sábado, 18 de setembro de 2010

TRIÂNGULO DO DIABO

Mar do Diabo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Mapa do Arquipélago Izu, centro das lendas do Mar do Diabo


Ilha Miyake, cerca de 100 km ao sul de Tóquio


Ilha Miyake vista da Ilha Kozu
O Mar do Diabo (em japonês: 魔の海 Ma no Umi?), Triângulo do Dragão ou do Pacífico é uma região do Pacífico ao redor da Ilha Miyake, cerca de 100 km ao sul de Tóquio. Um dos lados do triângulo pode estar na ilha de Guam. Apesar de o nome ser usado pelos pescadores japoneses, não aparece nas cartas náuticas.
Na cultura popular, especialmente nos Estados Unidos, acredita-se que o Mar do Diabo possa ser, junto com o Triângulo das Bermudas, uma área onde barcos e aviões desaparecem sob circunstâncias misteriosas. Os japoneses, por outro lado, não consideram o Mar do Diabo como sendo mais misteriosa ou perigosa do que outras águas costeiras do Japão.
Ao contrário de algumas declarações, nem o Mar do Diabo nem o Triângulo das Bermudas estão localizados na linha agônica, onde o norte magnético se iguala ao norte geográfico. A declinação magnética nesta área é de cerca de 6°.
Entre os fenômenos reportados no Mar do Diabo estão as perdas de barcos e aviões (mais do que no Triângulo das Bermudas), numerosos navios fantasmas, barcos não-identificados, OSNIs e perdas de intervalos de tempo.

Declaração de Charles Berlitz

O escritor estadunidense de ficção Charles Berlitz escreveu um livro chamado The Dragon's Triangle (O Triângulo do Dragão, 1989). Segundo ele, o Triângulo do Dragão aparece como uma zona perigosa nos mapas japoneses. Também afirma que, nos anos de paz entre 1952 e 1954, o Japão perdeu cinco embarcações militares com um total de tripulação desaparecida que supera 700 pessoas. O governo japonês, a fim de saber o motivo da perda de barcos e pessoas, financiou uma embarcação de investigação tripulada com mais de 100 cientistas, para estudar o Mar do Diabo. Depois, a embarcação desapareceu com todos os cientistas, e o Japão declarou a área como zona perigosa.
[editar]Refutação

Segundo a investigação de Larry Kusche, essas "embarcações militares" eram embarcações de pesca, e alguns deles se perderam fora do Mar do Diabo, tão longe como perto de Iwo Jima (1000 km ao sul do Japão). Também assinala que, naquela época, a cada ano se perdiam centenas de barcos de pesca ao redor do Japão.
A embarcação japonesa de investigação que Berlitz mencionou, chamado Kaiyo Maru nº 5, com uma tripulação de 31 pessoas a bordo (não 100), foi destruída por uma erupção em 24 de Setembro de 1952, em uma missão de investigação sobre a atividade de um vulcão submarino, o Myōjin-shō, a uns 300 km ao sul do Mar do Diabo. Alguns restos foram recuperados.[1]
Curiosidade
Curiosamente, o Triângulo das Bermudas situa-se diretamente na mesma linha de latitude do triângulo do dragão, 35 graus, levando muitos pesquisadores a acreditar que exista um Buraco de minhoca, um tipo de túnel que poderia ligar o Triângulo das Bermudas com o Triângulo do Dragão, dando a entender que um dos dois triângulos serve como buraco negro e o outro como um buraco branco.

Introdução



Ele não existe em nenhum mapa oficial e não tem como saber como podemos chegar até ele. Mas, de acordo com alguns estudiosos, o Triângulo das Bermudas é um lugar que realmente existe e onde dezenas de navios, aviões e pessoas desapareceram sem qualquer tipo de explicação racional. Desde que uma revista usou pela primeira vez a frase "Triângulo das Bermudas", em 1964, esse mistério tem atraído a atenção de todos. No entanto, ao pesquisar a maioria das casos a fundo, eles se tornam muito menos misteriosos. Geralmente os desaparecidos nunca estiveram na área do Triângulo, ou acabaram sendo encontrados ou há uma explicação razoável para o desaparecimento.
Isso quer dizer que não há nada de coerente nas alegações de que tantas pessoas tiveram experiências estranhas no Triângulo das Bermudas? Não necessariamente. Os cientistas já documentaram desvios de padrão na área e encontraram algumas formações interessantes no leito oceânico dentro da região do Triângulo das Bermudas. O que significa que para aqueles que querem acreditar, há bastante lenha para a fogueira.


Neste artigo, vamos olhar os fatos mais conhecidos deste lugar e também algumas das histórias mais contadas. Além disso, vamos explorar as teorias bizarras que falam de alienígenas e portais do espaço, além das explicações mais mundanas.

Muitos pensam no Triângulo das Bermudas, também conhecido como Triângulo do Diabo, como uma área "imaginária". O Board of Geographic Names (Comissão de Nomes Geográficos) dos EUA não reconhece a existência do Triângulo das Bermudas e não possui um arquivo oficial sobre ele. No entanto, dentro dessa área imaginária, muitos navios de verdade e as pessoas que estavam a bordo deles parecem ter desaparecido sem deixar explicações.

O Triângulo das Bermudas fica próximo à costa do Sudeste dos Estados Unidos, no Oceano Atlântico, e suas extremidades atingem as proximidades de Bermuda, Miami, Flórida e San Juan, em Porto Rico. Ele cobre cerca de 1,295 milhão de quilômetros quadrados.

A área pode ter recebido esse nome por causa de sua extremidade que fica próxima à Bermuda, que já foi conhecida como a "Ilha dos Demônios". Nas redondezas desse país, há recifes traiçoeiros que encalham barcos que navegam nas proximidades.

O Mar do Diabo

Imagem cedida NASA
Ilha Miyake, no Japão
O Mar do Diabo, também chamado de Triângulo de Formosa, localiza-se na costa do Japão, em uma região do Pacífico nas proximidades da Ilha Miyake, a cerca de 177km ao sul de Tóquio. Assim como o Triângulo das Bermudas, o Mar do Diabo não aparece em nenhum mapa oficial, mas seu nome é utilizado por pescadores japoneses. Essa é uma área conhecida por desaparecimentos estranhos de navios e aviões.
Outra lenda diz que, assim como o Triângulo das Bermudas, o Mar do Diabo é a única outra área em que uma bússola aponta para o Norte real em vez do Norte magnético (vamos falar mais sobre isso depois).

Uma teoria popular diz que a atividade vulcânica ao redor da área, especialmente um vulcão submarino, poderia ser a causa dos desaparecimentos.

Qual é o mistério?
Nos últimos 100 anos, o Triângulo das Bermudas foi o local onde aconteceu um número absurdo e significativamente alto de desaparecimentos inexplicáveis de aviões, navios e pessoas. Alguns relatórios dizem que até 100 navios e aviões desapareceram na área, com mais de mil vidas perdidas. A guarda costeira dos EUA, no entanto, alega que a área não tem um número incomum de incidentes.

Em 1975, Mary Margaret Fuller, editora da revista "Fate", entrou em contato com a Lloyd, de Londres, para saber as estatísticas de pagamentos de seguros por incidentes que haviam ocorrido dentro dos limites do Triângulo. Ela descobriu que, de acordo com os registros da Lloyd, 428 navios sumiram no mundo todo entre 1955 e 1975, não havendo nenhuma incidência maior de eventos no Triângulo das Bermudas do que no resto do mundo.


Imagem cedida Amazon
Gian J. Quasar, autor de "Into the Bermuda Triangle: pursuing the truth behind the world's greatest mystery" (Dentro do Triângulo das Bermudas: em busca da verdade por trás do maior mistério do mundo) e diretor do Bermuda-triangle.org, alega que esse relatório "é completamente falso". Ele diz que devido ao fato da Lloyd não segurar veículos pequenos como iates e normalmente não oferecer seguros para pequenos barcos alugados ou aviões particulares, seus registros não podem ser levados totalmente em consideração. Além disso, ele também diz que os registros da guarda costeira, publicados anualmente, não incluem "navios desaparecidos". Ele solicitou os dados sobre "veículos marítimos que não retornaram" e recebeu (após 12 anos solicitando) registros de 300 barcos desaparecidos/atrasados nos dois anos anteriores. E não se sabe se estes embarcações acabaram retornando. Sua página na internet possui a lista destas embarcações (em inglês).
O banco de dados da NTSB (Comissão Nacional de Transportes e Segurança) indica (de acordo com Gian J. Quasar) que somente umas poucas aeronaves desapareceram sobre a costa da Nova Inglaterra nos últimos 10 anos, enquanto mais de 30 casos desses ocorreram no Triângulo das Bermudas.

O mistério do Triângulo provavelmente começou com o primeiro desaparecimento a tomar um bom espaço na mídia, em 1945, quando cinco aviões Avengers da marinha norte-americana desapareceram na área. Embora o motivo do desaparecimento originalmente tenha sido definido como "erro do piloto", os familiares do piloto que liderava a missão não aceitaram que ele havia cometido aquele tipo de erro e acabaram convencendo a marinha a mudar o veredito para "causas ou razões desconhecidas".

O preço do seguro é maior no Triângulo das Bermudas?
De acordo com Norman Hooke, que conduziu os estudos de vítimas de acidentes marinhos para os Serviços de Informações Marítimos da Lloyd (em inglês), com sede em Londres, "o Triângulo das Bermudas não existe". Em vez disso, ele diz que os desaparecimentos na área foram diretamente relacionados às condições climáticas. Por isso, apesar das teorias sobre o motivo de navios e aviões desaparecerem na área, as apólices não são mais caras do que as apólices feitas para qualquer outro lugar do oceano. Mas o mito do Triângulo ganhou evidência após o repórter E. V. W. Jones ter compilado uma lista de "desaparecimentos misteriosos" de navios e aviões na região que se estende entre a costa da Flórida e de Bermuda. Dois anos depois, George X. Sand escreveu um artigo para a revista "Fate" com o título "Mistério marítimo na porta do nosso quintal". O artigo falava sobre uma "série de estranhos desaparecimentos marítimos, os quais não deixavam qualquer tipo de rastro, que ocorreram nos últimos anos" em um "triângulo sobre o mar cujas fronteiras são as proximidades da Flórida, Bermuda e Porto Rico".
Conforme mais incidentes iam ocorrendo, a reputação do lugar aumentava e eventos antigos eram analisados novamente e somados à lenda. Em 1964, a revista "Argosy" batizou o triângulo em um artigo com o nome de "O letal Triângulo das Bermudas", de Vincent Gaddis. O slogan da revista que dizia ser "sobre ficção", não impediu que o mito se espalhasse. E, então criaram-se mais artigos, livros e filmes, cada um sugerindo uma nova teoria que ia de abduções alienígenas a polvos gigantes.

A seguir, vamos dar uma olhada em alguns dos primeiros incidentes famosos atribuídos àquela área.
Desaparecimentos famosos
Muitas páginas da internet sobre o Triângulo das Bermudas incluem grandes listas de navios e aviões desaparecidos. Mas a verdade é que muitos deles não estavam nem um pouco próximos ao Triângulo quando desapareceram, ou reapareceram posteriormente com explicações perfeitamente racionais para os seus desaparecimentos. Por exemplo, o Mary Celeste, encontrado flutuando em 1872 sem nenhuma pessoa à bordo e com tudo exatamente da maneira como as pessoas tinham deixado, está em todas as listas de desaparecimentos atribuídos ao Triângulo das Bermudas. Mas a verdade é que esse incidente ocorreu a centenas de quilômetros do Triângulo.
Aqui vai uma amostra de alguns dos incidentes mais notáveis. Como você vai poder comprovar, alguns deles têm explicações razoáveis, mas ainda assim continuam sendo atribuídos aos poderes ocultos e estranhos da área.

