todo o barco, exatamente como fez com a rede. Aí ele foi até a nave, a porta se fechou e o UFO disparou para longe. Conversei com Luís no 1º COMAR e decidi ir ao local ver a situação. Ao chegarmos lá, eram mais ou menos 19h00 e estava chovendo razoavelmente. Os agentes foram para dentro da casa do zelador da olaria. Como chefe da equipe, não entrei. Permaneci em alerta, esperando para ver se alguma coisa acontecia…

Ufo — E aí, o que aconteceu então do lado de fora da olaria?
Hollanda — Olha, veio uma coisa escura, da qual não pude ver a forma. Não sei se era discóide. Sei lá, só se via as luzes daquilo, uma verde intensa e outra vermelha. Estranho era o barulho que aquele troço fazia, como ar condicionado, porém bem mais forte. Parecia barulho de turbina, como se houvesse uma coisa girando. O objeto passou em cima de onde estávamos, mas em tão baixa altitude que não poderia ser um avião. Nenhum piloto faria aquilo, pois estaria morto. Um vôo rasante daqueles já é perigoso demais num dia claro, imagine com chuva e de noite. Aí eu gritei para minha equipe: “Acabei de ver um treco muito estranho aqui”. Então entramos no barco e fomos para o tal lugar onde Luís tinha tido o contato. Chegando lá, fomos até a árvore onde ele havia caçado a tal paca. Ficamos todos ali embaixo. Mas com a maré enchendo, a gente estava com a água cada vez mais alta...

Ufo — O jeito era subir numa árvore, então, e aguardar os acontecimentos...
Hollanda — Era, pois a maré foi subindo cada vez mais. Ficamos lá, em cima da árvore, aproximadamente umas 10 horas. Quando decidimos ir embora, fomos em direção ao barco, que estava parado na outra margem, e guardamos o equipamento. Quando então que, a mais ou menos uns 2000 m, veio cruzando o rio, de norte para o sul, uma luz muito forte, de cor amarela, âmbar como o Sol, porém em baixa altitude. Aquilo estava em cima das árvores e cruzou o rio na mesma posição que a anterior, praticamente onde ficava a residência do vigia – no local onde eu a tinha visto pela primeira vez.

Ufo — Emitia o mesmo som de ar condicionado ou era alguma vibração mais intensa?
Hollanda — Tinha som, sim. Mas nos concentramos em filmar aquilo. Você pode ver no filme [Que, no entanto, não foi mostrado porque o coronel não o possuía mais] uma tremedeira ou coisa assim, e uma luz como se fosse de chama. Aparece também o rastro dela refletida no rio. Isso tudo foi bem filmado.

Ufo — Quando vocês tinham algum documento desse gênero, uma filmagem espetacular como essa, tal material não ia para Brasília?
Hollanda — Ainda não. O filme ficava retido lá no 1º COMAR. Depois é que Brasília solicitava o material. Eu não acho que eles acreditavam muito nessa história, mas alguém lá queria vê-lo. Falava-se tanta coisa sobre o assunto, mas ninguém queria se expor. Talvez alguém em Brasília pudesse dar crédito para uma coisa dessas, mas tinha colegas lá que eram céticos. Outros ficaram sabendo que os UFOs eram verdadeiros.

Ufo — Voltando à nave que vocês estavam observando, às margens daquele rio, tal experiência deve ter sido extraordinária.
Hollanda — Bom, foi mesmo. E nós registramos hora, altura, direção, essas coisas todas que tinham que constar no relatório. Enquanto aquilo estava lá, à nossa frente, eu pensava: “Agora mesmo é que não saio daqui. Agora vamos ter que ficar”. Mas não tínhamos levado comida, café, água, nada. Não tínhamos levado nada. O que veio a seguir é impressionante.

Ufo — E o que aconteceu?
Hollanda — Como tínhamos que voltar lá para fazer as anotações necessárias, e não havíamos levado nada, Luís se propôs a ir até sua casa – à beira do rio – para nos trazer café, bolacha e água. Ele saiu com um barquinho em direção a uma ilhota de uns 15 ou 20 m de largura, mas muito comprida. Um garoto de uns 9 anos de idade foi com ele. Eles foram remando e sumiram nessa ilha. Logo que Luís desapareceu ao longe, fiquei em pé em cima do toldo do barco. Enquanto isso, os agentes comentavam sobre o que estava acontecendo, mas como eu era o chefe, não podia me dar ao luxo de ficar conversando. Tinha que ficar alerta. Foi então que, à minha esquerda, próximo ao início do rio, veio uma luz muito forte – a mesma luz amarela. Enquanto ela se aproximava, fiquei quieto. E como aquela claridade continuou se aproximando, chamei a atenção dos agentes para o fenômeno.

Ufo — Esses agentes estavam equipados com máquinas fotográficas para registrar o episódio?
Hollanda — Sim. Logo que notaram a presença do objeto, prepararam máquina fotográfica, filmadora, tudo. Aquela coisa veio em nossa direção, a uns 200 ou 250 m de altura. Cruzou por cima da gente e quando chegou perto, na margem do rio, apagou-se. Era uma luz amarela e muito forte, como se fosse um sol, e a gente não via seu formato, somente o clarão. De repente, pudemos notar que objeto tinha uma forma estranha de bola de futebol americano, pontuda e grande – de mais ou menos uns 100 m. Um aparelho translúcido, com janelinhas em toda a sua extensão. Porém, não pude perceber se havia alguém lá dentro, apesar de ter passado devagar como se fosse de propósito. A filmadora estava acionada e como emitia um ruído, pedi para que o agente que a estava manejando, um japonês, parasse de filmar, porque eu queria tirar algumas dúvidas e não desejava interferência de sons. Então o cinegrafista parou.

Ufo — Depois que ele desligou a filmadora, foram ouvidos barulhos mais nítidos que identificaram aquele fenômeno?
Hollanda — O cinegrafista perguntou: “Você está ouvindo?” Respondi que sim. Era um barulho de catraca, esquisito e oscilante. Depois continuamos filmando e fotografando, até que a coisa foi embora, seguindo rumo ao continente. Isso aconteceu entre 11h00 e 11h30, conforme o relatório. Já faz muitos anos, mas recordo-me do horário. Após esse episódio, comentamos sobre aquele troço esquisito. Por volta de 01h00 ou 01h30 a luz voltou, só que não era mais da cor do Sol. Era agora de um azul muito forte e acompanhou a margem oposta do rio. Quando chegou perto da ilha, foi em direção a Belém, mas estava muito baixa, passando sobre as copas das árvores.

Ufo — Essa foi a situação mais complicada? O avistamento mais extraordinário dentro da Operação Prato?
Hollanda — Foi. Aparentemente, a luz se aproximou de Belém, depois voltou em nossa direção. Víamos através das copas das árvores que tinha uma luz lá em cima e que ela havia penetrado a mata.

Ufo — Vocês chegaram a fazer cálculos da distância em que o UFO permaneceu?
Hollanda — Como ele estava à nossa frente, fui até lá por curiosidade e para colher dados exatos para o relatório. Sua distância era de uns 70 m. Aquele monstro azul, embora tivesse um brilho muito forte, podia ser olhado diretamente sem que ardesse a vista. Não havia nada, apenas aquela luminosidade forte. Um troço incrível. Ficamos parados a observá-lo. Então fiquei com medo, porque estava muito próximo, do outro lado do rio, ou seja, à mesma distância de uma trave à outra num campo de futebol. Aquele objeto ficou parado durante uns três minutos. Enquanto isso, olhávamos em silêncio. De repente, a luz se apagou rapidamente e pudemos ver o que estava por trás dela.

Ufo — E o que era, coronel? Algum objeto diferente?
Hollanda — Era novamente a bola de futebol americano em pé, a uns 100 m de altura, parada e sem janela alguma. Devia ser o mesmo UFO, só que com o interior apagado. Sei lá, alguma coisa desse tipo. Todo mundo ficou com medo. Uma das pessoas ainda perguntou: “E agora? E se esses caras vierem e carregarem a gente, como é que fica?” Tudo era novidade para nós e ninguém sabia o que poderia acontecer dali para frente.

Ufo — Coronel, o senhor está a par do fato de que esse tipo de ocorrência na Amazônia não é uma coisa comum em outros lugares do mundo? Na sua opinião, por que essas naves insistiam tanto em aparecer nas regiões Norte e Nordeste, principalmente na Amazônia?
Hollanda — Não, não sabia que casos como esse eram raros. No meu ponto de vista, o qual expus a alguns amigos, passei a me interessar muito mais pelo assunto depois que terminei meu trabalho na Aeronáutica. Para mim, Ufologia é um assunto muito sério. Descartava muita coisa acerca de avistamentos ufológicos, por nunca ter visto nada que pudesse me dar certeza. Depois que vi uma nave, quis entender o fenômeno, e como oficial de operações de selva quis tirar minhas próprias conclusões. Mas não podia colocá-las no relatório, porque eram pessoais, resultados de um estudo aprofundado... Tivemos muito contato com tribos indígenas, por isso, preocupávamos-nos em não transmitir a eles doença de espécie alguma, pois os índios não tinham anticorpos, ao contrário de nós. Podíamos passar gripe, sarampo, difteria, tuberculose, enfim...

Ufo — Seria uma tragédia?
Hollanda — Com certeza, porque nós temos controle em nosso corpo. Nosso organismo tem defesas, e o deles não. Daí minha preocupação de que mesmo cumprindo a missão, involuntariamente, tivéssemos transmitido doenças aos índios. Felizmente nunca houve um caso desses. Não me lembro de ter prejudicado algum índio dessa maneira. Concluí outra coisa a respeito de por que aqueles seres estariam fazendo isso. Se eu fosse eles e precisasse de um aparecimento aberto, franco, direto, o que teria que fazer? Proteger a mim e a meus companheiros. Mas como? Sabendo o que cada um possui dentro de seu próprio organismo que possa danificar o meu, entende? Essa defesa só poderia ser feita se tivesse uma amostra do nosso sangue e tecidos. Não foi difícil imaginar que eles estivessem fazendo coleta de material genético, para ver o que contínhamos que pudesse danificá-los num contato futuro necessário, certo? Não só sangue, mas também nossas células. Não sei ao certo o que essa luz com alta energia podia fazer, ou se transportava partículas do corpo humano para serem analisadas mais tarde. Hoje ainda não compreendo o tal processo de clonagem. Na época, não pensei em nada disso, a não ser que eles estavam coletando material que pudesse prejudicá-los num possível contato próximo.

Ufo — A população ribeirinha imaginava que a intervenção deles seria uma agressão? Ela chegou a se armar para se defender desse tipo de fenômeno?
Hollanda — Claro, eles imaginavam estar sendo atacados por algum ser maldoso, como um vampiro ou morcego. Os populares pensavam que eram coisas que vinham de fora, de outro planeta. Eles já viam formas estranhas e luzes antes de mim. As naves também, pois demorou muito para eu observá-las.

Ufo — A população ribeirinha dessas regiões andava armada?
Hollanda — Sim, a população que vivia às margens do rio usava foguete, andava armada com espingardas de cartucho e de caça. Foi relatado na Operação Prato que eles portavam armas. Alguns até atiravam, e eu só dizia para não fazerem isso. O próprio padre falava que não havia motivo para tanto: “Vocês nunca vão fazer nada. Quem tentar lhes apontar uma arma ficará 15 dias dormente, imobilizado na rede”.

Ufo — Coronel, essa experiência que o senhor acabou de descrever teve alguma influência em sua vida, em sua forma de ver o mundo? Isso aconteceu no final da Operação Prato?
Hollanda — A Operação Prato foi até quando a Aeronáutica mandou interrompê-la. Esse relato foi passado ao meu comandante, dizendo tudo a respeito de como foi a coisa. Posteriormente, o filme foi revelado e assistido no auditório do Quartel General por vários oficiais.

Ufo — Quais foram as conclusões a que o senhor chegou, a esse respeito?
Hollanda — Não havia dúvidas. Não tínhamos visto a forma do objeto na hora em que se deu o avistamento. Só fomos ver depois da impressão fotográfica. A coisa tinha no alto uma porta aberta, como a de um Boeing. Não havia ser algum dentro do objeto, na fotografia também não aparecia nada, exceto um feixe de luz em direção ao barco onde estávamos. Dessa abertura parecia que alguém focava em nossa direção. Na ocasião, a luminosidade era tão forte que nos impedia de ver qualquer forma no interior daquela bola azul enorme.

Ufo — Com uma declaração desse nível, uma coisa extraordinária como essa, por que o 1º COMAR desativou a Operação Prato em apenas três ou quatro meses de trabalho?
Hollanda — Olha, talvez tenha sido por causa da especulação da população. São perguntas que não podem ser respondidas. Quem são, por exemplo, ninguém sabe. Talvez quem esteja mais avançado sejam os norte-americanos, os russos. De onde vêm? Não há resposta. O que eles querem? Também não sabemos. São as três questões feitas e que ninguém pode responder – o que desmoraliza a Força Aérea e o Governo brasileiro.

Ufo — Mesmo assim, não compensaria à Força Aérea manter o projeto em busca dessas ou de outras respostas? Por que fechá-lo?
Hollanda — Se eu fosse o comandante, continuaria. Mas eu só obedecia ordens, e a ordem era parar. E assim foi cancelada a operação, quer estivéssemos satisfeitos, quer não.

Ufo — O senhor acatou e bateu continência, simplesmente? Sem maiores reações?
Hollanda — Sim, pois já tinha acabado. A conclusão sobre a coleta de material para fazer antídoto, vacina, solução sorológica que inibisse qualquer incidência de moléstia no corpo desses alienígenas, a partir do sangue ou do material colhido do corpo humano, foi exposta quando visitei Rafael Durá, em São Paulo. Depois de uma longa conversa, mostrei minha opinião. Ele disse que era a mais lógica que ouviu a respeito do chupa-chupa, porque o que se ouvia era falar em agressão, e eu discordava: “Não foi agressão de forma alguma. Foi pesquisa ou coleta de material, como alega Jacques Vallée”. Durá me agradeceu, dizendo: “Foi a explicação mais lógica que eu ouvi até agora”.

