quinta-feira, 2 de setembro de 2010

MOSSAD

Mossad (Ha-Mōśād le-Mōdī`īn ū-le-Tafqīdīm Meyūhadīm - O Instituto para Inteligência e Operações Especiais, hebraico: המוסד למודיעין ולתפקידים מיוחדים) é o serviço secreto do governo de Israel, com sede em Tel Aviv. Entre suas funções está o contraterrorismo e a espionagem.
O Mossad foi formado em 13 de dezembro de 1949, a partir do Instituto Central de Coordenação e do Instituto central de Inteligência e Segurança. É um serviço civil que depende directamente do Primeiro-Ministro e não usa comandantes militares, mas uma grande parte já prestou serviços no Exército de Israel, como parte integrante do recrutamento obrigatório. Tem os seus quartéis-generais a norte de Tel Aviv e conta com 8 departamentos.
Principais operações

O Mossad já ganhou há muito tempo o status de uma agência de inteligência de extrema eficácia; entre as suas operações mais noticiadas são:
A obtenção do discurso secreto em que Nikita Khrushchov condenava Josef Stalin (1956).
O sequestro, com a colaboração do caçador de nazistas Simon Wiesenthal , do criminoso de guerra nazista Adolf Eichmann , sequestrado na Argentina e levado secretamente para Israel, onde foi sentenciado a morte por enforcamento (1962).
A operação Cólera de Deus, cujo objetivo era eliminar os responsáveis pelo Massacre de Munique nos Jogos Olímpicos de 1972.
Rapto de Mordechai Vanunu, que relatara à imprensa inglesa sobre o programa nuclear secreto de Israel, em 1986.
Proporcionar informações para operações militares israelenses ousadas, a milhares de quilômetros de distância, como por exemplo a Operação Thunderbolt (Trovão) (que mais tarde se tornou Operação Yonatan, em homenagem ao Tenente-Coronel Yonatan Netanyahu da Sayeret Matkal , falecido nesta operação), que foi o resgate de reféns no aeroporto de Entebbe, Uganda, a 4 de Julho de 1976.
Fornecimento de informações para a Operação Ophra, realizada em 7 de junho de 1981, que resultou na destruição do reator nuclear Osirak, no Iraque.
Fornecimento de informações sobre posicionamento de tropas, armas e bunkers sírios durante a Guerra dos Seis Dias em 1967, obtidas pelo já então falecido espião Eli Cohen.
Assistência na Operação Moisés, resgate de judeus etíopes do Sudão em novembro de 1984.
[editar]Diretores do Mossad

1951-1952 Reuven Shiloaj
1952-1963 Iser Har`el
1963-1968 Meir Amit
1968-1974 Zvi Zamir
1974-1982 Yitzjak Jofi
1982-1990 Najum Admoni
1990-1996 Shabtai Shavit
1996-1998 Dani Yatom
1998-2003 Efraim Halevi
2003- atual Meir Dágan
[editar]Mossad na cultura popular

Munique - Filme que retrata a Operação Ira de Deus, ou Cólera de Deus, subsequente ao assassinato de atletas israelenses em 1972
O Último Rei da Escócia - Filme onde é retratada a Operação Jhonatan, que aconteceu em Uganda.
O Jardineiro Fiel - Em curto diálogo entre os personagens principais do filme: -Tessa Quayle: "Eu pensava que seus espiões sabiam de tudo, Tim." - Tim Donohue: "Somente Deus sabe de tudo, e ele trabalha para o Mossad."
Vitória em Entebbe - Filme de 1976 dirigido por Marvin J. Chomsky, narra o seqüestro de um avião da Air France pela OLP, devido ao grande número de passageiros judeus e israelenses. Os terroristas desviam o vôo para Uganda, onde Idi Amin Dada tenta exercer um papel de mediador neutro enquanto os israelenses preparam e executam um operação de resgate, que resulta na morte de alguns reféns.
Daniel Silva, escritor norte-americano, tem uma série protagonizada por Gabriel Allon, ex-agente da Mossad. Entre os títulos encontram-se O Assassino Inglês(2002) e o novo The Defector (2009).
NCIS - Série de televisão norte-americana, possui como um dos personagens principais a agente especial Ziva David, que é uma agente do Mossad alocada ao NCIS.

Mossad realiza atividades de espionagem ao redor do mundo desde 1949

Guila Flint
De Tel Aviv para a BBC Brasil

A maioria das ações do grupo não é confirmada nem negada por Israel

O Mossad, cujo nome completo em hebraico é Instituto de Inteligência e Operações Especiais, é a organização israelense paralela à CIA, um serviço de inteligência que atua em diversas partes do planeta, especialmente em atividades de espionagem.

A organização foi fundada em 1949, um ano após a criação do Estado de Israel, e seu primeiro diretor foi Reuven Shiloah.

O atual diretor do Mossad, Meir Dagan, é um ex-oficial do Exército israelense que atuou nos serviços de inteligência do Exército. Em 2002, Dagan foi convidado pelo ex-primeiro ministro Ariel Sharon para dirigir o Mossad, que é diretamente subordinado ao premiê.

Segundo a imprensa israelense, o atual primeiro-minisstro, Binyamin Netanyahu, considera a atuação de Dagan bem-sucedida e resolveu prolongar sua gestão.

A ação mais conhecida do Mossad, e publicamente reconhecida pela organização, foi a captura do criminoso de guerra nazista Adolf Eichmann, na Argentina, em 1960. Eichmann foi levado a Israel, julgado e condenado à pena de morte.

Ações

A maioria das ações do Mossad não é confirmada nem negada pelas autoridades israelenses. No entanto, são atribuídos ao Mossad dezenas de assassinatos de dirigentes e militantes de grupos palestinos e libaneses.

A lista inclui:

- Wadie Hadad, chefe do braço armado da Frente Popular pela Libertação da Palestina, assassinado na Alemanha Oriental em 1978;

- Fathi Shkaki, lider do grupo Jihad Islâmico, assassinado em Malta em 1995;

- Abbas Mussawi, líder do Hezbollah, assassinado em Beirute em 1992;

- Khalil al-Wazir, líder e fundador do Fatah, também conhecido pelo apelido de Abu Jihad, assassinado na Tunísia em 1988.

Os episódios mais recentes atribuídos ao Mossad são os assassinatos do líder do Hezbollah, Imad Mughnyiah, em Damasco, em 2008; do físico nuclear iraniano Masud Ali Mohammadi, em Teerã, em janeiro de 2010; e o recente assassinato do líder do Hamas, Mahmoud al-Mabhouh, em Dubai, em 20 de janeiro de 2010.

Ao longo dos anos, o Mossad também investiu muitos esforços em atividades de espionagem nos países árabes.

O caso mais conhecido foi o do agente Eli Cohen, que conseguiu se infiltrar nas mais altas esferas do regime sírio e chegou a ser nomeado assessor do ministro da Defesa da Síria.

Em 1965, a verdadeira identidade de Cohen foi exposta, e ele foi condenado à morte e enforcado em praça pública em Damasco.

Métodos

Segundo analistas para assuntos de inteligência, o Mossad tem métodos "típicos" de atuação, principalmente relacionados à segurança dos agentes e ao sigilo das operações.

Quando as operações são realizadas em grupo, os agentes do Mossad viajam em voos separados e se hospedam em hotéis diferentes.

Os agentes geralmente usam telefones celulares por satélites, que são mais difíceis de grampear, pagam suas despesas com dinheiro vivo - e não com cartões de crédito - e costumam utilizar vários tipos de disfarces e maquiagens para dificultar a identificação.

O Mossad ganhou fama de ser uma organização altamente profissional na área de espionagem principalmente graças a filmes e livros que dramatizam a atuação de seus agentes, incluindo o filme Munique, de Steve Spielberg, e Caçada a um criminoso, com o ator Robert Duvall.

Mossad
The Institute for Intelligence and Special Tasks
[ha-Mossad le-Modiin ule-Tafkidim Meyuhadim]

Mossad [Hebrew for “institute”] has responsibility for human intelligence collection, covert action, and counterterrorism. Its focus is on Arab nations and organizations throughout the world. Mossad also is responsible for the clandestine movement of Jewish refugees out of Syria, Iran, and Ethiopia. Mossad agents are active in the former communist countries, in the West, and at the UN.

Mossad is headquartered in Tel Aviv. The staff of Mossad was estimated during the late 1980s to number between 1,500 to 2,000 personnel, with more recent estimates placing the staff at an estimated 1,200 personnel. The identity of the director of Mossad was traditionally a state secret, or at least not widely publicized, until in March 1996 the Government announced the appointment of Major General Danny Yatom as the replacement for Mossad Director Shabtai Shavit, who resigned in early 1996. Danny Yatom (1996-1998) was succeeded by Ephraim Halevy (1998-2002). In September 2002, Meir Dagan was designated the new Mossad director.

Formerly known as the Central Institute for Coordination and the Central Institute for Intelligence and Security, Mossad was formed on 01 April 1951. Mossad was established by then Prime Minister David Ben Gurion, who gave as Mossad's primary directive: "For our state which since its creation has been under siege by its enemies. Intelligence constitutes the first line of defence...we must learn well how to recognise what is going on around us."

Mossad has a total of eight departments, though some details of the internal organization of the agency remain obscure.

Collections Department is the largest, with responsibility for espionage operations, with offices abroad under both diplomatic and unofficial cover. The department consists of a number of desks which are responsible for specific geographical regions, directing case officers based at "stations" around the world, and the agents they control. Beginning in 2000, the Mossad undertook an advertising campaign to promote recruitment of collection officers. See a June 2001 recruiting poster here. A flash version of the recruiting ad, published September 2002, may be viewed here.
Political Action and Liaison Department conducts political activities and liaison with friendly foreign intelligence services and with nations with which Israel does not have normal diplomatic relations. In larger stations, such as Paris, Mossad customarily had under embassy cover two regional controllers: one to serve the Collections Department and the other the Political Action and Liaison Department.
Special Operations Division, also known as Metsada, conducts highly sensitive assassination, sabotage, paramilitary, and psychological warfare projects.
LAP (Lohamah Psichologit) Department is responsible for psychological warfare, propaganda and deception operations.
Research Department is responsible for intelligence production, including daily situation reports, weekly summaries and detailed monthly reports. The Department is organized into 15 geographically specialized sections or "desks", including the USA, Canada and Western Europe, Latin America, Former Soviet Union, China, Africa, the Maghreb (Morocco, Algeria, Tunisia), Libya, Iraq, Jordan, Syria, Saudi Arabia, the United Arab Emirates and Iran. A "nuclear" desk is focused on special weapons related issues.
Technology Department is responsible for development of advanced technologies for support of Mossad operations. In April 2001, the Mossad published a "help wanted" ad in the Israeli press seeking electronics engineers and computer scientists for the Mossad technology unit.
About Us
The Institute for Intelligence and Special Operations, otherwise known as the Mossad, has been appointed by the State of Israel to collect information, analyze intelligence, and perform special covert operations beyond its borders.

"Where no counsel is, the people fall, but in the multitude of counselors there is safety"
Proverbs XI/14.

Over the years, the Mossad has expanded into many fields, the most prominent of which are:
Covert intelligence gathering beyond Israel’s borders.
Preventing the development and procurement of non-conventional weapons by hostile countries.
Preventing terrorist acts against Israeli targets abroad.
Developing and maintaining special diplomatic and other covert relations.
Bringing Jews home from countries where official Aliya agencies are not allowed to operate.
Producing strategic, political and operational intelligence.
Planning and carrying out special operations beyond Israel’s borders.
Director's Word
The State of Israel has tasked the Mossad with collecting intelligence and performing special covert operations abroad. Its job is to identify and block threats to the state and its citizens, and to reinforce the country's security and safety.
It is a special privilege to serve in the Mossad and I am especially privileged to serve as its director. People enrolling in the Mossad join generations of anonymous and dedicated combatants and intelligence officers who are loyal and devoted to their people and country.
The Mossad's mainstay is its people. They are the very heart of the Mossad. They are its prime movers. They are from the front operational line.
People serving in the Mossad are required to give to Israel of their talents, their dedication and their courage. The Mossad's people are always aware of their goals; they maintain confidentiality and serve with modesty and loyalty.
We are always seeking the best and most suitable to join us. This web site is your gateway.
The website describes the spirit and values motivating the Mossad. You will also find information on how to apply to become one of us.
I wish you every success.

Meir Dagan
Director, Mossad

History
The 29 November 1947 United Nations Partition Plan plunged the Land of Israel (Eretz Yisrael) into into a maelstrom of war. The first wave of attacks came from local Arabs. When the British Mandate officially ended and the State of Israel was declared on 15 may 1948, the local Arabs were joined by Arab states, which sent their armies to invade Israel from the south, the north and the east.

Before the State was declared, there were several underground and semi- underground organizations in the Jewish Community (Yishuv) which, naturally, required information for their operation. These included rescuing Jews, "illegal" immigration, deterring Arab mobs, and anti-Mandate operations. The Hagana, the Yishuv's main military force, established Shai – Sherut Yediot, or Information Service. Shai's job was to collect information for Hagana operations and to provide information to the Yishuv leadership for its political and military dealing with the Israeli Arabs, the Arab countries, and the mandate authorities. Shai became well established before the state was declared and its chiefs included Isser Harel (Halperin, or "little Isser"), who later headed both the Security Service (Shin-Bet) and Mossad. Other organizations had their own intelligence services to serve their individual needs.

The declaration of the State and the onslaught of the Arab armies dictated new needs: the need to create an intelligence infrastructure, the need to establish an official framework, and the need to define specific spheres of responsibility. These needs were both clear and urgent.

The First Intelligence Services

On 7 June 1948, Prime Minister David Ben Gurion summoned Jewish Agency Political Department staffer Reuven Shiloah and acting head of Shai, Isser Beeri (Bierenzweig, or "big Isser"), who had recently replaced David Shaltiel. The meeting led to preliminary definitions of the nascent state's intelligence services. Following is the decision quoted from David Ben Gurion's diary:


A military information service is to be established by the Staff (the General Staff), headed by Isser (Beeri) and Vivian (Haim Hertzog). Shai will be responsible for safety (Security), censorship and counterintelligence.

An internal information service under (little) Isser and Yosef Y. [Yosef Yizraeli, a Hagana national staff member who, in 1948, was appointed the Defence Ministry's general secretary].

An external political information service – to be headed by Reuven Shiloah. Until the end of the war it will be subordinate to the Defense Ministry and later, possibly, to the Foreign Ministry.

The decision was the start of a long process. In keeping with Ben Gurion's decision, Reuven Shiloah was appointed head of the Foreign Ministry's political department, which was to provide an external political information service. He also became the Foreign Minister's adviser for special tasks.

Reuven Shiloah concentrated mainly on foreign political matters, such as efforts to form alliances with non-Arab Islamic states, e.g. Turkey, and salvaging Jewish assets abroad and bringing them to Israel.

A small Shai station, headed by Haim Ben Menahem, started operating abroad in the summer of 1947. In June 1948, when the political department was established, Arthur Ben Natan was sent to Paris to take over Ben Menahem's contacts. This operational department, which was by now taking shape, was called Da'at (knowledge).

Things were still not clear-cut. Ben Gurion objected in principle to public acknowledgement of the existence of a security and intelligence service. Thus the political department, defined as an 'external political information service', indeed became an independent, covert intelligence agency, but it was still lodged in the Foreign Ministry. This meant that the service's objectives, tasks, powers, budgets, and inter-service relations could not be legislated. Inter-service delineation was often blurred and forays into each other's territory were not uncommon.

In April 1949, the supreme inter-ordination committee was formed and headed by Reuven Shiloah. Its members, who later became known as VARASH or the Service Chief's Committee, included the Shin-Bet, which emerged from Shai, the political department, the military intelligence department and the Israeli Police.

The Israeli Secret Intelligence Service

In July 1949, Reuven Shiloah, a close associate of David Ben Gurion, proposed establishing a central institution for organizing and co-ordinating intelligence and security service. The object was to enhance inter-service co-ordination and co-operation. On 13 December 1949, Ben Gurion authorized the establishment of the 'Institution for Co-ordination' to oversee the political department and to co-ordinate the internal security and military intelligence organizations. The institution, or Mossad, was born on that day.

The Mossad started out under Foreign Ministry auspices. In March 1951, with a view to enhancing its operational capabilities and to unifying all overseas intelligence gathering, Ben Gurion authorized its final reorganization. An independent, centralized authority was set up to handle all overseas intelligence tasks. This was called the 'Authority' and formed the major part of the Mossad. It included representatives of the other two services at HQ and field echelons. The Mossad broke free of the Foreign Ministry and reported directly to the Prime Minister, thus becoming part of the Prime Minister's Office.

The Mossad eventually adopted the following verse from the Book of Proverbs as its motto, guide, creative awakener and ideology, but also was as a dire warning:

"WITHOUT GUIDANCE DO A PEOPLE FALL, AND DELIVERANCE IS IN A MULTITUDE OF COUNSELLORS."
Proverbs XI/14

SECRET

To: The Foreign Ministry

From: The Prime Minister

Upon my instructions, an institute is being established to co-ordinate state intelligence agencies (the Military Intelligence Department, the Foreign Ministry, the State Department, the General Security Agency, etc.)

I have charged Reuben Shiloah, Foreign Ministry adviser for special projects, to organize and head the institute. Reuben Shiloah will report to me.

He will act upon my instructions and will submit regular working reports to me.

For administrative purposes, his office will be part of the foreign ministry.

I have instructed R. Shiloah to submit a manpower and budget proposal for 1950-51 for approximately IL20,000, IL5,000 of which will be used for special operations, contingent on my prior authorization.

You are hereby requested to add this sum to the foreign ministry budget for 1950-51.

Signed

(-)

D. Ben Gurion

Mossad
The Institute for Intelligence and Special Tasks
ha-Mossad le-Modiin ule-Tafkidim Meyuhadim
Mossad [Hebrew for “institution”] has responsibility for human intelligence collection, covert action, and counterterrorism. Its focus is on Arab nations and organizations throughout the world. Mossad also is responsible for the clandestine movement of Jewish refugees out of Syria, Iran, and Ethiopia. Mossad agents are active in the former communist countries, in the West, and at the UN.

Mossad is headquartered in Tel Aviv. The staff of Mossad was estimated during the late 1980s to number between 1,500 to 2,000 personnel, with more recent estimates placing the staff at an estimated 1,200 personnel. The identity of the director of Mossad was traditionally a state secret, or at least not widely publicized, but, in March 1996, the Government announced the appointment of Major General Danny Yatom as the replacement for Shabtai Shavit, who resigned in early 1996. Danny Yatom resigned on February 24, 1998, following the release of the Ciechanover Commission report which dealt with the failed attempt to assassinate Khalid Meshaal, a top Hamas political leader, and thus found faults with his performance as head of Mossad. Yatom was replace in early March 1998 by Efraim Halevy, then Israel's representative to the European Union. Halevy, as a Mossad agent, had previously worked behind the scenes to help negotiate the peace treaty between Israel and Jordan.

Formerly known as the Central Institute for Coordination and the Central Institute for Intelligence and Security, Mossad was formed on 01 April 1951. Mossad was established by then Prime Minister David Ben Gurion, who gave as Mossad's primary directive: "For our state which since its creation has been under siege by its enemies. Intelligence constitutes the first line of defence...we must learn well how to recognise what is going on around us."

Mossad has a total of eight departments, though some details of the internal organization of the agency remain obscure.

Collections Department is the largest, with responsibility for espionage operations, with offices abroad under both diplomatic and unofficial cover. The department consists of a number of desks which are responsible for specific geographical regions, directing case officers based at "stations" around the world, and the agents they control.
Political Action and Liaison Department conducts political activities and liaison with friendly foreign intelligence services and with nations with which Israel does not have normal diplomatic relations. In larger stations, such as Paris, Mossad customarily had under embassy cover two regional controllers: one to serve the Collections Department and the other the Political Action and Liaison Department.
Special Operations Division, also known as Metsada, conducts highly sensitive assassination, sabotage, paramilitary, and psychological warfare projects.
LAP (Lohamah Psichlogit)Department is responsible for psychological warfare, propaganda and deception operations.
Research Department is responsible for intelligence production, including daily situation reports, weekly summaries and detailed monthly reports. The Department is organized into 15 geographically specialized sections or "desks", including the USA, Canada and Western Europe, Latin America, Former Soviet Union, China, Africa, the Maghreb (Morocco, Algeria, Tunisia), Libya, Iraq, Jordan, Syria, Saudi Arabia, the United Arab Emirates and Iran. A "nuclear" desk is focused on special weapons related issues.
Israel's most celebrated spy, Eli Cohen, was recruited by Mossad during the 1960s to infiltrate the top echelons of the Syrian government. Cohen radioed information to Israel for two years before he was discovered and publicly hanged in Damascus Square. Another Mossad agent, Wolfgang Lotz, established himself in Cairo, became acquainted with high-ranking Egyptian military and police officers, and obtained information on missile sites and on German scientists working on the Egyptian rocket program. In 1962 and 1963, in a successful effort to intimidate the Germans, several key scientists in that program were targets of assassination attempts. Mossad also succeeded in seizing eight missile boats under construction for Israel in France, but which had been embargoed by French president Charles de Gaulle in December 1968.

In 1960, Mossad carried out one of its most celebrated operations, the kidnapping of Nazi war criminal Adolph Eichmann from Argentina. Another kidnapping, in 1986, brought to Israel for prosecution the nuclear technician, Mordechai Vanunu, who had revealed details of the Israeli nuclear weapons program to a London newspaper. During the 1970s, Mossad assassinated several Arabs connected with the Black September terrorist group. Mossad inflicted a severe blow on the PLO in April 1988, when an assassination team invaded a well-guarded residence in Tunis to murder Arafat's deputy, Abu Jihad, considered to be the principal PLO planner of military and terrorist operations against Israel. Gerald Bull, a Canadian scientist who developed the famed "Super Gun" for Iraq was killed by the Mossad at his Brussels apartment in March 1990, effectively halting the development of the Supergun project.

Egyptian security services reported the discovery of a total of seven Israeli espionage networks during 1996, which is a significant increase compared to the 20 similar networks discovered in the previous 15 years.

And Mossad's record has also been blemished by a few embarrasing failures. In Lillehammer, Norway, on 07 January 1974, Mossad agents mistakenly killed Ahmad Boushiki, an Algerian waiter carrying a Moroccan passport, whom they mistook for PLO security head Ali Ahmad Salameh, believed to have masterminded the 1972 massacre of Israeli athletes at the Munich Olympics [Salameh was killed in a 1979 car-bomb explosion in Lebanon]. Following the attack, the Mossad agents were arrested and tried before a Norwegian court. Five Israeli agents were convicted and served short jail sentences, though Israel denied responsibility for the murder. In February 1996, the Israeli government agreed to compensate the family of Ahmad Boushiki.

On 15 November 1995, Prime Minister Yitzak Rabin was assassinated by Yigal Amir, an Israeli citizen. Following the controversy over the failure of intelligence to protect Rabin, and the embarrassment over the mistaken assassination of a Swedish national, the Director Geneneral of Mossad, known only as 'S', was forced into retirement. On 24 March 1996, Prime Minister Shimon Peres appointed Major General Danny Yatom as the new Director General of Mossad, the first Director of Mossad to ever be publically identified.

On 24 September 1997, Mossad operatives attempted to assassinate Khalid Meshaal, a top political leader of the Palestinian group Hamas. The assassins entered Jordan on fake Canadian, and injected Meshaal with a poison. Jordan was able to wring a number of concessions out of Israel in the aftermath of the fiasco, including the release of the founder of Hamas, Shaykh Ahmad Yasin, from an Israeli jail.

Ephraim Halevy, a nephew of the late Sir Isaiah Berlin [who helped to negotiate a peace deal with Jordan], became the new head of Mossad after two bungled operations led to the arrests of agents in Switzerland and Jordan. Mossad scaled down overseas assassinations after the bungled operations in the late 1990s. But by 2002 Prime Minister Ariel Sharon decided to remove Halevy, after the two clashed repeatedly about what strategy to adopt against Palestinian violence

In October 2002 General Meir Dagan, who served in the Israeli Army with Ariel Sharon, and assisted him during his election campaign, was confirmed as head of Mossad. Dagan led an undercover commando unit that tracked and killed Palestinian militants in the Gaza Strip. Sharon wanted Mossad to go back to the undercover and special operations for which it was renowned.

