quarta-feira, 1 de setembro de 2010

QUER SER ESPIÃO?

Você quer ser um espião? Os serviços secretos estão contratando
13/04/2008 Publicado por: Xico Lopes Categoria: Comportamento, Cuba, Espanha, Estados Unidos, França, Governo, Grã Bretanha, Internacional, Israel, Ofícios, Profissões & Carreira, Oportunidades, Rússia, Tendências, Trabalho & Emprego

Agências de espionagem oferecem emprego a candidatos com aptidões diversas. Candidatos têm de ser previamente naturalizados.



Os grandes serviços de inteligência internacionais, conhecidos graças a personagens famosos como James Bond, buscam potenciais candidatos a espiões em todos os lugares do mundo através de seus sites.

Do Reino Unido até Israel, as agências de espionagem oferecem emprego a candidatos com aptidões diversas e que queiram servir pela causa e zelar pela segurança de um país no qual previamente estejam naturalizados.

Assim, o futuro agente 007 do Serviço Secreto Britânico (SIS), conhecido como o MI6, se encontrará com um "ambiente quase familiar", segundo seu site (www.sis.gov.uk), e terá "uma acolhedora boas-vindas" em um trabalho no qual as opções de socialização na sede central são um bar, o ginásio esportivo e a biblioteca.

Os espiões do governo britânico em ultramar – de 21 a 65 anos – contam com facilidades para conseguir a conciliação profissional e pessoal, segundo o SIS, já que têm direito a férias (25 dias ao ano), com dias de acordo trabalhista (10,5) e as espiãs podem tirar seis meses de licença-maternidade.

Os futuros James Bond devem demonstrar talento, nível intelectual e curiosidade em temas internacionais e culturais, trabalhar sob pressão e no exterior, assim como mostrar sua integridade pessoal em uma equipe de grande diversidade étnica e social e na qual se admitem deficientes físicos.

Quantos mais idiomas os agentes dominarem, melhor, mas atualmente se exige principalmente fluência em árabe, dari e pashtun (Afeganistão), farsi (Irã) e mandarim (língua oficial da China).

Europa

Na Espanha, quem quiser se candidatar ao cargo de oficial de inteligência pode se inscrever no Centro Nacional de Inteligência (CNI), mas para isso deve ter ensino superior completo e não ter deficiências físicas.

Na França, as inscrições estão sempre abertas na Direction Générale de la Sécurité Extérieure (DGSE), onde o candidato a espião deve se submeter ao lema "Partout où nécessité fait loi" (Em qualquer lugar onde houver necessidade, fazer a lei) e escrever uma carta explicando por que quer ser agente secreto.

Estados Unidos

E para trabalhar na famosa CIA (agência central de inteligência americana) há uma ampla oferta de emprego para todo tipo de especialistas em ciência, engenharia, tecnologia, tradutores e analistas e agentes do serviço secreto para assuntos militares, de contra-inteligência e contra-terrorismo.

Para estes últimos postos, após passar por exames físicos, psicológicos, de poligrafia e atitude, o candidato – em alguns casos específicos – terá que se submeter a um treinamento de um ano.

Ele receberá um salário médio anual de US$ 49.394 a US$ 67.108 (entre R$ 81,5 mil e R$ 110,7 mil), terá seguro-médico e de vida, cobertura de estudos, aposentadoria e, se tiver filhos, a CIA arca com a mensalidade da escola a qual freqüentam.

A agência -que recebe cerca de dez mil solicitações ao mês- não oferece um "emprego, mas uma perspectiva e um estilo de vida", no qual não se discrimina em razão de sexo, raça, orientação sexual, religião, deformidades e idade (embora para certos serviços o limite de entrada sejam 35 anos).

O candidato também pode ter tatuagem.

A nova KGB

Por outro lado, o não menos legendário KGB soviético se tornou outros serviços de inteligência russos, entre eles o Serviço Federal de Segurança (FSB) e o Serviço de Inteligência Exterior (SVR), que não indicam quais as premissas necessárias para se candidatar a agente das instituições.

Mas, neste último aspecto, apenas é preciso mencionar o caso sem solução do ex-espião russo Alexander Litvinenko, que foi assassinado com a substância radioativa polônio-210 em novembro de 2006.

América Latina

Já na América Latina há países com tradição de contra-espionagem, como Cuba, que conta com um serviço de inteligência exterior, conhecido como o DI, e na Argentina é possível se alistar na Secretaria de Inteligência, entre outros.

Oriente Médio

No Oriente Médio, os serviços de contra-espionagem e secretos são parte da sociedade e do conglomerado do Ministério da Defesa.

Assim, os agentes israelenses podem pertencer ao Mossad (Instituto de Inteligência e Operações Especiais) – trabalhando fora do país – ou ao Shabak, que opera em Israel e na Cisjordânia.

O Mossad não detalha, em seu site, as categorias oferecidas pela agência, nem seu salário ou condições trabalhistas.