Ufo — Depois que a operação foi encerrada, o material que vocês coletaram permaneceu em Belém ou foi para Brasília?
Hollanda — Em Belém. Várias vezes eu tentei escrever um relatório final, pois o original era parcelado, caso a caso. Por exemplo, se numa noite o fenômeno se manifestava três vezes, então tinha que ser feito um relatório. Pelo que eu escrevia, baseado em tudo que via, achava que em Brasília iam me chamar de louco, pois eles não estavam lá para presenciar.

Ufo — Mesmo depois do encerramento da Operação Prato o senhor continuou pesquisando, investigando, fazendo suas vigílias? Teve alguma outra experiência interessante?
Hollanda — Bem, eu nunca relatei isso. Estou abrindo exceção para vocês, Gevaerd e Petit, em altíssima confiança, por sua seriedade. Também porque já estou com 60 anos de idade, daqui a pouco faço 70... Isso se eu chegar lá e não desaparecer antes. Eu estava em casa, tinha acabado de receber uns livros que solicitei a Bob Pratt – que me visitou logo no início da Operação Prato –, quando algo aconteceu. Foi uma coisa surpreendente, que quero relatar com calma.

Ufo — O que exatamente Bob Pratt queria com o senhor?
Hollanda — Conversar. Ele queria saber sobre o que tinha havido, porque ele esteve na Ilha dos Caranguejos [Onde aconteceu um grave caso, meses antes] e eu não sabia da existência desse local nem do que tinha ocorrido por lá. Depois mandei verificar a área. Outros ufólogos também me procuraram na época, entre eles o doutor Max Berezowski, o general Uchôa, um ufólogo argentino cujo nome não recordo, Jacques Vallée e Reginaldo de Athayde [Co-editor da Revista Ufo] . Nunca mais mantive contato com Berezowski, mesmo depois de suas cartas e telefonemas. Não tive oportunidade de conhecê-lo pessoalmente, porque minha mulher não concordou em hospedá-lo em casa. Jacques Vallée falou comigo anos depois e me deu até um livro de presente.



Ufo — O senhor estava autorizado a declarar alguma coisa a esses ufólogos naquela época?
Hollanda — Eu conversava com eles sobre o assunto – eles até viram algumas fotografias. Apenas pedi que respeitassem minha posição, pois não podia divulgar informação alguma, o que compreenderam perfeitamente bem. Continuaram trocando correspondências comigo. Eu era freqüentemente consultado sobre alguns casos, inclusive por ufólogos internacionais, da Espanha, Estados Unidos etc.

Ufo — Eles mandavam casos para o senhor analisar e emitir um parecer?
Hollanda — Através de Rafael Durá, de Osni Schwarz [Nesse instante Uyrangê volta a falar sobre sua experiência ao receber os livros de Bob Pratt]. Eu lia todos os livros para me aprofundar mais em Ufologia, humanóides, aparecimentos, abduções, outras coisas, e assim pude me munir de mais conhecimentos sobre a temática. Já não tinha mais nada com a Força Aérea, mas continuava interessado no assunto. Sempre empilhava meus livros sobre uma estante. Um dia, estava deitado, lendo uma obra que não tinha nada a ver com Ufologia, enquanto minha filha, ainda pequena, lia uma revistinha de criança. De repente, os livros se deslocaram como se tivessem sido pegos e a pilha inteira caiu no chão. Ressalto que morava na Vila Militar, bem distante da rodovia, onde não havia trepidação de carro que justificasse a causa de tal circunstância.

Ufo — Eles estavam empilhados na vertical, um sobre o outro?
Hollanda — Quando eles bateram no chão, claro que a pilha desmontou, mas os livros não se espalharam. Eles vieram empilhados até o chão. Minha filha Daniela assustou-se e perguntou: “Pai, que engraçado... Como é que os livros caíram?” Nessa mesma hora, minha mulher estava no andar de baixo, preparando mamadeira para as crianças, quando algo semelhante aconteceu. A bandeja em que estavam os copos e talheres saiu voando da pia, flutuando por toda a cozinha, e então caiu, sem quebrar um copo sequer, apesar do barulho de louça que ouvi de onde eu estava. No momento em que catava os livros do chão, brinquei com minha filha para que ela não tivesse medo. Coloquei-os no lugar e falei: “Vocês estão querendo que eu leia”. Então abri um livro numa página qualquer. Logo em seguida aconteceu o incidente com a bandeja de louças. Pelo barulho pensei que tivesse machucado alguém, cortado talvez.

Ufo — E o que sua esposa achou disso tudo, coronel?
Hollanda — Desci as escadas correndo e, nesse meio tempo, minha esposa vinha subindo com os olhos arregalados, dizendo que não ficaria sozinha diante daquele fenômeno. Perguntei a ela o que havia acontecido: “Não sei. A bandeja saiu voando e foi parar no meio da pia”. Eu não entendi muito bem a história. Levei, então, um copo d'água para ela.

Ufo — E os fenômenos ficaram por isso mesmo, sem mais nem menos?
Hollanda — Dois ou três dias depois, eu estava dormindo por volta da meia-noite, quando um novo fato aconteceu. Estava numa espécie de desligamento, mentalização, deitado junto à minha mulher. De repente, adentrou meu quarto um clarão muito forte, seguido por um estalido, iluminando tudo. Assustei-me ao ver um troço tão estranho. Imediatamente, apareceu um ser atrás de mim, abraçando-me. Achei a situação meio esquisita. Além disso, tinha outro ser na minha cabeceira, que media 1,5 m de altura e estava vestido com uma roupa semelhante à de astronauta ou de mergulho.

Ufo — Colante ou neoprene? Aquele material usado em roupas de surfistas?
Hollanda — Era muito fofa, não era colada ao corpo. Não cheguei a ver seu rosto, mas era cinza, tinha uma máscara parecida com a de mergulho, e o olho não dava para detalhar. Eu estava muito assustado por causa daquele “bicho” que me abraçava e apertava por trás, sussurrando em meu ouvido em português: “Calma, não vamos te fazer mal”. Tinha uma voz metalizada, como som de transmissões computadorizadas.

Ufo — E sua esposa, como reagiu?
Hollanda — Continuou dormindo, sem saber da presença do “baixinho” que estava em minha cabeceira, apertando-me na cama. Não gostei da sensação e da atitude dele. Logo em seguida, outro estalido, e o clarão desapareceu, deixando-me muito assustado.

Ufo — Houve lapso de tempo?
Hollanda — Não me lembro. Fiquei raciocinando se não foi apenas um sonho. Mas o troço era muito esquisito e eu ouvi os dois estalidos. Não me recordo se fui beber água. Acho que desci para tomar alguma coisa, whisky, sei lá.

Ufo — Esse fenômeno voltou a acontecer com o senhor nos dias seguintes?
Hollanda — No outro dia, fui para o quartel hastear a bandeira e bater continência ao som do Hino Nacional. Minha mulher sempre fechava o portão da garagem quando eu saía para trabalhar, por causa dos cachorros e das crianças. Eu tinha um Alfa Romeo azul-marinho naquela época. Quando meti a chave na porta do motorista para abri-la, a porta do outro lado abriu-se sozinha, sem ao menos eu ter tocado no veículo. Ao ver aquilo, minha mulher ficou assustada. Eram muitos fenômenos inexplicáveis que vinham acontecendo. Olhei para meu suposto companheiro e disse, em tom de gozação: “Você não vai andar muito. A viagem é curta”.

Ufo — O senhor sentiu alguma coisa, talvez uma dor de cabeça ou algo assim?
Hollanda — Aí eu me sentei no carro, e quando estiquei a mão para fechar a porta, ela o fez sozinha. Minha esposa assustou-se ainda mais. Fui embora, seguindo rumo ao quartel. Ao hastearmos a bandeira, meu braço esquerdo começou a coçar muito. Eu já estava doido para que a cerimônia acabasse, pois não podia tirar a mão da pala para me coçar. Quando olhei para meu braço, ele estava vermelho. Achei aquilo muito esquisito [Até o dia em que o entrevistamos, em seu braço havia a mesma marca avermelhada].

Ufo — O senhor acha que isso tudo foi conseqüência do quê?
Hollanda — Calma, já chego lá. Meu braço continuou coçando. Por curiosidade, num certo dia, apertei a pele e, ao fazê-lo, apareceu um troço, como se fosse um pedacinho de plástico. No raio-X não apareceu nada. Mas aperte aqui e sinta. [Ao apertar o local, pudemos sentir alguma coisa pontuda, que mais parecia uma agulha].

Ufo — Algum outro componente de sua equipe apresentou qualquer tipo de marca pelo corpo?

Hollanda — Sim, o Flávio. Descobri isso quando todo mundo quis ver o meu ferimento. Ele também possuía a mesma marca na perna esquerda, numa das coxas. Ele acabou falecendo por causa de derrame, em virtude do ferimento na perna. Depois eu conversei com um médico, amigo meu, para o qual mostrei meu braço. Ele me convidou a ir até o hospital para fazer exames. Numa das vezes que fui a São Paulo e conversei com Rafael Sempere Durá, ele pegou uma bússola pequena e pediu permissão para dar uma olhada, colocando o aparelho sobre a minha pele.

Ufo — Essa é, sem dúvidas, uma evidência física sem precedentes...
Hollanda — Os ponteiros da bússola ficaram alterados. Se através de um exame radiológico não se pôde ver absolutamente nada, comentei com Rafael que queria mandar abrir a pele. Ele me aconselhou que não o fizesse.

Ufo — Mudando de assunto, o senhor tem conhecimento de que o Governo brasileiro continua fazendo pesquisas ufológicas, seja na Amazônia ou em outro lugar?
Hollanda — Pesquisa com determinação, com base em um programa, acredito que não. Pelo menos não tenho qualquer informação a esse respeito. Primeiro, porque estou fora, na reserva. Tenho muito pouco contato com o Ministério da Aeronáutica. Possuo amigos lá, mas nunca ouvi falar que o órgão tenha ido investigar qualquer tipo de projeto ou eventualidade.

Ufo — O senhor acredita que deveria haver um programa de pesquisas ufológicas mantido pelo Governo brasileiro?
Hollanda — Na minha opinião, sim. Eu mesmo tenho minhas razões pessoais para crer nisso, mas mesmo que não as tivesse, se eu fosse comandante, mandaria.

Ufo — O que o senhor imagina que foi feito dos documentos e fotografias resultantes dos três meses da Operação Prato?
Hollanda — Creio que tenham sido arquivados, pois não foi dado muito valor a eles. Não tive conhecimento de qualquer repercussão no Ministério da Aeronáutica. Quanto às fotografias, não foram enviadas as 500 para eles. Seguiram apenas as que constavam no relatório e alguns negativos. A maioria delas ficou conosco, guardada nos arquivos do 1º COMAR, e ninguém mais conseguiu obter informação a respeito. A seção à qual eu pertencia é onde se encontram arquivados os quatro filmes batidos e as fitas de vídeo. Na época, o Ministério da Aeronáutica iria ficar com apenas um rolo, mas confiscou inclusive os outros três que pertenciam a mim, que foram comprados com meu dinheiro e, assim mesmo, a Aeronáutica nunca os devolveu.

Ufo — Nunca pensou em guardar um souvenir desse material?
Hollanda — Não. Veja bem: já falei que adoro a FAB, ainda mais quando estava lá dentro. Hoje, eu fico de fora, vendo como é que meus companheiros estão se virando, o que estão fazendo para que ela prospere e engrandeça. Sempre tive um respeito muito grande pela Força Aérea e pelo meu serviço. Eu nunca faria isso com ela. Fiquei calado por 20 anos. Durante esse período, fui consultado várias vezes para que escrevesse ou prestasse alguma declaração.

Ufo — Coronel, o senhor se recorda que publicamos umas fotografias nos anos 80 sem sua autorização? Isso trouxe algum problema para o senhor?
Hollanda — Trouxe sim, muitos embaraços. Eu fui mandado a Brasília para investigar por que aquilo tinha sido vazado, como aquela história tinha se tornado pública. Como o carimbo da Aeronáutica estava exposto, já que naquela época eu era o chefe dessa operação, como é que aquilo saiu? Ninguém foi punido por isso, pois a verdade sobre como as coisas vieram à tona nunca foi descoberta.

Ufo — O senhor acredita que a publicação dessa matéria na Revista UFO, na íntegra, pode causar mais embaraço?

Hollanda — Hoje não. Minha missão foi cumprida. Minha carreira se esgotou após 36 anos de trabalho. Quanto à liberação dos documentos para o público, isso já é decisão do comando. Se liberarem, irão surgir muitas indagações que o Ministério da Aeronáutica e Governo não estão aptos a responder. Para evitar constrangimentos, não se fala nada. Uma vez eu estava assistindo a um programa do apresentador Flávio Cavalcanti. Num interrogatório sobre esse assunto, um cara perguntou por que os UFOs não pousam no Maracanã para todo mundo ver? Se acontecer um caso desses, um pouso na Esplanada do Planalto, por exemplo, aí não tem jeito. Acredito que num futuro próximo “eles” possam ser até um pouco mais abusados. Do jeito que está, em menos de um ou dois anos, acontecerá um contato claro, aberto para toda a população, que será transmitido pelas televisões do mundo.