O navio U.S.S. Cyclops, 1918
Durante a Primeira Guerra Mundial, o U.S.S. Cyclops servia na costa Leste dos EUA até 9 de janeiro de 1918. Ele havia sido designado para o Serviço de Transporte Naval. O Cyclops teria de viajar até o Brasil para reabastecer navios britânicos no Sul do oceano Atlântico. Ele partiu do Rio de Janeiro em 16 de fevereiro e, após uma rápida parada em Barbados, entre 3 e 4 de março, nunca mais foi visto. Todos as 306 pessoas, entre passageiros e tripulação, desapareceram sem deixar rastro.


Imagem cedida New York Navy Yard/Navy Historical Center
O USS Cyclops ancorado no rio Hudson em
3 de outubro de 1911
Funcionários do Ministério da Marinha ficaram perdidos, já que nenhuma tempestade foi registrada na área do desaparecimento. E também não houve destroços encontrados ou pedidos de socorro transmitidos pelo equipamento potente do Cyclops. De acordo com Marshall Smith, que escreveu um artigo publicado na "Cosmopolitan", em setembro de 1973, as "teorias variavam de um mar revolto até coisas como uma explosão na caldeira que destruiu o equipamento de rádio e impediu qualquer pedido de socorro". Mas a teoria mais bizarra é a de que um polvo gigante prendeu o navio com seus tentáculos e o arrastou para o fundo do oceano.

Aviões Avengers da Marinha Americana, vôo 19, em 1945
A história mais famosa do Triângulo das Bermudas, sem dúvida, é o mistério que cerca o desaparecimento de cinco aviões Avengers da marinha em 1945. A história do vôo 19 costuma ser resumida assim: uma patrulha de rotina partiu em um dia ensolarado com cinco pilotos muito experientes. De repente, a torre começou a receber transmissões do líder do vôo alegando que estavam perdidos, que as bússolas não funcionavam e que "tudo parecia errado". Depois disso, eles nunca mais foram vistos e investigações posteriores da marinha não tiveram nenhum sucesso em explicar o incidente.


Imagem cedida U.S. Naval Historical Center
Um Grumman TBF Avenger da marinha americana
O Tenente Charles C. Taylor era quem liderava a missão, que incluía várias mudanças de rota planejadas. Os aviões partiram às 13h15 do dia 5 de dezembro de 1945. Às 15h, o tenente Robert F. Cox estava sobrevoando a cidade de Fort Lauderdale, na Flórida, quando ouviu um sinal que pensou vir de um barco ou avião em perigo. Então, ele chamou o serviço de operações da Estação Aérea da Marinha para contar o que tinha acabado de ouvir. Cox mandou Taylor viajar com o sol em direção à sua asa esquerda pela costa até que atingisse Miami. Taylor respondeu que seu grupo estava sobrevoando uma pequena ilha e que só viam mar por todos os lados. No entanto, se ele estivesse sobre os recifes da Flórida, como havia dito que estava, deveria ter visto várias ilhas e a península.


Com menos de duas horas de vôo até que acabasse o combustível, Taylor descreveu uma grande ilha para o serviço de operações da marinha. Se presumirmos que se tratava da Ilha de Andros, a maior nas Bahamas, o serviço de operações enviou diretrizes que o levariam diretamente para Fort Lauderdale. E aparentemente estas diretrizes estavam corretas, já que após terem tomado o novo rumo, a voz de Taylor começou a ficar mais forte no rádio. Mas o problema foi que Taylor não acreditou que esse rumo estivesse correto e, após alguns minutos, disse que eles não se afastaram muito do Leste. Contornaram novamente e seguiram para o Leste. Com essa manobra, as transmissões começaram a perder força como resultado de voarem na direção errada e saírem do alcance do rádio. Por razões ainda desconhecidas, Taylor ignorou o procedimento padrão de vôo que mandava para Oeste quando estivessem sobre a água e para o Leste quando estivessem sobre o solo.

Dois hidroplanos PBM-5 dos fuzileiros navais foram fazer buscas na área, mas um explodiu logo após a decolagem. O outro não conseguiu localizar o vôo 19. Ex-pilotos interrogados por Michael McDonnel para um artigo da "Naval Aviation News", em junho de 1973, disseram que um Avenger tentando efetuar um pouso forçado sobre o mar aberto durante a noite, muito provavelmente não resistiria ao impacto. O avião provavelmente se despedaçou com o impacto e quaisquer tripulantes que tivessem sobrevivido à colisão não durariam muito na água gelada, sob fortes ventos.

Continue lendo para saber sobre mais desaparecimentos no Triângulo das Bermudas.

Outros desaparecimentos
Aeronave DC-3, vôo NC-16002, em 1948
Em 28 de dezembro de 1948, o capitão Robert Lindquist, do vôo NC-16002, pilotava um DC-3 em um vôo comercial de San Juan, em Porto Rico, com destino a Miami, na Flórida. Ele entrou em contato com Miami por rádio quando estava a 80 quilômetros de distância e pediu instruções de pouso. Miami respondeu passando as instruções, mas não houve mais respostas vindas do capitão Lindquist. O avião nunca chegou e nunca mais foi visto. Embora muitos relatórios afirmem que não houve problemas no rádio e que as condições climáticas eram muito boas, o relatório de investigação do acidente, feito pela Civil Aeronautics Board (Comissão de Aeronáutica Civil,) não concordou com essas informações.
De acordo com o relatório, o avião teve problemas elétricos desde o início e suas baterias precisavam ser recarregadas para que pudesse se comunicar com a torre. Mas, em vez de carregar as baterias antes da decolagem, Lindquist instruiu a equipe de terra a encher a água das baterias e substituí-las no avião. Primeiro, ele havia cancelado o vôo por causa desses problemas com a bateria e recebeu ordens para ficar em San Juan até que pudesse estabelecer contato por rádio com a torre e reconfirmar seu plano de vôo. Mas 11 minutos após a decolagem, ele entrou em contato com a torre para informar que continuaria o curso até Miami. A torre nunca recebeu essa transmissão, mas a CAA Communications em San Juan, sim. Nenhuma tentativa de entrar em contato com o vôo teve sucesso. Na última comunicação por rádio enviada pelo vôo, Lindquist disse que estavam a 80 quilômetros ao Sul de Miami.


Imagem cedida U.S. Library of Congress
Um Douglas DC-3, o mesmo modelo do avião que desapareceu sobre o Triângulo das Bermudas em 1948
O relatório de análise da Civil Aeronautics Board inclui a hipótese de que alguma falha no sistema elétrico fez com que o rádio e a bússola da aeronave parassem de funcionar após a última comunicação. Ela também acredita que devido ao fato do capitão Lindquist não ter se comunicado com a torre, ele não tinha como saber das mudanças no clima. A direção do vento havia mudado, o que teria feito seu avião sair cerca de 80 quilômetros da rota. E como a localização do capitão era estimada baseando-se no seu tempo de vôo, velocidade e condições climáticas, ele poderia ter saído do curso facilmente. Outro ponto que vale a pena ressaltar é que o avião tinha combustível suficiente para sete horas e meia de vôo e já tinha voado por pouco mais de seis horas quando o último contato foi feito, o que poderia ter causado sua queda no Golfo do México depois de ter ficado sem combustível. Não foram encontrados destroços, mas isso é explicado pelo fato de que o avião pode ter caído em uma área muito profunda e as evidências do acidente desapareceram rapidamente.

O S.S. Marine Sulphur Queen
O S.S. Marine Sulphur Queen era um navio-tanque que rumava para Norfolk, na Virgínia, vindo de Beaumont, no Texas, e carregava 15 mil toneladas de enxofre derretido em tanques aquecidos. Sua última comunicação aconteceu em 3 de fevereiro de 1963, quando o capitão enviou um relatório de rotina por rádio informando sua posição. Essa mensagem dizia que eles estavam próximos de Key West, no Estreito da Flórida, mas eles nunca chegaram à Virgínia.

Três dias após o relatório indicando a posição, as equipes de busca da guarda costeira encontraram um único colete salva-vidas flutuando 64 km a sudoeste da última posição conhecida do navio. É muito provável que um vazamento de enxofre tenha causado uma explosão. E o gás de enxofre poderia ter envenenado a tripulação e impedido que eles enviassem um sinal de alerta. Os tripulantes de um barco de bananas hondurenho relataram à guarda costeira que seu navio de carga entrou em uma área com um odor forte e ácido a 24 km do Cabo San Antonia, na extremidade Oeste de Cuba, pouco antes do amanhecer de 3 de fevereiro.


Imagem cedida Waypoint U.S. Coast Guard Digital Archive
Destroços do S.S. Marine Sulpher Queen
A área era conhecida por ser infestada por tubarões e barracudas, o que explicaria o fato dos corpos nunca terem sido encontrados. O U.S. Coast Guard History Archive (Arquivo histórico da guarda costeira americana) tem a seguinte lista dos itens encontrados que estavam no Sulphur Queen: dois pedaços de madeira com o nome do navio, oito coletes salva-vidas (alguns com rasgos que acreditam ter sido causados por dentes de tubarões), cinco bóias, uma camisa, um pedaço de remo, uma lata de óleo, uma lata de gasolina, uma bóia em forma de cone e uma sirene de neblina.

440º Esquadrão de Milwaukee, Avião 680, em 1965
Em uma noite clara de 1965, uma experiente tripulação de vôo que pertencia a 440º Esquadrão do comando da reserva da aeronáutica dos EUA voavam de Milwaukee, usando uma rota muito percorrida, em direção à ilha de Grand Turk, nas Bahamas. Eles pousaram conforme o cronograma na base aérea de Homestead, na Flórida, às 17h04 e permaneceram duas horas e 43 minutos no solo. A seguir, decolaram às 19h47 rumando para o Sul em direção às Bahamas, mas nunca atingiram seu destino.


Imagem cedida Air Force Reserve Command
O 440º Esquadrão voava no Fairchild C-119 "Flying Boxcar", que recebeu esse nome por causa de seu grande compartimento de carga
Não havia nenhuma indicação de problemas e todas as comunicações de rádio aconteciam normalmente. Quando eles não pousaram, os controladores de vôo tentaram contatar o Avião 680, mas não obtiveram resposta. Somente uns poucos destroços foram encontrados e eles poderiam ter sido jogados para fora do avião de carga intencionalmente. E o estranho é que entre a tripulação havia uma equipe de manutenção experiente, o que significa que se houvesse algum problema mecânico no vôo, haveria muitas pessoas para resolvê-lo. Não houve explicação para o desaparecimento do Avião 680.