Irã

A mesma dificuldade é encontrada nos serviços secretos iranianos, que, com o Ministério de Informação e de Segurança (Vevak), dispõem de uma das equipes de espionagem mais ativas e secretas do mundo e estão vinculados ao líder supremo e homem que detém a última palavra no Irã, o aiatolá Ali Khamenei.

Como indicou Sun Tzu, o autor de "A arte da guerra", livro chinês clássico sobre estratégia militar, "a boa inteligência é o prelúdio da vitória" e a internet, hoje em dia, ajuda as agências de espionagem a contratar os melhores candidatos a espião.

ntrodução



espiões

A espionagem real raramente se parece com a que é mostrada nas telas dos filmes de Hollywood. A espionagem é uma maneira tensa e normalmente mortal para os governos obterem informações secretas sobre seus inimigos. Os sucessos e fracassos dos espiões que participaram da política internacional alteraram o curso das guerras e deixaram uma profunda (embora normalmente escondida) impressão na história mundial.
Os líderes mundiais têm que tomar decisões importantes todos os dias, e a informação é a chave para a tomada de decisão certa. Quantas tropas têm seu inimigo? Quão distantes estão no desenvolvimento de armas secretas? Eles estão planejando a negociação de um acordo comercial com outro país? Alguns de seus generais estão planejando um golpe militar?



Espionagem é uma maneira útil e
perigosa de conseguir informação secreta.
Veja mais imagens de espiões (em inglês).



Enquanto algumas dessas informações (conhecidas como inteligência) podem estar disponíveis, a maioria dos países guardam seus segredos. Claro, essa informação secreta é normalmente a mais valiosa. Para obter acesso a informações secretas, os governos se utilizam de espionagem, uma mistura de subterfúgio, traição, tecnologia e análise de dados. A espionagem também pode ser usada para neutralizar o espião inimigo, principalmente fornecendo informações falsas para ele.

Origens da espionagem

A palavra "espionage" vem da palavra francesa "espionner", que significa "espionar", e do italiano clássico "spione". A palavra "spy" é originária de várias palavras antigas siginificando "olhar e observar", como no latim "specere" ou no anglo-normando "espier".
Criando espiões
Os espiões são recrutados de diversas formas. Alguns se filiam às agências de inteligência de seus países, recebem treinamento e continuam trabalhando para a agência. Se o histórico e o treinamento se encaixam num determinado perfil, eles podem ser enviados para o exterior ou manter uma identidade "de fachada".

Os melhores agentes são aqueles com acesso aos oficiais de alta patente ou às informações secretas de outros países. As agências de espionagem empregam recrutadores, pessoas que selecionam cidadãos de outros países que podem trabalhar contra sua nação e se tornar espiões. Esses desertores são espiões em potencial, uma vez que já têm uma fachada e podem fornecer informações quase que imediatamente. Há vários fatores que fazem uma pessoa desertora se tornar um espião:

Discordância ideológica com seu país de origem
Durante a Guerra Fria, a KGB (abreviação russa para Comitê de Segurança de Estado, a inteligência e a polícia secreta da União Soviética) teve sucesso em recrutar agentes nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha que apoiavam o comunismo ou pertenciam a organizações comunistas.
Dinheiro
Vários espiões obtiveram informações fundamentais e mortais por dinheiro.
Desejo de ser "importante"
Os recrutadores procuram por pessoas em posição subalterna que tenham acesso a informações importantes. Alguns fatores psicológicos podem levar algumas pessoas a se tornarem espiões porque é algo que as faz se sentir poderosas.
Chantagem
Recrutadores que tem provas de comportamento que seu alvo não gostaria de tornar público, como um caso extra-conjugal, podem ameaçar a divulgar se o seu alvo não concordar em se tornar um espião. Ameaças ou agressões físicas ao alvo ou aos membros de sua família também funcionam.
Em raras ocasiões, nenhum trabalho de recrutamento é necessário. Alguém que quer fornecer inforormações chega à embaixada ou consulado e se oferece para se tornar um espião. Esses "voluntários" podem ser vistos com desconfiança, como fontes em potencial de informações falsas do inimigo, mas podem também se tornar espiões valiosos.
Uma vez que o recrutador treinou alguém com desejo de obter informação, o novo espião será colocado em contato com um controlador. O controlador dará treinamento sobre os métodos de espionagem e instruções para a obtenção e transmissão de informações. O espião normalmente não tem contato com mais ninguém, nunca conhece os nomes de outros espiões ou oficiais. Isso é conhecido como compartimentação. Cada espião trabalha em seu próprio compartimento, logo, se ele é capturado e interrogado, ele não pode revelar informações vitais nem a identidade de outros espiões.