Operação Prato - Parte 4
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Seg, 16 de Fevereiro de 2009 14:07
Filho do Relator da Operação Prato fornece esclarecimentos Em 1977-78, militares brasileiros conduziram a chamada “Operação Prato”, coletando relatos a respeito de fenômenos luminosos — os “chupa-chupa” — que provocavam pânico em algumas cidades do Pará. O então sargento João Flávio de Freitas Costa, segundo em comando, foi o autor de praticamente todos relatórios, desenhos e mapas da operação (cuja assinatura em um deles você confere acima). Mais recentemente, contudo, alegações mais extraordinárias teriam surgido a respeito de Flávio Costa, que faleceu em junho de 1993. Entre elas estariam as declarações de Ubiratan Pinon Frias para o sítio UFOVIA. Estivemos em contato com Fernando Costa, filho de Flávio, que gostaria de refutar algumas destas alegações. Citamos a seguir trechos das declarações de Ubiratan Pinon, seguidos pelos comentários e esclarecimentos de Fernando Costa, destacados em negrito: PINON: “Flávio e Hollanda eram dois homens que foram mutilados. E há outros! Não posso ventilar aqui, mas todos eles apareceram com “algo”. Não era na coxa, mas no braço esquerdo, na altura do antebraço, como se fosse uma agulha de três pontos. A ponto de você pegar e sentir furar um lado e outro… Todos dois tiveram a mesma coisa”.

COSTA: No início de Janeiro de 1993, Flávio sofreu um acidente vascular cerebral (AVC). Ficou hospitalizado no Hospital de Aeronáutica de Belém por cerca de um mês. Como resultado do AVC, ficou hemiplégico à direita e também perdeu a fala. A partir da alta médica,a família o levou para casa, contratou uma fisioterapeuta particular e cuidou dele, inclusive dando banho, fazendo toda a higiene pessoal, e fazendo curativos, pois a longa permanência no leito do hospital o deixou com algumas escaras. A esposa e os filhos o examinavam detidamente, logo, teriam percebido qualquer “algo” estranho.

PINON: “…no Flávio, apareceu aquele sangramento, mas a marca que ele tinha era no braço, não era na coxa”.

COSTA: Muito estranho. Só sangrava na rua, nunca em casa, a ponto da esposa e dos filhos não perceberem? Será que os dedicados médicos do HOSPAER que atenderam o SO Flávio não perceberiam tal implante?

PINON: “…Eu não estava em Belém quando ele [Flávio] morreu, mas depois que ele faleceu que estive em sua casa. Segundo a senhora esposa dele, um dia ele amanheceu muito triste e chorou. E ela perguntava o que ele tinha, ele não respondia. E aquilo foi acarretando nele que a vida dele era ficar sentado e chorando. Era como se ele tivesse tido um derrame… O comportamento era de um derrame, mas um derrame que não “entortou” nada nele. Não aparentava que ele tivesse alguma coisa. Então ele ficava sentado e chorando e assim foi até ele morrer”.

COSTA: Ficar “hemiplégico a direita” (segundo o laudo dos médicos do Hosp. De Aeronáutica de Belém) não é “entortar” ? Pinon não esteve na casa da família após a morte do Flávio, muito menos conversou com a esposa dele após a morte. Conforme citamos acima, o SO Flávio sofreu um AVC em janeiro, e após um período de internação e tratamento intensivo no HOSPAER, continuou com o tratamento em casa. Em junho de 1993, enquanto aguardávamos resultados de exames clínicos, ele teve um segundo AVC, que desta vez foi fulminante, causando o óbito.

Operação Prato - Revelações de Fernando Costa
Nos anos de 1977 e 1978, locais do norte do país ficaram aterrorizados pelo que descreveram como bolas luminosas e vampirescas, um fenômeno logo batizado de “chupa-chupa“. O pânico foi tanto que motivou a criação de uma operação militar da Força Aérea Brasileira dedicada a investigar o tema. A chamada “Operação Prato” se tornaria uma das maiores histórias da “ufologia” em nosso país, principalmente depois que em 1997 seu comandante, Uyrangê Hollanda, confirmou publicamente sua participação na operação. Recentemente, o episódio foi revisitado no programa da TV Globo, “Linha Direta“, e chegou mesmo a ser tema da série internacional do History Channel, chamado de “Roswell Brasileiro“.

Mas se sabe pouco de concreto sobre a operação. Ao programa Linha Direta, a FAB declarou que a operação teria sido apenas resultado do interesse pessoal de alguns dos envolvidos, e que dispunha apenas de alguns relatórios de um dos membros da operação. E o autor de praticamente todos relatórios foi o sargento João Flávio de Freitas Costa. Infelizmente, Flávio Costa faleceu em 1993, sem fornecer maiores detalhes de sua participação na Operação, até então ainda oficialmente secreta.

Mesmo a morte de Flávio Costa passou a ser tema de especulações a respeito de “implantes alienígenas”, e foi tentando esclarecer estas alegações que conhecemos Fernando Costa, filho do sargento. Para nossa grata surpresa, Fernando Costa não só estava combatendo tais histórias infundadas sobre a morte nada misteriosa de seu pai, como pronto para revelar informações valiosíssimas sobre aspectos pouco conhecidos da polêmica Operação. A entrevista a seguir foi feita com a colaboração do jornalista Jeferson Martinho, da revista eletrônica Vigília:

CA: Flávio Costa foi o autor de quase todos os relatórios, desenhos e fotografias da “Operação Prato“. Além de estrategista, ainda teria ajudado a convencer o próprio Uyrangê Hollanda, de que lidavam com algo desconhecido de fato. Como encara, hoje, o papel de seu pai naquela polêmica operação?

Fernando: Analisando hoje, eu posso enxergar um homem dividido entre as convicções pessoais — com uma parcela de misticismo, muito entusiasmado com a ufologia — e um militar “caxias”, zeloso pelo cumprimento das suas missões, que precisava se ater a relatórios reais, com bases científicas.

CA: Você nos contou que seu pai era um apaixonado pela ufologia. Ele chegou a contar alguma história sobre o tema?

Fernando: Para os mais íntimos, ele sempre estava contando estórias ou histórias… Ele sempre colocava impressões pessoais de uma forma bastante convicta e detalhista, com muita empolgação e com uma dose de misticismo. Quando se tratava de fatos relacionados com a atividade militar, só comentava até os limites em que o seu senso de dever permitia. Raramente deixava vazar detalhes mais secretos de suas atividades. Depois que ele já estava na reserva, nos almoços de domingo, depois de algumas doses, eu conseguia “arrancar” algumas coisas. Acho que no principio da Operação Prato ele ficava bastante angustiado com a dificuldade de recursos para obtenção de provas. Eu cheguei a ver fotos de três círculos, harmonicamente dispostos em forma triangular, impressos no capim, como se tivessem sido queimados. Ele contou que foi atestada radioatividade nessas marcas. Para ele, isso representava a impressão do pouso de uma nave. Eu não vi, em nenhum dos relatórios a que tive acesso, qualquer referência ou comentário sobre tal foto.

CA: Os relatórios de seu pai são detalhados em suas descrições dos avistamentos, das condições do tempo a inúmeros mapas e diagramas. Ele possuía formação como meteorologista, não?

Fernando: Ele era meteorologista graduado pela Escola de Especialistas da Aeronáutica. Podemos notar, abaixo da assinatura, que além do posto consta a sigla QMT, designando a especialidade. Apesar de não ter concluído a escola de pilotagem no Aeroclube do Pará, também pilotava monomotores.

CA: Ele chegou a comentar como entendia o fenômeno OVNI, e o Chupa-chupa em particular?

Fernando: Tinha algumas teorias: associava a ocorrência de fenômenos ufológicos a falhas geodésicas. Falava de uma falha que vinha desde o planalto central até Colares, no Pará, e que a grande maioria dos fenômenos observados por ele se situava nessa linha. Apesar disso, não descartava a possibilidade de que tais fenômenos fossem experimentos das grandes potências, com vetores ultra-secretos ainda em fase de testes. Não podemos esquecer a semelhança da ilustração de um avistamento na região de Santarém, com os hoje conhecidos caças “Stealth”.

CA: E você, viu algo na época? Lembra-se de como o fenômeno foi divulgado pela mídia e como as pessoas o recebiam então?
Fernando: O fenômeno Chupa-Chupa tomou um grande espaço na mídia local, gerando, inclusive, atrito entre os militares e uma parte da imprensa. Existem relatos em que o então capitão Hollanda invadiu a redação de um jornal e confiscou fotos relacionadas com a Operação. Eu, particularmente, não possuía interesse no assunto, tanto que sempre escapava das vigílias quando era convocado. Estudar era sempre uma boa desculpa. A minha mãe foi em diversas ocasiões e é citada, inclusive, numa das listas de testemunhas dos relatórios.

CA: E como foi participar, de certa forma, pessoalmente da Operação?

Fernando: Hoje, eu vejo até de uma forma interessante. Na época era um horror. Ser filho de militar, principalmente de um “sargentão” não era tarefa das mais fáceis. Como tal, eu tinha que andar sempre “na linha”, não me envolver com política estudantil e ser um aluno exemplar. Eu cursava o segundo grau e estava terminando um estágio no Banco do Brasil no qual passei, em Brasília, numa excelente colocação. O meu pai fazia de tudo para me direcionar para a carreira militar, –concursos das academias militares etc — pois sabia que eu tinha potencial para passar. Eu sempre repudiei tal possibilidade, pois considerava já ter “servido” durante toda a minha vida e feito todos os treinamentos possíveis, com direito a ordem unida, manuseio de armas, sobrevivência na selva, noções de navegação, aviação, aeromodelismo e outras. O meu coração me indicava o caminho das ciências humanas e sociais que, mais tarde, acabei cursando. O conflito entre gerações e ideologias ficou bastante acirrado, porém mantendo um nível respeitoso na medida do possível.

Durante o período da Operação Prato, foi montado, com equipamento do I COMAR, um laboratório de revelação fotográfica no quartinho de empregada da nossa casa, na vila militar. A minha participação na revelação de algumas fotos da operação foi imposta por ele: “Era melhor eu estar aprendendo uma profissão em casa, que estar aprendendo coisa que não presta, na rua”. Hoje eu posso entender, mas para um adolescente aquilo gerou uma imensa revolta. Enquanto eu revelava as fotos no quartinho, ele ficava na sala, redigindo relatórios desenhando muitas das ilustrações da Operação. Nesse período, a raiva acabou vencendo a razão e eu passei a “sacanear”, ampliando qualquer ponto luminoso impresso no filme que ficasse parecido com um “disco voador”. Depois, algumas dessas fotos vazaram, não sei de que forma, e eu ria muito quando tinha notícias de publicações delas em livros de ufologia. Eu dividia o motivo da risada apenas com alguns amigos mais chegados.


CA: Alguma das imagens que viu ou manipulou lhe marcou? Alguma história ou elemento especialmente memorável que poderia partilhar?

Fernando: Tem uma que todos nós achávamos a melhor, e que andou lá pela casa da minha mãe e que não sei que fim levou. Os objetos nos filmes em que eu manipulava eram quase sempre esféricos ou cilíndricos. Porém, havia uma foto de um objeto que se assemelhava a uma arraia marinha. Essa não foi revelada por mim, mas, de fato, impressionava bastante.

CA: Em um dos relatórios redigidos por seu pai, ele lamenta a falta de recursos e confessa que a evidência acumulada não podia sustentar as conclusões a que haviam chegado a respeito dos fenômenos serem “inteligentemente dirigidos”. Hollanda também comentou como comprou filmes para registros com o próprio dinheiro. Seu pai comentou algo sobre a precariedade de recursos?

Fernando: Ele comentava as dificuldades iniciais com o equipamento para registro fotográfico. Só a partir de uma maior repercussão do tema em questão, é que eles receberam uma melhoria de recursos. Penso que a posição de BSB era bastante cética, embora tenha mandado alguns observadores, o que deixava os membros da Operação Prato um pouco frustrados. Como um observador militar, ele ficava muito impressionado com a capacidade de manobras bruscas dos OVNIs, que, segundo ele, transgrediam as possibilidades de mudança de deslocamento dos vetores conhecidos.

CA: O falecido jornalista americano Bob Pratt também investigou o fenômeno Chupa-chupa, e teria mesmo se tornado amigo do comandante, Uyrangê Hollanda. Hoje sabemos ainda que seu pai recebeu treinamento militar nos EUA. Como vê essas sugestões de um grande envolvimento e interesse americano na Operação Prato?

Fernando: Eu percebia nos comentários do meu pai uma enorme desconfiança em relação ao “gringo” (Pratt). Desde que voltou de um curso no exterior, ele nutria um certo xenofobismo. Estava sempre fotografando e catalogando integrantes de missões religiosas, que ele dizia serem agentes estrangeiros que levavam para fora do país todas as informações possíveis sobre a grande riqueza do mundo, a Amazônia. Assim, mesmo, eu li que ele chegou a viajar com o sr. Bob Pratt. Volta e meia havia a presença de observadores civis, entusiastas de ufologia, ligados a aviação civil. Alguns até colaboradores efetivos da Operação, como o sr. Pinon. Porém, no caso do sr. Pratt, não acredito que um capitão e um sargento tivessem autonomia para introduzir um estrangeiro numa operação considerada tão secreta. Eu sempre tive a impressão de que a imposição do Sr. Pratt veio bem mais de cima. Havia outro estrangeiro também, o Padre Alfredo de La Ó, que, se não me engano, era pároco da região de Colares no Pará, e que mais tarde colaborou bastante com os serviços de informações em outras questões políticas, tão comuns aqui na região. Eu ouvi comentário de meu pai, onde ele suspeitava que o padre fosse agente da CIA.

CA: Depois de quase trinta anos, os fenômenos e a Operação voltaram a chamar a atenção do público com a produção do programa “Linha Direta” da TV Globo sobre o tema. No rastro desse interesse renovado, alguns envolvidos passaram a fazer novas declarações, como Ubiratan Pinon, que fez alegações fantasiosas sobre o falecimento de seu pai, não?