Casos recentes
Nos dias de hoje, em que a orientação por GPS é muito utilizada, é difícil imaginar que um navio ou avião possam realmente desaparecer. Mas isso não quer dizer que não houve alguns desaparecimentos recentes atribuídos ao Triângulo das Bermudas:
DC-3 N407D, sumiu em 21 de setembro de 1978
Fighting Tiger 524, sumiu em 22 de fevereiro de 1978
Beechcraft N9027Q, desaparecido em 11 de fevereiro de 1980
Ercoupe N3808H, sumiu em 28 de junho de 1980
Beech Bonanza, sumiu em 5 de janeiro de 1981
Piper Cherokee N3527E, desaparecido em 26 de março de 1986
Grumman Cougar Jet, último contato realizado em 31 de outubro de 1991
o barco a motor Jamanic K, desaparecido quando ia de Cape Haitian para Miami, em 20 de março de 1995
o barco a motor Genesis, que sumiu no caminho de Port of Spain, em Trinidad, para St. Vincent, em 21 de abril de 1999
Cessna 210, desapareceu do radar quando ia de Freeport a Nassau, em 14 de junho de 1999
Teorias bizarras
Alienígenas e Atlântida
Por se tratar de uma das áreas com a maior incidência de aparições de OVNIs, não se admira que as abduções alienígenas tenham se tornado uma explicação popular para os desaparecimentos ocorridos no Triângulo das Bermudas. Mas elas não são a única teoria, há quem já tenha teorizado que o local é um portal para outros planetas. Mas por que essa área específica?
Muitos acreditam que a área do Triângulo das Bermudas é o local da cidade perdida de Atlântida e dos restos de suas avançadas tecnologias. O famoso paranormal Edgar Cayce disse que a Atlântida já possuía muitas das tecnologias que julgamos modernas, incluindo uma arma letal de raios que teria destruído a cidade, ainda de acordo com Edgar. Há até os que dizem que os habitantes de lá eram uma raça alienígena proveniente do aglomerado estelar das Plêiades.

Cayce previu que pesquisadores descobririam o limite ocidental da Atlântida perto da costa de Bimini, nas Bahamas, e eles realmente encontraram uma "estrada" de pedras no local em 1968. Mas os primeiros pesquisadores e arqueólogos que estudaram o local, conhecido como "Estrada de Bimini", logo o consideraram como uma ocorrência natural. No entanto, investigações recentes descobriram evidências que parecem sustentar a idéia de que as pedras foram moldadas e colocadas lá para formar uma parede. E essa descoberta de uma possível cidade submersa próxima de Cuba só vai aumentar o ímpeto dos que apóiam a teoria da Atlântida.


A "Estrada de Bimini", ou "Pedras de Atlântida", uma formação rochosa na costa da Ilha de Bimini, nas Bahamas
Diz a lenda (e especulações) que a cidade de Atlântida dependia do poder de cristais de energia especiais que eram extremamente poderosos. Cayce apoiava essa idéia e a descoberta de uma grande pirâmide submersa e de um cristal, realizada pelo dr. Ray Brown, em 1970, fortalecem ainda mais essa teoria. O Dr. Brown estava mergulhando com equipamentos nas Bahamas quando, alega ele, encontrou uma grande pirâmide feita de pedras com características de espelho. Continuando sua busca, entrou na pirâmide e viu um bastão metálico com uma gema vermelha de várias faces pendurada no ponto mais alto da sala. E diretamente abaixo do bastão estava uma bancada onde mãos de bronze seguravam uma esfera de cristal de 10 cm de diâmetro. Ele removeu o cristal e o guardou secretamente até 1975, quando o exibiu em um seminário paranormal sediado em Phoenix, no Arizona. Ele relatou que ao olhar dentro do cristal, é possível ver três imagens de pirâmides, uma em frente a outra e com tamanhos decrescentes, e há até os que viram uma quarta pirâmide na frente das outras três após terem entrado em estados de meditação profunda.

Brown diz acreditar que as linhas partidas vistas ao observar a lateral da esfera do cristal podem ter natureza elétrica, como se fossem uma espécie de circuito microscópico. Especula-se que esses cristais de energia estejam em algum tipo de estado alterado que os capacite a enviar raios de energia que confundam instrumentos de navegação ou simplesmente desintegrem os veículos.

Anomalias magnéticas e a neblina

Imagem cedida Amazon
"The Fog: A Never Before Published Theory of the Bermuda Triangle Phenomenon" (A Neblina: uma teoria jamais publicada sobre o fenômeno do Triângulo das Bermudas), de autoria de Rob MacGregor e Bruce Gernon, traz relatos de uma "neblina eletrônica" que ambos viram ao voar sobre o Triângulo. A história é a seguinte: em 4 de dezembro de 1970, Gernon e seu pai voavam para Bimini em um céu claro quando viram uma nuvem estranha com extremidades quase que perfeitamente arredondadas pairando sobre a costa da Flórida. E conforme voaram sobre ela, a nuvem começou a se espalhar, igualando ou até ultrapassando a velocidade deles. A 3.505 metros de altura, acharam que haviam escapado da "nuvem", mas acabaram descobrindo que ela havia formado um túnel, e a única possibilidade de fuga parecia ser passar por esse túnel. E quando estavam lá dentro, viram linhas nas paredes que giravam no sentido anti-horário, os instrumentos de navegação ficaram descontrolados e a bússola também passou a girar no sentido anti-horário.
Gernon disse que havia "percebido a ocorrência de algo muito estranho. Em vez do céu azul e limpo que esperávamos no final do túnel, tudo parecia branco-acinzentado. Além disso, a visibilidade parecia ser de 3 quilômetros, mas não havia absolutamente nada para ver. " Não havia oceano, horizonte ou mesmo céu, somente um nevoeiro cinza", disse ele.

Quando Gernon entrou em contato com o controle de tráfego aéreo de Miami para obter uma identificação de radar, o controlador disse não haver aviões aparecendo no radar entre as regiões de Miami, Bimini e Andros. Após vários minutos, Gernon ouviu o controlador dizer que um avião havia acabado de aparecer diretamente sobre Miami. Gernon não achou que poderia estar sobre Miami Beach, já que o tempo normal de viagem é de 75 minutos para chegar até lá e só tinham passado 47 minutos desde o início do incidente. Mas nesse mesmo momento, o túnel começou a se desfazer no que ele descreveu como tiras de neblina. E mais, os instrumentos começaram a operar normalmente e viram Miami Beach logo abaixo deles. E foi essa passagem de tempo, confirmada por seus relógios e pelo relógio do avião, que levou Gernon a acreditar que a neblina eletrônica possuía características relativas a viagens no tempo.


Bruce Gernon, Don Pelz e outros pilotos já disseram ter saído de um estranho túnel formado por nuvens quando voavam sobre o Triângulo das Bermudas
O interessante é que Gernon passou por essa experiência mais uma vez enquanto voava com sua mulher e, muitos outros pilotos também tiveram experiências semelhantes ao sobrevoar a área. Gernon diz acreditar que as potentes tempestades eletromagnéticas que ocorrem no interior da Terra passam através da superfície e atingem a atmosfera, onde logo desaparecem, deixando essa neblina eletrica. E ainda de acordo com Gernon, um cientista suíço descobriu que o magnetismo é mais fraco no triângulo do que em qualquer outro lugar da Terra, uma possível explicação para essa neblina ocorrer mais lá do que em qualquer outro lugar.
Para saber mais sobre essa teoria, ouça (em inglês) essa Paranormal Podcast interview (Podcast de entrevista paranormal) feito com Bruce Gernon. Quando Don Pels, de Indiana, ouviu a experiência de Gernon, ele entrou em contato para contar sua própria experiência. Ele não só havia visto as mesmas nuvens com forma de rosquinhas há 10 anos como também conseguiu obter imagens de radar daquilo que Gernon chamou de "tempestade do tempo". Se quiser vê-las, acesse a página de Pelz na internet (em inglês).

Problemas nas bússolas
Em quase todos os relatos de mistério que cercam o Triângulo das Bermudas, você vai ouvir algum tipo de menção ao fato de que ele é um dos dois lugares da Terra (o outro é o Mar do Diabo, na costa do Japão) em que os ponteiros da bússola apontam para o Norte real em vez do Norte magnético. E há teorias que dizem que este é o motivo das bússolas não funcionarem e aviões e navios saírem de seus rumos nesses lugares.

Uma bússola funciona porque sua agulha magnética é atraída pelo magnetismo da Terra, fazendo a agulha apontar para o Pólo Norte Magnético, que está em constante movimento. O Pólo Norte Geográfico, por outro lado, é permanente e localiza-se a cerca de 1.931 quilômetros ao Norte do Pólo Magnético. Essa variação entre as duas leituras é conhecida como declinação magnética, que pode mudar em até 20º conforme você se movimenta pelo globo terrestre.


Imagem cedida National Geophysical Data Center
Neste mapa da declinação magnética de 2004, a linha agônica (preta) passa pelo Meio-Oeste e pelo Golfo do México
A linha agônica é uma linha imaginária na qual o Norte real e o Norte magnético estão alinhados perfeitamente, sem que haja declinação magnética. Nos pontos a Oeste da linha agônica, uma agulha magnética irá apontar para o Leste do Norte verdadeiro (declinação positiva). Já nos pontos a Leste da linha agônica, uma agulha magnética irá apontar para o Oeste do Norte verdadeiro (declinação negativa). As linhas que marcam a declinação magnética constante que ocorre fora da linha agônica são chamadas de linhas isogônicas.

No começo do século XVIII, Edmund Halley, percebeu que a linha agônica estava se movendo lentamente para o Oeste. E, desde então, os cientistas notaram que existe uma movimentação da linha agônica em direção ao Oeste com uma velocidade de cerca de 0,2º por ano. Mas essa movimentação não é igual em todos os lugares. Ela é mais forte no hemisfério do Oceano Atlântico do que no do Pacífico. Os navegadores devem sempre levar a declinação magnética em consideração ao mapear suas rotas.

Embora a linha agônica já tenha passado pelo Triângulo das Bermudas, ela atualmente passa pelo Golfo do México, fazendo com que as alegações de que ela pode contribuir com os desaparecimentos no Triângulo não sejam precisas. A verdade é que erros de cálculos que levem a desvios de rota podem acontecer em qualquer local. Além do mais, esta teoria também presume que pilotos e capitães experientes que passam pela área desconhecem a declinação magnética, o que é muito improvável.

Buracos azuis
Os buracos azuis são cavernas e cavidades azuladas cheias de água. Estas cavernas podem ser simplesmente buracos no solo em ilhas (buracos azuis terrestres) ou buracos em águas rasas sobre bancos (buracos azuis marinhos ou oceânicos). O mergulhador britânico Rob Palmer dirigiu um centro de pesquisas sobre buracos azuis nas Bahamas durante vários anos. Em julho de 1997, ele não voltou à superfície após um mergulho no Mar Vermelho e foi declarado morto. Algumas pessoas pensam que os buracos azuis podem ter relação com (ou mesmo ser formados por) pontes de Einstein-Rosen (buracos de minhoca) que acreditam existir na área. Acredita-se até mesmo que eles sejam pontos de transporte para OVNIs vindos de outras dimensões.

Um dos muitos buracos azuis nas proximidades das Bahamas
A seguir, vamos dar uma olhada em algumas teorias plausíveis dadas para os desaparecimentos ocorridos no Triângulo das Bermudas.

Teorias plausíveis
A maioria das explicações racionais para os incidentes no Triângulo das Bermudas, incluindo as fornecidas pela marinha e guarda costeira americanas, está relacionada a erros humanos e efeitos ambientais. Como a área é uma das mais usadas por pilotos e marinheiros amadores, há uma probabilidade maior de ocorrerem acidentes e desaparecimentos.
Padrões climáticos e topografia
A área está sujeita a tempestades e mudanças climáticas violentas e inesperadas. Essas tempestades curtas e intensas podem se desenvolver e dissipar tão rapidamente que nem chegam a ser detectadas pelos satélites. Além disso, trombas d'água capazes de destruir facilmente um avião ou navio passando pela área são bastante comuns. Uma tromba d'água nada mais é do que um tornado que ocorre no mar e puxa a água da superfície do oceano até milhares de metros de altura. Outro fator ambiental possível são os terremotos submarinos, já que cientistas encontraram bastante atividade sísmica na área. E mais, os cientistas também já observaram ondas de até 30 metros de altura.