Assassinos

Enquanto a espionagem tem como prioridade obter informações, os espiões às vezes devem usar suas habilidades para cometer crimes. Esses espiões são conhecidos como assassinos. Um assassinato pode acontecer para impedir que alguém revele alguma informação ou para punir alguém que "trocou de lado". Isso também é uma mensgem clara a qualquer um que possa ajudar o inimigo.
Métodos de espionagem
Aldrich Ames


Foto cedida Departmento de Justiça dos Estados Unidos
Aldrich Ames foi condenado sem direito à liberdade condicional em abril de 1994.
O oficial da CIA (em ingles) Aldrich Ames começou os serviços de espionagem para a Rússia nos anos 1980 por diversos motivos, mas principalmente porque ele tinha muitas dívidas e precisava de dinheiro. Ames era um "voluntário" - apareceu com um plano para vender os nomes dos russos que trabalhavam para a CIA e foi à embaixada da União Soviética em Nova York para fazer isso. Exigiu a quantia de US$ 50 mil e continuou a espionar por dinheiro por vários anos. Pelo menos três pessoas foram executadas pela Rússia devido à espionagem de Ames.

Os métodos para obtenção de informação são tão variados quanto às informações propriamente ditas. Os elementos mais importantes de uma operação de espionagem a longo prazo são o uso de uma cobertura e a criação de uma legenda. Uma cobertura é uma identidade secreta, e a legenda é a história de vida e os documentos que sustentam a cobertura. Por exemplo, um agente britânico cuja identidade é a de um contador russo precisaria falar russo e conhecer muito sobre finanças russas. Para fazer a cobertura parecer mais realista, a legenda deve ser muito convincente. O agente terá uma história de vida falsa que ele precisa memorizar. Onde ele estudou? Ele tem um diploma que prove isso? Onde ele nasceu? Quem é sua ex-mulher? Quais são seus hobbies? Se a legenda afirma que o agente gosta de pescar, é melhor ter um equipamento de pesca em casa - o fracasso ou o sucesso dos espiões depende desses mínimos detalhes.
Uma vez definida a cobertura, ele deve passar anos exercendo sua atividade e estabelecer confiança. O espião pode tentar ser promovido ou transferido para uma posição com acesso a informações vitais, ou ser amigo de alguém que tenha acesso a elas.

É possível para um espião memorizar a informação e passá-la para seu controlador. Entretanto, é mais confiável fotocopiar papéis e mapas, normalmente transferindo os dados para um pequeno pedaço de microfilme ou microponto. Roubar documentos originais poderia acabar com a cobertura do espião. Então, uma variedade de minicâmeras escondidas em objetos inofensivos são utilizados. Para mais detalhes desses apetrechos, veja em Como funcionam os objetos de espionagem.

Há inúmeras maneiras tecnológicas para os países espionarem um ao outro sem mesmo enviar um espião para coletar informações. Satélites equipados com câmeras revelam posições de unidades militares desde a década de 60. Primeiramente, o satélite lançaria no oceano uma lata com o filme dentro. Em 1970, a tecnologia do filme digital foi usada pela primeira vez, permitindo aos satélites transmitirem dados fotográficos via rádio. Hoje os satélites de espionagem podem tirar fotografias com alta resolução que podem sair na manchete de um jornal.


Foto cedida National Reconnaissance Office
Esta imagem da base Mys Shmidta, na antiga URSS, é uma das primeiras imagens tiradas pelo satélite norte-americano CORONA, em 1960.
Era mais difícil conseguir esses detalhes nas décadas de 60 e 70 - os aviões espiões como o U2, tinham de sobrevoar o território inimigo, expondo o piloto ao risco de ser atingido, e ameaçando a nação espiã com o risco de um constrangimento internacional.

Outras formas de Tech Int, ou inteligência tecnológica, incluem microfones super-sensitivos, telefones grampeados, equipamento sísmico para detectar testes nucleares e sensores submarinos para encontrar submarinos inimigos. Os espiões também podem escanear, gravar e analisar freqüências de rádio inimigas e ligações de telefones celulares.

Plano de espionagem do U-2 fracassa
Em 1960, o presidente dos EUA, Dwight Eisenhower, autorizou o vôo de um avião espião U-2 diretamente sobre a União Soviética. O avião foi atingido por um míssil russo e o piloto, Francis Gary Powers, salvou-se pulando de pára-quedas. Os russos recuperaram Powers e os pedaços de seu avião, ficando evidente que se tratava um vôo espião. Primeiro, Eisenhower alegou que era uma missão perdida de pesquisa sobre o clima, mas quando o líder soviético Nikita Krushchev revelou que Powers havia sido capturado e as câmeras salvas do acidente, os Estados Unidos tiveram que admitir que estavam espionando.
Passando e analisando informações