Fernando: As alegações são fantasiosas e muito mentirosas. Este senhor sempre foi chegado às estórias fantásticas. Conheço gente que já ouviu ele contar que presenciou o boto que virou gente, lá na Ilha do Marajó… Enquanto ele ficava só nas lendas e mitos amazônicos, tudo bem. Acontece que ele fez declarações mentirosas a uma publicação especializada em ufologia sobre a morte do meu pai. Publicação que por sua vez não teve empenho suficiente em apurar a versão da família e dos médicos do Hospital da Aeronáutica, que atenderam meu pai.

Será que a equipe médica que atendeu o meu pai era incompetente a ponto de não perceber um “implante colocado pelos alienígenas”? A família que cuidou da higiene pessoal dele após o acidente vascular cerebral não teria percebido? Pinon alegou ter ido à nossa casa após a morte do meu pai, e atribuiu declarações falsas a minha mãe. No início de Janeiro de 1993, o SO R/R Flávio sofreu um AVC. Ficou hospitalizado no Hospital de Aeronáutica de Belém por cerca de um mês. Como resultado do AVC, ficou hemiplégico à direita e também perdeu a fala. A partir da alta médica, a família o levou para casa, contratou uma fisioterapeuta particular e cuidou dele, inclusive dando banho, fazendo toda a higiene pessoal e fazendo curativos, pois a longa permanência no leito do hospital o deixou com algumas escaras. A esposa e os filhos o examinavam detidamente, logo, teriam percebido qualquer “algo” estranho. O atestado de óbito, firmado pelo Dr. José Luiz Carvalho, indica PARADA CÁRDIO RESPIRATÓRIA, INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO E ACIDENTE VASCULAR CELEBRAL como Causa Mortis. O Sr. Ubiratan Pinon deve ter sofrido alguma espécie de mutilação mental que o levou a fazer tais afirmações.

CA: Qual sua opinião sobre a forma como os eventos estão sendo abordados hoje? E por fim, o que pensa sobre o chupa-chupa e a Operação Prato?

Fernando: A ocorrência de um fenômeno estranho é inegável. Atingiu uma parcela da população da Amazônia. Mesmo sabendo que os nossos nativos são muito chegados a mitos e lendas, fica difícil negar as ocorrências esquisitas. Porém, algumas afirmações teriam que ser mais responsáveis. Os “teóricos da conspiração” de plantão, adoram descobrir chifres em cabeças de calango. Foi assim, com a morte do meu pai, foi assim com a morte do Hollanda, foi assim com os balões japoneses da Segunda Guerra destinados a causar incêndios nos EUA e outras centenas de “causos”. Às vezes, alguns acreditam tanto nas baboseiras que ajudam a construir, que omitem fatos que podem derrubar os mitos por eles criados.

Mesmo com a morte de alguns membros da Operação Prato, a facilidade de comunicação que hoje temos nos permite uma melhor capacidade de investigação, mais apurada, mais responsável. Quando a nossa família descobriu e se indignou com a matéria publicada com as afirmações absurdas do Sr. Pinon, eu resolvi procurar e conversar com um dos oficiais da Operação. Mesmo num país com centenas de milhares de municípios, eu levei apenas três dias investigando e consegui um contato telefônico. Com a ajuda da internet e de alguns telefonemas, localizei quem eu procurava. Vale ressaltar que em alguns raros momentos atuo de jornalista, em uma revista especializada na minha área. Sou um profissional do Áudio. Escrevo sobre alguns eventos cuja complexidade da sonorização pode parecer interessante aos leitores. Mas jornalismo investigativo nunca foi a minha área.
Com um pouquinho de inteligência, boa vontade e perspicácia, a gente consegue. Há que se ter responsabilidade com os leitores!

Entrevista com Ubiratan Pinon Frias – Primeira Parte
A presente entrevista conduzida por Vitório Peret pode ser considerada pelos pesquisadores da Operação Prato (OP), como um dos mais sérios documentos acerca da casuística Amazônica, particularmente, do Estado do Pará. Funcionário da aviação civil brasileira por longos anos, o carioca Vitório Peret, pesquisa o fenômeno UFO desde a década de 70, já tendo realizado diversas pesquisas de campo, vigílias, sobretudo no Estado do Pará, na região de Colares, Mosqueiro (Baía do Sol), além de outras localidades paraenses onde se deram alguns dos fenômenos investigados pela OP. Peret é proprietário de uma casa no interior do Pará e sempre manteve estreita ligação com aquele Estado, sua capital e diversas cidades interioranas. Detém farto conhecimento da casuística da região, já tendo por diversas oportunidades, avistado fenômenos envolvendo objetos estranhos ou luminosos.

Como ufologista, Peret foi "seguidor" da linha investigativa desenvolvida pelo memorável general Moacyr Uchôa, um dos brasileiros mais honestos no estudo da Ufologia. Peret o conheceu pessoalmente e participou ao seu lado de alguns trabalhos em campo, sobretudo, na região do Planalto Central. Ao lado de Uchôa, Vitório Peret absorveu uma interessante bagagem e ainda, pôde presenciar alguns incríveis fenômenos luminosos, testemunhados em campo por várias pessoas - como os fenômenos envolvendo pequenas "bolas de luz" que se aproximaram deles e atravessavam suas mãos, conforme nos narrou in off.

Operação Prato, como o próprio coronel Hollanda; manteve laços de amizade com o sargento João Flávio de Freitas Costa e ainda mantém com o piloto contratado Ubiratan Pinon Friás (seu entrevistado aqui), entre outros. Ao lado deles, pôde participar de algumas vigílias ufológicas em regiões ermas do Estado do Pará, chegando por vezes, a vislumbrar alguns marcantes avistamentos - conforme nos narrou pessoalmente, in off, quando de nosso encontro em julho/2005, na cidade de Belo Horizonte/MG -, sendo que alguns dos quais foram filmados (durante a presença de Peret) e se encontram incorporados ao acervo de imagens em equipamento super 8 da OP, que supostamente estaria em poder do COMDABRA, em Brasília.

Em sua entrevista com o seu amigo Pinon, o pesquisador Vitório Peret se sente à vontade e faz uma espetacular argüição ao reconhecido membro civil da OP. A entrevista foi gravada durante dois encontros, totalizando 2,5 horas de gravação. Do material bruto, editamos as passagens que julgamos mais interessantes, procurando preservar ao máximo, as expressões, reações e respectivas colocações do entrevistado e do entrevistador. Esta entrevista revela detalhes e ações inéditas envolvendo alguns dos integrantes da OP e suas respectivas particularidades. De certa forma, adentra caminhos “maquiavélicos”, quando Pinon disserta sobre os comprovados implantes que todos os integrantes da OP teriam recebido (incluindo sobre o dele, verificado in loco por Peret). A presente entrevista foi gravada na residência de Pinon, em Belém/PA, nos dias 20 e 21/07/2005.

Outros casos à parte da OP, também são esboçados por Pinon na presente entrevista, alguns com e outros sem testemunhas. Através de um primeiro “contato” em sua infância, Pinon parece de fato, se tratar de uma pessoa de alguma forma predestinada a se dar com o fenômeno UFO ao longo de seus 65 anos. Isso pode ser constatado pela quantidade de contatos/avistamento que ele mantém (inclusive, atualmente) e pela grande naturalidade com que ele convive e digere esta questão. Uma primeira parte da entrevista está sendo apresentada, trazendo uma posterior seqüência abordando outros fatos pertinentes ao assunto. O piloto Ubiratan Pinon foi entrevistado pela produção do programa O Incrível da Rede Globo (ao ar em 25/08/2005, 21h30) que estará exibindo um especial sobre a Operação Prato.

A efetiva participação de Pinon junto aos trabalhos da OP é notória entre todos os ufologistas que investigam esta manobra militar, sobretudo, os que vivem no Estado do Pará. O nome de Ubiratan Pinon Friás consta em diversos relatórios oficiais da Operação Prato. Na maioria deles, Pinon figura como piloto de vôo comercial, mas é certo que, dada suas diversas habilidades, considerando também sua experiência e amizade com os demais integrantes, atuou também junto à equipe da OP de investigação em campo, como ele próprio nos faz entender em sua entrevista.

Para o portal UFOVIA é com muito prazer e destacada honra que hospedamos e editamos mais um trabalho de Vitório Peret, esse expressivo militante da Ufologia brasileira que, através de seu esforço individual tem nos ajudado a tornar públicas, diversas facetas “camufladas” de um tempo em que a ditadura militar colocava nosso povo abaixo de pesadas rédeas e ao menos nos davam uma mínima explicação sobre o que estava acontecendo. Peret exerce também a função de coordenador da Operação Trilha, movimento que prepara uma equipe para executar investigações de campo acerca dos fenômenos amazônicos, cujo ápice, se deu no fim dos anos 70. Pude conhecer Peret pessoalmente e sua pessoa me arrebatou o mais alto respeito, estima e confiabilidade. Pude sentir nele, a ávida necessidade de se colocar para fora a suada experiência da bagagem de um jovem ufologista veterano, que se traduz na mais intrínseca e descompromissada "busca pela verdade".


Ao amigo e parceiro Vitório Peret e extensivamente ao nosso entrevistado Ubiratan Pinon, manifestamos sinceros agradecimentos e o mais alto respeito de toda a família UFOVIA. Temos certeza convicta de que todos esses esforços não serão em vão!

Introdução:
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Conheci o piloto Ubiratan Pinon Friás em Belém/PA, no ano de 1977, através de uma amiga que me disse: “Peret, tem uma pessoa incrível que eu tenho para te apresentar. É um piloto de táxi-aéreo que participa de vigílias ufológicas há anos e tem fatos bastante curiosos para descrever”.

E assim, por intermédio dessa pessoa, conheci Pinon, um piloto altamente experiente, segundo informações que obtive já naquela época, através de outros pilotos no aeroclube "Júlio César", em Belém/PA. Trata-se de uma pessoa confiável e realmente sincera naquilo que procura passar.

Em certas ocasiões tive oportunidades de participar de inúmeras vigílias em sua companhia e ao seu lado pude comprovar muito daquilo que me dizia. Seja na Baía do Sol, Benevides, Igarapé Açu, naquela época eu pesquisava ufologia de forma autônoma. E em meus contatos com Ubiratan Pinon eu sempre pude constatar de que se trata de uma pessoa que ao longo de sua vida, passou por inúmeras experiências tanto pessoal, profissional como nas suas investidas ufológicas, realizadas em grupos com outros ufologistas ou individualmente.

E pelo menos para mim, durante o período em que estive diretamente em contato com Pinon, ele sempre me passou a imagem de uma pessoa, segura, sensata e acima de qualquer suspeita. Segundo informações obtidas na época em que conheci pessoalmente o piloto Pinon, ele participava modestamente junto aos trabalhos de investigação da Operação Prato, graças ao seu rico conhecimento aéreo daquela região paraense onde se apresentava grande parte dos fenômenos.

Pinon trabalhava diretamente ligado ao A2, o setor de Inteligência do I COMAR (Comando Aéreo Regional, da Força Aérea Brasileira-FAB), em Belém. Ele tinha trânsito livre na sede do I COMAR, que ele chama de “QG”. O convite para ser contratado para aquela missão se deu, sabidamente, por se tratar de um denotado instrutor da aviação civil, um piloto experiente com milhares de horas de vôo, que conhecia magistralmente toda aquela região e, portanto, um profissional altamente qualificado e apto a exercer sua função junto àquelas operações. Vale lembrar, que suas diversas experiências pessoais, sua concepção do fenômeno e suas conhecidas experimentações acerca deste assunto, certamente, vieram a somar para que seu nome fosse lembrado a ponto de ele ter se incorporado àquelas missões.



A entrevista - parte I:

Vitório Peret, para UFOVIA: Pinon, por favor, nos conte sobre o contato que você teve com um provável alienígena enquanto você aguardava alguns integrantes da Operação Prato num local ermo. Nos sintetize também um pouco de suas experiências com o fenômeno UFO.
Ubiratan Pinon: Meu caso é físico. Quando eu enxergo uma nave, quem estiver comigo vai ver. Não é um privilégio meu, então acho o seguinte: se alguém duvidar, eu levo comigo para ver. Mas o que quero relatar a você se deu no ano de 1981 para 1982. Eu fui acionado pelo QG [N.E.: Sede do I COMAR, Belém/PA], pois tinha chegado um grupo de brigadeiros (oficiais de patente superior) e queriam ir fazer uma vigília num determinado local. Chamaram pra ir lá no QG, o meu expediente profissional tinha terminado e o coronel Camilo [NE.: Brigadeiro Camilo Ferraz de Barros, à época chefe da 2ª Sessão do I COMAR-A2, responsável pela execução da OP] me convidou para a vigília e eu lhe disse: “Coronel, infelizmente, eu não posso ir”. E ele dizia “não, tem que ir, você tem que ir..!.”. Mas na época eu fazia faculdade, tinha uma prova de segunda chamada e não podia perder. O coronel disse que fazia um memorando para lá e que eu fazia a prova depois, mas eu digo: “coronel, eu me preparei pra essa prova!”. Quando voava eu via estas áreas para vigília, locais adequados, colocava no mapa, marcava a posição ali. Então ele chamou o Flávio [Sargento João Flávio de Freitas Costa, do A2 do I COMAR, desenhista e fotógrafo da OP] e dei mais ou menos as coordenadas do local para ele. E disse-lhe: leva o pessoal para lá, eu vou fazer a prova e me encontro com vocês lá. E ficou combinado assim. Fiz a minha prova, passei em casa, peguei minha garrafa de café e fui para o QG. Chegando lá, o oficial do dia disse que não tinha mudado nada, que era eu mesmo e nesta época, ainda, saímos armados. E fui embora sozinho para o local que eu tinha combinado com eles. Quando cheguei no tal local por volta de 22h30, não tinha ninguém! Um local deserto onde havia uma estrada que estava em obra, fazia uma curva e terminava num terreno baldio, num mangue. Hoje está asfaltado, mas naquela época era barro. Então, saí do carro e fui olhar se tinha marca de pneu de carro no chão, não tinha marca nenhuma. Na curva mais à frente acabavam as obras que estavam fazendo na estrada. Voltei para o carro. Era uma noite estrelada que era a coisa mais linda do mundo! Pensei em esperar mais ou menos meia hora, se eles não aparecessem, eu ia embora.