A topografia submarina da área também pode ser um fator importante, já que varia de uma plataforma continental levemente inclinada para uma queda extremamente profunda. Na verdade, alguns dos fossos mais profundos do mundo se encontram nessa área. E se um navio ou avião afundar em um desses fossos, a probabilidade de que nunca seja encontrado é muito grande.


Imagem cedida por Jacques Descloitres, da Equipe de Resposta Rápida MODIS, NASA/GSFC
Efeito da irregularidade da superfície do mar na Corrente do Golfo, captado pelo satélite Terra, da NASA, em 8 de abril de 2004
A Corrente do Golfo, onde o Triângulo se localiza, é extremamente rápida e turbulenta, podendo criar condições extremamente difíceis para a navegação, especialmente para navegadores inexperientes. Já foi relatado que essa corrente pode se mover a velocidades superiores a 8 km/h em algumas áreas, o que é suficiente para desviar o curso de barcos em várias centenas de quilômetros se os tripulantes não fizerem a compensação correta. Outra coisa que essa velocidade de corrente pode fazer é limpar rapidamente qualquer evidência de um desastre.

Hidratos de metano
Esta teoria parece ser muito promissora para explicar ao menos alguns dos desaparecimentos no Triângulo das Bermudas. Cientistas da Cardiff University descobriram a presença de grandes concentrações de gás metano presas no leito do oceano. Esse gás é criado devido a organismos marítimos em decomposição, já que o leito possui bactérias que produzem metano, que pode se acumular como gelo de metano superconcentrado, chamado de hidratos de metano. E essa camada de gelo acaba por aprisionar o gás metano (os cientistas estão estudando isso como uma possível fonte de energia).


Imagem cedida Office of Naval Research
Depósitos de cristais de hidrato de metano
É possível que essas concentrações de metano existam em partes do leito do oceano dentro do Triângulo das Bermudas, embora algumas pessoas ainda questionem quais seriam essas quantidades. Desmoronamentos que costumam ocorrer na plataforma continental norte-americana, ao Norte do Triângulo das Bermudas poderiam levar pedras e outros escombros, rompendo a camada de hidrato de metano abaixo do leito oceânico e liberando o gás contido nela.

Poucos segundos após o rompimento do bolsão de gás, esse gás se eleva e causa uma erupção inesperada na superfície. Caso haja algum navio na área da explosão, a água debaixo dele ficaria menos densa em questão de segundos, fazendo com que o navio ou barco afundasse. E para completar, os sedimentos retornando ao leito poderiam cobrir esse navio rapidamente. Mesmo os aviões na área poderiam pegar fogo durante uma dessas explosões. Embora Bill Dillon, um geólogo do US Geological Survey (Centro de Pesquisas Geológicas dos EUA,) não concorde com o uso da teoria do hidrato de metano para explicar o Triângulo das Bermudas, ele disse que, "em várias ocasiões, plataformas de perfuração de petróleo já afundaram devido à fuga de gás metano".

Piratas
Muito embora os piratas históricos, como Barba Negra, ou os fictícios, como o Capitão Jack Sparrow (do filme Piratas do Caribe), não sejam os prováveis culpados pelos desaparecimentos, o mesmo não pode ser dito sobre os piratas modernos. Nas décadas de 1970 e 1980, traficantes de drogas costumavam abordar barcos para transportar as drogas. E essa teoria também pode ter se tornado realidade durante os tempos de guerra. Confira Como funcionam os piratas para obter mais informações sobre a pirataria e os piratas da vida real.


Imagem feita pelo suboficial da marinha norte-americana, Kenneth Anderson
cedida pelo U.S. Department of Defense
O U.S.S. Winston S. Churchill persegue uma suposta embarcação pirata, em 2006
Mesmo que algumas destas teorias provavelmente sejam as explicações para os desaparecimentos na área conhecida como Triângulo das Bermudas, há várias pessoas que ainda preferem acreditar que alienígenas, neblinas eletricas ou outros fenômenos subrenaturais estejam envolvidos. E enquanto essas teorias existirem, o Triângulo das Bermudas vai continuar sendo uma fonte de fascinação e mistério.

20.10 - O TRIÂNGULO DAS BERMUDAS


20.10.1 - TRIANGULO DAS BERMUDAS:
O Triângulo das Bermudas é um estiramento do Oceano Atlântico, delimitado por uma linha imaginária entre a Flórida, Porto Rico (passando por Cuba) e logicamente as Ilhas Bermudas. O primeiro a utilizar esse nome para designar essa região misteriosa, foi o jornalista e escritor Vincent H. Garddis, em 1964. Essa região também é conhecida como “Mar do Diabo”, “Triângulo Maldito”, “Triângulo da Morte”, “Mar dos Barcos Perdidos”, “Cemitério de Barcos”, “Triângulo do Diabo” e outros nomes que foram dados pelos raros sobreviventes e também por jornalistas de todo o mundo.

A febre das Bermudas, se deu mais nos anos 70, quando várias investigações sobre o lugar foram retomadas, mas sem conclusões satisfatórias. São vários os casos de desaparecimentos de barcos e aviões nessa área. Muitos não deixaram vestígios. Alguns foram posteriormente encontrados, porém sem nenhuma pessoa a bordo, ou sequer uma pista de que alí haviam estado. Geralmente as cargas e equipamentos eram encontradas intactas, assim como haviam sido embarcadas em seus portos de origem. Os aviões em sua maioria nunca foram encontrados.

Os constantes desaparecimentos supostamente ocorridos nessa área, situada no Oceano Atlântico, podem ter uma explicação bem mais simples do que a intervenção de malignos extraterrestres ou de portais para dimensões desconhecidas.

O Triângulo dos Bermudas (também conhecido como Triângulo do Diabo) está localizado entre o Estado americano da Flórida e as ilhas de Bermudas e Porto Rico, apesar de não ser apontado em nenhum mapa. Segundo o professor Claudio Terezo, autor do Novo Dicionário de Geografia e professor da Escola São Paulo da Cruz, em Osasco, “a terminologia começou a ser usada a partir da década de 60, para designar um local na qual ocorriam, desde o século XIX, desaparecimentos sem explicação. Primeiro, eram barcos e navios; posteriormente, também aviões que sobrevoavam a localidade”.

Embora existam listas que apontem inúmeros casos de desaparecimento no Triângulo das Bermudas, nunca houve confirmação oficial. Algumas teorias remetem a seres de outros planetas e explicações místicas, mas é provável que a causa desses eventos não tenha nada de sobrenatural. “Vale lembrar que esta região tem intensa atividade climática, sendo área formadora de grandes tempestades tropicais”, informa o professor Claudio Terezo.

Outra possível explicação é que, naquela área, existem diversas zonas de hidrato de metano (gás metano) sobre as placas continentais. Ao entrarem em erupção, essas zonas produziriam regiões de água espumosa, que não dariam sustentação aos barcos devido à perda de densidade da água. A queda de aviões também aconteceria devido à perda de densidade do ar, igualmente influenciada pelo hidrato de metano.

Na era das Grandes Navegações, nos séculos XV e XVI, quando não havia máquinas a vapor e barcos com motor, as embarcações vindas da Europa procuravam passar por aquela área, justamente para tirar proveito dos ventos da Corrente do Golfo, instável e conhecida por seus furacões. O número de incidentes ocorridos na área nos últimos cinco séculos é incerto, variando de duzentos até mil, conforme

Ainda que existam abundantes notícias de casos anteriores, é a partir de 1945 quando a desaparição reiterada de barcos e aviões na zona marítima conhecida como "Triângulo das Bermudas" ou "Triângulo do Diabo" induz a pensar que algo misterioso e mortal está ocorrendo ali. Autoridades militares e pesquisadores do insólito procuraram uma explicação a tantas perdas inexplicadas: restos de máquinas procedentes de civilizações desaparecidas, perturbações eletromagnéticas, ações devidas a seres extraterrestres... Tudo pode ser, enquanto não seja demonstrado o contrário.

O Triângulo das Bermudas ou o Triângulo maldito (na verdade um trapézio) está delimitado por um triângulo imaginário cujos vértices estão situados nas Bermudas, em Porto Rico e numa zona do Golfo do México, a oeste da Flórida, uma área de 3.900.000 quilômetros quadrados no Oceano Atlântico. Esta região tem um estigma de ser acometida por vários tipos de acontecimentos. Através dos anos centenas de barcos e aviões desapareceram nesta área do Oceano Atlântico, que se destaca pela forte presença ufológica. A área pode ter recebido esse nome por causa de sua extremidade que fica próxima à Bermuda, que já foi conhecida como a "Ilha dos Demônios". Nas redondezas desse país, há recifes traiçoeiros que encalham barcos que navegam nas proximidades.

Em quase todos os relatos de mistério que cercam o Triângulo das Bermudas, você vai ouvir algum tipo de menção ao fato de que ele é um dos dois lugares da Terra (o outro é o Mar do Diabo, na costa do Japão) em que os ponteiros da bússola apontam para o Norte real em vez do Norte magnético. E há teorias que dizem que este é o motivo das bússolas não funcionarem e aviões e navios saírem de seus rumos nesses lugares. Defeitos nos instrumentos são comuns na superfície marítima do Triângulo. Pilotos de pequenas e grandes embarcações, assim como os de aeronaves comerciais falam de freqüentes mudanças de navegação por bússolas desorientadas, a ponto de isto ter se tornado uma piada entre profissionais.

De 1800 a 1976 foram computadas pesadas perdas de aviões e navios na área e que não deixam rastros ou sobreviventes: 143 sumiram sem deixar traços de óleo, destroços ou corpos flutuando. Alguns traçam o mistério até Colombo. Alguns relatórios dizem que até 100 navios e aviões desapareceram na área, com mais de mil vidas perdidas. A guarda costeira dos EUA, no entanto, alega que a área não tem um número incomum de incidentes.

Barcos eram encontrados abandonados pela tripulação, com a sua carga intacta e por vezes com a comida ainda quente nas mesas, e algumas vezes com a exclusiva presença de um animal de estimação: um gato, um cachorro, um pássaro.

Aviões também desapareciam misteriosamente sem deixar rasto e por vezes poucos minutos depois de terem estabelecido contacto informando que tudo estava bem. Em terra, estranhos fenômenos aconteciam.



A expressão "Triângulo das Bermudas" foi inventada por Vincent H. Gaddis, escritor e investigador que se especializou nos fenômenos inexplicados, misterioso e insólitos, para demarcar uma zona onde estranhos acontecimentos têm acontecido. Ele é autor de numerosos livros, entre os quais Invisible Horizons, publicado nos Estados Unidos em 1965. Nessa obra, o autor consagra um capítulo inteiro ao Triângulo das Bermudas, empregando assim, pela segunda vez, uma expressão forjada por ele em 1964 para um artigo com o nome de "O letal Triângulo das Bermudas", publicado na revista Argosy, onde listava vários desaparecimentos na área, sugerindo que havia algo de sobrenatural por lá. Estava criada a lenda.... Mas foi depois da publicação do livro O Triângulo das Bermudas de Charles Bertlitz (1974) que os eventos foram conhecidos através da imprensa de uma forma mais abrangente.