Os homens do Mossad, a CIA de Israel


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por Thyago Ferreira
em 11/08/2010 às 19:21 | Mundo, Relatos, Trabalho
38 COMENTÁRIOS
Em uma de minhas viagens a serviço visitei as Forças de Segurança de Israel. Já tinha ouvido muita coisa sobre os agentes secretos israelenses, porém a coisa que mais sabia era que, na verdade, não sabia quase nada.


Isso é justificável quando estamos falando de uma das forças de inteligência mais “famosas” do mundo – entre aspas, já que esta fama se dá justamente pelo fato de que pouco se sabe sobre essa agência de inteligência. Ouvimos muita coisa sobre a CIA, Interpol ou a MI-6, mas quase nada sobre o Mossad – Instituto para Inteligência e Operações Especiais.


A malinha deles vem até com o manual do silenciador.
Uma operação mal feita em Dubai
Chegamos em Tel Aviv poucos dias após os jornais de todo o mundo noticiarem que os homens do Mossad teriam sido identificados durante uma operação, que deveria ter sido sigilosa, em Dubai (Emirados Árabes) que resultou na morte de um dos líderes do Hamas, Mahmoud al-Mabhouh. O que todos comentavam era que a tão famosa agência de inteligência israelense teria cometido uma série de equívocos, deixando pistas sobre sua ação e colocando em xeque sua capacidade.

De fato, ficou evidente que os agentes secretos usaram passaportes falsos para entrar em Dubai, bem como deixaram ser filmados colocando seus disfarces no banheiro do hotel. Mahmoud al-Mabhouh, principal fornecedor de armas do Hamas, foi morto por envenenamento em seu próprio quarto.

Lembro que no primeiro café da manhã perguntei sobre o fracasso da missão em Dubai, e nosso anfitrião, um empresário israelense do ramo de armas eletrônicas cujo o principal cliente é o próprio Exército de Israel, sorriu e perguntou em tom irônico:

“Mas de que fracasso você está falando?”

Eu já conhecia muito bem este amigo para entender exatamente seu ponto de vista. Realmente, a missão foi cumprida e o alvo foi eliminado.

Durante toda a viagem estivemos em contato com tudo aquilo que existe de mais moderno em guerra eletrônica, ou pelo menos aquilo que o governo de Israel nos deixou ver. Mas sempre que tínhamos a oportunidade perguntávamos se o Mossad utilizava o mesmo tipo de tecnologia, e a resposta era sempre a mesma, “Mossad? Do que vocês estão falando?”, seguida de inúmeras gargalhadas de ambas as partes.

O Mossad, durante toda sua história, esteve envolvido em inúmeras operações que envolvem sequestros, assassinatos, conspiração e todo tipo de BlackOps (operações secretas negadas pelo próprio governo).


Link YouTube | Documentário sobre a história do Mossad

Conversa com um ex-agente do Mossad
Sabendo de nosso enorme interesse na área de inteligência, o nosso anfitrião conseguiu uma reunião, em um hotel de Tel Aviv, com um ex-agente do serviço secreto israelense.

Ao chegar no hotel me senti exatamente como em um filme de James Bond. Aguardávamos pelo nosso convidado no bar do hotel, quando o garçom se aproximou e entregou um bilhete e um cartão-chave do hotel.

O bilhete, em inglês, dizia:

“Se vamos nos conhecer, venham até meu quarto à meia-noite.”

E isso é o tipo de coisa que, pelo menos para nós, era inédito.

O encontro foi realmente excepcional. Estivemos a noite inteira conversando sobre fatos históricos de Israel. O ex-agente nos explicou a diferença entre o Mossad e o Shin Bet, agência de inteligência que atua internamente em Israel. Disse que o Mossad foi fundado em 49 e está ligado diretamente ao Primeiro-Ministro de Israel. Revelou que, em geral, os agentes secretos infiltrados de Israel não são israelenses. Segundo ele é muito difícil infiltrar alguém estranho nas células do terrorismo.

Vimos desde escutas super avançadas, até aparelhos disfarçados, de relógios a galhos de árvore.


Relógío e cinto com câmera escondida. Isso não é nada!
Quando perguntamos sobre o treinamento dos agentes secretos sentimos que nosso convidado mudou o semblante. Ele olhou para nós e perguntou se no nosso exército havia algum curso de operações especiais. Eu respondi que sim. E ele então sorriu e disse: “Então você sabe como é”. Quando falamos em Operações Especiais, existe um certo padrão de qualidade mundialmente conhecido que mais tarde explicarei melhor, mas isso inclui privação de sono, fome, exaustão total, técnicas avançadas de combate, dentre outras disciplinas pouco usuais para agentes convencionais.

Uma das ações que renderam ao Mossad toda sua fama foi a operação Cólera de Deus, que tinha como objetivo eliminar os responsáveis pelo massacre nos Jogos Olímpicos de Munique. Existem muitas informações contraditórias sobre esta operação que pode ter durado mais de vinte anos. Dentre as quais o assassinato por engano de um inocente em Lillehammer, na Noruega. A operação marcou também o início de uma série de atentados do grupo terrorista palestino Setembro Negro, em represália às ações do Mossad.

Atualmente o Mossad foi acusado de tentar assassinar o primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan e teve um dos seus agentes, Yuri Brodsky, preso no aeroporto de Varsóvia, na Polônia, a pedido do Ministério Público Federal Alemão, acusado de ter participado do assassinato de Mahmoud al-Mabhouh, em Dubai.

Quanto a mim, deixei Israel com a impressão de que nem tudo é o que parece, e que muitas vezes acreditamos naquilo que o nosso oponente quer.

Até o momento não foi realmente comprovado o envolvimento do governo israelense no assassinato de al-Mabhouh. E o Mossad segue como uma das agências de inteligência mais atuantes, e polêmicas, do mundo.


THYAGO FERREIRA
Oficial da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Amante de armas, explosivos, operações de inteligência, guerra eletrônica e coisas do gênero. Carioca, flamenguista, sonhador e escritor nas horas vagas.

Mossad - The Mossad (HaMossad leModi'in u'leTafkidim Meyuhadim) (Hebrew: äîåñã ìîåãéòéï åìúô÷éãéí îéåçãéíý - Institute for Intelligence and Special Operations) is Israel's overseas intelligence and covert operations agency.
The Mossad is charged with intelligence gathering and counter-espionage, and with covert operations including rescuing Jews who are under threat overseas, in Ethiopia and Syria for example. Frequently, its operations overlap with and may be coordinated with, AMAN - Military intelligence, but AMAN generally operates in enemy countries only.

Before the Mossad
The new born state of Israel had already accumulated quite a bit of intelligence and covert operations experience. Prior to World War II the Jewish Agency had created the Mossad l'Aliya Bet, the institute for illegal immigration, which coordinated rescue of Jews from Nazi Europe. Following the war, Zionist agents were active in organizing the Beriha - the flight of Holocaust survivors to Palestine, in purchase of weapons abroad and in sabotaging at least one large arms shipment that had been destined for Arab volunteer armies.

The Haganah had an intelligence service called the Shai, "Sherut Yediot," that served primarily as a military intelligence service, but also monitored actions of the British.

After the establishment of the state of Israel, David Ben-Gurion, acted to abolish all the underground groups and militias that were dependent on political factions and establish formal state institutions. The military arm of the state was created as the IDF (Israel Defense Forces). Ben Gurion, in consultation with Reuven Shiloah, who worked in intelligence in the political department of the Jewish agency, and with Israel Beeri (Bierenzweig, or "big Isser"), acting head of the Shai, resolved to establish three intelligence organizations instead of Shai - Military Intelligence (MI) (AMAN), attached to the IDF General Staff; a domestic secret service, later known as the Israeli Security Agency (ISA) (Also GSS- General Security Service; In Hebrew "Sherut Bitachon" ("Shin Bet") - Security Service and later, "Sherut Bitachon Qlali (Shabak) - General Security Service) and a foreign intelligence service. . The first two were initially subordinate to the IDF. The foreign intelligence service was intended to be subordinate to the Minister of Defense (Ben Gurion). Ben Gurion wrote in his Diary:

A military information service is to be established by the Staff (the General Staff), headed by Isser [Beeri] and Vivian [Haim Hertzog]. Shai will be responsible for safety [Security], censorship and counterintelligence.

An internal information service under (little) Isser [Isser Harel] and Yosef Y. [Yosef Yizraeli, General Secretary of the Defense Ministry].

An external political information service – to be headed by Reuven Shiloah. Until the end of the war it will be subordinate to the Defense Ministry and later, possibly, to the Foreign Ministry.

In keeping with Ben Gurion's decision, Reuven Shiloah was appointed head of the Foreign Ministry's political department, which was to provide an external political information service. He also became the Foreign Minister's adviser for special tasks.

Shiloah concentrated mainly on foreign diplomaticc matters, such as efforts to form alliances with non-Arab Islamic states, e.g. Turkey, and salvaging Jewish assets abroad and bringing them to Israel.

A small Shai station, headed by Haim Ben Menahem, started operating abroad in the summer of 1947. In June 1948, when the political department was established, Arthur Ben Natan was sent to Paris to take over Ben Menahem's contacts. This operational department, which was by now taking shape, was called Da'at (knowledge).

Ben Gurion objected to publication of the existence of a security and intelligence service. Thus the political department, defined as an 'external political information service' (Information service - "Sherut Yediot" for short) became an independent, covert intelligence agency, but it was still lodged in the Foreign Ministry. This meant that the service's objectives, tasks, powers, budgets, and inter-service relations could not be legislated. Inter-service delineation was often blurred and forays into each other's territory were not uncommon.

In April 1949, the Varash, or supreme coordination committee (Vaada Rashit - Main committeee) was formed and headed by Reuven Shiloah. This included the Shin-Bet, which emerged from Shai, the political department ("information service")), the military intelligence department and the Israeli Police.

The Mossad is born
In July 1949, Reuven Shiloah proposed establishing a central institution for organizing and coordinating intelligence and security service, to coordinate the chaos between the different groups gathering intelligence. On 13 December 1949, Ben Gurion authorized the establishment of the 'Institution (Mossad) for Co-ordination' to oversee the political department and to co-ordinate the internal security and military intelligence organizations. This was not exactly the same "Mossad" that eventually emerged.

The foreign intelligence service was still under the Foreign Ministry until 1951. In March 1951, Ben Gurion authorized its final reorganization. An independent, centralized authority was set up to handle all overseas intelligence tasks. This was called the 'Authority' and formed the major part of the Mossad. It included representatives of the other two services at HQ and field echelons. The Mossad broke free of the Foreign Ministry and reported directly to the Prime Minister, thus becoming part of the Prime Minister's Office.

Mossad Directors
* Reuven Shiloah, 1949-1952

* Isser Harel, 1952-1963

* Meir Amit, 1963-1968

* Zvi Zamir, 1968-1974

* Yitzhak Hofi, 1974-1982

* Nahum Admoni, 1982-1989

* Shabtai Shavit, 1989-1996

* Danny Yatom, 1996-1998

* Ephraim Halevy, 1998-2002

* Meir Dagan, 2002-Present

Mossad Operations
Many Mossad operations remain secret, and in other cases, credit or blame must be shared with other agencies, including AMAN (Military Intelligence), the Shin Bet, and various IDF commando groups. For example, it is not unlikely that Israeli agents were involved in the killing of arch-terrorist Imad Moughniyeh, who was killed by a car bomb in Damascus. Moughniyeh was chief planner of major Hezbollah terror attacks, and therefore was a "natural" target for assassination, but he was also in the sights of several Arab country intelligence agencies, and no details of his demise are known.

At the inception of the state, Israeli intelligence services had few resources and very limited technical aids. They could compensate for this to some extent because of their extensive network of connections abroad, and the availability of numerous multilingual agents who could really fit in to Arab and other countries because they had been born there.

Counter-intelligence inside and outside Israel was generally weak in all services. Because of the large number of Russians and Eastern European immigrants to Israel, it was easy for the USSR to send in spies and sleepers. At the same time, initial intelligence operations of the Arab services were so amateurish that Israelis became callous about the possibility of double agents and counter-espionage.

The Mossad has also been credited with saving the lives of several foreign "enemy" rulers, including King Hassan of Morocco and King Hussein of Jordan, by providing them with timely information about conspiracies.

Mossad successes and Failures
1956 - The Mossad provided US intelligence with the complete text of Communist Party Chairman Nikita Sergeivich Khrushchev's Twentieth Party Congress speech, was as smuggled out by a friendly Polish member of the Politburo. This exploit, which some claim for the Shin Bet, put Israeli intelligence services "on the map" as potentially valuable sources of information, and thus made it easier to get information and cooperation from foreign services.

1960- In a spectacular operation, the Mossad tracked down and captured fugitive Nazi War Criminal Adolph Eichmann, who had been responsible for millions of deaths in the Holocaust. He was flown from his hiding place in Argentina to Israel on May 11, put on trial and later executed.

1960-1965 Wolfgang Lotz planted as a spy in Egypt 1960. Discovered 1965. Lotz and others provided information about German scientists operating in Egypt and information about Egyptian air force that was evidently crucial in the victory of the Six day war. Lotz and his wife were imprisoned, but were released in the prisoner exchange following the war.

1962- Start of Operation Damocles, to prevent German scientists from helping Egypt to produce missiles.

1961- 1965 Eli Cohen gathered information on Syrian fortifications in the Golan Heights as well as other useful intelligence about Syria. Cohen achieved a high position in the Syrian government. In 1965, however, he was discovered and hanged.

1968 - In Operation Plumbat, a combined action by the Bureau of Scientific Liaison and the Mossad in support of the Israeli nuclear weapons effort, Israeli intelligence allegedly diverted a uranium shipment. A German freighter with a cargo of some 200 tons of yellowcake (uranium oxide) disappeared. The freighter turned up at a Turkish port, but the cargo was gone. Supposedly, it was transferred at sea to an Israeli ship.

1972 (and after) Operation Wrath of God eliminates key members of the Black September movement who were involved in the Munich Olympics massacre of Israeli athletes.

1973 - In July 1973, Ahmed Bouchiki, Moroccan waiter, was killed in Lillehammer Norway by Mossad agents. Bouchiki was mistaken for Ali Hassan Salameh, a Black September terrrorist.

1978 - Terrorist Wadia Haddad (PFLP) is killed.

1979 - Zuheir Mushsin (Al-Saiqa) is killed.

1978-1981 - Operation Sphinx - Collection of information related to Iraq nuclear weapons program at Osirak. The project also allegedly included sabotage of nuclear components destined for Iraq in France.

1986- Mordechai Vanunu, who had sold Israeli nuclear secrets to British media, was lured to Italy and then captured and flown to Israel.

1988 - PLO member Abu Jihad is killed in Tunis.

1995- Fathi Shkaki, Palestinian Islamic Jihad terrorist killed in Malta.

1996 - False alarm war scare - Yehuda Gill, an aging Mossad agent who is no longer able to produce valuable information, fabricated a false assessment that Syria is making preparations to launch a war against Israel. The fabrication was discovered after it came close to sparking a war with Syria.

1997 - Failed attempt to kill Khaled Meshal, head of Hamas in Jordan. Two Mossad agents arrested by Jordanians are traded for release of about 70 prisoners.

2001 - Israeli intelligence (evidently Mossad) alerted US agencies in August to the presence of terrorists in the United States and the probability of a major attack. The warnings were ignored, along with many others, allowing the aircraft hijackings and attacks of September 11, 2001 on the World Trade Center and Pentagon. Reference: Telegraph, UK, September 15, 2001 http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/northamerica/usa/1340698/Israeli-security-issued-urgent-warning-to-CIA-of-large-scale-terror-attacks.html

2007 - A US intelligence official told The Washington Post that Israel was responsible for the defection of Iranian general Ali Reza Askari on February 7, 2007, though this was denied by Israel. Sunday Times claimed that Askari was an Israeli agent who fled when his cover was compromised.

Mossad Organization
The Mossad is organized into eight departments, some of which are secret. The known departments are:

Collections is the largest and runs the open and covert agents.
Political Action and Liaison Department conducts political activities and liaison with friendly foreign intelligence services and with nations with which Israel does not have normal diplomatic relations.
Special Operations Division (Metsada) conducts highly sensitive assassination, sabotage, paramilitary, and psychological warfare projects.
LAP (Lohamah Psichologit) Department is responsible for psychological warfare, propaganda and deception operations.
Research monitors information and produces daily situation reports, weekly summaries and detailed monthly reports. The Department is organized into 15 geographically specialized sections or "desks:" USA, Canada and Western Europe, Latin America, Former Soviet Union, China, Africa, the Maghreb (Morocco, Algeria, Tunisia), Libya, Iraq, Jordan, Syria, Saudi Arabia, the United Arab Emirates and Iran. A "nuclear" desk is focused on special weapons related issues.
Technology develops advanced technologies and "James Bond" gadgets to support Mossad operations.
? Anti-Terror - apparently, a special department is involved in monitoring terror operations abroad.

The Mossad and 9/11
by Gordon Thomas
Globe-Intel
6/17/02

The complex and often uneasy relationship between Israel's Mossad and the U.S. intelligence community is emerging as a prime reason for the catastrophic failure of the CIA and FBI to act on advance warnings of an impending attack on America.
Eight days before the September 11 attack, Egypt's senior intelligence chief, Omar Suleiman, informed the CIA station chief in Cairo that "credible sources" had told him that Osama bin-Laden's network was "in the advanced stages of executing a significant operation against an American target."

Prior to that, the FBI whistleblower Coleen Rowley had revealed, there was a similar warning from French intelligence.

Both warnings, Globe-Intel has established, originally came from Mossad.

The Israeli intelligence service chose to pass on its own intelligence to Washington through its contacts in French and Egyptian intelligence agencies because it did not believe its previous warnings on an impending attack by the bin-Laden network had been taken seriously enough in Washington.

Part of the reason has already emerged by President Bush acknowledging for the first time there had been a serious breakdown between the twin pillars of the U.S. intelligence community – the FBI and CIA.

"In terms of whether or not the FBI and the CIA were communicating properly, I think it is clear that they weren't," he has said.

Behind this admission is the long-standing suspicion that both the FBI and CIA have about Mossad and its ongoing activities in the United States.

Ostensibly, Israel denies it has ever spied on its most powerful ally. But the reality is otherwise. Both the FBI and CIA regard Mossad as a clear and present danger to U.S. national security. It places the Israeli spy agency just below the espionage totem pole that has China's Secret Intelligence Service at its top.

A full ten months before Mossad started to sound its own warnings against bin-Laden, senior officials in both the FBI and CIA saw them as "blowing smoke" to divert attention from Mossad's own activities in the United States.

Evidence of this may well be contained in the more than 350,000 documents that the CIA has already turned over to the hearings of the Senate and House of Representatives intelligence committees.

These are now underway in sound-proofed rooms before 37 members of those committees.

Already, in the atmosphere of leak and counter-leak in Washington, the consensus is emerging on Capitol Hill that the U.S. intelligence community had enough data to have been able to prevent the September 11 attacks.

Richard Shelby, the senior Republican on the Senate intelligence committee has spoken about "a massive intelligence failure."

A hint of the extent of that failure has come from Egypt's President Hosni Mubarak. He has spoken of "a secret agent who was in close contact with the bin-Laden organisation."

Globe-Intel has been told that the "agent" was in fact the senior Mossad source who tipped off Egypt's intelligence chief, Omar Suleiman, that an attack on America was coming.

During last year, senior Egyptian officials have told Globe-Intel there were five separate contacts between Suleiman and his Mossad counterpart, Efraim Halevy.

Understandably, Israeli government sources in Tel Aviv have denied such contacts.

But an official close to Mubarak have confirmed that they did take place.

Mubarak's public statements on the matter – the first ranking statesman to break cover over the building controversy of who-knew-what-and-when, will at minimum be seen as clear indications that there were lapses in the interpretations of both the CIA and FBI.

Coupled to the warnings that Mossad arranged to be passed through French intelligence and which Coleen Rowley has used to lambaste her chief, FBI director Robert Mueller, the failure to act assumes frightening proportions.

The revelations make a mockery of George Tenet's claim that he was "proud" of the CIA's record. Its embattled director, currently in Israel trying to broker a doomed peace deal, has found in his absence that his own staff are admitting to mistakes.

"Part of the problem is that the CIA and FBI are loath to share vital information with each other, or with other government agencies because they have this deep-seated fear of compromising their own sources," a senior State Department analyst told Globe-Intel.

But in the coming days the relationship between Mossad and the CIA and FBI will become the subject of close scrutiny in the closed hearings of the intelligence committees picking their way through the mass of documents now in their possession.

It is beginning to emerge that intelligence relating to pre-September 11 stopped at the desk of National Security Adviser, Condoleezza Rice.

The question as to why the President was not fully briefed has led to others. Had a decision been taken by Rice in consultation with Secretary of Defense and other high-ranking members of the Bush Administration to effectively not inform Bush of what was developing because they did not trust his limited experience in dealing with global terrorism – or a major threat of any kind?

Officially such a question is dismissed around the White House as nonsensical. Yet it persists within the State Department – where Secretary of State Colin Powell remains outside the charmed inner circle surrounding Bush.

There, senior officials point to the fact that the CIA briefing to Bush last August, less than a month before the attacks on the World Trade Center and Pentagon, turned out to be conspicuous by what was not said.

Yet, at that time the CIA knew of the impending threat. There are other pointers that the President may have been kept out of the loop.

Within his own circle there is a determination to distance him from taking the advice of his father. President George Bush Snr is seen by some in the White House as being out of touch with todays world. And that the advice he proffers his son during their Texas cookouts is out-moded.

All this may go some way to explain why President Bush has now publicly acknowledged there was an intelligence failure. Much else will flow from that.

GORDON THOMAS is the author of forty-three books. Seven of them are major motion pictures including five times Academy Award-nominated Voyage of the Damned; Enola Gay, which won the Emmy Awards Foreign Critics Prize.

His books of best-selling David Morton novels are being filmed by IAC International as a 22-hour television series to be screened worldwide in 2003. His Gideon's Spies: Mossad's Secret Warriors became a major documentary for Channel Four which he wrote and narrated. It followed three years of research during which he was given unprecedented access to the Mossad's key personnel. The book has so far been published in 16 languages.

Gordon Thomas lives in Ireland, with his wife.
Mossad

Para a organização que coordenou o immigration Jewish do pre-estado, veja Aposta de Mossad Le'aliyah.
O instituto para a inteligência e operações especiais
המוסדלמודיעיןולתפקידיםמיוחדים

Selo do instituto para a inteligência e operações especiais
Vista geral da agência
Dado forma Dezembro 13, 1949 como o instituto central para a coordenação
Empregados 1.200 (est)
Executivo da agência Meir Dagan, Diretor
Agência do pai Escritório do ministro principal
Web site
www.mossad.gov.il
Mossad (v'leTafkidim Meyuhadim do leModi'in de HaMossad) (Hebrew: המוסדלמודיעיןולתפקידיםמיוחדים‎ - Instituto para a inteligência e operações especiais ), é o nacional agência de inteligência do Estado de Israel.

Índices

1 Antes do statehood de Israel
2 Organização
2.1 Escritórios executivos
2.2 Diretores de Mossad
3 História Organizational
4 Atividades
4.1 America do Norte
4.1.1 Estados Unidos da América
4.2 Ámérica do Sul
4.2.1 Argentina
4.2.2 Brasil
4.3 Europa ocidental
4.3.1 France
4.3.2 Germany
4.3.3 Italy
4.3.4 Malta
4.3.5 Noruega
4.4 Balcãs
4.4.1 Bósnia e Herzegovina
4.5 Leste médio
4.5.1 Egipto
4.5.2 Irã
4.5.2.1 Irã 1979
4.5.2.2 Irã 2007
4.5.3 Iraq
4.5.4 Territórios Palestinian
4.5.5 Líbano
4.6 África
4.6.1 Etiópia
4.6.2 Marrocos
4.6.3 Uganda
4.7 Oceania
4.7.1 Nova Zelândia
5 Veja também
6 Livros
7 Referências
8 Leitura mais adicional
9 Ligações externas

Antes do statehood de Israel

“Aposta de Mossad Le'aliyah“era um pequeno, unorthodox Zionist organização cuja a missão em 1938 era trazer Jews a Palestina. Isto foi feito para subvert os quotas britânicos no immigration Jewish. A modalidade do Mossad de operação, de seu ideology, e de política resultou na criação da agência de inteligência para o governo Israeli uma vez que se estabeleceu em 1948. A agência consistiu em diversos dos membros existentes que tinham trabalhado para estabelecer Israel como uma nação e para lhe trazer os povos Jewish.