Foto cedida Departmento de Justiça dos Estados Unidos
Uma carta escondida que Aldrich Ames deixou dentro de um objeto secreto para seu
contato da KGB
Quando a informação secreta é passada para os controladors do espião, ela deve estar escondida para que o inimigo não suspeite de nada. Isso arruinaria a cobertura do espião, ou levaria o inimigo a passar deliberadamente informações falsas. Até o início do século 20, os espiões serviam-se de tintas invisíveis para esconder mensagens nas entrelinhas ou no verso de uma carta que não despertasse suspeitas. Água com açúcar ou suco de limão eram invisíveis até serem queimados. Outros produtos químicos não apareciam até que o papel fosse colorido com um reagente específico.
Um método testado para transmitir informação é o "local de entrega". Um "local de entrega" é um lugar secreto para esconder algo em público. Pode ser atrás de um tijolo solto num muro de um parque, ou numa planta na esquina de uma rua. Quando um espião tem uma mensagem para enviar, ele sai do trabalho e vai dar uma volta, talvez pegar alguma roupa na lavanderia ou ir ao cinema. Passa pelo "local de entrega" e deixa a mensagem por acaso, sem despertar suspeitas. O espião tem de deixar um sinal para que seus comparsas saibam que há uma mensagem para ser recolhida. Uma marca de giz num poste, uma determinada cor de lençol num varal ou mesmo uma mensagem criptografada na seção de classificados de um jornal são sinais possíveis. Um espião pode usar vários "locais de entrega", assim ele não vai repetidamente aos mesmos lugares.

Os controladores do espião podem usar uma comunicação de uma via para dar instruções aos espiões. As misteriosas estações de números em operação ao redor do mundo são usadas para esse propósito. Uma estação de números é uma estação de rádio dirigida pelo governo com transmissão ininterrupta em freqüência de ondas curtas. Uma determinada canção ou um determinado anúncio marca o início e o fim de cada transmissão, que consiste apenas numa voz, alterada eletronicamente, recitando uma longa seqüência de números. Os números são mensagens codificadas decifradas pelo receptor usando uma cifra virtualmente inquebrável conhecida como one-time pad.

Uma grande parte da espionagem gira em torno de códigos secretos. A informação transmitida entre espiões e controladores é normalmente codificada, e uma boa proporção da comunicação entre governo e militares é codificada, principalmente durante as guerras. Várias missões de espionagem têm o único propósito de adquirir as respostas necessárias para decifrar esses códigos ou obter os recursos usados para codificar e decodificar mensagens.

Análise de dados
A aquisição e transmissão de informações secretas não têm sentido se a informação não for analisada e trabalhada adequadamente. O governante russo Josef Stálin recebia informações de vários agentes de que a Alemanha romperia a aliança com a Rússia e atacaria o país durante a Segunda Guerra Mundial, mas ele se recusou a acreditar nisso. As forças armadas russas não estavam devidamente preparadas quando veio o ataque alemão.

Os analistas de dados obtém informações de diversas fontes, não apenas de espiões, e desenvolvem um panorama geral de estratégias e políticas do inimigo. Essa informação é escrita em resumos para líderes políticos. Enquanto a informação de uma única fonte pode não ser confiável, fontes adicionais podem ser usadas para confirmar os dados. Por exemplo, os quebradores de códigos dos EUA haviam decifrado parcialmente o código Roxo dos japoneses durante a Segunda Guerra, e estavam certos de que o Japão estava planejando atacar a ilha Midway. Não estavam completamente certos se estavam lendo corretamente no código japonês a palavra ilha (AF), entretanto, alertaram as tropas posicionadas em Midway para lançar uma mensagem de rádio espalhando que eles estavam com pouca água. Rapidamente as comunicações japonesas foram interceptadas, reportando que AF estava com pouca água, o que confirmou o objetivo do ataque.

Códigos secretos durante a Segunda Guerra

Foto cedida Nasa
Uma máquina Enigma
Durante a Segunda Guerra, os militares alemães utilizaram um aparelho conhecido como máquina "Enigma" para enviar mensagens codificadas. Ela funcionava como uma máquina de datilografar com um labirinto de complexas conexões mecânicas e eletrônicas. Qualquer mensagem datilografada na máquina poderia ser transformada num código; uma outra Enigma com um mecanismo idêntico de fios e rotores revertia o código e revelava a mensagem original.

Decifradores de códigos poloneses descobriram o código da Enigma e montaram duplicatas antes da Segunda Guerra Mundial. Eles compartilharam o conhecimento com os britânicos, que a usaram, junto com várias Enigmas capturadas, para decifrar um grande volume de mensagens nazistas codificadas, algumas do próprio Hitler. Essa informação, com o codinome de ULTRA, foi mantida sob forte segredo, dessa forma os alemães não suspeitavam que as mensagens estavam sendo lidas.
Informações falsas
Coronel Oleg Penkovskiy

Oleg Penkovskiy obteve grande respeito na União Soviética por sua carreira militar. No final dos anos 50, Penkovsky ficou decepcionado com a KGB, aonde trabalhava para conseguir contatos que pudessem ceder informações sobre capacitação militar no Ocidente. Ao invés disso, ele passou informações sobre mísseis e outros planos militares para um empresário inglês. Utilizando microcâmeras e cartões codificados, Penkovsky enviou grande quantidade de dados secretos para a CIA e para a SIS. Ele foi obviamente preso e executado.