Em 1975, Mary Margaret Fuller, editora da revista "Fate", entrou em contato com a Lloyd, de Londres, para saber as estatísticas de pagamentos de seguros por incidentes que haviam ocorrido dentro dos limites do Triângulo. Ela descobriu que, de acordo com os registros da Lloyd, 428 navios sumiram no mundo todo entre 1955 e 1975, não havendo nenhuma incidência maior de eventos no Triângulo das Bermudas do que no resto do mundo. Gian J. Quasar, autor de "Into the Bermuda Triangle: pursuing the truth behind the world's greates mystery" (Dentro do Triângulo das Bermudas: em busca da verdade por trás do maior mistério do mundo) e diretor do Bermuda-triangle.org, alega que esse relatório "é completamente falso". Ele diz que devido ao fato da Lloyd não segurar veículos pequenos como iates e normalmente não oferecer seguros para pequenos barcos alugados ou aviões particulares, seus registros não podem ser levados totalmente em consideração. Além disso, ele também diz que os registros da guarda costeira, publicados anualmente, não incluem "navios desaparecidos". Ele solicitou os dados sobre "veículos marítimos que não retornaram" e recebeu (após 12 anos solicitando) registros de 300 barcos desaparecidos/atrasados nos dois anos anteriores. E não se sabe se estes embarcações acabaram retornando. Sua página na internet possui a lista destas embarcações (em inglês).

O mistério do Triângulo provavelmente começou com o primeiro desaparecimento a tomar um bom espaço na mídia, em 1945, quando cinco aviões Avengers da marinha norte-americana desapareceram na área. Embora o motivo do desaparecimento originalmente tenha sido definido como "erro do piloto", os familiares do piloto que liderava a missão não aceitaram que ele havia cometido aquele tipo de erro e acabaram convencendo a marinha a mudar o veredicto para "causas ou razões desconhecidas".


Um dos desaparecimentos mais famosos aconteceu em 5 de dezembro de 1945, quando o Vôo 19 – cinco aviões de bombardeiro da marinha Avanger.

Conforme mais incidentes iam ocorrendo, a reputação do lugar aumentava e eventos antigos eram analisados novamente e somados à lenda.

Existem mais onze regiões no mundo, todas situadas a igual distância umas das outras, onde a gravitação e o magnetismo fazem das suas, alterando o espaço e o tempo: entre Marrocos e Algéria, Planalo do Irã, Pacífico Norte, Polo Norte e o Mar do Diabo (Japão-Filipinas); ao sul temos Ilhas Caledônias, no mar Índico temos a região entre Madagascar e Moçambique, Ilhas Tubudi no Pacífico Sul, Ilha de Páscoa e a nossa ensolarada Cabo Frio... O segundo mais famoso sendo o chamado de mar do Diabo, no Japão (agora conhecido como Triângulo do Diabo).

Alguns oficiais e comandantes afirmam que sentem uma sensação de estranheza e que a visão do mar os engana, os fazendo crer que não há terra sob a nave, ou que o aspecto do oceano muda de cor, ou que não distinguem o horizonte, ou seja, não observam a habitual linha divisória entre o mar e o céu, mas sim um nevoeiro esbranquiçado ou mesmo verde.



Sobre esse estranho nevoeiro há o relato de Rob MacGregor e Bruce Gernon, autores de "The Fog: A Never Before Published Theory of the Bermuda Triangle Phenomenon" (A Neblina: uma teoria jamais publicada sobre o fenômeno do Triângulo das Bermudas), que traz relatos de uma "neblina eletrônica" que ambos viram ao voar sobre o Triângulo. Em 4 de dezembro de 1970, Gernon e seu pai voavam para Bimini em um céu claro quando viram uma nuvem estranha com extremidades quase que perfeitamente arredondadas pairando sobre a costa da Flórida. E conforme voaram sobre ela, a nuvem começou a se espalhar, igualando ou até ultrapassando a velocidade deles. A 3.505 metros de altura, acharam que haviam escapado da "nuvem", mas acabaram descobrindo que ela havia formado um túnel, e a única possibilidade de fuga parecia ser passar por esse túnel. E quando estavam lá dentro, viram linhas nas paredes que giravam no sentido anti-horário, os instrumentos de navegação ficaram descontrolados e a bússola também passou a girar no sentido anti-horário. Gernon disse que havia "percebido a ocorrência de algo muito estranho. Em vez do céu azul e limpo que esperávamos no final do túnel, tudo parecia branco-acinzentado. Além disso, a visibilidade parecia ser de 3 quilômetros, mas não havia absolutamente nada para ver. Não havia oceano, horizonte ou mesmo céu, somente um nevoeiro cinza", disse ele.

Quando Gernon entrou em contato com o controle de tráfego aéreo de Miami para obter uma identificação de radar, o controlador disse não haver aviões aparecendo no radar entre as regiões de Miami, Bimini e Andros. Após vários minutos, Gernon ouviu o controlador dizer que um avião havia acabado de aparecer diretamente sobre Miami. Gernon não achou que poderia estar sobre Miami Beach, já que o tempo normal de viagem é de 75 minutos para chegar até lá e só tinham passado 47 minutos desde o início do incidente. Mas nesse mesmo momento, o túnel de névoa começou a se desfazer no que ele descreveu como tiras de neblina. E mais, os instrumentos começaram a operar normalmente e viram Miami Beach logo abaixo deles. E foi essa passagem de tempo, confirmada por seus relógios e pelo relógio do avião, que levou Gernon a acreditar que a neblina eletrônica possuía características que propiciavam relativas viagens no tempo.

O interessante é que Gernon passou por essa experiência mais uma vez enquanto voava com sua mulher e, muitos outros pilotos também tiveram experiências semelhantes ao sobrevoar a área. De acordo com Gernon, um cientista suíço descobriu que o magnetismo é mais fraco no triângulo do que em qualquer outro lugar da Terra, uma possível explicação para essa neblina ocorrer mais lá do que em qualquer outro lugar.

LISTAGEM DE EVENTOS (EM DESTAQUE OS MAIS MISTERIOSOS E CONHECIDOS):

1840 - Rosalie - embarcação francesa encontrada meses após o seu desaparecimento, na área do Triângulo das Bermudas, navegando com as velas recolhidas, a carga intacta, porém sem vestígios de sua tripulação.

1872 - Mary Celeste - embarcação desaparecida no mês de Novembro, com 10 tripulantes a bordo. Foi encontrado em Dezembro do mesmo ano, sem ninguém a bordo.

1880 - Atlanta - fragata britânica que desapareceu em Janeiro, com 290 pessoas a bordo.

1902 - Freya - embarcação alemã que ficou um dia desaparecida. Saiu de Manzanillo, em Cuba no dia 3 de outubro. Foi encontrada no dia seguinte, no mesmo local de onde havia saído, porém sem nenhuma pessoa a bordo: todos os tripulantes desapareceram.

1918 - Navio USS Cyclops. Foi a maior tragédia da Marinha americana fora de combate; embarcação carregada com 19.000 toneladas de aprovisionamentos para a Marinha Estadunidense, com 309 pessoas a bordo. O navio, que vinha do Rio de Janeiro, sumiu após deixar a Ilha de Barbados.Desapareceu a 4 de março em mar calmo, sem emitir aviso, mesmo dispondo de rádio. Na época ainda não se dava muita bola para a área do Triângulo.

1924 - Raifuku Maru - cargueiro japonês desaparecido. Chegou a pedir ajuda pelo rádio, mas nunca foi encontrado.

1932 - John and Mary - embarcação desaparecida em Abril. Foi encontrada posteriormente à deriva, a cerca de 80 quilômetros das ilhas Bermudas.

1940 - Gloria Colite - embarcação desaparecida em Fevereiro. Foi encontrada com tudo intacto, mas sem a tripulação.

1945 - Super Constellation - aeronave da Marinha Estadunidense desaparecida em 30 de Outubro, com 42 pessoas a bordo.

1945 - Cinco aviões Avenger - Um dos desaparecimentos mais famosos aconteceu em 5 de dezembro de 1945, quando o Vôo 19 – cinco aviões de bombardeiro da marinha Avanger – sumiram durante um exercício de treinamento - um caso para ser analisado à parte. Os 14 homens nunca mais foram vistos. Em uma das últimas transmissões, o comandante da esquadrilha disse que as bússolas não funcionavam...Sua história está no filme: Close Encounters of the Third Kind ( Contatos Imediatos de Terceiro Grau ), de Steven Spilberg, 1977, no qual a tripulação do Vôo 19 volta para a Terra em um OVNI.

1945 - Martin Mariner - hidroavião enviado na busca do Vôo 19, também desapareceu em 5 de dezembro, após 20 minutos de vôo, com 13 tripulantes a bordo.

1947 - C-54 - aeronave do Exército dos Estados Unidos, jamais foi encontrado.

1949 - Avião Star Ariel – Último contato 17 de janeiro de 1949. Esse avião de transporte sumiu com 37 pessoas a bordo quando fazia a rota Bermudas-Kingston (Jamaica). Pouco antes de desaparecer, o piloto afirmara que a visibilidade era ótima. Mais de 70 aviões e outras embarcações participaram das buscas, mas não acharam nenhum vestígio.

CONNEMARA IV - Desapareceu em setembro de 1955. Apareceu 640km distante das bermudas, também sem tripulação.

MARINE SULPHUR QUEEN - Cargueiro que desapareceu em fevereiro de 1963 sem emitir nenhum pedido de socorro.

WITCHCRAFT - Desaparecido em 24 de dezembro de 1967. Considerado um dos casos mais extraordinários do Triângulo. Tratava-se de uma embarcação que realizava cruzeiros marítimos. Estava amarrado a uma bóia em frente ao porto de Miami, Flórida, a cerca de 1600 metros do solo. Simplesmente desapareceu com sua equipe e um passageiro a bordo.

Grand Zenith - Petroleiro, afundou com pessoas e bens a bordo. Deixou uma grande mancha de petróleo que, pouco depois, também desapareceu.

Kaiyo Marus - Embarcação enviada pelo governo japonês, com o intuito de estudar o fenômeno no local, desapareceu com dezenas de cientistas a bordo, sem deixar pistas.

Um Cessna 172 é "caçado" por uma nuvem, o que resulta em funcionamento defeituoso de seus instrumentos, com conseqüente perda de posição e morte do piloto, como informaram os passageiros sobreviventes.

Um Beechcraft Bonanza voa para dentro de uma monstruosa nuvem cúmulo ao largo de Andros, perde o contato pelo rádio e logo recupera-o, quatro minutos depois, mas descobre que agora está sobre Miami, com mais vinte e cinco galões de gasolina do que deveria ter - quase exatamente a quantidade de gasolina que seria gasta pelo aparelho numa viagem Andros-Miami.

Um 727 da National Airlines fica sem radar durante dez minutos, tempo em que o piloto informa estar voando através de um leve nevoeiro. Na hora de aterrissar, descobre-se que todos os relógios a bordo e o cronômetro do avião perderam exatamente dez minutos, apesar de uma verificação da hora cerca de trinta minutos antes da aterrissagem.

Um avião da Eastern Airlines sofre uma tremenda sacudidela, uma perda de altitude, e aterrissa em local não programado. Tripulantes e passageiros verificam que seus relógios pararam na hora aproximada da sacudidela, e a fuselagem do avião mostra indícios de ter sofrido os efeitos de uma rajada de intenso calor ou eletricidade, capaz de derretê-la.

Um membro da tripulação do Queen Elisabeth II vê um avião em rota de colisão com seu navio, mas aquele desaparece no mar como se este se abrisse para ele.