O Mossad é responsável para coleção de inteligência, contador-terrorismo, operações secretas como atividades e assassinations paramilitary, e o facilitation de aliyah onde é proibido. É um do cano principal Comunidade da inteligência entidades em Israel (junto com Aman (inteligência militar) e Aposta de Shin (segurança interna)), mas seus relatórios de diretor diretamente ao Ministro principal. Seus papel e função são similares àquele do Agência de inteligência central (CIA), Serviço de inteligência secreto (MI6), Asa da pesquisa e da análise e Serviço de inteligência secreto Australian (ASIS) em seus países respectivos.


Organização


Escritórios executivos

De suas matrizes na cidade Israeli de Telavive, o Mossad oversees uma equipe de funcionários estimada em 1200 pessoais, embora possa ter numerado até 2000 nos 1980s atrasados.[1] O Mossad é um serviço civil, e não se usa Rank militares, embora a maioria de sua equipe de funcionários servissem no Forças da defesa de Israel como parte do sistema compulsório do esboço de Israel, e de muitos deles seja oficiais. Supõe-se para consistir em oito departamentos diferentes.

O maior é coleções, tasked com muitos aspectos do espionage conduzindo no ultramar. Os empregados no departamento de coleções operam-se sob uma variedade das tampas, including diplomatic e unofficial.[1] Seus oficiais da inteligência do campo, chamados katsas, seja similar a oficiais do caso do CIA. Trinta a quarenta operam-se em um momento, principalmente em Europa e em o Oriente Médio.[2]

O departamento da ação política e da ligação é responsável para trabalhar ambos com serviços de inteligência extrangeira aliados, e com nações que não têm nenhuma relação diplomatic normal com Israel.[1]

Entre os departamentos do Mossad é a divisão especial das operações ou '“Metsada” (veja Kidon), que é envolvido no assassination, em operações paramilitary, em sabotage, e na ação psicológico.[1]

A ação psicológico é também um interesse do departamento de Lochamah Psichologit, que conduz atividades do propaganda e do deception também.[1]

Adicionalmente, o Mossad tem um departamento da pesquisa, tasked com produção da inteligência, e um departamento da tecnologia concernido com o desenvolvimento das ferramentas para atividades de Mossad.[3]

Estado de Israel
Geografia
Terra de Israel • Distritos • Cidades
Transporte • Mediterranean • Mar vermelho
Mar de Galilee • Jerusalem • Telavive • Haifa

História
História Jewish • Timeline • História do Zionism
Aliyah • Herzl • Balfour • Mandato britânico
Planta de 1947 UN • Independência • Austerity

Conflito Árabe-Israeli • História
Guerra 1948 • Armistice 1949
Exodus Jewish • Guerra de Suez • Guerra Six-Day
Guerra de atrito • Guerra de Yom Kippur
Guerra 1982 de Líbano • Guerra 2006 de Líbano
Propostas da paz • Tratados com Egipto, Jordão

Conflito Israeli-Palestinian • História
Timeline • 1948 exodus Palestinian
Ocupação • Processo da paz
Acampamento da paz • Primeiro Intifada • Oslo
Em segundo Intifada • Barreira
Disengagement

Economia
Ciência e tecnologia • Companhias
Tourism • Vinho • Diamantes • Agricultura
Indústria militar • Indústria aeroespacial

Demographics • Cultura
Religião • Árabes Israeli • Kibbutz
Música • Archaeology • Universidades
Hebrew • Literatura • Esporte • Israelis

Leis • Política
Lei do retorno • Lei de Jerusalem
Partidos • Eleições • PM • Presidente
Knesset • Corte suprema • Cortes

Casos extrangeiros
Lei internacional • UN • E.U. • Liga árabe
Forças da segurança
Forças da defesa de Israel
Comunidade da inteligência • Conselho de segurança
Polícias • Polícias da beira • Serviço da prisão

v • d • e
Portal: Israel • Categorias • Projeto


Diretores de Mossad

Reuven Shiloah, 1949-1952
Isser Harel, 1952-1963
Meir Amit, 1963-1968
Zvi Zamir, 1968-1974
Yitzhak Hofi, 1974-1982
Nahum Admoni, 1982-1989
Shabtai Shavit, 1989-1996
Danny Yatom, 1996-1998
Ephraim Halevy, 1998-2002
Meir Dagan, 2002-Present

História Organizational

O Mossad foi dado forma sobre Dezembro 13, 1949 como “o instituto central para a coordenação”, na recomendação de Reuven Shiloah ao ministro principal David Ben-Gurion. Shiloah quis um corpo central coordenar e melhorar a cooperação entre os serviços de segurança existentes - o departamento da inteligência do exército (AMAN), o serviço de segurança geral (GSS ou “Shin apostado”) e o departamento “político” do escritório extrangeiro. Em março 1951, reorganized e fêz uma peça do escritório de ministro principal, relatando diretamente ao ministro principal. Sua equipe de funcionários atual é estimada em 1.200.

Motto anterior de Mossad: está-tachbūlōt o milchāmāh do lekhā do aseh do `de Ta (Hebrew: בתחבולותתעשהלךמלחמה, “para pela guerra thy do salário sábio do shalt de mil dos conselhos.” - Proverbs XXIV, 6.

O motto foi mudado recentemente como parte do público do Mossad “que sai” a uma outra passagem dos Proverbs: está 'o ām do `do yippol do tachbūlōt do éyn; o āh do `do ū-teshū está-rov yō'éts (Hebrew: באיןתחבולותיפולעם, ותשועהברוביועץ, “onde nenhum conselho está, os povos caem, mas no multitude dos counselors há uma segurança.” - Proverbs XI, 14). [4]


Atividades


America do Norte


Estados Unidos da América

O Mossad informou o FBI e o CIA em agosto 2001 que tanto como como 200 terroristas estavam deslizando nos Estados Unidos e estavam planeando “um assalto principal nos Estados Unidos.” A agência de inteligência Israeli advertiu que tinha escolhido acima indicações “de um alvo em grande escala” nos Estados Unidos e que os americanos seriam “muito vulneráveis.” [5]


Ámérica do Sul


Argentina

Em 1960, o Mossad descobriu aquele Nazi criminoso da guerra Adolf Eichmann estava dentro Argentina e completamente surveillance, confirmaram que tem vivido lá sob o nome de Ricardo Klement. Foi capturado por uma equipe de agentes de Mossad sobre Maio 11, 1960, e smuggled subseqüentemente a Israel onde foi tentado e executado. Argentina protestou a violação de seu sovereignty, e Nações unidas Conselho de segurança notável que a “repetição dos atos como [isto] envolveria uma ruptura dos princípios em cima de que a ordem internacional é fundada, criando uma atmosfera do insecurity e distrust incompatível com a preservação da paz [.]”[6][7] Uma segunda planta a capturar Josef Mengele foi abortado.


Brasil

Assassination de criminoso Nazi alegado da guerra Herberts Cukurs esconder dentro Brasil em 1965.[8]


Europa ocidental


France

O roubo do francês Mirage 5 plantas, que conduziram ao desenvolvimento do Kfir nos 1960s.


Germany

Operação Plumbat (1968) estava uma operação perto Lekem- Mossad que foi empreendido na sustentação do esforço Israeli das armas nucleares. O freighter alemão “Scheersberg A”, desaparecido em sua maneira de Antuérpia a Genoa junto com sua carga de umas 200 toneladas de urânio óxido (Yellowcake). Quando o freighter reapareceu no porto Turkish de İskenderun, a carga faltava; tinha sido transferido no mar a um navio Israeli.
A emissão de bombas da letra durante Wrath da operação do deus campanha. Alguns destes ataques não eram fatais, embora sua finalidade não pudesse ter sido matar o receptor. Alguns dos exemplos mais famosos das bombas da letra de Mossad eram aqueles emitidos a guerra-criminal Nazi Alois Brunner.[9]

Italy

O abduction do técnico nuclear Mordechai Vanunu em 1986 em seguida Americano-Israeli agente Cheryl Bentov lured lhe do Reino Unido.[10]


Malta

O assassination de Fathi Shiqaqi, um líder do Jihad Islamic Palestinian, em 1995.[11]


Noruega

Caso de Lillehammer. Julho em 21, 1973, agentes de Mossad em Lillehammer assassinou o busboy Moroccan, Ahmed Bouchikhi, quem acreditaram equivocadamente ter sido envolvidos no Massacre dos Olympics de Munich.[12]


Balcãs


Bósnia e Herzegovina

Ajudado no ar e em evacuações overland dos Jews do guerra-rasgado Sarajevo a Israel em 1992.


Leste médio


Egipto

Missões dirigidas para o espião Israeli Wolfgang Lotz em Egipto 1957-1965.
Missões dirigidas para o espião Israeli Eli Cohen(foi carregado e trabalhou em sua juventude em Egipto mas espiou em Syria) em 1964, que forneceu quantidades vastas de inteligência valiosa. Eli Cohen, entretanto, foi travado em 1965 em Syria quando monitorava radiofrequencies.
Provisão da inteligência chave no Força aérea Egyptian para Foco da operação, o airstrike da abertura do Guerra Six-Day.
Operação Bulmus 6 - Auxílio da inteligência no assalto do Commando sobre Console verde, Egipto durante Guerra de atrito.

Irã


Irã 1979

Mossad Eliezer principal Tsafrir, acompanhado pelo adido militar Israeli Yitzhak Segev, estando dentro Quadrado de Azadi, cheered o retorno de Ruhollah Khomeini a Irã, chanting “Allahu Akbar, Khomeini Rahbar”.[13]


Irã 2007

Foi alegado pela agência de inteligência confidencial Stratfor, baseado em “fontes perto da inteligência Israeli”, esse Dr. Ardeshir Hosseinpour, um cientista envolvido no Programa nuclear Iranian, foi matado pelo Mossad sobre Janeiro 15, 2007.[14]

Um oficial da inteligência dos E.U. dito O borne de Washington essa Israel orchestrated o defection do general Iranian Ali Reza Askari em Fevereiro 7, 2007.[15] Isto foi negado pelo spokesman Israeli Marque Regev. Os tempos de domingo relatado que Askari foi uma fonte de Mossad desde 2003, e esquerdo somente quando sua tampa estava a ponto de ser fundida.[16]


Iraq

Auxílio no defection e salvar da família de Munir Redfa, Iraqi pilote quem defected e voou his MiG 21 a Israel em 1966.

Sphinx da operação [2] - Entre 1978 e 1981, informação altamente sensível obtida sobre Iraq Osirak reator nuclear recrutando um cientista nuclear Iraqi em France. Em Abril 5, 1979, o Mossad destruiu 60 por cento dos componentes Iraqi do reator que estão sendo construídos em France; “[] Uma organização ambiental nomeou Français dos écologistes do DES de Groupe, unheard antes deste incident, crédito reivindicado para a explosão. “[2] O reator foi destruído subseqüentemente perto uma batida de ar Israeli em 1981.[2][17].

O assassination alegado de Canadense cientista Gerald Bull, colaborador do Iraqi supergun, em 1990. A teoria a mais comum é que o Mossad era responsável, e seus representantes têm tudo com exceção da responsabilidade reivindicada para seu assassination. Outros, including o filho de Bull, acreditam que o Mossad está fazendo exame do crédito para um ato que não cometeram ao scare fora de outros que podem tentar ajudar aos regimes inimigos. A teoria alternativa é que Bull estêve matada pelo CIA. Iraq e Irã são também os candidatos para a suspeita.[18]


Territórios Palestinian

O assassination dos membros de Setembro preto, que era responsável para Massacre de Munich no 1972 jogos Olympic, chamado “Wrath da operação do deus".[19]
Em julho 1973, Ahmed Bouchiki, um innocent Moroccan empregado de mesa dentro Lillehammer, Noruega, foi matado ao andar com his grávido esposa. Tinha sido equivocado para Ali Hassan Salameh, um dos líderes de Setembro preto, Palestinian grupo responsável para Massacre de Munich, que tinha sido dado o abrigo em Noruega. Os agentes de Mossad tinham usado a falsificação Passports canadenses, que irritou o governo canadense. Seis agentes de Mossad foram prendidos, e o incident tornou-se sabido como Caso de Lillehammer.[20][21]
O assassination de PFLP e PFLP-EO líder Wadie Haddad em 1978.
O assassination de Como-Sa'iqa líder Zuhayr Muhsin em 1979.
Invasão de Tunes - O assassination de Abu Jihad do Fatah em 1988.
O assassination de Fathi Shqaqi, a cabeça de Jihad Islamic Palestinian, em 1995.
Em 1997, dois agentes de Mossad foram travados dentro Jordão, que tinha assinado um tratado da paz com Israel, em uma missão para assassinate o Sheikh Khaled Mashal, um líder de Hamas, pulverizando o com veneno em um rally pro-Hamas dentro Amman. Outra vez, usavam passports canadenses falsificados. Isto conduziu a uma fileira diplomatic com Canadá e Jordão. Israel foi forçada a fornecer antidote ao veneno e à liberação em torno de 70 prisioneiros Palestinian, no detalhe o Sheikh do líder de Hamas Ahmed Yassin, na troca para os agentes de Mossad, que de outra maneira enfrentariam penalidade de morte para assassinato tentado.
Em março 2004, 7 anos depois que foi liberado, Ahmed Yassin foi matado em um airstrike Israeli do helicóptero.
O assassination de Hamas líder Sheikh Khalil de EL-Deen de Izz em Damasco em 2004.
A emissão de bombas da letra ao membro de PFLP Bassam Abu Sharif.[22]

Líbano

A provisão da inteligência e do auxílio operacional em 1973's Mola da operação da juventude.


África


Etiópia

Auxílio dentro Operação Moses, o immigration de Ethiopian Jews a Israel em 1984.


Marrocos

De acordo com Compartimento de Tempo, o Mossad foi envolvido em o que é sabido como o caso de Ben Barka (veja Mehdi Ben Barka).


Uganda

A provisão da inteligência a respeito de Aeroporto internacional de Entebbe e concessão de direitas reabastecendo dentro Kenya para Operação Entebbe em 1976.


Oceania


Nova Zelândia

Informação mais adicional: Relações Israel-Novas de Zealand
Em julho 2004, Nova Zelândia imposto sanctions diplomatic em Israel sobre incident em qual dois Israelis, Uriel Kelman e Eli baseados Australian Cara, que estavam trabalhando alegada para o Mossad (Israel o negou), tentaram obter fraudulently passports de Nova Zelândia reivindicando a identidade de um homem severamente disabled. Ministro extrangeiro do Israeli Silvan Shalom desculpado mais tarde a Nova Zelândia por suas ações. Nova Zelândia cancelou diversos outros passports acreditados para ter sido obtido por agentes Israeli.[23] Kelman e a metade servida Cara de suas sentenças de 6 meses e, em cima da liberação, eram deported a Israel. Dois outros, um Israeli, Ze'ev Barkan, e um Zealander novo, David Reznick, são acreditados ter sido os terceiros e 4ns homens envolvidos no caso do passport mas controlados sair de Nova Zelândia antes de ser seguido.


Veja também

Comunidade Israeli da inteligência
Lista de assassinations Israeli
Aposta de Shin, Serviço de segurança interno de Israel

Livros

Yuval Aviv - Vengeance: A história verdadeira de uma equipe Counter-Terrorist Israeli
Ari Ben-Menashe
Preto, Ian e Morris, Benny. Guerras secretas de Israel: Uma história de serviços de inteligência de Israel. New York: Bosque Weidenfeld, 1991. 603 páginas.
Vencedor Ostrovsky - Por o Deception e O outro lado do Deception
Parsi, Rita. Alliance traiçoeiro: As transações secretas de Israel, de Irã, e dos Estados Unidos, Imprensa da universidade de Yale, 2007, ISBN-10: 0300120575.
Agência de inteligência central. “Israel. Inteligência extrangeira e serviços de segurança, 1979 ". Incluído no volume “originais do Den do Espionage dos E.U.”, Tehran, 1982.

Referências

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^ Sobre nós, Web site oficial de Mossad. Recuperado outubro 28, 2006.
^ ESTADOS UNIDOS advertidos Mossad. Do ataque Impending.
^ Protesto Argentinian, violação do sovereignty Argentinian:
Hoje, os advogados internacionais frown geralmente no abduction.
[...]
Argentina reivindicada, completamente plausibly, que “transferência illicit e clandestine de Eichmann do território de Argentina constitui uma violação flagrant da direita do estado de Argentina do sovereignty [.]”

Baixo, Gary J. (2004.) O exemplo de Adolf Eichmann: Jurisdição universal e nacional. Em Stephen Macedo (ed,) Jurisdição universal: Cortes nacionais e o Prosecution de crimes sérios. (ch.4) Filadélfia: U.Penn. Pressão.

No caso de Eichmann, a característica a mais salient do perspective da lei internacional era o fato da ação Israeli do enforcement de lei no território de um outro estado sem consentimento; o elemento humano inclui as circunstâncias dramáticas da captação por agentes de Mossad e pela custódia seguindo e de transferência a Israel [.]

Damrosch, Lori F. (2004.) Conectando as linhas na tela da lei internacional. Em Stephen Macedo (ed,) Jurisdição universal: Cortes nacionais e o Prosecution de crimes sérios. (ch.5) Filadélfia: U.Penn. Pressão.

O princípio da integridade territorial (na arte. 2 carta patente (de 4) UN)

Em seu nível mais óbvio isto significa que o exercício do jurisdição do enforcement dentro do território de um outro estado será uma violação da integridade territorial 32
Nota 32: Por exemplo. depois que Adolf Eichmann [...] foi sequestrado de Argentina por um grupo dos Israelis, conhecido agora para ser do serviço secreto Israeli (Mossad), o governo de Argentina alojou uma queixa com o conselho de segurança [...] que dos UN fosse entretanto unclear se como uma matéria da lei internacional a obrigação fazer o reparation para uma violação do sovereignty territorial tal como aquela envolvida no exemplo de Eichmann inclui uma obrigação retornar o offender.

Higgins, Rosalyn e Maurice Floy. (1997). Terrorismo e lei internacional. Reino Unido: Routledge. (P. 48)
^ Definição 138 do conselho de segurança, “pergunta que relaciona-se ao exemplo de Adolf Eichmann”
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^ A imprensa canadense chama-se para o inquérito nos Allegations a respeito do uso de Mossad dos Passports
^ Guerin, Orla. "Arafat: No tempo pedido", Notícia de BBC, Junho 29, 2002. Recuperado Outubro 27, 2006.
^ O governo Israeli desculpa-se a Nova Zelândia - 26 junho 2005 - Herald de NZ: Notícia do nacional de Nova Zelândia



Leitura mais adicional

Shimron, Gad 2007, de “Exodus Mossad; O salvamento audaz da capa interna do Tribe Jewish perdido ", casa publicando de Gefen. ISBN 978-9652294036
Thomas, Gordon 2007, de “espiões Gideon; A história secreta do Mossad ", livros de Thomas Dunne. ISBN 978-0-312-36152-5

Ligações externas

Web site oficial
Aplicação em linha do emprego. “Seus detalhes são protegidos. Este local é armazenado nas bases de dados altamente fixadas do estado de Israel. “
entrada de GlobalSecurity.org para Mossad
Os serviços de inteligência Israeli; Deception e operações secretas da ação
Sistema do Israeli IMI (IIS) - combate do fim do Israeli & táticas de combate usados por agentes de Mossad
Krav operacional Maga
Relações entre o Mossad e os meios
v • d • e
Agências de inteligência e organizações de Israel
Comunidade da inteligência: Aman • Mossad • Aposta de Shin • Polícias de Israel
IDF: Directorate da inteligência do ar • Departamento naval da inteligência • Corpo da inteligência • Corpo da inteligência do campo


MOSSAD

"Quando não há sábia direção, o povo cai; mas na multidão de conselheiros há segurança."
Provérbios 11:14

PARTE I - PARTE II

Para entender como funcionam e qual a motivação das equipes de extermínio do Mossad, conhecidas como Kidon, antes de mais nada é preciso conhecer a história, e como pensa e age o serviço secreto de Israel. Mesmo não sendo uma unidade militar o Mossad tem em seu quadro muitos ex-militares, e é um dos serviços de inteligência que tem plena capacidade para realizar operações paramilitares em qualquer parte do planeta.



Formalmente conhecido Instituto para a Inteligência e Operações Especiais (em hebraico: המוסד למודיעין ולתפקידים מיוחדים), o Mossad (em hebraico o Instituto) é o serviço secreto do governo de Israel, com sede em Tel Aviv e é considerado o mais eficiente em todo o mundo. Existem pelos menos cinco razões para isso:

Primeira, Israel mantém a fé de que a Inteligência Humana (HUMINT - Human Intelligence) vale mais que a Inteligência de sinais (SIGINT - signals intelligence). Apesar de investimentos na vigilância eletrônica, o Mossad continua a ver com desprezo a excessiva atenção que agência como a CIA dão aos computadores.

Segunda, o Mossad tem um tamanho pequeno, cerca de 1.200 pessoas, que faz com que seja evitado o efeito embrutecedor da identidade corporativa. Na mentalidade israelense trabalhar em um ambiente "familiar" e melhor do que em um ambiente corporativo, pois desta forma a criatividade é estimulada e as vidas dos agentes valorizada.

Em terceiro lugar, o Mossad mostrou uma crueldade rara, mesmo no mundo obscuro da inteligência. Tem realizado, através de suas unidades Kidon , dezenas de assassinatos. Essa crueldade é uma função da quarta razão;

O Mossad tem uma motivação única. Outros serviços de inteligência quando jogam seus jogos de espionagem não colocam em perigo a sobrevivência nacional, no máximo o país poderia perder uma área de influência ou um pouco de prestígio, isto as vezes faz com que as outras agências nem sempre se lance com tanto afinco em muitas de suas missões. Porém para os agentes do Mossad a motivação para suas missões é critica, o seu fracasso pode representar a destruição de sua nação e tudo que as gerações anteriores construíram. Para a maioria das nações, um serviço de inteligência é um luxo. Para Israel é a diferença entre a existência e o aniquilamento. Como exemplo desse pensamento um episódio da década de 1950 é emblemático: Em 1955, sete anos após a fundação do Estado de Israel, o filósofo Yeshayalu Leibowitz escreveu uma carta ao então primeiro-ministro David Ben-Gurion. Nela, ele reclamou de que palestinos inocentes estavam sendo mortos nas operações israelenses. “Eu discordo de você”, respondeu Ben-Gurion. “Embora seja importante que haja um mundo cheio de paz, fraternidade, justiça e honestidade, é ainda mais importante que nós estejamos nele”.

Por último o Mossad conta com uma rede de apoio logístico e operacional sem precedentes, formada pelos Sayanim (sing. Sayan, hebraico: ajudantes, auxiliares), refere-se aos judeus da diáspora espalhados pelos mundo que prestam assistência à Mossad. Gordon Thomas estima que nos Estados Unidos e Grã-Bretanha, existam pelo menos 20.000 sayanim que ajudam o Mossad de variadas formas, como logísticas (transporte, alojamento, etc), assistência médica, dinheiro, etc. Normalmente suas ações nãos os colocam em perigo ou dificuldades com as autoridades locais. Muitos deles são ricos empresários outros são juízes, advogados, médicos, policiais ou qualquer outra pessoa que possua um alto grau de autoridade ou influência em sua sociedade. Um Sayan deve ser 100% judeu apesar de não ser um cidadão israelense. A existência desse grande corpo de voluntários, permite que os custos com inteligência por parte de Israel possa ser muito reduzido, e é uma das razões porque o Mossad pode operar com um reduzido número de funcionários em comparação com as grandes agências de inteligência estrangeiras. Os Katsas (oficiais de inteligência do Mossad) tomam conta dos sayanim, e a maioria dos sayanim ativos são visitados uma vez por um katsa a cada três meses em geral, o que representar as vezes para um katsa entre duas ou quatro reuniões pessoais em um dia com um sayan, além de numerosas conversas por telefone, com o objetivo de coletar inteligência ou acioanr algum serviço. O sistema permite para o Mossad trabalhe com um pequeno número de pessoal. Por exemplo, em uma estação da CIA os americanos empregam aproximadamente 100 pessoas, enquanto que uma estação do Mossad de abrangência semelhante precisa só seis ou sete pessoas.

