segunda-feira, 20 de setembro de 2010

RELATO DRAMÁTICO DE UMA ABDUZIDA

Relato dramático de uma abduzida








No final dos anos 70 ou início dos anos 80, tive um encontro com alienígenas. Lembro-me de que diversas criaturas cor de giz com grandes olhos negros realizaram experimentos médicos em mim. Estava deitada paralisada, sedada, de costas em um quarto circular muito iluminado. Na manhã seguinte a esse encontro, recusei-me a admitir sua realidade.
Expliquei-o como um sonho extraordinariamente vívido, consegui esquecê-lo durante décadas. Em julho de 1990, recordei esse encontro e uma visão da infância de um UFO. Logo depois, comecei a ser perseguida pela lembrança de grandes olhos negros fitando meu rosto. Certa manhã, em outubro, ao despertar estava flutuando horizontalmente acima de minha cama num raio de luz. Tive medo de não ser "descongelada" a tempo de me aprontar para ir trabalhar. Três meses depois fui novamente suspensa acima de minha cama,
gritando mentalmente que não deixaria os alienígenas "examinarem meu cérebro desta vez". Mas foi o que fizeram. Não consegui me lembrar de mais nada em relação ao encontro. Naquela altura, eu já não conseguia tirar da cabeça as estranhas criaturas. Decidi fazer regressão hipnótica para ver se havia detalhes adicionais de encontros alienígenas bloqueados de minha consciência. Desde março de 1991, fiz 7 regressões hipnóticas, que revelaram toda uma vida de experiências de abdução. Também recordei muitos detalhes conscientemente, sem ajuda da regressão. E agora, às vezes, tenho encontros dos quais certas partes jamais se apagam da minha memória. A descoberta de que sou uma abduzida por alienígenas destruiu minha vida.
Alguns de meus problemas iniciais foram conseqüências da falta de conhecimentos sobre as abduções alienígenas. Embora eu tenha dois mestrados, nunca ouvi discutirem sobre alienígenas em nenhum de meus cursos. Tampouco ouvi conversarem sobre alienígenas nas igrejas batistas do sul (Estados Unidos) que freqüentei durante toda a minha vida. Nunca ouvi amigos ou familiares falarem sobre alienígenas. Portanto, raciocinei, não existem abduções por parte de alienígenas. Às vezes, no entanto, eu me perguntava, mas por que Deus pôs gente num só planeta? Esse conflito mental contribuiu com meu desejo de ser declarada louca. Se eu fosse louca, pensei, poderia ser internada num sanatório, receber repouso e tratamento adequados, fariam com que todas essas lembranças de encontros com alienígenas fossem eliminadas da minha mente para sempre. Fui a psicoterapeutas, a um psiquiatra e a um psicólogo. Todos me disseram que eu não sofria de distúrbios mentais ou de psicoses. Como eu não podia me valer de aberrações mentais para explicar os encontros, tive de aprender a aceitar que eles eram reais e a conviver com eles.
Não foi fácil. Minha mãe se recusava a crer que os alienígenas abduzem gente. Ela preferia acreditar que eu estava louca ou que ufólogos perversos estavam fazendo lavagem cerebral em mim para que eu pensasse ser uma abduzida. Ela chorava e implorava para que eu parasse de me relacionar com gente interessada em UFOs e para que desistisse de pesquisar esse assunto.
Eu precisava que ela me apoiasse, não me castigasse. Meu marido tentava entender o que eu estava passando. Lia todos os livros que encontrava sobre o assunto de abduções e compareceu a algumas palestras e conferências sobre UFOs. Mas como ele não tinha lembranças de abduções pessoais, nunca conseguiu se identificar com meus sentimentos. Tive que buscar outros abduzidos para conseguir apoio. Infelizmente, nenhum morava perto de mim.
Todas as conversas exigiam uma longa viagem ou um telefonema interurbano.
Esse apoio tão necessário custou-me 100 e 200 dólares por mês durante três anos, até que afinal encontrei alguém que poderia me dar apoio diariamente.
Outro gasto tremendo era com a busca de ajuda profissional e de respostas em relação ao fenômeno da abdução. Gastei milhares de dólares com despesas de viagem para fazer regressões hipnóticas e com honorários para profissionais que consultei a respeito de meu estado mental. Gastei outros milhares em conferências sobre UFOs. Tinha fome de respostas para minhas muitas perguntas, como por exemplo: por que os alienígenas estão nos visitando? De onde vêm? Acreditam em Deus? e Por que eu? Passei a questionar o que me haviam ensinado por intermédio de meu treinamento na igreja batista do sul. Não podia discutir minhas atribulações com os líderes da igreja. Achava que eles tinham mentalidade muito estreita.