UFOVIA: Eu lembro que você nunca teve receio de fazer vigília sozinho...

Pinon: Sim. Eu sempre ia sozinho. Eu cansei de levantar 10 horas da noite pegar o carro e ir. Então, tomei um cafezinho e me encostei ali no carro. Bom, nesse ponto eu vi um ponto de luz ao longe, aquela luzinha se movimentando. Eu já sabia que eram eles. E pensei, "puxa vida, vieram para assistir e eles (Camilo e os outros militares) vão perder". Ela (a luz avistada) veio, dando uma volta ao longe e veio em minha direção.

'Pelo traje dele eu já sabia que estava frente a frente com um cidadão que não era daqui.
Aquele encontro que eu estava anos e anos tentando, naquele momento estava se realizando...'

UFOVIA: Era que tipo de luz?

Pinon: Era uma luz comum, era pequena. E começou a dar voltas em cima de mim, a uma altura estimada de 500 a 1000 pés (de 150 a 300 metros). Ela deu umas três voltas e saiu, se afastou... E pela copa das árvores eu tive duas impressões: ou que tivesse pousado ou que tivesse ido embora, porque eu vi o lampejo na copa das árvores. Pensei que foi embora. Pousar onde? Aquilo ali era mangue naquela época... E voltei, fiquei observando aquilo dali. E me encostei no carro, passaram-se uns 20 minutos. Eu tomei mais um cafezinho, botei um cigarro na boca, quando fui acender com o palito... Quando eu fui acender, eu vi aquele homem caminhando na minha direção, partindo exatamente de onde tinha desaparecido a luz. Eu fiquei com o cigarro na boca, meio encostado assim (demonstra como), com o pé aqui no carro, o cigarro na boca e o palito na mão... E aquele homem veio andando. Quando ele chegou a certa distância de mim, eu já sabia que ele não era daqui. Pelo traje dele eu já sabia que estava frente a frente com um cidadão que não era daqui. Aquele encontro que eu estava anos e anos tentando, naquele momento estava se realizando... Ele parou e me fez um movimento de cabeça, um gesto, como se fosse um cumprimento, eu não respondi nada. Ele passou e se abaixou, olhou debaixo do carro, como quem olha alguma coisa. Quando ele voltou e ficou frente a frente comigo, ele estava a menos de um metro de mim, se ele quisesse me pegava.

UFOVIA: Estava bem perto...

Pinon: Sim! Estava encostado, assim (demonstra). E ele olhava no meu rosto e me olhava até os pés. E desse mesmo jeito eu também olhava para ele. Então eu absorvi detalhes inteiros... Eu sabia que aquele homem não era daqui...

UFOVIA: Como ele era fisicamente? Como se trajava?

Conheci o piloto Ubiratan Pinon Friás em Belém/PA, no ano de 1977, através de uma amiga que me disse: “Peret, tem uma pessoa incrível que eu tenho para te apresentar. É um piloto de táxi-aéreo que participa de vigílias ufológicas há anos e tem fatos bastante curiosos para descrever”.

E assim, por intermédio dessa pessoa, conheci Pinon, um piloto altamente experiente, segundo informações que obtive já naquela época, através de outros pilotos no aeroclube "Júlio César", em Belém/PA. Trata-se de uma pessoa confiável e realmente sincera naquilo que procura passar.

Em certas ocasiões tive oportunidades de participar de inúmeras vigílias em sua companhia e ao seu lado pude comprovar muito daquilo que me dizia. Seja na Baía do Sol, Benevides, Igarapé Açu, naquela época eu pesquisava ufologia de forma autônoma. E em meus contatos com Ubiratan Pinon eu sempre pude constatar de que se trata de uma pessoa que ao longo de sua vida, passou por inúmeras experiências tanto pessoal, profissional como nas suas investidas ufológicas, realizadas em grupos com outros ufologistas ou individualmente.

E pelo menos para mim, durante o período em que estive diretamente em contato com Pinon, ele sempre me passou a imagem de uma pessoa, segura, sensata e acima de qualquer suspeita. Segundo informações obtidas na época em que conheci pessoalmente o piloto Pinon, ele participava modestamente junto aos trabalhos de investigação da Operação Prato, graças ao seu rico conhecimento aéreo daquela região paraense onde se apresentava grande parte dos fenômenos.

Pinon trabalhava diretamente ligado ao A2, o setor de Inteligência do I COMAR (Comando Aéreo Regional, da Força Aérea Brasileira-FAB), em Belém. Ele tinha trânsito livre na sede do I COMAR, que ele chama de “QG”. O convite para ser contratado para aquela missão se deu, sabidamente, por se tratar de um denotado instrutor da aviação civil, um piloto experiente com milhares de horas de vôo, que conhecia magistralmente toda aquela região e, portanto, um profissional altamente qualificado e apto a exercer sua função junto àquelas operações. Vale lembrar, que suas diversas experiências pessoais, sua concepção do fenômeno e suas conhecidas experimentações acerca deste assunto, certamente, vieram a somar para que seu nome fosse lembrado a ponto de ele ter se incorporado àquelas missões.

A entrevista - parte I:

Vitório Peret, para UFOVIA: Pinon, por favor, nos conte sobre o contato que você teve com um provável alienígena enquanto você aguardava alguns integrantes da Operação Prato num local ermo. Nos sintetize também um pouco de suas experiências com o fenômeno UFO.

Ubiratan Pinon: Meu caso é físico. Quando eu enxergo uma nave, quem estiver comigo vai ver. Não é um privilégio meu, então acho o seguinte: se alguém duvidar, eu levo comigo para ver. Mas o que quero relatar a você se deu no ano de 1981 para 1982. Eu fui acionado pelo QG [N.E.: Sede do I COMAR, Belém/PA], pois tinha chegado um grupo de brigadeiros (oficiais de patente superior) e queriam ir fazer uma vigília num determinado local. Chamaram pra ir lá no QG, o meu expediente profissional tinha terminado e o coronel Camilo [NE.: Brigadeiro Camilo Ferraz de Barros, à época chefe da 2ª Sessão do I COMAR-A2, responsável pela execução da OP] me convidou para a vigília e eu lhe disse: “Coronel, infelizmente, eu não posso ir”. E ele dizia “não, tem que ir, você tem que ir..!.”. Mas na época eu fazia faculdade, tinha uma prova de segunda chamada e não podia perder. O coronel disse que fazia um memorando para lá e que eu fazia a prova depois, mas eu digo: “coronel, eu me preparei pra essa prova!”. Quando voava eu via estas áreas para vigília, locais adequados, colocava no mapa, marcava a posição ali. Então ele chamou o Flávio [Sargento João Flávio de Freitas Costa, do A2 do I COMAR, desenhista e fotógrafo da OP] e dei mais ou menos as coordenadas do local para ele. E disse-lhe: leva o pessoal para lá, eu vou fazer a prova e me encontro com vocês lá. E ficou combinado assim. Fiz a minha prova, passei em casa, peguei minha garrafa de café e fui para o QG. Chegando lá, o oficial do dia disse que não tinha mudado nada, que era eu mesmo e nesta época, ainda, saímos armados. E fui embora sozinho para o local que eu tinha combinado com eles. Quando cheguei no tal local por volta de 22h30, não tinha ninguém! Um local deserto onde havia uma estrada que estava em obra, fazia uma curva e terminava num terreno baldio, num mangue. Hoje está asfaltado, mas naquela época era barro. Então, saí do carro e fui olhar se tinha marca de pneu de carro no chão, não tinha marca nenhuma. Na curva mais à frente acabavam as obras que estavam fazendo na estrada. Voltei para o carro. Era uma noite estrelada que era a coisa mais linda do mundo! Pensei em esperar mais ou menos meia hora, se eles não aparecessem, eu ia embora.

UFOVIA: Eu lembro que você nunca teve receio de fazer vigília sozinho...

Pinon: Sim. Eu sempre ia sozinho. Eu cansei de levantar 10 horas da noite pegar o carro e ir. Então, tomei um cafezinho e me encostei ali no carro. Bom, nesse ponto eu vi um ponto de luz ao longe, aquela luzinha se movimentando. Eu já sabia que eram eles. E pensei, "puxa vida, vieram para assistir e eles (Camilo e os outros militares) vão perder". Ela (a luz avistada) veio, dando uma volta ao longe e veio em minha direção.

'Pelo traje dele eu já sabia que estava frente a frente com um cidadão que não era daqui.
Aquele encontro que eu estava anos e anos tentando, naquele momento estava se realizando...'

UFOVIA: Era que tipo de luz?

Pinon: Era uma luz comum, era pequena. E começou a dar voltas em cima de mim, a uma altura estimada de 500 a 1000 pés (de 150 a 300 metros). Ela deu umas três voltas e saiu, se afastou... E pela copa das árvores eu tive duas impressões: ou que tivesse pousado ou que tivesse ido embora, porque eu vi o lampejo na copa das árvores. Pensei que foi embora. Pousar onde? Aquilo ali era mangue naquela época... E voltei, fiquei observando aquilo dali. E me encostei no carro, passaram-se uns 20 minutos. Eu tomei mais um cafezinho, botei um cigarro na boca, quando fui acender com o palito... Quando eu fui acender, eu vi aquele homem caminhando na minha direção, partindo exatamente de onde tinha desaparecido a luz. Eu fiquei com o cigarro na boca, meio encostado assim (demonstra como), com o pé aqui no carro, o cigarro na boca e o palito na mão... E aquele homem veio andando. Quando ele chegou a certa distância de mim, eu já sabia que ele não era daqui. Pelo traje dele eu já sabia que estava frente a frente com um cidadão que não era daqui. Aquele encontro que eu estava anos e anos tentando, naquele momento estava se realizando... Ele parou e me fez um movimento de cabeça, um gesto, como se fosse um cumprimento, eu não respondi nada. Ele passou e se abaixou, olhou debaixo do carro, como quem olha alguma coisa. Quando ele voltou e ficou frente a frente comigo, ele estava a menos de um metro de mim, se ele quisesse me pegava.

UFOVIA: Estava bem perto...

Pinon: Sim! Estava encostado, assim (demonstra). E ele olhava no meu rosto e me olhava até os pés. E desse mesmo jeito eu também olhava para ele. Então eu absorvi detalhes inteiros... Eu sabia que aquele homem não era daqui...

UFOVIA: Como ele era fisicamente? Como se trajava?

Pinon: Naquela época eu tinha uma Brasília de praça (táxi). E eu quando queria fugir de casa à noite, dizia pra mulher que ia rodar na praça. Ia, coisa nenhuma, era só para dar “um passeio”... Naquela noite eu estava vindo aqui para Anuque. Era 1h da manhã mais ou menos e ao me aproximar do Café Zum, eu quase atropelo um cara... Como eu era táxi, ele entrou na minha frente e me falou “pelo amor de Deus, me leve ali na Ceasa, se chegar atrasado vou perder a carga”. Coloquei o cara no carro e o levei para a Ceasa. Quando cheguei na Ceasa a corrida na época, eu não lembro quanto era, porém eu não tinha o troco para lhe dar, mas ele me falou: “pode ficar com o troco, pode levar”. Tomei a estrada da Ceasa de volta. Passou um carro por mim... O segundo carro que me ultrapassou veio tão em cima de mim, que virei o carro de uma vez, pra fora da estrada... Só que parecia que aquele carro tinha vindo em cima de mim propositalmente... Aí eu entrei num estado de só lembrar daquela personagem (o último passageiro). Olha bem, quando o cara entrou no carro ele me perguntou: “que horas o senhor tem aí?”. Eu disse que era 1h, da manhã, o cara então entrou em pânico pra chegar lá.. Se eu tivesse levado uns 30-40 minutos seria 1:40, porém quando eu me dei por mim, eram 4h da manhã e eu estava com o meu carro parado, na porta da minha casa. Ai eu fiquei, sem saber o que tinha acontecido comigo, mas lembrando sempre da luz forte em cima de mim. E algo parecendo um besourão preto em cima do meu carro. Isso eu não esqueço nunca: eu olhava pra cima e via o besourão, naquela tonalidade escura pairando em cima do meu carro. [N.E.: Provavelmente, o segundo carro que o ultrapassou – e possivelmente até o primeiro – não se tratavam de carros, mas de um provável UFO em vôo rasante. Seu caso de tempo perdido é idêntico a vários outros citados na literatura especializada. Ele mostra também se lembrar de cenas marcantes e desconexas (flashs), tais como a luz forte sobre seu carro e o que ele chama de “besourão”, que presumidamente, poderia se tratar de um UFO pairando sobre ele].

UFOVIA: Teve mais algum avistamento interessante?

Pinon: Fora estes dois encontros físicos e avistamentos de nave, eu não posso nem dizer quantas vezes mais eu vi, porque é incalculável! Vi de dia... Vi uma coisa na Baía do Sol e até hoje quando lembro daquilo dá uma certa repugnância... Eram duas massas disformes, não tinha formato de nada. Era uma maior e uma menor na margem da praia e ia pra lá e voltava... E aquele negócio pulsava assim, igual a um coração batendo...

UFOVIA: Nos conte como se deu seu primeiro contato.