David Kimche, quando era diretor adjunto da Mossad, resumiu o papel da Mossad no mundo atual da seguinte forma: A Mossad está antes de tudo, depois de tudo e sempre. E sempre por Israel.

Os diretores do Mossad até 2010:

* Reuven Shiloah, 1951-1952
* Isser Harel, 1952-1963
* Meir Amit, 1963-1968
* Zvi Zamir, 1968-1974
* Yitzhak Hofi, 1974-1982
* Nahum Admoni, 1982-1990
* Shabtai Shavit, 1990-1996
* Danny Yatom, 1996-1998
* Ephraim Halevy, 1998-2002
* Meir Dagan, 2002-Presente

Histórico

O Estado de Israel foi criado oficialmente em 15 de maio de 1948, e imediatamente foi alvo de uma ofensiva militar coordenada pelos árabes locais e os estados árabes vizinhos. Mesmo antes de o Estado de Israel se declarado, haviam várias organizações subterrâneas ou semi-subterrâneas na Comunidade judia na Palestina (Yishuv). Estas organizações estavam empenhadas em resgatar judeus do extermínio em outros países através da imigração ilegal, intimidação das turbas árabes, e operações contra os britânicos. O Hagana, que era a principal força da Yishuv, criou o Shai – Sherut Yediot, ou Serviço de Informação, em 1934, e foi chefiado por Reuven Shiloah (o futuro primeiro Diretor da Mossad).

O trabalho do Shai era coletar informação para operações da Hagana e prover inteligência à liderança da Yishuv para seus procedimentos políticos e militares com os árabes locais, os países árabes, e as autoridades britânicas. O Shai foi estabelecido bem antes do Estado de Israel se declarado e seus chefes incluíram Isser Harel (Halperin, ou " pequeno Isser "), que encabeçou depois o Serviço de Segurança Interna (Shin-Bet atualmente designado Shabak acrônimo de Sherut Ha'Bitachom Ha´Klalim - Serviço de Segurança Geral) e depois o Mossad. Outras organizações tinham a sua própria unidades de inteligência para servir as necessidades individuais de cada uma delas.

A declaração do Estado e as intenções dos exércitos árabes ditaram necessidades novas: a necessidade para se criar uma infra-estrutura de inteligência, a necessidade para se estabelecer ações oficiais de vingança e punição oficial, e a necessidade para definir esferas específicas de responsabilidade. Estas necessidades eram claras e urgentes.

No dia 7 de junho de 1948, primeiro-ministro David Ben Gurion chamou Reuven Shiloah responsável pelo Departamento Político da Agência Judaica e o chefe da Shai, Isser Beeri que tinha substituído David Shaltiel recentemente. A reunião conduziu a definições preliminares dos serviços de inteligência do estado nascente.

De acordo com a decisão de Ben Gurion, Reuven Shiloah foi designado chefe do departamento político do Ministério Estrangeiro que deveria prover um serviço de informação político externo. Ele também se tornou o conselheiro do ministro do exterior para tarefas especiais.

Reuven Shiloah concentrou-se principalmente em assuntos políticos estrangeiros, como nos esforços para formar alianças com estados islâmicos não árabes, por exemplo a Turquia, e salvando judeus no estrangeiro e os trazendo para o Israel.

Uma pequena estação Shai, encabeçou por Haim Ben Menahem, começou operando no estrangeiro pelo verão de 1947. Em junho de 1948, quando o departamento político estava estabelecido, Arthur Ben Natan foi enviado para Paris para assumir os contatos de Ben Menahem. Este departamento operacional que estava tomando forma foi chamado de Da'at (conhecimento).

As coisas ainda não estavam claras. Ben Gurion contestou em princípio o reconhecimento público da existência de um serviço de segurança e de inteligência. Assim o departamento político, definido como um "serviço" de informação político externo, realmente se tornou uma agência de inteligência independente, secreta, mas ainda que foi hospedada no Ministério Estrangeiro. Isto significou que nesta condição não era possível se estabelecer legalmente os objetivos do serviço, suas tarefas, poderes, orçamentos, e relações entre as agências governamentais. Como não havia linhas claras delimitando responsabilidades muitas vezes orgãos diferentes estavam envolvidos em tarefas incomum.

Em abril de 1949, Comitê Supremo que depois deu origem ao Comitê de Chefes do Serviço ou VARASH encabeçado por Reuven Shiloah. Este comitê incluía o Shin-Bet, que emergiu do Shai, o departamento político, o departamento de inteligência militar e a Polícia de Israel.

Em junho de 1949 de julho, Reuven Shiloah propôs a David Ben Gurion, o estabelecimento de uma instituição central para organizar e coordenar a inteligência e o serviço de segurança. O objeto era aumentar a coordenação entre os serviços e uma maior cooperação entre eles. No dia 13 de dezembro de 1949, Ben Gurion autorizou o estabelecimento da "Instituição para Coordenação" para supervisionar o departamento político e para coordenar a segurança interna e as organizações de inteligência de exército. A instituição, ou Mossad, nasceu naquele dia, e o Reuven Shiloah seria seu primeiro diretor, ou Memune - "primeiro entre iguais" - em hebraico.

O primeiro-ministro David Ben Gurion, deu ao Mossad a diretiva primária: "Para o nosso Estado que desde a sua criação tem estado sob ataque de seus inimigos, a inteligência constitui a primeira linha de defesa. Temos que saber o que está acontecendo ao nosso redor”.

O Mossad iniciou suas atividades com o patrocínio do Ministério do Exterior. Em março de 1951, com uma visão para aumentar sua capacidade operacional e a unificar todas as ações de inteligência no exterior, Ben Gurion autorizou sua reorganização final. Uma autoridade independente, centralizada foi estabelecida para dirigir as tarefas de inteligência no exterior. Ela foi chamada de a "Autoridade" e era formada em sua maior parte pelo Mossad. Incluia os representantes dos outros dois serviços um QG e escalões de campo. O Mossad saiu debaixo dos auspícios do Ministério do Exterior e passou a informar diretamente ao primeiro-ministro, fazendo assim parte do Escritório do primeiro-ministro.

O Mossad adotou o seguinte verso do Livro de Provérbios como seu lema, guia, inspiração criativa e ideologia, mas também como uma advertência medonha: "Quando não há sábia direção, o povo cai; mas na multidão de conselheiros há segurança." - Provérbios 11:14

O Mossad é um serviço civil do Poder Executivo israelense, submetido diretamente ao Primeiro-Ministro e não aos comandos militares - muito embora uma grande parte dos seus agentes já prestou serviço nas Forças de Defesa de Israel, como parte integrante do recrutamento obrigatório. Os quartéis-generais do Mossad estão localizados ao norte de Tel Aviv e contam com cerca de 1.200 agentes - este número já chegou a 2.500 na década de 1980 -,

Hoje o Mossad tem a responsabilidade pela coleta de inteligência, ações encobertas, contra-terrorismo, prevenção de ataques e punição dos agressores. Tem a sua atenção focada nas nações árabes e organizações radicais islamicas, mas também realiza missões de espionagem em países aliados como por exemplo nos EUA . O Mossad é também responsável pelo movimento clandestino de refugiados judeus em países como Síria, Irã, e Etiópia.

O staff do Mossad estava estimado nos finais de 1980 entre 1.500 a 2.000 pessoas, de acordo com as mais recentes estimativas o seu staff é de 1.200. A identidade do Diretor do Mossad era tradicionalmente secreta, ou pelo menos não publicada, mas, em Março de 1996, o Governo israelense anunciou para o lugar o Major General Danny Yatom como substituto de Shabtai Shavit, que tinha deixado o cargo no inicio de 1996.

Danny Yatom resignou em 24 de Fevereiro de 1998, a seguir ao relatório da Comissão Ciechanover o qual apresentou a tentativa fallhada para assassinar Khalid Meshaal, um líder político de topo do Hamas, onde foi encontrado falhas. Yatom foi substituido no inicio de Março de 1998 por Efraim Halevy, então representante de Israel para a União Européia. Halevy, é um agente da Mossad, tinha inicialmente trabalhado nos bastidores para ajudar a negociar o tratado de paz entre Israel e a Jordânia.

A Mossad tem um total de sete ou oito departamentos, mas alguns detalhes da sua organização interna permanecem obscuros:

- O Departamento de Coleta/Tzomet: é o maior, com a responsabilidade pelas operações de espionagem, com departamentos no estrangeiro sob cobertura diplomática ou não oficial. O departamento consiste num número de escritórios os quais são responsáveis por regiões geográficas específicas, com "estações" em todo o mundo, e os agentes que eles controlam.

- Departamento de Ação Política e de Ligação: conduz as atividades políticas e de ligação com os serviços estrangeiros de inteligência amigos e com as nações com as quais Israel não tem relações diplomáticas normais. Nas maiores estações, como é o caso de Paris, a Mossad costuma ter sob a cobertura da sua embaixada dois controladores regionais: um para servir o Departamento de Coelta e outro o Departamento de Ação Política e de Ligação.

- Divisão de Operações Especiais: também conhecido como Metsada ou Caesarea, conduz os assassinatos mais sensíveis, sabotagem, ação paramilitar, e guerra psicológica. Dentro de sua estrutura exista uma pequena unidade chamada Kidon, baioneta em hebraico, que é responsável pelos assassinatos e ações de sabotagem. Responde diretamente ao Diretor do Mossad.

- Departamento LAP (Lohamah Psichlogit): é responsável pela guerra psicológica, operações de propaganda e difamações.

- Departamento de Pesquisa: é responsável para a produção/análise da inteligência, incluindo relatórios diários de situação, sumários semanais e relatórios detalhados mensalmente. O departamento está organizado em 15 secões geográficas especializadas, incluindo os Estados Unidos, Canadá e a Europa Ocidental, América Latina, a Ex-União Soviética, China, África, o Magreb (Marrocos, Argélia, Tunísia),Líbia, Iraque, Jordânia, Síria, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e o Irã. Há uma seção "nuclear" focada em artefatos nucleares.

- Técnica: cuida da logística das operações, o que inclui falsificação de passaportes e rotas de fuga. Existe também uma equipe especial de cientistas que trabalham no Instituto para Pesquisa Biológica em Tel Aviv. Eles preparam as toxinas mortais para a unidade Kidon.

- Tecnológica: é a divisão que mais cresce. Desenvolve softwares de segurança e invasão de redes, etc. São especialista em guerra cibernética.
Agentes e operações

Os principais agentes de campo do Mossad são chamados de Katsa. Um katsa é um oficial de inteligência implicado em operações de campo. Sua missão consiste em coletar inteligência e recrutar/dirigir espiões. Segundo informações eles principalmente operam na Europa e alguns no Oriente Médio. Eles também têm operado em menor medida na África e Ásia. Os Estados Unidos também são alvo de suas operações.

A maior parte da informação recopilada por Israel se refere aos países árabes. Já que é muito difícil operar nestes países, o Mossad recruta muitos de seus agentes na Europa. Enquanto alguns katsas estão locados permanentemente em algum país estrangeiro, outros vão mudando de páis de acordo com sua operação, razão pela qual recebem o apoio dos 'saltadores'. O número de katsas é muito inferior ao de outros oficiais de inteligência cumprindo funções similares em serviços secretos de outros países. Isto é devido à existência dos sayanim, voluntários judeus não israelenses que proporcionam apoio logístico às operações em todo mundo.

Os katsas operam na divisão Tsomet. Dividem-se em três ramos geográficos:

* Ramo Isarelis: Que inclui as regiões do Oriente Médio, Norte da África, Espanha, e aqueles katsas 'saltadores' (que vão de uma operação a outra).
* Ramo B: Que abarca a Alemanha, Áustria e Itália.
* Ramo C: Que compreende o Reino Unido, França, Países Baixos e Escandinávia.

Para selecionar candidatos idôneos, o Mossad utiliza diferentes teste psicológicos e de aptidão em função de suas necessidades de pessoal. Se o candidato for selecionado, passará um período de formação na academia de treinamento do Mossad, a Midrasha, localizada perto da cidade de Herzliya. Durante aproximadamente três anos, aprenderão as habilidades necessárias para as funções de inteligência. As mais importantes seriam o saber como encontrar, recrutar e cultivar agentes, incluindo como se comunicar clandestinamente com eles. Também aprendem como evitar ser descobertos pelos serviços de contra-espionagem , esquivando seus operativos da vigilância e possíveis emboscadas durante suas reuniões com outros agentes. Ainda que os katsas normalmente não portem armas de fogo, são também treinados no uso de vários tipos de armas, normalmente usam a pistola Beretta .22. Uma vez finalizado seu período de formação, passarão por um período prático durante o qual trabalharão em vários projetos, na maioria dos casos consistindo em manobras práticas em territórios que consideram hostis, como o sul do Líbano, as Colinas de Golan e a região do Curdistão, antes de se converter em um autêntico katsa com todas as seus atribuições.

Algumas ações conhecidas

Nikita Kruschev
Em 1956 agentes do Mossad, conseguiram obter o registro completo do famoso discurso de Nikita Kruschev no XX Congresso do Partido Comunista Soviético, em que alguns dos horrores do regime de Stalin foram divulgados. Esta informação foi compartilhada com uma grata CIA em Washington.

Adolf Eichmann
Essa foi a mais famosa operação do Mossad de toda a sua história e a que lhe rendeu fama e lhe projetou mundialmente.

Segundo o Simon Wiesenthal Center, dedicado à caça de nazistas, Adolf Eichmann tinha o papel de coordenar as atividades práticas da implementação da "solução final”. De seu escritório em Berlim, Eichmann organizava as rotas dos trens que seguiam para os campos de extermínio. Em outras palavras, era ele quem organizava o envio de homens, mulheres e crianças de origem judaica para locais de morte como – Auschwitz, Treblinka, Birkenau.

Em 1934 Eichmann serviu como cabo da SS no campo de concentração de Dachau, onde, aos olhos de Reinhard Heydrich, se distinguiu. Em setembro de 1937, ele foi enviado para a Palestina com o seu superior Herbert Hagen para averiguar as possibilidades da emigração massiva de judeus da Alemanha para aquela região do médio oriente. Eles chegaram a Haifa, mas só puderam obter um visto de trânsito para o Cairo. Ao chegarem à capital do Egito, eles encontraram-se com um membro da Haganá mas o conteúdo do encontro é alvo de dúvidas. Também tinham planejado encontrar-se com líderes árabes na Palestina, incluindo o mufti de Jerusalém Amin al-Husayni, mas a entrada na Palestina foi-lhes recusada pelas autoridades britânicas. Hagen e Eichmann escreveram um relatório contrário à emigração de judeus em larga escala para a Palestina por razões econômicas e também porque contradizia a política alemã de impedir o estabelecimento de um estado judaico ali.

Eichmann participou na Conferência de Wannsee, ocorrida em 1942, na qual ele foi o responsável pela determinação de assuntos ligados à "solução final da questão judaica", por ordens de Reinhard Heydrich. Semanas após a conferência, ele recebeu a patente de SS-Obersturmbannführer, tornando-se o chefe do Departamento da Gestapo IV B 4, órgão responsável por toda a logística relacionada com os estudos e execução do extermínio em curso.

Em 1945 diante da queda do 3º Reich, antes de fugir, Eichmann deu à mulher Vera quatro cápsulas de veneno, para ela e cada um de seus três filhos – Klaus, Horst Adolf e Dieter Helmut. “Se os russos vierem, mordam as cápsulas. Se forem americanos ou britânicos, não precisa”, disse. Em Ulm, no sul da Alemanha, topou com um pelotão americano e foi levado para um campo de prisioneiros. Eichmann afirmou ser Adolf Barth, cabo da Força Aérea alemã. Foi transferido de campo várias vezes e sempre adotava um nome diferente. Após meses, conseguiu escapar com documentos que o identificavam como Otto Heninger. Ele acabaria em uma localidade rural chamada Eversen. Lá viveu alguns anos tranqüilo, criando galinhas.

No pós-guerra seu nome apareceu diversas vezes nas 16 mil páginas que compuseram a transcrição do julgamento de Nuremberg, em que 24 membros da cúpula nazista foram acusados de crimes de guerra. Dieter Wisliceny, ex-colega e amigo seu (era inclusive padrinho de Dieter, o filho caçula), foi testemunha em Nuremberg e tentou salvar a pele às custas de Eichmann. Em novembro de 1946, escreveu de sua cela uma carta pondo-se à disposição dos americanos para ajudar a encontrá-lo.

A Alemanha tornou-se pequena demais para Eichmann, e em 1950 ele decidiu deixar o país. Atravessando os Alpes, chegou à Áustria e depois à Itália. Lá encontrou a mesma rede de proteção que já havia permitido a outros criminosos nazistas escapar. Em nome da “ajuda humanitária”, a Igreja Católica oferecia abrigo em casas seguras, e a Cruz Vermelha fornecia documentos. Eichmann foi acolhido por uma comunidade franciscana enquanto aguardava o momento de partir. No dia 14 de junho de 1950, o consulado argentino em Gênova lhe concedeu um visto de entrada. De seu próprio bolso ele pagou uma passagem de segunda classe no navio Giovanna C. e, em 14 de julho, desembarcou em Buenos Aires como Ricardo Klement.
Na Argentina inicialmente hospedou-se por um tempo em um hotel de imigrantes até que pôde conseguir uma casa na zona de Oliveiras, província de Buenos Aires. Teve diversos trabalhos como na fábrica de produtos de gás em Orbis e a fábrica de Automóveis na Mercedes Benz. Eichmann trouxe toda sua família para viver na Argentina.

Em 1952 Simon Wiesenthal, reconhecido caçador de nazistas, recebeu uma carta de um amigo seu da Argentina, que escreveu na carta: "Tenho visto esse porco miserável, o Eichmann, vivendo nas cercanias de Buenos Aires e trabalhando na central de abastecimento de águas”.

Após receber essa informação o governo de Israel aciona o Mossad e envia uma série de agentes de inteligência para verificar essa informação. A primeira pista sobre o paradeiro de Eichmann surgira em 1957, por meio de Lothar Hermann, um descendente de judeus cujos pais foram mortos pelos nazistas. Ele morara em Buenos Aires e sua filha Sylvia ficara amiga de um rapaz chamado Klaus Eichmann. A esposa de Hermann era alemã, e para a sociedade argentina eles se mostravam como uma família alemã. O jovem visitara sua casa e, sem saber da ascendência da família, declarou ser “uma pena que Hitler tenha sido impedido de alcançar seu objetivo”. Hermann leu antigos jornais que continham notícias sobre os julgamentos em Nüremberg e pôde saber que Eichmann era um dos responsáveis pelo maior extermínio que se produziu na história do sésulo XX. Ele então entrou em contacto com pessoas próximas ao governo de Israel. Klaus dizia que seu pai havia sido oficial do Exército alemão e se recusava a dar seu endereço a Sylvia, mas ela acabou descobrindo com uma amiga: rua Chacabuco, 4.261.

O chefe e cérebro por trás desta operação de inteligência, foi o Isser Harel, um dos primeiros e antigos chefes que teve o serviço de inteligência israelita Mossad. Ele enviou para o agente Zvi Aharoni, que no dia 1º de março de 1960 chegou a Buenos Aires. Sua missão: identificar e preparar a captura de Adolf Eichmann. Viajando com nome falso e passaporte diplomático, Aharoni era agente do Mossad. Naquela época, qualquer embaixada israelense dispunha de um número de telefone que podia ser usado para contatar voluntários judeus dispostos a ajudar em um trabalho ou investigação, e o mais importante: sem fazer perguntas. Esses voluntários são conhecidos como Sayanim (sing. Sayan, hebraico: ajudantes, auxiliares), e esse termo refere-se aos judeus da diáspora espalhados pelos mundo que prestam assistência à Mossad.

Um funcionário da embaixada colocou uma relação de voluntários à sua disposição e na companhia de um deles, “Roberto” (os nomes são fictícios), Aharoni dirigiu até a rua Chacabuco. Com o pretexto de entregar um carta para Ricardo Klement, Roberto foi ao prédio e descobriu que o apartamento do térreo estava vazio, sendo pintado. Se ele tinha morado ali, já havia se mudado.

Porém a caçada continuava e Aharoni teve sorte em março de 1960, pois em uma oficina mecânica perto da rua Chacabuco trabalhava um rapaz de nome Dito, que tinha uma forte sotaque alemão. Nos dias seguintes o Mossad seguiu o rapaz discretamente, pois ele podia muito bem ser Dieter, filho mais novo de Eichmann. Após o trabalho Dito foi para a rua Garibaldi, localizada em uma área meio abandonada, sem água encanada ou energia elétrica. Como era muito importante confirmar a identidade do rapaz Aharoni acionou um sayan chamado “Juan”, para que ele fosse até a oficina. Juan voltou da oficina e disse a Aharoni que o sobrenome do garoto era não era Klement, e sim Eichmann. Aharoni precisou disfarçar a empolgação. O Mossad tinha encontrado o seu alvo.

Mas faltava achar Adolf Eichmann. Aharoni o viu pela primeira vez em 19 de março. Passando de carro em frente à casa, observou um homem de meia-idade, magro e calvo, que recolhia a roupa do varal. Perto dele, uma criança de cerca de 5 anos (Ricardo Francisco, filho de “Klement” e Vera, nascido na Argentina). Era ele, com certeza. O espião sacou, dissimuladamente uma máquina fotográfica e sem levantar nenhum tipo de suspeita, fotografou Eichmann e mandou-as as fotos para Israel para serem analisadas por um perito fotográfico. O perito encontrou muitíssimas semelhanças entre Ricardo Klement e o oficial das SS.

Em 24 de abril, começaram a chegar a Buenos Aires os agentes do Mossad que participariam da segunda etapa da “Operação Eichmann”: a captura e traslado para Israel. Além de Aharoni, agora identificado como um executivo alemão, vieram Avraham Shalom, Yaakov Gat e Efraim Ilani. Em outra leva, para não chamar a atenção, desembarcaram Yitzhak Nesher, Zeev Keren (responsáveis por alugar as casas que seriam usadas de esconderijo e os carros para o seqüestro), Zvi Malkin (um homem forte, a quem caberia a missão de segurar Eichmann), o chefe da missão Rafi Eitan, o diretor do Mossad, Isser Harel, mais o médico, identificado apenas como “Doutor”, encarregado de manter o prisioneiro saudável. Por último, chegou Shalom Dany, perito em documentos falsos.

Eles alugaram duas casas que serviriam como opções de esconderijo e o agente Keren construiu numa delas um pequeno quarto com uma porta secreta onde o prisioneiro ficaria em caso de visitas inesperadas. Eles compraram dois carros, uma limusine Buick preta e um Chevrolet. Ambos foram levados ao mecânico para uma revisão completa. Decidiu-se que Aharoni, que conhecia melhor a cidade, dirigiria a limusine – o carro onde Eichmann seria colocado.

O alvo da operação continuava sob constante vigilância. Os agentes descobriram que todo dia ele descia do ônibus vindo do trabalho às 19h40, hora em que a rua costumava estar vazia. Seria o momento certo de atacar. Faltava só combinar a data. A idéia era que o intervalo entre o seqüestro e a fuga fosse o menor possível; quanto mais tempo mantendo Eichmann prisioneiro em Buenos Aires, maior a chance de a polícia ser acionada. O transporte para Israel seria no vôo de volta de um avião comercial da El Al que traria o ministro do Exterior israelense Abba Eban para a comemoração dos 150 anos de independência da Argentina. De início, o ministro chegaria em 12 de maio, e a aeronave retornaria a Israel no dia seguinte. O seqüestro foi marcado para o dia 10. Quando se soube que o avião só chegaria no dia 19, o grupo resolveu adiar a operação por 24 horas. Todos estavam tensos e ansiosos para que tudo acabasse logo.