Uma grande "Lua Nascente" emerge do oceano, sendo observada pelo pessoal da USS Josephus Daniels, destróier; o navio é forçado a mudar de curso e o diário de bordo é apreendido no porto.




TEORIAS
Muitas teorias foram dadas para explicar o extraordinário mistério.

TEMPESTADES SÚBITAS E RÁPIDAS - As águas quentes são propícias para a fformação súbita de tempestades. A área está sujeita a tempestades e mudanças climáticas violentas e inesperadas. Isso ode provocar ondas gigantes, como a que naufragou o USS Memphis, em 1916, matando 40 marinheiros. Já observaram ondas de até 30 metros de altura. Essas tempestades curtas e intensas podem se desenvolver e dissipar tão rapidamente que nem chegam a ser detectadas pelos satélites, formando trombas d'água capazes de destruir facilmente um avião ou navio passando pela área. Uma tromba d'água nada mais é do que um tornado que ocorre no mar e puxa a água da superfície do oceano até milhares de metros de altura. Também existem relatos de furações na região desde 1502. A Corrente do Golfo, onde o Triângulo se localiza, é extremamente rápida e turbulenta, podendo criar condições extremamente difíceis para a navegação, Já foi relatado que essa corrente pode se mover a velocidades superiores a 8 km/h em algumas áreas, o que é suficiente para desviar o curso de barcos em várias centenas de quilômetros se os tripulantes não fizerem a compensação correta. Outra coisa que essa velocidade de corrente pode fazer é limpar rapidamente qualquer evidência de um desastre. ! Destroços seriam arrastados para as profundezas do oceano com a ajuda da poderosa corrente do Golfo, uma das mais fortes correntes marítimas do mundo. Uma das explicações para a falta de vestígios dos aviões e navios desaparecidos é que a região possui abismos oceânicos, como a fossa de Porto Rico, que tem 8.648 m de profundidade. Como a área é uma das mais usadas por pilotos e marinheiros amadores, há uma probabilidade maior de ocorrerem acidentes e desaparecimentos. Mas tal teoria não esclarece os incidentes com aeronaves em tempo bom e com visibilidade total do horizonte.

Efeito da irregularidade da superfície do mar na Corrente do Golfo, captado pelo satélite Terra, da NASA, em 8 de abril de 2004.

ANOMALIA MAGNÉTICA – Uma das possíveis explicações para estes fenômenos são os distúrbios no campo magnético da Terra nesta região. Há uma diferença ente o Pólo norte magnético e o Pólo Norte geográfico da terra que pode chegar a 200. Uma das teorias para explicar as tragédias no Triângulo é que lá essa diferença entre os pólos sumiria, desorientando quem passa pela região. E pior, como os navios e aviões estariam fora de rota, ninguém saberia onde procurá-los, o que explicaria a falta de destroços.

LIBERAÇÃO DE GÁS METANO DO FUNDO DO OCEANO - Uma explicação para o misterioso desaparecimento de navios inteiros poderia ser as grandes bolsas de gás que são comuns no leito do mar nesta área. Quando o gás sobe para a superfície, ele dissolve na água, diminuindo a flutuação e causando o naufrágio de navios. Mas isso não explica os incidentes aéreos...

ABDUÇÕES E INTERCEPTAÇÕES EXTRATERRESTRES - Por se tratar de uma das áreas com a maior incidência de aparições de ÓVNIS (Objetos Voadores Não-Identificados) e OSNIS (Objetos Submersos Não-Identificados), não se admira que as abduções alienígenas tenham se tornado uma explicação popular para os desaparecimentos ocorridos no Triângulo das Bermudas.

PORTAIS DIMENSIONAIS - Vórtices da quarta dimensão (naturais ou artificiais – supostamente criados por formas inteligentes alienígenas) que entraria em funcionamento por alguns minutos apenas algumas vezes por ano. Nesses períodos, quem estivesse passando pelo lugar seria engolido pelo portal... Na região das Ilhas Bermudas existem muitos buracos azuis, que são literalmente buracos no solo oceânico. Encontrados em águas rasas, eles são escuros porque atingem de 100 a 200 metros de profundidade. Algumas pessoas pensam que os buracos azuis podem ter relação com (ou mesmo ser formados por) pontes de Einstein-Rosen (buracos de minhoca) que acreditam existir na área. Acredita-se até mesmo que eles sejam pontos de transporte para OVNIs vindos de outras dimensões. Para alguns místicos tais buracos seriam um portal que suga para outras dimensões aviões e navios que estejam passando por ali.

TÚNEL DO TEMPO – O pai da teoria, Bruce Gernon, diz que viu os instrumentos de seu avião endoidar duas vezes sobrevoando o Triângulo. Isso ocorria quando ele entrava numa misteriosa nuvem em forma de túnel. Ao sair dela, Bruce diz que havia percorrido um trajeto que levaria 75 minutos em 47 minutos. Ou seja, a estranha nuvem causaria falhas no espaço-tempo.

RUÍNAS DE ATLÂNTIDA – O famoso paranormal Edgar Cayce disse que a Atlântida já possuía muitas das tecnologias que julgamos modernas, incluindo uma arma letal de raios que teria destruído a cidade, ainda de acordo com Edgar. Há até os que dizem que os habitantes de lá eram uma raça alienígena proveniente do aglomerado estelar das Plêiades. Cayce previu que pesquisadores descobririam o limite ocidental da Atlântida perto da costa de Bimini, nas Bahamas, e eles realmente encontraram uma "estrada" de pedras no local em 1968, conhecido como "Estrada de Bimini". Não demorou para surgir a teoria de que cristais misteriosos nas ruínas da Atlântida teriam o poder de fazer aviões e navios sumir.

A "Estrada de Bimini", ou "Pedras de Atlântida", uma formação rochosa na costa da Ilha de Bimini, nas Bahamas. Síndrome do pânico na população sem motivo aparente.

Mar do Diabo
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Qui, 19 de Fevereiro de 2009 19:05
Zona lendariamente perigosa situada ao largo da costa sudeste do Japão, o Mar do Diabo seria o Triângulo das Bermudas do não menos imprevisível e destruidor Oceano Pacífico. O termo parece ter uma origem um tanto hiperbólica, baseada na perda de apenas nove embarcações, durante um período de cinco anos, no início da década de 50 do século passado, numa área de dimensões não especificadas, mas estendendo-se possivelmente até uma distância de 750 milhas das terras continentais. Oito das embarcações eram barcos de pesca (barcos mais susceptíveis de soçobrarem face à severidade dos fenômenos atmosféricos que se produzem sobre a superfície marinha). E destes, apenas um, levava a bordo um transmissor de rádio; já o nono, um navio de nacionalidade japonesa, e que transportava cientistas para o local de uma erupção vulcânica subaquática, não emitiu qualquer SOS, embora se ignore se o navio estava equipado com rádio.

Vinte anos mais tarde, um norte-americano descobriu que a expressão “Mar do Diabo” era desconhecida dos oficiais da Marinha do Japão, pelo que parece que a “lenda” do “Mar do Diabo” foi tecida a partir de várias notícias de jornais passíveis de interpretações errôneas e absurdas.

O Mar do Diabo, também chamado de Triângulo de Formosa, localiza-se na costa do Japão, em uma região do Pacífico nas proximidades da Ilha Miyake, a cerca de 177km ao sul de Tóquio. Assim como o Triângulo das Bermudas, o Mar do Diabo não aparece em nenhum mapa oficial, mas seu nome é utilizado por pescadores japoneses. Essa é uma área conhecida por desaparecimentos estranhos de navios e aviões.

Outra lenda diz que, assim como o Triângulo das Bermudas, o Mar do Diabo é a única outra área em que uma bússola aponta para o Norte real em vez do Norte magnético (vamos falar mais sobre isso depois).
Uma teoria popular diz que a atividade vulcânica ao redor da área, especialmente um vulcão submarino, poderia ser a causa dos desaparecimentos.

O Triângulo do Atlântico e o do Pacífico
Escritores vieram argumentar que o Triângulo das Bermudas (região do Oceano Atlântico, aonde aviões e navios foram vítimas da fúria dos fenômenos atmosféricos) teria o seu correspondente na costa leste e sudeste do Japão, o "Mar do Diabo", onde os desaparecimentos ocorreriam tão rápido que os navios em perigo sequer tinham tempo de pedir socorro.

Ora, como ocorreu no caso do Triângulo das Bermudas, especulou-se que por trás dos desaparecimentos estavam as anomalias magnéticas e gravitacionais do tempo-espaço, ou então seqüestradores extraterrestres, e até, segundo a absurda “teoria” proposta por Ivan T. Sanderson, uma raça submarina inteligente que habitava os oceanos do planeta Terra.

O zoólogo Ivan T. Sanderson, falecido em 1973, tinha publicado na revista "Saga", um artigo intitulado "Doze Cemitérios do Diabo ao Redor do Mundo", no qual vinha afirmar que, além do Triângulo das Bermudas, há no mundo outras 11 zonas onde ocorrem os “misteriosos” desaparecimentos. Consta que Sanderson e seus colaboradores examinaram farta documentação e estatísticas, e chegaram à conclusão de que a maioria dos fatos acontecidos ocorreu em 12 zonas, perfeitamente identificáveis e delimitadas. Entre elas está não somente o Triângulo das Bermudas, mas também seu equivalente, o "Mar do Diabo", localizado a Leste do Japão, entre Iwo Jima e a ilha Marcus.