Pinon: No meu primeiro encontro físico, o “cidadão” me pegou, me carregou. Este primeiro contato eu tinha 8 para 9 anos de idade. Naquela época as pessoas não tinham nem idéia do que fosse isso... Isso se deu logo depois da Segunda Grande Guerra Mundial, eu sou de 1939, a guerra terminou em 1945. Então isso deve ter acontecido em 1948. Foi numa ilha em Monte Alegre, essas ilhas que lá se chamam "praia". E era no verão, eu estava sozinho na praia, era moleque, a noite caiu e eu deitei perto de uma moita de capim. Observei então uma estrela que corria de um lado para o outro. De repente uma estrela daquela vem em cima de mim e começa a dar aquele lume... Eu deitado ali achei que era uma estrela que estava caindo em cima de mim. Ela parou. Era um objeto meio metálico, uma porta abriu dele, parecia porta de avião, ele não estava apoiado no chão. Quando a porta abriu saiu um vapor, tipo quando abre uma porta de geladeira. Um cidadão saiu e veio na minha direção, eu apavorado, não falava nada. Ele me colocou dentro da nave em cima de uma mesa que parecia aço inoxidável e alguma coisa ele fez comigo... Porque eu senti uma dor no pé e outra na nuca. Senti aquela ferroada e ele passou a mão assim (no local)... Tinha mais duas pessoas comigo. Este cidadão me carregou de volta, me colocou no mesmo lugar onde eu estava, levantou minha cabeça, me beijou na testa e eu beijei no rosto dele. E ele disse assim pra mim: “Tu és meu filho!”. Me colocou do mesmo jeito que estava e eu vi a nave saindo. Levantei dali, saí num pique correndo e fui contar meu pai, que me disse, “Meu filho tu sonhaste, foi pesadelo que tiveste”. Falei para ele: “mas pai, eu vi, foi não foi pesadelo”, mas ele disse que foi pesadelo... E ficou como sendo pesadelo até que uma semana depois, quando, na mesma praia (Praia Chata), meu pai me chamou a atenção para um barco que vinha como se fosse entrar no meio da praia. E meu pai disse “vai encalhar, vai encalhar”. Eu disse: “pai, não é barco!”. Era o mesmo objeto que vi antes. E quando se aproximou da praia, subiu, passou por cima e foi embora. Foi aí que meu pai passou a acreditar.

UFOVIA: Nos fale um de seus avistamentos mais recentes.

Pinon: Então, um mais recente que tem uns 15 dias [N.E.: Esta entrevista foi gravada em 20/07/2005]. Eu estava em Monte Alegre e fui num local lá chamado de Quepaqui, uma comunidadezinha lá. Chamava a atenção o fato de que uma luz estava sendo avistada lá e eu fui pra ver. A estrada de rodagem passa quase no pé da serra. Eu tenho 3 filhos que moram lá. Então, tinha um campo de futebol e umas casinhas. E o pessoal queria agradar a gente, levaram peixe, caju, manga, até uma mesa trouxeram pra gente comer o peixe. Então eu perguntei sobre a história de uma luz que está aparecendo por lá. Todos eles, todos - eram umas 30 pessoas – disseram já ter visto a luz. Uma senhora já idosa, Dona Maria me falou: “Olha, esta luz não deixa a gente nem fazer espera mais. Ela vem em cima da gente, tem que pular e sair correndo. Às vezes ela entra dentro das casas, a luz foca dentro de casa. É uma coisa que deixa todo mundo apavorado aqui”. Ela então contou um caso que muita gente a gozou por lá, na semana passada, contou que “estava sentada aqui e, de repente, seu Pinon, eu vi aquele ônibus passando lá por cima da mata, de vagarinho, mas bem baixinho”. Ela descreveu um objeto com o formato de um ônibus, e ela saiu correndo para chamar o pessoal, mas quando o pessoal chegou, não tinha nada, acharam que ela estava doida. Eu não vi este objeto, mas já ouvi vários relatos de pessoas que viram e me deram a mesma informação dessa senhora. Eu nunca vi, mas já vi formatos dos mais estranhos da face da Terra, de você olhar e dizer: “essa merda não pode ser daqui de jeito nenhum”. Eu já vi um chapéu! Era um chapéu mesmo, um ao lado do outro e pareciam um camburão. Isso é forma?... Os dois estavam em ângulo de subida e um cruzando por cima do outro. Foi na Baía do Sol, um tomou uma direção e outro tomou a direção de Marajó, eram 7 h da manhã. Já vi “bumerangue”. Vi um que parecia uma caixa de chocolate e no meu garimpo lá em Monte Alegre, o que aparece muito é uma roda. Esta famosa roda que aparece no garimpo se parece uma roda de carroça antiga, com aqueles negócios no meio. Toda iluminada, só que quando ela passa em cima da gente, a gente vê as estrelas através dela, como se fosse furada. O pessoal que trabalha lá a vê passar por cima da pista. É uma roda tão grande! E quando aparece lá, o pessoal já diz “lá vem o treco do seu Pinon”... Já vi o “charuto” a baixa altura, não é um zeppelin, porque o zeppelin não estaria voando nessa região nossa aqui. E já vi um treco que não sei dizer o que é... Quando vi de longe parecia um pau dentro d’água, eu estava atravessando de canoa, só que, de repente, aquele negócio disparou na água, numa velocidade que foi só abrindo a água. Submarino, ali naquela região do Amazonas, não devia ter... E aquilo estava a poucos metros, aquele treco saiu meio submerso, mas numa velocidade que olhei e falei: “que negocio é aquilo, rapaz!”. Era meio redondo e grande, estava parado, de repente, aquilo disparou, alguns que estavam perto de mim assustaram, cada um falou uma coisa: que era piraíba, cobra grande... Mas, para mim, era um objeto que não sei identificar.

'Flávio e Hollanda eram dois homens que foram mutilados. E há outros!

Não posso ventilar aqui, mas todos eles apareceram com algo'

UFOVIA: Pinon, mudando de assunto, o próprio coronel Hollanda havia afirmado acreditar que a causa da morte do Flávio, teria sido em conseqüência a um implante desconhecido e um sangramento na coxa esquerda. Você tem algum conhecimento disso?
Pinon: Flávio e Hollanda eram dois homens que foram mutilados. E há outros! Não posso ventilar aqui, mas todos eles apareceram com “algo”. Não era na coxa, mas no braço esquerdo, na altura do antebraço, como se fosse uma agulha de três pontos. A ponto de você pegar e sentir furar um lado e outro... Todos dois tiveram a mesma coisa. A minha é diferente, além de maior, é diferente. Pouquíssimas pessoas sabem, mas eu tenho também.

UFOVIA: Você tem implante também?

Pinon: Tenho. Na sola do meu pé. Só que a minha é maior. Já fiz radiografia. No pé esquerdo. [N.E.: Nosso entrevistador disse que viu o suposto implante na sola do pé de Pinon e disse se tratar de um rasgo visível, de uns 10 cm de extensão, por poucos milímetros de largura].

UFOVIA: Teria sido em conseqüência do comentário que você fez sobre o acontecido no primeiro contato em sua infância? Da fisgada no pé e na nuca...

Pinon: Exatamente! Exatamente. Então, no Flávio, apareceu aquele sangramento, mas a marca que ele tinha era no braço, não era na coxa.

UFOVIA: Então não era mesmo na coxa? O Hollanda declara em sua entrevista a Revista UFO (nºs 56 e 57 – CBPDV, 1997) que o Flávio possuía um implante na coxa esquerda. E que houve um sangramento...

Pinon: Havia uma suposição, mas não era uma questão da gente afirmar com certeza. E nem ele também afirmava. Eu não acredito que tenha sido aquela a causa. Eu não estava em Belém quando ele morreu, mas depois que ele faleceu que estive em sua casa. Segundo a senhora esposa dele, um dia ele amanheceu muito triste e chorou. E ela perguntava o que ele tinha, ele não respondia. E aquilo foi acarretando nele que a vida dele era ficar sentado e chorando. Era como se ele tivesse tido um derrame... O comportamento era de um derrame, mas um derrame que não “entortou” nada nele. Não aparentava que ele tivesse alguma coisa. Então ele ficava sentado e chorando e assim foi até ele morrer.
Operação Prato - Parte 5
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Seg, 16 de Fevereiro de 2009 14:32
UFOVIA: O Flávio morreu novo, não é?Pinon: Ele é da minha faixa etária, se fosse mais velho seria uns dois anos no máximo. Eu estou com 65 anos, mas quando ele morreu, na época, ele estava novo, pois já tem cerca de 20 anos que ele morreu. UFOVIA: Como ficaram os contatos após a Operação Prato? Pinon: Quando pararam os trabalhos da OP ficaram os grupos, só, mas não eram obrigados a mais nada. Eu te confesso, muitos que faziam parte da Operação Prato, eram obrigados por serem militares. Iam por determinação, era uma missão. Mas não que eles fossem e não gostassem, mas vamos dizer entre aspas: “tinham medo”. Porque realmente é preciso que se diga e se entenda, que a coisa é bem fantasmagórica. Você não pensa que vai ver a coisa bonitinha ali, não! Tem ocasião em que você se pergunta: "estou procurando alguma coisa de uma tecnologia avançada demais ou estou mexendo com visagem, com almas de outro mundo?".

O que é isso que estou mexendo? Pelas formas que se manifestava para a gente, até chegar no ponto de você levar um tapa! E sem ver de quem! A ponto de acontecer isso! Estas coisas foram que apavorou na época e deixavam os ribeirinhos aqui no Estado do Pará, doidinhos! Pela maneira violenta que eles se aproximavam.

Eles não se aproximavam de uma maneira, vamos dizer assim, em paz...

UFOVIA: Não era nada por amizade...

Ponon: Não era! Eles sempre se manifestavam de uma maneira violenta.

UFOVIA: Se tivesse de sacrificar, eles sacrificariam...

Pinon: Sacrificariam! É um outro lado que existe na Ufologia... Quando houve um congresso (ufológico) aqui em Belém foi sob segurança. Porque todo mundo fala naquilo, que é bonito, dizem que “é bonitinho!”. Mas não é bem assim, não. Não! Tem um lado que é realmente, passivo. Eu quando estou fazendo a minha vigília, eu confesso pra você, ao se aproximar uma nave, eu identifico se ela é amiga ou não. E quando ela não é amiga, eu me retiro na hora.

'Por isso eu digo que existe um outro lado: que o sujeito não deve fazer aquilo que não for determinado por eles. Eu acredito que, quando 'a missão' do cidadão terminar aqui, eles 'embarcam' o cara'

UFOVIA: Pinon você acredita que esses implantes faziam parte de uma pesquisa deles. Por exemplo, para que pudessem te identificar, caso quisessem te localizar futuramente?

Pinon: Eu acredito que sim. Acredito que seja uma maneira de eles catalogarem determinadas pessoas. Qual a finalidade disso, não sei. Mas existem pessoas com estes implantes e nem sabem que os têm.

UFOVIA: Foram implantados possivelmente numa situação de inconsciência...

Pinon: Inconsciência, pois eles não sabem nem o que têm! É por isso que, às vezes, o cara descobre depois de muito tempo, acidentalmente que possui um implante. Foi tomar um banho, ou uma coisa qualquer, o cara vai descobrir: o que eu tenho aqui?

UFOVIA. O seu implante, por exemplo, nunca te trouxe nenhum problema físico?

Pinon: Nada!

UFOVIA: Já o do coronel Hollanda e do sargento Flávio, a informação que tenho é que eram dolorosos, com sangramentos...
Pinon: Sim, eles sentiram, eles sentiram...

UFOVIA: O Hollanda disse que “amortecia o braço”...
Pinon: Sim, ele dizia isso. Mas eu falei com eles várias vezes: eles não sabiam ficar com o negócio ali e ignorar. Eles queriam toda hora estar tirando a “prova dos 9”, entende? Ficavam sempre mexendo naquilo. E eu dizia pra eles: “eu não mexo com isso, deixe isso aí, cara!”.

UFOVIA: Incomoda?
Pinon: Não incomoda, então não mexo. Se for mexer vai incomodar.

UFOVIA: Tivemos a informação de que o Hollanda chegou ir para São Paulo para retirar o seu suposto implante. Ele só não retirou porque o ufólogo Rafael Sempere Durá o orientou para não retirar aquilo, dizendo que não seria uma coisa boa, tentar retirar...

Pinon: Por isso eu digo que existe um outro lado: que o sujeito não deve fazer aquilo que não for determinado por eles. Eu acredito que, quando “a missão” do cidadão terminar aqui, eles “embarcam” o cara. Eles embarcam! Encerram a sua utilidade aqui, talvez por um motivo muitas das vezes, causado pela própria pessoa. Então, por esse motivo, eles “embarcam a pessoa”. Quando digo “embarcam”, quero dizer que... Chegou a hora de morrer... Eu não aceito a morte, mas viajar, numa viagem sem retorno. Viajar... Embarcar...



Entrevista com Ubiratan Pinon Frias – Segunda Parte
N.E.: Esta segunda parte da entrevista da seqüência à anterior, sendo mais um diálogo entre o entrevistado e o entrevistador do que propriamente uma argüição, conforme a primeira. Pinon continua relatando sobre suas experiências pessoais ou em grupo, além de seu relacionamento com os membros e pesquisadores da Operação Prato. Atendendo pedido do entrevistador, Pinon discorre sobre alguns casos notórios e estarrecedores ocorridos na região amazônica e vivenciados por testemunhas conhecidas suas, inclusive, pilotos da aviação. Caso não tenha lido a parte I, sugerimos que a leia antes de ler a presente entrevista.
UFOVIA: Então você não acredita mesmo que o Flávio morreu em conseqüência do implante que ele portava?