Em 11 de maio, na hora combinada, 19h25, Aharoni estacionou a limusine na rua Garibaldi. Malkin e Keren saíram do carro e o segundo se escondeu atrás do capô. Rafi Eitan ficou deitado no banco de trás. O Chevrolet, com Avraham, Yaakov Gat e o Doutor, parou um pouco mais longe. Se durante a fuga acontecesse algum acidente ou qualquer problema com a limusine, os agentes e o prisioneiro seriam levados para o Chevrolet. O relógio deu 19h40, mas nada de Eichmann. O combinado era esperar até 20h. Enquanto esperavam os agentes do Mossad simularam que havia problemas mecânicos com um dos veículos para não chamar a atenção. Um ciclista parou para oferecer ajuda, os agentes israelenses foram firmes em negar a ajuda.

Na verdade todos os dias Ricardo Klement tomava o coletivo 203. Justamente neste dia ele deixou passar dois ônibus desta linha. Quando subiu no ônibus, não percebeu que lá dentro tinha um suposto passageiro que se escondia dele usando um gorro. Este passageiro era um dos homens do serviço de inteligência israelense que tinha tomado o coletivo com a intenção o seguir até sua parada o que só aconteceu às 20:20, quando Eichmann desceu do ônibus da linha 203. Depois das 20:00, Avraham saiu do carro e vinha em direção à limusine, quando um ônibus parou no ponto e um homem saltou. Avraham correu de volta para o Chevrolet e acendeu os faróis. Era Eichmann.

Aharoni o observava com os binóculos quando ele pôs a mão esquerda no bolso. Seria uma arma? Com um sussurro alertou Malkin : “Ele está com a mão no bolso. Cuidado, pode ser um revólver”. Aharoni ligou o motor do carro. Mas Eichmann não estava armado – nem os agentes. Três segundos depois, Eichmann passou ao lado de sua janela e foi barrado por Malkin que disse “Un momentito, senor!” as únicas palavras que sabia em espanhol. Malkin saltou imediatamente contra o alemão e agarrou a sua mão direita. Ambos caíram no chão. Outro agente levantou os pés Eichmann e ele foi colocado no carro.

A limusine seguiu pela rua Avellaneda por 800 metros e então parou para que Zeev Keren descesse e trocasse rapidamente as placas do carro; em vez das chapas comuns, agora eles tinham novas, azuis, de carro diplomático, para combinar com documentos falsos de diplomata austríaco que Aharoni levava. O prisioneiro estava deitado no chão, com um cobertor em cima. Chegaram finalmente na casa. O carro estacionou na garagem e os ocupantes entraram pela porta que dava acesso direto à cozinha.

Vendado com óculos de motociclista cobertos com fita adesiva, Eichmann foi levado até o segundo andar, onde um quarto tinha sido preparado para ele. No lugar das janelas, colchões tornavam o ambiente à prova de som. Deitaram-no na cama, despiram-no, e o Doutor examinou seu corpo em busca de cápsulas de veneno. Vestiram-no com pijamas e a perna esquerda foi algemada à cama. O interrogatório começou às 21h15. Aharoni fazia as perguntas. Qual era o nome do prisioneiro? “Ricardo Klement”. E como ele se chamava antes? “Otto Heninger”. A resposta deixou Aharoni intrigado; ele não sabia que Eichmann adotara identidade de Otto Heninger na Europa. Mas as perguntas seguintes tiveram a resposta esperada. Quando era sua data de nascimento? “19 de março de 1906”. Local de nascimento? “Solingen”. E qual foi seu primeiro nome? “Adolf Eichmann”. Aharoni esticou a mão para cumprimentar Avraham, do outro lado da cama.

Em 20 de maio, o prisioneiro foi avisado de que era hora de partir. Vestido com uma roupa semelhante à da tripulação da El Al (camisa branca e gravata preta), Eichmann foi sedado. A droga o impediria de falar, mas com ajuda poderia se locomover quase normalmente. Partiram às 21h no avião Bristol Britannia de prefixo 4X-AGE da El Al.

O aeroporto estava vazio, não havia outros vôos programados para aquele dia. O carro parou perto do ônibus da companhia – cujos verdadeiros tripulantes não tinham idéia do que se passava. Yaakov e o Doutor, também vestidos como tripulantes da companhia aérea, ajudaram Eichmann a subir a escada e entraram no avião com ele. Para todos os efeitos, eram dois membros da tripulação amparando um colega doente. O Doutor sentou atrás de Eichmann e até a decolagem manteve uma seringa espetada em seu braço. Aharoni, Isser Harel e o resto da equipe aguardavam a hora de embarcar, mas o tempo foi passando e nada de eles serem liberados. Pouco antes da meia-noite apareceu um funcionário esbaforido pedindo desculpas pelo transtorno. Com todos finalmente a bordo, o avião decolou à 0h04. A aeromoça perguntou se Zvi Aharoni gostaria de alguma coisa para comer. “Não, obrigado. Mas quero um uísque. Duplo.” Às 7h20 da manhã de 22 de maio, a aeromoça avisou: senhoras e senhores, estamos entrando em espaço aéreo de Israel.

Adolf Eichmann foi julgado em Israel, num processo que começou a 11 de Abril de 1961. Foi acusado de 15 ofensas criminosas, incluindo a acusação de crimes contra a Humanidade, crimes contra o povo judeu, e de pertencer a uma organização criminosa.


Adolf Eichmann sendo julgado em Israel em 1961
O julgamento causou grande controvérsia internacional. O governo israelense autorizou que as cadeias noticiosas de todo o mundo transmitissem ao vivo o julgamento. Um homem sentado atrás de um vidro à prova de balas e de som, enquanto muitos sobreviventes do Holocausto testemunharam contra ele.

Fotos da caçada a Eichmann


A equipe do Mossad

Foto de nos anos 1940

Simon Wiesenthal



Eichmann durante a Segunda Guerra Mundial




T. Friedman



Passaporte falso de Eichmann



Eichmann na Europa



Isser Harel




Zvi Aharoni



A cada de Eichmann na rua Garibaldi



O avião Brittania da El Al



Eichmann capturado


Foi condenado a todas as acusações e recebeu a sentença de morte (a única pena de morte civil alguma vez levada a cabo em Israel) a 15 de Dezembro de 1961 e foi enforcado poucos minutos depois da meia-noite de 1 de Junho de 1962, na prisão de Ramla, perto de Tel Aviv. Foi a única exceção aberta pela lei israelita, a qual não prevê a pena de morte.

Membros do Mossad que participaram da missão:

* Isser Harel: chefe do Mossad e responsável máximo pela operação.
* Rafael Eitan: líder da unidade operativa. Viajava em um dos automóveis que foram usados para capturar a Eichmann.
* Peter Malkin: viajava no primeiro automóvel. Foi o primeiro que imobilizou Eichman.
* Amos Manor: diretor do Shin Bet. Foi um dos que sugeriu a busca de Eichmann. Planejou a operação.
* Abraham Shalom: Um dos captores no segundo automóvel.
* Yaacob Crus: subdiretor do Mossad. O primeiro que informou o governo da captura.
* Zvi Aharoni: Captor. Descobriu onde vivia Eichmann em Buenos Aires.
* Emanuel Talmor: Viajou no no avião da El Al levou a Eichman. Foi um dos que o transportou drogado.
* Yaacob Meidad: o homem a cargo da logística para a captura. Alugou casas e conseguiu automóveis. Nos 9 dias em que Eichmann esteve cativo, ele providenciou alimentos e medicamentos ao grupo.
* Yudith Nasiahu: integrante do Mossad. Viveu na casa em que esteve cativo Eichman simulando ser casada com um dos captores.
* Abraham Kaler: ajudou a localizar a Eichmann na Argentina.
* Simón Wiesenthal: caçador de nazistas. Deu os indícios para capturar a Eichmann.
* Tuvia Friedman: fez o mesmo que Wiesenthal.

O famoso Eli Cohen

Se a Guerra dos Seis Dias – quando Israel aniquilou as defesas da Síria, em 1967 – durou tão pouco, muito se deveu ao trabalho do espião Eli Cohen. Agente mais ousado do serviço secreto israelense, ele ganhou a confiança dos poderosos sírios a ponto de ter acesso aos maiores segredos militares. Que eram prontamente repassados aos patrões em Tel-Aviv, é claro.

Cohen descobriu e sabotou, por exemplo, um projeto da Síria de desviar as fontes do rio Hasbaya, afluente do rio Jordão. Se levado a cabo, o desvio privaria os israelenses de 100 milhões de metros cúbicos de água, o equivalente a um terço do que corria nos condutos do país.

Também foi ouvido pelos militares sírios quando sugeriu que eucaliptos fossem plantados ao redor das fortificações, sob o pretexto de que as árvores disfarçariam as instalações. Na verdade, as plantas serviram para ajudar a força aérea israelense a localizar seus alvos estratégicos.

Filho de judeus sírios nascido em Alexandria no Egito. Com a criação do Estado de Israel, em 1948, sua família mudou para lá, mas ele permaneceu no Egito. Por duas vezes ofereceu seus serviços à inteligência Israelense, porém foi recusado. Em 1960, a inteligência secreta israelense (Mossad) resolveu comprar seus serviços, pois esta planejava se infiltrar na Síria e Eli era ideal para o serviço por seus conhecimentos sírios e suas habilidades interpessoais.

Ele começou os treinamentos como dirigir em alta velocidade , uso de armas, sabotagem e criptografia. Cohen falava árabe fluentemente – ainda assim, precisou de um longo treinamento para trocar o sotaque egípcio pelo sírio. Além disso, tinha ótima memória e a aparência de um respeitável cidadão árabe. Todos os atributos que se esperaria de um agente secreto judeu. Só uma coisa preocupava o Mossad (serviço secreto de Israel): a ousadia de Cohen beirava a irresponsabilidade suicida.

Por fim ganhou uma nova identidade: Kamel Abin Tebas, supostamente nascido na Síria que teria se tornado um negociante de tecidos bem sucedido na Argentina. Foi para Buenos Aires e logo ficou conhecido como rico e mulherengo, conheceu a embaixada da Síria e com seus contatos Kamel “voltou” para o país de origem em 1961 e lá rapidamente se tornou íntimo da classe política. Os anos se passaram e Eli (Kamel) participava de festas e manifestações políticas na Síria e aos poucos foi cultivando amizades e ganhando confiança de milites e políticos do alto escalão. Durante todos esse período, ele alimentava Israel com informações via cartas secretas.

Cohen freqüentava as altas rodas, ficou amigo do presidente, visitou as linhas de frente do exército inimigo e soube tudo sobre as diretrizes militares da Síria, as ligações com a Rússia e os planos contra Israel. Quando não conseguia informações por meios diplomáticos, chantageava mulheres de oficiais com fotos comprometedoras.

Esse posto de observador privilegiado durou 4 anos, até 1965. Nessa época, já disfarçava mal suas atividades secretas – ligava todos os dias, no mesmo horário, para Israel. Eli Cohen foi desmascarado e preso por especialistas soviéticos em contra-espionagem, que o pegaram mandando uma mensagem de radio para a Mossad e foi condenado a forca, em 18 de Maio de 1965. Cohen foi torturado antes de ser enforcado: teve água injetada em seu corpo, sofreu choques elétricos e queimaduras com brasas de cigarros e teve as unhas arrancadas. Depois de tudo isso ele foi enforcado. O se corpo ficou pendurado por mais 6 horas e com direito a transmissão ao vivo na TV Síria. Até hoje Israel clama pela devolução de seu corpo.

Com as informações de Israel entrou em guerra contra Síria, Egito e Jordânia: a guerra dos 6 dias. Eli já conhecia todos os pontos fracos da fortaleza Síria e havia sugerido aos militares que plantassem arvores de eucaliptos ao redor das bases secretas como camuflagem (na verdade era a forma de avisar a Força Aérea Israelense a localizar as bases). E a Síria teve o exercito destroçado e o fim da guerra negociado com Jordânia e Egito.

O MiG iraquiano

Em 1963 o Mossad ganhou um novo chefe, Meir Amit substituindo o homem que fez do Mossad uma agência de primeira: Isser Harel. Amit que era dotado de grande inteligência e carisma procurou o chefe da FAI, na ocasião este era Mordechai “Motti” Hod e perguntou-lhe o que ele podia fazer para ajudar a FAI. Hod que não era homem de muitas palavras respondeu: “Me arranje um MiG!”.

O Mossad então executou uma operação digna dos melhores romances de espionagem. Uma agente, que nunca ficou claro se era uma israelense ou americana a serviço de Israel ou mesmo judia, aproximou-se de um jovem piloto iraquiano chamado Munir Redfa seduziu-o e fez com que ele se apaixona-se por ela. Convenceu-o então a desertar levando o mais moderno caça soviético cedido aos países árabes, um MiG-21F-13 de No.534. Em 16 de agosto de 1966 ele levou o caça para Israel, pousando numa base área no deserto do Negev. A FAI mandou dois Mirages interceptar a aeronave, mas não disse aos pilotos do que se tratava. Já próximo de obter contato visual, os pilotos ouviram do controle de terra que iriam ver um MiG em breve, mas que de modo nenhum poderiam abatê-lo. Eles acharam que era alguma piada, mas quando viram o MiG não discutiram mais e o escoltaram até a base.


O MiG-21F-13 No.534 do piloto Munir Redfa
A família do piloto que era casado e tinha 3 filhos, foi retirada pelo Mossad no mesmo dia, mas de modo mais fácil. O piloto desertou por uma motivação amorosa, mas houve um fator foi determinante para o sucesso. Redfa fazia parte da minoria cristã maronita do Iraque. Não foi só o coração que falou mais alto. Redfa como cristão não tinha chances de subir na hierarquia da Força Aérea do Iraque, ficava desconfortável em bombardear os curdos e seus superiores não confiavam muito nele, pois só voava com pouco combustível. No dia da fuga convenceu a equipe de terra a encher o seu tanque e também tinha 490 litros em seu tanque auxiliar sob a fuselagem o que lhe deu condições de voar 900 km até o mar Mediterrâneo. Vendo o sucesso da fuga Rodfa outros 3 pilotos iraquianos fugiram para a Jordânia com os seus MiG-21. Os pilotos conseguiram o asilo político, mas as aeronaves foram devolvidas ao Iraque. Após o desembarque Munir Redfa viveu afastado do publico. Ele obteve a cidadania israelense. Logo após a deserção de Redfa, os cristãos iraquianos não tinham permissão para se juntar à Força aérea, por ordens do então presidente do Iraque. Essa ordem ainda era válida até a invasão do Iraque pelos EUA em 2003.

O avião foi examinado em Israel por Danny Shapira. Piloto de caça experiente tendo lutado na Guerra de Independência, Shapira ensinou aos seus companheiros como lutar e vencer o Mig-21 Mais tarde o avião foi entregue aos americanos. Em homenagem ao Mossad, um Mig-21F que está no museu da Força Aérea de Israel recebeu no nariz o prefixo “007”.

Mirage 5
Em meados da década de 1960, a pedido de Israel, a Dassault Aviation iniciou o desenvolvimento do Mirage 5 , uma versão de ataque ao solo todo-tempo do Mirage III. Seguindo as sugestões feitas pelos israelenses, os aviônicos localizado atrás do cockpit foram removidos, permitindo que os aviões tivessem aumentada a sua capacidade de transporte de combustível, reduzindo assim custos de manutenção. Em 1968, a Dassault finalizou a produção dos 50 Mirage 5J pagos por Israel, mas um embargo de armas imposto ao país pelo governo francês do General De Gaulle em 1967 impediu a Dassault de entregar as aeronaves.

Com esse embargo a FAI - Força Aérea de Israel temia que não teria uma vantagem sobre seus adversários regionais que estavam sendo reequipados com os mais avançados aviões soviéticos. Além disso a FAI estava enfraquecida pois tinha perdido muitos Mirage III na Guerra dos Seis Dias.

Diante deste quadro de eminente perigo o Mossad foi acionado para realizar uma das maiores operações de espionagem industrial da história. Os israelenses conseguiram adquirir os planos para o Mirage III, que foram utilizados diretamente no processo de produção em série aviões Kfir (leãozinho em hebraico). Não são muitos os detalhes desta operação, mas James Follett escreveu uma novela chamada Mirage, em estilo de narrativa histórica, em que ele estima que os israelenses receberam 150 mil desenhos de ferramentas, gabaritos e peças; 400 desenhos de células; 50.000 desenhos de instrumentação; 4.000 desenhos do motor; Além de cerca de 50.000 documentos abrangendo testes e especificações de serviços. Estes dados estão bem perto da verdade e dão uma idéia da enorme dimensão do golpe de espionagem, além de que parece provável que os israelenses receberam esses dados de várias fontes, diferente do retratado no livro de de James Follett. Por exemplo os desenhos do motor foram entregues aos israelense por um engenheiro judeu suíço chamado Albert Fraunknecht - renomeado Albert Heinkein no livro de James Follett. A Suíça fabricava Mirages sob licença da Dassault. Especula-se que parte dos documentos veio de cúmplices dentro da empresa Dassault, mas nada nunca foi provado. também há rumores de que a própria Dassault tenha burlado o embargo francês fornecendo aos israelenses duas células do Mirage 5, mas a Dassault nega esta informação.


Com a espionagem industrial do Mirage 5 da Dassault, os israelenses fabricaram o excelente Kfir C1

Operação Plumbat
No dia 15 de novembro de 1968, na cidade de Olen (Bélgica), uma carga de 200 toneladas de óxido de urânio, foi armazenada em tambores de óleo, de 200 litros cada. Um total de 560 tambores foram utilizados para armazenar o conteúdo radioativo. Estes tambores, que tiveram suas tampas fechadas com múltiplos selos de borracha, não continham nenhuma inscrição, apenas a palavra PLUMBAT.

A carga foi enviada por trem até o Porto de Antuérpia, onde a Ziegler (empresa que estava negociando o material) iria embarcar os 560 tambores no cargueiro Scheersberg A, que seguiria à Genova, na Itália, onde a carga deveria ser desembarcada. O cargueiro ainda não havia entrado no porto, mas chegaria logo ao amanhecer do dia 16.

O porto de Antuérpia tem seus canais bastante apertados e tem diversas pontes móveis de ligação. Quando o Scheersberg A estava realizando os procedimentos de atracação no canal chamado “Suez”, o piloto se distraiu e bateu a lateral do navio em um dos pilares, da ponte chamada “Sibéria”. Se a ponte caísse, bloquearia todo o canal do porto e causaria atrasos de toda a ordem. Quando as autoridades portuárias examinaram a ponte, perceberam que os danos eram apenas superficiais. Numa atitude inesperada, a Ziegler se comprometeu em pagar todos os danos, para que o navio fosse liberado e a carga pudesse ser carregada dentro do previsto.

Após este incidente, o navio recebeu autorização para atracar, dirigindo-se então para o cais “Berth 42”, onde foi inspecionado pelo gerente da Ziegler e por dois outros homens, que provavelmente eram representantes dos “compradores” da carga. O carregamento teve início às 14:00 horas. Ao final da tarde, Marcel Heynen, gerente portuário da Ziegler, subiu a bordo do Scheersberg A, para verificar o trabalho de carregamento e certificar-se que tudo estava transcorrendo sem incidentes.

Marcel Heynen informaria posteriormente que percebeu que um dos “representantes”, do comprador, contava todos os tambores que eram levados à bordo e verifiva se estavam cheios.

Após verificar o carregamento, Heynen procurou o capitão do navio. Ele o encontrou na cabine (do capitão), bebendo uísque e conversando em inglês com outros dois homens, sobre o tempo. Ele então trocou algumas palavras e desejou “Bon Voyage”.

No cais, a correria era intensa, o responsável pela liberação da documentação de embarque, subiu a bordo do cargueiro, procurando algum oficial que assinasse a documentação. A documentaçao oficial informava que haviam sido carregados 208′998,55 quilogramas de “Plumbat” (o peso incluia os tambores de metal) e que estes haviam sido entregues em “perfeitas condições”. Quem assinou a documentação foi o Primeiro Imediato Tilney, que após ler a documentação, inquiriu Verhulst (o responsável pela documentação da carga), se a carga não se tratava de “produtos químicos”, mas apenas foi informado que se tratava de “Plumbat”.

Por volta das 22:00 horas, o navia estava pronto para partir. Ao timão, estava o novo piloto Pierre Slaghmeulen (não permitiram que o piloto que havia abalroado a ponte, conduzisse o navio para for a do porto), mas ainda faltava passar pela inspeção das autoridades portuárias competentes. Verhulst entrou em contato com as autoridades portuárias solicitando a inspeção final.

De forma simples e normal, os responsáveis pela fiscalização subiram a bordo do cargueiro, verificaram se a carga conferia com a documentação, mas seu interesse maior era em procurar por contrabando. Como nada de irregular foi encontrado, o navio recebeu a autorização para partir.

Os canais do porto já estavam cheios graças a maré, e o Scheersberg A inciou então sua viagem (eram 00:04 do dia 17 de novembro).

O transporte de óxido de urânio havia sido autorizado pela comunidade européia, porque para todos os fins, a carga estava sendo enviada para a Itália. Devemos observar que a rota determinada para o cargueiro, foi obedecida integralmente até o dia 24 de novembro, quando o navio se encontrava nas proximidades das Ilhas Beleares. Neste ponto, a embarcação deveria ter tomado rumo norte e se dirigido a Gênova, na Itália, no entanto, a embarcação tomou rumo Leste, seguindo em frente. Por volta do dia 27 de novembro, o Scheersberg A, estava passando entre a Sicília e a Tunísia, rumo ao Mediterrâneo Oriental.

Não era de se esperar que o navio, contendo 200 toneladas de óxido de urânio, se dirigisse diretamente para Israel, afinal de contas, empresas seguradoras, como a Lioyd’s, mantinham agentes portuários ao redor do mundo, para informarem sobre as movimentações dos navios, especialmente dos segurados por eles. O que foi reportado pela tripulação, é que entre o Chipre e a costa da Turquia, a carga foi transferida para um cargueiro israelense, durante a noite.

De acordo com um marinheiro anônimo, que dizia estar a bordo do Scheersberg A , naquela ocasião, a ação ocorreu na madrugada, já no mes de dezembro. (A matéria foi pulicada na revista “Time”, de 30 de maio de 1977)

“Um (pequeno) cargueiro israelense, escoltado por duas canhoneiras fortemente armadas, se aproximou pelo sul. O cargueiro israelense manobrou para ficar alinhado lateralmente com o Scheersberg A. A tripulação daquele cargueiro lançou diversos cabos, ao longo de todo o deque, para que as duas embarcações permanecessem unidas.

Logo em seguida, se dirigiram aos tambores de Plumbat, onde soltaram todos as amarras que prendiam os tambores. Os 560 tambores foram levados, um a um, para o corgueiro israelense. A bordo do Scheersberg A, não havia nenhuma conversa, o Capitão Barrow havia ordenado completo silêncio. Mas uma ou duas vezes, a tripulação ouviu algumas ordens de comando, em hebraico, porém numa tonalidade bem suave, vindas de ambos os navios.

A baldeação da carga durou menos de quatro horas. Quando tudo terminou, o cargueiro (israelense) partiu em direção ao sul. Logo em seguida partiram também os barcos de escolta. Quando as três embarcações se encontravam bastante distantes, o Capitão Barrow ordenou que o navio mudasse sua rota em direção a nordeste, imndo em direção à costa turca. O Scheersberg A navegava a 12 nós, o que fez com que demorássemos cerca de cinco horas para aportarmos no pequeno porto turco de Iskenderum. Já era dia 02 de dezembro.”

Já o cargueiro israelense tinha que viajar por cerca de dezesseis horas, até o porto de Haifa. Chegando ao porto, a valiosa carga pode ser descarregada sem maiores incidentes. Os tambores, marcados apenas “PLUMBAT”, não despertariam nenhuma suspeita. De Haifa, os tambores poderiam seguir pela rodovia de Tel Aviv. Ao anoitecer do dia 03 de dezembro, todas a carga já poderia estar em Dimona.

Pouco mais de um mês depois do incidente, Burham Yarisal, então propriétário do Scheersberg A, vendeu a embarcação. O Mossad (Serviço Secreto Israelense), adquiriria posteriormente, através de um de seus agentes, o Scheersberg A, que em 1969, seria utilizado em outra missão, que seria chamada posteriormente de “Incidente Cherbourg”.