Os espiões passam muito tempo fornecendo informações falsas para seus inimigos à medida que conseguem dados. Isso os mantêm a par de novas informações, força-os a confundir capacitações militares e enviar forças para a área errada. Um constante fluxo de informações falsas pode acabar com a informação verdadeira que o inimigo detém, pois surgem dúvidas com relação à autenticidade de sua própria inteligência em colher informações.
Um método de espalhar informações falsas é utilizar um agente duplo. Imagine que um cientista norte-americano é recrutado pelos russos para fornecer tecnologia militar dos EUA. Os Estados Unidos ficam sabendo que esse cientista é um espião dos russos. Ao invés de prendê-lo, permitem que continue fornecendo informações ao inimigo. Entretanto, certificam-se de que os projetos, os relatórios técnicos e outros dados aos quais ele teve acesso sejam alterados. Os russos passam a receber informações técnicas inúteis, gastando milhões de dólares em pesquisa e em tecnologia falha. Assim, o cientista torna-se um agente duplo involuntário.

Uma outra alternativa seria os EUA confrontarem o cientista e ameaçá-lo com uma sentença de prisão perpétua, ou mesmo sentença de morte, a pena por traição. Para evitar isso, ele concorda em tornar-se conscientemente um agente duplo: não apenas concorda em abastecer a Rússia com informações falsas, mas também trabalha para obter informações dos seus controladores. Ele pode fornecer aos Estados Unidos nomes de outros espiões russos, ou sobre pesquisa científica do país.

Sempre há possibilidade para este mesmo cientista/espião se tornar um agente triplo: ou seja, ele informa à Rússia que os americanos o descobriram. Agora, os russos sabem que a informação técnica que ele traz é negligenciada, e passam a fornecer informações falsas para os americanos. Se isso parece confuso, imagine tentar manter toda a situação quando somente um deslize pode custar sua vida. Alguns agentes foram além de serem agentes triplos, jogando os dois lados um contra o outro, criando uma teia tão confusa que os historiadores não têm idéia de em qual lado o espião realmente estava.

A Operação Fortitude foi uma das maiores e mais bem sucedidas campanhas de contra-informação já conduzidas. O objetivo da Fortitude era confundir os alemães na retirada de suas forças militares ou colocá-los no lugar errado quando os Aliados invadissem a Normandia em 1944. Aviões de madeira e papelão, depósitos de combustíveis falsos e tropas de bonecos foram estabelecidas no sul da Inglaterra para fazer com que os alemães pensassem que o ataque viria de lá e não tinha a Normandia, como alvo ao norte da França. Um exército norte-americano fictício foi criado: Fusag - First U.S. Army Group (primeiro grupo de forças armadas dos EUA), que tinha até a liderança do General George Patton. Uma falsa transmissão de rádio sustentou a farsa. O elemento mais importante, no entanto, foram as informações falsas fornecidas aos alemães pelos agentes duplos. A informação fornecida por um agente duplo chamado Garbo convenceu Hitler de que o ataque viria do sul.

Para manter a suposição e atrasar a chegada dos reforços alemães à Normandia ao máximo possível, no dia da invasão houve até uma falsa esquadra que aterrisava com alto-falantes tocando o som de uma grande frota se movimentando pelo Canal da Mancha, com balões refletores de sinais de radar e tiras prateadas jogadas pelos aviões criando um sinal de radar como se fosse uma grande invasão. Uma vez que o ataque da Normandia estava acontecendo, Garbo disse aos alemães que tudo não passava de uma simulação para retirar as tropas alemães do ataque "real" da região sul.

ntrodução
Os filmes de espionagem, como os de James Bond, estão repletos de equipamentos especiais como armas embutidas em batons, calotas com lasers, veículos turbinados sobre colchões de ar, cigarros com cianureto, lançadores de mísseis e rádios lançadores de foguetes. Porém, quais destas incríveis ferramentas existem no mundo real e quais existem apenas na ficção dos filmes de espionagem, como 007? Você pode se surpreender. Neste artigo, veremos os equipamentos utilizados por James Bond e aprenderemos mais sobre as ferramentas que os agentes secretos reais utilizaram para colher informações, eliminar rivais e evitar que sejam descobertos.
Seção Q
Nos filmes de James Bond (e, portanto, nas novelas de Bond Ian Fleming), o Agente 007 recebe todas as suas armas e equipamentos, incluindo vários dispositivos e veículos, da seção Q. A seção Q é o ramo de pesquisa e desenvolvimento do MI6, a agência de espionagem britânica semifictícia que emprega Bond. Q significa "intendente" e o chefe do departamento usa o codinome Q, embora o nome real original de Q fosse major Boothroyd. Durante muitos anos, o papel de Q foi representado por Desmond Llewelyn nos filmes de Bond. Quando Llewelyn morreu, em 1999, o antigo assistente de Q, R, recebeu uma promoção.