Pinon: Não. Não haveria necessidade para isso, digo até hoje e afirmo: se houver qualquer descontrole a respeito de um implante desses, “eles” mesmos tiram. Ou seja, só se tivesse ocasionado algo que prejudicasse o Flávio, por exemplo, dessa forma, creio que eles tirariam.

UFOVIA: Você acredita nisso...

Pinon: Acredito piamente! No caso do meu (implante - veja parte 1 dessa entrevista), tinha ocasião que ele ficava tão saliente... Mas acontece que, de vez em quando você sente... Até para cortar a unha já tem alguma dificuldade. [N.E.: Nesse instante da entrevista Pinon que afirma ter um implante no pé mostra o local a Peret, que apalpa a região e verifica “algo duro” dentro de uma cicatriz com cerca de 10 cm de extensão na sola do pé de Pinon].

UFOVIA: Você já radiografou?

Pinon: Não! Foi estranho, pois todas duas vezes que fui radiografar, a máquina deu um problema e não consegui a radiografia. Depois não liguei mais para isso.

UFOVIA: Você sabe se algum parente do coronel Hollanda participou de alguma forma da Operação Prato?
Pinon: Pelo o que eu sei nenhum parente do Hollanda fez parte da operação. E vou te falar, se disserem que “fulano de tal” participou, eu sei se participou, entre todos os que ainda estão vivo.

UFOVIA: E tem muitos vivos?
Pinon: Ainda têm alguns. Embora que não fizessem parte da operação, mas faziam parte da sessão. Era um grupo que o próprio Hollanda selecionou. Então, entre as pessoas que fizeram parte na época, se disser pelo nome eu vou saber se realmente fez parte ou não da operação. E todos estes que participaram, se você perguntar a eles se conheceram o Pinon, com certeza eles vão dizer que conheceram.

UFOVIA: Você trabalhava com os integrantes da Operação Prato no seu avião? Como se dava isso?
Pinon: Não. Foram poucas vezes que usamos o meu avião. Uma vez eu sai com o Hollanda. Em meu avião saia esporadicamente com eles, para gente verificar algum determinado local. Então te digo, quando eu chegava sozinho aqui, voando por trás de Santa Maria do Pará, eu procurava logo visualizar algum local bom para se montar uma vigília e informá-los.

UFOVIA: O ufologista norte-americano Bob Pratt que é um jornalista muito aplicado na casuística ufológica pesquisou diversas ocorrências aqui na Amazônia, inclusive, ao lado de Hollanda. Você teve algum contato com ele? Pinon: Sim. Eu concedi uma entrevista ao Bob Pratt aqui, antes da morte do Hollanda. Fizemos uma viagem em meu avião, a qual o Bob me pagou o frete. Fomos até uma região mais distante para ele verificar algumas ocorrências. Viajamos, eu, Bob, Hollanda e meu sobrinho, que voava comigo na época. E depois disso fizemos uma vigília em que o Bob nos acompanhou. Depois ele viajou e foi embora. Algum tempo depois me surpreendi, quando ele veio aqui em casa com o Daniel Rebisso. Ele falou que queria me ver e tal, veio me visitar e conversamos novamente.

UFOVIA: Na época em que os fenômenos eram mais evidentes, as pessoas e a imprensa costumavam convidar você para fazer vigílias aqui na região?

Pinon: Naquela época o jornal A Província do Estado do Pará tinha um jornalista amigo meu, o Siqueira. Ele me chateava todo dia querendo fazer uma reportagem e acompanhar a gente. Eu dizia sempre: “Siqueira, não dá pra levar você de maneira nenhuma”. Mas acabei dando umas coordenadas para ele e um amigo, sobre um lugar que daria pra ver algumas coisas e eles foram. Pra você ter uma idéia, até prenderam o filme deles [N.E.: presume-se que o I Comar foi quem fez a apreensão], pois quando publicaram as fotografias no jornal, elas coincidiam com as nossas. Mas foram eles que fizeram o filme mesmo. Eles saíram de lá apavorados. Relógio disparava: piiiiiiiii! A máquina fotográfica disparava sozinha...! Enfim, eles vieram doidinhos de lá! Eu sei disso porque o Siqueira me confessou e eu disse-lhe: “Siqueira, não vou nem falar sobre isso!”. Depois eles venderam o filme para a Alemanha, na época, por US$ 10 mil cada filme.

PINON: 'o negócio era meio fantasmagórico. E como eu dizia,

um cidadão que tomar posse de uma nave dessas aí, vira soberano da Terra'

UFOVIA: Pinon, você sempre manteve contato com militares e pessoas do A2, tendo acesso por diversas vezes aos quartéis e comandos militares. Eu obtive uma informação por fonte altamente segura de que na COMARA [N.E.: Comissão de Aeroportos da Região Amazônica, subordinada ao Comando-Geral de Operações Aéreas] existia (ou existe) uma espécie de museu com objetos de origem extraterrestre. Segundo minha fonte, este material havia sido recolhido antes, durante e depois da Operação Prato. Você sabe se isso é verdade?

Pinon: Já foram desviadas muitas coisas dali! Na época existia sim, porque funcionava tudo no QG [N.E.: sede do I Comar], só que a COMARA vinculou-se a outro departamento e mudou de local. Veja bem, quem era aspirante na época, hoje está reformado como brigadeiro. O Hollanda na época era tenente, foi reformado como coronel. Então eu não tenho mais conhecimento com ninguém lá dentro que possa saber sobre isso. Toda esta turma de capitão, major que está lá hoje é tudo guri novo...

UFOVIA: Mas o que eu quero saber é o seguinte: existia de fato este “museu extraterrestre” na COMARA?

Pinon: Existiu...

UFOVIA: Porque eu soube que tinha capacete, viseira e tal...

Pinon: Não! Não, capacete não, alguns fragmentos metálicos nos encontramos, de fato. Mas capacete, não. Isso é conversa!

UFOVIA: Mas, a fonte que me deu essa informação é... [N.E.: optamos por não citar o nome para não comprometer a fonte].

Pinon: Mas não existe! Capacete, não.

UFOVIA: Ele disse que tinha uma viseira também...

Pinon: O que acontece é o seguinte tem muita coisa que você não sabe de onde surgiu. Quando aparece alguma coisa você já acha que faz parte daquilo ali, mas é coisa que não tem nada a ver. Por exemplo, se um leigo pegar um visor de um piloto da USAF (Força Aérea Norte-americana) hoje, poderá até achar que aquilo é de fora da Terra. Entende?

UFOVIA: Certo. Havia algumas manifestações aqui na região dando conta de que nem tudo o que era avistado nos ares seria de origem extraterrestre. Você tem conhecimento se havia movimentação de alguma organização secreta atuando por algum motivo aqui na Amazônia?

Pinon: Veja bem, na época, a gente supunha tudo! Não se tinha uma definição, como até hoje não se tem! Era tudo no campo das hipóteses; será que é? Será que não é? E foi por esse motivo que fui requisitado pelo Hollanda...

UFOVIA: Você trabalhou diretamente com eles. Isso se deu pelo fato de você ser piloto?

Pinon: Justamente. Pelo fato de ser piloto. Porque o negócio era meio fantasmagórico. E como eu dizia, um cidadão que tomar posse de uma nave dessas aí, vira soberano da Terra. Vira soberano da Terra! Mas, que eles [N.E: referindo-se à alguma nação da Terra, sem citar qual] tenham alguma coisa relacionada, eles têm... Eles tentam desenvolver uma tecnologia alienígena, mas olhe bem: tentam! Mas que estas naves fantásticas estejam no poder deles? Eu não acredito mesmo!

UFOVIA: Pinon, você acredita que todas estas manifestações fenomenais da região sejam mesmo de origem extraterrestre? Por exemplo, alguma coisa pode estar sendo pesquisada ou desenvolvida secretamente aqui na Amazônia. Este território tem condições de abrigar um grande projeto, um plano... É muita vegetação fechada. Em determinadas regiões são florestas extremamente serradas. Então, qualquer coisa pode estar sendo desenvolvida aleatoriamente, ali, camuflada na mata...
Pinon: Certa vez eu estava em vôo e entrei em pane a cerca de 2h de Itacoatiara, na direção de Boa Vista e 2h30 de Boa Vista. Estava em cima de um tapete verde a 1000 pés de altura: de ponta a ponta era um tapete verde. E ali em cima daquilo eu tive uma pane. E me perguntei: O que estou fazendo aqui?

UFOVIA: Eu fico pensando no que poderia estar acontecendo por baixo daquele tapete...

Pinon: Deixa falar uma coisa pra você. Dentro do contexto apresentado pelas luzes, naves e aparições, não existe mão de ser humano, não!

UFOVIA: Mesmo com toda essa tecnologia?

Pinon: Mesmo com toda tecnologia avançada de hoje! E no mais, você aprende a identificar na hora, a origem do objeto, se é terrestre ou não. Dentro desse contexto, pela luz do objeto, você identifica. As manobras, a velocidade... É assim para nós que não somos leigos no assunto. Mas quando a pessoa é leiga ela diz: “isso é coisa de russo!”. Se você falar que aquilo é de outro planeta eles vão te falar: “você é doido, moço!”. Então esta situação é que deixa a gente nessa agonia.

'Aqui na Ilha de Marajó eles chamam estes objetos de Mãe do Fogo, mas constantemente eles estão aparecendo lá. E desaparece muito gado lá...'

UFOVIA: Existe uma informação de que existe uma pista de pouso em Macapá que foi bastante usada pela USAF até algum tempo atrás. Você que já voou muito pela região do Amapá sabe alguma coisa a respeito disso?

Pinon: Esta pista fica na cidade de Amapá. Sim, ela existe até hoje. É um campo de pouso. Até já utilizei.

UFOVIA: E você sabe se eles vinham para cá com o intuito de realizar alguma pesquisa? Talvez até investigar os fenômenos da região, ou por que seria?

Pinon: Não. Aquilo ali foi uma base norte-americana, na época da Segunda Guerra. E eles tinham uma base aqui em Igarapé Açu, que tinha até um zepelim. A incidência ali é tão grande que, com essa mudança toda... Da última vez que fui lá eu me assustei! Primeiro porque não tinha segurança nenhuma mais: muito assalto.

UFOVIA: Você acredita que este campo do Amapá era usado só para abastecimento de aeronaves? Pinon: Ao que sabemos, seria uma base norte-americana sob jurisdição da I Zona Aérea. Os norte-americanos formavam aquela base de defesa lá para dar suporte aos submarinos que passavam por ali, mesmo depois que terminou a guerra. Naquela época o Amapá ainda era território federal. Mas quando se desvinculou do Pará e se tornou Estado, a base permaneceu naquele local. As instalações ainda permaneceram grande período ali, até que o governo brasileiro foi obrigando-os a ir desativando a base. Foram embora, mas abandonaram muitas coisas no local. A população de lá que deu fim em muita coisa, deixaram muito treco ali. Você via a torre deles lá, pedaços de avião eles deixaram para trás...


UFOVIA: Diversas pessoas afirmam que os fenômenos da Amazônia teriam diminuído de intensidade nos últimos tempos. Você acha que muita coisa mudou neste sentido?

Pinon: Acredito que não mudou. O povo se acostumou com aquilo e quando vê uma luz, o sujeito apenas diz, com naturalidade: “lá vai o aparelho”. Então a incidência continua, as pessoas é que não vão lá para vê-los. Por exemplo, se nós estamos aqui, eles vêm aqui em cima e acendem a luz para todo mundo ver.

UFOVIA: Mas você já viu algum objeto desses, que te fez pensar que se tratava de um artefato terrestre desconhecido?
Pinon: Certa vez eu decolei de Belém, antes de passar no Mosteiro, fui subindo, uma camada (nuvens) adiante e “aquele treco” cruzou pela minha frente, subindo. E aquela coisa ia cheia de gente. Lotado! Aquilo era igualzinho um ônibus! Daí eu entrei na camada, quando saí e olhei, vi só uma pontinha no céu. E vi que tinha gente dentro daquilo, pareciam passageiros. Como aquilo pode voar? Era um ônibus...

UFOVIA: Você chegou a registrar em fotografias alguns objetos exóticos assim?

Pinon: Dessa forma não. Mas certa vez eu estava na Baia do Sol, a barraca armada, estava de plantão numa noite escura. Sobre as águas uma luzinha piscando me chamou a atenção, como se fosse o mastro de uma canoa. E ela veio, veio... Eu estava com uma objetiva de 200 olhando ela, eu notava um vulto para baixo, mas na escuridão não dava para visualizar o que era. Quando ela ia decolando eu bati a foto, foi a única que consegui dessa luz e aquilo sumiu. Viemos embora e fomos para o laboratório do órgão de segurança do Exército. Tinha um sargento de plantão lá, acordamos ele e fomos revelar o filme naquela hora da noite. Quando o cara foi passando aquilo ele gritou: “corre aqui”. Olhamos e saíram na foto dois objetos! Só que, quando um estava decolando, outro ia passando por cima, você vê perfeitinho! Quando bati a foto ela pegou também o outro que estava passando por cima. Aquela era uma das fotos mais bonitas que nós tínhamos. Essa foto eles tem arquivado aí.

UFOVIA: Será que este material ainda está todo ai?

Pinon: Há algum tempo atrás, quando o brigadeiro Protásio disse que não tinha mais nada aqui, afirmando que tudo estava no Estado Maior, naquele dia o brigadeiro mentiu, porque tudo estava lá. Isso naquela época, agora, eu não sei mais...