Minha filha caçula sondou o terreno pra mim. Perguntou ao ministro se ele acreditava na existência de extraterrestres. Ele lhe disse que nossos cientistas haviam provado que não há possibilidade de viverem criaturas em outros planetas. Certa manhã de Domingo, enquanto estava na aula na escola dominical escutando o professor falar sem parar sobre nada de importante, compreendi que estava perdendo tempo na igreja. Desde então nunca mais voltei; em vez disso passava mais tempo lendo minha Bíblia e rezando. Em meus estudos particulares, descobri muitos paralelos entre algumas narrativas da Bíblia e minhas próprias experiências de abdução. Sinto-me agradecida por estar aprendendo, mas ressentida por tanto ter sido obviamente omitido de minha educação espiritual. Fico também ressentida que nossos militares e nosso governo tenham negado durante décadas a existência de UFOs e que facções dentro dessas organizações tenham monitorado, molestado, seqüestrado, drogado, interrogado e feito lavagem cerebral em mim e em outros abduzidos. Tive dificuldades para aceitar o fato de que essas pessoas, que antes eu acreditava que deveriam me proteger de defender, tenham feito exatamente o contrário. Apontando fuzis para minha cabeça, ameaçaram se não ficasse quieta a respeito de uma espaçonave que vi. Eu estava assustada demais para continuar a ministrar cursos de contabilidade na base da Força Aérea vizinha, então no auge de minhas despesas relacionadas com UFOs, perdi meu emprego. Meu marido concordou em trabalhar horas extras para que eu pudesse dedicar meu tempo a escrever sobre o que eu estava passando. Acreditei que seria importante informar o público sobre encontros com alienígenas e fazer com que os outros abduzidos soubessem que não estavam sofrendo sozinhos. Pouco antes da publicação de Lost Was the Key (meu livro sobre minhas experiências), notícias sobre meu caso se espalharam por todos os Estados Unidos e comecei a ser convidada para falar em palestras e conferências ao público. Quando o livro saiu,
recebi uma enxurrada de pedidos para programas de entrevistas na televisão e no rádio, entrevistas para várias publicações e mais palestras. Meu marido tinha muito ciúme da atenção que eu estava recebendo, embora soubesse que eu não gostava dela e a considerava um requisito necessário pra instruir o povo. Minha filha mais velha ficava hostil toda vez que e ouvia falar com alguém sobre UFOs. Nenhum dos dois gostava da possibilidade de seus colegas ouvirem falar sobre aquilo com que estava envolvida (e em conseqüência pudessem ridicularizá-los). A pedido de meu marido, evitava usar meu nome verdadeiro. No final, mudei legalmente meu nome para proteger minha família. Meu marido começou a me pressionar para eu voltar à contabilidade. Não fazia diferença que eu estivesse trabalhando uma média de 16 horas por dia, sete dias por semana. Ele queria que eu trouxesse para casa um grande salário. Quando percebeu que eu não pararia de falar em público sobre o fenômeno da abdução e não sairia para arranjar um "emprego de verdade" divorciou-se de mim. Então minha filha mais velha me repudiou.
Há quinze meses ela ficou brava quando ligou o rádio e ouviu uma entrevista minha em uma de suas estações preferidas. Em conseqüência, ela nunca telefona, nunca escreve e nunca me visita. Fui provavelmente uma das poucas mães do país que não foi reconhecida por uma filha no Dia das Mães deste ano. Claro que estou cheia de mágoa. Nossas instituições governamentais e educacionais mentiram sobre a existência de UFOs ou não conseguiram dar conta do assunto e as pessoas que antes me eram próximas me abandonaram.
Sinto que já não posso confiar em ninguém. Mas, à medida que experienciamos, aprendemos. Aprendi a transformar minha raiva, medo, confusão e ressentimento em determinação construtiva. Aprendi que se consumir em emoções negativas é perda de tempo que pode ser usado com mais proveito na realização de meus objetivos. Apesar daquilo por que passei, meu objetivo principal continua sendo falar abertamente e escrever sobre abduções alienígenas até que todo o mundo fique bem instruído sobre esse assunto.

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