O Triângulo das Bermudas ou o Triângulo maldito (na verdade um trapézio) está delimitado por um triângulo imaginário cujos vértices estão situados nas Bermudas, em Porto Rico e numa zona do Golfo do México, a oeste da Flórida, uma área de 3.900.000 quilômetros quadrados no Oceano Atlântico. Esta região tem um estigma de ser acometida por vários tipos de acontecimentos. Através dos anos centenas de barcos e aviões desapareceram nesta área do Oceano Atlântico, que se destaca pela forte presença ufológica. A área pode ter recebido esse nome por causa de sua extremidade que fica próxima à Bermuda, que já foi conhecida como a “Ilha dos Demônios”. Nas redondezas desse país, há recifes traiçoeiros que encalham barcos que navegam nas proximidades.
Em quase todos os relatos de mistério que cercam o Triângulo das Bermudas, você vai ouvir algum tipo de menção ao fato de que ele é um dos dois lugares da Terra (o outro é o Mar do Diabo, na costa do Japão) em que os ponteiros da bússola apontam para o Norte real em vez do Norte magnético. E há teorias que dizem que este é o motivo das bússolas não funcionarem e aviões e navios saírem de seus rumos nesses lugares. Defeitos nos instrumentos são comuns na superfície marítima do Triângulo. Pilotos de pequenas e grandes embarcações, assim como os de aeronaves comerciais falam de freqüentes mudanças de navegação por bússolas desorientadas, a ponto de isto ter se tornado uma piada entre profissionais.
De 1800 a 1976 foram computadas pesadas perdas de aviões e navios na área e que não deixam rastros ou sobreviventes: 143 sumiram sem deixar traços de óleo, destroços ou corpos flutuando. Alguns traçam o mistério até Colombo. Alguns relatórios dizem que até 100 navios e aviões desapareceram na área, com mais de mil vidas perdidas. A guarda costeira dos EUA, no entanto, alega que a área não tem um número incomum de incidentes.
Barcos eram encontrados abandonados pela tripulação, com a sua carga intacta e por vezes com a comida ainda quente nas mesas, e algumas vezes com a exclusiva presença de um animal de estimação: um gato, um cachorro, um pássaro.
Aviões também desapareciam misteriosamente sem deixar rasto e por vezes poucos minutos depois de terem estabelecido contacto informando que tudo estava bem. Em terra, estranhos fenômenos aconteciam.
A expressão “Triângulo das Bermudas” foi inventada por Vincent H. Gaddis, escritor e investigador que se especializou nos fenômenos inexplicados, misterioso e insólitos, para demarcar uma zona onde estranhos acontecimentos têm acontecido. Ele é autor de numerosos livros, entre os quais Invisible Horizons, publicado nos Estados Unidos em 1965. Nessa obra, o autor consagra um capítulo inteiro ao Triângulo das Bermudas, empregando assim, pela segunda vez, uma expressão forjada por ele em 1964 para um artigo com o nome de “O letal Triângulo das Bermudas”, publicado na revista Argosy, onde listava vários desaparecimentos na área, sugerindo que havia algo de sobrenatural por lá. Estava criada a lenda…. Mas foi depois da publicação do livro O Triângulo das Bermudas de Charles Bertlitz (1974) que os eventos foram conhecidos através da imprensa de uma forma mais abrangente.
Em 1975, Mary Margaret Fuller, editora da revista “Fate“, entrou em contato com a Lloyd, de Londres, para saber as estatísticas de pagamentos de seguros por incidentes que haviam ocorrido dentro dos limites do Triângulo. Ela descobriu que, de acordo com os registros da Lloyd, 428 navios sumiram no mundo todo entre 1955 e 1975, não havendo nenhuma incidência maior de eventos no Triângulo das Bermudas do que no resto do mundo. Gian J. Quasar, autor de “Into the Bermuda Triangle: pursuing the truth behind the world’s greates mystery” (Dentro do Triângulo das Bermudas: em busca da verdade por trás do maior mistério do mundo) e diretor do Bermuda-triangle.org, alega que esse relatório “é completamente falso”. Ele diz que devido ao fato da Lloyd não segurar veículos pequenos como iates e normalmente não oferecer seguros para pequenos barcos alugados ou aviões particulares, seus registros não podem ser levados totalmente em consideração. Além disso, ele também diz que os registros da guarda costeira, publicados anualmente, não incluem “navios desaparecidos”. Ele solicitou os dados sobre “veículos marítimos que não retornaram” e recebeu (após 12 anos solicitando) registros de 300 barcos desaparecidos/atrasados nos dois anos anteriores. E não se sabe se estes embarcações acabaram retornando. Sua página na internet possui a lista destas embarcações (em inglês).
O mistério do Triângulo provavelmente começou com o primeiro desaparecimento a tomar um bom espaço na mídia, em 1945, quando cinco aviões Avengers da marinha norte-americana desapareceram na área. Embora o motivo do desaparecimento originalmente tenha sido definido como “erro do piloto”, os familiares do piloto que liderava a missão não aceitaram que ele havia cometido aquele tipo de erro e acabaram convencendo a marinha a mudar o veredicto para “causas ou razões desconhecidas”.

Um dos desaparecimentos mais famosos aconteceu em 5 de dezembro de 1945,
quando o Vôo 19 – cinco aviões de bombardeiro da marinha Avanger.

Conforme mais incidentes iam ocorrendo, a reputação do lugar aumentava e eventos antigos eram analisados novamente e somados à lenda.
Existem mais onze regiões no mundo, todas situadas a igual distância umas das outras, onde a gravitação e o magnetismo fazem das suas, alterando o espaço e o tempo: entre Marrocos e Algéria, Planalo do Irã, Pacífico Norte, Polo Norte e o Mar do Diabo (Japão-Filipinas); ao sul temos Ilhas Caledônias, no mar Índico temos a região entre Madagascar e Moçambique, Ilhas Tubudi no Pacífico Sul, Ilha de Páscoa e a nossa ensolarada Cabo Frio… O segundo mais famoso sendo o chamado de mar do Diabo, no Japão (agora conhecido como Triângulo do Diabo).


Alguns oficiais e comandantes afirmam que sentem uma sensação de estranheza e que a visão do mar os engana, os fazendo crer que não há terra sob a nave, ou que o aspecto do oceano muda de cor, ou que não distinguem o horizonte, ou seja, não observam a habitual linha divisória entre o mar e o céu, mas sim um nevoeiro esbranquiçado ou mesmo verde.

Sobre esse estranho nevoeiro há o relato de Rob MacGregor e Bruce Gernon, autores de “The Fog: A Never Before Published Theory of the Bermuda Triangle Phenomenon” (A Neblina: uma teoria jamais publicada sobre o fenômeno do Triângulo das Bermudas), que traz relatos de uma “neblina eletrônica” que ambos viram ao voar sobre o Triângulo. Em 4 de dezembro de 1970, Gernon e seu pai voavam para Bimini em um céu claro quando viram uma nuvem estranha com extremidades quase que perfeitamente arredondadas pairando sobre a costa da Flórida. E conforme voaram sobre ela, a nuvem começou a se espalhar, igualando ou até ultrapassando a velocidade deles. A 3.505 metros de altura, acharam que haviam escapado da “nuvem”, mas acabaram descobrindo que ela havia formado um túnel, e a única possibilidade de fuga parecia ser passar por esse túnel. E quando estavam lá dentro, viram linhas nas paredes que giravam no sentido anti-horário, os instrumentos de navegação ficaram descontrolados e a bússola também passou a girar no sentido anti-horário. Gernon disse que havia “percebido a ocorrência de algo muito estranho. Em vez do céu azul e limpo que esperávamos no final do túnel, tudo parecia branco-acinzentado. Além disso, a visibilidade parecia ser de 3 quilômetros, mas não havia absolutamente nada para ver. Não havia oceano, horizonte ou mesmo céu, somente um nevoeiro cinza“, disse ele.


Quando Gernon entrou em contato com o controle de tráfego aéreo de Miami para obter uma identificação de radar, o controlador disse não haver aviões aparecendo no radar entre as regiões de Miami, Bimini e Andros. Após vários minutos, Gernon ouviu o controlador dizer que um avião havia acabado de aparecer diretamente sobre Miami. Gernon não achou que poderia estar sobre Miami Beach, já que o tempo normal de viagem é de 75 minutos para chegar até lá e só tinham passado 47 minutos desde o início do incidente. Mas nesse mesmo momento, o túnel de névoa começou a se desfazer no que ele descreveu como tiras de neblina. E mais, os instrumentos começaram a operar normalmente e viram Miami Beach logo abaixo deles. E foi essa passagem de tempo, confirmada por seus relógios e pelo relógio do avião, que levou Gernon a acreditar que a neblina eletrônica possuía características que propiciavam relativas viagens no tempo.
O interessante é que Gernon passou por essa experiência mais uma vez enquanto voava com sua mulher e, muitos outros pilotos também tiveram experiências semelhantes ao sobrevoar a área. De acordo com Gernon, um cientista suíço descobriu que o magnetismo é mais fraco no triângulo do que em qualquer outro lugar da Terra, uma possível explicação para essa neblina ocorrer mais lá do que em qualquer outro lugar.


Os triângulos mortais do Pacífico e Africa do Sul
Pode existir relação entre os planos das naves submarinas e as naves aéreas?

Naquele ano de 1965 foi produzida a maior onda de visões e foi precisamente com a "oposição" ou minima distância entre Marte e a Terra, que se produziu no dia 12 de março.

Os triângulos "mortais" do Pacífico e Africa do Sul

A "zona perigosa" do Pacífico Norte se encontra formando o vértice de um triângulo imaginário cujos restantes vértices seriam as costas da Califórnia, pelo Leste, e as ilhas Aleutianas, pelo Noroeste.



Muito próximo das ilhas Aleutianas, que pertencem administrativamente ao Alaska, existe uma grande fossa marinha de grande profundidade, e além disso esta cadeia de pequenas ilhas possui inúmeros vulcões, alguns deles contudo em atividade.

Uma zona de fratura que apresenta grande atividade vulcânica e grandes fossas marinhas, parecida à zona do Mar do Diabo, no Japão, que em seguida vamos conhecer.

Um caso das misteriosas águas do Pacífico: em março de 1945, 14 marinheiros norte-americanos do transporte "Delarof ', da US Navy, viram sair do mar uma esfera de cor escura que, depois de dar uma volta ao redor do barco, se afastou voando.

Quanto à zona do Pacifico Sul, por estar longe das linhas de navegação regular, pouco se sabe acerca do que ali está ocorrendo.

Existe alguma relação com a ilha de Páscoa?

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O que é certo é que para o norte desta zona, aos 27° 30' de latitude sul, se encontra a ilha de Páscoa.

Já foi assinalado sobre a ilha de Páscoa a existência de graves perturbações magnéticas que produziam anomalias nos aparelhos eletrônicos dos barcos e que estão destacadas em todas as cartas marítimas.

OVNIS no sul da África

Transferindo-se a outras águas, as da África do Sul, na República do Sul da África, vem sendo produzidas inúmeras observações de OVNIS e muitos casos de "aterrissagens".

Sem dúvida, uma das mais conhecidas foi a observação de dois oficiais do exército sulafricano. No dia 23 de maio de 1952, as autoridades militares assinalaram, por seis vezes consecutivas, que uma estranha nave havia sobrevoado a peninsula do Cabo a uma velocidade de 2.000 quilômetros por hora e a uma altitude que oscilava entre 1.500 e 4.000 pés. O objeto, que foi detectado pelos oficiais já mencionados, no radar, não pôde ser visto no céu.

Segundo um despacho procedente de Pretoria, um porta-voz dos Serviços Sulafricanos da Defesa Nacional manifestou:

"Possuimos descrições precisas de um fenômeno visto por oficiais experientes, adestrados para imaginar engenhos teledirigidos que se deslocam a grande velocidade".

Com respeito aos casos de "aterrissagem" de naves espaciais, serve como exemplo o incidente produzido em 15 de setembro de 1965, na localidade de Silverton. Dois policiais que patrulhavam na estrada entre Pretoria a Bronkhorstspruit descobriram um disco de cor cobreado e aproximadamente 10 metros de diâmetro, que estava posado em plena estrada.

Alguns segundos depois da chegada dos policiais ante o aparelho, este decolou em grande velocidade em meio de grandes labaredas.

Casos similares são produzidos, quase continuamente, nos 12 "Triângulos da Morte", que balizam o planeta. Pouco se sabe ainda do que realmente está ocorrendo no espaço exterior, aéreo e no interior, marítimo, de nosso planeta.

No entanto, cada dia são mais numerosos os investigadores e autores sobre o fenômeno, apesar do sistemático silêncio oficial que se pratica em quase todos os paises.

Descontruindo o Mistério


1.Introdução
2.Construindo o Mistério
3.As Teorias
4.Descontruindo o Mistério
5.Conclusão

O livro "The Bermuda Triangle Mystery - Solved" (O Mistério do Triângulo das Bermudas - Solucionado) de Lawrence David Kusche, lançado quase simultaneamente com o livro de Berlitz é até hoje a obra definitiva para desconstruir o mito do Triângulo das Bermudas. Se Berlitz fundou o mistério, Kusche o trouxe abaixo.

Kusche investigou cuidadosamente cada um dos casos relacionados ao Triângulo das Bermudas, confrontando as histórias popularizadas por Berlitz com os documentos históricos e relatórios da Marinha e da Guarda Costeira.A conclusão de Kusche é que o que não foi completamente inventado por Berlitz foi no mínimo exagerado.