UFOVIA: Você deve já deve ter ouvido muitos casos fantásticos. Por favor, nos conte alguns casos que você julga confiáveis, onde testemunhas narram histórias dando conta dos diversos fenômenos inusitados ocorridos aqui da região amazônica.
Pinon: Um conhecido meu me contou uma história, mais ou menos assim: “Eu estava na Pousada Marajoara e de repente eu ouço o pessoal gritando, saindo correndo da piscina. Um UFO estava pairando acima da piscina, a menos de um metro e a água da piscina fervia. Era um objeto todo iluminado com tipo um chapéu em cima, que girava”. Este caso da pousada foi interessante, pois não foi uma pessoa que viu, mas todos os hóspedes. Infelizmente eu não estava lá e não vi, isso tem mais ou menos uns 20 anos. Aqui na Ilha de Marajó eles chamam estes objetos de Mãe do Fogo, mas constantemente eles estão aparecendo lá. E desaparece muito gado lá...

UFOVIA: Você já ouviu falar de Bota Fogo? É como uma bola de futebol e dentro da mata, das selvas, ela se desloca em grande velocidade, desviando-se dos troncos das árvores. No interior eles chamam de Bota Fogo ou Bola Fogo.

Pinon: Esta “bola” eu acredito que seja sonda [N.E.: Objeto não tripulado, geralmente de pequena dimensão, supostamente teleguiado (dirigido a distância)]. Esta, constantemente se movimenta. Quando ela vem de frente você vê o movimento, mas tem ocasião que ela vem por trás de você, aquilo passa e vupt!

UFOVIA: Mas não causa nenhum dano às pessoas?

Pinon: Até agora, pelo o que eu saiba, não causou dano a ninguém. Outra coisa que existe muito aqui é relâmpago em céu claro. Mas é um relâmpago que o rastro fica, dois ou três minutos no céu até apagar.

'Quando o objeto se aproximou ele constatou uma coisa que o deixou sem entender:
aquilo eram cabines de Boeing em formação! Veja bem, quatro cabines, só a cabine!'

UFOVIA: Nos conte uma experiência mais eletrizante que lhe foi narrada.

Pinon: Um amigo meu que é piloto saiu daqui de Belém para ir com a família dele de carro para perto de Salinas. Por volta de 23h30 ele parou num povoado pra fazer um lanche com a esposa e os amigos. De repente ele vê uma luz voando a baixa altura e vê que não é avião porque não tinha barulho. Mas quando o objeto se aproximou ele constatou uma coisa que o deixou sem entender: aquilo eram cabines de Boeing em formação! Veja bem, quatro cabines, só a cabine! Eram quatro e estavam um ao lado do outro. Só o central estava aceso e todos deixavam um rastro de condensação atrás.

UFOVIA: Que coisa incrível...

Pinon: Não parou por aí. Na semana seguinte, o coronel da base aérea, conhecido meu, chega para me falar: “Pinon quero te contar uma visão que tive ontem à tarde”. Eu perguntei: “o que foi coronel?”. Ele faz parte de uma patota dessas que anda de moto por aqui, essa velharia que anda nessas Harlley Davidson (risos)... Então eles sempre saem em grupo. E contou que eram 5h da tarde e ao se aproximarem do Mosteiro viram uma luz, vindo no sentido Belém-Salinas. Eles pararam as motos para ver melhor. Segundo ele, o ângulo do objeto era de subida. Contou que aquilo era a cabine de um Boeing! Ele tornou a repetir: “Pinon, era a cabine de um Boeing, só a cabine!”. Ele contou que trás do objeto havia também uma condensação, não emitia barulho nenhum, passou por cima deles e sumiu. Eles pensaram que somente eles tinham avistado aquilo, mas quando olharam para trás havia um monte de carro parado na estrada, outras pessoas estavam observando também.

UFOVIA: Engraçado isso, nunca vi ninguém descrever nada parecido com uma cabine de um Boeing.

Pinon: Contei para ele da coincidência, de ter um colega, também piloto, que viu quatro cabines dessas juntas. Este coronel disse que me procurou porque sabia que para mim poderia se abrir e conversar. “Se eu vou lá pra cantina dos oficiais falar uma coisa dessas, eles iam me internar”, disse ele.

UFOVIA: É verdade...

[N.E.: Nesta parte da entrevista Pinon mostra a Peret um acervo pessoal contendo diversas fotos de objetos voadores não identificados que, segundo Peret, trata-se de uma coleção de grande valor. Estas fotos registram nitidamente objetos em formatos diversos (duplos, halos, discóides etc, todos fotografados na região amazônica. Pinon contou a Peret a história de alguns dos objetos que figuram em diversas dessas fotos, todos de comportamento e formato bastante distintos. Grande parte dessas fotografais foi tirada pelo próprio Pinon, que felizmente, conseguiu registrar boa parte dos inúmeros avistamentos que teve].

UFOVIA: Pinon, esta fotografia aqui que mostra esta luz é muito interessante, porque mostra também uma luminescência contornando o objeto.

Pinon: Sim. Isso se dá na hora que ela vai desovar (expelir sondas). Temos um filme super 8 aí, que mostra ela vindo, pairando e vai soltando as navetas (pequenas naves). Doze navetas, ela soltou! Daí ela faz como se retornasse e aquele negócio vem em formação indo pela cidade de Colares. Rapaz, aquilo entrava na copa das árvores, que a gente gritava “vai bater!”. Mas sempre desviavam delas, eram cinco, naquela noite...

UFOVIA: Nossa...

Pinon: E houve uma outra cena dessa luz comigo. Nós estávamos fazendo uma vigília em Colares [N.E.: juntamente com integrantes da Operação Prato, entre eles Uyrangê Hollanda e Flávio Costa], na beira da praia. Eu dificilmente ia lá durante o dia, mas de tarde aparecia, pois sabia que eles estavam lá. Um dia eu cheguei no local e o Flávio tinha preparado um peixe assado. Estava todo mundo comendo e eu pedi para o Hollanda me escalar para o último turno, porque queria dormir. Ele disse então para eu ir deitar que daria um jeito. Deitei no banco no meu carro, de frente para o rio. Acordei eram 1h da manhã. Na hora que sentei no banco, uma luzinha apareceu na minha direção. Parecia uma brasinha de cigarro. Olhei e aquilo foi aumentando, ficou oscilando. Olhei para um lado, para o outro e vi que o pessoal estava lá do outro lado, perto da ponte, distante. Estavam os carros ali, mas quem estava ali estava dormindo, os que estavam de plantão estavam mais na frente. Rapaz, aí me deu aquela idéia de maluco: vou bater uma fotografia com flash! Peguei a máquina ali enquadrei e: clique! Meu amigo, aquilo foi como se tivesse mexido num um ninho de marimbondos! Primeiro eu pressenti alguma coisa vindo na minha direção, eu fiz esse movimento aqui (se protegendo). O pára-brisa do meu carro desintegrou! Desintegrou total! Sumiu mesmo!

UFOVIA: Explodiu? Como foi?

Pinon: Deu aquele impacto assim: plaque! Aquele treco (a luz) ia pra lá e pra cá, ficou doidinho com o efeito do flash da máquina. Eu vi que o pessoal ouviu o barulho do impacto do pára-brisa, logo eles correram para onde eu estava.

UFOVIA: Geralmente o vidro quebra ou estoura, quando se está com o carro fechado, quando está muito quente lá dentro...
Pinon: Rapaz, o problema ali foi outro: o vidro todo desapareceu! Só encontramos o vidro que ficou na borracha. Não tinha vidro nenhum dentro do carro.

UFOVIA: É mesmo? Então desintegrou-se literalmente.

Pinon: O pára-brisa desintegrou todinho. E daí em diante, nunca mais a gente tentou fotografar estas luzes usando flash. Acho que “eles” pressentiram como sendo uma arma qualquer. Uma forma de ataque. Esta foi a nossa suposição.

UFOVIA: O Hollanda estava junto nesse episódio?

Pinon: Sim, desta vez ele estava junto também.

'Jorge, o troço está parado aqui na frente e não é cobra coisa nenhuma!

E aquele objeto deveria ter... Uns 10 metros de extensão. E estava ali, parado na nossa frente!'

UFOVIA: Pinon, quais localidades você recomenda como os melhores para se montar vigília aqui no Pará?

Pinon: Locais ideais seriam Marajó e Colares. Agora para quem quer fazer uma excelente reportagem, Monte Alegre é ideal porque pode reportar também o que acontece dentro da cidade, que tem pinturas rupestres, coisas que tem ali que o Turismo não divulga. É uma região de montanhas e muitas cavernas, lá temos a serra do Paituna, serra do Irerê e a serra da Lua. São várias serras, a do Cajurí foi onde eu te contei anteriormente que aquela senhora viu a passagem do tal “ônibus” (veja parte 1 da entrevista). São muitas ocorrências por lá. E não é de tempos atrás, é coisa atual. A primeira aparição que eu avistei, que te contei (veja parte 1 da entrevista), foi naquela região. Os ribeirinhos de lá chamam as luzes que eles vêem de Cobra Grande. E sempre aquela historia: esta cobra é cega porque alguém deu um tiro de fuzil e cegou o olho dela (risos). Esta bendita Cobra Grande eu já vi várias vezes. Por que Cobra Grande? Por que é uma luz que vem, próxima à água numa velocidade fantástica. Essa luz sai do Jequiriqui, vem numa velocidade incrível, passa pela praia da cidade, do outro lado do rio e vai desembocar no Amazonas. Então, lá, eles sabem a época em que a Cobra Grande vai passar.

UFOVIA: Pode nos descrever um de seus avistamentos da Cobra Grande?

Pinon: Numa ocasião eu estava pescando com um amigo meu lá, eu ainda era moleque, devia ter uns 12 anos. E meu amigo Jorge observou e falou: “lá vem a Cobra Grande”. Rapaz, a gente se escondeu, dento da canoa encostada no capim e a luz se aproximando naquela velocidade. E do outro lado do rio minha mãe, meu pai, todos estavam vendo a luz em desespero, pois sabiam que estávamos pescando naquele local. Aquilo veio se aproximando e nós abaixamos dentro da canoa. Eu calculei mais ou menos o tempo que ela deveria ter passado. Mas quando levantei a cabeça, ela estava parada na nossa frente! A bendita cobra estava parada na nossa frente! Eu falei: “Jorge, o troço está parado aqui na frente e não é cobra coisa nenhuma!”. E aquele objeto deveria ter... Vamos ver, tinha a visão de criança na época e de adulto hoje, mas calculando, penso que aquilo deveria ter uns 10 metros de extensão. E estava ali, parado na nossa frente!

UFOVIA: Deu para você avistar detalhes no objeto?

Pinon: Eu vi aquelas janelinhas nele. Do lado de dentro havia uma penumbra, não vi gente, mas tinha uma claridade vinda pela janela. A popa dele (traseira) era como se fosse cortada, a impressão que se tinha é que ali atrás tivesse alguém agitando um tição acesso que ficava soltando aquelas “estrelinhas” de brasas. O objeto ficou paradinho na nossa frente e, de repente, aquilo foi virando de frente para nós, de frente para a canoa. Virou a parte da frente que girava e saiu naquela velocidade! E pegamos o remo imediatamente e corremos para atravessar o rio de volta. Os meus pais estavam desesperados com a gente. E chegando lá falei: “pai, aquilo não era Cobra Grande!”. E ele disse: “Meu filho, era Cobra grande!”. E eu teimava: “Pai não era Cobra Grande, era um treco assim e tal...”. Daí ele me falou, convicto: “Sabe por que você diz isso meu filho? É porque a cobra encanta a gente! Ela faz isso pra gente pensar que é outra coisa e ela chegar perto e engolir a gente” (risos). Para você ver o que é a concepção do povo! É muito mais fácil aceitar que aquilo fosse a cobra que encantava, pra se aproximar e engolir a gente... Então eu tive que concordar com meu pai ou apanhar, senão eu estaria mentindo. E como tinha mais gente ali por perto, no dia seguinte toda a cidade estava sabendo do caso. E até gozação fizeram com a gente no colégio. Então esta foi uma desculpa para a bendita Cobra Grande, mas até hoje, o pião ribeirinho fala: “eu estava pescando e a Cobra Grande passou pertinho de mim...”.

UFOVIA: Pinon, para finalizar, vamos fazer um resumo sobre a performance aérea dos objetos voadores não identificados, baseado em tudo o que você já presenciou e conhece a respeito do assunto. Como você entende esta mecânica tão evoluída, fruto de uma tecnologia refinadíssima e tão distinta da conhecida?

Pinon: Peret, certa vez eu estive numa formatura de sargentos aqui da Aeronáutica e haveria apresentações de teses. E uma das teses apresentadas foi a “Mecânica dos Ovnis” e me convidaram para ser palestrante deles. Agora imagine, quase 100 homens ali se formando e as perguntas deles geralmente eram: que tipo de combustível eles usam? Que tipo de motor, propulsão? Todos ali são mecânicos, entendeu? Eu então respondi o seguinte a eles: se vocês me perguntarem se eu li, ou vi alguma parte do que eu vou dizer a vocês, eu digo que não. Por um motivo, que nem eu sei dizer, se desenvolveu esse conhecimento que eu repasso. Eu sei como eles navegam dentro da nossa atmosfera. Agora, não adianta pedir explicação que não vou ter nenhuma para dar a vocês. Mas sei como eles navegam e vou repassar para vocês aquilo o que sei. E dei o exemplo de uma piscina cheia d’água. Se você tem um corpo mergulhado ali, tem pressão por todos os lados, mas se você abrir um buraco lá na frente este corpo será impulsionado para aquele buraco, devido à pressão de todos os lados. Aonde se abrir, aquele corpo caminhará naquela direção. Então, “eles” criaram um campo magnético em torno desses objetos e navegam dentro desse campo como se estivessem num vácuo, livres da lei da gravidade. Quando eles querem se deslocar para qualquer local, através de uma luz acionada, direcionam e abrem um caminho como se fosse um cone. Esta luz não emite som ou ruído. Eles também aparecem e desaparecem misteriosamente. Você está olhando aqui e já não vê nada, de repente ele aparece ali...

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