Tudo seria descoberto em 1973, através de investigações realizadas na Noruega, Grã-Bretanha, Itália, Alemanha e França. Diversos agentes do Mossad seriam descobertos e presos. Suas declarações e depoimentos serviriam para juntar todas as peças deste quebra-cabeças, chamado “OPERAÇÃO PLUMBAT”, uma das mais notórias operações desta espécie.
As canhoneiras de Cherburgo

Uma das mais audaciosas operações do serviço secreto israelense foi o resgate, em dezembro de 1969 de cinco poderosas canhoneiras que estavam em poder dos franceses. Agiram conjuntamente o Mossad e a Marinha israelense, que precisava das embarcações para compor uma força naval efetiva no Mediterrâneo.

Israel havia encomendado a les Constructions mécaniques de Normandie (CMN), uma companhia francesa de construção naval, instalada nos estaleiros de Cherburgo, a construção de doze canhoneiras Sa'ar 2 que eram na verdade um projeto alemão ocidental. Em 1968, cinco delas já tinham sido entregues. No início do ano seguinte, contudo, em represália a um ataque israelense ao aeroporto de Beirute, o general De Gaulle, presidente da França, resolveu embargar todas as vendas de armamentos ao Estado judeu.

Israel agiu rápido. Mal era anunciado o embargo e a sexta canhoneira deixava às pressas o porto de Cherburgo. Três dias depois, era a vez da sétima canhoneira. Restavam, ainda, cinco embarcações inacabadas, retidas no estaleiro sob a vigilância da Marinha francesa. Segundo as ordens de De Gaulle, essas canhoneiras jamais deveriam chegar a Israel. Mas os franceses não contavam com a astúcia e determinação do general Yariv, chefe do serviço de inteligência militar de Israel, e do almirante Mordechai Limon, comandante da operação que retiraria os barcos do estaleiro francês.


Canhoneira israelense Sa'ar 2
Começava a Operação Arca de Noé, cuja finalidade era resgatar as canhoneiras de Cherburgo. O plano teria toda a aparência de transação comercial. Os israelenses dariam a impressão de conformar-se com a perda das embarcações e, preocupados apenas em compensar o prejuízo, arranjariam a venda delas para uma companhia norueguesa, secretamente controlada por Israel. A empresa se chamava Starboat, estava registrada no Panamá, e trabalhava com perfuração de petróleo no Mar do Norte. Segundo a empresa Starboat as embarcações desarmadas seriam úteis em suas operações petrolíferas. Era um frágil disfarce, mas revelou-se suficiente para que os franceses liberassem as canhoneiras.

Foi uma operação complexa. Os israelenses, para o êxito da missão, precisariam percorrer a Europa em busca do equipamento adicional necessário para uma viagem de mais de 4.800 km; os suprimentos da tripulação deveriam ser armazenados e embarcados em segredo; tripulantes extras (disfarçados de noruegueses) teriam de vir disfarçadamente de Israel a Cherburgo; e além de desviar a atenção das autoridades francesas, seria preciso contar com bom tempo.

Nas ultimas semanas de dezembro começaram a chegar os 50 jovens marinhos "noruegueses", todos eram israelenses, porém alguns eram de origem dos países nórdicos, loiros e de olhos azuis.

O dia escolhido foi 24 de dezembro, Natal, quando a maioria das famílias francesas faz sua ceia natalina e a vigilância é menos rígida. O almirante Limon veio de Paris a Cherburgo pela manhã e reservou mesa para festa num dos melhores restaurantes da cidade, com o intuito de afastar qualquer suspeita por parte dos franceses. Limon decidiu também que a flotilha deveria estar pronta para zarpar às 20h30.

À hora marcada, porém, uma tempestade impediu a partida. Só às 2h da madrugada do dia de Natal as canhoneiras começaram a deixar Cherburgo. Quando saíram do porto, as embarcações aproaram para oeste; depois seguiram para a baía de Biscaia. Seguiram em direção a Gibraltar e, por fim, o Mediterrâneo, onde navios israelenses, esperando a intervalos regulares, garantiram-lhes combustível e provisões.


A rota das cinco canhoneiras israelenses
Na noite de 31 de dezembro de 1969, as canhoneiras aportavam a salvo no porto de Haifa em Israel. Terminava uma das mais formidáveis operações do serviço secreto de Israel e suas forças armadas.

A operação Cólera de Deus
Série de assassinatos com o objetivo de eliminar os responsáveis pelo Massacre de Munique nos Jogos Olímpicos de 1972.

Entebbe
Assistência na missão de resgate realizada por forças especiais israelenses em Entebbe, Uganda, a 4 de Julho de 1976.

Reator nuclear em Osirak
Entre 1978 e 1981 o Mossad esteve envolvido na Operação Sphinx (Esfinge) com o objetivo de obteve a informação altamente sensível sobre o reator nuclear Osirak no Iraque através do recrutamento de cientistas iraquianos na França. Em 05 de abril de 1979, o Mossad destruiu 60 por cento dos componentes do reator iraquiano construído na França, Uma organização ambiental chamada "Groupe des français écologistes", que ninguém nunca ouviu falar antes deste incidente, reivindicou o crédito para a explosão. Durante a operação Ópera, realizada em 7 de junho de 1981, caças F-16A da Força Aérea de Israel, destruiram o reator nuclear Osirak, no Iraque.

Operação Moisés
Assistência na Operação Moisés, o resgate de judeus etíopes (falashas) em novembro de 1984. Oprimida por anos de guerra civil e pela fome assassina e implacável a comunidade etíope negra Falash Nura foi descoberta. A grande surpresa era serem judeus, manterem as tradições judaicas e o estudo da religião, provavelmente descendentes da época do rei Salomão e suas minas africanas.

Se você perceber pelo mapa, o sul do Sudão e o norte da Etiópia são os lugares de concentração negra nos dois países, exatamente onde ocorria a guerra.

Entre 1980 e 1982 2.500 judeus negros etíopes foram resgatados em meio ao conflito e levados para Israel. Em 1983, outros 1.800 cruzaram a pé a fronteira do Sudão dali foram para Israel. A situação foi ficando crítica e as condições de vida nos campos de refugiados judeus negros no Sudão não podia mais ser mantida.

No dia 21 de novembro de 1984 começou a operação Moisés, que utilizava aviões militares Hercules levando 200 pessoas de cada vez. A viagem e os vôos para Israel foram mantidos em segredo por ambos os governos. Até 5 de janeiro de 1985, cerca de 8.000 judeus negros etíopes tinham encontrado a salvação em Israel.

As notícias vazaram e os países árabes pressionaram o governo do Sudão para impedir o trânsito de judeus pelo seu território. O governo cedeu e 1.000 judeus ficaram por lá, enquanto dezenas de milhares ainda aguardavam na Etiópia. Tentando fugir a pé para o Sudão cerca de 4 mil judeus negros etíopes morreram, como nas caminhadas da morte pela Europa ocupada pelos nazistas na Segunda Guerra.

Em 1985, o então vice-presidente americano George Bush (pai) inicial a operação Joshua que conseguiu resgatar 800 dos 1.000 judeus retidos no Sudão. Os últimos 200 foram alvo de 5 anos de negociações, mas foram retidos pelo governo sudanês e seu destino provável foi a morte na região de Darfur, junto com os negros cristãos.

Em 1990 os governos de Israel e Etiópia fecharam um acordo diplomático que permitiu a saída do judeus negros dos campos de refugiados, dos campos de fome, dos campos de morte, que existem até hoje, agora com cristãos negros.

O acordo era frágil e podia ser revogado a qualquer momento. Em 36 horas 34 aviões Hercules C-130 de Israel com os assentos removidos para caber mais gente, salvaram 14.325 etíopes da miséria, opressão, perseguição e morte certa.

Ao longo dos anos, cerca de a comunidade de judeus negros da Etiópia, conhecidos como Falashas, já chegou às 80.000 pessoas em Israel, mas o governo africano ainda retém entre 18.000 e 26.000 judeus em seu território.

Chegaram magros, famintos, sem propriedades. Hoje são parte integrante da sociedade israelense sem nenhum tipo de discriminação racial ou social. Participam do exército e da religião como qualquer outra pessoa por lá.

Mordechai Vanunu
Mordechai Vanunu judeu marroquino, nasceu na cidade de Marraquech e veio com sua família para Israel em 1963.Em 1976, foi admitido para trabalhar como sub-técnico, no Centro de Pesquisas Nucleares de Negev. Em 1985, Vanunu foi dispensado dos trabalhos em Negev. Em 1986 mudou-se para Sydney na Australia e trava contato com Peter Hounam, um jornalista do jornal inglês “The Sunday Times”. Em setembro do mesmo ano, Vanunu decide então revelar o que sabia sobre o programa nuclear israelense, violando assim sua promessa de manter segredo. Em Londres, Vanunu faz revelações bombásticas ao “The Sunday Times”, entregando inclusive, 60 fotografias que fez secretamente enquanto trabalhava como funcionário do complexo de Negev. Vanunu deu descrições detalhadas do processo de separação do Lítio-6, necessário para a produção de Trítio, um material essencial para a fabricação de bombas termonucleares. Quando indagado se Israel estaria de fato, construindo uma bomba termonuclear, Vanunu se limitou a dizer que no Negev, seu trabalho se limitava ao material, e não poderia fornecer nenhuma evidência específica de que Israel estaria fabricando artefatos termonucleares. Vanunu também descreveu o processo de reprocessamento de plutônio, informando que a produção anual era da ordem de 30 quilogramas e que Israel utilizava cerca de quatro quilogramas do material em cada artefato, o que possibilitou calcular que Israel possuía plutônio suficiente para cerca de 150 bombas nucleares.

Desconfiado das informações de Vanunu o jornal inglês passa a checar as informações com vários especiais listas e cientistas, e inclusive com a embaixada israelense, em busca de maiores informações. Inconformado com a demora na publicação (Vanunu pretendia doar parte do dinheiro obtido com a venda da história, para a Igreja Anglicana), Vanunu decidiu procurar o concorrente do Sunday Times, o jornal “The Daily Mirror”, de propriedade de Robert Maxwell, judeu, com diversos contatos em Israel.

Vanunu foi delatado aos israelenses pelo serviço secreto britânico. Acredita-se que Robert Maxwell o tenha denunciado (em 1991, Ari Ben-Menashe, que se auto descreveu como ex-integrante do Mossad, alegou que Maxwell entrou em contato com o Mossad, informando sobre Vanunu). Também é possível que os israelenses tenham tomado conhecimento dos fatos pelas investigações realizadas pelo Sunday Times, que contatara a Embaixada Israelense em Londres atrás de evidências que corroborassem a matéria.

O governo israelense tinha um bom relacionamento com a então Primeira Ministra Margaret Thatcher, então seria preciso que Vanunu saísse do Reino Unido por sua própria vontade, para permitir que fosse posteriormente capturado. O Mossad sabia que o ponto fraco de Vanunu eram as mulheres. Sabendo disso, o Mossad enviou à Grã-Bretanha uma agente, de nome Cheryl Bentov. Cheryl deveria encontrar “casualmente” Vanunu e se mostrar interessada nele, para posteriormente convencê-lo a ir para Roma, para um passeio de final de semana. No dia 30 de setembro de 1986, a agente do Mossad obteve êxito, e viajou à Roma com Vanunu.

Chegando no apartamento de Cheryl em Roma três agentes do Mossad o aguardavam. Eles prendem Vanunu e lhe aplicam uma injeção que o faz desmaiar. Logo depois ele é colocado em uma caixa e embarcado em um navio israelense como carga diplomática e enviado para Israel. No dia 05 de outubro de 1986, o The Sunday Times publicou a história na primeira página, com o seguinte título: “Revelado: Os segredos do arsenal nuclear de Israel”.

Vanunu foi julgado em 07 de fevereiro de 1988, em Israel, por traição e espionagem, sendo condenado a 18 anos de detenção. O julgamento foi realizado secretamente no Distrito Judicial de Jerusalém, perante o Chefe de Justiça Eliahu Noam e os juízes Zvi Tal e Shalom Brener. Não lhe foi permitido contato com a mídia, mas ele escreveu detalhes de sua captura (ou “seqüestro”, como escreveu) na palma de sua mão, e enquanto era transportado para a prisão, mostrou-a pela janela do automóvel para que os jornalistas a vissem.

A pena de morte em Israel só é cabível em circunstâncias especialíssimas. Em 2004, o o ex-diretor da Mossad, Shabtai Shavit, relatou à Reuters que a hipótese de execução extrajudicial foi considerada à época do julgamento, mas rejeitada porque “judeus não fazem isto com outros judeus”. Vanunu foi mantido em total isolamento por cerca de 11 anos, sob o pretexto de que, de outro modo, ele poderia revelar mais segredos no programa nuclear nacional. Em 21 de abril de 2004, Vanunu foi libertado, mas vive debaixo de fortes restrições.

Fuga do general Ali Reza Askari
Um oficial de inteligência dos EUA disse ao Washington Post que Israel orquestrou a deserção e a fuga do general-brigadeiro iraniano Ali Reza Askari (vice-ministro da Defesa até 2005) entre 07-09 de fevereiro de 2007 quando este estava na Turquia. A informação foi negada pelo porta-voz israelense, Mark Regev. O Sunday Times informou que Askari era uma fonte do Mossad desde 2003, e foi resgatado quando estava prestes a ser descoberto.

O Mossad e o Promis (http://www.infoguerra.com.br/infonews/arc9-2001.html)
O Promis (Prosecutor's Management Information System) começou a ser desenvolvido em meados dos anos 70 pelo programador William Hamilton, que na época era funcionário da National Security Agency (NSA), e que depois veio a fundar a empresa Inslaw Inc., em Washington. Sofreu diversos aperfeiçoamentos desde então, até se tornar um programa usado por serviços secretos e agências de inteligência de vários países, para rastrear pessoas e transações financeiras.

Por ser um programa secreto, há pouca informação divulgada sobre o seu funcionamento. Mas há muitos depoimentos, investigações e evidências que são capazes de desvendar parte dos segredos do Promis. Segundo um artigo de Michael C. Ruppert, o software é capaz de ler e integrar simultaneamente diferentes bancos de dados ou programas de computador. E isso independentemente da linguagem em que os programas originais foram escritos ou do sistema operacional no qual foram instalados. Além disso, opera tanto em sistemas de computadores gigantes quanto num simples PC. Ruppert é um ex-oficial do Departamento de Polícia de Los Angeles, que, investigando ligações da CIA com o tráfico de drogas, acabou descobrindo também fatos relacionados ao Promis. Ruppert afirma que a versão atual do Promis “pode pensar, entender qualquer linguagem no mundo, entrar em qualquer computador, inserir arquivos em computadores sem a ajuda de nenhuma pessoa, preencher vazios além do raciocínio humano e também adivinhar o que uma pessoa vai fazer antes que ela o faça”. Como veremos adiante, para integrar diversos dados de diversos computadores, o Promis não usa a Internet, mas sim, canais de transmissão digitais e satélites. Um ex-agente da CIA, Charles Hayes, disse que o Promis, na sua versão atual, é até hoje o melhor programa que existe para rastrear pessoas e dinheiro.

O Mossad se interessou pelo Promis no início da década de 1980. Em fevereiro de 1983, Rafael Eitan, que era na época o chefe de operações do Mossad teria se apresentado como Ben Orr, um procurador público de Israel, quando fez uma visita ao escritório da Inslaw em Washington para uma demonstração do software. De acordo com documentos do Departamento de Justiça (DoJ) dos EUA, poucos meses depois disso Etian teria levado do Departamento uma cópia do programa. Rafael Eitan, participou da captura de Adolf Eichmann..

Rafael Eitan, que era na época o chefe de operações do Mossad em 1983.

Ari Ben Menashe, um espião que trabalhou para o Mossad sob a liderança de Rafael Eitan, confirma a história em seu livro Profits of War. "Ele (Etian) me chamou e disse: 'Podemos usar este programa para destruir terroristas mantendo o rastro de cada um. Mas não é só isso. Podemos saber o que nossos inimigos sabem, também'", diz um trecho do livro. Eitanhavia compreendido que o Promis seria muito útil para o violento conflito que estava ocorrendo entre Israel e os palestinos na época. Segundo o site Cryptome, especializado em segurança e criptografia, Eitan ordenou que um grupo de programadores do Lakam, outro braço da inteligência de Israel, desmontasse os códigos de programação do software e inserisse vários elementos novos, de modo que não houvesse nenhum risco de alguém reclamar os direitos de propriedade do Promis.

Backdoor

De acordo com Menashe, a única coisa que faltava ao programa era um backdoor, ou seja, uma espécie de trojan, que permitisse que as agências de inteligência de Israel penetrassem nos computadores dos seus adversários políticos. Sem problemas. O referido backdoor foi desenvolvido por uma empresa com sede na Califórnia, chamada Software and Engineering Consultants, de propriedade de um israelense que Menashe conhecia desde a infância. “De acordo com programadores com quem falei em Israel, o backdoor do Promis é indetectável. Mesmo se uma nação que comprou o Promis souber da sua existência, não poderá removê-lo”, diz outro trecho do livro.

Por razões de segurança, os computadores das agências de espionagem geralmente não são conectados a redes externas, como a Internet. Então, como é possível que um backdoor funcione? O backdoor pode até ser instalado, mas o que o pretenso invasor faz para penetrar na máquina?

De acordo com um artigo de J. Orlin Grabbe, publicado pela Associated Comunications Internet, o software Promis geralmente é vendido junto com o disco rígido do computador, com um chip especial. O chip transmite informações desse computador utilizando canais de difusão digitais ou satélites, toda vez que o programa é executado.

Grabbe explica que algumas técnicas de difusão, chamadas “spread spectrum”, permitem que um sinal seja disfarçado, parecendo ser outra coisa. Por exemplo, alguém pode se comunicar secretamente utilizando o mesmo canal de transmissão de um sinal de TV, e essa mensagem secreta será disfarçada para o espectador como se fosse um ruído. No caso do canal de transmissão do Promis, o sinal também se disfarça como se fosse um ruído comum do computador. Técnicas de “spread spectrum” são muito usadas para comunicações militares secretas e em sistemas de satélites.

Um canal de comunicação secreta opera com códigos binários pseudo-aleatórios, como uma enxurrada de códigos, continua Grabbe. Ao contrário dos códigos em bloco, que fazem uma transformação estática em um bloco fixo do arquivo. Ele explica que os códigos em bloco operam da seguinte maneira:

Suponhamos que estamos codificando uma mensagem usando regras simples de adição XOR (um operador lógico booleano, equivalente ao “ou exclusivo”), utilizando linguagem binária:
0+0 = 0
0+1 = 1
1+0 = 1
1+1 = 0

Suponha que a mensagem original é “1011”. A chave para a codificação é “1010”. A mensagem codificada será:
1011+1010 = 0001.

A mensagem codificada “0001” não dá nenhuma informação sobre a mensagem original, que poderia ser qualquer uma das 16 seqüências possíveis de zeros e uns. Somando a mensagem codificada “0001” com a chave “1010”, obtemos novamente a mensagem original:
0001+1010 = 1011.

Numa enxurrada de códigos, ao contrário, há uma transformação variável no tempo para cada bit de arquivo. Ou seja, a chave da codificação será diferente em diferentes momentos. Suponhamos a mesma mensagem original “1011”:
momento 1: 1011 + 1010 = 0001
momento 2: 1011 + 1111 = 0100
momento 3: 1011 + 0011 = 1000

E assim por diante, em vários outros momentos. São possíveis muitas variações e combinações, que tornam quase impossível a remoção desse backdoor. De acordo com o The Toronto Star, especialistas em programação dizem que é impossível identificar um backdoor se ele for muito sofisticado, pois seu código pode ser escondido entre milhares de linhas de programação.

Vendas

Com o backdoor instalado, o programa estava pronto para ser vendido aos países que Israel tinha interesse em monitorar. Menashe revela que, para isso, Etian contou com a ajuda de outros dois personagens centrais nessa história: Earl W. Brian e Robert Maxwell. O primeiro, um ex-agente da Central Intelligence Agency (CIA) dos EUA, que continuava trabalhando para os serviços secretos americanos e que tinha o respaldo de uma empresa de informática chamada Hadron, adquirida por ele. O segundo, um homem de confiança dos agentes secretos israelenses que, além de também possuir uma empresa de informática, tinha boas relações tanto com os países capitalistas como com aqueles do antigo bloco soviético.

Brian então vendeu o software para a Jordânia, país escolhido para “testar” a nova arma de espionagem de Israel. Mas o governo dos EUA também tinha seus planos para o Promis. De acordo com o Profits of War, quando as agências de inteligência americanas souberam que o backdoor funcionava, resolveram criar o seu próprio backdoor, para vender o Promis a vários países do mundo. O software então foi entregue para a empresa de informática Wackenhut, da Flórida — que trabalhava para os serviços de inteligência americanos — e o backdoor foi desenvolvido.

Menashe disse à Wired que outros departamentos do governo de Israel também conheceram o Promis, por meio de Earl Brian. Em 1987, ele teria feito apresentações com o objetivo de facilitar o uso do software. “Dr. Brian começou sua apresentação dizendo que todas as agências de inteligência americanas, incluindo a Defense Intelligence Agency, a Central Intelligence Agency (CIA), e a National Security Agency (NSA), além do Departamento de Justiça dos EUA, estavam usando o software de computador Promis”, afirmou Menasche.

Segundo a edição de 19 de setembro de 1997 do Washington Business Journal, a partir de então, o governo dos EUA e as agências de inteligência israelenses trabalharam juntos para vender o Promis para bancos do mundo inteiro, assim como para 88 governos estrangeiros. Desde então o Promis é usado como um instrumento para espionagem, que permite aos agentes de inteligência monitorar bancos e governos que usam o software. “Se o DoJ não roubasse o software, a Inslaw estaria recebendo royalties sobre o seu uso, e descobriria a existência do alegado instrumento de espionagem”, diz um trecho do artigo. Evidentemente, o governo americano não queria que ninguém, nem mesmo a Inslaw, soubesse para que fins o Promis estava sendo usado.

Hamilton diz que o software foi vendido ilegalmente para o Iraque, Líbia, Egito, Arábia Saudita, Israel, Jordânia, França, Alemanha, Reino Unido, Canadá, Coréia do Sul e Japão. Segundo um artigo de Art Kunkin publicado pelo site de segurança francês IntrinSec, 88 países, no total, e muitos bancos do mundo inteiro compraram o Promis. A disseminação desse programa teria permitido aos EUA a criação de um fundo de muitos milhões de dólares para beneficiar ilegalmente diversas pessoas do governo americano, inclusive 26 membros do Congresso. O artigo diz ainda que há um grupo de hackers na CIA, chamado de “Quinta Coluna” que, usando o Promis, monitora três mil contas estrangeiras, nas quais ocorrem transferências internacionais de dinheiro proveniente do tráfico de drogas e de organizações terroristas.

O Promis é capaz de procurar em seus bancos de dados integrados qualquer referência que já existiu sobre uma pessoa, mesmo que esta tenha usado nomes diferentes. “O programa é sofisticado o suficiente para encontrar um detalhe que revelaria a verdadeira identidade”, diz um trecho do livro Profits of War.

O Brasil também teria comprado o software durante o governo de Figueiredo, segundo o depoimento de Charles Hayes a uma corte americana, em 1997. Hayes é um técnico aposentado da CIA e oficial da Força Aérea dos EUA, que tinha negócios no Brasil. De acordo com o depoimento, oficiais do governo brasileiro pediram a ajuda de Hayes para recuperar pedras preciosas que tinham sido negociadas com os EUA. (Esse fato foi gerador de um outro escândalo, que resultou em processo contra o então ministro da Justiça brasileiro, Ibrahim Abi-Akel, e outros parlamentares).

Hayes disse ter presenciado um telefonema que Brian fez do Brasil para o Procurador Geral Ed Meese, que estava nos EUA, pedindo uma autorização para vender o Promis para o governo brasileiro. Ele afirma que em nenhum momento Brian mencionou o nome da empresa Inslaw, criadora do programa. O próprio Hayes usou o Promis para rastrear contas bancárias de membros do congresso americano.