Em quase todos os filmes, uma das primeiras cenas mostra Bond reunindo-se com Q para revisar os procedimentos para utilizar o último lote de equipamentos que podem ser utilizados como armas. Dependendo do filme em questão, esses dispositivos podem ser estranhos, envolvendo lasers, foguetes, aviões teleguiados e veículos totalmente fantásticos. As novelas de Fleming possuem uma visão mais realista da espionagem mundial. Q tem algumas aparições rápidas e sua função é, geralmente, fornecer a Bond as armas adequadas para cada missão. Os equipamentos são raros.


Imagem cedida por DANJAQ/EON/UA/The Kobal Collection
Bond (Timothy Dalton) encontra-se com Q (Desmond Llewelyn) para receber sua maleta repleta de equipamentos em "007: Licença para matar". Os equipamentos deste filme incluem uma câmara que dispara um laser mortal de seu flash e uma "arma com assinatura" que Q programou para ser utilizada somente por Bond.
No final das contas, os equipamentos tornaram-se parte da fórmula de sucesso dos filmes. Eles preenchem o dispositivo literário conhecido como "arma de Checkhov". Um item, personagem ou local é introduzido no início da história e então é totalmente esquecido. Mais tarde durante a história, geralmente em uma cena de clímax, este item será exatamente o necessário para derrotar o vilão ou completar a missão. A terminologia é atribuída ao autor e dramaturgo russo Anton Chekhov, que supostamente escreveu uma cena de uma peça, "Não coloque um rifle na parede a menos que ele vá ser disparado". Um exemplo perfeito nos filmes de Bond é o "Wet Nellie", um carro esportivo Lotus Esprit totalmente submersível fornecido por Q em "007: o espião que me amava". Mais tarde, Bond deve utilizar as habilidades submersíveis para infiltrar-se no quartel-general aquático do vilão. O dispositivo vital similar está presente em quase todos os filmes.

Alguns outros equipamentos clássicos de Bond (e os filmes em que apareceram):

uma caneta cheia de ácido para dissolver metal, que incluía também um rádio transmissor, como visto em "007 contra Octopussy"
uma maleta com compartimentos escondidos contendo munição, uma faca, moedas de ouro e uma embalagem de talco que liberava gás lacrimogêneo, em "Moscou contra 007"
um cigarro que disparava um pequeno foguete, em "Com 007 só se vive duas vezes"
um chaveiro com uma chave-mestra e um dispositivo que podia liberar um gás que causava sonolência ou uma carga explosiva, dependendo de como Bond assobiava, em "007 marcado para a morte"

Imagem cedida por DANJAQ/EON/UA/The Kobal Collection
Bond pode fazer muito mais que falar neste telefone celular em "O amanhã nunca morre"
um telefone celular com um software que pode arrombar travas eletrônicas e emitir um choque elétrico de 12.000 volts, em "O amanhã nunca morre"
um cartão de crédito contendo uma chave escondida para arrombar travas e óculos de raios-X, em "007 o mundo não é o bastante"
uma caneta que na verdade era uma granada em "007 contra Goldeneye"
Bond e Q: uma relação de amor e ódio
James Bond e Q sempre tiveram um relacionamento difícil. Bond é sempre muito impaciente para esperar pelas instruções detalhadas de Q sobre seus dispositivos e Q está sempre tentando fazer Bond prestar atenção em suas instruções. Outra fonte de irritação para Q é o hábito de Bond de danificar ou destruir os equipamentos que Q trabalhou tanto para criar. Entretanto, Q tem um sentimento paternal por Bond e está sempre querendo ajudá-lo. Em "007 licença para matar", Q vai a campo para ajudar Bond mesmo o agente não fazendo mais parte do MI6 naquele momento.
Veículos de Bond: ferramentas do negócio
Nem todos os equipamentos de James Bond são pequenos o suficiente para serem escondidos em um maço de cigarros. Onde quer que Bond vá, ele sempre chegará com estilo, normalmente em um carro impressionante de alto desempenho com opcionais que não são oferecidos pela sua concessionária de carros de luxo. Triste porém verdadeiro, armas retráteis e aceleração com a ajuda de foguetes não são itens de linha.
Na primeira novela de Fleming, Bond dirige um Bentley conversível comum com um revólver no porta-luvas. Este era o veículo pessoal de Bond, e não algo fornecido por Q. Mais tarde ele recebeu um Aston Martin DB III onde a parte traseira e os faróis podiam mudar de cor.


Imagem cedida por Clássicos da Sony Pictures
Daniel Craig como James Bond em seu Aston Martin DB5, em "Cassino Royale"
O carro símbolo de Bond nos primeiros anos era um Aston Martin DB5 totalmente modificado. O carro era o sonho de qualquer espião, com todos os truques e equipamentos que um agente secreto nunca sairia de casa sem eles. Armas escondidas e um aríete na frente do carro potencialmente letal, enquanto lâminas montadas nas rodas podiam cortar os pneus de qualquer outro carro que estivesse nas laterais. Vidros à prova de balas e uma blindagem de aço forneciam a proteção, enquanto que um projetor de cortina de fumaça e pregos para furar pneus poderiam ser liberados para impedir qualquer perseguição. Radar embutido, sistemas de comunicação e um esconderijo com armas pessoais significava que o motorista do Aston Martin nunca estava sem comunicação ou desarmado. Na pior das hipóteses, o assento do motorista poderia ser ejetado. A primeira aparição do carro foi em "Goldfinger".