Por exemplo, muitos dos desaparecimentos creditados por Berlitz ao Triângulo das Bermudas nem mesmo ocorreram em seu interior. Este é o caso do Freya, que Berlitz afirma ter afundado no Triângulo mas que na verdade foi abandonado no Pacífico em 1902 e do Globemaster, que na realidade afundou na costa da Irlanda em 1951. Outros realmente cruzaram o Triângulo das Bermudas mas não se pode afirmar com segurança que desapareceram nele. Este é o caso do Atlanta, navio que, a rigor, pode ter desaparecido em qualquer lugar entre as Bermudas e a Inglaterra e do Star Ariel, que poderia muito bem ter afundado próximo à Jamaica. Segundo Kusche, se você marcar todos os desparecimentos atribuídos ao Triângulo das Bermudas em um globo verá que o Triângulo abrange quase todo o norte do Oceano Atlântico. O mágico e desbaratador de mistérios James Randi, fez ainda melhor em seu livro Flim Flam - Médiuns, ESP, Unicórnios e outros delírios: marcou em um mapa os mais misteriosos casos atribuídos ao Triângulo das Bermudas. Veja o resultado e tire suas conclusões:



Quanto aos desaparecimentos que realmente ocorreram dentro da região delimitada pelo Triângulo das Bermudas, Kusche mostrou que eles se tornam muito menos misteriosos quanto se conhece os importantes "detalhes" geralmente omitidos por Berlitz e outros autores e quando se despe as histórias de seus floreios rocambolescos que ajudam mais a vender livros do que a descobrir a verdade. Acompanhe a seguir.

Esclarecendo o mistério do Vôo 19
O tenente instrutor Charles Carroll Taylor, comandante do Vôo 19, era um piloto experiente com mais de 2500 horas de vôo, mas que acabara de ser transferido para Fort Lauderdale. Alem de não conhecer a região das Bermudas, Taylor já tinha ficado perdido em outras missões e certa vez levara dois aviões a fazerem um pouso forçado no Oceano Pacífico. É bom lembrar que voar naquela época, sem GPS e sofisticados computadores de bordo, era uma tarefa muito mais difícil. O piloto precisava estar todo o tempo atento à bússola e à velocidade do avião, medindo o tempo de vôo com um relógio para que pudesse calcular sua posição. Quando perdido, era preciso pedir socorro pelo rádio e tentar localizar um ponto proeminente no relevo, o que é presumivelmente bastante difícil em pleno oceano ou com clima adverso.

O plano da missão do Vôo 19 determinava que a patrulha saísse de Fort Lauderdale e, depois de um exercício de treinamento sobre as ilhas Hens and Chickens Shoals, retornasse à base seguindo a trajetória triangular indicada pela linha pontilhada da figura 1. As gravações das comunicações entre os aviões e a base mostram que em algum ponto do vôo Taylor descobriu-se perdido e se convenceu de que voava sobre as ilhas Florida Keys, distantes centenas de quilômetros dali, no Golfo do México. A partir daí todas as decisões que tomou foram baseadas nesta premissa.

Mas o que levou Taylor a cometer um erro tão grosseiro? Acredita-se hoje que logo após o exercício, empurrado para o norte pelo vento, os pilotos não foram capazes de ver a ilha Cistern Cay, que deveriam usar como referência do vértice de sua rota. Em vez disso confundiram-na com a Great Abaco, muitos quilômetros à frente (figura 2) e só aí mudaram de rota, seguindo para o norte. Se estivesse na rota certa Taylor deveria cruzar com a Grand Bahama à sua frente, mas em vez disso via uma grande extensão de terra que parecia ser a Bahama à sua direita. Isso o levou a concluir que as duas bússolas do seu avião estavam quebradas.




A sequência de imagens mostra a hipótese mais provável para o fato do piloto do Vôo 19 ter ficado perdido.

Ao atingir o norte da Great Abaco e mudar novamente de rota Taylor parece ter confundido a sucessão de ilhotas que via à sua direita com a formação muito similar das ilhas Florida Keys (figuras 3 e 4).

Acreditando estar no Golfo do México (figura 5), Taylor mudou o rumo do vôo diversas vezes em busca de terra firme, ignorando os avisos de seus subordinados e as instruções da base em Fort Lauderdale, conduzindo a esquadrilha cada vez mais distante da costa e para fora do alcance do rádio (figura 6).

Durante todo este tempo a comunicação com o Vôo 19 foi seriamente prejudicada pelas transmissões cubanas e pelo mau tempo que se aproximava. Mesmo assim Taylor ignorou teimosamente os repetidos pedidos da base para passar o rádio para a frequência de emergência (3000 kHz). Aparentemente Taylor temia que os outros pilotos não fossem capazes de se manter na mesma frequência e a esquadrilha não conseguisse permanecer unida. Tivesse trocado a frequência e Taylor poderia não só ter obtido um sinal livre da estática produzida pela rede cubana, como contado com ajuda mais ampla, já que todas as estações em terra estavam equipadas com a frequência de emergência mas poucas delas podiam utilizar a frequência militar reservada.



Depois de horas voando a esmo sob o tempo cada vez pior, finalmente veio a noite. Já sem combustível, os cinco aviões não tiveram outra alternativa a não ser arremeter na escuridão contra o oceano crispado pelos fortes ventos. Mesmo que os pilotos pouco experientes conseguissem realizar um pouso bem sucedido em tais condições, o TBM Avenger não era projetado para flutuar e afundaria rapidamente nas águas geladas, a centenas de quilômetros da região onde se desenrolava a maior operação de busca da história.

Kusche alega que o relatório final da Marinha concluía pela responsabilidade de Taylor no acidente, mas este foi modificado em consideração à família do piloto. Seja como for, o fato é que uma série de circunstâncias colaboraram para o acidente: o fato de que os aviões não estavam equipados com relógios (e Taylor não ter levado um relógio de pulso), a recepção ruim dos rádios dos aviões agravada pela opção de Taylor em não usar o rádio de emergência, a demora da Força Aérea, que só lançou mão dos aviões de resgate quando o vôo estava irremediavelmente fora de alcance, a extrema disciplina dos aviadores-alunos que permaneceram fiéis ao seu comandante mesmo quando estava bastante claro que ele os estava levando na direção errada, o fato do Vôo 19 ser o último vôo programado para aquele dia e, logicamente, o mau tempo.

Quanto ao avião enviado no resgate do Vôo 19 que desapareceu tão misteriosamente quanto ele, o mais provável é que tenha explodido em pleno vôo alguns minutos após a decolagem. O Martin Mariner tinha o apelido de "Tanque de Óleo que Voa" devido ao escapamento de gases em seu interior. Nas condições certas, bastaria um cigarro aceso para provocar uma explosão. De fato diversas testemunhas relataram terem visto o que pareceu uma explosão no céu na mesma posição do radar no qual o hidroavião desapareceu e vestígios de óleo na água foram encontrados no local.

Os outro casos
No mesmo dia do desaparecimento do Sulphur Queen, turistas na costa de Cuba relataram um forte cheiro acre que poderia ser atribuído a carga de enxofre do Sulphur Queen. Baseado em relatórios que apontavam para problemas estruturais naquele tipo de cargueiro, a guarda costeira apontou como uma das prováveis causas do acidente um vazamento súbito de gás, que teria impedido a tripulação de pedir socorro pouco antes de uma explosão. Bem ao contrário do que escreveu Berlitz em seu livro, vários destroços foram encontrados, como mostra a foto abaixo. Já o fato de que nenhum corpo foi encontrado não é surpresa, considerando-se que a área do acidente é infestada de tubarões.


Ao contrário do que afirmou Berlitz, o Sulphur não desapareceu sem deixar vestígios.

Já o DC-3, desaparecido a 50 milhas de Miami após um contato normal com a torre, tinha relatado problemas com suas baterias. Em vez de recarregar as baterias no solo, o piloto preferiu partir sem demora e recarregá-las durante o vôo. Não se sabe ao certo o que aconteceu, mas a comissão que investigou o acidente suspeita que logo após sua última comunicação o DC-3 teve uma pane elétrica que deixou fora de operação o rádio e as bússolas automáticas. Sem rádio, o piloto não pode ser avisado do mau tempo que se aproximava. Voar em condições de clima adverso sem rádio e sem bússolas é uma boa maneira de ficar perdido.

Para os outros desaparecimentos que ocorreram no Triângulo das Bermudas e para aqueles que certamente ocorrerão, a Guarda Costeira americana tem pronta a mais pragmática das repostas (diga-se de passagem que o texto é a mesmo há mais de 30 anos):

"A Guarda Costeira não se impressiona com causas sobrenaturais para acidentes no mar. Faz parte da sua experiência reconhecer que as forças combinadas da natureza com a imprevisibilidade do homem superam a mais imaginativa ficção científica muitas vezes por ano."

Por fim, o golpe de misericórdia no mito: se o Triângulo das Bermudas fosse realmente uma área tão temerária à navegação e o número de acidentes ali, causados pelo clima, alienígenas ou outra coisa qualquer, fosse maior do que o de outras regiões de grande tráfego naval, as seguradoras cobrariam tarifas maiores sobre os navios que circulam na região. Mas isso não acontece. Contactada em 2000 a Lloyd`s of London declarou que não são cobrados valores maiores para os navios que circulam no Triângulo das Bermudas.

O Mar do Diabo
Algumas pessoas acreditam que o Triângulo das Bermudas não é o único lugar do mundo em que navios desapareceram em condições misteriosas. Muitos dizem que uma região à sudeste do Japão, conhecida por Mar do Diabo guarda sinistras semelhanças com a região das Bermudas, sendo tão temida pelos marinheiros quanto sua contra parte no oceano Atlântico.

O Mar do Diabo despontou no circuito paranormal depois do desaparecimento do navio de pesquisas Kaiyo Maru, em 1952. O Kaiyo Maru e seus 22 tripulantes, incluindo 9 cientistas japoneses, havia sido enviado para observar a erupção de um vulcão submarino no Pacífico quando desapareceu, provavelmente atingido pelas ondas violentas provocadas pela erupção. Três anos mais tarde um outro navio, o Shihyo Maru, perdeu o contato por rádio durante dez dias. A história terminou bem - o Shihyo Maru retornou são e salvo - mas nesse meio tempo o New York Times noticiou que "os pescadores da região (em que o Shyhyo Maru navegava) mencionavam que era como se o Diabo espreitasse à costa". E assim nascia a lenda do temível Mar do Diabo.

Pode-se dizer que o Mar do Diabo só sobrevive hoje às custas do Triângulo das Bermudas. Ao contrário deste, os únicos incidentes estranhos atribuídos ao Mar do Diabo aconteceram entre 1950 e 1954. Nada mais foi capaz de suscitar a fértil imaginação sobrenatural nos 30 anos seguintes. O pior é que ninguém avisou aos japoneses sobre o Mar do Diabo. Kusche contactou diversas agências e organizações japonesas e parece que ninguém jamais ouviu falar no Mar do Diabo por lá. Ironicamente, quem mais alimentou o mito do Mar do Diabo durante todos esses anos foi a própria Guarda Costeira americana. Como se não já não bastasse tentar atribuir os desaparecimentos no Triângulo das Bermudas à trivial declinação magnética, por mais de trinta anos a Guarda Costeira manteve que:
A área conhecida por Mar do Diabo pelos pescadores japoneses e filipinos, também exibe as mesmas características magnéticas. A região também é conhecida pelos misteriosos desaparecimentos.

Ou seja, ao tentar desfazer um mito fizeram outro...

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