O Mossad de Israel também teria usado o programa para saber onde Yasser Arafat estava indo e o que estava planejando. Além disso, poderia rastrear os passos das organizações terroristas palestinas.

Documentos obtidos pelo Comitê do Poder Judiciário dos EUA comprovam também que várias agências canadenses possuem o Promis. Entre esses documentos, há duas cartas de agências canadenses enviadas à Inslaw, pedindo manuais detalhados sobre o programa – sendo que a Inslaw nunca vendeu o Promis para o Canadá. Oficiais desse país agora alegam que as cartas foram “um erro”. Uma reportagem do The Toronto Star, do dia 4 de setembro de 2000, fala sobre isso. Um ex-militar chamado Bill Tyree, teria descrito detalhadamente a venda de uma cópia pirata do Promis para o Canadá, que estaria investigando a existência de um backdoor no programa, capaz de comprometer a segurança do país. O Promis também permitiria que o Mossad e a CIA espionem contas em bancos de todo o mundo.
Operações de assassinato do Mossad

Meir Amit, quando ele era diretor do Mossad, afirmou que "nós somos como o carrasco oficial ou o médico no corredor da morte que administra a injeção letal. Nossas ações são todos aprovadas pelo Estado de Israel. Mossad só mata quando não está quebrando a lei. Ele está cumprindo uma sentença sancionada pelo primeiro-ministro".

As missões de assassinatos realizadas pelo Mossad tiveram início após o assassinato de atletas israelenses nas Olimpíadas de Munique em 1972 na Alemanha Ocidental.

Durante meados da década de setenta, a então primeira-ministra Golda Meir criou o chamado “Comitê X” que era – e que talvez ainda seja – responsável por organizar e manter uma lista de pessoas a serem julgadas e se condenadas, assassinadas. No Mossad, a unidade conhecida como “Caesarea” recebe a missão de executar assassinatos seletivos. Durante os anos de 1970, a Mossad assassinou vários árabes que tiveram ligação com o grupo terrorista Setembro Negro que realizou o ataque em Munique.

Em 1976 o Mossad passou por algumas reformas quando o ex-major-general Yizhak Hofi assumiu a sua direção. A Caesarea na época sob o comando de Mike Harari e que realizava os assassinatos foi reorganizada, novos departamentos e divisões foram introduzidos na cadeia de comando, e o mais importante, uma pequena e secretíssima unidade, que seria responsável em executar os assassinatos dentro da Caesarea foi criada. Ela se chamava Kidon (baioneta em hebraico כידון). Segundo informações a Kidon é um Mossad dentro do Mossad. Segundo informações a Kidon na época de Mike Harari composta por cerca de 36 operadores divididos em três equipes de 12 homens. Normalmente, duas dessas equipes eram submetidas a treinamento em Israel, em determinado momento, com a equipe restante em operação ao redor do mundo. O pagamento destes funcionários do Mossad era depositado em contas bancárias na Suíça e seria disponibilizado aos operadores após a conclusão da missão que lhes foi atribuída.


Mike Harari
Muito provavelmente essa estrutura de equipes ainda exista nos dias de hoje e o número de agentes seja algo em torno de 50 pessoas, tendo inclusive mulheres. Apesar de poderem agir apenas com dois agentes em algumas missão, quatro é o número mínimo de agentes numa equipe Kidon. A composição desta pequena equipe é a seguinte: Um deles é o localizador do "alvo". Sua tarefa é vigiar os movimentos da vítima. O outro é o "transportador", encarregado de manter a segurança da equipe longe da zona de matança. Os dois homens restantes realizavam a execução, na verdade um é o atirador é o outro homem lhe dá cobertura.

O curso de formação dos componentes que formam as equipes Kidon dura dois anos e é ministrado na Escola de Treinamento do Mossad em Henzelia, perto de Tel Aviv. Eles também são enviados para um campo especial, no deserto de Negev, onde a paisagem só é quebrada apenas pelas imagens distantes das instalações nucleares de Dimona. É lá, que eles aprendem a matar. Os agentes da Kidon usam pistolas com silenciadores, cordas de piano para estrangulamento, aprendem a fabricar bombas e a administrar injeções letais no meio de uma multidão de modo a parecer uma morte acidental. Eles também saão treinados na condução ofensiva e defensivas de vários tipos de veículos. Eles estudam detalhadamente assassinatos famosos - os disparos contra John F Kennedy, por exemplo - eles estudar os rostos e hábitos de potenciais alvos cujos detalhes são armazenados em seus computadores altamente secretos. Há, também, um branco de dados com mapas digitalizados de milhares de ruas e avenidas, dados esses que são constantemente atualizados, usando inclusive o Google Earth para isso.

Os agentes das equipes Kidon tem as suas identidades altamente protegida. Eles não entram ou interagem com o QG do Mossad exceto através de seus intermediários de controle. Segundo informações um agente da Kidon recebe cerca de 2.000 libras esterlinas por mês.

Os assassinatos praticados pelo Mossad seguem as regras estabelecidas por Meir Amit, entre elas existem ressalvas como não haverá nenhum assassinato de líderes políticos, por mais estremes que sejam. Eles devem ser tratados politicamente. Não haverá mortes de membros da família de um terrorista a menos que eles também sejam implicados diretamente em terrorismo. Cada execução deve ser sancionada pelo primeiro-ministro encarregado. Qualquer execução é patrocinada pelo Estado, é a última sanção judicial da lei. O executor não diferente de um carrasco designado pelo Estado de Israel ou qualquer outro executor designado legalmente.

Os alvos dos assassinatos, que são conduzidos pelo Mossad através de suas unidades Kidon se dividem em três categorias.

A primeira delas se deve a "exigências operacionais", uma emergência em que uma operação envolvendo vidas amigáveis estão colocadas em risco e as pessoas que são uma ameaça precisam ser eliminadas rápida e permanentemente. Nestes casos, um Katsa supervisor, ou um outro oficial do Mossad, tem o direito de eliminar o adversário que coloca em risco toda a missão.

A outra categoria é para quem já está na lista de execução. Esta lista existe em dois lugares: no cofre do primeiro-ministro de Israel e no cofre do Diretor do Mossad. Cada novo primeiro-ministro é obrigado a ver essa lista, que pode conter entre trinta a oitenta nomes. O primeiro-ministro pode autorizar o Mossad a fazer planos para a execução, porém sem ir além disso, ou dá o sinal verde para avançar, em qualquer caso, ele deve assinar a ordem de execução. Em termos gerais, os nomes da lista de execução se dividem em três classes. a primeira classe de nomes são os poucos nazistas remanescentes que ainda estão vivos. Embora Israel tenha montado uma grande operação de seqüestro de Adolf Eichmann em 11 de maio de 1960, porque queria fazer disso um exemplo internacional, outros nazistas foram simplesmente liquidados em silêncio; A segunda classe são quase todos os terroristas contemporâneos, principalmente por militantes árabes extremistas assim como alguns não-árabes que já tenham realizado, financiado, planejado ou ordenado atos de terrorismo, como atentados suicidas e assassinatos de soldados e civis israelenses.

A terceira categoria incluem aqueles que estão trabalhando para os inimigos de Israel, cujo trabalho contribui para colocar Israel em perigo e seus cidadãos. Nesta categoria se incluem principalmente cientistas. Um exemplo proeminente é o de Yehia El-Mashad , um físico nuclear egípcio que trabalhou no primeiro reator nuclear do Iraque, que foi assassinado em seu quarto de hotel do Meridian, em Paris, em 13 junho de 1980. Um ano depois, o reator nuclear Iraquiano em Osirak foi destruído por um ataque aéreo israelense durante a Operação Opera.

O denominador comum é que as pessoas visadas pelas equipes Kidon mataram israelenses ou judeus, ou estão realizando trabalhos que põe em risco a vida do povo judeu e a existência de Israel. Se um assassinato é solicitado pelo Mossad, o primeiro-ministro vai passar o assunto para um investigador judicial. A identidade desse indivíduo é secreta, alguns juristas de Israel já ouviram falar dele, mas o povo não. O investigador prepara um verdadeiro tribunal: a acusação é tratada por um promotor e um advogado de defesa. Se o pedido Mossad for aceito, o caso volta para o primeiro-ministro para a sua aprovação. Então a ordem é dada a uma unidade Kidon para eliminar o alvo.

Segundo Gordon Thomas, psiquiatras, psicólogos, cientistas do comportamento, psicanalistas e definidores de perfis - conhecidos globalmente como 'os especialistas', é quem decidem qual é a melhor maneira de liquidar um alvo, por causa do seu efeito psicológico.

É muito raro que Israel dê indicações do seu envolvimento em uma operação de assassinato. Como regra, o Mossad jamais reconhece a sua participação. Devido a esta postura, é provável que o número de mortes atribuídas a esse serviço de inteligência seja menor do que o de assassinatos que ele realmente perpetrou. Mesmo assim, a lista de incidentes que pode ser atribuída com certeza ao Mossad é longa – e teve início há mais de 40 anos.

Na década de sessenta, por exemplo, o Mossad teria enviado cartas-bombas a cientistas alemães que estavam ajudando o Egito a construir um avançado programa de mísseis. Vários deles morreram.

Em muitos casos a Mossad quando escolhe um alvo, envia uma coroa de flores à família no dia da execução. As condolências expressas também são publicadas nos jornais árabes, assim como o anúncio da morte antes de acontecer. Nada pode aterrorizar tanto como receber uma notícia de anúncio da própria morte.

Métodos

Segundo analistas para assuntos de inteligência, o Mossad tem métodos "típicos" de atuação, principalmente relacionados à segurança dos agentes e ao sigilo das operações de assassinato.

Quando as operações são realizadas em grupo, os agentes do Mossad viajam em vôos separados e se hospedam em hotéis diferentes. Alguns agentes usam passaportes europeus falsos mas com identidades reais de cidadãos israelenses com dupla nacionalidade. A Mossad dispõem de uma unidade, um grupo especializado no roubo de passaportes, em geral os de turistas. As zonas prediletas são Málaga, Marbella, no sul de Espanha, a Tailândia, esse gênero de países.

Os agentes geralmente usam telefones celulares por satélites, que são mais difíceis de grampear, pagam suas despesas com dinheiro vivo - e não com cartões de crédito - e costumam utilizar vários tipos de disfarces e maquiagens para dificultar a identificação.

Para não serem detectados, os agentes falam a língua ou o dialeto local, mesmo entre si, de modo a serem confundidos por exemplo com comerciantes árabes ou indianos, ou falam uma língua estrangeira para se passarem por turistas ou executivos americanos/canadenses ou europeus, dependendo do biótipo do agente. Eles memorizavam rostos, infiltravam-se em quartos sem serem detectados para colocar aparelhos de escuta ou bombas. Usam também disfarces os mais variados como perucas, óculos, maquiagem. Inclusive as mulheres da Kidon se necessário vão para a cama com quem possa fornecer informações vitais sobre seus alvos. Meir Amit, "o mais inovador e inflexível diretor da Mossad" cujo "guia para matar", delineado há mais de meio século, continua a ser distribuído aos Katsas, disse: "O sexo é a arma das mulheres. Conversa de cabeceira não é problema para elas, mas é preciso grande coragem, porque não se trata apenas de dormir com o inimigo."

Armas

As equipes Kidon usam uma grande variedade de armas em suas missões, mas uma de suas armas preferidas por muito tempo foi a Beretta 70 .22 LR. O modelo Beretta 70 e 71 tem funcionalmente idênticos. Esses modelos são compactos de ação simples, de calibre 22 e semi-automáticas, que possuem um pente com oito balas, pesam 17 onças e tem um cano de 3,5 polegadas. Essas pistolas são fáceis de usar e de fácil manutenção, muito eficientes e seguras para disparos a queima-roupa.



Beretta 70 22mm

Os agentes do Mossad e os seguranças israelenses nos aviões da El Al usaram muito essas armas, pois podiam esvaziar rapidamente seu pente de oito balas e recarregá-la com rapidez. Além do mais por serem compactas são muito discretas.

Algumas das operações de assassinato realizadas pelo Mossad ou auxiliadas pelo serviço secreto de Israel

Década de 1960

Operação Damocles

Entre 1962-1963 o Mossad realizou uma campanha de terror contra cientistas alemães orientais que trabalhavam em um programa de foguetes para o Egito. Essa campanha foi chamada de Operação Damocles e envolveu o seqüestro e cartas bombas que causaram a morte de pelo menos cinco pessoas entre 1962-63.

Herbert Cukurs

O criminoso nazista conhecido como "‘enforcador de Riga", Riga era a capital da Letônia. Ele foi apontado por sobreviventes como um dos comandantes de dois massacres que os nazistas executaram em Riga em 1941, nos quais morreram 25 mil judeus. Cukurs fazia parte de duas organizações "fascistas" da Letônia, a Perkonkrust e a Aizsargi. Sobre os massacres de 10 mil e 15 mil judeus, Sobreviventes disseram que "a matança era feita por ordem de Herbert Cukurs, que era chefe da Perkonkrust".

Ele vivia no Brasil em segurança, onde chegou em 1946 com a família. Ele era oficial da Força Aérea da Letônia, capitão-aviador, e no Brasil trabalhou Companhia Nacional de Navegação Aérea – CNNA, e quando essa empresa encerrou suas atividades, Cukurs [pronuncia-se Tsucurs] passou a revisar e reformar aeronaves no Aéreo Clube do Brasil. Ele tinha habilidades em projetos, especialmente em transformar pequenos monomotores em aviões-flutuantes. Aqui ele comprava e reformava hidroaviões. Segundo a imprensa da época ele explorava serviços de barcos turísticos na Lagoa Rodrigo de Freitas, e além dos vôos panorâmicos com hidroaviões que decolavam dessa lagoa, a família Cukurs também se dedicava aos passeios com pedalinhos na praia de Icaraí, em Niterói-RJ. Sua foto até aparecia em reportagens em jornais.

Em 1948, foi reconhecido. Sua casa foi pichada e seu nome saiu nos jornais, mas ele nunca foi preso. Na década de 1950, mudou-se com a família para Santos e depois para São Paulo. Em 1960, Cukurs tentou se naturalizar, mas sua naturalização foi negada.

Mesmo assim ele vivia em segurança no Brasil e o Mossad planejou tirá-lo do pais. A segurança de Herbert Cukur era tal que ele, inclusive, recebeu um título de agradecimento do Governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria de Saúde Pública e Assistência Social, com os seguintes dizeres: “Em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à população paulistana, ao Comandante Cukurs é concedido este título de agradecimento e louvor pela sua excepcional dedicação, colaborando para o êxito da campanha de vacinação contra a poliomielite.”

Ele foi para Montevidéu em 1965 para uma feira aeronáutica, ao lado de um amigo que ele conhecera um ano antes e se apresentava como o austríaco Anton Kunzle, na verdade um agente do Mossad. Dois dias após chegar ao Uruguai, Cukurs foi encontrado numa mala. Tinha marcas de tiros e a cabeça destruída a marteladas. Num comunicado à imprensa, um grupo autodenominado "Aqueles que Não Esquecem" assumiu o assassinato.

Década de 1970

Em resposta ao atentado terrorista em Munique em 1972 Israel responde a ação terrorista com uma série de assassinatos, essa ação ficou conhecida como a Operação Ira de Deus:

No dia 16 de outubro de 1972, Wael Abdel Zwaiter, funcionário da embaixada da Líbia e representante da OLP é morto por dois homens armados em seu apartamento em Roma.

O Dr. Mahmoud Hamshari, representante da OLP em França, foi morto em seu apartamento por uma bomba escondida em seu telefone em Paris no dia 8 de dezembro, 1972.

Em 24 de janeiro de 1973, Hussein Al Bashir, representante do Fatah em Chipre, é morto por uma bomba plantada debaixo da sua cama em seu quarto hotel em Nicósia.

No dia 6 de abril de 1973, o Dr. Basil al-Kubaissi, professor de Direito na Universidade Americana de Beirute, é morto por dois pistoleiros em Paris.

Em uma grande operação em Beirute realizada no dia 9 de abril de 1973, e conhecida como Operação Spring of Youth, Comandos Sayeret Matkal, com a juda de agentes do Mossad, assassinam os seguintes líderes terroristas:

Al-Najjar de Muhammad Youssef (Abu Youssef) - Um veterano da OLP, líder da Fatah no Líbano, cabeça da organização de inteligência de Fatah, e oficial de operações do Setembro Negro. Era o terceiro na linha da liderança da Fatah. Sua esposa, ao tentar protegê-lo, foi morta também.

Kamal Adwan - Também um líder veterano da Fatah. era o responsável pelas atividades terroristas em Israel e o oficial de inteligência do Setembro Negro.

Kamal Nasser - Porta-voz da OLP e membro do seu comitê executivo.


No dia 11 de abril de 1973 - Zaiad Muchasi, representante da Fatah de Chipre, é morto num quarto de hotel em Atenas.

Mohammad Boudia, no dia 28 de junho de 1973 é morto por uma mina ativada pressão sob o seu assento de carro em Paris. Ele era oficial de operações do Setembro Negro.

No dia 21 de julho de 1973, Ahmed Bouchiki, um garçom inocente, que se acreditva ser Ali Hassan Salameh, é morto por pistoleiros em Lillehammer, na Noruega. O incidente se tornou conhecido como o caso Lillehammer.

Em 22 de janeiro de 1979 - Ali Hassan Salameh, alto líder da OLP e do Setembro Negro, é morto por um carro-bomba em Beirute.

Década de 1980

Dr. Yahya Meshad - 1980

Em 13 de junho de 1980, Dr. Yahya Meshad, um físico nuclear egípcio que trabalhava para a Comissão de Energia Atômica do Iraque, foi morto em seu quarto de hotel de Paris. Ela estava na França para checar uma carga de urânio altamente enriquecido que estava prestes a ser enviado como o primeiro combustível para o reator no Iraque.

Dois meses depois e sua morte a partir de 2 agosto de 1980 uma série de bombas explodiram nos escritórios ou residências de funcionários dos principais fornecedores do Iraque, na Itália e França: SNIA-Techint, Ansaldo Mercanico Nucleare e Techniatome. Os funcionários destas três empresas também foram ameaçados por carta.

Gerald Bull - 1981

O cientista astrofísico canadense Gerald Bull foi contratado pelo governo iraquiano Gerald Bull em 1981 para construir 2 canhões: Um protótipo chamado Baby Babylon que foi construído em 1989 e que tinha 350 mm de diâmetro e 46 metros de comprimento e tinha um alcance estimado de 750 Km. Um outro canhão chamado Babylon, que não foi construído, teria 1.000 mm de diâmetro e 156 metros de comprimento (46 metros a mais que um campo de futebol), com uma culatra de 30 cm de espessura. 9 toneladas de propelente lançariam uma bala de 600 Kg a uma distancia de 1.000 Km. A força do recuo seria de 27.000 toneladas, que criaria um tremor detectado por sismógrafos em todo mundo. As balas desse canhão não seriam muito grandes e portanto ele não seria o canhão mais potente da historia, mas o seu alcance seria recorde na historia. O canhão era fixo e ficava na encosta de um morro. Segundo informações esse canhão poderia lançar artefatos nucleares contra Israel.

No hotel em que estava hospedado, o cientista canadense Gerald Bull esperava impaciente a chegada de um emissário. Era mais um encontro secreto em sua vida. Em pauta, uma perigosa transação internacional de armas. Nesse meio, Bull era tido como um gênio. O emissário chegou com um leve atraso. Vestia um terno escuro e cumprimentou Bull com um frio aperto de mão. Sua voz baixa e sua figura eram o exato oposto à do loquaz e corpulento Bull. Em poucos minutos, um novo aperto de mão selou o acordo. Bull acabara de ser contratado para desenvolver armas para Saddam Hussein, então ditador no Iraque.


O cientista Gerald Bull se transformou em um alvo do Mossad devido as suas ligações com o Iraque.
A fama de Gerald Bull nos meios militares começou em 1951, quando, recém-saído da universidade, foi trabalhar em Quebec para o centro de pesquisas bélicas do Canadá, o Carde. Em pouco tempo, sua arrogância despertou o ódio dos colegas. O que mais incomodava é que Bull quase sempre tinha razão. O Carde estava pesquisando lançamento de mísseis. "Por que não utilizar canhões para disparar os mísseis?", disse Bull. Dentro do cano do canhão, eles ficariam protegidos do impacto do disparo por uma concha de madeira. Poucos segundos depois do lançamento, o contato com a atmosfera desintegraria a concha e o míssil seguiria livre o seu curso, em altíssima velocidade.

A idéia foi aprovada e mudou a vida do jovem nerd. Bull virou chefe do seu departamento e, meses depois, casou-se com uma socialite de Quebec. Isso tudo antes de completar 30 anos. Só que o Canadá desistiu dessa linha de projetos militares e, desempregado, Bull foi trabalhar para os Estados Unidos. Em 1961, deu uma recauchutada no projeto e convenceu o Pentágono a adotar canhões para lançar foguetes. O projeto custava 10 milhões de dólares, uma ninharia comparada aos padrões da indústria aeroespacial. Muita gente, no entanto, não gostava de Bull e convenceu os norte-americanos de que o projeto não valia a pena.

Bull resolveu trabalhar por conta própria. No início dos anos 70, a agência de inteligência americana (CIA) interessou-se pelo doutor Bull, um sujeito brilhante, independente e... com muitas contas a pagar. Era caro manter uma socialite. Bull topou a proposta que a CIA lhe fez: desenvolver armas para a África do Sul. O tiro, porém, saiu pela culatra. Havia na época um embargo econômico internacional contra os sul-africanos por causa do regime racista do apartheid, e o negócio havia sido feito por baixo dos panos. Em 1980, Bull foi condenado por tráfico de armas e passou seis meses na cadeia. Quando foi solto, estava quebrado. Sua mulher o deixou e ele teve de procurar trabalho na Europa.

Foi então que propôs aos iraquianos ressuscitar a idéia dos canhões. Desta vez, para o lançamento de satélites ao espaço. Depois de um encontro na Europa com um representante iraquiano, o supercanhão começou a ser construído para o Iraque. Os tubos de aço foram encomendados a siderúrgicas inglesas, outras peças foram encomendadas na Espanha, Holanda e Suíça. Seus inimigos, contudo, continuavam atentos. Bull começou a notar que alguém entrava em seu apartamento durante sua ausência. Seus papéis eram revistados. Ficou paranóico. Um amigo seu, negociante de armas, finalmente o alertou: o Mossad, serviço secreto israelense, queria matá-lo. Na verdade na tarde de 20 de marco de 1990, a sanção para matar Bull foi dada pelo então primeiro-ministro, Yitzhak Shamir. Nahum Admoni, o chefe do Mossad, enviou uma equipe de três homens da Kidon para Bruxelas, onde vivia Bull em um bloco de apartamentos de luxo.

Bull, 61 anos, foi encontrado morto no dia 22 de março de 1990 em seu apartamento em Bruxelas, na Bélgica, com cinco tiros. O supercanhão também morreu com Bull. Suas peças foram confiscadas pelos governos dos países em que estavam sendo fabricadas e o canhão semi-acabado foi destruído por aviões britânicos e americanos em 1991.

Segundo informações os seguranças iraquianos de Bull foram afastados do local e dois agentes da Kidon disfarçados com uniformes da FedEx chegaram até a porta da casa de Bull. Um dos agentes carregava um pacote. O outro bateu a porta. Quando Bull abriu, o pacote foi empurrado para ele. Neste momento Bull ficou parado na porta e foi mortalmente atingido por cinco tiros de pistola 7.65 na cabeça e no pescoço. Os agentes pegaram o pacote de volta e se afastaram calmamente indo em direção ao transporte que os aguardava. Uma hora depois os agentes estavam fora do país em um vôo para Tel Aviv. Poucas horas depois, o próprio departamento de guerra psicológica do Mossad tinha arranjado com um sayanim, posicionado dentro da mídia européia, um vazamento de uma história que dizia que Bull tinha sido morto por esquadrões de Saddam porque ele tinha planejado abandonar o seu acordo com os iraquianos.