Outras atualizações deram à Bond acesso a Aston Martins mais potentes e modernos, incluindo o V8 de "007 marcado para a morte" e o V12 de "Um novo dia para morrer". O V8 possuía um aprimoramento no armamento, com lançamento frontal de mísseis ao invés de metralhadoras. O filme de 2006 "Cassino Royale" apresentou um Aston Martin DBS.

No final dos anos 70 e início dos anos 80, aparentemente o MI6 assinou um acordo com a Lótus, pois Bond recebeu vários modelos modificados de Lótus, incluindo o mencionado acima "Wet Nellie", um Lotus Esprit S1. Outro Lótus modificado por Q (um Esprit Turbo) apareceu em "007: Somente para seus olhos", embora Q teve que substituí-lo depois que o sistema automático de segurança o fez explodir.


Imagem cedida por DANJAQ/EON/UA/The Kobal Collection
Pierce Brosnan como Bond, com seu BMW Z8 de "007: O mundo não é o bastante"

Imagem cedida por DANJAQ/EON/UA/The Kobal Collection
Sean Connery como Bond, voando em "Little Nellie," um girocóptero com seus próprios equipamentos, incluindo metralhadoras, minas aéreas, lançadores de foguetes, ejetores de fumaça e mísseis termoguiados
Nos filmes mais recentes Bond trocou para a BMW. O sedã 750iL utilizado em "O amanhã nunca morre" possui recursos clássicos como cortina de fumaça, painéis à prova de balas e pregos para cortar os pneus dos inimigos. Ele ostenta também um lançador de mísseis no teto solar, pneus que se vedam e enchem sozinhos e um controle remoto pequeno que permitia que 007 dirigisse o veículo sem que ele estivesse dentro. Ele também teve acesso a um Z8 conversível que podia lançar mísseis Stinger guiados por laser. Ele não só podia ser controlado à distância, mas também podia localizar Bond e dirigir até ele sozinho. É claro que foi cortado em dois durante o filme.
As aventuras de Bond nem sempre foram na terra, ele também apareceu no ar e na água em várias ocasiões. Uma gôndola em um canal de Veneza que escondia um potente veículo sobre colchões de ar para uma operação perfeita sob disfarce, enquanto que o Q Boat foi uma das invenções mais impressionantes de Q. Movido por jatos e armado até os dentes, o barco podia deslizar sobre águas rasas e até mesmo mergulhar sob a superfície. Bond o explodiu.

Para as escapadas aéreas, Bond voou em "Little Nellie", um girocóptero com foguetes e mísseis que podia ser dobrado cabendo em quatro malas. O Acrostar era um jato em miniatura com grande capacidade de manobra. Uma vez James Bond até voou em um foguete chamado "Moonraker", embora ele precisasse que outra pessoa o pilotasse.

Equipamentos confiáveis
Estes são alguns dos equipamentos que James Bond nunca sai de casa sem. O primeiro não é realmente um "equipamento". É sua pistola Walther PPK, usada discretamente em um coldre de ombro. Embora não seja a arma mais potente do mundo, é compacta e confiável.
Geralmente 007 possui algum tipo de transmissor de modo que possa ser localizado pelo MI6 caso necessário. Ele pode estar escondido no salto de seu sapato. Ele carrega também algum tipo de dispositivo de escalada escondido, como um gancho que ele pode lançar da fivela de seu cinto. Pequenas câmaras e armas de um só tiro disfarçadas em itens comuns também fazem parte da lista de itens essenciais de Bond

O que James Bond faria? Equipamentos de espiões reais
Embora alguns dos equipamentos sonhados por Q sejam claramente ficção, existem algumas similaridades entre os equipamentos de James Bond e os equipamentos reais de espionagem. A principal diferença entre 007 e um agente secreto real é sua abordagem em suas missões. Os espiões do mundo real estão voltados para o roubo e coleta de informações. Raramente eles são utilizados como assassinos, mesmo nessas ocasiões eles utilizam subterfúgios para completar sua missão mortal em silêncio. Então, qualquer coisa que James Bond utilize que lança mísseis, usa ácido, possui armas escondidas, lança com grande velocidade ou simplesmente explode, provavelmente não existe na vida real.
A única exceção é sua arma. A Walther PPK é, na verdade, a preferida em operações secretas mesmo nos dias de hoje. Originalmente projetada para utilização com roupas civis pela polícia da Alemanha Oriental, Fleming substituiu a Beretta de pequeno calibre de Bond pela Walther e por uma Smith & Wesson .38 devido a um pedido de Geoffrey Boothroyd. Boothroyd era um especialista em armas e fã de Bond que escreveu para Fleming em 1956 para recomendar a utilização de armas mais adequadas. Fleming honrou Boothroyd dando seu nome ao personagem Q.