Khalil Al Wazir - 1988

Em sua caçada a terroristas que ameaçavam Israel as Forças de Defesa de Israel e suas forças especiais foram até a distante Tunis, capital da Tunísia, cerca de 1.500 milhas de Israel. No ano de 1988 os palestinos iniciaram um novo tipo reação contra a presença israelense nos territórios ocupados. A chamada Intifada. O líder, o mentor, por trás desta revolta que estava criando muitos problemas para a imagem internacional de Israel era Khalil al-Wazir, mais conhecido pelo nome de Abu Jihad. As autoridades israelenses planejaram eliminar Abu Jihad várias vezes, mas após um seqüestro (arquitetado por ele) a um ônibus em 7 de março, no sul de Israel em que três civis morreram, o primeiro-ministro de Israel deu sinal verde para a eliminação deste terrorista internacional. Abu Jihad estava por trás de preparação de equipes de assalto no Líbano e Egito, que depois eram enviadas para os territórios ocupados.


Khalil al-Wazir, mais conhecido pelo nome de Abu Jihad, ao lado de Arafat.
No fim de março uma operação de eliminação do terrorista estava pronta. Agentes do Mossad e membros das forças especiais israelenses da SAYETET MAT´KAL atacariam a casa de Abu Jihad em Tunis. Mas só no começo de abril foi dada a autorização para se executar a operação. A Marinha de Israel levaria a força de assalto (cerca de 20 commandos do Sayeret Mat'kal) através do Mediterrâneo em uma pequena frotas de 2 barcos lança-mísseis Sa'ar 4 até a costa tunisiana. De lá os commandos em cinco botes Zodiac iriam para a praia a umas 20 milhas dos subúrbios de Sidi Bou Said, ao norte de Tunis, onde morava Abu Jihad. Os comandos seriam transportados para o local do assalto em um Peugeot 305 e dois furgões Volkswagen, guiados por agentes do Mossad. Estes veículos, tinham sido alugados mais cedo em uma agência de aluguel de carros.

Outros agentes sabotariam uma central telefônica para impedir qualquer comunicação da casa de Abu Jihad. Segundo informações os israelenses usaram ao todo 4.000 militares para esta operação, envolveu ainda um avião AWACS (provavelmente um Grumman E-2 Hawkeye), um 707 para abastecimento das aeronaves, um submarino para proteger as embarações lança-mísseis Sa'ar 4 e um esquadrão de caças para proteger os aviões

Durante toda a operação em solo tunisiano, um Boeing 707 provido com dispositivos para guerra eletrônica, estaria voando, num suposto vôo civil (sob o número 4x977), a aproximadamente 100 milhas fora do espaço aéreo da Tunísia, com o objetivo de prover guerra eletrônica a operação, e também servir de estação retransmissora entre o pessoal em terra, na costa e o QG das FDI em Tel Aviv. Ao longo da operação, o comandante da mesmo, o general Ehud Barak, 47 anos, estaria a bordo do 707 acima do mediterrâneo.

Os commandos chegaram ao local após 01:00 do sábado 16 de abril de 1988, encontrando agentes do Mossad que vigiavam o local. Porém Abu Jihad não estava em casa. Então os israelenses tiveram que esperar até 01:30, quando eles e seus guarda-costas retornaram. Mas uma vez ouve outra espera de 60 minutos adicionais, até que todas as luzes fossem apagadas. Primeiramente mataram o guarda-costas que estava dormindo no carro do lado de fora. Então mataram o o jardineiro (Habib Dkhili) e o segundo guarda-costas e os commandos finalmente entraram na casa, todos mascarados. Enquanto uma dúzia de comandos proviam a segurança, oito outros atacaram o quarto de Al-Wazir, que tendo ouvido barulho saiu armado com uma pistola, sendo alvejado por 75 tiros de Uzis de 9mm com silenciadores. Na verdade a equipe de execução era formada por um oficial e quatro commandos. Todos atiraram contra Abu Jihad e o oficial no final disparou contra a sua cabeça.

Como instruídos, não atacaram ninguém da família de Al-Wazir. Toda operação levou cerca de 13 segundos. Em seguida os commandos e os agentes do Mossad foram para a praia de Ras Cathage, onde commandos navais do Shayetet 13 guardavam os botes Zodiac. Antes das 4 da manhã os commandos já tinham voltado ao seu navio. Alguns dias depois, eles desembarcaram em segurança no porto de Haifa. Os agentes da Mossad, disfarçados de turistas, partiram também em segurança em vôos comerciais do Aeroporto de Tunis.

Década de 1990

Robert Maxwell

O milionário Robert Maxwell esteve na Madeira 2 dias, no seu mega-iate "Lady Ghislaine" nome de um dos 7 filhos, antes de viajar no mesmo para Canárias em Outubro de 1991. Lembro-me da forma como este iate se encontrava no Porto do Funchal, não atracado, mas posicionado transversalmente com a popa virada para a Pontinha, fundeado mais ou menos a meio do interior da infra-estrutura portuária, o que me despertou a atenção evidentemente. Robert Maxwell era um magnata da comunicação e controlava um grupo editorial do qual fazia parte o o Daily Mirror, Sunday Mirror, Sunday People, e nos EUA o Daily News.

Nasceu em 1923 na Checoslováquia no seio de uma família humilde de camponeses. Em meados da década de 80, Robert Maxwell teve o primeiro contacto com o temível serviço secreto do governo de Israel, Mossad. O contacto foi feito por Rafi Eitan, um dos altos comandantes da Defesa israelense.


Robert Maxwell em seu iate o Lady Ghislaine.
Uma empresa americana, "Inslaw", havia desenvolvido um software chamado "Promis", um poderoso software de base de dados, para armazenar grandes quantidades de informação. A Mossad dispunha de uma cópia deste software em que implementou uma backdoor, ou seja, uma espécie de trojan, que permitisse que as agências de inteligência de Israel penetrassem nos computadores dos seus adversários, o que permitia aos serviços secretos israelitas acesso a todas as informações processadas pelo programa. Os dirigentes da Mossad escolheram Maxwell para comercializar o programa através das suas empresas de software, conseguiram convencê-lo, revitalizando as suas raízes judias. Posteriormente tornou-se o melhor vendedor do programa de software. Maxwell demonstrou ser um instrumento eficaz de comunicação mantendo excelentes relações com líderes políticos mundiais tais como Mikhail Gorbachov, Vladimir Kriuchkov chefe do KGB, o Presidente da Bulgária, etc.

Maxwell informava regularmente a Mossad dos encontros que mantinha com os líderes, com repercussões comerciais benéficas para as suas empresas. O "Promis" proporcionava ao serviço de inteligência israelita um interminável fluxo de informação. E no mundo da inteligência, informação é poder. Por isso, puderam descobrir, por exemplo, números de conta utilizada em operações dos fundos por parte da CIA ou da máfia italiana. Estas transações foram realizadas no banco suíço Credit Suisse, que empregava, para seu infortúnio, uma versão do software com o famoso backdoor instalado pelos israelitas. Entretanto Maxwell logo se tornou um perito sobre a lavagem de dinheiro proveniente de gangues do crime organizado na Bulgária. Ao longo dos anos, tinha construído uma enorme intrincada rede financeira, digna do Mossad. Maxwell obteve significativos benefícios econômicos através da lavagem de dinheiro de organizações mafiosas búlgaras. Além disso, o tráfico de armas na Europa Oriental oferecem-lhe outra importante fonte de receita para manter os seus altíssimos padrões de vida, que incluíam grandes porções de caviar e vinhos dos mais caros do Mundo.

O crescente envolvimento da criminalidade organizada com Maxwell não apenas coloca-o em perigo, mas, condicionando a missão de servir como um agente de Israel, e a Mossad não estava disposta a permitir a continuidade de tais atos por parte de Maxwell. Acabou por cair em desgraça, endividando-se, inclusive utilizou para proveito próprio os fundos de pensões dos seus empregados. Em finais de 1990, um grupo de jornalistas de investigação liderado pelo rival de Maxwell, magnata da comunicação social Rupert Murdoch, descobriu a manipulação realizada por Maxwell nos fundos de pensão. Maxwell não podia tolerar que se tornassem públicas as suas dívidas, porque isso iria desencadear uma avalanche de credores à sua volta. Atormentado pelas dívidas, Maxwell em último recurso recorreu à Mossad e exortou-os a pagar as suas dívidas em troca de seu silêncio sobre as atividades que ele tinha realizado para eles.

Resultado, após a passagem pela Madeira em Outubro de 1991 no seu iate, encontrando-se em Santa Cruz de Tenerife, foi contatado para se dirigir no seu iate até Los Cristianos, um outro porto da ilha, durante a madrugada, do dia 5 de Novembro de 1991, e que seria contatado entre as 4:00 e as 5:00h. Uma lancha rápida acercou-se furtivamente do iate, e 2 indivíduos de uma equipe Kidon subiram rapidamente para bordo e acercaram-se de Maxwell que se encontrava no convés, recebendo uma picada de seringa com um produto letal nervoso aplicada por um deles, desenvolvido no Instituto de Investigação Biológica de Tel Aviv, e empurrado pela borda fora do iate. Nenhum tripulante testemunhou o sucedido. O corpo foi encontrado no dia seguinte, autopsiado, não revelou a verdadeira causa de morte, esta foi atribuída por motivo de afogamento (insuficiência cardíaca) devido a uma queda inesperada para o Mar.

Abbas al-Musawi

No dia 16 de fevereiro de 1992, Abbas al-Musawi, o secretário-geral do Hezbollah, foi morto em sua caravana de automóveis, no Líbano por mísseis lançados a partir de dois helicópteros israelenses.

Atef Bseiso - 1992

Atef Bseiso, 44 anos, era o oficial de ligação da OLP - Organização pela Libertação da Palestina - trabalhando, entre outros. com o serviço de segurança interno francês a Direction de la Surveillance du Territoire (DST). Era considerado uma estrela ascendente em sua organização. Suas boas relações com as agendas de inteligência européias eram em grande parte produto de seus charme e carisma pessoais. Atef Bseiso era um alvo do Mossad pelo papel que desempenhara na carnificina dos 11 atletas olímpicos israelenses em Munique, em 1972, quase vinte anos antes. O Mossad queria que ele pagasse o preço por ter participado dos assassinatos. O primeiro-ministro Yitzhak Shamir autorizara a missão e dera sua bênção.

Em junho de 1992 ele estava viajando de Berlim para a Paris. Na Alemanha ele teve encontros com oficiais da inteligência alemã da Bundesamt für Verfassungsschutz (BfV). Em sua viagem ele dirigia um jipe branco Renegade que comprou na Europa. Uma equipe de vigilância do Mossad o seguia havia três dias, desde que chegou a Berlim. Meia dúzia de agentes, dois carros e duas motocicletas compunham a equipe de vigilância. Até chegar em Paris o Mossad não tinha idéia aonde o palestino iria se hospedar. Ele podia muito bem escolher um apartamento de um amigo, um flat arrumado pela DST, ou um luxuoso quarto de hotel, cortesia do enorme orçamento da Fatah, a maior facção da OLP. Bseiso escolheu o Meridien Montparnasse. O hotel Le Méridien Montparnasse, antigo e requintado, no coração do distrito de Montparnasse, com mais de novecentos quartos e suítes e reputação de ser discreto. Bseiso entrou na garagem do hotel e pegou o elevador até a recepção no primeiro andar. Registrou-se sob um nome falso, pagou em dinheiro e foi direto para o quarto 2541, levando uma maleta.

Os planos operacionais, feitos de antemão pelos oficiais da Caesarea, levaram em consideração diversos hotéis, primeiramente o Meridien Etoile, um hotel elegante situado a poucos passos dos Champs- Elysées - mas não o Meridien Montparnasse. A escolha inesperada de Bseiso os forçara a revisar os planos. O trabalho foi realizado rapidamente e de forma eficiente. Em menos de uma hora, um novo plano foi levado a Shabitai Shavit.

Shavit, na época com cinqüenta e poucos anos, dirigia o Mossad nos últimos três e conhecia bem as operações secretas. Servira por seis anos como comandante da unidade Caesarea do Mossad, encarregada de operações especiais e de dirigir comandos do Mossad disfarçados no território inimigo. Estava em Paris sob falsa identidade: havia um nome diferente do seu no passaporte no bolso de seu blazer. Nenhum de seus "amigos" do serviço secreto francês, ou em qualquer ramo dos serviços de inteligência franceses, sabia que estava no pais.


Em 1992 o então diretor do Mossad, Shabitai Shavit, dirigiu pessoalmente a operação que eliminou em Paris Atef Bseiso.
Bseiso estava exausto da viagem - dirigira quase mil quilômetros em nove horas, sem descansar. Apesar do cansaço e da tentação da cama king-size, foi para o telefone. Bseiso não queria passar sua única noite em Paris com um controle remoto na mão. Pegou um caderno de endereços e ligou para o número de um guarda-costas da OLP. Em Túnis onde vivia a cerca de 10 anos, Bseiso se sentia a salvo; na Europa, temia os israelenses. Tinha uma lista de nomes e números de homens que quase sempre desarmados, acompanhavam funcionários graduados da OLP na Europa para lhes transmitir uma certa segurança. Disse ao homem que sairia para jantar. O guarda-costas se ofereceu para apanhá-lo no hotel e seria o seu motorista naquela noite, Bseiso aceitou.

Ilan C, oficial de inteligência da Caesarea, colocou as fotos 30 x 40cm da fachada do hotel Meridien Montparnasse sobre uma mesa em outra sala do esconderijo do Mossad. As novas fotos tinham sido tiradas de diversos ângulos e incluíam as ruas à volta do hotel. A equipe de vigilância as tirara assim que Bseiso se registrou.

Diante das informações sobre o novo local onde Bseiso ia se hospedar, o diretor do Mossad, que estava na sala de operações de guerra, localizada num esconderijo no XI Arrondissement, sempre taciturno, mesmo sob as circunstâncias menos tensas, foi conciso. Shavit fez algumas perguntas sobre a operação ao comandante da Caesarea e ao chefe da equipe de extermínio. Resmungou sobre alguns pontos chave e, então, satisfeito, aprovou a missão.

A operação tinha de ser colocada em prática rapidamente, pois Bseiso, conhecido por não gostar de viajar, podia bem passar apenas uma noite em Paris. Talvez no dia seguinte, depois de encontrar um colega da DST e voltasse para casa, e a oportunidade teria sido perdida, possivelmente para sempre. Relatórios da inteligência mostravam que Bseiso, cujo trabalho exigia viagens freqüentes, tentava ficar em Túnis o máximo possível. Quando saia, pegava um avião - um meio de transporte não tão suscetível a ataques israelenses. Aviões vão diretamente do ponto A ao ponto B. O viajante nunca está sozinho. De carro, as pessoas mudam de caminho, param para abastecer, passam noites em hotéis. Bseiso, na verdade. estava planejando partir na noite seguinte. Iria dirigindo até Marselha, poria o jipe no ferry para Túnis e surpreenderia a mulher, Dima, e os três filhos com o carro novo.

Os israelenses da equipe Kidon esperavam numa emboscada do lado de fora do hotel. Presumiram que Bseiso sairia para jantar. Quando voltasse, cansado e satisfeito, eles agiriam. As últimas horas da noite. quando as ruas estão calmas e vazias eram sempre as melhores para operações secretas. A decisão final estaria nas mãos dos dois assassinos, “Tom” e “Frank". Tom, o atirador. puxaria o gatilho. Até o último instante, ele teria a autoridade de cancelar a operação: só levantaria a arma se tivesse a certeza de que a equipe sairia ilesa.

Bseiso realmente foi jantar fora. A equipe de vigilância da Caesarea o seguiu, sem ser percebida, o tempo todo. Verificaram que ele não estava sendo protegido pelos anfitriões do DST. Bseiso, seu guarda-costas e uma mulher libanesa não-identificada passaram uma noite agradável num dos restaurantes da cadeia Hippopotamus Grill. Passava da meia-noite quando Bseiso pediu a conta e volto ao jipe. Sentou-se no banco de trás, o guarda-costas dirigindo, e a amiga sentou-se no banco da frente. Conversavam em árabe, em voz alta e animada. Rapidamente chegaram à entrada do Meridien Montparnasse.

A Rue du Commandant Mouchotte estava calma; passavam poucos carros. Bseiso saiu do carro e se despediu dos amigos. Deu um passo atrás, preparando-se para ir em direção ao hotel. Alguns segundos depois, dois jovens se aproximaram dele. Andavam despreocupadamente. Tom, o atirador, levantou a mão e puxou o gatilho. A Beretta .22 não fez barulho, os tiros abafados por um silenciador. As três balas atingiram Bseiso na cabeça. Ele caiu ali mesmo, perto do carro dos amigos, morrendo às golfadas. Os cartuchos quentes foram recoIhidos, junto com as pistas que deixavam, numa robusta sacola de pano amarrada a pistola. Em segundos, o assassino e o homem que lhe dava cobertura desceram a rua.

“Abie" o comandante do grupo de extermínio, esperava por eles perto da esquina, a uns 130 metros. Ele os observou atravessar a Avenue du Maine e, do outro lado da rua com um andar mais casual, os seguia. Esse procedimento - padrão era para evitar um contratempo durante a fase de fuga de uma missão - uma possibilidade bastante remota, já que quem está por perto leva muitos segundos, se não minutos, para entender que acabou de ocorrer um assassinato. De qualquer forma, não se podia ignorar a possibilidade. Em vinte segundos, o atirador e seu número dois estavam na esquina de uma rua de mão única. De acordo com o procedimento do Mossad, o carro de fuga sempre espera a duas voltas de 90 graus da cena de uma operação. A dupla virou à esquerda na Rue Vandammc, onde o carro que os esperava mantinha o motor ligado. Abie de repente percebeu duas pessoas vindo atrás de seus homens. Respiravam pesado e falavam animadamente. Isso era uma ameaça, precisavam ser detidos. Não podiam virar a esquina e ver o carro da fuga ou, pior, decorar a placa. Abie foi na direção deles, com passadas rápidas e ameaçadoras. Quando estava a menos de cinco metros da dupla. sacou sua Beretta. Apontando a arma para seus rostos, gritou:
- Parem!

Os homens ficaram imóveis à vista do revólver. Levantaram as mãos. recuaram um passo, viraram-se e correram em direção ao hotel. Abie pós o revólver no bolso e desceu a pé a Avenue du Maine. Wu seus homens virarem à esquerda na rua estreita e pegou um segundo carro que o esperava no lado da avenida em que ele estava. Olhou o relógio: haviam-se passado 55 segundos desde o primeiro tiro. Ele sorriu. A dívida se pagara; a missão fora um sucesso. Ele acionou um botão, enviando a confirmação para o comandante da Caesarea. Em menos de duas horas, todos - o atirador, seu número dois, o líder do grupo de extermínio,
o comandante da Caesarea, membros de sua equipe e Shabtai Shavit - tinham deixado o solo francês.

Fathi Shikaki - 1995

Fathi Shikaki, um membro do grupo terrorista palestino Jihad Islâmica, tinha alcançado o topo da lista de alvos do Mossad como resultado de seus ataques terroristas. No dia 24 outubro de 1995. Dois agentes Kidon, codinome Gil e Ran - tinha deixado Tel Aviv, em vôos distintos. Ran voou para Atenas e Gil para Roma. Em cada aeroporto, eles receberam novos passaportes britânicos a partir de um sayan local. Os dois homens chegaram em Malta, em um vôo de fim de tarde e se hospedaram no Hotel Diplomata com vista para o porto de Valetta. Naquela noite, um sayan entregou uma motocicleta para Ran. A motocicleta foi roubada dois meses antes. Ran disse a funcionários do hotel que planejava usá-la para visitar a ilha.

Ao mesmo tempo, um cargueiro que havia saído de Haifa no dia anterior com destino a Itália, comunicou pelo rádio as autoridades portuárias maltesas que estava com problemas de motor. O barco recebeu permissão de ficar fundeado ao largo da ilha. A bordo do barco existia uma pequena equipe de técnicos em comunicação do Mossad. Eles estabeleceram uma ligação com um rádio na mala de Gil.

Shkaki tinha chegado de barco a partir de Trípoli, na Líbia, onde ele tinha estado para discutir com o coronel Kadhafi, segundo o Mossad, planos para um ataque terrorista. O dois agentes do Mossad esperavam por ele, durante o seu passeio à beira-rio. Ran e Gil subiram na moto e Gil disparou seis vezes na cabeça de Fathi Shkaki. Uma marca das equipes Kidon. Quando a polícia chegou a procurar por Shkakie em seu quarto de hotel, eles encontraram um "não perturbe" na porta - outra assinatura do Mossad. Especialistas acreditam que doze agentes estiveram envolvidos nesta operação. Após a operação, os dois agentes desapareceram sem deixar nenhuma pista.

Yahya Ayyash - 1996

Em 1996, Yahya Ayyash, um fabricante de bombas do Hamas conhecido pelo Mossad como “O Engenheiro”, foi morto na Faixa de Gaza em uma operação atribuída à agência de espionagem israelense. Ayyash era considerado o mais habilidoso fabricante de bombas do Hamas na década de 1990, seu trabalho teria causado a morte de inúmeros israelenses em ônibus e ruas lotadas.

Ele vivia na Cisjordânia cercado por seguranças. Um dia ele recebeu um visitante - um primo distante da Faixa de Gaza. O jovem falou como tantos outros do seu ardor em favor do fanatismo islâmico. Os dois homens conversaram noite a dentro enquanto tomavam chá de menta. Finalmente, Ayyash convidou seu hóspede para ficar. A oferta foi aceita. O jovem perguntou se podia usar o celular de Ayyash para ligar para sua própria família para dizer que não deviam se preocupar. O terrorista balançou a cabeça em sinal de positivo. A chamada terminou e os dois foram dormir no chão.

No dia seguinte, o jovem retornou a Gaza. Naquela manhã, Ayyash recebeu uma ligação no celular. Quando ele colocou o telefone à boca e começou a falar, sua cabeça foi arrancada por uma explosão. O seu jovem primo havia sido recrutado pelo Mossad para plantar um explosivo poderoso dentro do telefone de Ayyash. O sinal da detonação teria vindo de um agenda da Kidon a meia milha de distância. Ninguém o tinha visto chegar. Ninguém o viu ir embora.

Nos últimos anos, a Mossad matou dezenas de inimigos de Israel com métodos criativos. "Nós tentamos não usar o mesmo método duas vezes. Nossos técnicos gastam todo seu tempo inventando novas formas de matar", disse uma fonte dentro do Mossad.

A composição habitual de uma equipe Kidon é de quatro pessoas, podem ser incluídas mulheres. Um deles é o localizador do "alvo". Sua tarefa é vigiar os movimentos da vítima. O outro é o "transportador", encarregado de manter a segurança da equipe longe da zona de matança. Os dois homens restantes realizavam a execução, na verdade um é o atirador é o outro homem lhe dá cobertura.

Década de 2000

No dia 22 de novembro de 2000, Jamal Abdel Raziq, dirigente da facção Fatah Tanzim, é morto com três outros membros do grupo, quando seus dois carros são alvejados por soldados da IDF em Gaza.

Em 3 de fevereiro de 2001,Massoud Ayyad, um tenente-coronel da Força 17 de Yasser Arafat, é morto durante a condução no campo de refugiados de Jabaliya, na Faixa de Gaza por três foguetes lançados do helicóptero.

No dia 31 de julho de 2001, Jamal Mansour, um funcionário do alto escalão político do Hamas na Cisjordânia, é morto quando seu escritório é atingido por mísseis lançados de helicóptero.

No dia 20 de agosto de 2001, Abu Imad Sneneh, o líder do Tanzim, é baleado e morto em Hebron por uma equipe de extermínio israelense.

Raed al-Karmi, chefe das Brigadas al-Aqsa Martyrs é assassinado em Tulkarem no dia 14 de janeiro de 2002.

Em 22 de julho de 2002, Shahade Salah, líder do Hamas Izz ad-Din al-Qassam é morto com por bombas lançadas de um F-16. O ataque também matou a esposa e seus nove filhos.

No dia 08 de março de 2003, Ibrahim al-Makadmeh e três de seus assessores foram mortos por mísseis disparados de helicópteros, em Gaza.

No dia 22 de marco de 2004, Ahmed Yassin, co-fundador e líder do Hamas, e seus guarda-costas são mortos na Faixa de Gaza, quando atingido por mísseis Hellfire disparados por helicópteros AH-64 Apache israelenses.

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