Imagem cedida por Bob Adams/Armas de Adams
A pistola Walther PPK foi muito usada por James Bond bem como pelos agentes secretos reais
Os agentes secretos reais geralmente preferem pistolas de pequeno calibre, pois são mais fáceis de ocultar. Entretanto, em situações onde é necessário um poder de fogo, amplitude ou precisão maiores, existem rifles especiais ou metralhadoras que podem ser dobradas ou desmontadas em componentes pequenos que são fáceis de esconder. Durante a Segunda Guerra Mundial, foi fornecida a submetralhadora British Sten aos membros da resistência francesa e a outros espiões aliados - ela podia ser dividida em três peças para ser escondida. As armas também podem possuir silenciadores, cilindros de metal que abafam a rápida expansão de gases e reduzem muito o som que uma arma faz ao ser disparada. Outra forma de arma silenciosa é a besta. Estas armas eliminam a necessidade de contrabandear balas e não produzem nenhum brilho ao serem disparadas.

Os espiões utilizaram armas de um único tiro ocultas ao estilo Bond, disfarçadas em objetos comuns. Uma pequena pistola que cabe em uma fivela de cinto, um cigarro que pode disparar um projétil redondo calibre .22 quando um fio é puxado pelos dentes do atirador, uma caneta-arma de um tiro e um coldre de punho que pode disparar com um movimento do braço, já foram todos utilizados. As armas também foram escondidas em lanternas, luvas, cachimbos, lápis, tubos de pasta de dentes e jornais enrolados.

Dois dos dispositivos de assassinato mais surpreendentes do mundo real foram escondidos em um maço de cigarros e em um guarda-chuva. O maço de cigarros deveria ser oferecido à vítima perto de seu rosto, de modo que ela retirasse o cigarro com os dentes. Nesse momento, ele seria disparado, ejetando uma nuvem de vapor de cianureto em seu rosto, matando-a rapidamente e praticamente sem evidências. O assassino mudou de idéia, avisou seu alvo e desertou.


Imagem cedida pela CIA
O engenheiro letão Walter Zapp criou uma câmara miniaturizada portátil, que pode tirar fotos espontâneas de alta qualidade. A câmara miniaturizada Minox, em seus diversos modelos, foi a câmara de espionagem mais utilizada durante 50 anos.
Uma trama de assassinato mais bem-sucedida utilizou um guarda-chuva contendo um mecanismo de disparo pneumático e um pequeno projétil contendo veneno. O alvo foi o dissidente búlgaro Georgi Markov. O assassino atirou em Markov com o projétil enquanto ele estava em uma ponte, o incidente foi tomado como um esbarrão acidental com um guarda-chuva pontiagudo. Markov ficou doente e morreu dias depois.


Foto cedida pela CIA
Câmara miniaturizada

Foto cedida pela CIA
Um dólar de prata oco para esconder filmes e outros documentos secretos
O hábito de Q de esconder itens úteis (geralmente explosivos) em objetos comuns reflete-se nas atividades dos espiões reais, embora as armas ocultas sejam bem mais raras que aquelas com conceitos mais práticos. Os espiões escondem e contrabandeiam câmaras de modo a poder registrar informações vitais, e eles escondem essas informações para transportá-las a seus superiores. A câmara letã Minox continua sendo um equipamento indispensável mesmo 50 anos após sua fabricação. A câmara é tão pequena que pode ser escondida na palma de sua mão. Muitos espiões utilizaram câmaras miniaturizadas, um dispositivo do tamanho de um dedal que era fácil de esconder. Ela produzia imagens muito pequenas que necessitavam de lentes de aumento para serem lidas. Os dispositivos fotográficos eram escondidos em estátuas da madeira, tabuleiros de xadrez e outros objetos.
As informações, especialmente na forma de imagens miniaturizadas, poderiam ser escondidas virtualmente em qualquer local. O filme era escondido dentro de moedas falsas, pilhas falsas com a parte interna oca (com uma pilha real funcionando dentro), pincéis para barbear, cigarros, saltos de sapatos, cinzeiros, parafusos e unhas e até mesmo em um olho falso. Em muitos casos, estes itens possuíam um mecanismo que liberaria uma pequena quantidade de ácido se fosse aberto de modo inadequado. O ácido destruiria o filme, fazendo com que o espião não fosse descoberto caso fosse feita uma revista completa por agentes inimigos desconfiados.

Uma coisa que os agentes secretos reais não usam é um carro que chame a atenção. A última coisa que um espião deseja é chamar a atenção para si. O carro utilizado em uma missão será um carro comum que com certeza não conterá disparadores de mísseis, recipientes com cortina de fumaça ou terá a capacidade de se transformar em um submarino. No máximo, o carro de um espião real poderá conter compartimentos secretos para esconder informações.

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